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Senhor Ministro da Defesa Nacional,É para todos nós uma honra e motivo de grande satisfação recebê-lo nesta Casa e termos a oportunidade de apresentar com algum detalhe o nosso Instituto, onde estamos e para onde pretendemos ir.Permita-me, por isso que em nome de todos os aqui servem saúde mais uma vez Vossa Excelência e lhe dê as boas vindas, fazendo votos para que a permanência entre nós lhe seja agradável e esclarecedora.

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O corpo discente dos diversos cursos aqui ministrados, é o nosso “core”, e é naturalmente nele que concentramos o nosso maior esforço e atenção.Anualmente recebemos cerca de 270 oficiais dos três ramos das forças armadas e da guarda nacional republicana, com postos entre 1º tenente/ capitão e capitão de mar e guerra/ coronel. Por aqui passam todos os oficiais ao longo da sua vida profissional, sem exceção, dando-se assim resposta integral aos requisitos de formação de carreira no contexto da educação militar profissional. A ligação destes militares ao Instituto cobre um período entre 20 a 25 anos da sua carreira.

Adicionalmente, recebemos também uma média de 100 alunos para outros cursos específicos.Assim, anualmente o IESM tem vindo a ministrar formação a um universo de alunos e auditores que se situa entre os 350 e os 400 elementos civis e militares, nacionais e não nacionais.

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O IESM foi, é, e continuará a ser um desafio constante e permanente.O primeiro desafio em 2005, foi CRIAR o IESM em substituição dos Institutos Superior Naval de Guerra, Altos Estudos Militares e Altos Estudos da Força Aérea. Resultou da conjugação de duas necessidades: racionalizar recursos e proporcionar formação conjunta aos Oficiais das Forças Armadas e da GNR.Se o desejo de se pouparem recursos financeiros e humanos com a criação de um só Instituto é por demais evidente, também se procurou promover mais unidade de doutrina e mais eficácia no emprego conjunto das forças militares, institucionalizando e reforçando a cooperação inter-ramos e assegurando o desenvolvimento de cursos que correspondam às exigências que, atualmente, se colocam às Forças Armadas e à Guarda Nacional Republicana.

O segundo desafio, em 2008, foi ADAPTAR o IESM à legislação que estabeleceu as condições para a sua completa integração no novo modelo de organização do Ensino Superior Universitário, resultante da aplicação dos princípios expressos na Declaração de Bolonha. Ainda nessa sequência novos diplomas vieram confirmar o IESM no ensino superior público universitário militar e integrá-lo na dependência do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.

O terceiro desafio verificou-se em 2011: MELHORAR o IESM, em função dos fortes constrangimentos orçamentais impostos, e face às seis linhas de ação para as Forças Armadas, apresentadas aqui no IESM, em Novembro, por Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro e das quais três têm aplicação no Instituto:- Forças Armadas mais conjuntas e integradas.- Fortalecimento das relações CPLP.- Reformar as Forças Armadas através de uma redução física e de custos

É um desafio que estamos a prosseguir.Assim, e numa lógica trianual antecipamos para 2014 um quarto desafio: CONCRETIZAR: Conseguirmos cumprir com o plano estratégico que estabelecemos.

Resumindo o IESM foi, é, e acreditamos continuará a ser um desafio porque se mantem em permanente CONSOLIDAÇÃO E INOVAÇÃO.

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Passo apresentar de seguida um ponto de situação sobre o Instituto.A missão e os aspetos concorrentes para o seu cumprimento

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O IESM tem a missão seguinte de acordo com o seu Estatuto:“Ministrar aos oficiais dos quadros permanentes das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana (GNR) a formação nos planos científico, doutrinário e técnico das ciências militares, necessária ao desempenho das funções de comando, direcção, chefia e estado-maior, ao nível do Estado-Maior-General das Forças Armadas, dos ramos das Forças Armadas, da GNR e em forças conjuntas e combinadas e em organizações internacionais.”

De uma forma simples, direi que o Instituto prepara todos os militares da categoria de oficial para o desempenho de funções de comando, direção, chefia e Estado-Maior.

Aproveito para realçar que o conceito de Ciências Militares reconhecido o ano passado pela Academia de Ciências de Lisboa, permite-nos dar uma orientação aos esforços que desenvolvemos seja quanto à organização das áreas do conhecimento, seja quanto à delimitação do que pode ser considerado estritamente militar e, através desta clarificação, definir e distribuir os esforços evitando sobreposição de objetivos e projetos. Acreditamos que a clarificação dos elementos nucleares das Ciências Militares permitem agora uma concentração do esforço no que é específico. Assim, a identificação do “core” de cada estabelecimento de

ensino universitário militar pode servir para maximizar a aplicação de recursos, criar sinergias e credibilizar ainda mais o Ensino Superior Militar.

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Passo ao primeiro aspeto o Ensino. O IESM ministra Cursos de Promoção, obrigatórios para evolução na carreira, para Oficial Superior e para Oficial General. Ministra também Cursos de Qualificação e outros cursos e estágios de duração mais reduzida e com determinada especificidade, com o objetivo de alargar ou proporcionar novos conhecimentos aos oficiais que os frequentam.

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Os cursos de promoção, incluem assim o Curso de Promoção a Oficial General (CPOG) e os cinco Cursos de Promoção a Oficial Superior (CPOS), dos três ramos e GNR.

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A duração dos Cursos está representada graficamente em número de semanas. Destaco o caráter da formação conjunta dos alunos destes dois cursos: no CPOG, 100% das matérias do Plano de Estudos são ministradas em conjunto. Este curso decorre durante 39 semanas.Os vários Cursos de promoção a oficial superior têm uma formação conjunta de 10 semanas e uma parte específica de cada ramo. A sua duração total varia entre as 19 e as 26 semanas.

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Outros cursos e estágios ministrados pelo IESM, incluem dois Cursos de Qualificação:O Curso de Estado Maior Conjunto (CEMC), atividade caraterística por excelência neste tipo de estabelecimentos de ensino superior militar, que se destina a preparar os oficiais para o exercício de funções em Estados-Maiores Nacionais e Internacionais, Conjuntos e/ou Combinados. É totalmente conjunto e tem uma duração de 39 semanas.O Curso de Estado Maior do Exército (CEME) abrange um conjunto de matérias consideradas necessárias aos oficiais do Exército e que não são ministradas no âmbito do Curso de Estado Maior Conjunto. Tem uma duração de 21 semanas.

O Instituto realiza ainda, outros Cursos e Estágios de Curta duração, entre 1 e 2 semanas, em coordenação com os ramos das forças armadas e outras entidades, como sejam: o Estágio para Comandantes do Exército, o Curso de Cooperação Civil-Militar, o Curso de Planeamento de Operações Psicológicas, o Curso de Estudos Africanos, Operações de Paz e “State Building” e o Curso Monográfico de Introdução á Comunicação Social.

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Uma das caraterísticas dos estabelecimentos de ensino superior universitário é a sua capacidade e obrigatoriedade de ministrar ciclos de estudos, que se desenvolvem em estreita ligação com as atividades de investigação.

O IESM vai alargar a sua oferta educativa e científica, tendo submetido à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) a proposta para a criação do seu primeiro ciclo de estudos conducente a Mestrado em “Ciências Militares – Segurança e Defesa”. Este constitui assim, um desafio e um passo fundamental e decisivo para a afirmação do carácter inovador e interdisciplinar das competências que se pretendem potenciar, mas também no reforço da formação e das iniciativas de Investigação e Desenvolvimento.

Diretamente relacionada com o ensino, com os ciclos de estudos, com a preparação para a acreditação e avaliação, e também como objetivo da sua melhoria, este Instituto tem vindo a desenvolver um esforço no sentido de se posicionar favoravelmente seguindo um caminho na modernidade.Neste sentido, elaborámos o Plano Estratégico 2012/2014, documento que incluímos no folder de informação. Temos também três grupos tarefa a reavaliar todos os aspetos

relacionados com a investigação, com a avaliação e com a qualidade. Igualmente, iniciámos um processo de autoavaliação, no sentido de nos conhecermos melhor e podermos evoluir na capacidade de resposta e antecipação para os desafios permanentes.Esperamos poder apresentar ainda este ano os resultados deste esforço.

Senhor Ministro, permita-me que neste âmbito, olhe o futuro, e refira o almejado ciclo de estudos conducente ao doutoramento em Ciências Militares, que deverá ser um objetivo de médio prazo neste Instituto, como estabelecimento de Ensino Superior Universitário Militar. Pensamos que este não deve ser obtido em associação com as Universidades, mas que a atribuição do grau de doutor em Ciências Militares deve ser da estrita competência dos Estabelecimentos de Ensino Universitário Militar.Reconhecemos, contudo, que para atingir o patamar requerido é necessário percorrer ainda caminhos intermédios que passam por qualificar e ampliar o corpo docente, obter sinergias, criar massa crítica de docentes doutorados e desenvolver as atividades de investigação e desenvolvimento. Assim, o ponto de partida passa pela possibilidade dos estabelecimentos de ensino universitário militar, em termos da lei, poderem atribuir o grau de doutor, mesmo que limitado exclusivamente às Ciências Militares.

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A investigação é uma tarefa orientada, principalmente, para atividades que visam pesquisar, refletir e difundir novos conhecimentos em domínios de interesse para a Defesa e Segurança Nacional, para as Forças Armadas e Guarda Nacional Republicana e para o País em geral, tendo como principal orientação estratégica a concentração em torno do conceito de Ciências Militares.

Os objetivos para a investigação e as atividades correlacionadas, estão assim, direcionados para :Em primeiro lugar, ter relevância académica para o ensino ministrado no IESM, ou seja tem que existir uma Ligação ao Ensino, através de um espectro curricular académico representado em temáticas alargadas de investigação.

Também, tem que apresentar Relevância militar no conhecimento produzido, em Ligação às Forças Armadas e GNR por forma a permitir fornecer contribuições relevantes para as necessidades de conhecimento dessas Forças.

E, por último, que apresente Relevância Científica e neste sentido propície Ligação à Academia e poder contribuir para aumentar o conhecimento científico.

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A nossa Investigação tem assim, de operar na fronteira do conhecimento internacional e tem que garantir os padrões internacionais de qualidade científica e relevância.

Neste âmbito procura-se que o Centro de Investigação do IESM possa ser reconhecido e integrado em redes de Centros de Investigação, nacionais e internacionais, no âmbito do conceito das ciências militares, com particular prioridade para as ligações às Academias e Escola Naval.

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Apresento os projetos de investigação que estamos já desenvolver ou em fase de lançamento. Realço o facto destes projetos estarem a ser efetuados, cada vez mais, em parceria com outras universidades e Institutos civis.

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Estes são programas e Projetos de Investigação em fase de lançamento.

Ainda no campo das atividades de investigação refiro que este ano letivo estão a ser desenvolvidos, 137 Trabalhos de Investigação Individual (TII) no âmbito dos diversos cursos e que tendem também, na medida do possível, a constituir-se como parte integrante dos programas e projetos que estão a decorrer.

Não temos qualquer dúvida que a qualidade da investigação aumenta o nível do conhecimento no IESM, projeta o instituto nacional e internacionalmente abrindo portas e reconhecimento. Mas temos consciência que a Investigação é para o Instituto ainda uma área muito sensível e problemática e onde muito há a fazer.

Passo agora à organização do IESM. O Instituto depende diretamente de Sua Excelência o General Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas A estrutura organizacional do IESM é uma estrutura hierárquica militar e não académica embora completamente inserida no ensino superior público universitário. A problemática da imposição de requisitos académicos sobrepondo-se aos requisitos militares nas nomeações para o desempenho de funções na estrutura, carece de reavaliação.

No respeito pelas especificidades do ensino militar será de equacionar a prevalência das qualificações militares, considerando quando necessário a existência de assessoria ou coordenação por elementos com as devidas qualificações e conhecimentos científicos e pedagógicos (sejam militares ou civis), respeitando-se assim todos os requisitos académicos que devem ser integralmente cumpridos em todas as circunstâncias.

A estrutura do IESM compreende o Diretor, Oficial General de 3 estrelas, e 3 Subdiretores (um de cada ramo), Oficiais Generais de 2 estrelas.Os Subdiretores dirigem os 3 departamentos que organicamente constituem o IESM: o Departamento de Ensino, o Departamento de Cursos e o Centro de Investigação de Segurança e Defesa do IESM,

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CISDI.Apoiam o funcionamento do IESM, do ponto de vista logístico, administrativo e financeiro, os designados Serviços de Apoio.Os vários órgãos de Conselho constituídos por vários elementos da direção e do Corpo Docente do IESM, reúnem sempre que necessário para assuntos de caráter científico, pedagógico e disciplinar.

Ainda no âmbito da organização estamos a trabalhar na nova versão do projeto de Regulamento Interno. Está terminada a uniformização possível com os outros Estabelecimentos de Ensino Superior Militar, procedendo-se agora à inclusão das especificidades do IESM.A experiência de funcionamento do Instituto e a dependência direta do General Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, permite considerar que existe espaço para uma possível reavaliação da estrutura organizacional do IESM.

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No que concerne ao Pessoal, o efetivo do IESM caracteriza-se por possuir atualmente, uma população permanente de 144 elementos, dos 184 autorizados pelos quadros aprovados por Portaria, e uma população de efetivo variável, que consiste no corpo discente e por todos os elementos externos que compõem o corpo docente. Entre os efetivos permanentes é de realçar o elevado número de oficiais, cerca de 55 % do efetivo total, que resulta da missão atribuída ao IESM.De notar ainda que embora no quadro de pessoal constem 6 professores doutores civis só se procederá à sua contratação na sequência da aprovação do Regulamento Interno, o que se espera conseguir no próximo ano letivo.Para colmatar esta situação o Instituto tem 2 professores vindos de Universidades ao abrigo de Protocolos e cinco professores civis que apoiam em regime “pro bono” até ser possível efetuar as contratações previstas. Igualmente, temos três professores militares doutorados que embora não estejam colocados participam nas atividades académicas do Instituto. Sem estes reforços civis e militares não seria possível a implementação do ciclo de estudos submetido para acreditação.

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A contribuição dos Ramos para o efetivo tem uma distribuição aproximada de 50% do Exército e 25% para a Marinha e 25 para a Força Aérea. A proposta para definição da participação do efetivo da GNR encontra-se em estudo. O corpo docente constitui 35% do pessoal em serviço no IESM. Neste ano letivo 5 professores, 10% do efetivo do corpo docente, estão permanentemente destacados em missão na Cooperação Técnico-Militar.

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Relativamente ao corpo docente, dos 49 professores militares colocados, 2 são doutores e 21 Mestres.Neste momento temos 7 Mestrandos, sendo 3 financiados pelo IESM. Temos 12 Doutorandos, sendo 9 financiados pelo Instituto.O IESM tem um total de 12 professores doutorados, o requisito mínimo para o número de alunos, e está a evoluir favoravelmente em termos de habilitações académicas dos docentes.

O elevado investimento que está a ser direcionado para o doutoramento dos elementos do corpo docente, que representam 28% do número total de professores, e o tempo necessário à obtenção do grau académico pode significar que o IESM não tenha de imediato o respetivo retorno. É por esta razão que se considera fundamental a política do Instituto relativamente á fidelização dos militares mesmo quando não estão colocados, sejam eles docentes ou discentes.

Igualmente, a merecer especial atenção as questões relacionadas com a disponibilidade e permanência do corpo docente que se considera terem de ser equacionadas no contexto mais lato das carreiras dos militares, num equilíbrio entre tempo de permanência no Instituto e nas diversas funções militares. É este desempenho que permite as experiências e vivências

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imprescindíveis na valorização do “saber”, e muito especialmente do ”saber fazer”, referencial de prontidão para ensinar e fundamental para o quadro do conhecimento militar, dos valores e do exemplo, caraterizadores da Cultura Militar que aqui temos que transmitir.

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Passo agora ao corpo discente. No ano letivo 2011/12 estão a frequentar Cursos no IESM, 250 Oficiais nacionais, distribuídos conforme mostra o quadro:28 alunos no CPOG / 38 no CEMC / 12 no CEME / 172 oficiais nos

diferentes CPOS.

Adicionalmente estimamos que a frequência dos estágios e cursos de curta duração possa rondar este ano os 80 militares.

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Frequentam também cursos no IESM, no presente ano letivo, 17 Oficiais de outras nacionalidades conforme se apresenta.

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Um aspeto caraterizador fundamental é o relacionamento externo.Com o objetivo de contribuir para a preparação e concretização das tarefas de ensinar e investigar, o IESM como estabelecimento de ensino superior universitário tem que estar voltado para o exterior e aberto à sociedade. Neste sentido está continuamente a ser promovido o intercâmbio com outras instituições, militares, académicas e científicas, nacionais e internacionais, com propósitos diversos, desde a frequência de cursos, atividades de investigação conjunta ou até á simples partilha de informação e acesso às bibliotecas.

No âmbito nacional e com vista ao intercâmbio de docentes, parcerias para pós-graduações e estágios, o IESM tem diversos protocolos, como por exemplo com a Universidade Nova de Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, Universidade Autónoma de Lisboa, Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas. Igualmente verifica-se um relacionamento privilegiado com o Instituto Diplomático e com o Instituto Português de Relações Internacionais entre outros.

No âmbito do relacionamento internacional salientaria a frequência pelos nossos docentes de Cursos na NATO/School e no George Marshall

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Center na Alemanha, e também o NATO Defense College. Em coordenação com os Ramos das Forças Armadas têm sido efetuados Cursos de Estado-Maior no Brasil, Espanha, França, Reino Unido e Estados Unidos da América.

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O intercâmbio de conhecimento e as ligações contínuas estabelecidas com o exterior, mantêm-se em elevada prioridade com incidência nos estabelecimentos de ensino congéneres de países aliados ou amigos, revestindo-se estes de particular importância tendo em atenção a preparação dos oficiais para atuar em forças conjuntas e combinadas e em organizações internacionais ou em apoio à política externa do Estado.

Neste campo de referir a participação em exercícios como o Combined Joint European Exercise, (CJEX) juntamente com os institutos da Bélgica, Dinamarca, Países Baixos e Suécia. O exercício desenrola-se ao mesmo tempo em todos os países participantes e é organizado neste biénio por Portugal.Este exercício valida a componente operacional do Curso de Estado-Maior Conjunto e nele participam a totalidade dos alunos deste curso.

Também de relevar o “Exercice Coalition” organizado pela “École de Guerre”. Esta escola militar francesa ministra o Curso de Estado-Maior aos três Ramos das Forças Armadas e à Gendarmerie, sendo este o principal exercício do tipo CAX/CPX (Computer Assisted Exercise/ Command Post Exercise) e envolve mais de 500 participantes de 66 países.

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Temos igualmente um Programa de Cooperação com a Escola Superior das Forças Armadas de Espanha, do qual resultam várias interações entre professores.

De referir ainda a participação na Conferência C4. Uma colaboração entre o IDN e o IESM em que participam auditores do Curso de Promoção a Oficial General para o desenvolvimento de estudos sobre temáticas ligadas à Defesa e Segurança do Mediterrâneo, entre Portugal, França, Itália e Espanha.

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O IESM tem dedicado grande atenção e importantes recursos humanos e financeiros à Cooperação Técnico-Militar, uma vez que tem à sua responsabilidade a assessoria portuguesa para a promoção do desenvolvimento e consolidação dos Estabelecimentos de Ensino Superior congéneres das Repúblicas de Angola e de Moçambique.Participam nestes projetos, em Angola, para além de 3 elementos da equipa permanente cerca de 17 elementos não permanentes. Em Moçambique, estão 2 oficiais residentes e 4 em assessoria temporária.

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Como veículo de relacionamento externo e de transmissão do conhecimento e das atividades do IESM são de referir ainda:

Edição do boletim do IESM, que é um Boletim semestral e que se constitui como veículo de divulgação externa da investigação realizada no Instituto, com uma edição de 500 exemplares. Procurou-se com a introdução de uma nova política editorial o seu reconhecimento como publicação científica com valor acrescentado e a sua aceitação pela comunidade científica e militar.

Repositório Institucional na Internet. Desde setembro foi constituído o Repositório Institucional do IESM, que constitui um arquivo e meio de difusão electrónica de literatura científica produzida pelo Instituto e disponível a nível global.

Tem sido efetuado um esforço de incrementação na produção científica do corpo docente através de artigos em revistas científicas ou de referência, nacionais ou internacionais, assim como, na publicação de livros de autor único ou em coautoria. Desde o inicio do ano letivo o Instituto participou no lançamento de 7 livros merecendo destaque “A RESTAURAÇÃO PORTUGUESA DE 1640. DIPLOMACIA E GUERRA NA EUROPA DO SÉCULO XVII” da autoria do

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Tenente-Coronel Pires Lousada, docente do Instituto.

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Para concluir o que fazemos no relacionamento com o exterior referirei que ao longo de cada ano letivo, no âmbito dos cursos ministrados, dos projetos de investigação ou num contexto mais alargado, debatemos temas que pela sua atualidade e relevância consideramos importantes para o país e para a comunidade internacional, em particular nas áreas da segurança e defesa.

No corrente ano letivo já foi tratado publicamente um vasto conjunto de temas, que se apresenta:Realço pela importância de que se revestiu, o worKshop sobre Ciências Militares efetuado com os restantes estabelecimentos de ensino superior universitário militar.

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Realço que o Seminário “Olhares sobre a evolução do poder naval” português está a decorrer hoje e amanhã no Auditório principal.

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Para terminar o ponto de situação sobre o IESM uma palavra para o apoio, que resumo às infraestruturas. O Instituto utiliza as instalações do antigo Instituto de Altos Estudos Militares, concretamente os espaços assinalados: o edifício onde nos encontramos, que aloja as atividades de formação, e outro mais pequeno, adjacente, onde estão instalados, o Centro de Investigação e os Serviços de Apoio.Estas instalações pertencem ao Exército estando cedidos ao IESM por protocolo os dois edifícios referidos. As edificações existentes assim como o próprio prédio militar deveriam estar atribuídas a uma única entidade, o que facilitaria a sua gestão, beneficiaria a distribuição das instalações e dos espaços, de forma mais coincidente com as necessidades, e que permitiria também a atribuição de verbas específicas para investimento. Este assunto deveria ser alvo de análise num futuro próximo.

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A título conclusivo e apontando para onde vamos, direi que o caminho de consolidação que tem vindo a ser trilhado pelo IESM em simultâneo com o constante esforço de inovação é um caminho na modernidade. Estamos e vamos continuar a concentrar os nossos esforços em quatro vetores:O primeiro, os nossos discentes e as Forças Armadas e Guarda Nacional Republicana, o segundo os docentes e restante pessoal do IESM. Estamos assim a valorizar, efetivamente, os nossos recursos mais preciosos.Aos discentes proporcionamos uma aprendizagem num ambiente conjunto e combinado, que constitui um investimento na coesão, garantindo uma melhor formação específica necessária ao desempenho das funções que os esperam.Aos docentes criamos a motivação para melhorarem continuamente, para investigarem e publicarem o que investigam, para trabalharem em rede e para estarem permanentemente atualizados na sua área do saber.O intercâmbio nacional e internacional promove a qualidade e a excelência no processo de ensino-aprendizagem. Só ensinando melhor conseguiremos fidelizar os nossos discentes e criar neles o gosto pela investigação e melhoria permanentes. Como terceiro vetor temos os processos internos. A melhoria nos processos requer inovação, capacidade autocritica e capacidade de

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observar e aprender com as melhores práticas. O esforço e orientação internos e as parcerias que estabelecemos com diversas entidades, ajudam-nos a percorrer esse caminho. O quarto e último vetor, recursos materiais e financeiros, em que incluímos a tecnologia. A evolução tecnológica, exponencia a afirmação dos outros três vetores. A internet e a promoção do uso de plataformas informáticas de gestão de aprendizagem contribuem como fatores de afirmação do IESM enquanto Instituição de excelência, de grande exigência e de total abertura ao Conhecimento Moderno.

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O IESM é um estabelecimento de ensino militar recente, os sucessivos desafios que nos têm sido colocados obrigam a uma consolidação constante, e os avanços que têm sido dados permitem-nos afirmar que o futuro desta Casa será de sucesso. Vamos CONCENTRAR NA MISSÃO, e tudo faremos para que no quadro das transformações nas Forças Armadas e no âmbito de eventuais ajustamentos ao ensino superior universitário militar, o IESM seja sempre parte das soluções e nunca dos problemas, fator de progresso e modernidade, mantendo-se um incondicional e insubstituível promotor da formação conjunta, sem deixar de reconhecer a necessidade de ensinar o que é especifico de cada Ramo ou da GNR. Estamos todos empenhados para que o funcionamento do IESM se consolide e vamos SEGUIR A VISÃO pois queremos, sobretudo, que o Instituto se constitua como um Centro de excelência das Forças Armadas de que nos possamos orgulhar.Mas queremos que o IESM também seja reconhecido como Instituição Militar de Ensino Universitário, por ASSUMIR E DEFENDER OS VALORESDa Cultura Militar, como a total dedicação, o serviço à Pátria e o cumprimento dos deveres militares.Pela Qualidade no ensino e em todos os processos e, também, pela transparência e objetividade na avaliação.

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Pelo Rigor no ensino, na investigação e pela atitude permanente de aprofundamento do conhecimento. E pela Inovação permanente e antecipação da mudança.

Mas sempre com o objetivo de preparar e formar melhor os oficiais, como quadros fundamentais das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana.

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