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Clube de Líderes Online Clube de Líderes Online http://br.groups.yahoo.com/group/clubedelideresonline/ Apostila de Classe Regular e Avançada Seção – Arte de Acampar Janeiro 2007

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Page 1: Seção – Arte de Acampar · 1. Participar em um acampamento de final de semana e planejar antecipadamente com seu grupo o equipamento que deve ser levado. Anexo 13 2. Planejar

Clube de Líderes OnlineClube de Líderes Onlinehttp://br.groups.yahoo.com/group/clubedelideresonline/

Apostila de Classe Regular e Avançada

Seção – Arte de Acampar

Janeiro2007

Page 2: Seção – Arte de Acampar · 1. Participar em um acampamento de final de semana e planejar antecipadamente com seu grupo o equipamento que deve ser levado. Anexo 13 2. Planejar

Índice

RequisitosAnexo 1 – Cordas, nós e amarrasAnexo 2 – Como Montar uma barracaAnexo 3 – Regras de uma caminhada e o que fazer quando perdidoAnexo 4 – Sinais de PistaAnexo 5 – Como descobrir pontos cardeais sem bussolaAnexo 6 – Especialidade de Primeiros Socorros BásicoAnexo 7 – Modelo de Planejamento p/ acamp, cardapio 3 dias e Pontos a serem considerados para um acampamentoAnexo 8 – Mapa TopográficoAnexo 9 – Fogo RefletorAnexo 10 – Tipos de Mochila e como arruma-laAnexo 11 – Especialidade de Resgate BásicoAnexo 12 – Especialidade de Vida SilvestreAnexo 13 – Equipamento necessário para um acampamentoAnexo 14 – Manuseio de Faca, Facão, Machado e MachadinhaAnexo 15 – Código Morse, Sinais Semafóricos e Alfabeto Surdo-mudoAnexo 16 – Especialidade de OrientaçãoAnexo 17 - Acendendo uma fogueira em dia de chuvaAnexo 18 – Especialidade Fogos e fogueiras ao ar LivreAnexo 19 – Técnicas para cozinhar sem utensílios de cozinhaAnexo 20 – Código NáuticoAnexo 21 – Mestrado em Vida CampestreAnexo 22 – Mestrado em Vida CampestreAnexo 23 – Significado espiritual do Abrigo

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RequisitosAmigo1. Demonstrar como cuidar corretamente de uma corda. Fazer e explicar o uso prático dos seguintes nós:

•Simples•Direito •Cirurgião•Lais de guia •Cego

•Lais de guia duplo•Escota •Catau •Pescador

•Fateixa •Volta da fiel•Nó de gancho •Volta da ribeira •Ordinário

Anexo 1

2. Participar de um Acampamento em que haja, pelo menos, um pernoite. Item prático

3. Ser aprovado em um teste de Segurança Geral.

4. Armar, desarmar, limpar e guardar uma barraca e preparar uma cama de acampamento, com materiais naturais. Anexo 2

5. Apresentar 10 regras para uma caminhada e explicar o que fazer quando estiver perdido. Anexo 3

6. Aprender os sinais para seguir uma pista. Fazer e seguir uma pista de 2 quilômetros, com no mínimo 10 sinais, que também possa ser seguida por outros. Anexo 4

Companheiro1. Descobrir os pontos cardeais sem a ajuda de uma bússola. Anexo 5

2. Participar em um acampamento de final de semana, e fazer um relatório destacando o que mais lhe impressionou positivamente. Item prático

3. Aprender ou recapitular os seguintes nós: a. Oitob. Volta do salteadorc. Volta esticada ou paradorad. CaminhoneiroAnexo 1

4. Completar a especialidade de Primeiros Socorros – Nível básico. Anexo 6

Pesquisador1. Apresentar seis segredos para um bom acampamento. Participar em um acampamento de final de semana planejando e cozinhando duas refeições. Anexo 7

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2. Completar a especialidade de Primeiros Socorros. Anexo 6

3. Explicar o que é um mapa topográfico, o que se espera que ele indique e como deve ser usado. Identificar pelo menos vinte sinais e símbolos usados nestes mapas. Anexo 8

Pioneiro1. Fazer um fogo refletor e demonstrar seu uso. Anexo 9

2. Participar em um acampamento de final de semana, arrumando de maneira apropriada uma bolsa ou mochila, com equipamento pessoal e alimento suficiente para sua participação. Anexo 10 e 13

3. Completar a especialidade de Resgate Básico. Anexo 11

Excurcionista1. Com um grupo de, no mínimo quatro pessoas, incluindo um conselheiro adulto experiente, andar 25 quilômetros numa área rural ou deserta, incluindo uma noite ao ar livre ou barraca. Deverá haver um planejamento completo antes da saída. Durante a expedição devem ser feitas anotações sobre o terreno, flora e fauna observados na caminhada. Depois, usando as anotações, participar em uma discussão de grupo, dirigida por seu conselheiro. Item prático.

2. Completar uma especialidade, em Atividades Recreativas, não realizada anteriormente.

3. Completar a especialidade de Vida Silvestre.Anexo 12

Guia1. Participar em um acampamento de final de semana e planejar antecipadamente com seu grupo o equipamento que deve ser levado. Anexo 13

2. Planejar e cozinhar, de maneira satisfatória, três refeições ao ar livre. Item prático.

3. Construir e utilizar um móvel de acampamento em tamanho real, com nós e amarras. Item prático.

4. Completar uma especialidade não realizada anteriormente que possa ser contada para o Mestrado em Aquática, Esporte, Atividades Recreativas ou Vida Campestre.

Classes AvançadasAmigo5. Demonstrar como assar, ferver e fritar alimentos em um acampamento, ou completar a especialidade de Fogueiras e Cozinha ao Ar Livre.

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Anexo 18

7. Começar uma fogueira com apenas um fósforo, usando materiais naturais, e mantê-la acesa. Item 4 do Anexo 18

8. Usar corretamente uma faca, facão e uma machadinha e conhecer dez regras para usá-los com segurança. Anexo 14

9. Fazer cinco nós rápidos. Anexo 1

Companheiro9. Preparar uma refeição sem utensílio de cozinha. Anexo 19

10. Preparar um quadro com pelo menos 15 nós diferentes. Item pratico, pesquisar anexo 1

Pesquisador7. Identificar seis pegadas de animais ou aves. Fazer um modelo em gesso de três destas pegadas. Ver item 6 do anexo 12

8. Recapitular ou aprender as quatro amarras básicas e construir um móvel de acampamento. Anexo 1

9. Planejar o cardápio para uma viagem de três dias de acampamento envolvendo quatro pessoas, usando pelo menos três alimentos desidratados diferentes. Anexo 7

10. Enviar e receber uma mensagem por uma das seguintes formas: a. Alfabeto com semáforos.b. Código internacional Morse com lanterna.c. Alfabeto LIBRAS (linguagem de sinais).d. Radioamadorismo - conhecimento básico. Anexo 15

Pioneiro5. Completar os requisitos três e seis da especialidade de Ordem Unida (caso não tenham sido feitos anteriormente).

6. Completar a especialidade de Orientação. Anexo 16

7. Ser capaz de acender uma fogueira num dia de chuva. Saber como conseguir lenha seca e manter o fogo aceso. Demonstrar habilidade em usar corretamente uma machadinha. Anexo 17 e anexo 14

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8. Completar um dos seguintes itens:

a. Identificar, preparar e ingerir dez variedades de plantas silvestres. Item 8 do anexo 12

b. Ser capaz de enviar e receber 35 letras por minuto pelo código semafórico. Anexo 15

c. Ser capaz de enviar e receber 35 letras por minuto através do código náutico, usando o código internacional.

Anexo 20d. Ser capaz de apresentar e entender Mateus 24 em Libras (linguagem de sinais).

e. Participar em uma atividade simples de emergência e resgate usando dois rádios comunicadores.

Anexo 21

9. Completar uma especialidade em Atividades Recreativas não realizadas anteriormente.

Excurcionista8. Desenvolver um projeto para cinco móveis de acampamento e um portal do clube.Use anexo 1 para auxiliar nas amarras

Guia7. Completar o mestrado em Vida Campestre. Anexo 22

8. Projetar três tipos diferentes de abrigo, explicar seu uso e utilizar um deles em um acampamento. Anexo 23

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Anexos

Anexo 1

Tipos de Cordas:

SISALDe conceito primitivo, a corda de sisal é das piores cordas para se trabalhar nós. Normalmente de constituição torcida, elaboradas com duríssimas fibras vegetais, são engomadas e oferecem uma enorme resistência a torção. Por outro lado, uma vez feito um nó, dificilmente irá ceder ou romper. Em contato com água a fibra encolhe e apodrece.

SEDA SINTÉTICANormalmente utilizada na construção da alma torcida em cordas dinâmicas, a seda sintética possui uma ótima relação entre peso, resistência e elasticidade. São cordas delicadas e merecem cuidados especiais, em função de seu custo. Devem ser lavadas sempre que em contato com lama ou rocha úmida, para que as pequenas partículas abrasivas não machuquem sua estrutura. São sensíveis a ação do sol, que resseca a fibra e desbota sua coloração. Recomendável variar o ponto do nó ou da fixação distribuindo o esforço, para que não haja ruptura das fibras aloucadas na parte superior do nó.

POLIETILENOCorda tipicamente de utilização náutica, sua alma possui fios contínuos e esticados, apresenta boa resistência a esforços unidirecionais, porém, deformam com muita facilidade, fazendo com que sua capa, de pontos largos, escorregue pela alma e estrangule os nós.

POLIESTERPor sua grande resistência e excelente compatibilidade com outras fibras, é um material importantíssimo na composição de cordas estáticas e na capa de cordas dinâmicas. Nas cordas estáticas a alma é também de poliester trançado. Cordas compostas unicamente de poliester não exigem cuidados especiais e são bem agradáveis de se trabalhar.

KEVLAREste material apresenta tamanha dureza, que sequer poderia ser comparado a uma corda, não fosse sua aparência de corda. Muitas vezes, chega a ser mais resistente que o aço, com a vantagem de ser mais leve e maleável. O Kevlar em si, é uma fibra sintética, extremamente dura, porém frágil. Sua utilização é mais voltada para equipamentos de vôo, como paraglider etc., onde a necessidade de um material leve e resistente é muito grande. Nunca deve ser utilizado para manufatura de nós, caso contrário, sua alma pode se romper parcialmente, ou em casos de esforços muito grandes, chega até expor-se à capa. A ação prolongada de raios ultravioleta danifica sua estrutura física e causa uma perda considerável na resistência.

CORDAS DINÂMICASCordas dinâmicas são as que possuem maior elasticidade. Sua alma é composta por vários cordins torcidos, que facilitam o alongamento em caso de um esforço muito grande. Mais utilizadas para a prática de alpinismo pelo fato de aliviarem o impacto em caso de queda. Sua elasticidade pode chegar a até 30% do comprimento antes de romper.

CORDAS ESTÁTICAS

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Muito utilizadas para a prática de técnica vertical, são compostas em sua alma, de diversos cordins trançados com recheio de fibras esticadas. A principal característica é que ao subir ou descer, o espeleólogo não gira em torno da corda, porque a mesma não tende a desenrolar a alma. Outras porém, utilizadas em náutica, possuem a alma puramente composta de fibras esticadas. Sua elasticidade não passa de 10%.

CORDAS ESPECIAISAs cordas de Kevlar são consideradas de tecnologia de ponta. Pode-se obter resistências super elevadas com diâmetros pequenos. Sua elasticidade não ultrapassa 2%.

RESISTÊNCIA ABRASIVADependendo da maneira como a capa é trançada, obtêm-se maior ou menor resistência abrasiva. As capas mais resistentes apresentam maior número de pontos e mais apertados, desta forma, consegue-se que as fibras dificultem o desfiar provocado por superfícies ásperas, o que não ocorre com capas de pontos largos.

% DE PERDA NO NÓTodo nó enfraquece a corda no local onde apresenta curvatura. Dependendo do tipo de nó e corda, o percentual de perda na resistência pode chegar a 60%. Existem nós, que por possuírem curvas menos acentuadas não sacrificam tanto a estrutura da corda. Vale lembrar, que um esforço contínuo, sacrifica menos a estrutura (alma), do que um esforço de impacto.

SENSIBILIDADE UvOs raios Ultravioleta tem uma grande influência sobre fibras sintéticas. Principalmente eles ressecam e desbotam fibras tingidas. Uma vez ressecadas, a perda da resistência é muito grande. Uma boa maneira de evitar esse tipo de desgaste, é prevenir a corda de exposições muito prolongadas ao tempo.

Nó Simples

Utilizado para começar outros nós e prender o desfiamento da corda.

Nó Direito

Utiliza-se para unir duas cordas da mesma espessura.Nó Direito Alceado

Como o Nó Direito simples é utilizado para unir dois cabos da mesma espessura, porém possuí uma alça que desata o nó quando puxada. Geralmente é usado quando o nó direito não é permanente e precisará ser desfeito mais tarde.

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Nó de Escota

Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.

Nó de Escota Alceado

Mesma utilidade do escota, só que mais fácil de desatar. é muito utilizado para prender bandeiras na adriça.

Nó em Oito

Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo).

Nó Corrediço

Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Volta do Fiel

Nó inicial ou final de amarras. Não corre lateralmente e suporta bem a tensão. Permite amarrar a corda a um ponto fixo.

Volta do Fiel Duplo

Utilizado para amarrar cabos de retenção e espias.

Volta da Ribeira

Utilizado para prender uma corda a um bastão (tronco, galhos, etc.) depois mantê-la sob tensão.

Catau

Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.

Nó Aselha

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é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo.

Nó de Arnez

é utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda (sem utilizar as pontas).

Balso pelo Seio

Serve para fazer duas alças fixas do mesmo tamanho em uma corda.

Fateixa

Serve para prender um cabo a uma argola.

Lais de Guia

Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

Nó de Pescador

Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

Volta do Salteador

Utilizado para prender uma corda a um bastão, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó.

Volta Redonda com Cotes

Utilizado para prender uma corda a um bastão.

Moringa

O Nó de Moringa é utilizado para amarrar um cabo em um gargalo de garrafa ou jarro. É seguro e resistente.

Nó de Frade

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Usado para criar um tensor na corda. Pode servir para parar uma roldana ou auxiliar na subida de uma corda como nó de apoio. Também pode ser usado para a transmissão de código Morse

Enfardador

Permite ser sempre ajustado quando é necessário manter uma corda ou cabo sempre esticado. Numa falsa baiana, por exemplo, ao receber muito peso o cabo afrouxa, com este nó é possível estica-lo novamente com firmeza ser desfazer completamente o nó.

Falcaça

A falcaça é feita na ponta de um cabo evitando que ele comece a desmanchar com o uso e o tempo. Pode ser feita com linha grossa.

Cadeira de Bombeiro

É um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto. É seguro, porém mais utilizado em caso de emergência ou quando a altura não oferece grandes riscos. Para estes casos, existem cadeiras mais elaboradas e seguras.

Nó de Forca

Arme a laçada conforme o esquema, deixando a ponta de trabalho com tamanho suficiente para executar as voltas. Realize finalmente e, ao fazer a última volta, introduza a ponta de trabalho na laçada superior do nó. Em seguida puxe a Arme a laçada conforme o esquema, deixando a ponta de trabalho com tamanho suficiente para executar as voltas. Realize finalmente e, ao fazer a última volta, introduza a ponta de trabalho na laçada superior do nó. Em seguida puxe a laçada inferior pelo lado correspondente à ponta de trabalho para

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apertá-la e conservar as voltas seguras. O laço é regulado movimentando-se o lado da corda correspondente à sua parte fixa.laçada inferior pelo lado correspondente à ponta de trabalho para apertá-la e conservar as voltas seguras. O laço é regulado movimentando-se o lado da corda correspondente à sua parte fixa.

Nó encapeladura

Volta Paradora

Volta Esticada

Pata de Gato

Mesma finalidade do cabeça de cotovia, com a vantagem de que não precisa ter tensão nas duas pontas pra firmar o nó

Gancho

Cabeça de Sabiá

Escota duplo

Unir duas cordas de calibres iguais ou diferente. Ideal quando a corda estiver escorregadia

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Cirurgião duplo

Duplo (laço)

Na realidade é um no direito alçado duplo, comumente usado para amarrar sapatos.

Ordinário

Serve para unir duas cordas. No entando tem de se fazer a amarra nas pontas conforme o desenho. Caso contrrio a amarra fica fraca.

Escota Mordida

Usado para unir cordas de calires iguais ou direfentes. Fácil de desatar.

Oito Duplo

Usado prioncipalmente por montanhistas para prender-se ao mosquetão. Pescador Duplo

Unir cordas de igual calibre.

Nó de Prussik

Usado principalmente em escaladas para subir por uma corda.

Volta do SalteadorNó utilizado para descer de um tronco com um dos cabos e desamarrar o nó com a outra ponta do cabo.

Amarra Diagonal (ou em X)

Serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. é menos usada que a Amarra Quadrada, mas é muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se

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a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as peças (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unido a ponta final a inicial com um nó direito.

Amarra Quadrada (ou plana)

é usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobre desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.

Amarra de Tripé (ou trípode)

Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como suporte para qualquer outro fim. A amarra de tripé é feita iniciando com uma volta da ribeira e passando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. A vara do meio deve estar colocada bem acima, afim de amarrar a sua extremidade inferior à extremidade superior das outras duas ao lado. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.

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Amarra Paralela (ou circular)

Serve para unir duas varas colocadas paralelamente. Pode ser usada para apoiar ou até sustentar o outro bambu. Faz-se uma argola e dá-se voltas sobre ela e as duas varas como se estivesse falcaçando, terminando, também como uma falcaça, passando a ponta do cabo pela argola e puxando a outra extremidade para apertar. Finaliza-se com um nó direito unindo as duas extremidades.

Anexo 2

Como Montar uma barraca:No litoral, nunca deixe a entrada de frente para o mar.Nos vales, em época de verão a entrada deve estar direcionada para o norte. Se houver possibilidade de chuva, a entrada deverá estar para o oeste.MontagemColoque as estacas nos cantos do piso, deixando-o bem esticado, mas não forçado.Coloque as estacas no resto do piso.Monte os ferros colocando-os e deixando-os de pé.Coloque os elásticos nas estacas das paredes da barraca.Ponha o teto.Coloque os elásticos do teto nas estacas do mesmo, cuidando que não fique enrugado. Entre a barraca e o teto tem que existir um espaço de 10 cm.Ajuste todos os elásticos.Atenção:Não entre com sapatos na barraca.Reveja diariamente sua montagem.Não corra ao redor da barraca.Não apóiem nas paredes da barraca objetos que possam estragar a mesma.Ao desmontá-la, guarde-a seca e se possível ponha talco antes de guardá-la.

OS LOCAIS APROPRIADOS PARA SE MONTAR UMA BARRACA.O terreno onde vamos montar as barracas deve ser muito bem inspecionado; evitar locais pedregosos, com farpas, espinhos e troncos que poderão, além de cortar ou furar o piso da barraca, ferir um acampante.As barracas não devem ficar posicionadas de frente umas para as outras, isto é, frente com frente.O terreno sobre o qual vamos acampar deve ser considerado também. Solos impermeáveis, como saibros, por exemplo, se forem planos, produzem em caso de chuva, um tremendo lamaçal.Como nem sempre você terá facilidade em escolher o tipo de terreno onde acampar, então ao menos, observe a inclinação ou relevo do terreno.

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Nunca monte sua barraca em baixadas ou na base de terrenos inclinados. Procure montar sua barraca em terrenos ligeiramente elevados ou mais no topo das inclinações. Mas se não houver jeito mesmo, e você tenha de acampar em um terreno inclinado e em baixo, cuide em:

Fazer valetas fundas do lado de cima.Pôr a terra tirada das valetas do lado de baixo, em forma de trincheiras.Fazer o escoadouro para longe e para baixo.

No inverno temos pouco sol, portanto é preferível montar seu acampamento em campo aberto e não dentro de matas. Quanto mais intenso o frio, mais descampado deve ser o local do acampamento.No sul do Brasil, chove muito no inverno, logo, é possível que você encontre madeira para fogueira mais molhada. Daí, é recomendável que a lenha recolhida seja exposta ao sol durante o dia, e à noite, recolhida e coberta com lona ou plástico.Embora em campo aberto, a montagem do acampamento deve ser feita com resguardo do vento, isto é, devemos estudar o vento constantemente (especialmente o da noite) e montar o acampamento usando um acidente natural como protetor.

Terreno muito plano não é recomendável, pois, se for época de chuva, não haverá escoamento das águas. Os terrenos pouco abaulados (curvos) devem ser os preferidos.

Anexo 3Numa Caminhada:

1. Não comer muito antes de ir, nem deixar de estar bem nutrido, bem hidratado e bem descansado. O ideal é que, na semana anterior se tenha refeições balanceadas, e se tome muita água e sucos.

2. Se prevenir em relação ao clima nunca é demais. Não se pode adivinhar que vai chover ou não, ou se vai fazer clima frio. Capa de chuva e um agasalho sempre vão bem.

3. Ao fazer caminhada noturna, usar roupas de cores vivas, para fácil identificação.4. Não utilizar tênis novo, mas um que já esteja amaciado, adaptado aos pés. Usar meias

soquete macias e bem limpas.5. Manter os pés bem aquecidos, não esquecer de levar meias extras. Pode-se levar um

pano limpo e um pouco de álcool para passar nos pés. Os pés são sua locomoção, é de suma importância que estejam bem.

6. Ao caminhar, utilizar a contramão, para que, os carros em sentido contrário possam ver de longe o grupo. Pode-se andar em duplas em área rural, e em fila indiana em área urbana. Utilizar passo de estrada ou sem cadência.

7. Assim como o povo de Israel já fazia, os menores e/ou mais fracos devem andar na frente, para darem ritmo á caminhada, e não ficarem para trás.

8. Colocar batedores, um na frente e outro atrás, com coletes e sinalizadores, numa distância de 50m.

9. Em descidas, firme primeiro o calcanhar, para não deslizar. Cuidado ao se apoiar no companheiro.

10. Ao passar por áreas urbanas, fazer completo silêncio.11. As paradas podem ser alternadas de acordo com o ritmo do grupo ou com o programa,

de preferência que a cada hora se tenha uma parada de 15 min.12. Ao parar, esticar bem as pernas, e levantá-las, para ajudar na circulação do sangue e

oxigenação do cérebro.

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13. Na água deve se acrescentar algumas gotas de limão, para repor os sais perdidos no suor. Rapadura, mel ou semelhantes são recomendados por serem fonte de glicose, indispensável para repor as energias.

14. Evite acidentes e incidentes; não passe por cima quando puder passar por baixo nem o contrário e assim sucessivamente.

15. Em área rural, cuidar que não se ande muito encostado á beira do caminho, para evitar encontros indesejados.

16. Não tire nada a não ser fotografias, não deixe nada a não ser pegadas, não mate nada a não ser o tempo.

17. Deixar as mãos livres, tudo deve ir à mochila.18. Conselheiros devem acompanhar e monitorar suas unidades, acompanhando-as ao

lado.19. Ao se encontrarem obstáculos, deve-se avisar a pessoa de trás, até que o último saiba.20. Deve-se evitar cantar, gritar ou falar demais, para economizar as energias. O ideal é

que se fale somente o indispensável.21. Ao tomar água, que não se tome em excesso, apenas molhe a garganta

Quando Perdido:1- Orar a DEUS em primeiro lugar.1-Manter a calma 2-Procura local ou clareira para descansar ou talvez passar a noite, e que servirá de base 3-Verificar alimento e água, e raciona-los4-Procurar no local, vegetais e água que podemos consumi-los, ma sem se afastar muito da base 5-Orientar-se – Identificar os pontos cardeais6-Fazer pequenas incursões, em determinas direções, e tomando o cuidado de demarca o trajeto, caminhando no Maximo por 15 minuto, e voltar a base se não obteve sucesso (descobriu algo), reiniciar em outra direção com os mesmo critérios.7-Se a unidade, depois de ter tentado sem sucesso o item “7”, e decidiu caminhar em uma só direção, poderá faze-lo tomando a devida preocupação de marca o caminho para que uma possível equipe de resgate sos encontrem.8-Deve-se lembrar que onde houver água,plantações,gado, há presença de pessoas por perto.9-Fazer uma fogueira par emitir sinais.

Anexo 4

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Anexo 5Como descobrir pontos cardeais sem bússula

22. JOÃO DE BARRO : a porta de entrada está sempre voltada para Este ou Norte23. OS ANIMAIS : todos os animais necessitam de água, se temos paciência e observamos

as pegas (cavalos,vacas,ovelhas) provavelmente encontraremos águas e muito provável pessoas.

24. OS RIOS 25. AS ESTRELAS

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26. A ESTRELA DA MANHÃ : ela é a ultima a se esconder. A bem da verdade não é uma estrela, mas o planeta Vênus. Desaparece pelo Este e logo aparece pelo Oeste. assim que o sol se põe.

27. CRUZEIRO DO SUL : uma constelação forma por 5 estrelas, 4 delas formam uma cruz com seus braços ligeiramente inclinados.O pé da cruz aponta para pólo SUL CELESTE. Podemos descobrir o SUL, multiplicando 4 vezes o tamanho do braço maior da cruz e logo deixando cair uma perpendicular até o horizonte.

28. CONSTELAÇÃO DE ÓRION : por meio desta constelação podemos encontrar facilmente os dois pólos, norte e sul, pois oferecem a vantagens de ser visível nos dois hemisférios. Òrion é uma das mais lindas constelações e todo o firmamento.Duas são as estrelas mais visíveis: Rigel e Betelguese. RIGEL: é uma verdadeira jóia do firmamento, se encontra ao sul da constelação.BETELGUESE , parece uma estrela simples de cor vermelha, mas é um gigantesco sol e está f ao norte da constelação.O centro de Órion está constituído pelo cinturão conhecido popularmente com “AS TRES MARIAS”.Se projetarmos uma linha que cruze a estrela do meio do cinturão em direção Nordeste, poderemos ter o Norte.

29. MÉTODO DA SOMBRA : Para encontrar os diferentes pontos cardeais da bússola, pode-se projetar uma sombra, que é um boa idéia. Enterre um pau reto (vara de bambu,etc) de tal forma que não projete sombra, isto é, que aponte diretamente ao sol. Aguarde até que o pau projete uma sombra de aproximadamente uns 15 cm ou mais.A sombra forma uma linha Oeste-Leste, estando o Oeste na base do pau, e o Leste no final da sombra.Tendo esta direção, pode-se calcular as demais. Este método é bastante eficiente no meio dia, e durante o restante é suficientemente adequado para seus propósitos.

30. ORIENTAR-SE PELO RELÓGIO : Um relógio com ponteiros, é muito útil no momento que estamos desorientado. Para que você possa-se orientar com um relógio faça o seguinte: a) Coloque o ponteiro que marca as horas em direção do sol. b) Faça uma linha imaginária ou coloque o ponteiro que marca os minutos na marca das doze. c) Faça uma linha imaginária pelo centro do ângulo formado pelos ponteiros e ali terá o Norte

31. Lado que a casca da arvore é mais grossa é o leste.32. Os fungos nascem do lado oposto ao que bate o sol. Se medirmos na circunferência da

arvore o lado com maior proliferação, encontraremos o sul.

ROSA DOS VENTOS E A BÚSSOLA: è muito importante que conheça bem a Rosa dos Vento.Assim poderá orientar-se com maior facilidade.Se a conhece bem, ter somente uma direção Serpa suficiente para ter todas as outras direções geográficas. Ao trabalhar com uma bússola, se torna indispensável conhecer não tão só as direções geográficas, mas também em que graus estas se encontram. “BUSSOLA” é um instrumento de orientação. Todo Líder deve ter a sua, para evitar estar perdido. A Bússola está composta basicamente de uma agulha imantada flutuando dentro de uma cápsula circular cheia de liquido, que por sua vez gira livremente. A agulha que tem este instrumento aponta sempre par o Norte Magnético

Anexo 6Especialidade de Primeiros Socorros Básico1. Conhecer as causar do choque e demonstrar o tratamento adequado a este tipo de acidente.

Falência hemodinâmicaO sangue flui de forma alterada. O coração, cérebro e órgãos vitais podem ficar sem sangue e a pessoa pode morrer se não for atendida no tempo certo.

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Classificação:

a)Hipovolêmico:•hemorragia•Queimaduras graves•Diarréia, vômitos (desidratação).b)Cardiogenico:•Infarto•Arritmia cardíacac)Séptico:•Infecções gravesd)Anafilático:•Reação de hipersensibilidade a medicamentos, alimentos.e)Neurogenico:•Lesão da medula espinhal•Dores intensas

Como reconhecer o estado de choque:

•Pele pálida, úmida e fria.•Pulso fraco e rápido•P. A. Sistólica baixa•Perfusão capilar periférica lenta ou nula•Tontura ou desmaio•Respiração curta e rápida•Sede, tremor e agitação.•Rosto e peito coçando, vermelho, edemaciado (anafilático).

Conduta:

•Posicione a vitima deitada com as pernas elevadas•Afrouxe suas roupas•Mantenha a vitima aquecida•Ministre o O2•Choque anafilático, transporte a vitima para o hospital.

2. Conhecer os métodos de respiração artificial e explicá-los.A respiração boca-a-boca é o método mais prático de se fazer a vítima voltar a respirar normalmente. A porcentagem de oxigênio não aproveitada ou que ainda não chegou aos pulmões do socorrista servirá para revitalizar a respiração da vítima. Retire da boca da vítima qualquer objeto que atrapalhe, deite-a numa superfície reta e libere as vias aéreas levantando a nuca e estendendo a cabeça para trás o máximo possível. Coloque a boca sobre a boca do asfixiado, tape o nariz dele e sopre de modo que o ar não vaze. Faça uma insuflação a cada 5 seg.em criança ou bebê 1 ins. A cada 3 seg., verificando o pulso e respiração a cada 10 ventilações, em criança ou bebê a cada 20 ventilações.

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3. Qual o procedimento adequado caso um vitima esteja sufocando?Vitima consciente engasgada•Pergunte se a vitima: “você pode falar?”.•Se não puder, aplique a manobra de Heimlish.•Em gestante e obesos, as compressões no osso Esterno.•Repita os passos até o socorro chegar ou até a retirado9 do corpo estranho.

Vitima inconsciente engasgada•Verifique o nível de consciência.•No caso de inconsciência, abra as vias aéreas e verifique a respiração.•Efetue duas insuflações•Se o tórax não elevar, repita operação.•Se o ar não passar, deixe a vitima deitada em uma superfície plana e em cima dela aplique a manobra.•Após a manobra, tente visualizar o corpo estranho para remove-lo.•Se a vitima não respira repita todo o processo até o socorro chegar.

4. Saber os procedimentos adequado caso uma vítima esteja com hemorragia.Hemorragia

Perda aguda de sangue circulante.

Ferida: é o resultado da agressão sofrida pelas partes moles, produzindo uma lesão tecidual.

Procedimento:•Nunca toque na ferida•Não aplique medicamento ou qualquer produto no ferimento•Não retire o objeto empalado•Proteger com gases ou pano limpo, fixando com bandagem, sem apertar o ferimento.•Fazer compressão não local suficiente para cessar o sangramento•Se for em membros, elevar o membro ferido.•Caso não haja controle no ferimento, pressione os pontos arteriais.•Torniquete devera ser usado em ultimo caso, com o uso de esfignomanômetro.•Procurar o socorro adequado. Procedimento em caso de hemorragia interna:•Mantenha as vias aéreas liberadas•Mantenha a vitima deitada•Em caso de fratura, use tala inflável.•Transporte na posição de choque•Administre o 02•Não de nada de beber para a vitima•Procure por socorro adequado.

5. Conhecer os pontos de pressão e como usa-los corretamente.São as artérias, veias que conduz o sangue arterial do coração distribuindo-o pelo corpo.Deve-se comprimir as artérias para diminuir o fluxo sanguíneo.

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6. Saber o procedimento adequado para tratar uma vitima de envenenamento.Definição:A intoxicação ou envenenamento ocorre quando o individuo entra em contato, ingere ou aspira substancias tóxicas de natureza diversa, que possam causar distúrbios funcionais ou sintomático, configurando um quadro clinico seio.A intoxicação pode resultar em doença grave ou morte em poucas horas, se a vitima não for socorrida em tempo hábil.A gravidade de envenenamento depende da suscetibilidade do individuo, da quantidade, tipo e toxicidade da substancia introduzida no organismo e do tempo de exposição.

Via de Penetração:•Pele – Contato direto com plantas ou substancias químicas tóxicas.•Vias digestivas – Ingestão de qualquer tipo de substancia tóxica, química ou natural.•Vias resporatórias – aspiração de vapores ou gases emanados de substancias tóxicas.

Itentificação:

•/sinais evidentes naboca, pele ou nariz de que a vitima tenha introduzido substancias tóxicas para o organismo•hálito com odor estranho.•Dor, sensaççao de quimadura nas vias de penetração e sistemas correspondentes.•Estado de coma alternado com períodos de alucinação e delírios•Depressão da função respiratórias.

Tratamento:

Na intoxicação por contato (pele)•Para substancias liquidas, lavar abundantemente o local afetado com água corrente. Substancias sólidas devem ser retiradas do local sem friccionar a pele, lavando-a, a seguir, com água corrente.Na intoxicação por Ingestão (vias digestivas)•Não provocar vomito se a vitima estiver inconsciente, com convulsões, ou tiver ingerido venenos cáusticos (ácidos, álcalis e derivados de petróleo).•Quando os ácidos e álcalis são fortes, provocam queimaduras nas vias de penetração. Nestes casos deve-se diluir a substancia dando água para a vitima beber.

7. Demonstrar o procedimento apropriado no uso de talas em diversos ossos do corpo.Fraturas

É uma ruptura total ou parcial da estrutura óssea (solução de continuidade no osso).

Tipos:•Completa – (quebra de osso)•Incompleta – (quando ocorre fissura)•Aberta – (provoca ferida na pele)•Fechada – (não há perfuração na pele).Conduta:

•Verifique o VRC

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•Ministre 02•Nas fraturas alinhadas, imobilize com tala rígida ou inflável.•Nos deslocamentos, em fraturas expostas e fraturas em articulações imobiliza na posição encontrada com tala rígida.•Use bandagens para imobilizar fraturas ou luxações na clavícula, escápula e cabeça do úmero.•Após a imobilização, continue checando o pulso e perfusão capilar.•Não tente colocar o osso no lugar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Conduta em fratura Exposta:•Controle a hemorragia•Não tente colocar o osso exposto no interior da ferida•Não limpe ou passe qualquer produto na ponta do osso exposto•Proteja o ferimento com gaze, ou atadura limpa.•Imobiliza com tala rígida•Previna o agravamento de contaminação•Procure socorro adequado

8. Saber o procedimento adequado para ajudar vitimas de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.

Lesão no tecido de revestimento do corpo, causado por agentes térmicos, químicos ou elétricos. Podendo causar destruição total ou parcial da pele e seus anexos, e atingir camadas mais profundas (músculos, tendões e ossos).

1º Grau atinge a epidermeDor e vermelhidão no localSem bolhas

2º Grau Epiderme mais a dermeDor e vermelhidão mais intensaFormação de bolhas.

3º Grau Todas as camadas da pele também gorduras, músculos.Ausência de dorÁrea escurecida ou esbranquiçada.

A gravidade de a queimadura estar relacionada com a sua extensão. Grandes queimaduras – acima de 10% do corpo

9. Saber o procedimento adequado para auxiliar uma vitima de queimadura químicas.

Queimaduras térmicas:•Apagar o fogo com cobertor ou rolando a vitima•Retirar a roupa da vitima de menos a parte queimada ou aderida no corpo•Estabelecer a profundidade e a gravidade da queimadura•Em caso de 1º grau, lavar com água fria•Não passar nada no local, não furar bolhas e cuidado com as infecções.

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•Cobrir o local com o plástico estéril ou papel alumínio.•Quando nos olhos, cobrir com gaze embebida em soro.

Queimaduras químicas:•Lavar o local por 15 min. sem pressão ou fricção•Evitar o estado de choque

Queimadura elétrica:•Desligue a fonte de energia e afaste a vitima da fonte•Verifique os sinais vitais e inicie a manobras de reanimação se necessário•Trate das queimaduras, na fonte de entrada e saída da corrente elétrica.•Mande para o hospital

10. Saber que situações podem levar a um envenenamento por monóxido de carbono, e o resgate e técnicas de tratamentos para estes tipo de envenenamento.

Intoxicação por monóxido de carbono (CO)A intoxicação por monóxido de carbono pe um acidente muito comum em casos de incêndios e em locais fechados onde há queima de combustíveis, com, por exemplo garagens de automóveis e banheiros com aquecedores domésticos. O CO é um gás bastante presente no dia-a-dia da população e suas características principais são não ter odor nem gosto e cor o que o torna extremamente perigoso. A intoxicação se da com a combinação do gás CO com a hemoglobina do sangue, impedindo que esta leve oxigênio para as células e é conhecida como asfixia química. O tratamento de casos agudos de intoxicação só pode ser feito em hospitais.

Simtomas•Dor de cabeça;•Pele e lábios vermelhos (cor de cereja);•Náuseas e vômitos;•Respiração acelerada;•Vertigens e desmaios.

Tratamento•Retirar a vitima do ambiente poluído por gases.•Liberar as vias aéreas da vitima.•Ministrar oxigênio, se possível.•Transportar urgente para o hospital.

Lembrar que o menor incêndio, por menor que seja, há a liberação de CO no ambiente. Portanto, não entrar e não permitir que pessoas adentrem em áreas poluídas por gases sem proteção respiratória, através de mascara autônoma (EPR). Mascaras filtrantes e ingestão de leite são totalmente ineficazes neste caso.

11 Saber o procedimento adequado no tratamento de vitimas com ferimentos na cabeça

12 Saber o procedimento adequado para auxiliar vitimas com hemorragias ou ferimentos internos.Hemorragia

Perda aguda de sangue circulante.

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Ferida: é o resultado da agressão sofrida pelas partes moles, produzindo uma lesão tecidual.

Procedimento:•Nunca toque na ferida•Não aplique medicamento ou qualquer produto no ferimento•Não retire o objeto empalado•Proteger com gases ou pano limpo, fixando com bandagem, sem apertar o ferimento.•Fazer compressão não local suficiente para cessar o sangramento•Se for em membros, elevar o membro ferido.•Caso não haja controle no ferimento, pressione os pontos arteriais.•Torniquete devera ser usado em ultimo caso, com o uso de esfignomanômetro.•Procurar o socorro adequado. Procedimento em caso de hemorragia interna:•Mantenha as vias aéreas liberadas•Mantenha a vitima deitada•Em caso de fratura, use tala inflável.•Transporte na posição de choque•Administre o 02•Não de nada de beber para a vitima•Procure por socorro adequado.

13 conhecer a diferença entre um ataque cardíaco, derrame, epilepsia e um simples desmaio, e o tratamento apropriado para cada um deles.

I.A.M – Infarto Agudo do MeocardoObstrução de uma artéria do músculo cardíaco.Sinais e Sitomas:•Dor súbita prolongada na região do peito•Mal estarConduta:•Repouso•Monitorar os sinais vitais•Afrouxar as vestes•RCP se necessário•Ministre o 02

DesmaioPerda da consciênciaConduta:•Afastar a vitima no local agressor•Monitorar os sinais vitais•Cabeça mais baixa que o corpo•Transporte para o hospitalDerrameInterrupção do fluxo sanguíneo a determinada área do SNCSinais e sintomas:•Tontura

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•Dor de cabeça•Paralisia unilateral•Às vezes sangramentosConduta:•Monitorar os sinais vitais•Posição de coma para paciente•Procure o recurso medicoConvulsãoAbalos musculares de parte ou de todo corpo, decorrente do mal funcionamento do SNCConduta:•- proteger a vítima•- Proteger a língua com o pedaço de pano•- cabeça colocada de lado. Se em 5 min não passar, transporte para o hospital.

a. Saber como prevenir infecções

Lavar o local do ferimento com água e sabão.Proteger o local para evitar contato com objetos contaminados.

b. Qual o tratamento adequado para picada de cobra?c. Qual o tratameno adequadoa para mordidas de animais?d. Qual o tratamento adequado para picadas de insetos e aranhas?Animais peçonhentos

São acidentes causados por ofídios, escorpiões, aranhas, vespas, abelhas e alguns seres marinhos; cujo o veiculo de introdução no corpo humano, se faz através de presas, ferrões, etc.Se você deparar com um acidente provocado por animal peçonhento, lembre-se quem dificilmente ele será fatal, imediatamente ou poucos minutos após o acidente. Geralmente se dá por falta de tratamento sorológico. Portanto mantenha a calma e aja a tempo e aja da seguinte forma:•Procure identificar e capturar o animal agressor, se possível: não gaste muito tempo com isso.•Se não conseguir identificar, trate como se fosse um animal venenoso.

Procedimento:

•VRC, avaliação e tratamento.•Procure identificar e capturar o agressor•Avalie os sinais vitais•Limpe o local com água e sabão•Ministre o O2•Mantenha o paciente deitado•Transporte rápido.•Previne ou trate o choque•Faça um circulo em volta do local da picada com uma caneta para marca o local da inoculação do veneno

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e. Qual a diferença entre desidratação e insolação, e qual o tratamento adequado para cada um?

Insolação e InternaçãoSão acidentes provocados no organismo pela exposição prolongada ao calor.Diferencia-se a insolação da internação, pois a primeira corresponde ao excesso de raios solares agindo diretamente no individuo, enquanto a segunda traduz ao ação do calor em ambientes poucos arejados, depois de um trabalho muscular intenso.Os fatores abaixo concorrem para o surgimento destes acidentes.Umidade do ar. Quando maior a unidade relativa do ar, mais difícil será a evaporação cutânea e, conseqüentemente, o corpo acumulara maior quantidade de calor.Ventilarão sem circulação constante do ar, o resfriamento torna-se difícil, ocasionando esses acidentes em indiv[iduos que trabalham em fundições, padarias ou próximos a caldeiras.Condições físicas: o excesso de trabalho aumenta a produção de calor pelo organismo, enquanto a fadiga muscular acumula substancias tóxicas nos tecidos. Acusação de ambos predispõem ao acidente.Identificaçãof. Dor de cabeçag. Náuseash. Vômitosi. Pele seca e quentej. Tonturask. Inconsciência e coma profundol. Elevação da temperatura corporal.m. Insuficiência respiratóriaTratamento da vitima•Levar a vitima para local arejado e fresco•Deitar a vitima co o tronco ligeiramente elevado•Afrouxar as roupas da vitima•Aplicar compressas de água fria sobre a testa da vitima•Banhar a vitima em água fresca, acompanhando sua temperatura a cada 15 minutos, evitando resfriamento brusco do corpo.

n. O que deveria fazer se suas roupas pegassem fogo?

o. Qual são os princípios básicos para a prevenção de incêndios em sua casa?Recomendações•Aprenda a usar os extintores de incêndio. •Conheça os locais onde estão instalados os extintores e outros equipamentos de proteção contra fogo. •Nunca obstrua o acesso aos extintores ou hidrantes. •Não retire lacres, etiquetas ou selos colocados no corpo dos extintores. •Não mexa nos extintores de incêndio e hidrantes, a menos que seja necessária a sua utilização ou revisão periódica. PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS•Não fume 30 minutos antes do final do trabalho. •Não use cestos de lixo como cinzeiros. •Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas, prateleiras, etc. •Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados.

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•Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados. •Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados. •Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores. •Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada. •Não cubra fios elétricos com o tapete. •Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidade mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original. •Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. •Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso. •Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T (benjamim). •Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados. •Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos. •Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo.

p. Qual são as princípios básicos de segurança em rios, mares e piscinas?•Ao andar de barco, caiaque ou lancha, use sempre os equipamentos de segurança. Se o barco virar, você não corre o risco de afogar.•Nunca tire os equipamentos de segurança nem mergulhe em águas desconhecidas..•Obedeça a sinalização nas praias, represas e rios, pois dela também depende a sua vida.•Mantenha distância das pedras e bocas de rios pois o que lhe parece bonito e atrativo constitui também um perigo de afogamento.•Nunca entre na água após as refeições. Quando estiver na praia ou pescando num rio, coma somente alimentos leves e beba moderadamente. Dessa maneira, não terá congestão nem perderá o equilíbrio.•Não deixe crianças pequenas e que não sabem nadar brincarem sozinhas na praia, na beira de rios, lagos ou piscinas.•Não corra na beira de piscinas, evitando quedas. •Não empurre ninguém dentro da piscina. Ela pode cair de mal jeito e bater a cabeça nas bordas da piscina, machucando-se gravemente.•Os salva-vidas trabalham para garantir a sua segurança nas praias e locais de banho; porém, se não contarem com a colaboração de todos, muitas pessoas continuarão a morrer afogadas. •Se você precisar de alguma orientação, procure o salva-vidas. Você poderá localizá-lo pelas bandeiras de identificação.

q. Quais as maneiras de salvar uma vitima de afogamento sem nadar?Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento. Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma vítima de afogamento:. materiais nos quais a vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc.;. materiais que permitem que a vítima flutue até chegar o salvamento: barcos, pranchas, bóias, etc. Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que possa chegar até a vítima. Caso não disponha de nada disso, parta para outras

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alternativas. Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se está imóvel ou debatendo-se. Mesmo os melhores nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra uma correntezas e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a vítima. Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar. Se não estiver inconsciente e desacordada, certamente estará em pânico e terá grande dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar. Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-lo e tranquilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a Socorro médico. Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem de ser rápida e eficiente, e pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a vítima da água. Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca. Se necessário, faça também massagem cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um hospital. É um acidente de asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com inundação e enxarcamento alveolar.O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um excesso de gás carbônico no organismo. Classificação e sintomas do grau de afogamento: · Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro d'água, ao menor indicio de se afogar. Esse afogado, muitas das vezes, não chega a aspirar a água, apenas apresenta-se: - Nervoso - Cefaléia (dor de cabeça) - Pulso rápido - Náuseas/vômitos - Pálido - Respiração - Trêmulo 1°s Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da água, não apresentando queixas. Neste caso, a única providência é registrá-lo e orientá-lo. - Repouso - Aquecimento · Grau II ou Moderado: Neste caso já são notadas sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cárdio Circulatório, mas consciência mantida, os sintomas são: - Ligeira Cianose - Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma - Pulso Rápido - Palidez - Náuseas/vômitos ` - Tremores - Cefaléia 1°s Socorros: - Repouso - Aquecimento - Oxigênio e observação. · Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes sintomas: - Cianose - Ausento de secreção Nasal e Bucal - Dificuldade Respiratória - Alteração Cardíaca - Edema Agudo do Pulmão - Sofrimento do Sistema Nervoso Central 1°s Socorros: - Deitar a vítima em decúbito dorsal (de barriga p/ cima) e em declive - Aquecimento - Hiper - estender o pescoço - Limpar secreção Nasal e Bucal.· Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio - Respiratória, tendo como sintomas: - Ausência de Respiração - Ausência de Pulso - Midríase Paralítica - Cianose - Palidez 1°s Socorros: - Desobstrução das Vias Aéreas Superiores - Apoio Circulatório - Apoio Respiratório - Seqüência dos eventos no afogamento

Min. Situação

0 Imersão total e pânico

1 Luta contra asfixia

2 Espasmo da glote

3 Deglutição da água

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4 Vômitos

5 Perda da consciência

8 Convulsões

9 Parada respiratória

+ + + Já era

r. Quais são os princípios básicos de segurança em questões de eletricidade?Os choques elétricos podem acontecer com freqüência, mesmo porque vivemos cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental. Qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas.Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica. Não toque na vítima sem antes desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a corrente irá atingi-lo também. Por isso, é necessário tomar todo o cuidado. Antes de qualquer coisa, o Socorrista deve desligar a chave geral, ou tirar os fusíveis ou ainda, desligar a tomada. Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há ainda alternativas: afastar a vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara de madeira, bem secos. Antes, porém, verifique se os seus pés estão secos e se você não está pisando em chão molhado. Para afastar a vítima, use algum material que não conduza corrente elétrica, como por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie imediatamente o atendimento à vítima. Deite-a e verifique se ela está respirando, ou se precisa de respiração artificial e/ou massagens cardíacas. Se necessário, aja imediatamente. Observe se a língua não está bloqueando a passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima sofreu alguma queimadura. Cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido atingidas. Tendo prestado os primeiros socorros você deve providenciar a assistência médica. As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas ruas e avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode desligá-los. Nestes casos, procure um telefone e chame a central elétrica, os bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente. Procedendo desta maneira você poderá evitar novos acidentes. Enquanto a corrente não for desligada, mantenha-se afastado da vítima, a uma distância mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la. Somente após a corrente de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a vítima.

s. Como prevenir a intoxicação alimentar?•não comer alimentos desconhecidos•não guardar alimentos em locais impróprios(vasilha de combustível, de cândida, etc.)

Anexo 7Planejamento:

Sábado:06:00 alvorada07:00 Meditação Matinal07:15 Café da Manha

08:30 Escola Sabatina09:30 Culto10:30 Instrução12:00 Almoço

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14:00 Caminhada15:00 Instrução – Atividades junto a natureza16:30 Culto Jovem17:30 Banho19:00 Jantar

Domingo:06:00 alvorada07:00 Meditação Matinal

07:15 Café da Manha08:30 Instrução12:00 Almoço14:00 Instrução15:00 recreação16:30 Descontagem de acampamento17:00 Saida

Café Almoço JantarPrimeiro Dia Leite Achocolatado

Pão IntegralGeléiaMingal de aveia

Arroz FeijãoSalada alfaceMaçaSuco

Sopa de feijão e macarrãoPão integral

Segundo Dia Leite AchocolatadoPão IntegralMargarinaBanana com sucrilhos

ArrozFeijãoSalada de tomate e cebolaStrogonoff de PVTFarofa de PVTLaranjaSuco

Sopa de legumes com PVTPão Integral

Terceiro Dia Leite AchocolatadoPão IntegralGeléiaBanana com aveia

Macarrão com molho de PVTSalada de seletaMelanciaSuco

Lanche: Cachorro QuenteSucoSalada de Frutas

Pontos a serem considerados para um bom acampamento:1. Local, deve conhecer a topografia, recursos hídricos, animais peçonhentos,

proximidade de recursos médico em casos de acidente e etc.2. Quem será a equipe de apoio? Cozinheiros, guias, instrutores, enfermeiros, etc.3. O que levar? Material de primeiros socorros, cozinha, material de instrução, cordas e

tudo o mais para aquela atividade.4. O objetivo do acampamento? Um acampamento de unidades não tem os mesmos

objetivos de um acampamento recreativo que não é igual a um de sobrevivência. Por isso é importante conhecer os objetivos da saída quanto as orientações e cuidados pertinentes.

5. Que tipo de acomodações terá? Serão usadas barracas? Serão construídos abrigos? De que tipo? Que tipo de terreno é o solo da região?

Anexo 8Mapa Topográfico

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Um mapa é uma versão reduzida e simplificada da realidade. O mapa topográfico, é aquele que, de forma gráfica, nos mostra a topografia do terreno. Estes mapas topográficos apresentam as seguintes características:

6. Área de representação7. Mapas adjacentes8. Escala9. Revisões10. Curvas de Nível11. Longitude e Latitude 12. Sistema Universal Transverso de Mercator13. Declinação magnética

Anexo 9Fogo Refletor

É um fogo que reflete o calor. Ótimo para assar a comida.Usamos o fogo refletor em um acampamento para assarmos pão de espeto e pizza.

Anexo 10A Mochila O limite máximo, de peso que você pode levar é de 1/3 (um terço) do seu peso corporal ideal, o que varia com sua altura e seu tipo de estrutura física. Mas 1/3 do peso corporal é o limite máximo. Existe um limite confortável e seguro. Este depende do quanto você está em forma, de seu vigor físico (o que varia com a idade) e da sua habilidade motora. Existem mochilas de ataque e cargueiras. Os tamanhos das mochilas são dados pelo volume que elas comportam, em litros. Uma mochila de 25 litros (de ataque) é pequena, só mesmo para um passeiozinho bem curto. Uma mochila de 90 litros (cargueira) já é bem grande, cabendo muita coisa dentro dela.

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A Cargueira Mochilas cargueiras são as que usamos durante as caminhadas mais longas, geralmente as que incluem ao menos um pernoite. Uma boa mochila não deve, quando completamente cheia, ultrapassar a largura dos seus ombros, ou ela irá engastalhar em todos os ramos que encontrar pelo caminho. Isto significa uma mochila na forma geral de um saco cilíndrico com uma "tampa" em cima. Como não deve ser muito larga, o topo da mochila pode ultrapassar a altura de sua cabeça, o que não é problemático, basta você sempre se lembrar que ficou mais "alto". Também devido à forma de saco, a boa mochila deve ter uma segunda possibilidade de acesso a suas entranhas (zíper, perto da base). Uma boa mochila deve ter a menor quantidade de zíperes possível. Deve ter fitas, perpendiculares aos zíperes, que retirem o esforço daqueles fechos. Deve ter algumas, poucas, outras fitas para prender equipamento externamente. Finalmente, deve ter umas duas bolsas laterais externas para você por as suas garrafas d'água, biscoitos, sanduíches, ou seja, colocar lá o que for que você mastiga enquanto anda. Também é importante que o bolso da tampa (ou capacete ou capuz) superior seja voltado para sua nuca, o que facilita o acesso, enquanto você anda. A Mochila de Ataque A escolha desta mochila depende do uso que ela vai ter. De qualquer forma, uma boa medida para uma mochila de ataque é perto dos 35 / 40 litros.

Uma mochilinha de 30 litros.

Uma mochila de 50 litros. Mais pra "média" que "ataque", mas não "cargueira".

Uma mochila cargueira c/ abertura inferior

Se você está planejando uma caminhada até um acampamento-base de onde partirão passeios menores, isto significa que a mochila de ataque vai ser, inicialmente, levada dentro da cargueira. Portanto, você precisa de uma mochilinha bem flexível, feita em material fino (algo semelhante a náilon). Já se você pretende fazer uma caminhada, sem pernoite, mas, que irá durar por todo o dia, uma mochila de material mais resistente, e menos flexível, será necessária. Pense em algo até 55 litros. Seja lá qual for, a mochila deve ter as alças acolchoadas com material não muito macio. E este acolchoamento deve ser bem largo, de modo a distribuir bem o peso, diminuindo a pressão. Desde de que ela não ultrapasse a largura de seus ombros, quando completamente cheia, ela pode ter bolsos por todos os lados e fitas para transporte externo.

Capa para a Mochila Eu ainda não conheço uma mochila realmente impermeável... E nem nenhum dos autores dos muitos artigos que já li! Por isto é que foram criadas as capas para mochilas.

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-- Mas a capa não cobre toda a mochila! É verdade. A face da mochila que toca as nossas costas fica descoberta. Ainda assim, mais de 75% da superfície da mochila estarão protegidos. O que já ajuda muito! Mochila molhada é mochila pesada.

Embalagens Toda a roupa extra deve ser embalada em sacos plásticos fechados de modo estanque. O saco de dormir deve estar dentro de um saco plástico fechado do modo mais estanque possível. Caso chova (ou sua mochila caia dentro d'água) o saco de dormir é o item que NÃO deve se molhar.

O Centro de Gravidade Um centro de gravidade muito alto fará com que você caia de cabeça dentro do riacho, quando se agachar pra beber! Caso você se incline para um lado, a mochila te puxará ainda mais para lá. E isto, se estiver escalando ou caminhando uma encosta pedregosa, pode significar uma queda! Uma mochila lateralmente desbalanceada tira seu equilíbrio ao andar, sacrifica mais um ombro, um dos pés e os músculos de uma das pernas. O objetivo é fazer com que o centro de gravidade da mochila fique tão junto ao seu corpo e tão baixo quanto possível. Quanto mais junto do seu corpo, menos a mochila te puxará para trás. Quanto mais baixo, menos instabilidade (desequilíbrio) a mochila provocará quando você se inclinar. Mas, respeitando estas condições tanto quanto possível, também devemos lembrar que certos itens exigem fácil acesso por serem de uso urgente como em casos de acidentes, chuva, frio súbito... e diarréias! Outros itens são de uso frequente: água, mapa, bússola, chapéu, óculos escuros, filtro solar... Carregando a Mochila Antes de mais nada, junte tudo. Mochila, equipamentos, roupas, comida... TUDO! e confira com uma lista de checagem. O MaterialAqui está uma listagem básica, mas lembre-se, cada atividade necessita de um material específico, procure saber qual o tipo de atividade para melhor montar sua mochila.

Mochila p/ bivaque ( 12 h) - Mochila confortável e pequena

- 1 calça de abrigo - 1 camiseta - Máquina fotográfica com filme- Calçado reserva, confortável - 1 cantil ( 1 litro ) - 1 escova de dente - 1 pasta de dente - 1 escova ou pente para cabelos

- 1 toalha pequena- Papel higiênico- 1 chapéu - 1 par de meias - 1 agasalho- 1 impermeável ou capa de chuva

Mochila p/ jornada (2 dias) - Mochila confortável média - 2 camisetas - 1 calça comprida - 1 calção- 2 roupas íntimas- 3 pares de meias - 1 agasalho- 1 impermeável ou capa de chuva - 1 cobertor grosso ou saco de dormir- 1 tênis confortável reserva - 1 pasta de dente - 1 escova de dente - 1 sabonete - 1 toalha- 1 desodorante- Papel higiênico- 1 escova ou pente para cabelo - 1 lanterna pequena e pilhas

Mochila p/ acampamento (2 ou 3 dias) - Mochila grande- 3 camisetas - 2 calça comprida - 2 calção- 2 roupas íntimas- 3 pares de meias- 2 agasalhos- 1 impermeável ou capa de chuva - 1 cobertor grosso ou saco de dormir- 1 tênis confortável reserva- 1 pasta de dente- 1 escova de dente - 1 sabonete- 1 toalha - 1 desodorante- Papel higiênico- 1 escova ou pente para cabelo

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reserva- 1 canivete ou faca - 1 cantil ( 1 litro) - 1 prato, talheres 1 caneca - 1máquina fotográfica com filme

- 1 lanterna pequena e pilhas reserva- 1 canivete ou faca- 1 cantil ( 1 litro) - 1 prato, talheres, 1 caneca - 1 máquina fotográfica com filme

Está tudo aí? Separe os itens de uso urgente agrupando-os. Separe, noutro grupo, os itens de uso frequente. Com a "ferragem" da barraca, isolante térmico, e a lona de forro, forme um terceiro grupo, pois estes são os únicos itens que eu acho que podem ir amarrados ao exterior da mochila, se necessário. Dos itens restantes, veja quais os mais pesados. Separada a barraca de sua armação, fica muito mais fácil socá-la lá no fundão. Coloque uma panela dentro da outra (se possível) ou encha-as com itens menores (comida ensacada é uma boa). Vamos imaginar a mochila dividida em 4 zonas volumétricas. A zona A é o bolso do capuz. As zonas B, C e D formam o compartimento principal da mochila. O zíper inferior de acesso marca a divisa da zona D. Os bolsos laterais não estão incluídos, porém se houver um bolso traseiro, este será considerado zona C.

Coloque na mochila as coisas mais pesadas primeiro. Assim, encha as zonas D e B primeiro, depois a C, a zona A e, finalmente, os bolsos laterais e amarre os itens externos. A zona D é formada pelo terço inferior do compartimento principal. Aqui ficam as coisas mais pesadas. A barraca vai para a zona D. Se ali ainda couber mais coisas, os enlatados serão os próximos candidatos. Na zona B ficam as coisas mais pesadas que não couberam na zona D. A "ferragem" da barraca vai para a zona B, podendo intrometer-se na

zona D. O mesmo vale para o isolante térmico, caso caiba. As panelas também podem ir para a zona B. Quanto mais em baixo, melhor. O saco de dormir vai para o alto das zona B/C. No topo do compartimento principal ficarão a caixa de PS e seu abrigo contra chuva (anorak ou poncho). N zona C ficam coisas relativamente leves: comida ensacada, roupas, etc. As meias e cuecas devem ser espremidas nos espaços vagos, que certamente sobrarão às dezenas! Zona A: este é o compartimento mais fácil de ser alcançado sem parar de andar. Aqui devem ficar os itens mais leves: lanterna, mapa, 1 mosquetão com sua fita solteira, faca de caça/canivete, etc. Bolsos laterais: garrafas d'água, biscoitos e por aí afora... Para completar, amarre os itens externos. Muito bem! Aposto que, depois de tudo feito e com a mochila às costas, você se olhou no espelho e se achou lindo! Pois é.... agora vá à farmácia mais próxima e suba na balança. Aproveite, e no caminho, balance o corpo, deixe cair uma moeda e agache para pegá-la, veja se a mochila está te puxando para algum lado, para frente ou (demasiadamente) para trás. Se a balança acusar que seu peso (com a mochila) aumentou mais de 30%, significa que tem coisa demais aí dentro. Ou se você sentiu a mochila te puxando ou atrapalhando seus movimentos, significa que ela não está adequadamente balanceada. Nesses casos, volte pra casa e comece tudo de novo...

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Anexo 11

Especialidade de Resgate Básico

1. Qual é a definição de um resgate de emergência?É o resgate que não pode esperar. A vida da pessoa está em perigo, quer seja por situações já ocorridas ou por eventos que podem ocorrer. Não somente a vida pode estar em risco como a pessoa pode ficar com seqüelas permanentes ou no caso do intuito do pronto atendimento ser o de aliviar a dor da vítima.

2. Demonstrar como resgatar, com segurança, uma pessoa nas seguintes situações:a.em contato com cabo elétrico – usar um cabo de vassoura ou outro material isolante, como plástico ou borracha para afastá-la do fio elétrico, sem tocar nela com o corpo desprotegido.b.em ambiente cheio de fumaça ou gás – andar mais próximo ao chão possível, pois a fumaça tende a subir. Abrir todas as portas e janelas que possível. Se houver fogo no local, molhe a roupa (mas fique longe do fogo, você não está 100% protegido). c.com as roupas em chamas – devemos abafar com um cobertor ou pano, de preferência molhado. Não deixe a pessoa correr. Rolar no chão pode espalhar o fogo. d.afogando-se, sem qualquer equipamento de resgate – Atire um objeto que flutue para a pessoa se segurar.e.um acidente no gelo

3. Demonstrar três maneiras de atrair e comunicar-se com o resgate aéreo.Obs. Os sinais deverão ter de 3 a 4 metros de comprimento por 30 cm de largura, no mínimo.Abaixo, os sinais internacionais para tal comunicação:

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4. Conhecer seis atitudes indicadas em caso de necessidade de resgate imediato.

Abaixo, algumas situações onde o resgate emergencial é necessário:1 – Desidratação em ambiente sem água2 – Ferimentos graves na cabeça3 – Grande perda de sangue4 – Falta de ar por qualquer problema5 – Hipotermia6 – Vida em risco (incêndio, afogamento...)

5. Conhecer seis procedimentos a seguir antes de remover uma vítima de situação que apresenta risco de vida.Antes de se iniciar uma remoção, o socorrista deve tomar alguns super necessárias para o salvamento:1 – A vida do resgator não pode estar em perigo (melhor uma vítima do que duas) 2 – Usar o método mais aconselhável para transportar a vítima

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3 – Tentar afastar o perigo ao máximo sem tirar a vítima do lugar (como apagar o fogo) 4 – Avaliar se é melhor enviar um profissional de resgate 5 – Observar se a vítima não estará em maior perigo se transportá-la (ferimentos na coluna) 6 – Conhecer a direção a seguir e todos concordarem em executar tudo

6. Conhecer cinco princípios envolvidos na remoção de uma vítima de situação que apresenta risco de vida.

7. Conhecer as maneiras apropriadas de ajudar uma vítima, em perigo, nas seguintes situações:t. puxar a vítimaVerificar se a vitima esta corretamente imobilizada

b. içar/levantar a vítimaTanto desmaiada quando acordada, deve-se tomar algumas precauções:Cuidado com o corpo da mesma;Amarre a vitima na maca para ela não cair;Preferencialmente, amarre uma corda de apoio na maca que ficara com um segundo resgatador na parte baixa para controlar a maca, evitando que a mesma se choque contra a parede ou fique girando no ar;

c. ajudar a vítima a caminharApóie o braço da vitima sobre o seu ombro, segurando com a mão oposta a que a vitima se encontra, com a outra mão, segurar a cintura da vitima.Ande no ritmo da vitima

8. Conhecer a forma adequada de ajudar uma vítima, com ajuda de outros, nas seguintes situações:ANTES DA REMOÇÃO:TENTE controlar a hemorragia.INICIE a respiração de socorro.EXECUTE a massagem cardíaca externa.IMOBILIZE as fraturas.EVITE o estado de choque, se NECESSÁRIO.

a. Carregar uma pessoa sentada

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b. Carregar uma pessoa deitada

c. Carregar com duas mãos, ou quatro mãos

d. Carregar com cobertor

e. Carregar, em três, vítimas em rede, nas posições supino e de bruços

f. Carregar em três ou quatro pessoas

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g. Carregar em seis pessoas

Como levantar a vítima do chão SEM AUXÍLIO DE OUTRA PESSOA:

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9. Saber como usar adequadamente uma maca e carregar uma vítima numa maca. Saber como fazer uma maca liteira improvisada.

10. Saber como usar corretamente cordas e nós, como a seguir:u. Nós para juntar cordasEscota e pescador

Nó de Pescador

Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.

Nó de Escota

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Utiliza-se para unir duas cordas de diferente espessura.

v. Nó para diminuir cordaCatau, corrente simples.

Catau

Utiliza-se para reduzir o comprimento de uma corda sem cortá-la. Serve também para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão.

w. Nó para usar ao redor de alguém num resgateLais de Guia

Lais de Guia

Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

d. Enrolar e jogar - corretamente - uma corda leve e uma pesada, de 15 metrositem praticoObs, deve-se enrolar a corda e arremessa-la, girando, no sentido contrario ao qual foi enrolada, isto evitará que ela embarace no meio do arremesso

11. Que passos devem ser dados antes de comunicar que alguém está desaparecido? Que informações serão necessárias ao informar à polícia o desaparecimento de alguém? Como devem ser conduzidas as buscas por alguém perdido numa área selvagem?

1) Procurar em residências de amigos e vizinhos, perguntar a vizinhos se alguém viu algo ou se sabe onde a pessoa foi;procurar nos lugares que a pessoa tem costume de andarProcurar em pronto-socorros, delegacias, IML2)Dados pessoais do desaparecido,Altura, cor da pele, cor do cabelo, tipo de cabelo e cumprimentoVestimentas que estava usando quando foi vista pela ultima vez antes do desaparecimento3)há vários métodos de busca para ser usado no mato, 1º Processo - Quadrado-Crescente (QC) Chegado ao ponto A (ponto inicial), escolhe-se um azimute segundo o qual l00 metros (medidos a passos), por exemplo, serão percorridos, chegando-se a B. Deste ponto B outros 100 metros serão percorridos segundo um azimute tal que o ângulo B seja igual a 90º (reto), chegando-se a C. Deste novo ponto C mais 200 metros serão vencidos segundo um outro azimute tal que o ângulo C seja reto, chegando-se a D. De D, mais 200 metros, ângulo D, reto, chegando-se a E. De E, agora, 300 metros, ângulo E, reto, e chegando-se a F. De F,

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outros 300 metros até G, sendo o ângulo F reto. E assim se prosseguirá, aumentando as distâncias de 100 em 100 metros, duas vezes seguidas, de modo que se irá envolvendo o ponto inicial A por meio de uma figura que, convencionalmente, se denominará quadrado crescente. Serão grandes as probabilidades de se localizar o objetivo; as distâncias da marcha envolvente serão escolhidas naturalmente, após um estudo de situação. Os ângulos formados por duas direções sucessivas de marcha é que deverão ser sempre retos. Este processo simples de guardar e fácil de executar, deverá ser aquele que todo sobrevivente, ou grupo, deverá adotar porque, fatalmente, pelo menos um igarapé deverá ser encontrado.

2º Processo - Retangular (R) Chegado ao ponto A (ponto inicial), escolhe-se um azimute segundo o qual serão percorridos, por exemplo, 200 metros (medidos a passo), e chega-se a B; em seguida, progredir apenas 100 metros segundo um azimute tal que o ângulo B seja igual a 90º (reto), e chega-se a C. Deste novo ponto C, mais 200 metros segundo o contra-azimute daquele com que se marchou de A para B, e chega-se a D. De D, mais 100 metros, segundo o mesmo azimute que se marchou de B para C (azimute paralelo), e chega-se a E. De E, mais 200 metros, segundo o mesmo azimute com que se marchou de A para B (azimute paralelo), e chega-se a F. E assim se prosseguirá até encontrar o objetivo, ficando-se sempre em condições de retornar, se necessário, ao ponto inicial A, pois poderá ser preciso tentar uma outra direção inicial, que não a de A para B, segundo um outro azimute e uma outra distância a percorrer. Este processo terá grande aplicação se for iniciado a partir de uma linha base (A-D-E-H-I-M) coincidente com um curso de água, uma estrada, uma picada, mesmo que não sejam retos, o que será normal na selva.

3º Processo - "Off-Set" (O) Este processo é muito usado pelos pilotos de aeronaves e terá aplicação, também, na navegação terrestre na selva; apenas é um pouco particular, pois não se empregará em qualquer situação. Assim sendo, o quadro inicial para sua execução será o seguinte:- a equipe de busca encontra-se no ponto A e deseja deslocar-se para P, conhecendo o

azimute da direção AP, bem como a distância D entre eles; o ponto P, sabe-se, está localizado à margem de um curso de água ou estrada;

- se a equipe marchar diretamente de A para P segundo o azimute conhecido, poderá acontecer que se desvie, o que será comum, e vá chegar ao curso de água ou estrada, à

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direita ou à esquerda do ponto P; tal fato obrigará a uma busca, sem se saber por onde começá-la, se pela direita, se pela esquerda; o conhecimento da distância D também é necessário, porquanto durante o deslocamento poderão ser encontrados cursos de água ou estradas que não sejam os que passam por P, isto é, estarão aquém do ponto buscado; então, tendo-se noção da distância, a dúvida não ocorrerá;

- para evitar esses inconvenientes, a equipe aplicará o processo do seguinte modo: partirá de A, não com o azimute conhecido, mas com ele acrescido ou diminuído de 2, 3, 5, 6 graus (um estudo de situação aconselhará qual o número a adotar); conforme tenha sido adotado o acréscimo ou a diminuição, atingir-se-á a margem do curso de água ou estrada à direita ou esquerda do ponto P, em B ou C; restará, então, deslocar-se para P, acompanhando aquele acidente do terreno.

4º Processo - Leque (L) Este processo poderá ser empregado quando se presumir que o objetivo que se busca está próximo de um ponto já atingido pelo grupo. Assim, tendo chegado em A e verificado que, segundo o azimute seguido e a distância percorrida, aí deveria localizar-se o objetivo, mas que tal não aconteceu, aplica-se este processo para localizá-lo. O procedimento será o seguinte: - parte-se de A segundo um azimute escolhido e percorre-se uma distância determinada

AB; sai-se de B, fazendo um pequeno percurso curvilíneo (conforme a figura), procurando retornar à direção original de marcha, em C, e daí até o ponto inicial A;

- realizando as mesmas operações anteriores, faz-se o percurso A-D-E-A e outros mais; é necessário, porém, lembrar que essas distâncias a percorrer deverão ser pequenas, pois serão feitas mais por intuição, particularmente na marcha em curva e na retomada da picada original, para se retornar ao ponto inicial; será interessante, e recomendável mesmo, que no mínimo 2 homens sejam deixados no ponto inicial para, por meio da voz, de apito ou de outro processo qualquer, fazerem ligação com aqueles que realizam os percursos de busca do objetivo, orientando-os ao mesmo tempo.

Anexo 12Especialidade de Vida Silvestre

(Necessário o acompanhamento de instrutor)

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1. Participar de pelo menos dois acampamentos durante os quais possa praticar as habilidades necessárias para esta especialidade.Datas: 30/Jun a 02/Jul/06

2. Mencionar cinco coisas que devem ser feitas quando se está perdido numa floresta. Conhecer três métodos de escolher a direção sem uma bússola.Há uma sigla chamada PASOCOLA, que significa: Parar, Acalmar-se, Sentar, Orar, Comer, Orientar-se, Lembrar e Andar.1-JOÃO DE BARRO : a porta de entrada está sempre voltada para Este ou Norte2- OS ANIMAIS : todos os animais necessitam de água, se temos paciência e observamos as pegas (cavalos,vacas,ovelhas) provavelmente encontraremos águas e muito provável pessoas.3-OS RIOS 4-AS ESTRELAS 5-A ESTRELA DA MANHÃ : ela é a ultima a se esconder. A bem da verdade não é uma estrela, mas o planeta Vênus. Desaparece pelo Este e logo aparece pelo Oeste. assim que o sol se põe.6-CRUZEIRO DO SUL : uma constelação forma por 5 estrelas, 4 delas formam uma cruz com seus braços ligeiramente inclinados.O pé da cruz aponta para pólo SUL CELESTE. Podemos descobrir o SUL, multiplicando 4 vezes o tamanho do braço maior da cruz e logo deixando cair uma perpendicular até o horizonte.7-CONSTELAÇÃO DE ÓRION : por meio desta constelação podemos encontrar facilmente os dois pólos, norte e sul, pois oferecem a vantagens de ser visível nos dois hemisférios. Òrion é uma das mais lindas constelações e todo o firmamento.Duas são as estrelas mais visíveis: Rigel e Betelguese. RIGEL: é uma verdadeira jóia do firmamento, se encontra ao sul da constelação.BETELGUESE , parece uma estrela simples de cor vermelha, mas é um gigantesco sol e está f ao norte da constelação.O centro de Órion está constituído pelo cinturão conhecido popularmente com “AS TRES MARIAS”.Se projetarmos uma linha que cruze a estrela do meio do cinturão em direção Nordeste, poderemos ter o Norte. 8-MÉTODO DA SOMBRA : Para encontrar os diferentes pontos cardeais da bússola, pode-se projetar uma sombra, que é um boa idéia. Enterre um pau reto (vara de bambu,etc) de tal forma que não projete sombra, isto é, que aponte diretamente ao sol. Aguarde até que o pau projete uma sombra de aproximadamente uns 15 cm ou mais.A sombra forma uma linha Oeste-Leste, estando o Oeste na base do pau, e o Leste no final da sombra.Tendo esta direção, pode-se calcular as demais. Este método é bastante eficiente no meio dia, e durante o restante é suficientemente adequado para seus propósitos.9-ORIENTAR-SE PELO RELÓGIO : Um relógio com ponteiros, é muito útil no momento que estamos desorientado. Para que você possa-se orientar com um relógio faça o seguinte: a) Coloque o ponteiro que marca as horas em direção do sol. b) Faça uma linha imaginária ou coloque o ponteiro que marca os minutos na marca das doze. c) Faça uma linha imaginária pelo centro do ângulo formado pelos ponteiros e ali terá o Norte10- Lado que a casca da arvore é mais grossa é o leste.11-Os fungos nascem do lado oposto ao que bate o sol. Se medirmos na circunferência da arvore o lado com maior proliferação, encontraremos o sul.

3. Demonstrar três maneiras de purificar água para beber.Apresentamos abaixo, três métodos de desinfecção de água, cada um com seus prós e contras. Escolha o método que melhor se adapte ao seu equipamento e preferência, mas, por segurança, leve sempre um outro de reserva.Fervura

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Ferver a água mata todos os microrganismos patogênicos. Independente da altitude, quando a água ferve, ela já pode ser bebida, uma vez que a temperatura necessária para matar estes microrganismos, inclusive os vírus, é atingida bem antes do ponto de ebulição. Fervendo a água, eliminamos todas as chances de contaminação. Porém, necessitamos de um fogareiro, combustível extra e uma panela. Para uma caminhada com acampamento, onde geralmente já levamos o fogareiro e a panela, este método pode ser facilmente utilizado. Mas para caminhadas curtas, já não é tão conveniente.Após ferver a água, transfira-a de uma garrafa para outra algumas vezes, para que ela seja aerada, o que vai conferir um gosto mais agradável à mesma. Uma boa idéia também, é misturar algum suco em pó.Tratamento QuímicoPastilhas de cloro ou iodo matam todas as bactérias, parasitas e vírus encontrados nas águas superficiais. Isto faz destas duas substâncias uma ótima opção quando se quer levar pouco peso. Porém, a eficácia na esterilização da água através do cloro e do iodo, depende da temperatura e do tempo. Quanto mais fria e turva for a água, mais pastilhas devemos colocar, e mais tempo devemos esperar para beber.Deixe que a água sedimente para colocar na garrafa. Assim, a quantidade de substâncias que irão interferir com o cloro ou iodo será menor. Para mascarar o das substâncias utilizadas, podemos acrescentar suco em pó.Para saber quantas pastilhas colocar e quanto tempo esperar para beber, leia as instruções de uso na embalagem das pastilhas.Filtros PurificadoresOs filtros são convenientes para viagens em clima quente, e irão remover a maioria das bactérias e parasitas que podem causar doenças no homem. Porém, em climas frios, eles podem congelar, além de necessitarem de manutenção periódica e freqüente substituição do elemento filtrante. Também não são tão eficazes para matar vírus. Entretanto, a maioria destes equipamentos, não apenas filtra a água, mas também a trata quimicamente, usando geralmente iodo. Portanto, é um sistema bastante seguro de purificação de água.

4. Conhecer três formas de encontrar água na floresta e demonstrar dois desses métodos.Indicadores de existência de fontes de águaEnxames de insetos: tenha especial atenção às abelhas e aos carreiros de formigas.Aves: bandos de aves podem indicar a presença de água, mas é preciso ter em conta as aves marinhas que conseguem percorrer longas distâncias sem beber água o que faz delas um indicador não muito preciso.Animais: os animais ruminantes necessitam de água ao anoitecer e ao amanhecer. Os animais carnivoros obtêm os líquidos a partir da ingestão das suas presas, como tal são mais faliveis a indicar a presença de água, mas há que ter em conta que os melhores locais de caça estão situados perto de água (charcos, lagos,etc).Abundância de vegetação variada: indica água superficial.

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Solo dos vales: as vertentes inclinadas dos vales podem armazenar lençois de água.Rastos de animais: podem guiar até zonas de água.

Métodos de obtenção de águaAlambique SolarEste é um método eficaz de produzir água. Escave um buraco com 1m de largura e com 60 cm de profundidade. Coloque um recipiente no meio do buraco. Tape o buraco com um plástico e prenda-o com pedras, areia ou terra nos bordos. Sensivelmente a meio do plástico ponha uma pedra. Opcional mas muito útil é tentar arranjar um tubo ou mangueira, para colocar dentro do recipiente e de modo a que a outra ponta saia perto das bordas do plástico. Deste modo o acesso à água é mais fácil e permite que o seu alambique funcione durante todo o ciclo solar.O sol aumenta a temperatura no ar e no solo do buraco, produzindo vapor, que ao condensar no plástico escorre para o recipiente. A destilação solar, permite destilar água pura, contaminada ou salgada. Para a água do mar ou contaminada é necessário abrir uma vala com cerca de 30 cm a partir do alambique. É nesta vala que iremos vazar a água que ao entrar no solo, ficará filtrada antes de entrar no alambique e ser destilada.

Saco de TranspiraçãoTrata-se de um processo muito simples para obter água. Coloque um saco de plástico sobre um ramo de uma árvore ou arbusto. Feche a abertura do saco sobre o próprio ramo, e ate um peso ao fundo do saco de modo a deixar o ramo inclinado , fazendo com que a água se concentre no fundo. É conveniente mudar de ramo todos os dias e recolher a água no fim de cada utilização.

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Água da ChuvaA água da chuva pode ser obtida através de vários processos que partilham de um conceito comum, reunir a água que cai dispersamente num recipiente. Deste modo podemos utilizar latas, garrafas (às quais cortamos a parte de cima), sacos de plástico, etc. Este método é simples e bastante rápido de montar, e bastante similar ao alambique. Cava-se um buraco com 15 cm de profundidade no solo. Coloca-se um plástico por cima do buraco e prendem-se os bordas deste com pedras, terra ou areia. E é só esperar que a chuva encha o nosso pequeno «poço».

Fonte: www.arlivre.com

5. Demonstrar dois métodos de avaliar a altura de uma árvore, e a largura de um riacho.

Pela Sombra pode-se medir a sombra da arvore e medir a sombra de um objeto do qual se conheça a altura, uma pessoa por exemplo. Tendo-se estas medidas, usa-se então a regra de 3.Exemplo:Sombra = 10mt homem = 1,75mt sombra do homem = 1,10mt altura da arvore = ?????

Homem = altura da arvore 1,75 = arvore__________ ___________ ____ = _____ 17,5/1,10=arvore = 15,90mtsombra do homem = sombra da arvore 1,10 10

Neste exemplo, a altura da arvore será de 15,90 metros

Usando uma Vara

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São necessárias duas pessoas, uma vara e uma régua ou uma pequena fita métrica.

1) Caminhar em linha reta, desde a base da árvore uma distância de 9 metros.2) Espetar a vara no chão nesse ponto;3) Deslocar-se mais 1 metro no mesmo sentido e colocar a cara junto ao chão.4) Olhar daí para o topo da árvore e, com ajuda da outra pessoa, marcar na vara o ponto em que a linha de observação a atravessa.5) A altura da vara em centímetros, corresponderá, aproximadamente, à da árvore em decímetros. Como exemplo, se altura na vara for de 100 cm, a árvore terá 10 m de altura.

Avaliar a largura de um rio (ver esquema)

1) Fixar um ponto de referência (pedra, poste, árvore,...) na outra margem no ponto (i).

2) Percorrer uma trajetória perpendicular a esta linha imaginária traçada, paralela ao rio se o troço for retilíneo, marcado o ponto de início (ii).

3) Medir a distância percorrida e marcar com um vara ou pedra o ponto (iii) correspondente a 2/3 dessa distância (se forem 100 m, será o ponto a 66 m).

4) Marcar igualmente o ponto (iv) de chegada desse percurso e, a partir daí, caminhar para terra perpendicularmente à margem do rio, contando o número de passos, até os pontos (i) e (iii) serem coincidentes na nossa linha de visão.

5) Os passos que tivermos dado corresponderão a, aproximadamente, metade da largura do rio ou, mais corretamente, entre os pontos (ii) e (i).

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Outra forma de se calcular a medita de um rio, é usando trigonometria. Observe a figura abaixo:

Usando como referência uma pedra (ou outro objeto) do outro lado do rio e colocando quatro estacas na margem onde se encontra, conforme a figura. Digamos que foi medido as seguintes distâncias entre os pontos:ab = 20 m, bc = 40 m e ad = 24 m.

AB = 20 m, BC = 40 m e AD = 24 m.Aqui, podemos afirmar que a distancia entre ab = df = 20 e fc = cb-ad = 16.Sendo o triangulo aec proporcional ao triangulo cdf, usaremos a regra da proporção:

ae ad ae 24 ____ = ___ ___ = ___ 20 x 24 = ae x 16 480 = ae x 16 ae = 480/16 ae = 30 df fc 20 16

e) 48 m.

6. Identificar as pegadas de quatro animais ou pássaros silvestres. Item pratico

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7. Usando uma bússola, seguir um curso de mais de 100 metros começando em três lugares diferentes, e com menos de 5% de erro. Item pratico

8. Identificar, preparar e comer dez variedades de plantas silvestres.

Manual de Sobrevivência – Alimentos silvestres1. O ALIMENTO SILVESTREVocê deve aprender a superar a sua aversão a certos e determinados alimentos. Alimentos de aspecto pouco convidativo a seu paladar constituem, com freqüência, parte inseparável da dieta normal dos homens da roça. Os alimentos silvestres são bons alimentos, contendo alto teor de vitaminas e elevada proporção de minerais. As plantas de folhas polpudas são boas para salada, e as frutas maduras aliviam a sede e ajudam a economizar a ração d’água além de constituírem bom alimento. Não tenha receio de comer frutas até ficar satisfeito.

2. O ALIMENTO VEGETALExistem, no mínimo, umas 300.000 espécies diferentes de plantas silvestres no mundo. Grande número dessas espécies pode ser ingerido, embora algumas sejam mais agradáveis ao paladar do que outras. Sob condições de sobrevivência, é possível que o alimento derivado de plantas silvestres venha a alterar completamente o regime alimentar a que você está acostumado. No que se refere às plantas, convém muito que você saiba distinguir entre as plantas silvestres comestíveis e as venenosas e que possua algumas noções práticas sobre as regiões onde crescem e se desenvolvem e de como utilizá-las. Muito poucos são as plantas silvestres que produzem efeito mortal quando ingeridas em quantidade diminuta. Uma descrição completa de todas as plantas silvestres que podem fornecer alimento não pode ser enquadrada nos modestos limites deste trabalho; por isso, as informações que aqui são prestadas limitam-se a uma discussão geral das classes das plantas alimentícias. acompanhadas de ilustrações de vários tipos representativos.O melhor meio de familiarizar-se com o aspecto das plantas comestíveis é o de fazer com que alguém que conhece bem as ditas plantas, lhes indique. Cada vez que lhe mostrarem uma dessas plantas, registre a mesma na mente assim como o local (o habitat) onde ela floresce. Deste modo, em breve descobrirá que é bom conhecedor de muitas espécies de plantas reconhecendo-as logo à primeira vista. Você terá de “dar tratos à bola” quando tiver de enfrentar problemas de sobrevivência especialmente quando tiver de atravessar áreas muito diferentes umas das outras. Aprenda a reconhecer rapidamente as plantas típicas do interior. O conhecimento de vários tipos de palmeiras, de favas e de gramíneas adquirido quando de uma ou outra viagem, nesta ou naquela região do país, poder-lhe-á ser de enorme utilidade quando, por casualidade, você se vir forçado a lutar pela sobrevivência em regiões semelhantes às que atravessou nas antigas viagens. Não se esqueça que os seus maiores inimigos serão as bactérias (ou micróbios, quando tiver de enfrentar as condições de sobrevivência). Essas bactérias causam estragos e podem contaminar o alimento e a água quando as condições sanitárias do acampamento (ou da equipe) deixarem a desejar, devido à falta de recursos, como quase é o caso.

2.1 CONSELHOS SOBRE A INGESTÃO DE ALIMENTOSNão coma um alimento estranho sem primeiro prová-lo. Cozinhe, primeiramente, uma amostra. Em seguida, ponha um pouco da amostra na boca, mastigue-a e conserve a porção na boca, durante uns 5 minutos, Se, passados esses 5 minutos, o paladar não estranhar o gosto da porção, poderá comer sem susto, do alimento em questão. Mas se o gosto da porção tomar-se de qualquer forma, desagradável; se o paladar estranhar, então não coma do alimento em

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questão. Lembre-se de que as azeitonas têm o gosto amargoso e de que o limão éácido, de modo que o gosto menos agradável não significa tratar-se, necessariamente, de um veneno. Mas um gosto que “queima”, abrasador, um gosto amargo e que causa náuseas, enjôo, tal gosto é um aviso de perigo.Uma pequena quantidade de uma substância que a pretende ingerir como alimento não é passível de causar um mal fatal e talvez nem mesmo o indivíduo chegue a correr perigo, ao passo que uma quantidade maior, da substância em questão, poderá causar-lhe a morte.De um modo geral, não há perigo em ingerir substâncias que são procuradas como alimente pelos pássaros e pelos mamíferos; existem, entretanto, algumas exceções, também os alimentos procurados pelos roedores (ratas, camundongos, coelhos: cutias, caxinguelês, pacas, etc.) ou pelos macacos. e por vários outros animais onívoros (que comem. Tudo) não constituirão perigo para o homem.

CUIDADO! Quando em dúvida sobre se uma planta é comestível ou não, cozinhe a mesma.Com exceção dos cogumelos, o veneno dos vegetais é tornado inócuo pelo cozimento. A maior parte das espécies de inhame (as raízes) é venenosa no estado natural (cru), mas perfeitamente comestível depois de cozida. Procure guiar-se pelas seguintes normas:

1) evite comer de plantas pouco conhecidas e que não foram aprovadas com cuidado, quando essas plantas tiverem sumo leitoso evite, igualmente, o contato desse sumo com a sua pele. Excetuam-se desta regra as numerosas espécies de figos silvestres, o abiu, o sapoti e o mamão, que podem sercomidos apesar do seu sumo leitoso;2) evite comer de plantas com gosto desagradável (o gosto AMARGO é um guia seguro);3) evite comer cereais parasitados por um cogumelo em forma de pequeno esporão escuro sobre a semente.

2.2 OS VENENOS QUE AGEM POR CONTATOAs plantas que, pelo contato irritam a pele, e que são relativamente poucas, pertencem todas à mesma família natural de plantas. Temos: - as urtigas, os avelós. As plantas dessa família são árvores ou arbustos e a casca dessas árvores é, de ordinário, resinosa. As folhas se sucedem alternadamente, na haste (contudo, há exceções), e dividem-se em três segmentos, ou pinuladas (como as nervuras de uma pena). O fruto desses vegetais é, geralmente, de uma só semente, cercada da parte polpuda, tal como a cereja. Algumas dessas plantas segregam uma matéria negra, de cortes recentes.

2.3 PLANTAS IRRITANTESVocê conhece, sem dúvida. as urtigas, tão comuns. A árvore-urtiga e a fava fétida, dos trópicos, possuem pêlos que picam, mas em geral esses pêlos irritam mecanicamente e não são venenosos.

COMO ESCOLHER PLANTAS COMESTÍVEISAs plantas, sejam elas aquáticas ou terrestres, oferecem os seguintes elementos comestíveis:Sementes Folhelhos (ou as bainhas)Borbulhos Seiva (o alburno)Frutos Raízes (das plantas tuberosas)Nozes Talos (o aipo)Casca Hastes (cana-de-açúcar)Flores Bulbos (cebolas)Folhas Brotos (renovos)

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Todas as partes de determinadas plantas são comestíveis, mas no maior parte dos vegetais torna-se necessário escolher a parte mais comestível, seja ela a raiz, ou o fruto, as folhas ou os folhelhos.

2.4 OS ALIMENTOS AMIDOADOSMuitas plantas armazenam grandes quantidades de amido comestível (Exemplo: a fécula de batata, o polvilho, etc.), nas suas partes de sob a terra .Os Tubérculos da batata silvestre com a folhagem semelhante às variedades cultivadas, são comestíveis. Os tubérculos de outras plantas, tais como os do inhame, a açucena branca da água, são abundantes no interior.As Hastes (grandes talos), são achados em milhares de plantas, mas somente dois tipos, muitos espalhados pelo mundo, são aqui ilustrados:

- o feto vegetal (samambaias).

2) - o rabo-de-gato.

Nos trópicos, muitos dos vegetais mais comuns, como sejam: o aipim, a cana-de-açúcar, etc., provêm dos grandes talos (dashastes) .Os Bulbos são, na maior parte das vezes, produzidos pelos membros da família das liliáceas, exemplo: o próprio lírio, a cebola, e o narciso. Muitas espécies de bulbos são comestíveis. Os tubérculos, os talos (e as hastes - talos grandes: a cana de açúcar) são excelentes fontes de alimentação porque, geralmente, pode-se contar com essas fontes o ano todo.Os Troncos da palmeira sagüeiro, das cicadáceas (como o salgueiro) e outros determinados tipos de palmeira, produzem grandes quantidades de amido comestível, no seu interior, o suficiente para sustentar a vida durante várias semanas.Os grãos ou sementes do milho miúdo, dos capins bravos e de muitas gramíneas, esses grãos (ou sementes) são leculosos (amidosos) e constituem excelente alimento-base.A Banana verde na cor não significa que ainda não esteja madura.

Exemplo: a banana d'água, a banana da terra, a banana figo (que se deve primeiramente cozinhar), todas tropicais, contém muito amido, (mas não são naturais, podendo ser encontradas em roças abandonadas).

2.5 A PREPARAÇÃO - TODO ALIMENTO QUE CONTÉM AMIDO DEVE SER COZIDO, POIS CRU É INDIGESTO.O amido não é extraído do arum (parecido ao inhame, “taioba”), nem do inhame nem da banana-figo (de cozinhar), quando estão crus. Essas plantas e frutas são, primeiramente cozidas na água, ou no vapor d'água, assadas ou fritas, e são comidas sem qualquer condimento ou tempero, podendo, também, ser misturadas a outros alimentos silvestres. A mandioca é sempre cozida, porque, quando crua, é venenosa.O amido é extraído da palmeira sagüeiro e de outros troncos, pelo processo de rachar o tronco e de remover a substância mole e esbranquiçada, de dentro, por meio de um pau pontiagudo. Essa substância, ou polpa, é lavada em água, e a substância branca, concentrada (o amido puro), é despejada em uma vasilha. Depois de lavada uma segunda vez poderá ser empregada, diretamente, como farinha. Um tronco de palmeira sagüeiro bastará para suprir de amido, um indivíduo, na quantidade necessária a sua subsistência normal, durante muitas semanas.

2.6 OS LEGUMES (VERDURAS)Os legumes consistem, em sua maior parte, em folhas sumarentas (sucosas), vagens, sementes, talos e raízes não lenhosas. Escolha os legumes mais novos e macios (tenros) mas

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cozinhe-os todos, especialmente aqueles obtidos dos campos cultivados.As frutas cujo gosto seja pouco pronunciado (fraco) ou não doce, poderão ser comidas como se fossem legumes. O tomate, o pimentão e as solanáceas em geral.

2.7 OS FETOS VEGETAIS E SAMAMBAIASTrês tipos de fetos vegetais largamente difundidos pelo planeta ilustram bem este tipo de planeta alimentício, a saber:1) o feto vegetal Brácteo e o Arbóreo.2) o feto vegetal Polipódeo.Grande número de fetos é comestível, e nenhum deles é venenoso. As espécies comestíveis encontram-se principalmente nas áreas de florestas das regiões temperadas cálidas e nas regiões tropicais.Algumas destas plantas têm uns poucos centímetros de altura; os fetos vegetais arbóreos, com altura até 10 metros, existem nas áreas tropicais, desde o nível do mar até as encostas de montanhas, onde as chuvas são fortes e freqüentes .

2.7.1 A PARTE COMESTÍVELOs rebentos (ou renovos, brotos) de todos os fetos vegetais são encaracolados (ou anelados), suculentos e o seu valor alimentício corresponde a couve ou ao aspargo. Quase todos os brotos de fetos vegetais são cobertos de fiapos, os quais lhes dão um gosto amargoso. Tire os fiapos, esfregando-os dentro d'água.

2.7.2 A PREPARAÇÃOSe o gosto for muito amargo, ferva os brotos durante uns l0 minutos, mude a água e torne a ferver durante uns 30 ou 40 minutos. Se tiver achado ovos de aves silvestres, poderá aproveitar e cose-los juntamente com os brotos.Nozes - As nozes comestíveis, de todos os alimentos crus que a floresta oferece são os mais nutritivos e encontrados por toda parte. No Brasil, encontram-se por toda parte o coqueiro e o cajueiro. No sul, o pinhão e no norte e nordeste, a castanha do Pará e a sapucaia Várias espécies de árvores de viço constante (sempre verdes) da zona temperada, especialmente os pinheiros, produzem nozes (pinhões) comestíveis. Para obter a semente comestível (o “miolo”) sacuda a pequena pinha, ou noz (o fruto da árvore em questão), ou quebre-a entre duas pedras ou comprimindo uma contra a outra .

2.8 A CASCAVocê poderá aproveitar como alimento a parte interna da casca, crua ou cozida, de grande número de árvores. Nas regiões do globo onde reina a fome, o povo aproveita a parte interna da casca das árvores, para fazer farinha. A parte externa da casca, quando fina e verde e a parte interna de cor branca são, normalmente, aproveitadas como alimento. A casca de cor castanha (marrom comumente contém tanino, que é muito amargo). A casca do pinheiro é rica em Vitamina C. A casca externa do pinheiro é removida pela raspagem e a casca interna é arrancada do tronco e comida crua, após ter sido secada. Poderá também. ser comida cozida ou depois de reduzida à farinha.A casca (interna) ingere-se melhor quando recém formada na primavera.

2.9 OS “CAPINS” (Gramíneas em geral)As várias espécies compreendidas pelas gramíneas poderão servir como a mais importante fonte singela de alimento de sobrevivência, em uma emergência, especialmente nas regiões mais quentes do país. O arroz, o milho miúdo, o sorgo (outra espécie de milho), o

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maçambará, ou sorgo de alepo, o milho grosso e muitos outros cereais, são característicos das regiões temperadas do Brasil. Os brotos bem novos da maior parte das espécies do bambu poderão ser cozidos e comidos sem receio. Em algumas áreas existe a cana de açúcar silvestre. Os capins silvestres possuem, em geral, grande abundância de sementes, as quais poderão ser comidas depois de fervidas ou assadas. Friccione os grãos, a fim de separar a palha dos mesmos.

2.9.1 A PREPARAÇÃONenhuma das espécies de gramíneas é venenosa. Se a polpa, a semente, o grão da noz (o “miolo” - a parte comestível) não apresentar pêlos duros, espinhosos, e estiver, ainda, macia, você poderá, pela fervura, preparar um caldo desse alimento .Para apanhar as sementes das gramíneas, estenda um pano no chão e bata nas espigas com uma vara (a isto chama-se: debulhar, ou joeirar). Muitas espécies de grão rebentam como pipocas, quando aquecidos.Procure obter este resultado, aquecendo os grãos em uma vasilha fechada .

2.10 AS PLANTAS AQUÁTICASAs plantas aquáticas crescem e se desenvolvem em locais muito úmidos, ao longo das margens dos rios, nos lagos e poços (naturais). As plantas que crescem diretamente na água, são de valor latente como alimento de sobrevivência. As partes sob a terra, dessas plantas que são cheias de sumo, assim como os seus caules, que também, são sumarentos, são as partes mais freqüentemente utilizadas como alimento. As espécies venenosas de plantas aquáticas são raras. Duas espécies de plantas aquáticas de brejo são: o “rabo-de-gato” ou “capim-elefante” e a açucena branca d’água.

2.10.1 “O RABO-DE-GATO” OU “CAPIM-ELEFANTE”Onde é encontrado - Por todas as regiões do país. É encontrado com mais freqüência nas zonas úmidas dos climas temperados e tropicais.A parte comestível - os brotos (ou rebentos) bem novos, cujo gosto lembra o aspargo. A parte do talo mais próxima à raiz e até certa altura, tirando-lhe a palha, é comestível, crua ou cozida. Na época da floração, o pólem amarelo é muito abundante; misturando-se um pouco de água a este pólem, poder-se-á formar pequenos bolos, que submetidos à ação do vapor d’água, dão como que pequenos pães

2.10.2 AS AÇUCENAS BRANCAS D’ÁGUAOnde são encontrados - As açucenas d’água existem em toda a parte. Dois são os tipos principais: 1)- as de zona temperada, como enormes hastes (ou talos) e flores brancas ou amarelas, que flutuam à flor-d’água;e 2) – as de zona tropical, que produzem grandes raízes tuberosas (parecidas à batata doce, ao aipim, inhame, etc.), comestíveis e flores que vicejam acima d’água.

2.10.3 A PARTE COMESTÍVEL - OS TALOS E AS TUBEROSIDADESTalvez sejam difíceis de conseguir devido à profundidade da água no local onde florescem essas plantas. Vale a pena tentar “pescar” essas partes da planta, pois as tuberosidades (a “batata”) são ricas em fécula e, por isso, constituem bom alimento, bem substancioso. Podem ser comidas cruas ou cozidas (ou mesmo fervidas). Todas as espécies desta planta sãoperfeitamente comestíveis, sempre que encontradas no Brasil.Os talos – Poderão ser cozidos como outros alimentos. A bainha (cápsula) nova, da semente -

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Poderão ser cortada em “fatias” e comida como verdura qualquer. As sementes - O seu gosto poderá ser amargo, mas essas sementes são em alto grau nutritivas. Poderão ser secadas ao sol e esfregadas entre duas pedras, para fazer farinha.O palmito - Toda palmeira contém o miolo, chamado palmito. A parte do tronco onde se deve tirar o palmito, está situada entre o início das folhas e o topo.

3 PREPARAÇÃO

3.1 O ALIMENTO VEGETAL

Em geral, a água que foi utilizada para cozer (ferver) raízes de plantas, tubérculos ou sementes diversas, poderá ser aproveitada para sopa, após adicionamento de alimento marinho ou de carne. Nos trópicos, algumas tuberosas (plantas que têm tubérculos: a batata, o aipim, etc.) como o arum (ou arumã, ou “orelha-de-elefante”) e a mandioca, ou aipim. ou ainda a macaxeira, devem ser postas de molho ou então bem fervidas em água limpa a fim de lhes eliminar as substâncias nocivas; é claro que a água que serviu para essa eliminação NÃO poderá ser tomada como sopa. Jogue-a fora.Para dar melhor gosto aos cozidos, ajunte cebolas silvestres, caules sumarentos e folhas comestíveis de plantas diversas que você tiver a sorte de encontrar .Para preparar ervas marinhas, para servirem de alimento, lave-as em água pura e seque-as ao Sol, sobre uma tábua ou uma pedra chata, bata sobre elas, reduzindo-as a pedacinhos (como se fossem salsa picada) e espalhe os pedacinhos sobre a comida que tenha preparado.

3.1.1 A FERVURA, O ASSAR, O MOQUEAR, O COZER E O FRITAREsses processos culinários são métodos eficientes de preparar alimentos. O processo de assar pelo “fogo-no-chão”, que é um buraco de tamanho adequado aberto no chão seco, que pode ser forrado com pedras,se necessário. Este “forno” natural aquecido por pequena mas intensa fogueira. Uma vez bem aquecido, são retirados os carvões quase extintos, colocando no “forno” o alimento a preparar, e logo hermeticamente fechado, meio de pedras chatas ou galhos cruzados cobertos com folhas largas, sobre as quais se deita terra seca ou areia, de preferência esta última se for possível encontrá-la. Este processo pode ser mais vagaroso do que o da fogueira ao ar livre, mas oferece as vantagens de exigir menos atenção ao trabalho culinário, proteger o alimento, em preparação, das moscas e outras pragas.O moqueado, que é o método dos nossos selvícolas, consiste em se armar sobre uma fogueira uma grade de madeira verde distando do fogo cerca de 50 cm.A grade poderá ser uma tripeça portátil ou um retângulo montado sobre 4 forquilhas fincadas no chão.A carne ou os peixes são colocados sobre a grade e o fogo à medida que assa os alimentos, os seca. Os alimentos são conservados no fogo ou pendurados. Antes de serem consumidos, são novamente passados no moqueador ou então cozidos.

3.1.2 FRUTASAs frutas sumarentas podem e devem ser meio cozidas (bem fervidas). As frutas de grande tamanho, de polpa dura ou de casca grossa, ficam melhores cozidas ou assadas.3.1.3 HORTALIÇAS (“VERDURAS”)Ferva as folhas, os talos e os brotos até que fiquem bem tenros. A fervura em várias águas, seguidas de enxágües, ajudará a eliminar os sumos amargos e o gosto desagradável.3.1.4 RAÍZES E TUBÉRCULOSPodem ser fervidos, mas é mais fácil cozinhá-los ou assá-los.

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3. 1..5 NOZES, CASTANHAS E PINHÕES.A maior parte das nozes podem ser comidas em estado cru. Algumas castanhas, tais como os pinhões ficam melhores cozidos.

3. 1.6 GRÃOS E SEMENTESEstes devem ser assados a fim de se os tornar mais digeríveis e agradáveis ao paladar.3. 1.7 O SUCOO suco (ou sumo) das plantas que contêm açúcar pode ser desidratado a ponto de xarope ou calda, pela fervura lenta, durante várias horas a fim de eliminar a água .

3.2 COMO PREPARAR O ALIMENTO QUANDO NAO SE DISPÕE DE UTENSÍLIOS DECOZINHAPara assar (sobre as brasas tiradas de uma fogueira), você poderá envolver o peixe, ou as batatas e muitos outros alimentos de regular tamanho, em uma camada de barro ou de argila e, em seguida, assá-los diretamente nas chamas ou sobre as brasas de uma fogueira. Deste modo, diminui-se o perigo de queimar-se o alimento. Você não precisa escamar o peixe preparado deste modo, antes de assá-lo. Basta raspar-lhe as escamas com os pedaços do barro que serviu de proteção durante o cozimento. O envoltório de barro também é “cozido” e solidificado durante o período em que o peixe é cozido.3.2.1 O COZIMENTO INDIRETO SOB O FOGOOs alimentos de dimensões pequenas, como os ovos se pequenos pássaros poderão ser cozidos em regular quantidade em uma escavação debaixo do fogo.Uma vez aberto o buraco que deverá ser raso, forre o mesmo com folhas de plantas ou então envolva o alimento, nas folhas, antes de depositá-lo no fundo do buraco. Na falta de folhas, pode-se fazer uso de um pedaço de pano limpo. Em seguida, cubra com uma camada de areia ou terra, de um centímetro de espessura, e acenda o fogo bem em cima dessa camada. Passado o período de tempo suficiente para o cozimento do alimento, afaste a fogueira para o lado e recolha o alimento cozido.3.2.2 O COZIMENTO POR MEIO DE PEDRAS AQUECIDASAqueça várias pedras dentro de uma fogueirinha e deixe-as ficar até desaparecerem as chamas e restarem brasas. Coloque os os alimentos de fácil cozimento levemente umedecidos embrulhados em papel aluminio, sobre e entre as pedras aquecidas e cubra tudo com folhas de plantas, ou com capim ou algas marinhas, e também com uma camada de areia ou terra seca. Depois de bem cozidos em seu próprio sumo, você poderá comê-los sem mais preparação.

7.3.3 A FERVURA POR MEIO DE PEDRAS QUENTESPrepare uma vasilha de regular de tamanho, que pode ser feita, formando um buraco com lona, com alimento e água. Deite-lhe pedras aquecidas ao rubro, até que a água ferva. Cubra a vasilha com folhas grandes pelo período de uma hora, pouco mais ou menos, até que esteja preparada a comida.As juntas (os nós) do bambu – Os nós do bambu constituem boas vasilhas. Aqueça-os até carbonizarem parcialmente.

7.4 PARA GUARDAR AS SOBRAS DE ALIMENTOS

7.5 A SECAGEM DO ALIMENTO VEGETALO alimento vegetal pode ser seco (desidratado pelo processo natural) pelo vento, pelo Sol ou pelo fogo com ou sem fumaça. Também se pode empregar uma combinação desses métodos. A finalidade principal desse tratamento é a de eliminar a água do alimento em questão. As

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bananas, os tubérculos (raízes comestíveis como a batata, o inhame, etc.), as folhas comestíveis, as amoras, em suma, a maior parte das frutas silvestres pode ser secada.Corte os tubérculos, frutas, etc. , em fatias finas e ponha-as a secar ao Sol. Sendo necessário, acenda uma fogueirinha, para secar este alimento.

8 ONDE ENCONTRAR PLANTAS COMESTÍVEISHá no Brasil, mais de 250 frutas naturais, todas comestíveis - sem contar as que existem cultivadas (chamadas exóticas) como a uva, jambo, melão, melancia, marmelo, etc. Portanto, todo fruto doce agridoce, pode ser comido. O AMARGO NAO! Há o piquiá, nonas e frutas-de-conde do campo, os maracujás, os guajara mirins, etc. Todo fruto com sementes que se assemelha às do araçá e da goiaba, podem ser comidos, assim como os semelhantes às jabuticabas (mirtáceas). O peri-peri, a tiririca as gramíneas e palmeiras, não têm época, podendo fornecer alimento o ano todo. A polpa do babaçu serve como manteiga e as amêndoas são tenras e podem ser comidas. Os muriás podem ser comidos; os frutos são amarelados e perfumados. As folhas do muriá são opostas sem pontuações translúcidas. Quase todos os cardos são comestíveis. Mas cuidado com os espinhos, convindo queimá-los. Todo broto novo acidulado pode ser comido. As castanhas do Pará, as pinhas e as amêndoas são ótimos alimentos. Cuidado com as castanheiras em época de queda. O fruto, desprendendo-se do alto, enterra-se no chão, dado o seu peso.Da raiz da imbaúba, extrai-se água. O fruto (parece 100 dedos) pode ser comido. Mas somente a planta feminina é comestível. Em toda a região do Amazonas existe o pau-vaca que é comestível.8.2 AS PLANTAS TROPICAISAs regiões tropicais cobertas de árvores oferecem ao sobrevivente, desprovido de recursos, grande variedade de alimentos de sobrevivência, mas o caso é que nem todos nós conhecemos tais plantas e seu valor nutritivo.Conhecemos, é certo, o coco, a banana, o abacaxi e as frutas cítricas (laranja, limão, tangerina, lima, etc.) comuns nos mercados, mas existem centenas de outras frutas possivelmente desconhecidas de você. E como será possível conhecer estas frutas? Pelo menos algumas delas? Neste trabalho são ilustradas várias espécies de frutas e legumes muito comuns às regiões do interior e litoral, acompanhadas de informações suplementares sobre como achar outras espécies de frutas tropicais comestíveis .Nos trópicos serão encontradas plantas venenosas, embora não em proporção muito maior do que as das espécies existentes no resto do mundo.CUIDADO! AVISO.Nunca deixe de observar rigorosamente os conselhos sobre quais os frutos e vegetais que devem ser evitados devidos às suas propriedades venenosas em maior ou menor grau. Você deverá, sempre que em dúvida, consultar as normas de segurança adiante prescritas.As plantas alimentares tropicais medram com grande abundância nas clareiras das florestas que serviram de moradia aos caboclos e que foram, por estes, abandonadas. Também medram ao longo das costas do mar e das margens das correntes líquidas, e, igualmente, nos brejos A mata virgem, cerrada e úmida não é o melhor lugar para se procurar alimento de sobrevivência.O melhor lugar para se encontrar alimentos vegetais é uma horta abandonada. Em muitas regiões do Brasil Central, os indígenas vivem em pequenas aldeias ou malocas, separadas umas das outras, e cultivam os seus vegetais alimentares em hortas plantadas em terrenos próximos, por eles preparados, ou em clareiras naturais por eles adaptadas como hortas. Quando você encontrar plantações em cultivo (que não abandonadas), em plena floresta, tenha cuidado em não atrair a hostilidade dos indígenas que poderão estar trabalhando nessas hortas ou vigiando as mesmas; veja se acha o trilha que leva da área da plantação para a

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aldeia, ou taba. Atente, sempre, à possibilidade de se achar em território de tribos hostis, caso em que terá de arranjar alimentos; e, ao mesmo tempo, evitar os donos desse alimento.É freqüente encontrar-se clareiras e áreas, as quais, tendo servido, em época relativamente recente, para hortas e plantações, ainda contém plantas alimentícias, resto de antigo amanho, ou cultivo. Tais áreas poderão existir perto das margens dos rios. Quase todas as frutas que existir nessas áreas, podem ser comidas sem cuidado. Procure, primeiramente, por frutas, sementes e nozes Estas podem ser imediatamente aproveitadas para alimento. Os brotos tenros ou o miolo feculento (rico em materiais nutritivas) de algumas palmeiras (o palmito), de bambus novos e os brotos do tronco e da flor da bananeira silvestre, são vegetais que constituem boa fonte de alimento. Os fetos são, geralmente, abundantes, nas regiões tropicais úmidas e dão boa verdura alimentícia. E quando não houver alimento disponível, os rebentos tenros de muitas plantas poderão ser mascados; numerosas são as espécies que oferecem este último tipo de alimento que, não sendo ideal contudo, não é de desprezar,numa situação de emergência.

8.3 PLANTAS COMESTÍVEIS COMUNS NOS TRÓPICOS8.3.1 VERDURASAs verduras, nas clareiras abandonadas, incluem o cará (trepadeira e “do chão”), taro, batata doce, o inhame e o tomate silvestre. O “cará do chão” cresce a altura de uns 6 a 10 centímetros e produz flores de um verde-amarelado. Coza bem as folhas, de forma de coração, desta planta; de preferência, deite a água do cozimento um pouco de "sumo de limão”, após o que poderá comê-1as. O cozimento evita que o cará irrite a sua boca e garganta. A raiz do cará é rica de substância feculenta. No estado natural, o seu gosto é amargo ou desagradavelmente picante, mas poderá ser cozida, assada ou fervida.A planta da batata doce é fácil de reconhecer; este pé produz flores cor de cravo. A batata doce deve ser fervida ou cozida, mas também pode ser comida crua, depois de dividida em pequenos pedaços que são postos a secar. A parte de cima, desta planta (a parte fora da terra) também dá boa verdura, quando fervida. Outras videiras semelhantes, e estas são numerosas, poderão oferecer raízes comestíveis; os brotos novos e as folhas novas substituem bem o espinafre. Nenhuma dessas plantas é venenosa.

Outro vegetal encontrado, algumas vezes, nas clareiras (ex-plantações), é o aipim, ou mandioca (no Norte: macaxeira). As grandes raízes desta planta devem ser utilizadas com cuidado, pois que existem duas variedades uma doce e outra brava, amarga. Somente pelo gosto é possível distingui-las. O aipim doce pode ser comido depois de cozido mas a mandioca brava é venenosa, a menos que seja tratada de maneira especial, antes de cozer. Os silvícolas ralam as raízes completamente, lavando e espremendo a massa feculenta em várias mudas de água e em seguida cobrem-na. Se você estiver alguma vez, em região em que haja possibilidade de aprender o modo de preparar o aipim trate logo de aprender o processo, que lhe poderá ser da maior utilidade, eventualmente, no futuro.Nas clareiras pode, também existir amendoim, posto que este vegetal é cultivado em muitas regiões tropicais e subtropicais.Os amendoins medram debaixo da terra. As suas sementes podem ser comidas cruas ou cozidas. Para obtê-las quebre as favas que são encontradas sob a terra.Em áreas de plantações abandonadas poderão, igualmente, medrar abacaxis.Muitas espécies de ervas comestíveis. comuns à zona temperada, são encontradas em clareiras e próximo à costa do mar, nos trópicos. Entre estas, destacam-se as beldroegas e o: varatros, também, chamados heléboros-brancos, que poderão ser cozidos como verduras. Mas cuidado com as raízes dos veratros ou heléboros que são venenosas.8.4 AS FRUTAS 8.4.1 AMORAS

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As amoras silvestres, as framboesas, os morangos, etc. são, às vezes, achados em lugares elevados, nos trópicos.Parecem-se com as espécies que você já conhece o suficiente para que logo as reconheça ao encontra-las.Algumas poderão, talvez, ter gosto parecido ao do capim, portanto, desagradável. Mas afora isso, nada há que impeça que sejam usadas como alimento.8.4.2 AS BANANAS DA TERRA, D’ÁGUA, FIGO, ETC.(BANANÁCEAS)Onde encontrá-las: - Por toda a região tropical e subtropical, se plantadas. As bananas maduras raramente são vistas nos cachos por que os passarinhos, os morcegos, os insetos eoutros bichos, devoram-nas no cacho, tornando-as inúteis para o consumo humano. Existem as bananas d'água, da terra, figo (cor-de-rosa avermelhado) e São Tomé. Existem algumas outras que não são citadas aqui. Os botões das flores são comestíveis, assim como as extremidades tenras, em fase de crescimento, da “ponta” de cima do tronco.As bananas maduras poderão ser preservadas se forem cortadas e secadas ao Sol . Os brotos tenros, em crescimento, as partes interiores, moles, da grossa raiz da planta e o miolo tenro da base (parte baixa) do tronco, poderão ser comidos crus ou fervidos. Nenhuma espécie de banana silvestre é venenosa.Um conselho útil - Use as folhas de bananeira como pratos. São bem resistentes e é fácil comer sobre elas. As folhas da bananeira também podem ser utilizadas como papel de embrulho. Melhor ainda do que isso, pois que são ótimas para conservar alimentos.8.4.3 O MAMÃO - ONDE ACHARPor toda a zona tropical, à volta das clareiras e habitações abandonadas. Também em áreas abertas e ensolaradas, de mata virgem desabitada.Características que os distinguem - O mamoeiro é uma árvore pequena de uns 3 metros de altura. A “madeira” do mamoeiro é mole. O seu tronco é oco. Não tente trepar nesse tronco. Quebrar-se-á sob o seu peso. O mamoeiro é uma planta fácil de reconhecer. O QUE COMER DA PLANTAPode-se comer , do mamoeiro, as folhas novas, as flores e as hastes. Mas coza cuidadosamente essas partes, em várias águas,como se costuma fazer com todas as plantas comestíveis com sumo leitoso. O seu conteúdo de Vitamina A é muito elevado. O FRUTOO mamão tem elevado teor de Vitamina C. Coma-o cru ou assado ou ainda como “vitamina” de mamão (liquefeito). O mamão verde poderá ser cozido ou colocado ao sol, onde secará em muito pouco tempo. Tenha cuidado em não deixar que o sumo lácteo da fruta verde (feito leite) respingue nos seus olhos. Este sumo causa dor intensa e cegueira temporária e, às vezes, permanente. O mamoeiro pode produzir até 100 mamões de uma só vez.

8.4.4 AS MANGUEIRAS E AS MANGASAs mangueiras são, por vezes, encontradas em clareiras abandonadas e nas cercanias das vilas e lugarejos abandonados e em ruínas. As frutas deliciosas da mangueira são algo maiores do que uma bola de bilhar, elípticas e algo achatadas. A casca, parecendo ao couro fino e pintalgada, de cor amarela ou esverdeada, contém a polpa comestível que se prende fortemente a um caroço grande, muito filamentoso e algo achatado. As frutas amadurecem do começo do verão até o começo do outono.8.4.5 O BAMBU - (EXISTEM MUITAS ESPÉCIES)Onde é encontrado – O bambu nas suas variadas espécies existe em maior abundância nas regiões temperados úmida e nas regiões tropicais. Os bambus são plantas de floresta, por excelência .CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS

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A haste com nós, do bambu, distingue esta planta como sendo uma das espécies de grama (erva). Os bambus são as árvores da família da grama e ervas, em geral. Os bambus de tamanho menor, isto é, as espécies de menor tamanho, parecem-se ao capim do brejo, mas as espécies maiores poderão desenvolver hastes (caules) até 36 metros de altura e uns 15 centímetros de diâmetro.QUE COMER DA PLANTAOs brotos novos do bambu são comestíveis e aparecem em grande quantidade durante e imediatamente após as chuvas. Estes brotos crescem com grande rapidez, alguns crescem tanto quanto 40 centímetros por dia.Mas, como acontece com outras plantas silvestres, as propriedades comestíveis dos brotos de bambu variam. Todas as espécies de bambu devem ser fervidas a fim de se lhes remover o gosto amargoso; e talvez seja mesmo necessária uma nova fervura em segunda água. Algumas espécies têm de ser enterradas na lama durante uns três ou quatro dias, a fim de remover o gosto amargo. Os brotos de bambu podem ser salgados, crus ou fervidos, e comidos como “picles”; o seu valor alimentício equivale ao dos aspargos CUIDADO!Os brotos de bambu são envolvidos por “bainhas” protetoras, as quais são resistentes em menor ou menor grau, cobertas de pêlos trigueiros ou vermelhos.Se comidos, esses pêlos causam muita irritação à garganta.Remova essas “bainhas”, exteriores antes de comer os brotos de bambu.AS SEMENTESA grã do bambu que floresce pode ser comida . Pulverize essa grã (a própria madeira, nova e tenra), adicione um pouco d’água, forme bolos com a massa ou ferva como o faria com o arroz.8.4.6 A CANA DE AÇÚCARA cana de açúcar é muito comum através dos trópicos, mas não é natural. A cana de açúcar parece-se, um pouco, com milho de caule amarelo, verde ou avermelhado; as suas folhas são próximas do todo da planta mas não produzem “orelhas”. A camada externa do caule poderá ser tirada do mesmo modo que se pela uma fruta e o miolo mascado paro se aproveitar o seu sumo, que é refrescante, doce e nutritivo.8.4.7 O INHAMEExistem, pelo menos, 700 espécies de inhames tropicais distribuídas nas partes tropicais e subtropicais do mundo inteiro.Não confunda o inhame com a batata doce.CUIDADO!Algumas espécies de inhame são venenosas se for comido em estado verde (cru) . Se possível, procure informar-se com os naturais do local, sobre essa qualidade venenosa de inhame.ONDE É ENCONTRADO O INHAMEOs inhames medram nas hortas abandonadas, junto às clareiras, nas áreas de mata cerrada, assim como nas florestas não muito densas . O QUE COMER DA PLANTACozinhe todas as espécies de inhame. Os grandes tubérculos subterrâneos desta planta, parecem-se às batatas doces, mas todos são carnudos e mais ou menos da forma de um fuso e pesando até 10 quilos. Para preparar o inhame, corte-o, primeiro, em fatias finas. Todas as espécies de inhame podem ser comidas após terem sido cobertas com cinza de madeira e, em seguida, portas de molho em corrente d’água ou água salgada durante uns três ou quatro dias. Isto serve para neutralizar as propriedades venenosas de algumas espécies silvestres.O método usual é o de abrir uma cova, colocar grandes pedras nessa cova e, em seguida, armar uma fogueira. Quando as pedras estiverem bem aquecidas, o alimento é colocado, na cova, sobre folhas verdes e a cova é coberta com folhas de palmeira ou outras folhas grandes.

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Sobre estas folhas grandes, pode-se acumular terra.Em meia hora, pouco mais ou menos, o inhame estará pronto. O inhame poderá, também, ser fervido e triturado até formar uma massa parecida ao “purê” (mingau) de batatas..

8.4.8 O ARROZO arroz não é encontrado em estado nativo, podendo ser encontrado em plantações abandonadas.O QUE COMER DA PLANTAO grão que na fase de crescimento acha-se encerrado por entre a palha amarelada, é separado da espiga por meio de batimento (debulhamento). Se o grão estiver maduro e pronto para ser colhido,ele cairá por si. Nesta fase, o arroz é de cor escura e de aparência fosca (não brilha). Também nesta fase, o arroz possui maior valor alimentício. Ao prepará-lo para ser comido, não o ferve porque isso transformará o arroz em uma massa gomosa. Prepare o arroz cozendo-o ao vapor.8.4.9 AS PALMEIRASExistem distribuídas pelo mundo tropical, no mínimo 1500 espécies diferentes de palmeiras. Elas crescem e se desenvolvem quase que em qualquer espécie de terreno - à beira da praia, nos brejos, no deserto,nos prados e na mata cerrada. As palmeiras variam, em tamanho, de alguns metros até 30 metros de altura.Algumas são trepadeiras, como, por exemplo, as palmeiras rattan (rotins). As palmeiras apresentam-se sob grande variedade de formas mas são, geralmente, fáceis de reconhecer: pinuladas, isto é, com aparência de pena, tal como a palmeira-tamareira, as apalmadas, com aparência de uma mão espalmada. Assim são as palmeiras, como a palmeira leque (o “amigo do viajante”) e a “palmeira com vergôntea”, ou haste.O QUE COMER DA PALMEIRAO palmito, na maior parte das palmeiras, pode ser comido cozido ou cru. Acha-se localizado no topo do tronco, com freqüência bem “enterrado” na árvore, mas cingido pela coroa de folhas das partes posteriores em forma de bainha do pecíolo (do “talo”) da folha.A SEIVAA seiva de muitas palmeiras é potável e nutritiva.OS FRUTOSOs “coquinhos” das palmeiras são, geralmente, produzidos em cachos pendentes sob a coroa de folhas.Os “coquinhos” de todas as palmeiras do Novo Mundo são comestíveis, embora muitos tenham a consistência da madeira e são, por isso, desagradáveis ao paladar. Nenhuma espécie de “coquinho” é venenosa.Quando maduros, pode-se comer a polpa, e quando verdes, o miolo, que será tanto mais macio quanto mais verde for o coco.O AMIDOEnormes quantidades de amido (a “goma”) acham-se acumuladas nos troncos de algumas palmeiras,inclusive das gigantes “buritis”.O COQUEIROO coqueiro é encontrado em estado nativo e cresce por grande parte da zona tropical úmida, especial-mente na América tropical. O coqueiro cresce e se desenvolve principalmente junto da costa de mar, mas, algumas vezes, vegeta a alguma distância para o interior.O QUE COMERO palmito, ou seja, o miolo, o coração da palmeira de palmito, é um excelente vegetal; seja cozido ou mesmo cru. Este manjar delicado tem sido chamado de “Salada de Milionários”.A NOZ DO COCO

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Todo o folhelho da noz nova, ou parte do mesmo, poderá ter gosto doce; neste caso, chupe o folhelho como se fosse cana de açúcar. Beba o leite do coco. Você poderá obter maisde 1/4 de garrafa de líquido refrescante, especialmente quando o coco é bem novo e a polpa (o miolo, a carne branca) se acha ainda em estado gelatinoso,isto é, bem mole. O coco maduro, quando sacudido junto ao ouvido, fará um ruído parecido a um gargarejar.Você não deverá, contudo, beber água de coco demasiadamente novo ou demasiadamente velho.A polpa (branca) do coco, quando dura, deve ser ralada ou dividida em pequeninos pedaços; isto torna mais fácil a sua digestão. Os cocos caídos ao chão germinam no mesmo ponto onde caíram.

Nestes, tanto o leite quanto à “carne” (a polpa) são consumidos, mas a cavidade é cheia por uma massa esponjosa, chamada “o pão”.Como esse pão no estado cru ou tostado dentro de ume cuia de coco, sobre as chamas. O seu gosta é agradável e é muito nutritivo. Os brotos do coco podem ser comidos como se fosse aipo.COMO SUBIR NO COQUEIROOs cocos crescem em cachos, junto ao topo do coqueiro. Os troncos esguios e escorregadios são bem difíceis de escalar. Talvez seja necessário fazer uso de peconhas (termo usado no Norte do Brasil). São cintas que o indivíduo que trepa no coqueiro passa à volta do mesmo e do próprio corpo, para facilitar a subida pelo tronco e preservar-se de uma queda.Para subir ao coqueiro, feche o laço em volta do tronco, deixando espaço suficiente para os pés, e firme-se nele com ambos os pés. O apoio que o tronco oferece à volta oposta do lado, suportará o seu peso. Eleve os braços e segure o tronco com ambas as mãos. Erga-se, então, endireitando o corpo, com apoio sobre o laço, a fim de chegar à nova posição. Repita o processo e você, possuindo a energia de um indivíduo normal, como é de supor que possua, poderá trepar até à copa do coqueiro.COMO DESCASCAR O COCOA noz do coco acha-se envolta por uma casca fibrosa que consiste de uma parte lisa e de um agregado (uma camada) de fibras duras, de embira. Se você possuir uma faca de mato ou um machado, não precisará remover a casca grossa de embira do coco para obter o líquido. Basta que aguce o contorno da extremidade oposta à do talo do coco com a casca e, uma vez feita a ponta, corte esta ponta juntamente com a ponta da noz do coco, com o que a água do coco poderá ser bebida.Se você não dispuser de uma faca ou de um machado, utilize-se deste processo: crave no chão uma estaca de uns 10 centímetros de altura, mas de modo que fique inclinado de alguns graus. A ponta de cima da estaca, deverá ter a forma de uma cunha, de modo a poder separar bem as fibras da casca do coco. As fibras longitudinais, bem entendidos. Coloque-se, agora, à distância de alguns centímetros, pouco mais ou menos da estacada e, se, segurando firmemente o coco com ambas as mãos desça-o com energia sobre a cunha da ponta da estacada, mas calculando de modo que a cunha penetre na casca do coco, sem que venha a danificar a própria noz. Uma vez enterrada a cunha nas fibras, dê ao coco, um movimento de torção, a fim de ir logo removendo o primeiro pedaço de casca. Pela repetição deste processo, você poderá remover toda a casca, seja de coco verde ou maduro.Uma vez separada a noz da casca, o seu problema resume-se em quebrar a noz. Para isto, segure-a em uma das mãos de modo que os “olhos” (as 3 manchas escuras de uma das extremidades da noz), que estão na extremidade antes ligada ao talo do coco (com casca), fiquem para cima. Dê um golpe seco, com uma pedra ou com uma extremidade de outro coco bem maduro, em ponto logo abaixo de cada “olho”. A noz, então, rachará, e o topo da noz (a “tampinha”) poderá ser retirado sem que haja perigo da água se derramar, perdendo-se. Fure

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os “olhos” da noz madura e beba o líquido. Para quebrar a noz, ponha-a de lado, sobre a palma da mão. Com a outra mão, segure uma pedra e, com ela, dê um golpe no meio da noz, após o que, você deverá dar um quarto de volta, e depois mais um golpe. Prossiga na operação de golpear e voltear o coco, até que se tenha partido ao meio.8.5 O ÓLEO DO COCOO óleo de coco constitui um bom preventivo contra as queimaduras do Sol e também atua com grande eficiência quando se trata de manter à distância os bichos-de-pé e outros insetos. O óleo de coco é usado também para cozinhar. Você poderá, também obter óleo pelo aquecimento da polpa (o “miolo”) do coco sobre fogo lento. Se dispuser de panela ou vasilha adequadas ou de um segmento cortado de um bambu, você poderá ferver o miolo do coco, dentro d’água. Ao esfriar a mistura, o óleo subirá e flutuará.Os nativos da Oceania descobriram, entre outras coisas, que o óleo do coco é um bom preservativo contra os efeitos da água salgada ou sejam: úlceras e inchações. Antes de ir pescar nos recifes, esses nativos untam as pernas e os pés com óleo, o que conserva a sua pele em boas condições, mesmo que eles permaneçam por muitas horas dentro d’água salgada.

Bibliografia:

http://www.ouronegro.cjb.net

PLANTAS COMESTÍVEIS :Comer plantas não identificadas acarreta riscos de envenenamento e intoxicação. Sempre examine cuidadosamente cada planta que pensa em comer , notando seu hábitat e a estação do ano na qual ela cresce.# TESTANDO AS PLANTAS : Em uma emergência ,você pode descartar muitas plantas nocivas com este teste simples : Plantas com seiva branca geralmente são venenosas, frutos amargos e peludos também são impróprios para consumo ;Desenhe as plantas testadas no bloco de anotações .Vamos aos critérios para o Teste :

Abra a planta e cheire > Rejeite qualquer planta que tenha cheiro de pêssego e amêndoa.Esfregue a amostra suavemente na pele do lado de dentro de seu cotovelo.Veja se não há uma reação , como uma irritação ou erupção cutânea.Encoste a planta nos seus lábios , e então no canto da boca cada um durante cinco (5) segundos.Faça cada teste por cinco (5) segundos.Coloque um pedacinho da planta na ponta de sua língua e então sob a língua . Se não sentir queimação ou amortecimento , engula-o e aguarde cinco ( 5) horas . Se não houver nenhuma reação adversa , a planta deve ser segura Observe os pássaros e animais da região , é bem provável que descubra , plantas de que você possa se alimentar , pois geralmente , os animais e pássaros se alimentam de plantas silvestre , mas sempre atento para os teste .

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1 Tançage: refogado.

2 Serraia: Estomago ou Salada

3 Tomate: suas folhas podem ser refogadas, seu fruto comido cru, ou fazer molho para complementar outro alimento

4 Almeirão: feito salada ou refogado.

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5 Moranguinho Silvestre; pode ser comido cru ou feito suco.

6 Manquioca: suas raizes devem ser cozidas.Também podem ser raspadas para fazer farinha.

7 Xuxu: Suas folhas podem ser úteis pra chá e o fruto comido cozido. Também pode ser usado para fazer doces junto com outras frutas.

8 Capim Santo / Cidreira: excelente bebida , chá calmante

9 Hortelã: excelente bebida refrescante e medicinal

10 Taboa/Tabúa: Planta de brejo quando cozida muito

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tenra e saborosa , Quando Verde e cozida – tão semelhante ao milho , Madura retira o pólen para farinha

11 Palmito: Palmeiras , cuidado com a Natureza , corte só o necessário para sobreviver

12 Bambu: seus brotos cozidos são alimentos muito saborosos

13 Palma: Os brotos jovens de algumas são comestíveis , outras não são seguras (teste)

14 Orégano: tempero e chá

15 Arruda: chá

16 Balsomo: Quando aquecido, solta um olheo que cura dores de ouvido e estago

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17 Manjericão: tempero

18 Novalgina: feito chá é bom para dor de cabeça e febre.

19 Boldo: amassado com um pouco de água é bom para o estomago. Também pode ser ingerido como chá.

9. Ter um estojo pessoal de sobrevivência, com 15 itens, e saber usar cada um deles.Kit de Sobrevivência O kit de sobrevivência pode ser uma das peças de equipamento mais úteis. O seu conteúdo pode variar, tendo em atenção o tipo de terreno para onde vamos, mas existe uma constituição base. O kit é de fácil utilização e não é caro, pode caber numa caixa de tabaco. É bom criar o hábito de transportar, "diariamente", a caixa (que pode caber facilmente no bolso de um casaco) e de verificar regularmente se o conteúdo não se deteriorou, dando particular atenção aos fósforos e aos comprimidos. Para evitar algum barulho, envolva o conteúdo do kit no algodão, que poderá ser utilizado para atear fogo.

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O seu kit de sobrevivência deverá conter os seguintes objetos:Fósforos, que deverão ser utilizados só em último caso, ou seja quando outros métodos de fazer fogo falharem;

Vela, fonte de luz útil para atear fogo (a cera de sebo pode ser comida em caso de emergência);

Pederneira, certifique-se de que a sua pederneira inclui serra - esta combinação permite uma utlização bastante grande, após acabarem os fósforos;

Conjunto de costura, ideal para consertar a sua roupa e outros materiais;

Comprimidos purificadores de água, devem ser utilizados sempre que a água que vai consumir não ofereça confiança e não tem outro método de purificá-la;

Bússola de pequenas dimensões e preenchida com líquido (verificar se há fugas com regularidade);

Espelho, pode ser utilizado para sinalização;

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Alfinetes de dama úteis para segurar peças de roupa, para utilizar como anzóis e para pequenas armadilhas;

Anzóis e linha, o conjunto de pesca deve ter a maior quantidade de linha possivel, deverá também incluir chumbadas;

Serra de arame que pode ser usada para cortar árvores de grande porte (para a proteger da ferrugem cubra-a c/ uma folha oleada);

Saco de plástico grande, para transporte de àgua e outros materiais, assim como é óptimo para destilação ao sol (construíndo-se alambiques ou aproveitando a transpiração das plantas);

Permanganato de potássio, tem várias aplicações desde anti-séptico a uma espécie de antibiótico quando dissolvido em água;

Arame de latão de ø 1,5 mm, para utilização em armadilhas para animais, repetitivamente.

Fonte: www.arlivre.com10. Explicar a necessidade de um bom sono, regime alimentar adequado, higiene pessoal e exercício apropriado. SonoFonte: http://www.cerebromente.org.br/n16/opiniao/dormir-bem1.htmlA Importância do Sono Dra. Regeane Trabulsi Cronfli É um total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da sociedade industrial, esforçam-se por reduzir o número de horas de sono diário,. Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo "treinado" para dormir menos nos permita ampliar o número de "horas úteis" do dia, mantendo o mesmo desempenho.

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Pura ilusão ou, mais provavelmente, uma boa dose de ignorância sobre a importância que o sono tem no funcionamento de nosso corpo e da nossa mente.Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes .Alguns fatos comprovados por pesquisas podem nos dar uma idéia da importância que tem o sono no nosso desempenho físico e mental. Por exemplo, num estudo realizado pela Universidade de Stanford, EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetidos a testes de atenção. Constatou-se que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue - quantidade equivalente a três doses de uísque. Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planejar e de executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio.O sono e os hormônios

A longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo. Por exemplo, o pico de produção do hormônio do crescimento (também conhecido como GH, de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir. As Fases do Sono

Fase 1 Melatonina é liberada, induzindo o sono(sonolência)

Fase 2 Diminuem os ritmos cardíaco e respiratório, (sono leve) relaxam-se os músculos e cai a temperatura corporal

Fases 3 e 4

Pico de liberação do GH e da leptina; cortisol começa (sono profundo) a ser liberado até atingir seu pico, no início da manhã

Sono REM

Sigla em inglês para movimento rápido dos olhos, é o pico da atividade cerebral, quando ocorrem os sonhos. O relaxamento muscular atinge o máximo, voltam a aumentar as freqüências cardíaca e respiratória

Qual é o papel do GH? Entre outras funções, ele ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico e combate a osteoporose. Estudos provam que pessoas que dormem pouco reduzem o tempo de sono profundo e, em conseqüência, a fabricação do hormônio do crescimento.A leptina, hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono. Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores quantidades de leptina. Resultado: o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de carboidratos.

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Com a redução das horas de sono, a probabilidade de desenvolver diabetes também aumenta. A falta de sono inibe a produção de insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) pelo pâncreas, além de elevar a quantidade de cortisol, o hormônio do estresse, que tem efeitos contrários aos da insulina, fazendo com que se eleve a taxa de glicose (açúcar) no sangue, o que pode levar a um estado pré-diabético ou, mesmo, ao diabetes propriamente dito. Num estudo, homens que dormiram apenas quatro horas por noite, durante uma semana, passaram a apresentar intolerância à glicose (estado pré-diabético).Mas qual é a quantidade ideal de horas de sono? Embora essa necessidade seja uma característica individual, a média da população adulta necessita de 7 a 8 horas de sono diárias. Falando em crianças, é especialmente importante que seja respeitado um período de 9 a 11 horas de sono, uma vez que, quando elas não dormem o suficiente, ficam irritadiças, além de terem comprometimento de seu crescimento (devido ao problema já mencionado sobre a diminuição do hormônio do crescimento), do aprendizado e da concentração.É na escola que os primeiros sintomas da falta de sono são percebidos. O desempenho cai e a criança pode até ser equivocadamente diagnosticada como hiperativa, em função da irritabilidade e de sua dificuldade de concentração, conseqüentes da falta do sono necessário. É no sono REM, quando acontecem os sonhos, que as coisas que foram aprendidas durante o dia são processadas e armazenadas. Se alguém, adulto ou criança, dorme menos que o necessário, sua memória de curto prazo não é adequadamente processada e a pessoa não consegue transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido. Em outras palavras: se alguém - adulto ou criança - não dorme o tempo necessário, tem muita dificuldade para aprender coisas novas.Riscos provocados pela falta de sono a curto prazo: cansaço e sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda da memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração.Riscos provocados pela falta de sono a longo prazo: falta de vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastro-intestinais e perda crônica da memória.

Conselhos para Dormir Melhor • À noite, procure comer somente alimentos de fácil digestão e não exagerar nas

quantidades Evite tomar café, chás com cafeína (como chá-preto e chá-mate) e refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes ("despertam").

• Evite dormir com a TV ligada, uma vez que isso impede que você chegue à fase de sono profundo.

• Apague todas as luzes, inclusive a do abajur, do corredor e do banheiro • Vede bem as janelas para não ser acordado(a) pela luz da manhã • Não leve livros estimulantes nem trabalho para a cama • Procure usar colchões confortáveis e silenciosos • Tire da cabeceira o telefone celular e relógios • Tome um banho quente, de preferência na banheira, para ajudar a relaxar, antes de ir

dormir • Procure seguir uma rotina à hora de dormir, isso ajuda a induzir o sono

A Autora

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Dra. Regeane Trabulsi Cronfli, médica formada pela Faculdade de Medicina da USP, especialista em Endocrinologia e Metabologia. Tel. (11)3862-9351.regime alimentar adequado,

higiene pessoal www.advir.com.br/saude

A Importância da HigieneAutor/Fonte: Fonte: Folheto Higiene - Golden Cross

Mantenha-se saudável!Hábitos de HigieneA higiene é a melhor arma para a manutenção da saúde.Manter limpos nossos corpos e o ambiente em que vivemos é tarefa individual e indispensável.Cada parte do nosso corpo tem características diferentes e precisa ser cuidada de uma maneira específica.O BANHOO banho diário é indispensável para eliminar as impurezas da pele, como também proporciona um ótimo relaxamento. Use bastante água, sabonete e uma boa esponja. Massageie todo o corpo; isso ajudará a limpeza, removerá as células mortas e ativará a circulação sanguínea, evitando problemas de pele como sarna e micoses. Seque bem todo o corpo.Lave os cabelos com freqüência, observando suas características. Eles devem ser penteados diariamente e cortados periodicamente; isso ajudará no controle da queda, caspa, piolhos e seborréia.Ao lavar o rosto, pela manhã, preste atenção se há secreção no canto interno dos olhos removendo-a com bastante água. Não esqueça de limpar as narinas, assoando-as devagar e cuidando para que fiquem desobstruídas. Após lavar as orelhas, cuidado: não use cotonetes em profundidade, você pode se machucar e até romper o tímpano. Seque delicadamente a parte externa.A BOCAA higiene da boca é outro aspecto importante. Os dentes devem ser escovados de manhã ao acordar, à noite antes de dormir e após cada refeição. O uso do fio dental também é recomendado. Com estes cuidados você manterá sempre um hálito agradável e um belo sorriso, evitando cáries e inflamações da gengiva. Dentes mal tratados podem afetar todo o organismo.O SUORA sudorese é um problema desagradável, por isso tenha bastante cuidado com suas axilas. Lave-as bem, seque-as e faça uso de desodorante. Se o odor permanecer peça orientação médica.AS MÃOSAs mãos, por estarem em contato com vários objetos, acabam acumulando muitos germes, por isso elas devem ser bem lavadas antes e depois de irmos ao banheiro, antes das refeições, sempre que pegarmos objetos sujos, ao chegarmos em casa ou no trabalho, antes de lidarmos com crianças, antes de manipularmos algum alimento. Isso evitará a propagação de inúmeras doenças.O UMBIGO

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O umbigo é um orifício que deve ser cuidadosamente higienizado, pois poderá exalar mau odor. Lavar bem com água e sabonete e secar cuidadosamente.A HIGIENE ÍNTIMAA higiene íntima é uma das mais importantes na prevenção e combate às doenças. Tanto o homem como a mulher devem ter especial atenção com esta área do corpo.Os órgãos genitais devem ser bem lavador, com sabonete e bastante água, pelo menos uma vez ao dia, durante o banho e após as relações sexuais.A mulher deve dar ainda mais atenção a este aspecto pois seus órgãos genitais, por serem internos, são mais facilmente contaminados. Não é indicado o uso de ducha vaginal, pois provoca alterações na flora, cuja função é evitar a instalação de inflamações oportunistas, como os corrimentos. Na presença de alguma secreção de coloração ou cheiro diferente do habitual, procure orientação médica. No período menstrual devem ser duplicados os cuidados.Recomenda-se não só a higiene local, como o uso de absorventes íntimos descartáveis, que devem ser trocados várias vezes ao dia. Após o uso os absorventes devem ser embrulhados com cuidado e depositados no lixo. São recomendadas calcinhas claras e de algodão, que permitem melhor ventilação evitando alergias e irritações produzidas por outros materiais.Os homens devem evitar cuecas apertadas. Recomenda-se as feitas de algodão.Após o uso de camisinha, nas relações sexuais, ela deverá ser embrulhada e depositada no lixo. Nunca deverá ser reutilizada nem depositada no vaso sanitário.A higiene do ânus, após cada evacuação, deve, preferencialmente, ser feita com uso de ducha, sabonete e toalha. Caso não seja possível recomenda-se o uso de papel higiênico, no sentido de frente para trás, pois evitará o contato das fezes com o aparelho urinário, prevenindo as infecções.Após a utilização do papel, colocá-lo na lixeira ou no vaso sanitário. É importante lembrar de secar bem o pênis ou a vagina, após cada vez que urinar. Para isso pode ser utilizado papel higiênico.É fundamental dar descarga no vaso sanitário a cada vez que ele é utilizado.Evite o uso de assento de vasos sanitários em locais públicos, mas, se não for possível, forre com papel higiênico antes de usá-lo e cuide para que as secreções sejam depositadas em seu interior, nunca na tampa ou no chão.OS PÉS E MÃOSNão basta lavar bem os pés, é necessário secá-los, principalmente entre os dedos. Assim evita-se frieiras, micoses e mau odor.As unhas dos pés e das mãos devem ser cortadas e limpas com freqüência, para combater o aumento e a transmissão de germes, evitando verminoses, contaminações e várias doenças. Evite andar descalço.HÁBITOS GERAISExistem alguns hábitos de higiene que devem ser divulgados e preservados para a boa convivência. É o caso de, ao tossir ou espirrar, proteger a boca com as costas da mão, para evitar que os germes espelidos atinham outras pessoas ao redor. Na ocorrência de gripes ou resfriados é indicado o uso de lenços descartáveis.A ALIMENTAÇÃOQualquer alimento requer cuidados especiais de higiene:

• Lave as mãos antes de manipulá-los; • Proteja os alimentos de moscas e baratas; • Lave bem as frutas, verduras e legumes; • Filtre ou ferva e cubra a água para uso doméstico; • Cozinhe bem os alimentos.

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Os utensílios da cozinha também devem ser muito bem limpos, pois eles estarão em contato direto com os alimentos. Em bares e lanchonetes, dê preferência aos utensílios descartáveis ou bem lavados, para evitar a propagação de doenças como a hepatite.AMBIENTES E LOCAIS PÚBLICOSProcure conservar sua casa e ambiente de trabalho arrumados e limpos, principalmente a cozinha e o banheiro.Utilize saco plástico para o lixo mantendo-o em recipiente fechado, não esquecendo de amará-lo bem quando for descartado. Isso evitará a propagação de germes e insetos.Não jogue papel ou objetos no chão, procure sempre uma lixeira para depositá-los.Quando for a locais públicos como praças, praias e bosques, leve um saco para colocar seu lixo. Depois deposite-o em uma lixeira. Não pixe os muros, calçadas, ,bancos ou monumentos públicos.ANIMAIS DE ESTIMAÇÃOOs animais de estimação, se não forem devidamente tratados, podem ser agentes transmissores de doenças. Mantenha os seguintes cuidados:

• Local separado e limpo para habitarem; • Manutenção da higiene; • Vacinação; • Recolha sempre as fezes e lave o local onde o animal urinou; • Evite seu contato direto com crianças.

Pêlos, pulgas, piolhos e secreções podem provocar alergias e transmitir moléstias graves. Ao levá-lo para passear, tenha sempre à mão jornal para recolher as fezes.RESUMO DOS HÁBITOS DE HIGIENE

• Tome banho diário • Escove os dentes ao acordar, deitar e após as refeições • Lave as frutas, legumes e verduras antes de consumi-las • Não jogue lixo no chão • Só beba água filtrada • Corte e limpe as unhas • Mantenha a higiene íntima • Lave sempre bem as mãos • Conserve limpos os locais públicos • Evite andar descalço

exercício apropriadoExercícios Físicos Ajudam na Saúde e na DoençaAutor/Fonte: Dr. Cesar Vasconcellos de Souza

Mais um estudo confirma a eficácia da prática de exercícios.Você já deve estar ciente de que exercícios físicos, especialmente ao ar livre, são eficazes para vários aspectos da saúde humana. Eles ajudam na prevenção assim como no tratamento de uma série de doenças físicas e mentais.

Estudos confirmam isto com freqüência. A edição de 23 Jan 2006 a revista Preventive Medicine, publicou um trabalho científico com o título “Exercício regular, ansiedade, depressão e personalidade: Um estudo baseado na população”, feito por uma equipe (De Moor MH, Beem AL, Stubbe JH, Boomsma DI, De Geus EJ), do Departamento de Psicologia Biológica, da Universidade Vrije, em Amsterdam. Eles examinaram se exercícios regulares estariam associados com a ansiedade, depressão e personalidade numa grande amostra da população, em função da idade e sexo. Usaram uma amostra de adolescentes e adultos

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gêmeos que tiveram seu estilo de vida e saúde estudados no período entre 1991 e 2002. Verificaram a prática de exercícios, a presença de ansiedade, depressão e características da personalidade usando questionários.

Desta amostra verificou-se que 51.4% praticavam exercícios físicos pelo menos 60 minutos por semana. Com o aumento da idade, houve uma diminuição nesta prática, ou seja, 70% dos indivíduos jovens praticavam exercícios enquanto que 30% dos adultos idosos o faziam regularmente. Dentre os adolescentes os rapazes exercitavam-se mais, enquanto que entre os idosos, as mulheres exercitavam-se mais.

Concluiu-se que os que exercitavam-se eram em média menos ansiosos,menos deprimidos, mais extrovertidos, mais voltados para a vida do que os não praticantes de exercícios. O estudo confirma e amplia os achados anteriores, de que exercícios regulares estão relacionados com menores índices de ansiedade, depressão e outros sintomas neuróticos, assim como com mais alta extroversão e procura de curtir a vida na população em geral.

Um outro estudo foi publicado em 11 Fev 2006 na Revista Européia de Enfermagem Oncológica (Euro J Oncol Nurs), com o título “O Efeito de um programa multidimensional sobre sintomas e efeitos-colaterais em pacientes com câncer e em tratamento quimioterápico”, feito por uma equipe (Andersen C, Adamsen L, Moeller T, Midtgaard J, Quist M, Tveteraas A, Rorth M) do Departamento de Oncologia do Hospital Universitário de Copenhagen, Dinamarca. O alvo do estudo era avaliar os efeitos de uma intervenção de 6 semanas com atividades físicas estruturadas, relaxamento, massagem, e técnicas de percepção corporal. Foi um estudo prospectivo e exploratório, tendo tido 54 pacientes completado todos os requisitos para o mesmo.

Os pacientes registravam num diário, classificando-os numa escala de 0 a 4, doze possíveis sintomas/efeitos colaterais, tais como: perda do apetite, náusea, vômitos, diarréia, perda do tato, prisão de ventre, fadiga física, fadiga mental, dor muscular, dor nas articulações, outra dor, fadiga ligada ao tratamento. Durante o programa houve uma diminuição de 10 dos 12 efeitos colaterais ligados ao tratamento do câncer. Os autores encontraram um alto nível de boa resposta para a melhora da dor. Os resultados gerais do estudo revelam que um programa de exercícios de seis semanas para os pacientes com câncer estando em quimioterapia, pode conduzir a uma redução dos sintomas relacionados com o tratamento. 11. Explicar a necessidade dos Primeiros Socorros. Além desta especialidade, conhecer a prevenção, os sintomas, e o tratamento de primeiros socorros para o seguinte:a. Hipotermiab. Mordida de cobra venenosa (Apostila da Especialidade de Primeiros Socorros)c. Insolação (Apostila da Especialidade de Primeiros Socorros)d. Exaustão e. Arbustos venenosos f. Feridas ou machucados com infecção (Apostila da Especialidade de Primeiros

Socorros)g. Enjôo provocado por altitude h. Desidratação (Apostila da Especialidade de Primeiros Socorros)

HiportemiaA Hipotermia é uma condição médica na qual a temperatura corporal da vítima abaixou significativamente abaixo do normal e seu metabolismo começou a ser prejudicado. Isso ocorre quando a temperatura corporal fica abaixo do 35 graus Celsius. Se a temperatura

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corporal ficar abaixo de 32 graus Celsius a condição pode ficar crítica e até fatal. Temperaturas abaixo de 27 graus são quase sempre fatais, embora pessoas tenham sobrevivido com temperatura de 14 graus. Por razões desconhecidas, em casos raros, pessoas que ficam criticamente inconscientes e aparentemente mortas em águas muito frias são ressuscitadas, ainda que fosse esperada a morte por afogamento ou hipotermia. Tipos de hipotermiaHá três tipos de hipotermia: aguda, subaguda e crônica.* Hipotermia aguda é a mais perigosa; a temperatura corporal cai muito rapidamente, geralmente em segundos ou minutos, como quando a vítima cai em um lago coberto por gelo.

* Hipotermia subaguda ocorre em escala de horas, mais comumente por permanecer em ambiente frio por muito tempo.* Hipotermia crônica é tipicamente causada por alguma enfermidade.Tratamento da hipotermia

O tratamento da hipotermia envolve aumentar a temperatura corporal da vítima. Porém, os primeiros socorres a alguém com hipotermia devem ser feitos com cuidado.* Não massageie ou esfregue a vítima.* Não dê álcool.* Não trate qualquer ulceração causada pelo frio.* Não deixe que o corpo fique na vertical.

Qualquer uma dessas ações irá desviar o sangue dos órgãos internos críticos e agravarão a situação.

O que você deve fazer:* Chame os serviços de emergência.* Leve a vítima a um abrigo.* Se possível, coloque a pessoa de roupas numa banheira com temperatura média.* Coloque garrafas de água quente enroladas em meias de algodão nas axilas e as pernas da vítima.* Dê comida e bebida quente.* Monitore a vítima e esteja preparado para a ressuscitação cardio-pulmonária.Remova a roupa molhada somente se tiver outra para colocar no seu lugar.

Se a hipotermia ficou severa, notavelmente se a pessoas está incoerente ou inconsciente, reaquecimento deve ser feito sob circunstâncias estritamente controladas em um hospital. Leigos devem apenas remover a vítima do ambiente gelado, dar bebida quente (não muito quente porque poderia ocasionar choque de temperatura) e levar a pessoa para o cuidado médico o mais rápido possível. Na hipotermia o reaquecimento rápido pode causar arritmia cardíaca.

Exaustão pelo CalorA exaustão (prostração) pelo calor é uma condição resultante da exposição ao calor durante muitas horas, em que a perda excessiva de líquidos em decorrência da sudorese intensa acarreta fadiga, hipotensão arterial e, algumas vezes, o colapso.

A exposição a temperaturas elevadas pode fazer com que a pessoa perca uma quantidade excessiva de líquido pelo suor, particularmente durante um esforço físico intenso ou exercício. Junto com a perda líquida, ocorre a perda de sais (eletrólitos), que altera a

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circulação e a função cerebral. Como resultado, pode ocorrer a exaustão pelo calor. Esta parece ser grave, mas, raramente, é.

Sintomas e Diagnóstico

Os principais sintomas são a fadiga crescente, a fraqueza, a ansiedade e a sudorese abundante. A pessoa pode ter sensações de desmaio ao ficar em pé, pois o sangue acumula-se nos vasos sangüíneos dos membros inferiores, que encontram- se dilatados pelo calor. Os batimentos cardíacos tornam-se lentos e fracos; a pele fica fria, pálida e viscosa e a pessoa apresenta confusão mental. A perda líquida reduz o volume sangüíneo, baixa a pressão arterial e pode fazer com que a pessoa entre em colapso ou desmaie. Geralmente, a exaustão pelo calor pode ser diagnosticada baseando-se nos sintomas.

Tratamento

O principal tratamento consiste na reposição líquida (reidratação) e de sal. Geralmente, basta a pessoa deitar completamente ou ficar recostada com a cabeça mais baixa que o restante do corpo e consumir bebidas frias e levemente salgadas em intervalos de alguns minutos. Algumas vezes, a reposição líquida é administrada pela via intravenosa. Também ajuda o fato da pessoa passar para um ambiente fresco. Após a reidratação, a pessoa freqüentemente recupera-se de forma rápida e completa. Quando a pressão arterial e a freqüência de pulso permanecem baixas por mais de uma hora apesar do tratamento, deve-se suspeitar de uma outra condição.Fonte: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec24_280.htm

Plantas Venenosas As plantas venenosas mais comuns são as sementes e bagas de laburno e beladona, as batatas verdes e certos cogumelos. Se uma criança as comer, os sintomas do envenenamento incluem vómitos, diarreia e dores no estômago.Se for possível entregue uma amostra da planta ao pessoal da ambulância ou do hospital para facilitar a escolha do tratamento.MEDIDAS PREVENTIVAS1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças.2 - Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.3 - Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).4 - Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.5 - Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.7 - Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.8 - Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.Fonte: http://www.achetudoeregiao.com.br/Arvores/plantas_toxicas.htm

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Enjôo provocado por altitude

A doença da altitude elevada (mal da montanha) é um distúrbio causado pela falta de oxigênio em altitudes elevadas. O distúrbio pode ter várias formas, primeiro uma forma dominante e, em seguida, uma outra forma.

À medida que a altitude aumenta, a pressão atmosférica diminui e menos moléculas de oxigênio estão disponíveis no ar mais rarefeito. Esta diminuição do oxigênio disponível afeta o corpo de muitas maneiras: a freqüência e a profundidade da respiração aumentam, alterando o equilíbrio entre gases nos pulmões e no sangue, aumentando a alcalinidade do sangue e alterando a distribuição de sais (p.ex., potássio e sódio) nas células. Como conseqüência, a água é distribuída de modo diferente entre o sangue e os tecidos. Essas alterações são a principal causa da doença da altitude elevada. Nas altitudes elevadas, o sangue contém menos oxigênio, produzindo uma coloração azulada da pele, lábios e unhas (cianose). Ao longo de algumas poucas semanas, o organismo responde produzindo mais eritrócitos (hemácias, glóbulos vermelhos) para transportar mais oxigênio até os tecidos.

Os efeitos da altitude elevada dependem de quão alto e de quão rápido a pessoa sobe. São poucos os efeitos perceptíveis abaixo de 2.200 metros, mas eles são comuns acima de 2.800 metros após uma ascenção rápida. A maioria das pessoas ajusta-se (aclimatação) a altitudes de até 3.000 metros em poucos dias, mas a aclimatação a altitudes mais elevadas pode levar muitos dias ou semanas.SintomasA doença da altitude elevada aguda manifesta-se em muitas pessoas que vivem ao nível do mar quando elas ascendem a uma altitude moderada (2.400 metros) em 1 ou 2 dias. Elas apresentam falta de ar, aumento da freqüência cardíaca e cansaço fácil. Aproximadamente 20% delas também apresentam cefaléia (dor de cabeça), náusea ou vômito e distúrbios do sono. A maioria melhora em poucos dias. Este distúrbio benigno, que raramente não passa de uma sensação desagradável, é mais comum em pessoas jovens que entre as mais velhas.

O edema pulmonar da altitude elevada, um distúrbio mais grave em que ocorre um acúmulo de líquido nos pulmões, pode ocorrer posteriormente à doença da altitude elevada aguda. O risco de edema pulmonar da altitude elevada é um pouco maior nas pessoas que vivem em altitudes elevadas, sobretudo crianças, quando elas retornam à altitude elevada após passarem de 7 a 10 dias ao nível do mar. As pessoas que já apresentaram um episódio prévio apresentam uma maior probabilidade de apresentar um outro, e mesmo uma infecção respiratória leve (p.ex., resfriado comum) parece aumentar o risco. O edema pulmonar da altitude elevada é muito mais comum em homens que em mulheres. Habitualmente, ele ocorre de 24 a 96 horas após a ascenção até a subida e é incomum abaixo dos 2.700 metros.

A dificuldade respiratória é mais grave no edema pulmonar das altitudes elevadas do que na doença da altitude elevada aguda. Mesmo um esforço discreto causa falta de ar. A tosse é comum, sendo seca e irritativa no início e, posteriormente, produtiva. Uma grande quantidade de escarro, freqüentemente róseo ou inclusive sanguinolento, pode ser expectorado. O edema pulmonar da altitude elevada pode piorar rapidamente e em poucas horas evoluir de uma doença moderada para uma potencialmente letal.

O edema cerebral da altitude elevada, a forma mais grave da doença da altitude elevada, pode ocorrer espontaneamente nas 24 a 96 horas que sucedem a chegada a uma grande altitude, ou pode ser precedido pela doença da altitude elevada aguda ou pelo edema pulmonar da altitude elevada. No edema cerebral da altitude elevada, ocorre um acúmulo de

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líquido no interior do cérebro. Um sinal de alarme precoce é a ataxia (dificuldade de andar), que pode ser acompanhada por movimentos desajeitados dos dedos ou das mãos. A cefaléia é mais intensa que a da doença da altitude elevada aguda. Um pouco mais tarde, a pessoa pode ter alucinações, mas, freqüentemente, elas não são reconhecidas como tais. Quanto maior a altitude, maior o comprometimento da capacidade de julgamento e da percepção. Os sintomas podem ser semelhantes aos produzidos pelo consumo de álcool. O edema cerebral da altitude elevada pode evoluir em poucas horas de um distúrbio leve para um potencialmente letal. Uma pessoa com suspeita de apresentar edema cerebral da altitude elevada deve ser transferida imediatamente para um local mais baixo.

O edema da altitude (inchaço das mãos e pés e, ao despertar, da face) freqüentemente ocorre em excursionistas, alpinistas e esquiadores. Em parte, o edema da altitude é causado pela alteração da distribuição dos sais que ocorre no organismo em altitudes elevadas, mas o esforço extenuante produz alterações na distribuição dos sais e água mesmo ao nível do mar.

A hemorragia retineana da altitude elevada (pequenos focos de sangramento da retina na parte posterior do olho) pode ocorrer após a ascenção, inclusive até uma altitude moderada. Esta condição raramente produz sintomas e desaparece espontaneamente, exceto nos raros casos em que a hemorragia ocorre na parte do olho responsável pela visão central (a mácula). Neste caso, um pequeno ponto cego é perceptível. Raramente, ocorre borramento da visão ou inclusive cegueira em um ou em ambos os olhos. Aparentemente, esses episódios são uma forma de enxaqueca e desaparecem imediatamente após a descida.

A doença da altitude elevada subaguda é um distúrbio incomum que foi descrito em crianças chinesas nascidas ou levadas para locais de altitude moderada e em soldados acantonados em altitudes superiores a 6.000 metros durante muitas semanas ou meses. Este distúrbio é causado pela insuficiência cardíaca, resultando em um grande acúmulo de líquido nos pulmões, no abdômen e nos membros inferiores. A descida para uma altitude mais baixa cura a condição e é necessária para salvar a vida da vítima.

A doença crônica da montanha (doença de Monge) desenvolve-se gradualmente em alguns habitantes de locais de altitude elevada após muitos meses ou anos. Os sintomas incluem a falta de ar, a letargia e muitas dores e desconfortos. Pode ocorrer a formação de coágulos sangüíneos nos membros inferiores e nos pulmões e insuficiência cardíaca. A doença da altitude elevada crônica se desenvolve quando o organismo supercompensa a falta de oxigênio através da produção excessiva de eritrócitos. A pessoa torna- se incapacitada e pode morrer se não for levada a uma altitude mais baixa.PrevençãoO melhor modo de se prevenir a doença da altitude elevada consiste em realizar a ascensão lentamente, levando 2 dias para atingir a altitude de 2.400 metros e um dia a mais para cada 300 a 600 metros adicionais. A ascenção em um ritmo em que a pessoa sente-se confortável é melhor que seguir um programa pré-estabelecido rígido. Pernoitar no meio do caminho também contribui para diminuir os riscos. O condicionamento físico pode ajudar, mas não garante que uma pessoa irá sentir- se bem em altitudes elevadas. É aconselhável que sejam evitados esforços vigorosos durante 1 ou 2 dias após a chegada ao local de destino. Ingerir líquidos adicionais e evitar o sal ou alimentos salgados também pode ser útil, embora essas medidas não tenham sido comprovadas. O consumo de álcool em altitudes elevadas deve ser feito com cautela. Uma bebida alcóolica consumida em um local muito elevado parece ter o dobro do efeito que ao nível do mar e os efeitos do uso abusivo de álcool são semelhantes a algumas formas da doença da altitude elevada.

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A doença da altitude elevada aguda é minimizada pelo uso de doses baixas de acetazolamida ou de dexametasona no início da ascensão e por alguns poucos dias. O médico pode prescrever a nifedipina para as pessoas que apresentarem vários episódios de edema pulmonar da altitude elevadas. O ibuprofeno é mais eficaz que outras drogas no alívio da cefaléia causada pela altitude elevada. O consumo freqüente de pequenas refeições ao invés de refeições volumosas também é benéfico.TratamentoGeralmente, os casos leves da doença da altitude elevada aguda desaparecem em 1 a 2 dias sem outro tratamento que a ingestão de uma maior quantidade de líquido para repor a perda líquida por meio da sudorese e da respiração rápida de ar seco. O uso de ibuprofeno e a ingestão de líquidos adicionais ajudam a aliviar a cefaléia. Quando o problema é mais grave, a acetazolamida e/ou a dexametasona geralmente são úteis.

Como em alguns casos o edema pulmonar da altitude elevada pode ser fatal, a pessoa afetada deve ser observada rigorosamente. Freqüentemente, o repouso ao leito e a administração de oxigênio são eficazes. Contudo, quando essas medidas não surtem efeito, a pessoa deve ser transportada para uma altitude mais baixa imediatamente. A nifedipina tem ação imediata, mas seus efeitos duram apenas algumas horas e ela não substitui o transporte da pessoa gravemente afetada para uma altitude mais baixa.

O edema cerebral da altitude elevada, que também pode ser fatal, é tratado com um corticosteróide (p.ex., dexametasona). No entanto, em casos graves, esta medicação somente é administrada enquanto são realizados os preparativos para transportar a pessoa para uma altitude mais baixa. Quando o edema pulmonar ou cerebral da altitude elevada piora, qualquer retardo da descida pode ser fatal.

Após a descida, as pessoas que apresentarem qualquer forma da doença da altitude elevada melhoram rapidamente. Quando isto não ocorre, uma outra causa do distúrbio deve ser investigada. Quando a descida imediata não é possível, um dispositivo que aumenta a pressão, simulando uma descida de várias centenas de metros, pode ser utilizado para tratar uma pessoa gravemente doente. Este dispositivo (saco hiperbárico) consiste em uma tenda ou em um saco de tecido leve e uma bomba manual. A pessoa é colocada no saco. Após este ser hermeticamente fechado, a pressão em seu interior é aumentada com a bomba. A pessoa permanece no saco de 2 a 3 horas. Este procedimento é uma medida temporária valiosa, sendo tão benéfica quanto a administração de oxigênio suplementar, que freqüentemente não está disponível durante uma escalada de montanha.Fonte: http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec24_282.htm

12. Demonstrar duas formas de sinalizar pedidos de socorro.Dentro d’agua: com pequenos saltos dentro d’água, agitar os braços acima da cabeça lateralmente.Código Morse: com sons ou sinais de luz, três sinais curtos, três longos e três curtos.Sinais para aeronaves: ver tabela de sinais anexo. 13. Demonstrar os princípios que devem ser respeitados para se andar silenciosamente e esconder-se, em caso de necessidade.Andar silenciosamente:Evitar pisar em folhar e galhos secos;Não conversar alto;Evitar assovios;

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Esconder-se:Usar recursos naturais do local para fazer um abrigo;Utilizar as regras de silêncio citadas acima; 14. Explicar como preparar-se e providenciar abrigo nas seguintes condições:

a. muita neve A própria neve pode ser usada como abrigo. Assim como os esquimós, pode-se fazer blocos de neve e junta-los, fazendo um inglu. A neve protegera do vento.

b. áreas rochosas As regiões rochosa, geralmente, possuem muitos abrigos naturais, mas, também é propicia a ventos. Havendo uma lona, pode-se jogar a mesma sobre uma grande rocha e fazer o abrigo. Outra forma, é usando pedra menores, fazer uma parede entre duas grandes rochas, protegendo se assim do vento.

c. pântanos Nestas regiões, deve-se ter cuidado principal com a humidade, portanto, não se poderá fazer o abrigo diretamente no solo. Assim sendo, o abrigo devera ser construído longe do chão através de uma plataforma ou diretamente em arvores, como no caso dos mangues.

d. FlorestasEste local é o mais fácil de construir abrigos, em virtude da grande quantidade de matérias que poderá ser usado. Pode-se usar folhas de palmeiras, bananeiras, capim, como teto, ou parede. Também pode-se usar arvores como apoio. 15. Preparar um cardápio equilibrado para duas pessoas, durante um fim de semana. Preparar estas refeições durante um acampamento, em fogueira ou em fogão de acampamento. Arquivo anexo

16. Conhecer as regras necessárias para se respeitar as áreas silvestres e saber como contribuir para a conservação destas áreas. A regra áurea de preservação da natureza é:“Da natureza nada se leva, a não ser lembranças, nada se deixa a não ser pegadas, nada se tira a não ser fotografias”.

Todo passeio em meio a natureza tem de se usar regras básicas para preservação:Não jogar lixo na natureza;Não cortar arvores ou arbustos;Não matar ou caçar animais arbitrariamente.

Como contribuir para a conservação:Participar de projetos de reciclagem;Usar materiais feitos com produtos recicláveis;Promover programas de conscientização para prevenção do meio ambiente;Participar da coleta de lixo seletivo.

17. Demonstrar como fazer os nós a seguir, e conhecer a utilidade de cada um:a. Lais de guia

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b. Volta de Fiel c. Pescador Duplo d. Figura em Oito e. Prusik f. Laçada Dupla g. Direito h. Pescador i. Quadrado Ver anexo 1

Anexo 13

Equipamento necessário para um acampamento

Equipamento PessoalPeças pessoais Camping Higiene Pessoal Cozinha

Uniforme completo Forro para chão Papel higiênico Prato PlásticoUniforme de atividades

Mochila Toalha Caneca

Cobertor Lanterna à pilha Sabonete ColherLençol Saco de dormir ou

colchoneteEstojo de costura (linha, agulha, botões, etc.)

Travesseiro Cantil Escova de dentesFronha Bússola Pasta de denteLição da Escola Sabatina

Cordinha Pente

Bíblia Shampoo e Condicionador

ChineloTênisBota de borrachaAgasalhoMeiasCalçãoRoupa de banhoChapéuCapa de chuva

Equipamento de Grupo

Camping Higiene CozinhaBarracas Lona para Latrina PanelasEnxada Detergente FogãoPá Esponja para louça FósforoLona Papel Higiênico AlimentaçãoSisal Sacos de lixoMachadinhaFacão

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Anexo 14

Manuseio de Faca, Facão, Machado e Machadinha

Faca de MatoA faca de mato é uma ferramenta bastante útil para o Desbravador e, por isso, deve ser bem comprada e bem cuidada. Ao comprares a faca de mato, verifica se o cabo é resistente e se está bem equilibrada. Normalmente as facas de mato já são vendidas com uma bainha. Se a tua não tiver, deves arranjar-lhe uma o mais depressa possível. Podes sempre decorar a bainha da faca com coisas que te identifiquem, como uma espécie de marca pessoal.

Para verificares se a faca está bem equilibrada, tenta precisamente equilibrar a faca em cima de um dedo, colocando este no início da lâmina, mesmo junto ao cabo.

Como entregar a Faca de Mato a outra pessoaAlguns acabam sempre por se cortarem com facas de mato (e mesmo canivetes) ao receberem-nas de outra pessoa. O Desbravador deve saber como entregar corretamente uma faca de mato, e também ter o devido cuidado ao recebê-la de outra pessoa.Não há uma maneira única de entregar a faca de mato. Apenas é preciso ter cuidado para ninguém se cortar na lâmina.

NÃO - ao dar a faca com a lâmina para a frente, a pessoa que a recebe pode-se cortar, mesmo que lhe vá pegar no cabo. Uma faca deve sempre ser entregue co m o cabo livre para se lhe pegar.

NÃO - quando a pessoa que recebe puxar a faca, a lâmina desliza sobre os dedos de quem está a entregar, cortando-os de imediato.

SIM - a pessoa que entrega a faca de mato nunca se corta, porque os dedos estão fora do alcance

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da lâmina. Por seu lado, a pessoa que a recebe, tem o cabo completamente livre para lhe pegar, ficando igualmente fora do alcance da lâmina.

Como cortar um pau com a Faca de MatoPara evitar que se corte um dedo ou uma mão, os movimentos da faca devem ser sempre feitos para fora do nosso corpo, no sentido oposto à mão com que seguramos no pau ou ramo.

Assim, a lâmina da faca nunca vem contra nós por azar!SIM NÃO

Cuidados a ter com a Faca de MatoA faca deve andar sempre na bainha, quando não estiver sendo usada. No fim dos acampamentos e atividades, deves sempre cuidá-la, seguindo os seguintes passos:1- limpá-la cuidadosamente de todos os detritos, usando petróleo se for preciso;2- secar bem toda a faca, por causa da ferrugem;3- afiar bem a lâmina para ficar pronta para a próxima atividade;4- untar toda a lâmina (e outras partes metálicas) com óleo para a proteger da ferrugem;5- embrulhá-la num bocado de plástico, para conservar o óleo; 6- guardá-la numa gaveta ou caixa onde ficará em segurança.Enquanto estás no campo e te estás a servir da faca de mato, podes precisar de a pousar e não teres a bainha perto, ou então teres a faca tão

suja que não a queiras guardar na bainha. Alguns cometem os maiores erros nestas alturas, mas você, como bom desbravador, farás o correto.

NUNCA deves espetar a faca numa árvore viva nem na terra. Se espetares a lâmina na terra poderás encontrar uma pedra que te estrague o fio da lâmina. De qualquer maneira, mesmo espetando em areia, há sempre prejuízo para o fio da lâmina.

Para além disto, deves ainda ter o cuidado de deixar a faca de maneira a que ninguém se corte na lâmina. Deixar a lâmina no meio do chão é um dos erros mais comuns de alguns: para além de apanhar demasiada umidade e de alguém a poder pisar e parti-la, alguém descalço ou de chinelos pode passar e cortar-se. Também espetar uma faca num cepo pode ser perigoso, pois alguém se pode cortar ao passar com um pé ou uma mão, para além de

acabar por torcer o bico da faca caso seja espetada de ponta.

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Deves nunca esquecer que quando espetas uma faca num cepo, é apenas por alguns minutos ou segundos, e que o local não pode ser freqüentado por outras pessoas, senão alguém se pode cortar.

NÃO deves usar a tua faca de mato (ou canivete) num veículo em movimento, como por exemplo num comboio ou autocarro. Um solavanco inesperado pode causar um acidente com a lâmina. No caso de uma travagem brusca, a faca pode vir mesmo a espetar-se no corpo (teu ou de outra pessoa).Quando começas a usar a faca de mato, e tal como no caso do machado, deves ter a preocupação de verificar se tens pessoas junto a ti, que poderiam vir a ser vítimas de algum deslize da lâmina.Se transportares a tua faca de mato dentro da mochila, deves ter cuidado para não a enfiar à força no meio das coisas, pois o bico da faca pode furar a bainha e rasgar o material ou mesmo a mochila.Ao cortares uma espia ou cabo, não cortes na vertical, mas sim obliquamente, tal como com o machado.

MachadinhaA diferença entre o machado e a machada (ou machadinha) está no tamanho. O machado é grande e usa-se com as duas mãos. A machada é mais pequena e basta uma mão para a manobrar. O Desbravador costuma usar a machadinha.

Nomenclatura do Machado:

Utilização do MachadoO Desbravador sabe usar o machado e a machada corretamente.

A machada, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. De fato, os golpes com a machada são dados pausadamente, calculando sempre o local do golpe, e sem excesso de força.

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Uma machada não se pega com as duas mãos desferindo fortíssimos golpes no alvo.O machado, apesar de ser pegado com 2 mãos, usa-se também pausadamente, sem força excessiva e apostando sempre na pontaria.

SIMA machada, por poder ser usada apenas com uma mão, deve ser pegada pela «pega», na ponta do cabo, e não a meio do cabo. Tem-se melhor balanço, e é preciso fazer-se menos força.

NÃO

Sempre que se começa a usar um machado, deve-se verificar o seguinte:1- se a cunha está bem fixa; mergulhar o machado em água faz inchar a madeira e assim garantir melhor a fixação do cabo na lâmina;2- se não há ninguém à volta que possa ser atingida por um golpe;

Para cortar um ramo, nunca o devemos fazer em cima da terra, pois a lâmina acabará sempre por se enterrar no solo, estragando o fio. Deve-se sempre apoiar o ramo em cima de um cepo mais grosso.

O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possível. Nunca se deve desferir golpes com o machado sobre um ponto do ramo que esteja sem apoio, pois o efeito será muito pouco e o ramo ao vibrar pode fazer com que o machado salte e atinja o utilizador.

SIMNÃO

SIM NÃO

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A inclinação do machado é importantíssima para os efeitos dos golpes. Nunca se devem dar os golpes com a lâmina num ângulo de 90º, ou seja, na vertical. Deve-se inclinar sempre o machado para fazer aproximadamente um ângulo de 60º.

Os golpes devem ser alternados, ora inclinado para a esquerda ora para a direita.

O machado nunca deve ser usado como martelo, pois não foi para isso que foi feito.

Desbastar um Tronco

Para limpar ou desbastar um ramo ou tronco, começa-se pelo início (parte mais grossa) e vai-se avançando em direção à ponta, no sentido de crescimento da árvore. Se os golpes forem dados no sentido contrário, acabará por rachar o tronco.

Cortar um tronco na vertical(ou abater uma árvore)A técnica apenas precisa de duas zonas de golpe: a primeira de um lado, e a segunda do lado oposto e mais em cima. Esta técnica aplica-se tanto para um ramo, como para

NÃOSIM

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um tronco, como para uma árvore. No caso de uma árvore, esta cairá para o lado da primeira zona de golpe.

Para cortar uma vara verde, seguras pela parte de cima para a vergar. Os golpes devem ser dados com inclinação de 60º e não perpendicularmente à vara. Vergar a vara aumenta o efeito de corte do machado.

Rachar LenhaPara rachar lenha, começas por cravar a lâmina no tronco (não precisa de ser com muita força), junto a uma das extremidades. De seguida, vais batendo com o conjunto tronco-machado em cima de um cepo. Aos poucos e poucos o machado vai-se enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o ao meio.

Fazer uma Estaca

Para afiar uma estaca, deves apoiá-la em cima de um cepo, e golpeares com pontaria, como na figura a esquerda. A cada golpe rodas um pouco a estaca.

NÃOSIM

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Uma estaca deve ter a parte de trás ligeiramente desbastada, como na figura a direita, para evitar que, ao bater na nela, se desfaça.

SegurançaPara além de saber manejar corretamente o machado, o Desbravador deve igualmente saber tomar todas as medidas de segurança relativamente a esta ferramenta.

Tal como a faca de mato ou outra qualquer ferramenta cortante, o machado não deve ser deixado caído no meio do chão, encostado a uma árvore e muito menos ainda cravado no tronco vivo de uma árvore.

O seu manejo deve observar regras de segurança para o utilizador, assim como para pessoas que se encontrem por perto.

Deves ter todo o cuidado ao usares o machado para que este não te atinja uma perna ou um braço. Se estiveres a segurar com a mão no tronco ou ramo que cortas, verifica se a mão não fica ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.

O mesmo cuidado deves ter com as pernas, as quais deverás abrir conforme a posição em que estejas a cortar, de modo a que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de um golpe mal dado e que se desvie.

Como guardar o machado

O machado deve ficar guardado dentro da respectiva bainha, ou cravado num cepo ou num suporte próprio montado no campo.

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Para cravar o machado num cepo é comum verem-se alguns a desferirem grandes golpes sem grandes resultados. A técnica consiste unicamente em espetar a lâmina em bico, e não com o fio todo. Para além disso, a lâmina deve ficar paralela ao cepo.

SIM NÃO NÃO

Fabrico de uma BainhaComo a maior parte dos machados que se vendem não trazem bainha, deves saber fazer uma com facilidade, para que o teu machado ande sempre protegido e até o possas trazer à cintura. O material ideal é o cabedal. Se não tiveres cabedal, podes usar qualquer tecido grosso do tipo lona ou ganga, que não se rompam com

facilidade. Para o reforçares podes fazer duas ou três camadas. Depois de o cortares com o feitio que se indica na figura, abres orifícios para passares o cinto e para enfiares o cabo do machado.

Estes orifícios, no caso de usares tecido, devem ser costurados do mesmo modo que as casas dos botões nas camisas, para não se rasgarem. Depois, é só coseres com fio grosso, e colocares um botão. Num sapateiro encontras com facilidade um botão de mola de fácil uso e que não custa nada a montar.

TransporteO transporte do machado é outro fator importante na segurança. Quando o transportares na mão, segura-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os pequenos quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar a passear com ele segurando no cabo e balanceando-o «à índio», arriscando-se a bater com a lâmina nas pernas ou a atingir algum colega. Se o machado for grande podes levá-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.

num suporte próprio

num cepo

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Quando se passa o machado a outra pessoa, deves entregá-lo sempre segurando na lâmina, para que lhe possam pegar facilmente no cabo.

SIM NÃO

ConservaçãoPara evitar a ferrugem, deves ter em atenção alguns conselhos:•quando regressas de uma atividade, limpa bem o machado, para tirar toda a humildade; •para retirar ferrugem, usa palha-de-aço; •para conservar o machado sem ferrugem, unta a lâmina com óleo ou outra gordura, e envolve-a com plástico;

Afiar a LâminaPara afiares a lâmina podes usar uma simples pedra de esmeril, a qual deves manter molhada com água ou, melhor ainda, com óleo. Usa movimentos circulares, deslocando para a frente. Se a pedra for grande, fixa-a (por exemplo num cepo) e imprime ao machado os movimentos circulares (observa a figura). Se a pedra for pequena, pega nela com uma mão e, tendo cuidado para não te cortares, anda com ela igualmente em movimentos circulares, mantendo o machado fixo.

Se a lâmina tiver bocas (ou lâmina romba), deves começar por as fazer desaparecer usando uma lima (de preferência triangular), e só depois usar a pedra de esmeril.

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Quando estiveres a desbastar a lâmina do machado, para lhe retirar as bocas, tem cuidado. O fio da lâmina deve ficar com uma forma nem muito longa nem muito curta.

Observa a figura para veres qual é a melhor forma.

Reparação do CaboSe por acidente, ou qualquer outro motivo, o cabo do machado se partir, eis uma forma fácil de retirar os restos da madeira do cabo de dentro do olhal da lâmina. Começas por cavar um pequeno buraco em terra úmida onde enterras ligeiramente a lâmina deixando o olhal de fora.

Depois, fazes uma pequena fogueira em pirâmide por cima, de modo a queimar a madeira. Logo que acabes e possas retirar então facilmente os restos de madeira queimada de dentro do olhal, deves mergulhar a lâmina em água fria para que não destempere.

Depois de feito o cabo novo, insere-o no olhal e fixa-o com uma cunha.

O machado deve ser bem equilibrado. Para testar o equilibro, colocas o machado sobre o dedo indicador, na zona do «pescoço», onde acaba o cabo e começa a lâmina. Se o machado se equilibrar é porque está em boas condições de equilíbrio.

Num machado bem alinhado, o gume da lâmina deve estar em linha com a ponta do cabo.

uma lâmina com "bocas"

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Sinais SemafórosA ou 1 B ou 2 C ou 3

D ou 4 E ou 5 F ou 6

G ou 7 H ou 8 I ou 9

J ou alfa K ou 0 L

M N O

P Q R

S T U

V W X

Y Z Numeral

Fim de Palavra

Anulação Atenção / erro

Para evitar que o cabo rache ao bater com a ponta numa superfície dura, deve-se cortar essa mesma ponta.

Anexo 15

CÓDIGO MORSE INTERNACIONAL A. _ J. _ _ _ S... B _... K _. _ T _ C _. _. L. _.. U.. _ D _.. M _ _ V... _ E. N. W. _ _ F.. _. O _. X _.. _ G _ _. P. _ _. Y _. _ _ H.... Q _ _. _ Z _ _.. I.. R. _. Como aprender o Código Morse Internacional Aprenda o Código pelo som, e não memorizando os pontinhos e traços. Faça uma ‘cigarra’ (campainha) simples e peça que seu colega faça o mesmo; depois sentem-se em salas diferentes e sinalizem um para o outro. Vá devagar, tenha calma, aprenda a ouvir as letras. Atribua ao “dá” a duração de três “dis” e faça uma pausa entre as letras com a duração de um “dá”. Faça corretamente da primeira vez; a velocidade virá com a prática. As seguintes 11 letras podem ser aprendidas em poucos minutos: E di H di di di di O dá dá dá I di di T dá N dá di S di di di M dá dá A di dá

SemáforaO Sistema de Semáfora por bandeirolas é, usado com eficiência quando a distância entre o transmissor e o receptor é pequena. Nas grandes distâncias, só excepcionalmente deve-se usá-lo. Durante o dia, as mensagens não codizadas devem ser transmitidas por semáfora, sempre que possível.Neste sistema, são utilizadas duas bandeirolas iguais à bandeira ONDA do regimento de banderas, com as dimensões de 50x50 centímetros de comprimento.

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Para a apresentação das letras do alfabeto, dos algarismos e das indicações de pausa, anulativo, atençao, numeral e alfabético, são utilizados 30 posições mostradas na figura acima...Os algarismos e números são feitos com as mesmas posições correspondentes às letras. A. B. C. D. E. F. G. H. I. e K precedidas porém da posição 'numeral'. A posição alfabética, que é a mesma da letra J, feita após ter sido transmitido algarismo ou número, indica que os sinais que se seguem são letras novamente.As letras acentuadas são transmitidas com um ligeiro aceno de uma ou das duas bandeirolas, conforme a letra seja feita com uma ou com duas bandeirolas; assim para transmitir É, deve ser feitas a letra E seguida do aceno da bandeirola do braço esquerdo; Ú deve ser transmitida a letra U seguida do aceno das duas bandeirolas.Para transmitir letras duplas, por exemplo RR, deve ser transmitida a letra, braços na posição de pausa e em seguida outro R. O Ç transmitido com se fosse uma letra acentuada. O Til é transmitido da seguinte maneira: nas palavras terminadas em O ou E, por exemplo NÃO, faz-se o N, depois o A e em seguida o O; nesta posição conserva-se firme o braço esquerdo e, com o direito, dá-se uma rotação de 360° movendo só o pulso. Nas palavras terminadas em à (como manhã) transmitem todas as letras da palavra, e depois feito o último A dá-se a rotação de 360° com o pulso, na posição de transmissão do A. Nas palavras terminadas em ÕES a convenção é a mesma usada nas terminadas em O e E. Com o fim de facilitar a leitura das letras, algarismo e símbolos, que correspondem à determinadas posições semafóricas, o transmissor deverá escolher uma posição bem destacadas em relação ao lugar onde estiver o receptor, e que se protege sobre um fundo que ofereça um bom contraste. Em geral, o céu é o melhor fundo, exceto quando o sol estiver pelas costas do transmissor. O transmissor deve se manter em posição de firmeza e procurar conservar os braços bem destendidos no prolongamento deles as hastes das bandeirolas.

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Anexo 16

Especialidade de Orientação

1. Explicar o que é um mapa topográfico, o que se pode encontrar nele e três utilidades para o mesmo.

Um mapa é uma versão reduzida e simplificada da realidade. Um mapa topográfico inclui informações de relevo e hidrografia que são essenciais ao navegador; com esse mapa podemos identificar morros, vales, lugares altos ou baixos. O que caracteriza um mapa topográfico é a presença de curvas de nível e pontos cotados, conforme imagem ao lado.As principais utilidades podem ser por exemplo saber qual o caminho menos cansativo (pois eu sei a altura dos montes), o mais curto (pois eu sei as distâncias) e o principal, qual rumo tomar, entre outros.

2. Identificar pelo menos 20 sinais e símbolos usados em mapas topográficosCORESBranco – representa a floresta com excelentes condições de corrida Marrom – representa todos os elementos topográficos como curvas de nível, buracos, colinas, depressões Preto – representa elementos construídos pelo homem (estradas, edificações, postes, torres, cercas, etc.) e, também, todos os elementos rochosos (pedras, solo rochoso, etc.) Azul – representa todos os elementos de água, como rios, córregos, lagos, nascentes, poços, etc Amarelo – representa vegetação, campos abertos com vegetação rasteira com ou sem árvores esparsas. A intensidade da cor mostra quão limpo é o campo. Amarelo vivo para gramados amarelo claro para campos com vegetação mais alta Verde – representa vegetação. Quanto mais escuro o verde mais intransitável a vegetação. Verde bem escuro para mata intransitável, verde mais claro para mata onde a corrida é lenta. Listras verdes indicam trânsito em apenas uma direção.

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Púrpura ou vermelho – usado para marcar o percurso de orientação no mapa. Usado, também, para designar condições especiais do terreno como zona proibida, passagem obrigatória

3. Apresentar a nomenclatura de uma bússola.

A Bússola tem 3 partes: Límbo, Quício e Agulha. Na figura ao lado podemos ver uma bússola de quício móvel. Esta é uma bússola para carta topográfica, que também contem uma régua e lente de aumento.

Alem destas partes, algumas bussulas possuem outras partes como linha guia, massa e alça de mira.

4. Conhecer e explicar os termos a seguir:a. Elevação - É, em Orientação, a representação de qualquer obstáculo que ultrapasse a linha normal do terreno: Ex: um pequeno monte, uma subida, etc...b. Azimute - É o valor da leitura realizada diretamente na bússola, e é sempre em relação ao Norte Magnético.Seu valor é definido em graus, variando de 0º a 360º. O ângulo de 0º graus corresponde ao Norte, e aumenta no sentido direto dos ponteiros do relógio.

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c. Curvas de Nível - As curvas de nível conectam pontos de mesma elevação. Representam a topografia da região. As curvas de nível são eqüidistantes e representam altitudes específicas, de acordo com a representação de cada mapa.Curvas de nível mais próximas representam acidentes geográficos mais bruscos, como um penhasco. Curvas de nível mais distantes representam variações graduais e leves de altitude, como uma encosta pouco acentuada de uma colina.

Note que podem ocorrer enganos ao comparar o mapa topográfico ao real. Um acidente geográfico pode não ser representado pelo mapa topográfico, desde que sua altura seja menor que a eqüidistância das curvas de nível, ou seja, desde que esteja compreendido entre duas curvas de nível.

d. Norte Magnético - O norte magnético é para onde a agulha aponta, não se situa exatamente no Pólo Norte definido pelos meridianose. Norte Verdadeiro - Um dos locais onde converge o eixo imaginário de rotação da terra, também chamado de Pólo Norte. (o outro local de convergência será no Sul Geográfico - Pólo Sul).f. Declinação - É a taxa de atualização que indica a variação anual do Norte magnético em relação ao Norte verdadeiro. Muito importante para a orientação.g. Escala - A escala do mapa representa a relação entre cada unidade do mapa e o tamanho real. A escala mais comum utilizada no Brasil é a de 1:50.000. que significa que cada 1 cm

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do mapa eqüivale a 50.000 cm (500 m) da realidade. Outras escalas que se encontram nos mapas são: 1:15.000; 1:24.000; 1:25.000; 1:62.500; 1:250.000. As escalas são classificadas em:Pequena - igual ou inferior a 1:500.000Média - maior que 1:500.000 e menor que 1:50.000Grande - igual ou superior a 1:50.000

h. Medida - É o valor real a ser percorrido calculando-se pela a escalas i. Distância - É usar a escala para buscar a correspondência com a distância no mundo real

Como achar a distancia usando um mapa:Use seu mapa topográfico para estimar a distância de viagem, e os acidentes geográficos no caminho, para assegurar que se poderá terminar a viagem em um período seguro de tempo.Pinte em um arame flexível (ótimo substituto para o curvímetro), conforme

a escala do mapa, linhas vermelhas circundando o arame para as marcas de 500m e linhas azuis, para as marcas de 1000m.

Crie um arquivo da trilha. Ele o ajudará no planejamento de sua jornada e servirá como guia para outros que, porventura, se aventurarem pelo mesmo percurso.Neste arquivo, desenhe um gráfico para marcar a distância e a altitude a serem percorridas. Utilize o arame para desenhar a trilha no mapa e transcreva as informações obtidas para o gráfico. Assim, terá uma boa forma de acompanhar seu desempenho no trajeto e anotar informações úteis para próximas expedições.

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j. Formato do terreno - É o tipo de relevo da área a ser usada para orientação. Ex: Montanhoso, arenoso, rochoso, etc...

k. Azimute dorsal - O Azimute Inverso ou contra-azimute é o azimute de direção oposta. Por exemplo, o Azimute Inverso de 90º (Este) é o de 270º (Oeste). Para o calcular basta somar ou subtrair 180º ao azimute em causa, consoante este é, respectivamente, menor ou maior do que 180º

14. Demonstrar como tirar um azimute magnético.Dependendo do modelo da bússola, este procedimento pode variar um pouco.Bússola com limo móvel:Gire a bússola até que a agulha, ou linha da fiel conforme o modelo, fique sob o ângulo a ser seguido.Bússola com limo fixo:Gire a bússola até a agulha ficar sob o ângulo desejado. 6. Demonstrar como seguir um azimute magnético.Apesar de ser um item prático, tentarei descrever com palavras este procedimento.Para seguir uma trilha data com varias coordenadas, há a necessidade de um ponto base, ou ponto de partida. Estando no referido local, a primeira coisa a se fazer é nivelar a bússola e encontrar o norte magnético.Se o modelo da bússola possuir massa e alça de mira, torna-se mais fácil definir um ponto distante como referencia de direção.Olhando a bússola, girar seu corpo até que a agulha da bússola fique sobre o ângulo que se deseja seguir. Marque visualmente a direção usando algum objeto distante (uma arvore, uma pedra, etc).Se estiver sozinho, fica mais difícil, mas estando com mais duas pessoas, uma delas poderá ser a pessoa base que servira de referencia quanto a direção a ir, e a outra medir a distancia a ser percorrida, e o homem bussula permanece no local para possíveis correções.Também há a possibilidade da pessoa que ficar como homem-base tirar o contra-azimute para confirmar se esta na direção correta.Chegando-se ao segundo pondo, ou melhor, na coordenada desejada, repete-se o procedimento.

7. Conhecer dois métodos de correção para a declinação e quando esta correção é necessária.As bússolas são orientadas ao ‘norte magnético’ (campo magnético da terra), enquanto os

mapas topográficos são orientados para um ponto distinto, o ‘norte geográfico’ (norte verdadeiro, eixo de rotação da terra)1. A diferença entre ambos é chamada de ‘declinação magnética’. Cada ponto do planeta tem sua própria declinação magnética.A declinação magnética de cada mapa é representada na margem inferior. A linha com a estrela na ponta (NG) representa o norte geográfico e a linha com a seta na ponta (NM) representa o norte magnético. Quando o NM está à esquerda do NG, dizemos que a declinação é oeste. Se o NM está à direita do NG, dizemos que a declinação magnética é leste.

Note que a declinação magnética varia a cada ano e talvez seja necessário calcular a atual declinação do mapa2.Por exemplo, considerando a declinação magnética do mapa em 1995=13º52' e a declinação magnética cresce 9,5' ao ano. De 1995 até 1999, são 4 anos. Então, a variação do período é

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38' (4X9,5'). Para somar, porém, a variação da declinação ao valor de 1995 temos de lembrar que só se podem somar valores de mesma unidade. Comece pela menor unidade, minutos: 52'+38'=90'. Sendo 1o=60', então 90'=1o30'. Somemos agora os graus: 13o+1o=14o. Desta forma, a declinação magnética de 1999 é 14o30'Observações:1 Bem, na verdade, o mapa é orientado ao norte da quadrícula. Porém, como a diferença entre o norte da quadrícula e o norte geográfico é muito pequena, não produzindo alterações significativas para nossa atividade; consideraremos ambos como sendo o norte geográfico.2 Lembre-se de que só se pode somar ou diminuir números de mesma unidade (graus com graus, minutos com minutos).

8. Ser capaz de orientar-se usando um mapa e uma bússola.O mapa, por si só, nos traz informações úteis para a prática da orientação e navegação. Pode nos mostrar onde estamos e o caminho a seguir. É também eficiente para nos mostrar a distância a percorrer (ou percorrida) e é uma das ferramentas mais úteis no planejamento de expedições.Encontrando sua localização no mapaUm mapa topográfico não tem nenhuma utilidade a não ser que saibamos exatamente a localização no mapa.Encontre marcas do terreno facilmente identificáveis no mapa.Localize-se sobre uma linha-base (um rio ou uma linha entre dois cumes)Caminhe sobre esta linha-base até que possa identificar outra linha-base que interseccione a primeira. Assim, poderá localizar-se com grande precisão no mapa.Muitas vezes, as marcas do terreno são tão grandes (ou evidentes) que basta encontrar três marcas confiáveis, preferencialmente uma à frente, uma à direita e outra à esquerda.Gire o mapa até coincidir com a primeira marca de terreno visualizada.Desenhe uma linha em direção a esta marca.Repita a operação para as outras duas.A intersecção entre as três linhas mostra sua posição com uma precisão de até 350m, dependendo de suas habilidades.

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9. Provar sua habilidade de usar mapas e bússolas, realizando uma caminha de 3 quilômetros pelo campo, com pelo menos 5 leituras de bússola ou pontos de controle.Item prático – Descreva a atividade

Anexo 17

Acendendo uma fogueira em dia de chuva:Aparentemente acender uma fogueira em dia de chuva aparenta ser uma tarefa difícil ou impossível. Mas na realidade, é uma tarefa bem simples.Primeiramente, devemos providenciar a madeira a ser queimada. Não pegue madeiras que estejam caídas no chão das matas. Por estarem deitadas recebem maior quantidade de água, ficando encharcada. Dê preferência a madeiras secas que estejam abrigadas da chuva ou que ainda estejam dependuradas nas arvores, como arvores caídas, pegando os galhos que estão longe do chão.Faça um abrigo, você poderá usar sacos de lixo como cobertura.Prepare uma base com pedras ou outras madeiras para acender a fogueira, assim evita que a umidade do solo atrapalhe a queima da madeira.Apesar dos galhos estarem molhados externamente, seu interior esta seco. Portanto, raspe a madeira com uma faca ou machado, você também poderá rachar as madeiras mais grossas, assim você alcança o cerne seco da mesma mais rapidamente.Lembre-se que para acender a fogueira, você devera providenciar uma boa mecha para a ignição, gravetos, materiais pequenos, material principal e material grande.Para o preparo da mecha, raspe a parte seca da madeira coletada ajuntando a parte, faça o mesmo para obter o restante do material.Coloque a mecha em cima de algumas madeiras que você separou e que estejam secas. Acima da mecha, coloque alguns gravetos.Após acender a fogueira, vá acrescentando material pequeno aos poucos. Deixe o restante da madeira próximo ao fogo, assim o próprio calor secará o restante do material.

Anexo 18Fogueiras e Cozinha ao Ar Livre

1. Preparar cinco tipos diferentes de fogueiras, e saber o uso específico de cada uma.Fogueiras, descrição e uso:

1) FOGO DE CAÇADOR > feito de dois troncos ou pedras geralmente na medida da panela ou utensílios a serem usados

2) FOGO DE TRINCEIRA > como o próprio nome sugeri, é feito uma cava no solo para cozinhar, da mesma maneira toma-se o cuidado da vala ser do tamanho das panelas.

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3) FOGO ESTRELA > usa-se madeira em forma de estrela para aquecer ou de base para outros, tipos de fogo para cozinhar muito econômico

4) FOGO REFLETOR > para aquecer, pode ser feito de varias maneira, com tronco e pedras, sempre com fogo meia estrela

5) FOGO CERCADURA DE PEDRA > como o próprio nome diz, é feito de pedra, serve para cozinha e também com refletor

6) FOGO DE BARRANCO > cava-se no barranco um buraco, é feito um forno ideal para assados, ideal para dias de chuva

7) FOGO DE COBERTURA OU LATA > devemos fazer uma cobertura de lona ou materiais encontrados na natureza, como folhas de palmeiras ou bananeiras, mas sempre tomar o cuidado de não depredar ou degradar com a natureza, no fogo de lata, para os mais precavidos sempre que puder ter a mão uma lata ou latão e

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fazer os fogo dentro com o devido cuidado de não estar utilizando embalagem tóxicas, e manter sempre uma abertura para entrada e saída de ar.

8) FOGO DE BURACO > segue os mesmo principio do de barranco, mas só que é feito no chão, e não pode ser usado nos dias de chuvas, serve para assados

9) FOGO CAMA RAPIDA > como diz seu nome efeito com um fogo estrelas, uma forquilha e uma vara , bom pra aquecer liquido, mas em lugar que não há vento

10) FOGUEIRA ALTA DE COZINHA > feito sobre estacas, em forma de uma mesa de barraco ideal para acampamentos de muitos dias pois não prejudica as condições do cozinheiro, e com uma cobertura serve também para terreno úmido e dias de chuvas.

11) FOGO DE ROLETE > feito com duas forquilhas e uma vara sobre as forquilhas de maneira que serve para assados e também para caçarolas ou panela com alça

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12) FOGUEIRA DE ESTACA > utilizada para panela de bambu, com um fogo estrela de base

13) FOGUEIRA DE TRIPÉ / CONICA > utilizada para cozimento em caçarolas, feita de três estaca de madeiras ou ferro, como o próprio nome diz em forma de tripé ou triangulo

14) FOGO DO CONSELHO > criado pelo indígenas para reuniões, onde os mais novos pediam conselho para os mais velhos, daí o nome , ideal para aquecer toda área de acampamento, em forma de ferradura ou circulo, e reuniões para meditação

15)Fogão á prova de vento ou de lata

Como cozinhar a lenha, poupando tempo e madeira!? Eis uma maneira fácil, com material 100% reciclado. Basta termos duas latas de tamanhos diferentes, recortar um quadrado na face de cada uma das latas, em que a aresta superior do quadrado fique à mesma distância do bordo superior nas duas latas. É recomendável o uso de luvas grossas para esta operação de modo a evitar cortes. Agora com um martelo e um prego abrem-se três furos equidistantes a cerca de 1 cm do bordo superior das latas. Na lata pequena fura-se o fundo, para que as cinzas não se acumulem na fornalha. Coloque a lata mais pequena dentro da grande e prenda as duas com um pedaço de arame, através dos furos anteriormente executados. Temos o nosso fogão à prova de vento pronto, é só colocar a lenha lá dentro e pôr o tacho em cima.

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16)Fogão Solar

Deixe-se de trabalhos e preocupações naqueles dias solarengos, em que todos se divertem e você está de serviço na cozinha. Ponha o SOL a trabalhar e divirta-se. Com este fogão só temos de preparar a refeição pôr no tacho, e deixá-la no fogão 2 a 3 horas (dependendo do sol que está) e passar o resto da manhã à vontade.

17)Forno de Brasas

O que fazer com as brasas da fogueira? Das muitas utilizações que lhe podemos dar, esta é bastante interessante e permite fazer uns bons bolos em campo. Para tal, faz-se um buraco no chão com cerca de 70 cm de profundidade e 60 cm de largura; no fundo do buraco pomos um, assado, cozido, carne para estufar, ou um belo bolo, devidamente acondicionado e com tampa de preferência. Em seguida porém-se brasas até cobrir o tacho e tapa-se o resto do buraco com terra. Em cerca de uma hora, hora e meia fica pronto a comer. Desta forma aproveitamos grande parte da matéria resultante da nossa fogueira, tendo em conta o ambiente e o nosso estômago

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REGRA DE SEGURANÇA : São 11 as regras de segurança, algumas essenciais:Por nenhum momento desbravador deve aceder fogo sozinhoNão usa líquidos inflamáveisDistancias segura com relação as barracasEscolher lugar longe se vegetação secaTenha sempre água e terra por perto, etcRAZÕES PARA ASCENDER UMA FOGUEIRA Oito (8) razões para ascender uma:10-Aquecer11-Iluminar12-Sinalizar13-Cozinhar14-Assar15-Secar16-Realizar reuniões17-Segurança

2. Preparar madeira e gravetos com segurança. Ver anexo 14

3. Demonstrar as técnicas corretas de começar uma fogueira.Construir a base de sustentação com troncos (como eucalipto), não utilize troncos podres que poderão cair, estes podem ser utilizadas para dar brasa para a fogueira. Os gravetos formarão a isca inicial. Não utilize folhas ou madeira verde, estas só servem para fazer fumaça (se você quiser fazer fumaça, muita fumaça, então pode usar). 4. Começar uma fogueira com um fósforo, e mantê-la acesa durante, pelo menos 10 minutos. Para manter a fogueira acesa é necessário alimentá-la conforme a necessidade. Não basta colocar sempre pequenos gravetos, pois eles queimam rápido e não dão continuidade, servem apenas para iniciar o fogo. Alimento com combustível maior, para promover a brasa que ficará por várias horas acesa sem que seja necessário alimentar o fogo. Depois de se utilizar da fogueira, o melhor é jogar areia ou terra para apagar o fogo. Apague tudo e cubra com terra, não deixando vestígios. 5. Conhecer e praticar cinco regras de segurança.

1. Limpar bem o local onde irá acender;2. não deixar coisas próximas a fogueira que poderão espalhar o fogo (como álcool ou

roupas);

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3. deixar algo próximo para que se possa apagar a fogueira em eventualidades (água ou areia),;

4. não brincar com o fogo;5. não pular a fogueira;6. apagar totalmente depois de usá-la;7. não acender em cima da grama; entre outras.

6. Demonstrar como cortar corretamente madeira para fogueira.Item prático. Veja anexo 14 7. Demonstrar habilidade para começar uma fogueira em tempo chuvoso.Este item pode parecer difícil e até impossível a primeira vista, mas a questão é muito simples. Pegue os gravetos e todos os utensílios e coloque abaixo de uma cobertura, feita com saco de lixo ou lona. Abaixo desta pequena cobertura, comece a raspar a lenha, de modo que fique seca. Depois de preparar toda a lenha, deixando-a seca e em condições, acenda o fogo com o fósforo.Dica - Para manter os fósforos secos mesmo que sua mochila caia no rio, pingue em todas as cabeças dos fósforos gotas de vela antes de sair para a excursão, assim você não perde sua fonte de fogo. Faça o teste em casa! Veja anexo 17 8. Demonstrar habilidade para refogar, cozinhar, fritar, assar pão num espeto e assar em papel alumínio.Item prático. 9. Conhecer um método de manter os alimentos gelados/frios enquanto estiver acampado, que não seja o uso de gelo.Colocando num recipiente fechado e vedado, e mergulhando na água corrente do rio ou num balde com água. Outra forma é abrir uma cova, colocar os alimentos dentro e cobrir com folhas verdes. 10. Conhecer maneiras de manter o alimento e utensílios a salvo de ataque de animais e insetos. Colocar em recipientes fechados, no alto de árvores ou enterrados, de modo a não exalar cheiro e chamar a atenção dos animais. 11. Por que é importante manter limpos os utensílios usados para cozinhar e comer?Para manter boa saúde e higiene, e não ajuntar bichos. 12. Demonstrar conhecimento da nutrição apropriada e combinação de alimentos, fazer um cardápio completo e balanceado para seis refeições de acampamento. Incluir o seguinte: a. Um desjejum, almoço ou jantar para um dia de caminhada, no qual alimentação leve é importante. A refeição não deveria ser cozida, pois perde muito de seus valores nutritivos.b. As cinco refeições restantes podem ser feitas com qualquer tipo de comida: alimentos enlatados, frescos, congelados ou desidratados. Ver anexo 7 13. Fazer uma lista dos suprimentos que serão necessários para preparar as seis refeições acima. Item prático.

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14. Saber como preparar os alimentos com segurança, dispor do lixo adequadamente, e lavar os utensílios.Item prático.

Anexo 19

Técnicas para cozinhar sem utensílios de cozinhaPara muitos, parece impossível cozinhar sem utensílios de cozinha. Mas, há muitas tecnicas que podem ser usadas para fazer uma boa refeição.Aqui, citarei apenas algumas, mas, outras podem ser encontradas em outros manuais.Ovo – pode ser cozido envolvendo-o em lama e colocando-a dentro do fogo. Também pode-se colocar enterrados em um buraco com barro e agua e acender a fogueira em cima, outra forma é colocar dentro de uma laranja cujo sumo já tenha sido retirado – dica, usando um palito tente furar a gema para que não exploda; Ovo – pode ser frito usando-se uma pedra lisa colocada sobre o fogo;Milho – Para assa-lo, basta colocar a certa distancia do fogo ou das brasas;Milho – Para coze-los, basta colocar com casca diretamente sobre a fogueira, quando a casca estiver próximo a espiga, pode retirar pois estará cozido.Arroz – pode ser cozido dentro de bambu colocado diretamente sobre o fogo;Pão – pode-se assa-lo enrolando a massa em uma vara e deixando próximo ao fogo;

Anexo 20Código Náutico

Bandeira Nome Código Náutico Bandeira Nome Código Náutico

Alfa Mergulhador na área, afaste-

se

Victor Preciso socorro

Bravo Carga perigosa

Whiskey Preciso assistência

médica

Charlie Sim X-ray Pare com sua atitude

Delta Afaste-se

Yankee Am Dragging Anchor

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Echo Mudando curso para Boreste

Zulu Require a Tug

Foxtrot Incapacitado 1st Repeat Repita a primeira Bandeira

Golf Quero um Piloto

2nd Repeat Repita a segunda Bandeira

Hotel Piloto a bordo Code Fim da mensagem

India Mudando curso para Bombordo

Zero

Juliett Com fogo, afaste-se

Um

Kilo Quero me comunicar

Dois

Lima Pare imediatamente

Três

Mike Estou parado Quatro

November

Não Cinco

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Oscar Homem ao mar!

Seis

Papa About to Sail Sete

Quebec Requeremos Pratico

Oito

Romeo Nove

Sierra Engines Going Astern

Tango Afaste-se de mim

Uniform Standing into Danger

Anexo 21 CÓDIGO Q COMPLETO

Código Q e Código Fonético Código Q - Significado ============================QRA = Como se chama a sua estação (prefixo e nome) QRB = A que distancia aproximada esta de minha estação QRC = Quem se encarrega de pagar as contas ou taxas de sua estação QRD = Onde você vai... e de onde vem QRE = Qual a hora estimada de chegada QRF = Regresse a... QRG = Qual e a frequência utilizada

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QRH = Minha frequência varia QRI = Qual e a tonalidade de minha emissão QRJ = Quantas conferencias (ligações) radiotelefônicas tens para despachar QRK = Qual a clareza dos meus sinais

1 - Péssima2 - Ruim3 - Media4 - Boa5 - Ótima

QRL = Estou ocupado QRM = Você sofre interferência QRN = As condições atmosféricas estão perturbando (Estática)

1 - Não existe2 - Ligeiramente3 - Moderadamente4 - Consideravelmente5 - Extremamente

QRO = Aumentar a potência de transmissão QRP = Diminuir a potência de transmissão QRQ = Devo transmitir mais depressa QRR = Você esta preparado para o funcionamento automático QRS = Devo transmitir mais devagar QRT = Devo cessar a transmissão QRU = Tem algo para mim QRV = Você esta preparado QRW = Devo avisar a... que você o chama na freqüência de... QRX = Quando me chamar novamente QRY = Qual a minha ordem de vez QRZ = Quem me chama QSA = Qual a intensidade de meus sinais

1 - Apenas perceptível2 - Fraca3 - Bastante boa4 - Boa5 - Muito boa

QSB = A intensidade de meus sinais varia QSC = Seu barco e de carga QSD = E defeituosa minha manipulação QSE = Qual o local estimado da deriva da embarcação o ou dispositivo desalvamento QSF = Você efetuou o salvamento QSG = Devo transmitir... telegramas de uma vez QSH = Você pode regular (ajustar) usando o equipamento radiogoniometrico QSI = Não ha possibilidade de interromper sua transmissão (só resposta). QSJ = Quanto devo pagar QSK = Pode escutar-me entre seus sinais Caso afirmativo, pode interromper-me. QSL = Pode acusar recebimento (entendido) QSM = Devo repetir a mensagem anterior QSN = Você me ouviu (indicativo de chamada) em ...kHz (ou MHz) QSO = Comunicar-se diretamente com ... QSP = Queres retransmitir gratuitamente a ...

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QSQ = Tem medico a bordo ou Fulano este a bordo QSR = Tenho que repetir a chamada na freqüência de chamada QSS = Que freqüência de trabalho você utiliza QSU = Devo transmitir ou responder nesta freqüência QSV = Devo transmitir uma seqüência "V" nesta freqüência QSW = Queres transmitir nesta freqüência QSX = Queres escutar a ... (indicativo de chamada) em kHz (ou MHz) QSY = Tenho que passar a transmitir em outra frequência QSZ = Tenho que transmitir cada palavra ou grupo varias vezes QTA = Devo anular a mensagem numero... QTB = Você esta de acordo conforme minha contagem de palavras QTC = Quantas mensagens tens pôr transmitir QTD = O que recolheu o barco de salvamento ou a aeronave de salvamento

1 - numero de sobreviventes2 - restos de naufrágio3 - numero de cadáveres

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QTE = Qual e a minha marcação verdadeira (coordenadas geográficas) com relação a você QTF = Quer indicar-me a situação de minha estação com relação as marcaçõestomadas pelas estações radiogoniometricas que você controla QTG = Quer transmitir 2 traços de 10 segundos cada um seguido de seu indicativode chamada QTH = Qual a sua posição em latitude e longitude (endereço) QTI = Qual e o seu rumo VERDADEIRO com correção do declínio magnético QTJ = Qual e a sua velocidade (velocidade do navio ou aeronave, com relação a água ou ar) QTK = Qual e a velocidade de sua embarcação ou aeronave com relação a superfície da terra QTL = Qual e o seu rumo VERDADEIRO QTM = Qual e o seu rumo magnético QTN = A que horas saiu de... (lugar) QTO = Já saiu da Baia ou Porto, (ou já decolou) QTP = Vai entrar na Baia ou Porto (ou pousar) QTQ = Pode comunicar-se com minha estação pôr meio de Código Internacional desinais QTR = Qual a hora certa QTS = Quer transmitir seu indicativo de chamada durante .... minutos agora ouas .... horas, em kHz ou MHz a fim de que sua frequência possa ser medida QTT = e sinal de identificação que segue se sobressai a outra emissão QTU = Qual e o horário de funcionamento de sua estação QTV = Devo escutar você na freqüência de ... kHz ou MHz de... as ... horas QTW = Como se encontram os sobreviventes QTX = Quer manter sua estação aberta para nova comunicação comigo, ate que oavise ou ate as ... hrs QTY = Você se dirige ao local de sinistro Caso afirmativo, quando esperachegar QTZ = Você continua a busca QUA = Tem noticias de ... (indicativo de chamada) QUB = Pode dar-me, na ordem que se segue, informações sobre: visibilidade,altura das nuvens, direção e velocidade do vento de superfície em ...(lugarde observação) QUC = Qual e o numero (ou outra indicação) de minha ultima mensagem ou de(indicativo de chamada) que recebeu QUD = Recebeu o sinal de urgência transmitido pôr...(indicativo de chamada daestação móvel) QUE = Pode fazer uso da telefonia usando... (idioma) pôr meio de um interpretecaso necessário Se assim for, qual freqüência QUF = Recebeu o sinal de perigo transmitido pôr ...(indicativo de chamada da estação móvel)

QUG = Ser forcado a pousar, (amerissar -- aterrissar -- atracar) QUH = Quer dar-me a pressão barométrica atual ao novel do mar QUI = Suas luzes de navegação estão acesas QUJ = Quer indicar a proa verdadeira (rumo) que devo seguir para dirigir-me em sua direção (ou na direção de ...) sem deriva QUK = Pode me informar sobre as condições do mar em... (lugar ou coordenadas) ' QUM = O trafego de perigo terminou (retomar o trafego). QUN = Solicito as embarcações que se encontram em minhas proximidades imediatas (ou nas

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proximidades de latitude... e longitude...), que indiquem sua posição, rumo VERDADEIRO e velocidade. QUO = Devo efetuar busca de ...

1 - Aeronave2 - Navio3 - Barco salva-vidas, nas proximidades da latitude... longitude... (ou de acordo com

qualquer outra indicação) QUP = Quer indicar-me sua posição pôr meio de...

1 - Refletores 2 - Rastro de fumaça 3 - Sinais pirotécnicos

QUQ = Devo orientar meu refletor quase verticalmente para uma nuvem, piscando se possível, e, caso ouça ou aviste uma aeronave, dirigir meu facho contra o vento e sobre a água (ou solo) para facilitar seu pouso (ou atracagem) QUR = Os sobreviventes...

1 - Receberam salva-vidas 2 - Foram recolhidos pôr embarcação de salvamento 3 - Foram encontrados pela unidade de salvamento de terra

QUS = Avistou os sobreviventes ou os destroços Em caso afirmativo, em que posição QUT = O local do acidente já foi assinalado QUU = Quer que dirija o navio ou aeronave para minha posição QUW = Você esta na zona de exploração indicada como... (símbolo ou local zona - latitude e longitude) QUY = Existe a sinalização da posição da embarcação ou dispositivo de salvamento Código Fonético =====================Letra - PalavraA = AlfaB = BravoC = CharlieD = DeltaE = Echo (ECO)F = FoxTrotG = GolfH = HotelI = IndiaJ = JulietteK = KiloL = LimaM = Mike (maique)N = NovemberO = OscarP = PapaQ = QuebecR = RomeuS = SierraT = TangoU = UniformeV = Victor

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W = WhiskeyX = X-ray (ex-ray)Y = YankeeZ = Zulu

1 = Primeiro 2 = Segundo 3 = Terceiro 4 = Quarto 5 = Quinto 6 = Sexto 7 = Sétimo 8 = Oitavo 9 = Nono 0 = Negativo , = decimal . = ponto

Anexo 22

Mestrado em Vida CampestrePossuir sete das seguintes especialidades: Acampamento IV;Arte de Acampar;Excursionismo Pedestre;Excursionismo Pedestre com Mochila;Fogueira e Cozinha ao Ar Livre (Anexo 18);Liderança Campestre;Liderança na Selva;Nós (Anexo 1);Orientação (Anexo 16);Pioneirismo;Plantas Silvestres Comestíveis;Vida Silvestre (Anexo 12).

O ideal é que seja revistas as especialidades cumpridas há mais de um ano.

Anexo 23

Projetar três tipos diferentes de abrigo, explicar seu uso e utilizar um deles em um acampamento.

O Desbravador na classe de guia devera cumprir este requisito durante um acampamento. O projeto os abrigos, no entanto, poderá ser feito em sala de aula antes do acampamento. Os abrigos, preferencialmente, devem ser próprios para climas diferentes e locais diferentes, como local alagado, muito vento, montanhas, florestas.

Uma das festas ordenada por Deus ao povo de Israel nos dá o maior incentivo: A Festa das Cabanas (NTLH). Leviticos 23:33-43.

Nesta ocasião, os israelitas deveriam ficar acampados sete dias em barracas de pioneiria, feitas com folhas de palmeiras e galhos de arvores (v42).

Page 118: Seção – Arte de Acampar · 1. Participar em um acampamento de final de semana e planejar antecipadamente com seu grupo o equipamento que deve ser levado. Anexo 13 2. Planejar

Ficar uma semana ao relento, abrigados em uma cabana que não usa pregos ou alta engenharia. Cuja proteção, além das folhas, é exclusiva de Deus, é fé pratica.

E esta fé, ensinamos e praticamos com nossos desbravadores ao acamparmos e, principalmente quando os ensinamos a fazerem pioneirias.

Tem de ter fé para passar uma noite em um abrigo feito de pioneiria.

Podemos e devemos aproveitar estas ocasiões para inserir na mente deles ensinos bíblicos.

Outro ponto marcante nesta atividade é que Cristo é nosso Protetor e Salvador, a festa das cabanas tipificava isto.

Quanto aos modelos possíveis de abrigo, use a criatividade.

Bibliografia:

• www.adventury.cjb.net - pesquisado em janeiro/2005• www.advir.com.br/desbravadores – pesquisado em março/2004• Manual de Primeiros Socorros da PMESP• www.arlivre.com/tecnicas– Pesquisado em novembro/2006• www.lisbrasil.com- pesquisado em abril/2006• www.escotismo.com.br- pesquisado em maio/2006• http://br.geocities.com/geguaiabr/fogose.htm#inicio– pesquisado em setembro/2006• www.cne-escutismo.pt/recursos/pioneirismo.htm– pesquisado em setembro/2006• www.ouronegro.cjb.net – pesquisado em maio/2006• www.especilidades.cjb.net• http://www.cerebromente.org.br/n16/opiniao/dormir-bem1.html •www.advir.com.br/saude • http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec24_280.htm• http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec24_282.htm•www.marinalazaro.com.br/fiquepordentro.htm•apostilas distribuídas no Clube de Lideres Online – Autores não mencionados•apostilas distribuídas no Clube de BrDesbravadores – Autores não mencionados

Autoria:

Elaborado por: Mendes, Líder Máster, Instrutor, Clube Águias de Marcão - AP, 09/01/2007.

Notas de fim: 09/01/2007: Inclusão de conteúdo.