sentidos e significados do trabalho do...

42
SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR PARTE I –  NOÇÕES TÉCNCIAS DE ESTUDO E PESQUISA I. PARA ESTUDAR MELHOR – NOÇÕES BÁSICAS 1 COMO FAZER PESQUISA A pesquisa é utilizada com a intenção de aprofundar os assuntos estudados. O pesquisador vai buscar informações em documentos, obras de outros pesquisadores, depoimentos, publicações, entre outros. Para a pesquisa seja fundamentada é necessário que sejam observadas algumas normas ou regras. O pesquisador deve ter claro o tema da pesquisa, o que procurar, e onde procurar. Seja em bibliotecas ou até mesmo na internet, a coleta de informações deve seguir os seguintes passos: 1º: analisar o índice para ter uma visão geral dos assuntos tratados; 2º: separar as obras necessárias; 3º: fazer as anotações necessárias à pesquisa colocando os dados bibliográficos: o nome do autor, o título da obra, a cidade em que foi publicada, o nome da editora, a data da edição e a página. Fazer anotações  exige leitura prévia do material. As anotações pode acontecer: 1) copiando partes interessantes, colocando esta informação entre aspas, em seguida abre-se parêntese e escreve o sobrenome do mesmo em caixa alta, o ano da edição e o número da página; 2) resumindo o texto procurando destacar as principais idéias do autor, em seguida abre- se parêntese e escreve o sobrenome do mesmo em caixa alta e o ano da publicação e fecha-se o parêntese) Redação do trabalho de pesquisa:  para elaborar seu trabalho procure fazer uma redação onde fique o seu entendimento sobre o assunto. Não é proibido copiar, mas se copiar algum trecho, colo sempre entre aspas e faça a citação do autor conforme dito acima. Apresentação da bibliografia:  em todo trabalho escolar que envolva pesquisa devemos apresentar a lista das obras que foram consultadas. Se usamos publicações que não têm o nome  do autor  (como no caso das enciclopédias, começamos pelo nome da publicação, escrito em letra maiúscula, seguido de um ponto, depois vem o nome da cidade em que a obra foi publicada, uma vírgula, o nome da editora, outra vírgula, a data da publicação e um ponto. Nas obras que têm nome do autor  escrevemos primeiro o sobrenome do autor, em letras maiúsculas, seguido do primeiro e dos demais nomes do autor, seguido de um ponto. Depois o nome da obra, seguido de um ponto, depois o nome da cidade, uma vírgula, o nome da editora, outra vírgula, a data de publicação e um ponto. A lista bibliográfica deve ser organizada em ordem alfabética . Estas informações foram determinadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 2 COMO APRESENTAR SEMINÁRIOS (AULAS, MINI-AULAS,TRABALHOS) Quando existe a necessidade da apresentação de um trabalho escolar, devemos seguir algumas normas para que aconteça algo bem organizado e que cumpra com a função de  transmitir e discutir informações. A primeira condição é conseguir domínio do conteúdo que será apresentado. É o primeiro  passo da preparação: estudar o conteúdo.  Quando da apresentação não se deve fazer leituras dos trabalhos. O que nos leva ao  segundo passo : construir anotações, esquemas, gravuras, mapas, gráficos, etc. A forma com acontecerá a apresentação pode ser de acordo com a tecnologia disponível ao apresentador (retroprojetor, canhão multimídia, vídeos,etc). Se estudamos o tema, preparamos o material para apresentação, mas não cuidamos da postura quando apresentamos , nosso trabalho pode ter sido em vão.] Para facilitar a apresentação durante é necessário que observemos alguns detalhes: . Falar para todos os ouvintes (e não para o teto, o chão, a parede, o professor); . Não ficar de costas para os ouvintes; . Não andar em frente dos recursos visuais que estiverem sendo utilizados; . Falar com naturalidade; . Fazer pausas para possibilitar discussões. 1

Upload: vuminh

Post on 16-Dec-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

PARTE I –  NOÇÕES TÉCNCIAS DE ESTUDO E PESQUISA

I. PARA ESTUDAR MELHOR – NOÇÕES BÁSICAS

1 COMO FAZER PESQUISAA pesquisa é utilizada com a intenção de aprofundar os assuntos estudados. O pesquisador 

vai   buscar   informações   em   documentos,   obras   de   outros   pesquisadores,   depoimentos, publicações, entre outros.

Para a pesquisa seja fundamentada é necessário que sejam observadas algumas normas ou regras. O pesquisador deve ter claro o tema da pesquisa, o que procurar, e onde procurar.

Seja  em bibliotecas  ou até  mesmo na  internet,  a coleta  de  informações deve seguir os seguintes passos:

1º: analisar o índice para ter uma visão geral dos assuntos tratados;2º: separar as obras necessárias;3º: fazer as anotações necessárias à pesquisa colocando os dados bibliográficos: o nome do 

autor, o título da obra, a cidade em que foi publicada, o nome da editora, a data da edição e a página.

Fazer   anotações     exige   leitura   prévia   do   material.   As   anotações   pode   acontecer:   1) copiando   partes   interessantes,   colocando   esta   informação   entre   aspas,   em   seguida   abre­se parêntese e escreve o sobrenome do mesmo em caixa alta, o ano da edição e o número da página; 2) resumindo o texto procurando destacar as principais idéias do autor, em seguida abre­se parêntese e escreve o sobrenome do mesmo em caixa alta e o ano da publicação e fecha­se o parêntese) 

Redação do trabalho de pesquisa: para elaborar seu trabalho procure fazer uma redação onde fique o seu entendimento sobre o assunto. Não é proibido copiar, mas se copiar algum trecho, colo sempre entre aspas e faça a citação do autor conforme dito acima.

Apresentação  da  bibliografia:  em  todo   trabalho  escolar  que  envolva  pesquisa  devemos apresentar a lista das obras que foram consultadas. Se usamos publicações que não têm o nome do autor (como no caso das enciclopédias, começamos pelo nome da publicação, escrito em letra maiúscula, seguido de um ponto, depois vem o nome da cidade em que a obra foi publicada, uma vírgula, o nome da editora, outra vírgula, a data da publicação e um ponto. 

Nas obras que têm nome do autor escrevemos primeiro o sobrenome do autor, em letras maiúsculas, seguido do primeiro e dos demais nomes do autor, seguido de um ponto. Depois o nome da obra, seguido de um ponto, depois o nome da cidade, uma vírgula, o nome da editora, outra vírgula, a data de publicação e um ponto. 

A  lista bibliográfica deve ser organizada em  ordem alfabética. Estas  informações  foram determinadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

2 COMO APRESENTAR SEMINÁRIOS (AULAS, MINI­AULAS,TRABALHOS)Quando existe  a  necessidade da  apresentação de  um  trabalho escolar,  devemos   seguir 

algumas  normas   para   que   aconteça  algo   bem  organizado   e   que   cumpra   com   a   função  de transmitir e discutir informações.

A primeira condição é conseguir domínio do conteúdo que será apresentado. É o primeiro passo da preparação: estudar o conteúdo. 

Quando  da  apresentação  não  se  deve   fazer   leituras  dos   trabalhos.  O  que  nos   leva  ao segundo  passo:   construir   anotações,  esquemas,  gravuras,  mapas,  gráficos,   etc.  A   forma com acontecerá   a  apresentação pode  ser  de  acordo com a  tecnologia  disponível  ao  apresentador (retroprojetor, canhão multimídia, vídeos,etc).

Se estudamos o tema, preparamos o material para apresentação, mas não cuidamos da postura quando apresentamos, nosso trabalho pode ter sido em vão.]

Para facilitar a apresentação durante é necessário que observemos alguns detalhes:. Falar para todos os ouvintes (e não para o teto, o chão, a parede, o professor);. Não ficar de costas para os ouvintes;. Não andar em frente dos recursos visuais que estiverem sendo utilizados;. Falar com naturalidade;. Fazer pausas para possibilitar discussões.

1

Page 2: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

3  O “BÁSICO” EM  UM DEBATEO debate é conhecido como a troca de idéias, de informações. Ele é importante porque 

podemos obter mais conhecimentos e, com isso, aprender mais. Para que um debate não perca sua importância é necessário observar algumas regras. Entre elas, entre elas o que se dissemos sobre a apresentação. O debate como instrumento pedagógico caracteriza a discussão entre dois grupos.

O debate  deve   ter  um relator  para   transmitir  aos  demais  o   resultado da  discussão.  O formato do debate pode ser: mesa­redonda onde o relator de cada grupo expõe sua pesquisa. O relator torna­se um debatedor no decorrer do trabalho. Cada debatedor pode direcionar uma pergunta ao outro debatedor, discordando ou complementando a resposta.

4 CONHECENDO A SI MESMOConhecer   nosso   potencial   e   nossos   limites   é   fundamental   na   vida   acadêmica.   Nossa 

afirmação de forma alguma tem a finalidade de justificar limites, mas de organizar­se, crescer, melhorar. Em primeiro lugar, para se conhecer melhor você precisa valorizar a sua capacidade intelectual, o que significa  saber:

Quais as suas dificuldades? Quais as suas reações? Quais as suas limitações? Quais suas facilidades?

Para o controle do seu conhecimento é necessário: ter definir objetivos e mantê­los vivos. Acreditar em seus objetivos e em você mesmo. 

Alertamos  que   conhecer­se   e   estabelecer  objetivos  não  é   garantia  de  atingir  o  que   se pretende.  É   fundamental   desenvolver   a   autodisciplina:   organize   seu   tempo,   estabelecendo horários para suas atividades escolares. 

II. MEMORIAL COMO INSTRUMENTO PEDAGÓGICO

CONSIDERAÇOES INICIAISEscrever   um   memorial   acadêmico   é   garantir   a   preservação   dos   trabalhos 

realizados durante uma disciplina e/ou curso. Assim, sua construção  exige o registro de projetos, relatórios, anotações de experiências, resumos de textos, registros de visitas, atividades   realizadas.   Além  do  que,   o   memorial   deve   conter   ensaios   reflexivos   que permitam ao estudante discutir as transformações ocorridas em sua vida a partir dos conhecimentos adquiridos no curso. 

Fica evidetre que o memorial de possibilitar ao estudante refletir sobre seu próprio aprendizado e avaliação de seu trabalho.

Dado que o memorial se constitui numa cosntrução pessoal, cada estudante pode pensar na sua forma de organização. Portanto, a existencia de um padrão é o que menos interessa,  embora  para  algumas  pessoas   seja  necessário.  Para  principiantes   tornar­se necessário elencar alguns procedimentos por parte do professor.

O   memorial   oportuniza   ao   professor   melhoramentos   em     sua   habilidade avaliativa, sobretudo porque exige o envolvimento dos estudantes no desenvolvimento do trabalho. O estudante pode ser avaliado como um todo, sem a fragmentação das vias tradicionais, ou somando­se àquelas.

Alguns requisitos básicos devem ser observados na apresentação metodológica do memorial, por se tratar de um traalho acadêmico: 

a) Capa   com   identificação   da   instituição,   do   curso,   do   professor,   do   título   do trabalho, do nome do aluno, local e data; 

b) Sumário; c) Introdução; d) Corpo do memorial (predefencialemente organizado em capítulos);e) Conclusão;f) Fontes;

2

Page 3: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

g) Outros   elementos,   como   como   agradecimentos,   dedicatória,   entre   outros,   são opcionais.   A   criação   de   um   título   diferenciado   também   fica   a   critério   do estudante. O que deverá ter coerncia em relação ao corpo do memorial.  

O PROCESSO DO MEMORIALNo curso de Formação de Docentes  do Colégio Cristo  Rei,  o memorial  deverá 

contemplar os seguintes trabalhos:    • texto produzido no primeiro dia de aula, narrando suas expectativas em relação 

ao curso;• texto registro da autobiografia do estudante dividido da seguinte forma:

a) História da família ou História de vida;b) História escolar escolar (Infantil, Fundamental);

• fichas de resumos dos livros e artigos indicados pelo professor;       • resumo dos assuntos debatidos nos seminários realizados durante a disciplina; • registro dos trabalhos realizados e dos textos produzidos durante todo o ano;• relatórios diversos;• relatório   apontando   os   aspectos   positivos   e   negativos   de   cada   disciplina, 

elaborados durante cada semestre, sob orinetação do professor de prática; • “Diário   de   Bordo”,   contendo   as   anotações   das   expectativas,   percepções, 

sentimentos, realizações, frustrações, etc., do estudante ao longo do ano;• redação   conclusiva  de   experiência  na   série,   onde  deve  expressar   os   objetivos 

alcançados, as transformações ocorridas e as expectativas quanto ao futuro.       

Lembrete: um memorial se faz desde o primeiro dia de aula.   Assim, devemos compreender que o memorial é um instrumento de avaliação constante. Estabelecidas as normas   a   serem  adotadas   para   sua   elaboração,   e  memso   independentemente  disso, comece já a selecionar os documentos e a registrar os primeiros acontecimentos. 

OBJETIVOS DO MEMORIALO objetivo maior do memorial é fazer com que o estudante promova momentos de 

reflexão, não apenas de suas aprendizagens relativas aos conteúdos específicos, mas que ele   também   possa   refletir   sobre   seu   compromisso,   seu   envolvimento   no   curso   e   a contribuição deste para seu crescimento profissional e pessoal. 

É no memorial que o estudante relata seus avanços em relação ao desenrolar do curso   ao   exercitar   sua   capacidade   reflexiva   sobre   sua   atuação,   seu   empenho   e compromisso com com a escola, colegas e professores, e vice­versa. 

Redigir um memorial realiza o propósito de desenvolvimento da capacidade de expressão escrita de forma organizada, clara, coerente, desenvolta e correta.

AVALIAÇÃO DO MEMORIALSerão   muitas   as   dificuldades   inicais   com   o   memorial   que   se   originam   na 

dificuldade de escrita, na resitência a expressar­se (nem sempre é fácil nos expormos, pois relutamos em expressar nossas emoções, nossas dúvidas, nossos pontos de vista e nossas críticas, expressando nossas fragilidades). 

O   fato   do   memorial   ser   um   instrumento   de   avaliação   pode   aumentar   a indisposição em escrever. Mas, não há outro caminho: só se aprende a redigir, redigindo. E o memorial é uma das melhores oportunidades para se desenvolver essa habilidade. Dessa   forma,  os   critérios  de  avaliação  do  Memorial   têm de   ser   coerentes   com seus propósitos. 

3

Page 4: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

O exercício e reflexão sobre as próprias experiências será de grande importância no desenvolvimento do raciocínio e a clareza do pensamento. No processo de construção, aos poucos, de pequenos em pequenos progressos, avança­se.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO DO MEMORIAL1. Critério de reflexão: O estudante reflete sobre aquilo que escreve no Memorial? Traz uma discussão mais reflexiva sobre os assuntos que trata no memorial? 

2. Critério de junção: do ponto de vista teórico, o estudante demonstra que demonstra em  seu   texto  que  está   incorporando  aquilo  que   vem estudando?  Está   fazendo  uma ligação entre aquilo que estuda, lê e aquilo que traz como reflexão? 3. Critério de aprofundamento: O estudante utiliza termos fora do senso comum para analisar   sua   prática   e   seu   crescimento   a   partir   do   curso?   Traz   uma   reflexão   mais profunda ou ainda fica num nível muito superficial? 

4. Critério de organização textual: O estudante apresenta um texto claro, com idéias organizadas e de fácil leitura? A leitura flui de forma tranqüila, sem que seja necessário retornar várias vezes para que se compreenda o que está escrito? 

5. Critério sobre o uso correto da língua escrita: O estudante faz concordâncias verbais e nominais   adequadas?  Sua   redação  apresenta  ortografia   correta?  Utiliza  a  pontuação adequada? 

RETORNO AO ALUNOComo ensina a boa prática, cabe ao professor relaizar apontamentos ao estudante sobre os aspectos positivos e aspectos que precisdam ser melhorados na construcao de seu memorial.

III. APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO Todo trabalho científico ao ser elaborado deve estar de acordo com determinadas regras de 

padronização, reconhecidas e aceitas internacionalmente, que objetivam garantir a legitimidade e a legalidade desses perante a comunidade científica e acadêmica.

Deve­se entender que não basta  somente que a elaboração intelectual  do trabalho seja cuidadosa é necessário também que se apresente numa estética que demonstre a importância, a seriedade, ordem e o empenho dedicados pelo autor quando da produção do mesmo.

O que aqui se apresenta não deve ser aceito como um único referencial de apresentação ou protótipo ser seguido, mas sim, como forma de contribuição que garante qualidade gráfica ao trabalho científico­acadêmico.

01 ­ ASPECTOS EXTERIORESOs  aspectos   exteriores   de  um  trabalho   científico   compõem­se  de  diferentes   elementos, 

organizados, cujo objetivo é o de bem apresentar a estrutura estética de uma obra.PAPEL – A4 (21,0 x 29,7 cm); somente o anverso da folha deve ser usado.MARGENS ­  Para uma apresentação estética  do trabalho científico,  deve­se respeitar  o 

tamanho das margens, para tanto é necessário obedecer o seguinte: Superior e esquerda ­ 3 cm; inferior e direita – 2,5 cm. Pretendendo­se encadernar o trabalho com espiral, pode­se recuar a margem esquerda para 3,5 cm.

PARÁGRAFO ­ 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”).  ESPAÇOS  ­  O texto deve ser digitado ­  datilografado em espaço 1,5.  Para as   citações 

textuais usamos espaço um. O título e subtítulo são separados do texto com espaço duplo.ALINHAMENTO ­ O alinhamento da margem direita deve ser o mais rigoroso possível, não 

se admite o uso de recursos com os tapa­margens, tais como travessões, barras ou qualquer outro sinal,  para dar uma falsa  impressão de alinhamento.  Os editores de texto  já  antecipam essa situação.

4

Page 5: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

DIGITAÇÃO ­ A digitação deve ser feita em cor preta, sem rasuras ou palavras superpostas, em apenas um dos lados da folha.

Símbolos e sinais não existentes no teclado do computador ­ máquina de escrever devem ser colocados à mão, com tinta preta.

TIPO DE LETRA  ­ Recomenda­se, para digitação uso da Times New Roman, tamanho 12 para a folha de rosto, sumário, texto e referências bibliográficas e do tamanho 10 para as notas de rodapé, de referência, fontes de tabelas, ilustrações, citação longa e epígrafe.

1.2 ELEMENTOS PRÉ­TEXTUAIS ­ MODELOS E EXPLICAÇÕES 1.2.1 Capa

A   capa   é   elemento   obrigatório,   onde   as   informações   são   transcritas   em   maiúsculas, centralizadas, em negrito e sempre usando a fonte  Times New Roman, na ordem proposta nos anexos (página 19)

1.2.2 Capa com mais de um autor (equipe)Elemento obrigatório, onde as informações são transcritas na forma do modelo nos anexos 

(página 19)

1.2.3 Folha de rostoElemento   obrigatório,   onde  as   informações   são   transcritas   usando   a   fonte  Times  New 

Roman, conforme modelo nos anexos (página 20)

1.2.4 Dedicatória: Elemento opcional.Deve ser grafado na parte baixa do papel. 

1.2.4 Agradecimento: Elemento opcional, colocado em página após a dedicatória.

1.2.5  Sumário Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas dos números das páginas, conforme 

anexos (página 21).O sumário deve figurar imediatamente antes do texto do trabalho. Sua apresentação deve 

ser feita da seguinte forma:• o indicativo numérico de cada capítulo, seção e subseção fica na margem esquerda;• os títulos são grafados como no corpo do trabalho e devem ser interligados por linhas 

pontilhadas, sem negrito, ao número de suas respectivas páginas;• o número da página inicial do texto de cada capítulo, seção e subseção fica na margem 

direita, sem visualização (conta­se, mas não se mostra).

1.3 ELEMENTOS TEXTUAIS1.3.1 Introdução

Introdução é a parte que abre o trabalho propriamente dito. Deve constar de: apresentação do tema e justificativa, problema (situação e formulação), objetivos, área de abrangência e tipo de  estudo,  as   idéias  mestras  ou centrais  do desenvolvimento,  por  capítulo,  e  ainda  a  quem destina a leitura do trabalho.

A palavra introdução deve ser grafada em maiúsculas, negrito e fonte Times New Roman, tamanho 12, centralizada, desde que não seja numerada. Após três entrelinhas de 1,5 linha, começa o texto.  Este será  escrito no mesmo tipo e  tamanho de fonte,  porém sem o uso de negrito.

1.3.2 DesenvolvimentoO desenvolvimento   é   a  parte  principal  do   texto,   que   contém a  exposição  ordenada  e 

pormenorizada   do   assunto.   Divide­se   em   seções   e   subseções,   que   variam   em   função   da abordagem do tema, do tipo de pesquisa e do método.

A palavra desenvolvimento não deve figurar, mas somente o nome de cada tópico, que deve ser grafado em maiúsculas, em negrito e com a fonte Times New Roman, tamanho 12.

5

Page 6: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

No desenvolvimento de um trabalho costuma­se fazer citações e referências a autores. As citações podem ser: direta ou textual ou literal e indireta ou conceptual ou livre.

1.3.2.1 Citação direta ou textual ou literalConsiste na transcrição literal (cópia) no texto de informação extraída de outra fonte para 

esclarecer,   ilustrar,   complementar   ou   sustentar   o   assunto   apresentado.  Deve   ser   transcrita exatamente como consta do original, entre aspas e acompanhada de informações sobre a fonte (autor, data e página consultada). 

A citação direta pode ser feita de duas formas. A primeira forma começa citando o autor da  idéia  (último sobrenome ou entidade coletiva),  com letras  minúsculas,  exceto  a   inicial   e nomes próprios. Depois, entre parênteses, a data da obra e a página consultada. Por último virá a cópia da idéia, entre aspas.

A segunda forma começa pela cópia da  idéia  entre aspas e,  ao final,  entre parênteses, deverá vir o último sobrenome do autor ou entidade coletiva (com letras maiúsculas), a data da obra e a página consultada.

A citação textual com mais de três linhas deve ser destacada do texto com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra tamanho 10 (menor do que a do texto: tamanho 12), sem aspas e espaço simples entre suas linhas e entre uma e outra, espaço duplo.

A citação até  3 linhas vem entre aspas e inserida no próprio parágrafo que está  sendo citado.

Exemplos: De acordo com Silveira (1999, p. 4)”“Quando você é gentil, as pessoas são atraídas até 

você como moscas para o mel” (CARLSON, 1999, p. 102).Quando na  citação direta  quer se destacar palavras, expressões ou frases usam­se grifo, 

seguido da expressão grifo nosso, entre parênteses.  Caso   o  destaque   seja   do   autor   consultado,   usa­se   a   expressão,   grifo   do   autor,   entre 

parênteses.Exemplos:“Quando   você   é   gentil,   as   pessoas   são   atraídas   até   você   como  moscas   para   o   mel” 

(CARLSON, 1999, p. 102, grifo nosso).“Vais  encontrar  o mundo,  disse­me meu pai,  à  porta do  Ateneu,  coragem para a  luta” 

(POMPÉIA, 1984, p. 27, grifo do autor).

1.3.2.2 Citação indireta ou conceptual ou livre.Consiste   na   transcrição   livre   (não   literal)   do   pensamento   do   autor   consultado, 

reproduzindo­o sinteticamente, mas observando fidelidade ao seu pensamento. Assim, não sendo uma cópia, não se utilizam aspas e indicam­se os elementos: autor e data.

Exemplos:Henriques e Medeiros (1999) afirmam que  

1.3.2.3 Citações de documentos eletrônicos Para fazer citações de informações de documentos eletrônicos deve­se indicar: autor, data, 

página, caso constam do documento e o endereço eletrônico do mesmo.Exemplos:“____________________________________________________________________________ 

([email protected]).

____________________________________________(FERREIRA,1998,p.3, http://www.eca.usp.br/eca/prof/sueli/intro).

Segundo   Ferreira   (1988,   p.   3) ___________________________________(http://www.eca.usp.br/eca/prof/sueli/intro).

1.3.3 ConclusãoA conclusão é a parte final do texto e apresenta:

6

Page 7: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Conclusões fundamentadas nos resultados, contendo deduções lógicas e correspondentes aos objetivos da pesquisa, ressaltam o alcance e as consequências de sua contribuição, bem como seu possível mérito.

Um espaço para sugestões de novos estudos sobre o tema­problema. Em síntese, uma resposta ao tema­problema, aos objetivos e hipóteses (estudos quantitativos) 

e às questões norteadoras (estudos qualitativos) propostas na introdução.

1.4 ELEMENTOS PÓS­TEXTUAIS ­ MODELOS E EXPLICAÇÕES

1.4.1 Referências  Bibliográficas é a relação de obras ou documentos consultados e usados pelo autor do trabalho.

A  palavra  REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS  devem ser  grafadas   em   letras  maiúsculas, negrito, fonte Times New Roman, tamanho 12, a 5cm da borda superior da página e separadas do início do texto por três espaços de entrelinha.

1.4.1.1 Obra no todo (livros, folhetos, manuais, catálogos, guias): SOBRENOME, Prenome do Autor da obra. Título da obra: subtítulo. no. ed. Local: Editora, ano. v. no, no p. Exemplos: CABRAL, Tomé.  Novo dicionário de termos e expressões populares.  2.  ed. Ceará: Edições UFC, 1982. 786 p.

COUTO, Luís da Câmara; SALGADO, Iara de Sousa. 3. ed. atual. Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 1980. 220 p.

FREIRE,  Gilberto.  Casa grande  & senzala:  formação da  família    brasileira   sobre regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. v. 2, 480 p.

_____. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936. 405 p.

1.4.1. 2   fonte em meio eletrônico  (livro, trabalhos acadêmicos, enciclopédia e dicionário). Exemplos: SÃO PAULO (Estado).  Secretariado  Meio  Ambiente.  Tratados  e  organizações  ambientais  em matéria de meio ambiente. In: Entendendo o meio ambiente. São Paulo: 1999. v. 1, Disponível em: http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm. Acesso em: 8 mar. 1999.

KOOGAN,  A.;  HOUAISS,  A.  Enciclopédia  e  dicionário  digital   98.  Direção  geral   de  André Koogan   Breikman.   São   Paulo:   Delta:   Estadão,   1998.   5   CD­ROM.   Produzido   por   Videolar Multimídia.  Disponível em http://www.priberam.pt/dlDLPO. Acesso em 8 mar. 1999.

1.4.1.3 Artigo de revista: SOBRENOME, Prenome do Autor do artigo. Título do artigo. Título da Revista,Local, v. ou ano no, n. da revista, p. inicial­final, data. Exemplo: FEREZ, Tereza Soares. Emprego do método científico e o ensino de Ciências. Revista Pedagógica, Belo Horizonte, v. 1, n. 19, p. 52­53, jan. / fev. 1986.

1.4.1.4 Artigo de jornal: SOBRENOME, Prenome do Autor do artigo. Título do artigo. Título do Jornal, Local, data. Título Suplemento ou Caderno Nome ou número ou Letra, p. Inicial­final. Exemplos: 

ALVES,  Wilson.  O  Paço  da  Cidade  retorna  ao seu  brilho  barroco.  Jornal  do Brasil,  Rio  de Janeiro, 6 mar. 2000. Caderno B, p. 6.

CASTRO, Pedro de. Pará de Minas, terceirizar é negócio. Estado de Minas, Belo Horizonte, 21 maio 2000. p. 3.

7

Page 8: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

1.4.6 Apêndice(s) e anexo(s)Apêndice  é   todo  material  elaborado  pelo  próprio  autor,  podendo   ser  gráficos,   tabelas, 

ilustrações e outros.

Anexos é todo material auxiliar não elaborado pelo autor, mas por terceiros.

IV. TÉCNICAS DE ESTUDO

1. SUBLINHAR  ­  é  uma técnica  indispensável para elaborar  esquemas,  resumos,  ressaltar as idéias importantes de um texto, com finalidades de estudo, revisão ou memorização do assunto.

O requisito fundamental para sublinhar é a compreensão do assunto. Sem isso é inviável a identificação das idéias principais e secundárias, que permite a seleção do que é indispensável e do que pode ser omitido, sem prejuízo do entendimento do texto.

Sublinhar   tem  suas  normas:   o   sublinhamento   indiscriminado   atrapalhará  mais   do  que ajudará, quer durante a leitura, quer por ocasião das revisões.  Sugere­se o seguinte para bem sublinhar:

a)Evite   sublinhar  na  primeira   leitura.  Recomenda­se   que   leia­se   primeiro  um ou  mais parágrafos e retome para sublinhar aquelas palavras ou frases essenciais que, desde a primeira leitura, foram identificadas como principais, e que a releitura confirma como tais;

b) Sublinhe apenas as idéias principais e os detalhes importantes ­ Não se deve sublinhar em demasia. Não sublinhar longos períodos, basta as palavras­chaves;

c) Reconstitua o parágrafo a partir das palavras sublinhadas;d) Leia o texto sublinhado com a continuidade e plenitude de sentido de um telegramaPor ocasião das revisões imediatas ou posteriores, os textos sublinhados de acordo com esta 

norma permitirão uma leitura rapidíssima, apoiada nos pilares das palavras sublinhadas.

1.1 SIMBOLOGIA: que a mesma mantenha uma significação bem definida e constante durante todo o texto, podendo cada leitor adotar uma simbologia arbitrária e pessoal para sublinhar e fazer anotações à margem dos textos.

Recomenda­se a seguinte:a) Sublinhar com dois traços ­ as palavras­chave da idéia principal;b) Sublinhar com um traço ­ os pormenores importantes;c) Assinalar com linha vertical, à margem do texto, as passagens mais significativas ­ d) Assinale com um sinal de interrogação, à margem, os pontos de discordância. Podemos 

não  concordar   com as  posições  assumidas  pelo  autor,   como   também perceber   incoerências, interpretações   tendenciosas   de   fontes  e   colocações   que   julgamos   insustentáveis,   dignas   de reparos ou passíveis de críticas.

e) Cores diferentes para assinalar as idéias principais e pormenores importantes.O indispensável é  sublinhar apenas o estritamente necessário, evitando­se o acúmulo de 

anotações que, além de causar um mau aspecto, em vez de facilitar o trabalho do leitor, dificulta e gera confusão. É  muito útil  no final do trabalho, fazer uma leitura comparando­se o texto original com o que foi sublinhado.

2   ESQUEMA  ­   é   uma  radiografia  do   texto   onde   aparece   apenas   as  palavras­chaves.   Sem necessidade de se apresentar frases redigidas.   É sempre a  organização  de um texto feita por alguém a fim de relembrar as idéias nele tratadas  com objetivos de explicar, estudar , apresentar e ou produzir resumos etc. Por isso é sempre difícil usar esquemas feitos por outros para explicar algo que não dominamos.

O esquema irá ajudá­lo a organizar as idéias apresentadas no texto com clareza, sobretudo, ajudará a  reconstruir o sentido do texto, sem a necessidade de ficar lendo um trabalho escrito durante as aulas.

A função do esquema é  definir o tema e hierarquizar as partes  de um todo para tornar possível   uma   visão   de   conjunto.   Como   atividade   escolar,   normalmente   é   exigido   pelos professores como parte do trabalho do texto em seminários ou outras atividades que exigem uma preparação prévia dos participantes. Utiliza­se também o  esquema como trabalho preparatório 

8

Page 9: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

do resumo,  para  explicar  mais  concretamente,  determinadas   idéias  ou para  memorizar  mais facilmente o conteúdo integral de um texto.

Um esquema pode ser montado em  linha vertical  ou horizontal.  A forma não importa, desde   que   nela   apareçam   as   palavras   que   contém   as   idéias   principais,   de   forma   clara, compreensível, bem como a hierarquização das idéias.

2.1 SIMBOLOGIAQuanto   à   simbologia   a   ser   adotada   cada   um   pode   adotar   a   que   mais   lhe   convier. 

Recomenda­se   para   elaborar   um   esquema   setas,   linhas   retas   ou   curvas,   círculos,   colchetes, chaves, símbolos diversos.

Exemplos de simbologia em esquemasNumeração Seta Chaves Letras Outras

1.1.11.22.2.12.2 3.3.13.1.13.1.2

A.a.b.Ba. b.c.

Outras formas – à sua escolha

As setas, por exemplo, são usadas quando há relação entre a palavra (idéia) do ponto de partida e as palavras (idéias) que são apontadas. Chaves são usadas para ordenar diversos itens.

Ressaltamos   que   em   um   esquema   não   se   pode   trabalhar   com   esquemas   fixos   ou preconcebidos, é forçar o texto lido a entrar neles. O esquema deve ser criado para o texto e não o texto para o esquema.

2.2 CARACTERÍSTICAS DO ESQUEMAUm esquema, para que seja realmente útil, deve ter as seguintes características:a)  Fidelidade   ao   texto  original  ­  mesmo  quando   se  usarem as  próprias   palavras  para 

reproduzir as do autor. Por isso em alguns momentos, é preciso transcrever e citar a página.b) Estrutura lógica do assunto ­ elaborar uma organização dessas idéias a partir das mais 

importantes para as conseqüentes. No esquema, haverá lugar para os devidos destaques.c) Adequação ao assunto estudado e funcionalidade ­ O esquema útil é flexível: adapta­se 

ao tipo de matéria que se estuda e finalidade.   É diferente um esquema em função de revisão para exame e outro em função de uma aula a ser dada.

d)  Utilidade de seu emprego  ­ O esquema deve ajudar e não atrapalhai. Tratando­se de esquema em função do estudo, deve ser feito de tal modo que facilite a revisão. Deve facilitar a consulta no texto, quando necessário. Dai explicitar páginas, relacionamento de partes do texto etc.

e)  Cunho  pessoal  ­  Cada  um  faz  o   esquema de  acordo   com suas   tendências,  hábitos, recursos e experiências pessoais, que raramente é útil para outra. Alguns usam recursos gráficos, de visualização da imagem mental (tinta de cor, desenhos, símbolos, etc.) já outros preferem empregar só palavras.

2.3 PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE ESQUEMAPara elaborar um bom esquema sugerimos os seguintes procedimentos:a) Durante a fase inicial da leitura sublinhar as palavras­chave dos parágrafos;b)  Destaque  títulos,   subtítulos   que   guiaram   a   introdução,   o   desenvolvimento   e   as 

conclusões do texto.c)  Seja   simples,   claro   e   distribuído   organicamente,   de   maneira   a   apresentar   límpida 

imagem concentrada do todo.d) Subordine as idéias e fatos, não os reúna apenas.

9

Page 10: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

e)  Mantenha   sistema   uniforme  para   as   divisões   e   subordinações   que   caracterizam   a estrutura do texto.

As idéias apresentadas pelo autor do texto estão claras para você? Se sim, você já poderá organizar  o  esquema.  Se não,  deverá   se  debruçar no  texto,  novamente,  e   fazer  uma  leitura minuciosa e detalhada.

Devo trazer para o esquema somente as informações importantes que ajudarão a recuperar (entender)  o   sentido  do  texto  original.  É   importante  que  você   só   comece  a  produzir  o   seu esquema depois  de   ter   feito  o  procedimento  de   leitura,  palavras­chave,  anotações   e  o  mais importante: ter compreendido o texto, respondendo as seguintes questões:

Do que trata o texto?O que o autor diz?Como o autor desenvolveu suas idéias?O que está diretamente ligado à idéia principal?Quais as conclusões do autor?É  importante levar para o esquema, somente as informações que tenham como objetivo 

explicar/esclarecer a idéia principal.

3 RESUMO  ­ é a apresentação concisa e seletiva de um texto, destacando­se os elementos de maior interesse, isto é, as principais idéias do autor da obra.

A finalidade do resumo consiste na  difusão das informações  contidas em livros, artigos, teses,   permitindo  a  quem o   ler   resolver   sobre  a   conveniência  ou  não  de   consultar  o   texto completo. Sua extensão não deve ir além de 200 (duzentas) palavras ou  1/3 ou ¼ do original.

3.1 OBJETIVOS DO RESUMOO caráter de um resumo depende de seus objetivos:a) Apresentar um sumário narrativo das partes significativas, não dispensando a leitura do 

texto;b) Condensação do conteúdo a leitura posterior do texto original;c) Analise interpretativa de um documento, criticando os diferentes aspectos inerentes ao 

texto;d) Construir novos textos.Os resumos só são válidos quando contiverem, de forma sintética e clara os resultados e as 

conclusões mais importantes, em ambos os casos destacando­se o valor dos achados ou de sua originalidade.

3.2 TIPOS DE RESUMOUm   resumo   bem   elaborado   possibilita,   em   poucas   linhas,   obter   informações   sobre   o 

conteúdo de uma obra, em sua integridade. Classificam­se em:a)  descritivo ou indicativo  ­ nesse tipo de resumo descrevem­se os principais tópicos do 

texto  original,   e   indicam­se   sucintamente   seus   conteúdos.  Utiliza­se  de   frases   curtas,   e  não dispensa a leitura do texto original para a compreensão do texto.

b) informativo ou analítico ­ é o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou 1/4 do original, mantendo­se as idéias principais, deve ser seletivo, não sendo permitidas as opiniões pessoais do autor   do   resumo.  O   resumo   informativo  deve  dispensar   a   leitura  do   texto   original  para   o conhecimento do assunto. Entretanto deve salientar os objetivos, o assunto, os resultados e as conclusões. Deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas. Ao final indicam as palavras­chave do texto. Da mesma forma que na redação deve se evitar expressões tais como: o autor  disse,  o autor  falou,  segundo o autor ou segundo ele,  a seguir,  este livro e outras do gênero, ou seja, todas as palavras supérfluas. Deve­se dar preferência à forma impessoal.

c) critico     ­ consiste na condensação do texto original em 1/3 ou 1/4 de sua extensão, mantendo as idéias fundamentais. Diferencia­se por permitir opiniões e comentários do autor do resumo. É  a crítica da forma, no que se refere aos aspectos metodológicos; do conteúdo; do desenvolvimento da lógica da demonstração; da técnica de apresentação das idéias principais. No resumo crítico não pode haver citações.

ci)

10

Page 11: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

3.3 METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO RESUMOLevando­se em consideração que quem escreve obedece a um plano lógico através do qual 

desenvolve   as  idéias   em   uma   ordem   hierárquica:   proposição,   explicação,   discussão   e demonstração, é aconselhável adorar alguns procedimentos, entre os quais:

a) leitura integral do texto, para conhecimento do assunto, tentando captar o plano geral da obra e seu desenvolvimento;

b)  aplicar   a   técnica   de   sublinhar,   para   ressaltar   as   idéias   importantes   e   os   detalhes relevantes, em cada capítulo;

c) reestruturar o plano de redação do autor, isto é, identificar, pelo sumário, as principais partes do livro; em cada parte, os capítulos, os títulos e subtítulos. De posse desses elementos elaborar um plano ou esquema de redação do resumo (no resumo nem sempre há necessidade de manter todos os títulos e subtítulos);

d) tomar por base o esquema ou plano de redação,  para fazer um rascunho, resumindo capítulos ou partes;

e) concluído o rascunho, fazer uma leitura, para verificar se há possibilidade de resumir mais,  ou   se  não  houve omissão de  algum elemento  importante.  Refazer   a   redação,   com as alterações necessárias, e transcrever, segundo as normas de fichamento.

Ao   concluir   o   resumo   é   aconselhável,   responder   algumas   questões   para   verificar   se realmente a idéia central, o propósito do autor encontram­se no resumo. Esse passo significa a compreensão   das   idéias,   provas,   exemplos,   etc.,   que   servem   como   explicação,   discussão   e demonstração da proposição original (idéia principal).

a) procurar responder às questões:  de que trata este texto? O que pretende demonstrar? Como o fez disse?

b) com as respostas em questão  identificar a presença da idéia central e o propósito  do trabalho

c) destacar com redação própria: os objetivos; as idéias principais e as conclusões.d)   No;   á   natureza   da   obra,   do   processo   de   raciocínio   do   autor   e   de   sua   forma   de 

argumentação é que apontarão a melhor opção.

4 FICHAMENTO  é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de registrar todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso fazer apontamentos que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só, mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de sua formação acadêmico­profissional.

4.1 MODELO DE FICHAMENTO

Assunto/título Geral: Tema: Referência Bibliográfica: 

(Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura)

RESUMO:(Sintetizando o conteúdo da obra: apresentar um resumo geral do texto lido: não é cópia 

do texto)

CITAÇÃO: 

(Apresentar uma citação representativa, indicando página ­ transcrições significativas da obra)

COMENTÁRIO:(Apresentar um comentário/reflexão do aluno sobre o assunto,

expressando a compreensão crítica do texto, baseando­se ou não em outros autores e outras obras.)

11

Page 12: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

IDEAÇÃO:(colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a leitura reflexiva ­ 

apontar pistas para atuação, solução, uso ou importância do assunto)

Local da fonte:

(Citar o local onde se encontra a fonte)

5. ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO DE RESUMO E FICHAMENTO

5.1 Elementos Pré­textuais (capa, e outros)5.2 Elementos Textuais  [Introdução,  desenvolvimento (o resumo ou modelo de   fichamento preenchido), conclusão]5.3 Elementos Pós­textuais (bibliografia)

V. RESENHA1 INTRODUÇÃO

Entende­se por resenha uma impressão crítica de obra das várias áreas da ciência,  das artes, das literaturas e da filosofia, para publicação ou divulgação. Como atividade acadêmica, é utilizada para que o estudante se familiarize com a análise dos argumentos utilizados para se demonstrar, provar e descrever um determinado tema.

A resenha  tem papel   importante  na  vida  acadêmica,  pois  é  através  delas  que se   toma conhecimento prévio do conteúdo do valor de uma obra,  seja  para estudo ou para trabalho particular. 

Resenhar,  portanto,   significa   enumerar   cuidadosamente   os   principais   aspectos   de  uma produção,  visando  a   sua  descrição  minuciosa  e  detalhada  das   idéias   fundamentais  da  obra, procurando informar o leitor, de maneira objetiva sobre o assunto tratado e a sua contribuição.

Podemos   também   considerar   que   a   elaboração   de   resenhas   é   o   primeiro   passo   para introduzir   o   aluno   na   pesquisa.   A   resenha   além   de  reduzir   o   texto  (deve   ser   sintética, aproximadamente de 3 a 5 folhas digitadas), permitir opiniões e comentários, inclui julgamentos de valor, tais como comparações com outras obras da mesma área do conhecimento, a relevância da obra em relação às outras do mesmo gênero.

2 TIPOS DE RESENHAInformativa ­ limita­se a expor o assunto com a maior objetividade possível;Critica  ­   exposição   objetiva   do   assunto   com   comentários   críticos   e   interpretativos, 

discutindo, comparando e avaliando o ensaio, formulando o resenhistas um conceito sobre o valor o trabalho (obra). 

3 ESTRUTURA REDACIONAL DA RESENHA3.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: apresentação de informações sobre a obra e sobre o autor (es), bem como sobre quem produz a resenha. 

Credenciais da obra: •   Autor (es). Título (subtítulo). Imprensa (edição, local da edição, editora, data, número de páginas). •   Ilustrações (gráficos, tabelas, fotos, etc.). 

Credenciais do autor (quem é ele): • Autoridade na área do  conhecimento.Títulos. Cargos exercidos. Outras obras.

Credenciais do resenhista(quem é ele): Autor. Formação universitária. • Instituição   a que pertence.

3.2 ANÁLISE/ESTUDO DA OBRA

12

Page 13: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Resumo das ideias principais expressas pelo autor. Descrição sintetizada do conteúdo dos capítulos ou partes em que se divide a obra.

Conclusões   do   autor:  O   autor   faz   conclusões?   (ou   não?).   Onde   foram   colocadas? (separadas no final da obra, ou dos capítulos?). Quais foram?

Quadro de referências do autor:  Modelo  teórico,   influências  sofridas  pelo autor (que autores ele cita para amparar seus argumentos?). 

3.3 REFERENCIAL DO RESENHISTA Julgamento   da   obra:   Como   se   situa   o   autor   às   circunstâncias   culturais,   sociais, 

econômicas, históricas, etc. Crítica do resenhista: Julgamento da obra do ponto de vista da coerência entre a posição 

central e a explicação, discussão e demonstração;Mérito   da   obra:  qual   a   contribuição   dada   para   o   desenvolvimento   da   ciência; 

originalidade; ­ conhecimentos novos, amplos, abordagens diferentes;  Estilo empregado:  conciso, objetivo, simples; claro, preciso, coerente;  linguagem correia; 

ou o contrário. Indicação da obra: ­ a quem é dirigida; fornece subsídios para o estudo de que disciplina; 

pode ser adotado para que?O   resenhista   deve   resumir   o   assunto   e   apontar   as   falhas   e   os   erros   de   informação 

encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer elogios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados. Quem tem condições de realizar este item?

Entretanto,  mesmo que o   resenhista   tenha competência  na  matéria,   isso  não  lhe  dá  o direito de fazer juízo de valor ou deturpar o pensamento do autor, é fundamental que o mesmo estabeleça um diálogo com o autor.

4. EXEMPLO DE RESENHA CRÍTICALIVRO NO UNIVERSO DAS IDÉIAS (Alethea Muniz, da equipe Jornal Correio Braziliense, 

17 de maio de 2001). Se você se interessa por filosofia, mas não sabe por onde começar a viagem pelo universo 

das   idéias,   eis  a  dica:  História  do Pensamento,  463 páginas,  escrito  pelo  britânico  Bertrand Russell (1872­1970), lançamento da Ediouro Publicações. A credibilidade da obra começa pela assinatura  do   autor,   vencedor  do  Prêmio Nobel   de  Literatura   em 1950   e   respeitado   lógico matemático, fundador da filosofia analítica junto com Kurt Gödel. Russell já tinha publicado os dois  volumes da História  da Filosofia  Ocidental   (1945)  quando decidiu escrever  História  do Pensamento Ocidental.  São obras  diferentes,  embora  tratem do mesmo assunto.  Enquanto a primeira esmiúça em dois tomos (da antigüidade aos padres da primeira filosofia católica; e da reforma protestante ao século 20) a filosofia ocidental,  a Segunda apresenta uma espécie de panorama das idéias ocidentais, a partir da base anterior. (aqui se vê a parte descritiva e dados bibliográficos da obra da obra).  Uma das qualidades do autor é o didatismo. Não se trata de exposição chata, com esquemas que subestimam a capacidade do leitor, mas de contextualizar cada pensador no seu tempo. E relacioná­lo com acontecimentos históricos e sociais, da maneira mais clara possível. A linguagem é simples e não se detém em extensas explicações conceituais. (aqui se vê a crítica e opinião do resenhador).  Boa parte do livro é dedicada aos gregos e, ao fazer   isso,   o   autor   tinha   plena   consciência   de   que   poderia   ser   bastante   criticado   pela "generosidade" com eles. Mas defende que está ali a base do pensamento. Textos de Platão e Aristóteles são tratados pontualmente ­ a Poética, por exemplo, ganhou três páginas. O leitor dificilmente se surpreenderá com a seleção de autores listados, pois Russell não foge do cânone filosófico do período entre os pré­socráticos e Wittgenstein. (aqui se vê a parte narrativa da obra: resumo). Ao percorrer as páginas de História do Pensamento Ocidental, deve­se ter clara a idéia de que se trata é um analítico fazendo história da filosofia. Essa informação é fundamental para entender especialmente a parte dedicada aos existencialistas, a quem Russell acusa de tentar passar por lógicas as observações psicológicas. (aqui se vê a parte narrativa da obra: resumo). A edição apresenta uma série de diagramas e imagens "úteis à discussão de idéias ou abstrações menos familiares", mas na realidade pouco dialogam com o texto ao lado. São dispensáveis à compreensão do conteúdo, embora de inegável valor estético (vê­se aqui a crítica do resenhador quanto à presença de diagramas e imagens na obra). De qualquer maneira, está feito o convite. 

13

Page 14: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Como disse Russell se o livro for suficiente para o leitor se aprofundar em qualquer um dos temas, seu propósito terá sido alcançado.

5 ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO DE RESENHA5.1 Elementos Pré­textuais (capa, e outros)5.2 Elementos Textuais [Introdução, desenvolvimento (a resenha), conclusão]5.3 Elementos Pós­textuais (bibliografia, anexos)

VI. ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIO

1  O QUE É UM RELATÓRIORelatório é um documento que descreve formalmente os resultados ou progressos obtidos 

em pesquisas, projetos, estudos. O relatório apresenta, sistematicamente, informação suficiente para um estudo do assunto; traça conclusões e faz recomendações. É estabelecido em função e sob   a   responsabilidade   de   um  organismo   ou   de   pessoa   a   quem   será   submetido,   no   caso estudantil, à escola e ao professor.

2. ESTRUTURA DO RELATÓRIOOs elementos que integram as três partes fundamentais do relatório aqui proposto devem 

ser apresentados na seguinte ordem:

2.1 PRÉ­TEXTO2.1.1 Capa2.1.2. Folha de rosto2.1.3. Resumo

Condensação   do   relatório,   que   delineia   e/ou   enfatiza   os   pontos   mais   relevantes   do trabalho, resultados e conclusões. Deve ser informativo, dando uma descrição clara e concisa do conteúdo de forma inteligível e suficiente para o leitor. Nos relatórios, o resumo deve conter no máximo 500 palavras.

2.1.4. Sumário

2.2. TEXTO. Parte principal de relatório abrange os seguintes subitens: 2.2.1. Objetivos. Primeira seção do texto e define brevemente os objetivos do trabalho

2.2.2. Introdução. Parte do texto que define as razões da elaboração do trabalho, bem como as relações existentes com outros trabalhos e sua fundamentação teórica. A introdução não deve repetir   ou   parafrasear   o   resumo,   nem   apresentar   resultados   ou   métodos   utilizados,   nem antecipar as discussões e conclusões.

2.2.3. Desenvolvimento.  O desenvolvimento deve ser dividido em tantas seções e subseções quantas forem necessárias para o detalhamento da pesquisa e/ou estudo realizado:

•descrição breve do material e equipamentos utilizados;•descrição dos procedimentos usados.As descrições apresentadas devem ser suficientes para permitir a compreensão das etapas 

da pesquisa ou experiência realizada.

2.2.4. Resultados obtidos. Nesta seção devem estar apresentados os resultados, sejam as provas matemáticas,   os   quadros   e/ou   gráficos   ou   qualquer   outro   resultado   que   seja   essencial   à compreensão do texto, bem como fornecer subsídios para a discussão e conclusão do trabalho.

2.2.5. Discussão e conclusão. Esta etapa do relatório está destinada a comentários e explicações claras e ordenadas das deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da discussão do assunto.

14

Page 15: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

2.3. PÓS­TEXTO2.3.1 Referências bibliográficas.2.3.2 Anexos 2.3.3 Apêndices

VII.  FONTES E REFERÊNCIAS

Alethea Muniz, da equipe Jornal Correio Braziliense, 17 de maio de 2001.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. 

GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnicas de redação: o que é preciso saber para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

HUHNE, L.M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000. pp.64­65.

http://www.eca.usp.br/eca/prof/sueli/intro   .  

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2000.

PLATÃO, F.S. & FIORIN, J. L. Para entender o texto ­ leitura e redação ­ 2.ed. São Paulo: Ática, 1991.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21aed. São Paulo: Cortez, 2000.

UEM. Secretariado do Mestrado em Educação. 

PARTE II – CONTEÚDOS TEMÁTICOS

TEXTO 1 ­ A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE

(adaptação de textos­referência do Curso Normal Superior/ UEPG)

1  A FORMAÇÃO DA MINHA IDENTIDADEA questão da identidade sempre foi objeto de estudo, pois sempre houve interesse em se 

saber como ela surgia e como ela se formava. O sujeito constrói sua identidade na interação com outro.   Todos   nós   temos   um   núcleo   ou   essência   interior,   o   nosso   “eu”,   que   é   formado   e modificado num dialogo contínuo com o mundo cultural exterior.

Entendemos  por  identidade  o   conjunto  de   caracteres   próprios   e   peculiares   de   cada indivíduo, a integração dinâmica de traços que caracterizam de maneira inconfundível, cada ser no tempo e no espaço. 

Essa construção da  identidade repousa na  independência,  autenticidade,  autonomia e autodeterminação do sujeito, pois o contexto em que está inserido pode possibilitar ou não suas experiências, de modo a atingir os atributos necessários à sua identidade. Nossa identidade é nosso modo de ver, sentir, pensar e agir sobre o mundo.

IdentidadeO ser humano é uma totalidade que se realiza materialmente no tempo e no espaço, e, ao 

mesmo tempo, é uma individualidade, parte dessa totalidade.Ciampa (1984) afirma que nossa identidade é uma totalidade contraditória, múltipla e 

mutável, mas ao mesmo tempo una. Por mais que apresentemos contradições no modo de ver, 

15

Page 16: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

pois podemos mudar com o tempo, continuamos sendo o eu na sua essência: único, singular e reconhecido como tal.

Uma vez que nossa identidade não é social, não podemos separá­la da sociedade, pois as diferentes formas de apresentá­las estão relacionadas com as diversas configurações do social. 

Embora o sujeito seja uma totalidade, em cada situação da vida manifesta uma de suas partes,   como   se   fosse   um   desdobramento   das   múltiplas   configurações.   Sua   identidade manisfesta­se de várias maneiras através de uma rede de representações que permeia todas as relações, na qual uma identidade reflete a outra.

Segundo Ciampa (1984), antes de nascermos já temos uma representação no mundo. E nesse processo de formação da identidade são apresentados dois conceitos importantes:

Diferença ­ O grupo social nos dá a diferença: nosso nome, que nos torna únicos e singulares.Igualdade ­ E nos dá igualdade: nosso sobrenome, que nos iguala.

Vários autores consultados como Ciampa, Bock, Wallôn, Vygotsky, concordam que, na formação   da   identidade,   o   conhecimento   próprio   é   dado   pelo   conhecimento   recíproco   dos indivíduos através de seus grupos sociais, com sua história, tradições, valores, etc.

Inicialmente há uma identidade total entre a criança e o outro. Num outro momento, a criança passa a perceber o outro como alguém que está  fora dela. Num terceiro momento, é capaz de se colocar no lugar do outro, sem perder sua própria identidade.

No processo de formação da identidade, o sujeito é individual e singular, mas ao mesmo tempo exerce uma multiplicidade de papéis sociais (professora, aluna, mãe, filha esposa, amiga, vizinha). Bock (1988) nos diz que assumir cada um desses papéis significa aprender a ser e a internalizar cada um desses valores, expectativas e julgamento dos outros a respeito de si próprio e idéias a respeito de si e dos outros. Assim vão se formando a auto­imagem (a imagem que cada um tem de si) e a auto­estima (o valor que cada um atribui a si mesmo). Nesse processo de formação do eu, temos modelos ao nosso redor de que tiramos características com as quais nos identificamos e procuramos assimilar.

Para  compreendermos  a   identidade de alguém, precisamos  compreender  sua  história, entender o outro como constitutivo de si próprio, e também o contexto social, político e cultural em que está inserido e que, por estar em processo de transformação, leva a pessoa a também alterar sua identidade.

IdentificaçõesA   formação   da   identidade   está   intimamente   associada   às   identificações   passadas.   A 

integração da personalidade é a soma das antigas introjeções maternas e paternas e recentes identificações com figuras ideais. Em nossa identidade, encontram­se resquícios significativos de pais, professores, vizinhos, amigos, heróis da tv, de histórias, da vida real, além dos costumes, tradições, normas, valores sociais e morais da família e do grupo social a que pertencemos. Todos estes   elementos   são   analisados,   selecionados   e   integrados   por   nosso  eu,  resultando   uma identidade integrada e diferenciada.

Para D’Andrea (1978),  identidade  é,  então, a capacidade do sujeito de colocar­se em oposição e conseguir o reconhecimento do outro.

O   ser   humano   busca   as   realizações   interiores,   cujas   expectativas   nem   sempre correspondem às condições do meio. A definição de sua identidade está, pois, em conquistar seu valores, sua profissão, seu modo de ser, mesmo que este seja contrário ao que o meio lhe impõe. Nesse reconhecimento do outro é que firmamos nossa identidade. 

O sujeito que, no final da adolescência, ainda não conseguiu afirmar sua identidade, não sintetizou e integrou esses modelos em sua vida, poderá ser uma pessoa em permanente crise, confusa e desajustada, que representará papéis difusos e contraditórios, nos quais dificilmente se encontrará.

Buscando  entender  a   identidade como produção social  e  histórica,  nos   reportamos  a Oliveira (1994), que aborda Wallôn e Vygotsky em seus enfoques sociais.

A identidade segundo WallonEm seus   estudos   sobre  o  eu,  Wallôn  diz  que  a   construção  do   conceito  do  eu   só  é 

16

Page 17: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

compreendida   numa   estreita   relação   com   o   outro.   Para   ele,   esta   identidade   é   uma individualização progressiva que as circunstâncias de vida impõem e que fazem com que nos tornemos uma pessoa única e peculiar.A identidade segundo Vygotsky

Enquanto  Wallôn  nos   fala  de  uma subjetividade   construída  social   e  historicamente, Vygotsky  fala  de  uma crescente  apropriação de  modos  de  ação culturalmente  elaborados  e apropriados a partir do contato social. Nessa interação, o sujeito internaliza, e torna seu, o modo de ação que eram partilhados com os outros. 

As transformações que ocorrem na sociedade moderna provocam mudanças em nossas identidades pessoais,  muitas  vezes  abalando a  idéia  que temos de nós  próprios,  o que pode provocar as chamadas “crises de identidade”. 

A abordagem do sujeito com uma identidade única e singular,  mas ao mesmo tempo múltipla,   contradiz   com  a   visão  da  pós­modernidade.   Hall   (1999)   coloca   que   o   sujeito   de identidade unificada e estável está se fragmentando e que ele é composto de várias identidades, às vezes contraditórias ou não resolvidas. 

Na  visão da pós­modernidade,  o  sujeito  assume  identidades diferentes  em momentos diferenciados. Somos confrontados com uma grande infinidade de possíveis identidades, com as quais  nos   identificamos  pelo  menos   temporariamente.  As   identidades  podem ser  variáveis  e contraditórias, mudando de acordo com a forma como o sujeito é questionado ou representado. A   identidade   está   sujeita   a   várias   construções/   transformações   e   influências,   num  processo constante. 

A construção da identidadeSendo processo, a identidade se define nas relações vividas no cotidiano. Podemos dizer 

que sua construção ocorre à medida que nos vemos como pessoas, participantes de um grupo com características próprias, que procuram, no grupo, uma identidade enquanto seres sociais e a constroem na individualidade como seres únicos. Agnes Eller (1992) diz que 

[...] o homem nasce inserido em sua cotidianidade. O amadurecimento do homem significa, em qualquer sociedade,  que o  indivíduo adquire  todas as  habilidades  imprescindíveis  para  a  vida cotidiana da sociedade (camada social) em questão. É adulto quem é capaz de viver por si mesmo a sua cotidianidade.

 A nossa formação como pessoas e como profissionais é influenciada pelos mais variados 

aspectos da vida humana: psicológicos, filosóficos, históricos, e outros. A partir dessa influência, formamos   a   nossa   identidade,   que   influenciará   a   nossa   vida   profissional   e   pessoal   e   que permeará   o   nosso   cotidiano.   No   realizar   das   mais   variadas   tarefas   (físicas,   intelectuais), revelamos a nossa identidade pessoal e profissional que nos torna seres únicos e insubstituíveis, pois   cada  um de  nós   tem  um  jeito   especial  de  direcionar  o   trabalho  e   encontrar   soluções cotidianamente.

O cotidiano e a identidadeO cotidiano de cada pessoa compreende afazeres da vida pessoal, atividades de trabalho e 

atividades de lazer. As atividades de lazer envolvem, de modo geral, televisão, reuniões sociais, leituras, trabalhos manuais, uso da Internet, viagens, passeios, etc.

Nessas ocasiões,   interagimos com grupos,   levando influências de nossa vida pessoal e profissional e recebendo influências do cotidiano da vida de cada um dos elementos do grupo e do local onde vivemos.

As   leituras   enriquecem   o   nosso   cotidiano   com   as   palavras   e   imagens   que   hoje encontramos  nos mais  variados  livros.  É  pela   leitura que adquirimos   informações  e   também desenvolvemos o nosso imaginário. 

A Internet contribui com informações e imagens, além de aumentar o numero de nossos amigos pelo bate­papo ou pelo uso do e­mail. 

Nos   afazeres   da   vida   pessoal,   executamos   tarefas   de   acordo   com   os   papéis   que desempenhamos: pai, mãe, filho, irmão, irmã, esposo, esposa, etc.

17

Page 18: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

É  nesse  sentido que  formamos a  nossa   identidade pessoal:  como algo que vai   sendo construído num processo de consciência gradativa  as   capacidades,   possibilidades   e probabilidades de execução.

Dessa maneira, refletindo sobre o cotidiano e a escola, Borsato (1998), nos diz que a sala de aula repete as lendas gregas dos heróis Sísifo e Prometeu. Sísifo nasceu condenado a rolar eternamente uma grande pedra ao pico de uma montanha donde ela recaía sem cessar. Prometeu empreendeu um trabalho à primeira vista mais extraordinário. Subiu aos céus, roubou o fogo dos deuses e criou, com a força desse fogo, a primeira civilização. Fazendo uma analogia, a autora afirma que

Portanto,  nós professores  nos assemelhamos a Sísifo,  quando, todas as semanas,  meses  e anos, repetimos, de alguma forma e várias vezes, conteúdos ensinados às mais diversas turmas. É claro que,   mesmo   repetindo   esse   ato,   rolamos   a   pedra   sempre   de   formas   variadas.   Também   nos assemelhamos a ele pelo eterno recomeço e pela energia despendida nesse recomeçar cotidiano.E igualmente nos assemelhamos a Prometeu, quando ao roubar o fogo dos deuses, construímos, junto com o aluno, o conhecimento novo. Quando no ordinário da vida, no repetir do dia a dia, atingimos   ambigüamente   o   extraordinário   do   momento   em   que   um   aluno   com   dificuldades conseguiu   melhorar;   quando   usamos   uma   técnica   nova   e   ela   deu   bons   resultados;   quando conhecemos um conteúdo novo e o repassamos para a turma com êxito; quando abordamos um assunto sob uma nova perspectiva e assim sucessivamente. E quando um aluno que dizia não ter entusiasmo pela disciplina que lecionamos, de repente, afirmar que está entusiasmado? É aí que o extraordinário da vida escolar se revela. Então, professor, não é essa paixão pela sala de aula que torna o nosso cotidiano tão gratificante? (BORSATO, 1998).

2  A MINHA IDENTIDADE COMO PROFESSOR

“Ser educador, hoje, é acreditar nas possibilidades da escola, na capacidade do ser humano de transformar­se, ter esperança de dias melhores, de realizar um bom trabalho e tê­lo reconhecido”.

Nesse sentido é que se faz necessário discutirmos nossa identidade, quem somos e o que fazemos, porque, segundo Habermas apud Silva (1995) a identidade do professor depende, em grande   parte,   da   apropriação   das   experiências   forjadas   na   dinâmica   histórica   da   escola (brasileira), do pertencer ao grupo social chamado professorado e do participar em interações socializadoras com meus pares.

A identidade como professores é resultado da nossa formação, das nossas experiências, do nosso trabalho, da nossa inserção em um determinado momento histórico e social.   Conforme ressalta Pimenta (1996), a  identidade não é  um dado imutável.  Nem externo,  que possa ser adquirido, mas é um processo de construção do sujeito historicamente situado. A profissão do professor emerge em dado contexto e momento históricos, como resposta a necessidades que estão postas pela sociedade, adquirindo estatuto de legalidade.

No que se refere à educação escolar, constatamos que, no mundo contemporâneo, ela não tem correspondido  às   exigências  da  população  envolvida,  nem às   exigências  das  demandas sociais, o que nos leva a questionar a importância de definir a nossa identidade profissional como professores, tendo sempre em mente:

Qual professor se faz necessário nas escolas de hoje em virtudes das mudanças do mundo contemporâneo?O ideal é um professor que conduza o ensino no sentido de atender as proposta de uma educação voltada à preparação dos alunos para o mundo do trabalho e para a prática social?

Assim, é preciso definir uma nova identidade para o professor de hoje. Um professor cuja profissão tenha um novo significado social, no qual as práticas pedagógicas sejam diferenciadas, novos   valores   e   conhecimentos   sejam   colocados   como   forma   de   humanização   do   processo educativo. Esse professor precisa construir seu saber­fazer a partir das necessidades e desafios do ensino do mundo moderno.

18

Page 19: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

O professor é um ser em movimento, com valores, crenças e atitudes que constituem a sua   identidade.   Também   estão   presentes   suas   motivações,   interesses   e   expectativas,   que determinam o modo de ser do profissional. É a identidade que define o seu modo de ser no mundo num dado momento, com sua cultura e história. Quando se fala em identidade, diz­se que ela é  construída, e o sujeito só  é  sujeito nas suas relações com o outro. Dessa forma, a identidade do professor só existe nas suas relações com seu trabalho, com sua cultura, com as instituições educacionais e com seu aluno. Uma identidade profissional se constrói a partir da significação social da profissão, da revisão constante dos significados sociais da profissão, da revisão das tradições, mas, também, da reafirmação de práticas consagradas culturalmente e que permanecem significativas.

Constrói­se, também, pelo significado que cada professor confere à atividade docente no seu cotidiano, a partir de seus valores, de seu modo de situar­se no mundo, de sua história de vida, de suas representações, de seus saberes, de suas angústias e anseios, do significado que tem em sua vida a opção de ser professor. A identidade relaciona­se intimamente com as formas que caracterizam as funções e papéis sociais que assumimos e como reagimos diante deles, levando em conta os saberes da experiência.

O papel da experiênciaOs saberes da experiência são aqueles que os professores produzem no cotidiano docente, 

num processo permanente de reflexão sobre sua prática mediatizada pelos colegas de trabalho e pelos textos produzidos por outros educadores. A identidade se constrói,  então, no confronto com novas teorias educacionais e através da visão crítica, dos valores, da postura perante esse mundo de conhecimento, da história de vida, dos saberes e do sentido conferido à profissão.

A identidade é respaldada pela memória, quer individual, quer social. Percebemo­nos no nosso dia­a­dia como pessoas inseridas num certo contexto familiar e comunitário, num contexto de   classe,   num   segmento   de   cultura,   num   trabalho   que   nos   direciona   para   uma   postura compreensivo­reflexiva da nossa ação e do nosso jeito de ser.

Na nossa ação como professores, na nossa maneira de agir, revelamos ou escondemos uma identidade complexa que nos caracteriza dentro e fora das salas de aula.

O resgate da nossa históriaUma tentativa possível e indicada para nos conhecermos melhor, para compreendermos 

como somos, para analisarmos a nossa prática docente diante da atual realidade, procurando modificá­la, enriquecê­la, poderá ser a reflexão sobre a nossa história de vida e nossas memórias.

Laneve apud Pimenta (1996, p.83) aponta, entre outros fatores, o registro sistemático das experiências, a fim de que se constitua a memória da escola, como uma rica possibilidade aos professores   de   aliarem a   sua  prática  à   constituição  da   teoria.  Assim,   as  memórias,   quando analisadas e refletidas, contribuirão para rever e atualizar a nossa prática pedagógica e também para a elaboração teórica dos saberes da nossa experiência.

Segundo Pimenta (1996) “Nas práticas docentes, estão contidos elementos extremamente importantes, tais como:­ a problematização;­ a intencionalidade para encontrar soluções;­ a experimentação metodológica;­ o enfrentamento de situações de ensino complexas;­ as tentativas mais radicais, mais ricas e mais sugestivas de uma didática inovadora, que ainda não está configurada teoricamente”.

Quando falamos em registrar e documentar, estamos falando de escolhas, de recapitular nossas práticas mais significativas, do processo de elaboração e execução dessas práticas, bem como de seus resultados; de rever as questões que nos causam inquietações, as dúvidas e os caminhos a seguir.

A memória “constitui potencial para elevar a qualidade da prática, assim como para elevar a qualidade da teoria”. Isso nos leva a ver o ensino escolar como uma prática social, em que os novos   saberes   pedagógicos   vão   sendo   construídos   da   prática   e   para   a   prática.   Conhecer diretamente as realidades escolares, os sistemas de ensino, realizar observações, coletar dados 

19

Page 20: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

sobre determinadas situações do dia­a­dia, propor e desenvolver projetos nas escolas, saber o que   dizem   os   teóricos   da   educação,   começar   a   olhar,   ver   e   analisar   as   escolas   em   que trabalhamos,  constituem passos importantes  na tentativa de colaborar com a construção da nossa  identidade como professor.  Devemos entender,   também, que a  nossa  formação é,  na verdade,   auto­formação,   uma   vez   que   nós   re­elaboramos   os   nossos   saberes   iniciais   em confronto   com   nossas   experiências   práticas,   cotidianamente   vivenciadas   nos   contextos escolares. É num processo coletivo de troca de experiências e práticas que nós,  professores, iremos   construir  nossos   saberes   como aqueles  que,   constantemente,   refletem na  e   sobre  a prática.

A repercussão da nossa identidade como professor fica mais forte quando se sabe que, por meio da atividade de educar – proporcionada na escola – a reflexão sobre a nossa identidade afetará a edificação das identidades de nossos alunos. Em síntese...

Refletir a prática ou ter uma atitude questionadora evidencia a necessidade de rever e analisar a nossa própria história de vida, como pessoa e profissional que a viveu, que a interpreta e a re­elabora. Nesse sentido, cabe a cada um de nós indagar – num exercício que nos leva a elucidar os nossos problemas – sobre nossas falhas, para que possamos criar mecanismos de abertura a novos enfoques e dar prosseguimento ao desejo de criar, inovar e enriquecer a nossa ação, nossa profissão e nossa vida.

3 (RE) CONHECENDO MINHA SALA DE AULA

Embora na sociedade atual coexistam diferentes formas de acesso ao reconhecimento, é possível afirmar que a escola constitui­se num lócus ainda privilegiado de aprendizagem.

Trata­se de (re) significá­la. De acordo com Candau:A escola está chamada a ser, nos próximos anos, mais do que um lócus de apropriação do 

conhecimento socialmente relevante, o científico, um espaço de diálogo entre diferentes saberes –  científico,   social,  escolar,  etc.  –  e   linguagens.  De  análise,  crítica,  estímulo ao exercício da capacidade reflexiva e de uma visão plural e histórica do conhecimento, da ciência, da tecnologia e das diferentes linguagens. É no cruzamento, na interação, no re­conhecimento da dimensão histórica e social do conhecimento que a escola é chamada a se situar.(2000, p.14)

Considerações finais: A temática tem como finalidade a reflexão sobre o significado da sala de aula enquanto 

espaço de diálogo, de vivência, de interação e de encontro entre diferentes saberes e linguagem. Esse espaço adquire sentido na relação com a vida dos alunos e com a vida dos alunos e com o contexto societário global.

E que espaço tão bem retrata vivências e histórias, além de refletir diferentes saberes e linguagem? A sala de aula!

Pensar sobre o significado desse espaço e a trama de relações nele existentes implica fazermos algumas perguntas:

. Alunos, quem são eles?

. Como acontecem as relações entre escola, família e comunidade?

. Estou com os meus alunos na escola? E na vida?

• Alunos, quem são eles?

“ o fundamental na sala de aula é a professora e a criança. É o professor e o aluno.” (GARCIA, 1997, p.12)

20

Page 21: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

A aprendizagem envolve, em sua complexidade, diferentes aspectos que não podem ser negligenciados.  Além da  inteligência,  a   aprendizagem envolve  aspectos  orgânicos,   corporais, afetivos e emocionais que precisam estar em harmonia par que ela ocorra de forma satisfatória.

A sala de aula é um espaço dinâmico e interativo. Lugar de troca, partilha e construção conjunta. Lugar de conhecimento mútuo: precisamos conhecer nossos alunos e eles precisam nos conhecer também.

Conhecer nossos alunos é  um processo que se inicia desde os primeiros dias de aula. Quanto  maior   for  esse  conhecimento,  maior   será   a  eficácia  da  nossa  ação pedagógica,  pois podemos mobilizar interesses, curiosidade, conhecimento prévio, aspectos das histórias de vida, articulando­os com os conhecimentos que  integram o currículo a ser desenvolvido.  Conhecer nossos alunos nos auxiliará a trabalhar com as condições e a respeitar as diferenças.

A escola e as diferenças

No livro “CUIDADO, ESCOLA” (Harper et al, 1980), encontramos uma afirmação bastante forte:“A escola não leva em conta as diferenças.”

Há, realmente, uma tendência à homogeneização e à exclusão da diferença. Em contrapartida, há   a   proposta   de   se   construir   uma   sociedade   inclusiva,   que   reconheça   e   conviva   com   as diferenças. E quais são as diferenças que precisam ser reconhecidas?

h) Diferenças nas condições materiais de vida: as condições de vida, o local de residência, o meio ambiente e o tempo de que se dispõem os pais para se ocupar das crianças e ajudá­las nas tarefas escolares, desempenham um papel decisivo nos resultados obtidos pelos alunos nas escolas.

i) Culturais: quando a criança chega à escola, ela traz consigo experiência, atitudes, valores, hábitos de linguagem, que constituem a cultura de sua família e de seu meio social. A escola precisa reconhecer essas características sem desrespeitá­las ou inferiorizadas.

j) Diferenças nas experiências adquiridas fora da escola: as experiências e conhecimentos variam fortemente segundo o ambiente de onde provêm os alunos e estas experiências precisam ser incorporadas ao trabalho escolar, como ponto de partida.

k) Diferenças de atitude dos pais em relação à escola: as expectativas dos pais em relação à escola variam conforme o meio social de onde vêm ou em que vivem. O papel da escola é garantir o sucesso escolar de todos os alunos, por meio da aquisição dos conhecimentos, valores e atitudes.

TEXTO 2 ­ O QUE É SER PROFESSOR?

(fragmento do texto de Paulo Ghiraldelli Jr. – Portal Brasileiro da Filosofia: www.filosofia.pro.br 

15/05/05)

Os professores,  mesmo doutores,  gostam mesmo de ser chamados de “professor”.  “Oi professor!” – eis uma coisa gostosa de ouvir. “Olá professora!” – soa como música. O chamado, vindo   com   um   sorriso   –   eis   que   o   professor   já   sabe   o   que   quer   dizer,   é   mais   que   um cumprimento, é uma homenagem.

Ser professor é conversar com todos do mundo, independente dos tipos; de maneira que a cada palavra sua uma alienação se estabeleça. O professor é um profissional da alienação. Ele só é bom se faz dos que o escutam, dos que conversam com ele, pessoas alienadas de suas idéias, de modo que possam vir ter outras idéias.

Um professor é, antes de tudo, alguém que não passa em branco em uma conversa. Ele deixa minhocas na cabeça após ter levado embora todas as certezas. O professor é, portanto, um pouco filósofo. Não filósofo sisudo, de gabinete, ou de órgãos estatais impenetráveis. Não um cara   que   fica   avoado   para   se   passar   por   gênio.   Mas   um   filósofo   como   Sócrates   –   um importunante ser da rua.

21

Page 22: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Ser   professor   é,   antes   de   tudo,   ser   alegre   logo   cedo.   Se   vestir   bem,   ainda   que modestamente, e ir para o trabalho com a certeza de que vai “criar uma revolução”. O professor é um profissional da revolução. Não é um recitador de dogmas. Ele revoluciona exatamente na medida em que todas as certezas são balançadas quando ele conversa. Ele próprio, ao acabar de falar, está em dúvida a respeito do que falou.

O filósofo frankfurtiano Theodor Adorno dizia que o modo dele filosofar era falar contra os outros filósofos usando os instrumentos deles, e contra ele mesmo, de maneira que ao final, o que ele tivesse dito, ficaria destruído. Talvez seja essa a proposta do verdadeiro professor: soltar mensagens   no   ar   que,   logo   depois   de   exibidas,   apresentem   a   seguinte   voz   no   final:   essa mensagem será destruída em cinco segundos e tudo que está ao redor tamb... BUM!

Ser professor é ser profissional do BUM! Quem não faz BUM não é professor. Há Boom e “bum”. Prosperar, fazer, crescer, no primeiro caso, explodir certezas, cutucar, no segundo caso. Fazer BUM! Em ambos. Fazer barulho. Um professor que não faz barulho, não é professor. Greve faz barulho. Aula faz barulho. Em ambos os lugares o professor atua. Como político e como ensinador. Mas é como o ensinador que ele é professor.

Ser um ensinador é ser alguém que “dá” aulas. O aluno não deve ter de arrancar a aula do professor.  O professor  é  o  que  dá  a  aula  –  ele   chega  falando,  questionando,  animando, contando coisas que todos ficam boquiabertos ao escutarem. É a aula. A revolução!

Paulo Freire combateu durante anos a “pedagogia bancária”. Aquela em que o sistema de ensino deposita coisas na cabeça e no vocabulário do aluno, e depois, no dia da prova, saca. A melhor pedagogia é  aquela que em vez de depositar,   incita a criação de novos vocabulários, novos modos de conversar. Onde ocorrem os novos modos de conversar? Nas artes – cinema, TV, literatura. Nas ciências – matemática, física, biologia. Na vida – Programa Pânico, no Programa TV Escola, tudo que possa ser usado para fazer das crianças pessoas que digam duas coisas “putz, ser professor é legal, quero ser professor“ e “puxa meu, quero ser um cidadão que não só usa das leis, mas que cria novas leis”. Eis o que deve levar o professor a se sentir professor. Não há medo de colocar os alunos cm contato com a vida – em sua plenitude.

Quem age assim, é  bom professor.  São os que adoram ser chamados de professor ou professora. Essas pessoas são felizes. Eu garanto que são”.

TEXTO 3 ­    EXISTE UMA ORIGEM DA CRISE DE IDENTIDADE DO PROFESSOR?   

Por   PAULO   MEKSENAS.   Sociólogo   e   Doutor   em   Educação,   pesquisa   as   temáticas   que   envolvem   a Cidadania de Classe; a Relação Estado e Sociedade Civil e temas correlatos à Sociologia da Educação. Atualmente  é   professor   adjunto   do   Centro  de  Educação  da   Universidade   Federal  de  Santa   Catarina, lecionando na Graduação em Pedagogia e no Programa de Pós­Graduação em Educação ­ Mestrado e Doutorado. O texto está disponível em http://www.espacoacademico.com.br/031/31cmeksenas.htm

  As palavras professor e profissão são próximas em seus significados. A primeira designa o sujeito que professa, isto é, aquele que diz a verdade publicamente. E a verdade é qualquer fato; fenômeno ou interação em conformidade com o real; significa expor corretamente; representar fielmente por princípios  lógicos.  Assim,  o professor  é  aquele que torna público – socializa  – algum conhecimento.  A  segunda  palavra  designa uma ocupação ou atividade especializada e voltada ao ato de professar.

Toda profissão afirma uma identidade e esta, por sua vez, "não é um dado adquirido, não é  uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e de conflitos, é um espaço em  construção de maneiras de ser e de estar na profissão. Por isso, é mais adequado falar em processo  identitário, realçando a mesma dinâmica que caracteriza a maneira como cada um se sente e se diz  professor" (Nóvoa, 1996).

              Crise  de  identidade do professor     significa,  portanto,  uma  crise  da maneira  de  ser  na profissão, isto é, uma crise no ato de professar e que implica em dificuldades na interação social; descontentamento  na   realização  das   suas  atividades;  descrença  no   seu  papel   social;   etc.  As causas da crise de identidade são diversas: conflitos na instituição de trabalho; baixos salários; pouco reconhecimento social; sentimentos de incerteza ou insegurança. Por outro lado, deve­se 

22

Page 23: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

considerar que tal crise não é alheia à distinção entre o eu pessoal e o eu profissional. Em outros termos,  é  difícil  desmembrar um  modo de ser  pessoal  – crenças,  valores  morais,  posturas ou aspectos do caráter – de tudo aquilo que compõem o modo de ser professor – crenças a respeito da educação, valores pedagógicos e posturas didáticas. Por maior que seja a semelhança das trajetórias profissionais  de professores  e as suas origens de classe,  cada um desenvolve  uma forma  própria   (pessoal)  de  organizar  as  aulas,  de  movimentar­se  em  sala,  de  dirigir­se   aos alunos, de abordar didaticamente um certo tema ou conteúdo e de reagir diante de conflitos.

Ao tentar identificar o processo que origina a identidade do professor deve­se perceber, portanto,   a   indissolúvel   união   existente   entre   o   professor  como   pessoa  e   o   professor  como profissional. As implicações dessa identificação são óbvias: não se pode exigir que um professor ofereça além das possibilidades e limites pelos quais foi educado. Não é possível que "jogue fora as suas crenças" e que "liberte­se da especificidade do seu caráter" quando realiza as suas atividades docentes. Trata­se de pensar sobre como determinados modos de ser pessoa relacionam­se ao exercício da profissão.

A partir de pesquisa a respeito de como os professores pensam a sua profissão, Fullan e Hargreaves (2000) identificaram algumas questões que acentuam a crise de suas identidades. Dentre as questões mais comuns os autores destacam:  1)  a sobrecarga;  2)  o isolamento;  3)  o pensamento de grupo.

1)  A   sobrecarga.   Professores   estão   conscientes   que   a   profissão   mudou   nas   últimas décadas.   Ensinar   não   é   mais   visto   como   em   ‘tempos   atrás’,   pois   as   obrigações   ficaram diversificadas. Esses profissionais atuam em contextos com expectativas crescentes acerca do seu trabalho e a respeito da educação escolar. Assim, ficam mais inseguros.

A sobrecarga de atividades, em muitos casos, decorre da falta de diálogo dos professores com a população por eles atendida, ou com a equipe administrativa da escola em que lecionam. Quando não fica muito claro o que o professor pretende fazer junto com os seus alunos e os modos com que exerce a docência, pode ocorrer "cobranças". Em vez de "quebrar" o excesso de expectativas sobre o seu modo de trabalhar e fazê­lo por meio do diálogo, o professor reage elaborando novos projetos; assumindo atividades extracurriculares (passeios com seus alunos, gincanas, competições, etc.). Organiza uma série de atividades que o leva para fora da sala de aula,   com a  intenção de chamar atenção à  qualidade do seu   trabalho:  a  sobrecarga,  então, afirma­se.

2) O isolamento. Ensinar, há muito tempo, é conhecido como "uma profissão solitária". Considere­se que o individualismo é mais uma questão cultural e menos uma peculiaridade da profissão. Entretanto, parece mais fácil e rápido preparar aulas sozinho. Nesse aspecto, muitos dos professores  nem sequer  imaginam a organização do seu trabalho com a participação de outras pessoas.

O problema do isolamento tem suas raízes: a) Uma arquitetura escolar que isola espaços, segrega  pessoas.  b)  Horários   rígidos   e  uma organização   inflexível  da   rotina  escolar   impede interações sociais.  c)  Além disso, a sobrecarga de trabalho dá  sustentação ao individualismo. Combater  os  contextos  que   levam o professor  a   isolar­se  dos  seus pares  constitui  umas  das questões fundamentais, pela qual vale a pena lutar.

3) O pensamento de grupo. Quando destaca­se que o trabalho cooperativo pode ser um fator importante contra o isolamento a que os professores estão submetidos, é comum ouvir as expressões: "Mas os professores desta escola sempre formaram pequenos grupos de colaboração!" ou, "estamos   sempre   conversando,   quando   podemos",   ainda,  "há   tanta   colaboração   que   formam­se  ‘panelinhas’ de professores para disputar o poder de comando na escola".  Tais expressões são o retrato de que as propostas de trabalho coletivo possuem os seus problemas, muitos dos quais não podem ser  ignorados.  A princípio não existe nada  instantaneamente bom  no trabalho de parceria. As pessoas podem cooperar para realizarem coisas boas ou coisas más, ou, até para não fazerem nada. Um coletivo pode afastar os professores de atividades valiosas com os estudantes.

Para Fullan e Hargreaves (2000) o trabalho na escola apresenta um conjunto de idéias cristalizadas no tempo que, por responder à questões do passado são inadequadas e originam o 

23

Page 24: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

chamado  pensamento de grupo.  Tal conjunto de idéias costuma limitar as ações daqueles que buscam inovar na instituição escolar. Seriam idéias como: "não faça isso que não vai dar certo!";  "já tentamos uma vez e não funcionou"; "essa pretensão é passageira, logo ver­se­á que o melhor é  como   sempre   foi".   Outras   idéias   vêm   reforçar   a   perpetuação   de   práticas   e   poderiam   ser questionadas: "faça isso e você se dará bem nessa escola"; "aqui a melhor atitude é dizer sim e depois  fazer como quiser". Isto é, o pensamento de grupo – com origem no trabalho realizado em comum e na partilha das concepções daqueles que integram um determinado coletivo – torna­se em consensos da instituição e molda a ação de todos.

Os  consensos  são  formados  pelo  justificar  as  práticas  de um grupo.   Independente  do caráter   desses  consensos  serem   ou   não   oportunos;   favorecerem   ou   não   as   práticas   ditas progressistas ou, possuírem uma dimensão denominada competente, o significativo é notar que os  consensos  buscam   uma  uniformidade   nas   práticas   docentes   e   na   organização   escolar.  Tal uniformização costuma ignorar as propostas que não coadunam com as  opiniões instituídas. O resultado é  que muitos professores não se sentem representados em seus anseios, opiniões e projetos junto ao coletivo de professores, pois emitir uma proposição contrária ao pensamento de grupo traz sanções àquele que a profere.

Em síntese, a sobrecarga; o isolamento e o pensamento de grupo são questões capazes de ampliar a crise de identidade do professor. Mesmo admitindo que tal crise tem a sua origem em diversos   fatores  políticos,   culturais   e   econômicos   (locais   e  nacionais)   vale   observar,   que   as vivências  cotidianas podem organizar­se de modo a intensificar  ou minimizar o problema. A compreensão que percebe a  pessoa  e o  profissional  como faces indissociáveis da identidade do professor  produz novas práticas,  capazes de  introduzir  o respeito às diferenças  de cada um. Escolas em que os profissionais não toleram ações e modos de pensar que não sejam idênticos aos do grupo, tornam­se instituições com probabilidade de gerar a sobrecarga, o isolamento e o pensamento de grupo. 

Textos citados:

FULLAN, M. & HARGREAVES, A . A escola como organização aprendente. 2ª ed. Porto Alegre, Artmed, 2000.

NÓVOA, António. As ciências da educação e os processos de mudanças. In: PIMENTA. Selma Garrido. Pedagogia, ciência da educação? São Paulo, Cortez, 1996.

TEXTO 4 ­ O LUGAR DA ÉTICA NO TRABALHO DO (A) PROFESSOR (A) 

Por   PAULO   MEKSENAS.   Sociólogo   e   Doutor   em   Educação,   pesquisa   as   temáticas   que   envolvem   a Cidadania de Classe; a Relação Estado e Sociedade Civil e temas correlatos à Sociologia da Educação. Atualmente  é   professor   adjunto   do   Centro  de  Educação  da   Universidade   Federal  de  Santa   Catarina, lecionando na Graduação em Pedagogia e no Programa de Pós­Graduação em Educação ­ Mestrado e Doutorado. O texto está disponível em   http://www.espacoacademico.com.br/040/40pc_meksenas.htm.

Muitas   são  as   reflexões  acerca  do  papel   social  do  professor(a)  na  modernidade.  Em número crescente surgem os artigos; os  ensaios e as  teses,  que buscam indicar os  caminhos necessários ao exercício desta profissão. Assim, se escreve sobre como é ou deve ser a relação do professor com os pares e com os seus alunos; a respeito das relações didáticas e inerentes à socialização do conhecimento; das lutas à democratização do ensino; da violência e da crise da instituição escolar; dos modos e das formas da gestão em políticas públicas na educação. Por outro lado, ao mergulhar na discussão da prática docente no cotidiano institucional poderíamos indagar: como os professores se posicionam diante das noções de bem e mal; do justo ou injusto; do   que   é   ou   não   correto?   Ou,   em   outros   termos,   como   os   aspectos   de   uma   moralidade profissional podem constituir­se em posturas éticas no exercício da profissão? Assim, a presente reflexão busca formular algumas questões sobre o lugar da ética no trabalho do professor(a).

24

Page 25: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Definições sintéticas indicam o início da discussão do tema em questão e, nesse aspecto, a moral pode ser um ponto de partida desejável se entendida como um corpo de regras e normas, socialmente aceitas como as mais adequadas para a vida de uma coletividade. Sejam as normas e regras sancionadas juridicamente e na forma de leis ou, os costumes e hábitos sociais que se impõem ao grupo ao longo de sua história. A moral, ao constituir­se como um fenômeno que regula  a  vida  social  e  que   julga  o agir   considerado  correto  ou  errado,  coloca  a  questão da tensão/conflito que se estabelece entre o sujeito e a esfera social.  Nesse ponto da discussão, podemos  afirmar  que  o   indivíduo  define­se  pela   sua   capacidade  de  pensar;  julgar  e  querer, levando­o a posicionar­se  frente ao mundo e frente  aos outros:  compreendendo;  escolhendo  e desejando. Por outro lado, essa tríade afirma­se na sua relação com uma outra: de contexto; de organização  do  trabalho; de  história, isto é, emerge no campo das  necessidades; da  produção  e reprodução  da materialidade humana e, ainda, constitui­se como  ações  no mundo. Tais ordens estão em tensão porque nem sempre o  compreender; o  escolher  e o  desejar  coincidem com as delimitações  inerentes  ao  contexto;  à  organização do trabalho  e à  história.  Trata­se  do velho conflito  indivíduo –   sociedade  e  em meio  a   tal,  os  prepostos  da  moral  modelam as  escolhas individuais frente às necessidades sociais. 

Na   modernidade   a   moral   não   é   espelho   do   contexto;   trabalho   e   história   de   uma coletividade, mas de uma classe social: a burguesia. Nem de toda ela, mas da fração de classe que se impõem, em determinado momento, como hegemônica. Desse modo, aquilo que é tido como socialmente justo ou injusto; o bem e o mal; o certo e o errado; não corresponde à compreensão; escolha  e  desejo  de cada   indivíduo e nem do conjunto  dos  participantes  da  vida social.  Ao contrário, reflete o contexto; a organização do trabalho e a história da fração dominante e que apresenta as suas particularidades como se fossem as determinações da totalidade social. Tais particularidades de classe também não coincidem de maneira unívoca às concepções da classe que as produziram: trata­se, a moral, de uma concepção invertida do real em que, num mundo povoado de mercadorias,  cria a  ilusão da qual as  coisas/objetos,  e não o ser humano, é  que determinam as regras da vida social.  E assim, seguindo as pistas lançadas por Marx, podemos afirmar que a moral, sob a sociedade burguesa, assume a forma de ideologia. E qual seria o seu cerne?  Novamente  podemos   recorrer   a  Marx  e  buscar   a  explicitação  da  moral  no  contexto; trabalho e história da sociedade burguesa e sintetizada em uma máxima: 

Cada homem especula sobre a maneira de como criar no outro uma nova necessidade para o forçar a novo sacrifício, o colocar em nova dependência, para o atrair a uma nova espécie de prazer e, dessa forma, à destruição (...) quanto menos cada um comer, beber,  comprar  livros,   for  ao  teatro,  ao bar,  quanto menos cada um pensar,  amar, teorizar, cantar, pintar, poetar etc., mais economizará, maior será sua riqueza, que nem a traça nem a ferrugem corroerão, o seu capital. Quanto menos cada um for, quanto menos cada um expressar a sua vida, mais terá, maior será a sua vida alienada e maior será a poupança da sua vida alienada (Marx, 2002: 149 e 152). 

Em outros  termos,  a  moral  como  ideologia  sedimenta uma práxis  que  transformou a realização pessoal,  promovida entre  indivíduos e destes com a coletividade,  em mero prazer obtido pela posse do objeto. No lugar de fazer­me indivíduo pela minha interação com os outros, me torno uma particularidade fechada em mim mesmo, pela coleção de mercadorias que possuo e, para tal, vale tudo:  quanto menos cada um pensar, amar, teorizar, cantar, pintar, poetar etc.,  mais economizará [para comprar mercadorias], maior será sua riqueza [de objetos inúteis], que nem a traça nem a ferrugem corroerão  ... 

Sob o signo desta moral, tornada historicamente ideologia, é que outras pequenas morais, não de classe e sim de grupo, afirmam­se. Entre elas, aquela correspondente ao exercício da profissão docente, que se constitui por códigos do que é certo ou errado; justo ou injusto; do bem e do mal no exercício da profissão. É óbvio que essa moralidade profissional está imbricada com a ideologia: sempre vemos no cotidiano escolar a defesa que muitos professores fazem a respeito do dever de seus alunos em prepararem­se para o mercado,  no  lugar da crítica; professores portando  e  adorando  griffes  –  verdadeiras  ou   falsas,  em vez  do  questionarem­se  a   respeito; defendendo, com pouca consciência, que a posse de objetos é mais importante que as interações sociais.   Entre   professores,   o   que   é   certo   ou   errado;   bem   ou   mal;   justo   ou   injusto,   acaba 

25

Page 26: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

determinado  pela  grande  moral  ou   ideologia.  Porém e  contraditoriamente,   a  moralidade  do professor pode adquirir formas de maior independência frente à ideologia, pois aquela pequena moral   profissional,   ao   originar­se  da  prática   cotidiana  do   experimentar   a  profissão,  permite concordar ou discordar com os prepostos da grande moral ou ideologia. 

Um exemplo   tipifica   esta   última  questão.   Imaginemos  um(a)   professor(a)   do   ensino público, que foi designado a lecionar numa escola situada em região urbana com altos índices de violência.   Ao   vivenciar   as   primeiras   semanas   neste   contexto,   tal   professor(a)   percebe   as dificuldades na realização do seu trabalho. O que seria correto: continuar lecionando em tal realidade, ou buscar um contexto menos violento para exercer a sua profissão? Caso a escolha seja a de ir ao encontro de uma nova escola em região menos violenta, o professor(a) em questão faria  uma escolha moral,  pois  adotaria  a   regra socialmente  tida como correta:  afastar­se  do perigo e proteger­se; é bom lembrar que o individualismo faz parte da grande moral moderna. Porém, a escolha poderia ser outra: permanecer na mesma escola, sob todos os riscos e, ainda, engajar­se em movimentos pela paz. Essa outra opção se daria por meio de uma escolha ética. E qual   a   diferença   em ambas?  Na  primeira   o   agir  profissional   está   vinculado   a  uma  escolha comum, pois admitir que cada um deve pensar em si mesmo é algo valorizado. Já, na segunda, o agir se aproximaria de uma escolha capaz de interrogar­se e questionadora da validade de um aspecto moral. Neste ponto está  o significado da postura ética na profissão: o interrogar­se a respeito da prática profissional na perspectiva da crítica da pequena moral. 

Deste   pequeno   exemplo,   ainda  poderíamos  pensar   outros,   aprendemos   que   todos  os professores são pessoas morais, o que não significa que tenham postura ética em todo momento. A   ética   situa­se   acima   da   moralidade   porque   é   capaz   de   questiona­la.   Nesse   sentido,   é esclarecedora a posição de Nascimento quando afirma: a questão ética não se restringe ao plano  da aceitação das normas socialmente estabelecidas nem se reduz ao problema da criação dos valores  por uma liberdade solitária. Nasce na existência concreta de cada um, da consciência dos valores  envolvidos no reconhecimento da inalienável dignidade da pessoa e do sentido da responsabilidade  pessoal diante do outro, cujo rosto é um apelo constante a ser respeitado e promovido (1984:16). Daí a importância em qualificar o trabalho do professor(a) como uma atividade que ultrapasse a dimensão moral na direção da postura ética, pois apenas esta última é capaz de estabelecer os projetos   sociais  geradores  da  nova   tríade –  contexto;   trabalho  e  história.  Em suma,  a  ética permite a crítica à pequena moral e pela crítica é possível questionarmos a ideologia, lançando­nos em diferentes alternativas sociais.

Textos citados 

MARX, Karl. Manuscritos econômico­filosóficos. São Paulo, Martin­Claret, 2002. 

NASCIMENTO, Milton Meira do. Ética. In: Vários Autores. Primeira Filosofia, São Paulo, Brasiliense, 1984.

26

Page 27: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

ANEXOS 

27

Page 28: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ESCOLARES

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Capa Externa;

Folha de Rosto;

Dedicatória (opcional);

Agradecimentos (opcional);

Epígrafe (opcional);

Sumário;

ELEMENTOS TEXTUAIS

Introdução;

Capítulo I;

Capítulo II;

Capítulo III;

Conclusão;

ELEMENTYOS PÓS-TEXTUAIS

Referências;

APÊNDICES

ANEXOS.

28

Page 29: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

COLÉGIO ESTADUAL CRISTO REI – ENSINO NORMAL

TÍTULO DO TRABALHO

NOME DO AUTOR

CORNÉLIO PROCÓPIOANO

29

CABEÇALHO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 14 – NegritoEspaço entre Linhas: SimplesAlinhamento: Centralizado

NOME DO AUTOR:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 14 – NegritoEspaço entre Linhas: SimplesAlinhamento: à direita

TÍTULO DO TRABALHO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 14 – NegritoEspaço entre Linhas: SimplesAlinhamento: Centralizado

LOCAL E DATA:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 14 – NegritoEspaço entre Linhas: SimplesAlinhamento: Centralizado

Page 30: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

COLÉGIO ESTADUAL CRISTO REI – ENSINO NORMAL

TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho apresentado por NOME COMPLETO DO AUTOR, ao Curso de Formação Docente do Colégio Estadual Cristo Rei na disciplina (nome da disciplina), como um dos requisitos de avaliação do período: (semestre ou ano).

Profª :NOME DO PROFESSOR

CORNÉLIO PROCÓPIOANO

30

CABEÇALHO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: Simples

TÍTULO DO TRABALHO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12 – NegritoEspaço entre Linhas: Simples

LOCAL E DATA:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: Simples

APRESENTAÇÃO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: SimplesRecuo: 7 cm da margem esquerda

Page 31: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Dedico este trabalho ...

31

DEDICATÓRIA (OPCIONAL):Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: SimplesRecuo: 7 cm da margem esquerda

Page 32: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

AGRADECIMENTOS

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Corpo do texto em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; parágrafo americano (1 linha entre os parágrafos)

Espaço de 1 linha

Neste espaço o aluno faz os agradecimentos do trabalho.

Espaço de 1 linha

32

AGRADECIMENTOS (OPCIONAL):Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5

Page 33: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

Epígrafe ...

33

EPÍGRAFE (OPCIONAL):Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: SimplesRecuo: 7 cm da margem esquerda

Page 34: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

SUMÁRIO

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9

Espaço de 1 linha

2. TÍTULO DO CAPÍTULO I (não escrever Capítulo I) ......................................... 10

2.1. Sub-Título do Capítulo I ................................................................................. 11

2.2. Sub-Título do Capítulo I ................................................................................. 12

Espaço de 1 linha

3. TÍTULO DO CAPÍTULO II (não escrever Capítulo II) ....................................... 13

3.1. Sub-Título do Capítulo II ................................................................................ 14

3.2. Sub-Título do Capítulo II ................................................................................ 15

Espaço de 1 linha

4. TÍTULO DO CAPÍTULO III (não escrever Capítulo III)...................................... 16

4.1. Sub-Título do Capítulo III ............................................................................... 17

4.2. Sub-Título do Capítulo III ............................................................................... 18

Espaço de 1 linha

5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 19

Espaço de 1 linha

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 20

Espaço de 1 linha

APÊNDICES (se necessário, conforme NBR 14724/2002) ............................... 21

Espaço de 1 linha

ANEXOS (se necessário, conforme NBR 14724/2002) .................................... 22

OBSERVAÇÕES:

- Recomendamos a utilização do “índice automático”;

- A numeração das páginas é contada a partir da capa, porém, os números deverão

aparecer apenas a partir da segunda página da introdução.

- A numeração também não deverá aparecer nas páginas iniciais dos capítulos, da

conclusão e das referências.

- A numeração é colocada no canto superior direito da página.

34

SUMÁRIO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5

Page 35: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

1. INTRODUÇÃO

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Introdução em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; parágrafo: 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”). Papel A4 (21,0 x 29,7

cm); Margens Superior e Esquerda: 3 cm; Margens Inferior e Direita: 2,5 cm.

A introdução deverá contemplar ...

Espaço de 1 linha

Citação (NBR 10520/2002): as citações com mais de 3 linhas deverão ser apresentadas da seguinte forma: recuo de 4 cm da margem esquerda; fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 11; espaço entre linhas: simples; justificado. Não utilizar itálico e nem “aspas” na citação (AUTOR, ANO, p. XX).

Espaço de 1 linha

As citações com menos de 3 linhas deverão ser incluídas no corpo do texto:

“utilizar o mesmo tipo e tamanho de letra, e destacar utilizando aspas (AUTOR I;

AUTOR II, ANO, p. XX)”.

Para o caso de paráfrase, indicar apenas autor e ano de edição da obra (AUTOR

I; AUTOR II, ANO).

Continuação do texto ...

35INTRODUÇÃO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado.

Page 36: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

2. TÍTULO DO CAPÍTULO I

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Corpo do texto em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; parágrafo: 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”). Papel A4 (21,0 x 29,7

cm); Margens Superior e Esquerda: 3 cm; Margens Inferior e Direita: 2,5 cm.

Espaço de 1 linha

Citação: as citações com mais de 3 linhas deverão ser apresentadas da seguinte forma: recuo de 4 cm da margem esquerda; fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 11; espaço entre linhas: simples; justificado. Não utilizar itálico e nem “aspas” na citação.. (AUTOR, ANO, p. XX)

Espaço de 1 linha

As citações com menos de 3 linhas deverão ser incluídas no corpo do texto:

“utilizar o mesmo tipo e tamanho de letra, e destacar utilizando aspas (AUTOR I;

AUTOR II, ANO, p. XX)”.

Para o caso de paráfrase, indicar apenas autor e ano de edição da obra (AUTOR

I; AUTOR II, ANO).

Continuação do texto ...

Nota de rodapé: Recurso explicativo de informações que aparecem no texto.

Deverá ser colocada ao pé da página e elaborada de maneira precisa e sucinta.

36CAPÍTULO I:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

Page 37: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

3. TÍTULO DO CAPÍTULO II

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Corpo do texto em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; parágrafo: 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”). Papel A4 (21,0 x 29,7

cm); Margens Superior e Esquerda: 3 cm; Margens Inferior e Direita: 2,5 cm.

Espaço de 1 linha

Citação: as citações com mais de 3 linhas deverão ser apresentadas da seguinte forma: recuo de 4 cm da margem esquerda; fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 11; espaço entre linhas: simples; justificado. Não utilizar itálico e nem “aspas” na citação.. (AUTOR, ANO, p. XX)

Espaço de 1 linha

As citações com menos de 3 linhas deverão ser incluídas no corpo do texto:

“utilizar o mesmo tipo e tamanho de letra, e destacar utilizando aspas (AUTOR I;

AUTOR II, ANO, p. XX)”.

Para o caso de paráfrase, indicar apenas autor e ano de edição da obra (AUTOR

I; AUTOR II, ANO).

Continuação do texto ...

Nota de rodapé: Recurso explicativo de informações que aparecem no texto.

Deverá ser colocada ao pé da página e elaborada de maneira precisa e sucinta.

37CAPÍTULO II:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

Page 38: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

4. TÍTULO DO CAPÍTULO III

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Corpo do texto em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; parágrafo: 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”). Papel A4 (21,0 x 29,7

cm); Margens Superior e Esquerda: 3 cm; Margens Inferior e Direita: 2,5 cm.

Espaço de 1 linha

Citação: as citações com mais de 3 linhas deverão ser apresentadas da seguinte forma: recuo de 4 cm da margem esquerda; fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 11; espaço entre linhas: simples; justificado. Não utilizar itálico e nem “aspas” na citação.. (AUTOR, ANO, p. XX)

Espaço de 1 linha

As citações com menos de 3 linhas deverão ser incluídas no corpo do texto:

“utilizar o mesmo tipo e tamanho de letra, e destacar utilizando aspas (AUTOR I;

AUTOR II, ANO, p. XX)”.

Para o caso de paráfrase, indicar apenas autor e ano de edição da obra (AUTOR

I; AUTOR II, ANO).

Continuação do texto ...

Nota de rodapé: Recurso explicativo de informações que aparecem no texto.

Deverá ser colocada ao pé da página e elaborada de maneira precisa e sucinta.

38CAPÍTULO III:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

Page 39: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

5. CONCLUSÃO

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

Corpo do texto em Fonte Arial ou Times New Roman; Tamanho 12; espaço entre

linhas: 1,5; justificado; justificado; parágrafo: 1,25 cm (utilize a tecla “TAB”). Papel A4

(21,0 x 29,7 cm); Margens Superior e Esquerda: 3 cm; Margens Inferior e Direita: 2,5

cm.

39CONCLUSÃO:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

Page 40: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

REFERÊNCIAS (NBR 6023/2002)

Espaço de 1 linha

Espaço de 1 linha

SOBRENOME, Nome do Autor. Título da Obra. 1. ed. Cidade: Nome da Editora, Ano

da publicação.

Espaço de 1 linha

SOBRENOME, Nome do Autor do Capítulo ou do Artigo. Título do Capítulo. In:

SOBRENOME, Nome do Autor/Organizador (Org.). Título da Obra. 1. ed. Cidade:

Nome da Editora, Ano da publicação, p. XX (número das páginas do capítulo ou artigo).

Espaço de 1 linha

Observações:

Os exemplos de referência não contemplados por este material deverão seguir

as normas da ABNT supracitadas.

As citações e referências a textos bíblicos ou outros textos “sagrados” deverão

seguir normas próprias. Deverá ser usada a Tradução Ecumênica da Bíblia (conforme

normas internacionais da área).

Alguns textos clássicos têm normas próprias de citação e referenciação que

deverão ser seguidas. São normas não previstas pela ABNT, no entanto, são

consagradas pela tradição.

Para a indicação de autores que têm o toponímico agregado ao nome não

deverá ser feita a separação, conforme segue:

HUGO DE SÃO VITOR. Título da Obra. demais informações.

Espaço de 1 linha

EGÍDIO ROMANO. Título da Obra. demais informações.

40REFERÊNCIAS:Fonte: Arial ou Times New RomanTamanho: 12Espaço entre Linhas: 1,5Alinhamento: Justificado

Page 41: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

APÊNDICES(se necessário, conforme NBR 14724/2002)

41

Page 42: SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO …proferlao.pbworks.com/f/APOSTILAMENTO+PRÁTICA+DE+FORMAÇÃO.pdf · ... analisar o índice para ter uma visão ... Redação do trabalho

SENTIDOS E SIGNIFICADOS DO TRABALHO DO PROFESSOR-EDUCADOR

ANEXOS(se necessário, conforme NBR 14724/2002)

42