sentença de teto

4
 0024725-45.2011.4.02.5151 Número antigo: 2011.51.51.024725-4 51002 - JUIZADO/PREVIDENCIÁRIA Autuado em 22/08/2011 - Consulta Realizada em 29/02/2012 às 10:04 AUTOR : PEDRO VOLPI ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE SOUZA JUND REU : INSS-INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 09º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro - EDUARDO ANDRÉ BRANDÃO DE BRITO FERNANDES  Juiz - Sentença: RÔMULO FILIZZOLA NOGUEI RA Distribuição-Sorteio Automático em 22/08/2011 para 09º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro Objetos: BENEFICIO PREVIDENCIARIO -------------------------------------------------------------------------------- Concluso ao Juiz(a) RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA em 09/02/2012 para Sentença SEM LIMINAR por J RJRTA -------------------------------------------------------------------------------- SENTE A TIPO: B2 - SENTE NÇA REPET ITIVA (PADRONIZADA) LIVRO REGISTRO NR. 000447/2012 FOLHA Custas para Recurso - A utor: R$ 0,00 Custas para Recurso - Réu: R$ 0,00 -------------------------------------------------------------------------------- 9º JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROCESSO Nº 0024725-45.2011.4.02.5151 (2011.51.51.024725-4) AUTOR: PEDRO VOLPI RÉU: INSS-INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL  JUIZ FEDERAL: Dr. RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA SENTENÇA  TIPO B2 Vistos etc.

Upload: joao-gilberto-araujo-pontes

Post on 17-Jul-2015

163 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/14/2018 sentença de teto - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/sentenca-de-teto 1/4

 

0024725-45.2011.4.02.5151 Número antigo: 2011.51.51.024725-4

51002 - JUIZADO/PREVIDENCIÁRIA

Autuado em 22/08/2011 - Consulta Realizada em 29/02/2012 às 10:04

AUTOR : PEDRO VOLPI

ADVOGADO: CARLOS HENRIQUE DE SOUZA JUND

REU : INSS-INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

09º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro - EDUARDO ANDRÉBRANDÃO DE BRITO FERNANDES

 Juiz - Sentença: RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA

Distribuição-Sorteio Automático em 22/08/2011 para 09º JuizadoEspecial Federal do Rio de Janeiro

Objetos: BENEFICIO PREVIDENCIARIO

--------------------------------------------------------------------------------

Concluso ao Juiz(a) RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA em 09/02/2012 paraSentença SEM LIMINAR por JRJRTA

--------------------------------------------------------------------------------

SENTENÇA TIPO: B2 - SENTENÇA REPETITIVA (PADRONIZADA) LIVROREGISTRO NR. 000447/2012 FOLHA

Custas para Recurso - Autor: R$ 0,00

Custas para Recurso - Réu: R$ 0,00

--------------------------------------------------------------------------------

9º JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

PROCESSO Nº 0024725-45.2011.4.02.5151 (2011.51.51.024725-4)

AUTOR: PEDRO VOLPI

RÉU: INSS-INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

 JUIZ FEDERAL: Dr. RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA

SENTENÇA

 TIPO B2

Vistos etc.

5/14/2018 sentença de teto - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/sentenca-de-teto 2/4

 

Dispensado o relatório, na forma do artigo 38 da Lei 9.099/1995.

 Trata-se de ação proposta por PEDRO VOLPI, em face de Instituto Nacional doSeguro Social, segundo o rito da Lei 10.259/2001, objetivando, em síntese, acondenação do Réu a proceder o reajuste no valor da renda mensal de seu

benefício, pela aplicação dos mesmos índices utilizados na fixação do teto depagamento dos benefícios previdenciários, determinados pelas EmendasConstitucionais n.º 20/1998 e n.º 41/2003.

Inicialmente, a alegação de decadência do direito à revisão do benefício daparte autora pelo decurso de mais de 10 anos na forma do art. 103 da Lei8.213/91 não merece prosperar, já que o presente processo não envolverevisão do ato de concessão de benefício. A esse respeito, inclusive, as

 Turmas Recursais do Rio de Janeiro já editaram o Enunciado n.º 66:

¿O pedido de revisão para a adequação do valor do benefício previdenciário

aos tetos estabelecidos pelas EC 20/98 e 41/03 constitui pretensão dereajuste de Renda Mensal e não de revisão de RMI (Renda Mensal Inicial),pelo que não se aplica o prazo decadencial de 10 anos do artigo 103 da Lei8213, mas apenas o prazo prescricional das parcelas.¿

De outro giro, reconheço a prescrição de todas as parcelas eventualmentedevidas anteriores ao qüinqüênio anterior à propositura da ação, na forma doart. 103, parágrafo único, da Lei n.º 8.213/1991.

No mérito, a procedência se impõe.

A parte Autora alega que seu benefício previdenciário NB:42/115.546.529-3,foi limitado pelo teto da Previdência Social, pois o ultrapassaria, e aumentadoeste limite, o benefício não foi recalculado. Requer, então, o reajuste de seubenefício previdenciário, pelo resgate de diferença entre a média do salário-de-contribuição e o valor do salário-de-benefício, que não foi recuperada noprimeiro reajustamento do benefício, na forma das Leis 8.870/94 e 8.880/94,até o limite do novo teto das Emendas Constitucionais nº 20/1998 e nº41/2003.

Até a Emenda Constitucional nº 20/1998, o teto para pagamento de

benefícios previdenciários do INSS era de R$ 1.081,50 (mil e oitenta e umreais e cinqüenta centavos), passando com a promulgação desta a R$1.200,00 (mil e duzentos reais) na forma do seu artigo 14. Posteriormente, aEmenda Constitucional nº 41/2003, elevou esse mesmo teto para R$2.400,00, como disposto em seu artigo 5º.

Ora, o valor do benefício previdenciário é fixado com base no cálculo dascontribuições do segurado, sendo que este valor pode ser limitado ao teto depagamento da Previdência Social, pois esta necessita de um limite. Assim, alimitação pelo teto não altera o cálculo das contribuições e nem o valor dobenefício, só o reduzindo quando necessário para a adequação legal.

5/14/2018 sentença de teto - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/sentenca-de-teto 3/4

 

Logo, se um novo teto é fixado, todos aqueles segurados que foram limitadospelo anterior, tem direito ao recálculo dos seus benefícios, pois podem serbeneficiados com um reajuste condizente com as suas contribuições, nãohavendo que se falar em discriminação ou privilégio. Como disseanteriormente, o teto de pagamentos da Previdência Social serve apenas

para estipular o máximo que se pode pagar aos segurados em seus benefíciosprevidenciários, não guardando qualquer correlação futura com os benefíciosatingidos.

Dessa forma, se as EC nº 20 e 41 estipularam novos tetos de benefíciosprevidenciários, acabaram com os anteriores, e todos aqueles segurados queforam limitados em seus benefícios previdenciários têm direito ao recálculo, eaos aumentos decorrentes.

Este entendimento encontra-se no Enunciado n.º 67, das Turmas Recursais doRio de Janeiro, que dispõe:

¿É cabível a revisão de benefício previdenciário para resgatar eventualdiferença entre a média do salário-de-contribuição e o valor do salário-de-benefício que, porventura, não tenha sido recuperada no primeiroreajustamento do benefício previdenciário, na forma das Leis 8870/94 e8880/94, até o limite do novo teto (EC 20/98 e 41/03), sendo indispensável aelaboração de cálculos para a solução da lide¿.

Conforme se extrai dos cálculos judiciais de fls. 36/41, existem diferenças emfavor da parte autora, diante do entendimento acima delineado. Portanto, o

pedido deve ser julgado procedente.DISPOSITIVO

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO DA PARTE AUTORA, paracondenar o INSS a recalcular o valor do benefício previdenciário deaposentadoria por tempo de contribuição, NB: 115.546.529-3, passando arenda mensal a R$ 3.066,60(três mil, sessenta e seis reais e sessentacentavos) na competência de fevereiro de 2012 e a pagar o valor de RS6.479,16 (seis mil, quatrocentos e setenta e nove reais e dezesseiscentavos), a título de atrasados não alcançados pela prescrição, valor em

2/2012(fls.36/38 ).

Sem custas e honorários advocatícios, nos termos dos artigos 54 e 55 da Leinº 9.099/95.

Transcorrido in albis o prazo recursal, certifique a Secretaria otrânsito em julgado da sentença. Após, faculte-se à parte ré apresentarmemória de cálculos referente aos atrasados, no prazo de 30 (trinta) dias.Com a apresentação da memória de cálculos, expeça-se a competenteRequisição de Pequeno Valor ¿ RPV.

P.R.I.

5/14/2018 sentença de teto - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/sentenca-de-teto 4/4

 

Rio de Janeiro, 09 de fevereiro de 2012.

RÔMULO FILIZZOLA NOGUEIRA

 Juiz Federal ¿ 9ºJEF/RJ