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XV A REGIÃO SOMOS NÓS! anos ACTUAL São cinco as escolas do distrito de Setúbal que integram um lote de 60 estabelecimentos de ensino finalistas do projecto “Hinos da Fruta”, promovido pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil. O projecto envolveu mais de 36 mil alunos, oriundos de 786 escolas de todo o país. Em causa estão a Escola Básica Integrada da Quinta do Conde (Sesimbra), Escola Básica Alberto Valente (Pinhal Novo), Escola Básica n.º 2 de Alhos Vedros (Moita), Escola Básica Louro Artur (Costa da Caparica) e o Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina (Monte da Caparica). Negócios Autoeuropa confia no novo modelo 14 Cultura Áurea para encantar em Alcochete 12 Destaque Vinhos de Pegões em alta 8 e 9 Pub. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 755 6.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 23.Março.2013 Director: Raul Tavares Distribuído com o VENDA INTERDITA POLÍTICA O candidato da CDU à Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, prometeu, na apresentação da sua candidatura, «criar uma frente local contra a austeridade». O sucessor de Teresa Vicente garantiu também manter os apoios à economia rural e tudo fazer para captar novos investimentos. E não vai desistir das cinco freguesias, cuja fusão está entregue aos tribunais. Entretanto, ficou a saber-se que Teresa Vicente será candidata a líder da Assembleia Municipal. ACTUAL A presidente do município de Grândola, Graça, Nunes, rubricou esta quinta- feira o protocolo promovido pela Associação dos Municípios Portugueses, que vai ajudar a implementar o Poder Local em Timor-Leste. Para além da ‘Vila Morena’, único concelho da região a participar nesta acção internacional, estão outros 25 municípios portugueses. O processo havia sido iniciado o ano passado por Carlos Beato. Álvaro Amaro promete manter CDU em Palmela Grândola integra municípios que vão apoiar Timor Cinco escolas da região finalistas em bons hábitos alimentares Opinião David Sequerra Lembra Mário Coluna, o ‘monstro sagrado’. Eugénio Fonseca E as expectativas sobre o Papa Francisco I. Demétrio Alves Questiona os preços de energia na economia. ABERTURA Em meia dúzia de anos a plataforma portuária conseguiu entrar no Top 25 dos portos europeus. E arranca com última fase de expansão do Terminal XXI. Recordes do Porto de Sines correm atrás de vizinhos Ibéricos O técnico do Real Madrid vai estar este sábado na cidade de Setúbal, por ocasião da exposição dedicada ao seu 50.º aniversário. Vai ser uma visita de médico, já que apenas permanecerá cerca de uma hora. Nem vai ao almoço em sua homenagem. E a segurança é apertada. MANIF CONTRA VIOLÊNCIA POLICIAL Também este sábado, no Largo de Jesus, está agendada uma manifestação contra a violência policial. A iniciativa, convocada pelas redes sociais, surge na sequência da morte de um jovem da Bela Vista, durante uma perseguição policial. A polícia está de alerta. MOURINHO VAI ESTAR UMA HORA EM SETÚBAL Presidente da AIA, João Lobo, quer água pública a ser gerida por empresa intermunicipal ACTUAL PÁG. 6 PÁG. 7 PÁG. 4 PÁG. 4 PÁG. 2 Fotos: DR

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Edição 23 de Março

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XVA REGIÃO SOMOS NÓS!

anos

ACTUAL São cinco as escolas do distrito de Setúbal que integram um lote de 60 estabelecimentos de ensino finalistas do projecto “Hinos da Fruta”, promovido pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil. O projecto envolveu mais de 36 mil alunos, oriundos de 786 escolas de todo o país. Em causa estão a Escola Básica Integrada

da Quinta do Conde (Sesimbra), Escola Básica Alberto Valente (Pinhal Novo), Escola Básica n.º 2 de Alhos Vedros (Moita), Escola Básica Louro Artur (Costa da Caparica) e o Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina (Monte da Caparica).

NegóciosAutoeuropaconfia no novomodelo

14

CulturaÁurea paraencantarem Alcochete

12

DestaqueVinhos de Pegões em alta

8 e 9

Pub.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 755 • 6.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 23.Março.2013 Director: Raul Tavares

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

POLÍTICA O candidato da CDU à Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, prometeu, na apresentação da sua candidatura, «criar uma frente local contra a austeridade». O sucessor de Teresa Vicente garantiu também manter os apoios à economia rural e tudo fazer para captar novos investimentos. E não vai desistir das cinco freguesias, cuja fusão está entregue aos tribunais. Entretanto, ficou a saber-se que Teresa Vicente será candidata a líder da Assembleia Municipal.

ACTUAL A presidente do município de Grândola, Graça, Nunes, rubricou esta quinta-feira o protocolo promovido pela Associação dos Municípios Portugueses, que vai ajudar a implementar o Poder Local em Timor-Leste. Para além da ‘Vila Morena’, único concelho da região a participar nesta acção internacional, estão outros 25 municípios portugueses. O processo havia sido iniciado o ano passado por Carlos Beato.

Álvaro Amaro promete manter CDU em Palmela

Grândola integra municípios que vão apoiar Timor

Cinco escolas da região finalistas em bons hábitos alimentares

Opinião

David Sequerra Lembra Mário Coluna, o ‘monstro sagrado’.

Eugénio FonsecaE as expectativas sobre o Papa Francisco I.

Demétrio AlvesQuestiona os preços de energia na economia.

ABERTURA

Em meia dúzia de anos a plataforma portuária conseguiu entrar no Top 25 dos portos europeus. E arranca com última fase de expansão do Terminal XXI.

Recordes do Porto de Sines correm atrás de vizinhos Ibéricos

O técnico do Real Madrid vai estar este sábado na cidade de Setúbal, por ocasião da exposição dedicada ao seu 50.º aniversário. Vai ser uma visita de médico, já que apenas permanecerá cerca de uma hora. Nem vai ao almoço em sua homenagem. E a segurança é apertada.

MANIF CONTRA VIOLÊNCIA POLICIAL

Também este sábado, no Largo de Jesus, está agendada uma manifestação contra a violência policial. A iniciativa, convocada pelas redes sociais, surge na sequência da morte de um jovem da Bela Vista, durante uma perseguição policial. A polícia está de alerta.

MOURINHO VAI ESTAR UMA HORA EM SETÚBAL

Presidente da AIA, João Lobo, quer água pública a ser gerida por empresa intermunicipal

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ABERTURA

Sábado //23 . Mar . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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A plataforma portuária de Sines continua a dar cartas e pode mesmo vir

a ser um instrumentos estra-tégico vital para o processo de desenvolvimento da região e do país nos próximos anos.

O facto de ter sido conhe-cido, a semana passada, que pela primeira vez entrou no

‘Top 25’ dos portos europeus é uma vitória de longo alcance, desde a sua criação, em 1973, e após um conjunto de decisões políticas que quase o paralisaram. «O Porto de Sines tem batido todos os recordes e, em contraciclo, a maioria dos observadores, estão deveras surpreen-

didos», diz ao Semmais um ex-administrador portuário.

A verdade é que fechou o ano de 2012 com 28,6 milhões de toneladas movi-mentadas e continua a engrossar as suas cargas, mercê de «uma actividade comercial muito e intensa e estratégica», diz a mesma

fonte. E com estes valores já ultrapassou portos como Dublin (Irlanda) e Gdansk (Polónia) estando mesmo a menos de 100 mil toneladas registadas do porto ibérico de Huelva, um vizinho portentoso.

Alguns especialistas não têm dúvidas de que o cres-cimento do maior porto de águas profundas da região e o segundo maior do país, pode mesmo vir a tornar-se, a prazo, no terceiro maior da Península Ibérica, ultrapas-sando Barcelona. «É notável o que a presidente Lídia Sequeira tem feito na lide-rança do porto de Sines e só espero que se não estrague esta tendência de crescimento com as anunciadas mexidas nos portos nacionais», disse esta semana Nicolau Santos, sub-director do Expresso.

A ‘boa’ liderançade Lídia Sequeira

O jornalista, especialista em assuntos económicos, lembrou que por este caminho

Sines pode mesmo a cumprir o sonho de afirmar-se como «grande porto europeu» e, por consequência, consolidar o seu peso como «mais-valia» para a economia portuguesa.

Nos últimos anos, mercê da crise financeira e da neces-sidade de recompor as contas públicas, os cofres do Estado arrecadaram, por via dos lucros operados na plata-forma sineense valores acima dos 4 milhões de euros. «Está tudo a correr numa tendência de crescimento e no que se corre bem não se deve mexer», salienta um outro especialista portuário, que lembra tempos não muito distantes em que «as neces-sidades de investimento levaram a grandes injecções de capital e a dívida, que neste momento estão absoluta-mente equilibradas».

Última fase de expansão do Terminal XXI

E nem os investimentos estratégicos têm sido entu-pidos. O desenvolvimento

do Terminal XXI, entregue à PSA, entrou esta semana na recta final, com o lançamento do concurso para a cons-trução da última fase de expansão. São mais 210 metros de cais sobre fundação em estacas e a ampliação do parque de contentores em aterro numa zona de dez hectares.

As propostas deverão ser entregues nos próximos 30 dias e a obra deverá durar 300 dias. Assim que estiver concluída a última fase de expansão do TXXI, este terá uma frente de cais de 940 metros e 35 hectares, e terá capacidade para movimentar 1,5 milhões de TEU/ano.

Recorde-se que no ano passado, a PSA Sines movi-mentou 553 mil TEU, o que representou um crescimento homólogo de 24 por cento. Este ano, em Janeiro, o Terminal XXI fixou um recorde nacional, com mais de 66 mil TEU movimen-tados, mais 38 por cento que no mesmo mês de 2012.

Porto de Sines‘cavalga’ em contraciclo

Pub.

Pendulum para África do SulEntretanto, o TXXI recebeu, esta quinta-feira, o primeiro navio do novo Pendulum Service para a África do Sul, operado pela MSC – Mediterranean Shipping Company. Tratou-se do MSC Lisbon, um porta contentores com capacidade para transportar 9.178 TEU e que exige um calado máximo de 15 metros. Na África do Sul tocará os portos de Cape

Town, Coega e Durban, garantindo assim uma melhor resposta às necessidades dos exportadores nacionais para este mercado, oferecendo também uma redução significativa dos tempos de trânsito para os portos Moçambicanos de Maputo, Beira e Nacala.Este serviço directo, semanal e de valor estratégico para o porto de Sines, «permite

aumentar a cobertura do mercado africano que está em franco crescimento»; sustenta a administração portuária.Recorde-se que este é o segundo serviço para este continente a ter início num curto espaço de tempo, depois de, no final do ano passado, ter começado um serviço semanal que liga Sines a Angola e que escala portos na Costa do Marfim, Gana e Marrocos.

O porto de Sines está em alta. O ano passado entrou pela primeira vez no top 25 dos Portos Europeus. E continua a bater recordes, a injectar dinheiro nos cofres do Estado e a fazer investimentos.

Um grande exemplo de uma liderança que bate recordes e continua a crescer

DR

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Desde meados da década de 80 do século XX assistimos, sob a batuta de responsá-

veis políticos dos partidos do desig-nado arco do poder, em sintonia com a banca comercial e de inves-timento e, ainda, com o acordo de parte dos dirigentes das prin-cipais confederações empresariais, à destruição paulatina da nossa capacidade produtiva industrial.

Capacidade que, aliás, só muito tardia e insuficientemente tinha sido criada em Portugal, pois até aos anos 50 nos tínhamos quedado numa modorra salazarista, corpo-rativa e rentista, só agitada pelo movimentos dos industrialistas do regime, apesar de tudo incon-formados.

Para que tudo tivesse uma imagem moderna e racional houve lugar, depois da adesão portuguesa à CEE, a um profuso foguetório de teses “científicas” sobre uma nova era em que teríamos entrado, na qual, os serviços, o turismo, a logís-tica, as redes, o know-how, o imate-rial, etc., eram as coisas que melhor teríamos para oferecer ao mundo. Tudo o resto, industria, pescas e agricultura eram antiguidades próprias de canhestras mentali-dades, diziam.

Os indispensáveis comenta-dores, especialistas e catedráticos, afadigaram-se durante décadas, porventura sob o estímulo de apeti-tosas remunerações, a avalizar o novo paradigma.

Mas, eis que, como por milagre, no auge da crise brutal que assola o país e a Europa, o ministro da economia descobre que, afinal, sem valor acrescentado industrial o país não chegará a lado nenhum.

Vai daí, de maneira revolucio-nária, não esteve com meias medidas e nomeou um grupo de sábios que o ajudará a encontrar resposta para “un petit problème “do seu programa: saber qual é a indústria indicada para o país no princípio do século XXI!

E nós, tristes ignorantes, a pensar que o melhor seria, por exemplo, não destruírem os esta-leiros de Viana do Castelo, ou não terem acabado com as indústrias que agora poderiam estar a produzir as máquinas para o programa de aproveitamentos hidroelétricos.

Não, o inenarrável Álvaro Santos Pereira acredita que em cima da mesa estão coisas super-lativas: a matéria fiscal (agilizada), as formas de licenciamento (na hora), uma concorrência (trans-parente), um financiamento (sustentável), e, sobretudo, montes de clusters prioritários. Temos

homem! Entretanto, e como não poderia

deixar de ser, já se fizeram ouvir vozes pondo em causa o “regresso à indústria”. Quando se faz um par de sapatos, aquilo que vale é o desenho ou o amaciar do cabedal, perguntam estas inteligências angustiadas!

Quando se sabe que o peso da indústria transformadora no PIB Nacional caiu de 26% em 1990 para 13,4% em 2011, muito abaixo da média europeia (20%), do que estamos precisados é mesmo de mais um debate bizantino!

Ainda acabam por chamar o Porter para, de novo, dizer por onde devemos ir.

Será muito complicado perceber que os produtos com alta incorporação tecnológica não são incompatíveis com a existência de metalomecânicas, ou com a explo-ração racional dos recursos do mar, ou com a valorização dos produtos da floresta, ou da vitivinicultura, ou, ainda, com a produção cultural e científica?

Daquilo de que não poderemos ter dúvidas é que, sem trabalho qualificado, sem organizações económicas competentes e sem energia disponível a preços compe-titivos, não sairemos da cepa torta.

Ora, é necessário dizer que a deriva neoliberal que impregnou, ao longo das últimas três décadas o setor energético português, falando sempre muito na libera-lização, na concorrência e no MIBEL, determinou que os preços da energia, designadamente os da eletricidade, chegassem a níveis que, para grande parte das empresas industriais, são incom-portáveis com as suas atividades, principalmente se quiserem exportar.

Por exemplo na gama de consumos IC (entre 500 e 2 000 MWh por ano) poderemos veri-ficar que a eletricidade já é muito mais cara do que nos seguintes países: Finlândia, Áustria, Luxemburgo, Polónia, França e Bélgica.

Para o gás natural as compa-rações são ainda mais adversas.

Quanto aos consumidores domésticos, que seria suposto comprarem os produtos transa-cionáveis, estão esmagados por preços de eletricidade e gás que os descriminam negativamente no contexto europeu.

Assim, reindustrializar como?

Há 800 anos, numa peque-níssima terriola do centro de Itália, viveu um jovem

que, inesperadamente, se encontrou com Cristo. Numa das etapas desse encontro transformador ouviu a voz do seu novo companheiro que do Crucifixo da capelinha de São Damião lhe diz: ”Francisco, vai e restaura a minha casa; olhe que ela está em ruinas” (S. Boaventura, Legenda Maior II,1). Este jovem chamava-se Francisco. Como é normal, tomou à letra este pedido e reconstruiu um pequenino templo existente em Porciúncula. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo espiritual. Foi então que começaram as suas preocupações pela renovação da Igreja que era presidida pelo Papa mais pode-roso da história, Inocêncio III.

A renovação da Igreja nunca é um processo terminado. Cons-tituída por seres finitos, precisa, constantemente, de se purificar. Mas há momentos da história que, por pecados acumulados, essa purificação se torna mais exigente. O nosso tempo é um desses momentos.

Por isso, Bento XVI abdicou do seu pontificado e se tornou tão grande a expectativa colo-cada na eleição do seu sucessor. Muitas foram as previsões. As minhas restringiram-se ao desejo de que fosse um homem de uma fé profunda e de grande abertura aos desafios deste tempo. Inde-pendentemente da sua origem, idade deveria de ser alguém que ajudasse a Igreja a ser timoneira das transformações que se impõem à humanidade e não se limitar a ir a reboque delas. Alguém que, na sua simplicidade, fizesse da Igreja verdadeira servi-dora da Humanidade sobretudo dos mais pobres e oprimidos. E acertei.

Não o conhecia, mas bastou ouvir o nome de “Francisco” para ecoar no meu íntimo, com alegria e verdade, o “Temos Papa!”. Não se sabia, se era o de Assis, o Xavier, de Borja ou outro qualquer. Tive o pressentimento que seria o de Assis. Esta dúvida dissipou-se quando o novo Papa surgiu na varanda da Basílica de S. Pedro e foi confirmada no encontro que teve com os jornalistas. Não podia ser outro, face à simplicidade dos gestos e das palavras ditas naquele primeiro encontro com o mundo. Foi o Cardeal Emérito de S. Paulo que motivou o seu colega Jorge Mário Bergoglio a escolher o nome, pedindo-lhe que nunca se esquecesse dos pobres.

Não teria sido necessário lembrar-lhe esse dever porque

já era essa uma das suas priori-dades enquanto Arcebispo de Buenos Aires. Percorria, com frequência, os bairros pobres da sua Diocese; no rito do lava-pés, em 5.ªfeira Santa, não se limitava a uma encenação, mas limpava-os mesmo aos mais pobres e excluídos; vivia num apartamento modesto; procurava estimular a partilha de bens, tendo pedido aos seus diocesanos que entre-gassem aos pobres o dinheiro que iriam gastar na deslocação a Roma, quando recebeu o barrete cardinalício, tendo reiterado o mesmo pedido, agora, para a sua entronização.

Por tudo o que tem dito e pelas decisões que já tomou, apesar de se tratar de pormenores, indiciam que temos um Papa corajoso e que está apostado em investir tudo na renovação da Igreja e, com ela, na transformação do mundo. A prová-lo, a homília proferida no dia da sua investi-dura. Deixo alguns apontamentos: «Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!.. a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação… ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, espe-cialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na peri-feria do nosso coração… Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabi-lidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo… cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura».

O Papa Francisco sabe que a Igreja precisa de um novo rosto, mais conforme o Evan-gelho para ser mais credível. Que nós, os cristãos católicos, o ajudemos sem medo.

Sábado // 23 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com 3

EspaçoPúblico

Tenho acompanhado de perto os impasses, as mudanças e as transformações dos nossos portos, Sines e Setúbal. Demorou uma eternidade chegar ao patamar de hoje e foi longo o percurso para lhes conferir autonomia e, sobretudo, identidade.

O caso da plataforma de Sines é paradigmático. A sua localização e as suas condições naturais, único de águas profundas, com calados capazes de operar navios de grandes dimensões. E a sua especificidade ao nível de carga, pelas ramificações dos seus oleodutos e congéneres, garantiram e garantem a instalação da grande indústria, crucial para mover uma boa parte da economia do país.

Setúbal, por seu turno, especializou-se nos nichos do ro-ro (tranfega de viaturas) e na contentorização. São ambos estratégicos. E disputam (em vez de serem complementares), em certa medida, vários tipos de carga.

Nos últimos anos o caso de sucesso de Sines é inegável. Quem assistiu ao reforço e modernização das suas estruturas, operacionais e de segurança, e às sucessivas ampliações do seu perímetro onde se espraiam os vários terminais, não pode deixar de aplaudir.

Tudo o que se fizer para ‘remexer’ esta lógica é perigoso. Lídia Sequeira, notável gestora portuária, tem uma obra de mão-cheia e não creio que outro qualquer fizesse ou venha a fazer melhor.

Por isso a região deve recear, no mínimo, a instalação na margem sul de toda a indústria portuária instalada em Lisboa. E sobretudo, porque, para além das razões ambientais e de estratégia de desenvolvimento no que toca ao turismo da zona, pode ser um factor de concorrência inusitada com Sines. E Sines está como uma flecha apontada ao coração de vários portos espanhóis. Ainda precisa de engordar, de engrossar em todos os segmentos.

Continuar a dar força ao porto de Sines

Editorial // Raul Tavares

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Bruno Cardoso; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 935 388 102 (geral); Email: [email protected]; [email protected]. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Demétrio AlvesProfessor Universitário

Eugénio FonsecaPresidente da Cáritas

Que reindustrialização com estes preços da energia?

Um Papa para reconstruir a Igreja

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Autarcas contra eventual privatização da Amarsul

A POSSIBILIDADE de privatização da empresa multimunicipal de valorização e tratamento de resí-duos sólidos está a irritar a Câmara do Barreiro. A vice-presidente do executivo, Sofia Martins, critica a medida, assegurando que o muni-

cípio vai lutar contra a venda a privados. «Na reunião de accio-nistas da Amarsul fomos infor-mados que o capital do Estado vai ser vendido a privados. Esta é uma questão muito preocupante, que vamos acompanhar com espe-

cial atenção e vamos contestar esta venda», disse. A Amarsul é uma empresa multimunicipal de recolha, tratamento e valorização de resíduos sólidos, em que 51% do capital é do Estado, e 49% dos municípios da península.

ACTUAL

Sábado //23 . Mar . 2013 //

www.semmaisjornal.com

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Cinco escolas do distrito de Setúbal foram apuradas, entre 60 finalistas, para a última fase

do projecto “Hinos da Fruta” promovido pela Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), no ano lectivo de 2012/2013.

No total, o projecto envolveu a nível nacional mais de 36 mil alunos, de 786 estabelecimentos de ensino, que criaram os hinos da fruta em que o principal objectivo é promover o consumo de fruta e, simultaneamente, hábitos de alimentação saudável. Para isso foram realizadas várias acções motivacionais que envolveram pais, professores e crianças do 1º ciclo do ensino básico.

A criação de um hino que defenda e promova o consumo de fruta, e que é depois colocado a concurso, é uma das fases desta campanha que decorre pelo segundo ano consecutivo. Segundo os dados da APCOI, a primeira edição da iniciativa teve como resultado prático o aumento de 26% em relação ao consumo de fruta repor-

tado pelos alunos antes da intervenção, um valor que vem contrariar a actual estatística nacional que diz que apenas 2% das crianças com menos de 10 anos comem fruta regularmente.

Para Ângela Nóbrega, da escola básica integrada da Quinta do Conde, a mais votada de todas as escolas do distrito a concurso, esta participação foi «uma aposta dos pais e dos profes-sores dos alunos de todas as turmas de 2º e 4º ano». A escola já tinha parti-cipado o ano passado e os resultados são bastante positivos. «Tornou-se um hábito das crianças trazer fruta de casa para comer ao lanche», explica a professora adiantando que a câmara de Sesimbra não aderiu ao programa nacional da fruta escolar e que «por isso é necessário motivar também os pais e alertá-los para a importância de mandarem fruta para o lanche dos seus filhos». A escola dispõe de uma pequena central de compostagem e de uma horta pedagógica o que permite também a utilização das cascas da fruta.

Para além da Básica Integrada da Quinta do Conde, as outras escolas do distrito finalistas neste projecto

são a B á s i c a Alberto Valente, no Pinhal Novo, a Básica nº 2 de Alhos Vedros, na Moita, assim como a Escola Básica Louro Artur, na Charneca da Caparica, e o Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina, no Monte da Caparica, ambas no concelho de Almada.

A escolha dos hinos vencedores cabe agora a um júri composto pelos irmãos Sérgio e Nélson Rosado (Os

Anjos), pelo actor

e embaixador da APCOI,

Ricardo Carriço e pelo fundador e presidente da associação, Mário Silva. No Dia Mundial da Saúde, a 7 de Abril de 2013, o júri vai analisar a criatividade e escolher três vencedores entre os 60 hinos finalistas e um quarto vencedor de entre os não finalistas. Em Junho de 2013, os alunos vencedores recebem, na sua escola, a peça de teatro «A Festa da Fruta».

Cinco escolas do distrito finalistas no “Hinos da Fruta”

Autarquia sadina investe 1 milhãona reabilitação do Troino...

... E exige nova forma de policiar na Bela Vista

Grândola é o ‘único’ da região na ajuda a Timor

A CÂMARA Municipal de Setúbal já concluiu um conjunto de intervenções de requalificação e de revitalização urbana no bairro Troino Nascente, um investimento aproximado de 1 milhão de euros e comparticipado em quase 600 mil euros pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional. Durante a inauguração das empreitadas, que incidiram numa área superior a 10 mil metros quadrados, a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, afirmou que estas serão «impor-tantes para trazer mais pessoas ao centro histórico da cidade, reacti-vando o comércio local».

Com a revitalização do Troino Nascente, nomeadamente da zona compreendida entre as avenidas 22 de Dezembro e Luísa Todi e entre a praça Teófilo Braga e a rua Fran Paxeco, a autarquia tem quase concluídas todas as obras ao abrigo do programa de Regeneração Urbana do Centro Histórico de

Setúbal. Falta apenas acabar a requa-lificação do Convento de Jesus. Futuramente, a edilidade não descarta a possibilidade de avançar com novas candidaturas a fundos comunitários para requalificar o restante do centro histórico, ou seja, «o que resta para lá da avenida General Daniel de Sousa».

Autarquia desafiaprivados a intervir

As intervenções no Troino inci-diram na renovação do pavimento, no reforço da iluminação pública e na beneficiação das redes de águas, de drenagem de águas pluviais e de esgotos domésticos. Apesar da nova cara do bairro, a degradação de grande parte dos edifícios histó-ricos mantém-se, situação que a presidente da autarquia espera reverter junto dos respectivos proprietários com o fornecimento de ajuda técnica e de materiais junto

de pessoas mais carenciadas.«Era essencial que no próximo

Quadro Estratégico Comum exis-tisse uma linha para ajudar os privados no âmbito da Área de Reabilitaçao Urbana que já delimi-támos», acrescenta Maria das Dores Meira. A autarquia requalificou, paralelamente, a praça Teófilo Braga, um investimento de quase 75 mil euros, dotando o espaço de novas condições de atractividade.

Bruno Cardoso

A PRESIDENTE da Câmara Municipal de Setúbal espera que os incidentes que se verificaram no passado fim-de-semana na Bela Vista, que conduziram à morte de um jovem na zona das Manteigadas no contexto de uma perseguição policial, não se tornem a repetir e pediu uma «mudança na forma de estar dos agentes e da sua forma de poli-ciar». Em declarações ao Semmais, Maria das Dores Meira referiu que os incidentes que se verifi-caram ajudam a intensificar o estigma que o bairro tem, difi-cultando o trabalho de reabili-tação que a autarquia e os mora-dores estão a desenvolver. «Aquilo que se pretende, ao fim ao cabo, é um reforço do envolvimento dos agentes nas acções que são desenvolvidas neste bairro», explica.

A autarca considera que o actual número de agentes da PSP

afectos à esquadra da Bela Vista é «suficiente», mas insiste num policiamento de proximidade que se estenda para lá das escolas.

Miguel Macedo analisa pedidopara evitar novos delitos

A presidente da autarquia reclama assim um reforço do contingente policial de forma «permanente» e não apenas «pontuais acções repressivas musculadas». Estas pretensões já foram dadas a conhecer ao Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que prometeu analisar o pedido da edilidade.

A autarquia considera ainda que o policiamento de proximidade assegurará a eficácia no relaciona-mento com as forças da autoridade no local, dissuadindo no futuro comportamentos delituosos.

Bruno Cardoso

A PRESIDENTE da Câmara de Grândola, Graça Nunes, assinou, esta semana, a par de outros 25 autarcas portugueses, a integração de uma rede nacional de autarquias que vão apoiar municípios de Timor-Leste no processo de imple-mentação do poder local.

O protocolo, elaborado em 2012, pelo então presidente grandolense Carlos Beato, fou assinado esta quinta-feira e faz de Grândola o primeiro município do distrito a aderir a este projecto que tem em vista o processo de descentrali-zação naquele país.

Empreender programas de cooperação, «contribuir para a formação dos trabalhadores muni-cipais através de programas de estágios, fornecimento de meios técnicos e materiais adequados para projectos e programas muni-cipais, colaboração e intercâmbio, regulares de conhecimento, expe-riências e informação entre os serviços municipaisl» são alguns dos pressupostos estabelecidos no acordo de cooperação aprovado por unanimidade pelo executivo grandolense, e agora formalizado no acordo.

Renovação do pavimento no Troino

Marta David

DR

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Sábado // 23 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com 5

Pub.

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Sábado // 23 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com6

ACTUAL

Semmais - Como está o processo da criação da empresa intermunicipal para a gestão de abastecimento em Alta?João Lobo – Continua em curso o es-tudo de concepção do sistema de abas-tecimento em Alta, o qual foi adjudi-cado a uma empresa consultora e já vai na segunda fase. Na primeira fase foi feito o diagnóstico do aquífero da Península e, na segunda fase, está a ser feito o levantamento e caracteri-

zação dos meios existentes em cada um dos nove municípios. A terceira fase, que irá arrancar no próximo mês de Abril, compreende a elaboração de uma proposta para a concepção do sistema. Só com estes dados na posse da AIA será possível criar essa empresa intermunicipal.

Esse estudo está dentro dos prazos, ou está um pouco atrasado?Está ligeiramente atrasado. Mas no próximo dia 1 de Abril, o conselho di-rectivo da AIA vai deliberar sobre esta segunda fase para que possa arran-car a terceira fase. Prevê-se que em Junho todo o estudo esteja termina-do, com propostas concretas para que possa haver decisões no sentido de ver qual será o sistema a adoptar. O aquífero do Tejo e Sado é muito rico e, por isso, é necessário preser-vá-lo e mantê-lo para as gerações posteriores.

E o que está a atrasar a adesão do município do Montijo à AIA?Não há atrasos. São opções. A presi-dente da edilidade disse-nos que aguardaria o desenvolvimento para depois reflectir sobre a adesão, mas, até agora, ainda não aderiram. Temos tido contactos e solicitado elemen-tos ao município do Montijo, porque o estudo só faz sentido se envolver os 9 municípios da Península. O Mon-tijo adere quando bem entender. So-mos uma associação voluntária de municípios.

O sistema integrado de abastecimen-

to de água da Península tem conta-do apenas com investimentos dos municípios? Sim, temos contado apenas com in-vestimentos municipais na melhoria e alargamento do sistema. Pontual-mente existe o recurso a fundos, por iniciativa dos municípios envolvidos. Mas só depois da concepção e da definição do sistema, resultante do estudo em curso e da estratégia a definir, será estudada a procura de financiamentos. Também poderemos vir a contar com apoios do Estado, embora os anteriores governos tenham

vindo a apostar em sistemas multi-municipais.

Os recursos hídricos da Península são de qualidade e abundantes?Sim, a primeira parte do estudo re-fere que os recursos hídricos do sub-solo da Península são de qualidade e abundantes. Qualquer recurso deve ser acautelado e cuidado e é nesse sentido que temos vindo a tra-balhar. Existem recursos que nos dão algum descanso mas não po-demos deixar de pensar na garan-tia do futuro.

De que forma a AIA tem sensibiliza-do a população para a poupança e uma boa gestão da água? A AIA tem vindo a desenvolver ini-ciativas simbólicas próprias e em as-sociação às iniciativas dos municí-pios. As nossas iniciativas têm inci-dido na defesa da água como um bem público essencial e um direito inalie-nável das populações. Somos contra a privatização da água, como defen-de o Governo. A água é fundamental para a sobrevivência da humanida-de e deve ser encarada como um bem público.

«O aquífero da região é muito rico e deve ser preservado para as gerações posteriores» A Associação Intermunicipal de Água da Região de Setúbal (AIA), por altura do Dia Mundial da Água, assinalado no passado dia 22, garante que os estudos para a criação de uma empresa intermunicipal para a gestão de abastecimento em Alta estarão concluídos em Junho do corrente ano. A ideia é preservar e manter o aquífero de ouro da Península para as gerações vindouras.

«Não faz sentido sistema intermunicipal»O presidente dos SMAS do Montijo, Nuno Canta, revela que aquele município tem o seu sistema de abastecimento de água «a funcionar em pleno». A seu ver, «não faz qualquer sentido técnico, económico e político» a construção de um sistema intermunicipal na Península de Setúbal. Esse sistema só iria, na sua opinião, «aumentar a factura da água aos munícipes». Por último, diz que a defesa da água pública «não se faz através de uma associação, mas através de actos, como a valorização dos sistemas municipais».

A TRADIÇÃO ainda é o que era. Pelo menos 250 romeiros oriundos de vários pontos do país deverão percorrer, através dos campos, os 150 quilómetros que separam as loca-lidades da Moita e de Viana do Alen-tejo. A romaria será, uma vez mais, feita a cavalo, atrás do carro-andor que transportará a imagem da padro-eira da Moita, Nossa Senhora da Boa Viagem, e vai realizar-se entre os dias 24 e 28 de Abril. Durante a apresen-tação daquela que será a XIII edição do evento, o presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo, subli-nhou o facto de esta «criar desen-volvimento económico e gerar dinâ-micas» nas localidades que acolherão os romeiros e acrescentou a impor-tância da tradição, que gera «compa-nheirismo e amizade», especialmente em época de crise.

Já o presidente da autarquia de Viana do Alentejo, Bengalinha Pinto, destacou o facto de o município «sentir muito esta tradição em comum com o município da Moita» e lembrou

que «o Alentejo fica mais bonito durante o mês de Abril». «É um evento que afirma as idiossincrasias de dois povos, um ribeirinho e outro de inte-rior, unidos em torno da fé e da crença», lembrou, por seu lado, o vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Domingos Cordeiro.

À semelhança do ano anterior, o custo de inscrição na romaria mantém-nos 25 euros, um valor que inclui, entre outras, a ração do cavalo, seguro, acompanha-mento de um veterinário e de um ferrador. O orçamento desta edição, a 13.ª depois de um inter-regno de mais de sete décadas, ronda os 30 mil euros. «É preciso, naturalmente, ter cavalo e ter disponibilidade para cumprir o regulamento da iniciativa», explicou João Lobo. Actualmente, a romaria privilegia o convívio entre todos os participantes, mas não esquece o carácter religioso que está na sua origem.

Tradição do século passadoteve interregno de 70 anos

A romaria é uma tradição comum da Moita e de Viana do Alentejo e data do século passado. Nessa altura, os lavradores deslocavam-se em cavalo, por estradas de terra batida, até ao santuário da Nossa Senhora D’Aires, em Setembro. O percurso era feito pela antiga Canada Real, passando os romeiros pelas locali-dades de Poceirão, Landeira, Case-bres, S. Cristóvão, Casa Branca e S. Brás do Regedouro. O objectivo passava pela bênção durante a procissão em honra de Nossa Senhora D’Aires, padroeira dos animais, e pela obtenção de boas colheitas na sua agricultura.

A XIII edição da Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo, apadri-nhada pelo apresentador televisivo José Carlos Malato, é organizada pelas câmaras Moita e de Viana do Alentejo, Associação de Romeiros da Tradição Moitense e Associação

Equestre de Viana do Alentejo e conta com o apoio das entidades regionais de turismo do Alentejo e de Lisboa e Vale do Tejo. As inscrições para participar podem ser efectuadas através da Divisão de Actividades Económicas da Câmara Municipal da Moita. Em 2011, o evento foi distin-guido com o prémio MaisAlentejo, na categoria “Mais Tradição”.

Bruno Cardoso

Romaria liga Moita a Viana do Alentejo em Abril

Apresentação muito concorrida

Trabalhadoresda Sonae exigem aumentos

MELHORES salários e mais condições de trabalho são as reivindicações feitas esta semana pelos trabalha-dores das empresas Troia-verde, Troiaresole e Glftime, do grupo Sonae Turismo, que operam na península de Tróia.

As exigências, transmi-tidas à administração do grupo, são sustentadas também pelo Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria e Turismo e pela federação sindical do sector, que consi-deram «legítimo» o pedido de aumentos salariais na ordem dos 4 por cento e o «cumprimento dos direitos constantes nos contratos de trabalho».

João Lobo, edil da Moita, lidera a AIA e têm-se batido pela ‘água pública’

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João Lobo, Presidente da AIA, e o Dia Mundial da Água

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Rouxinol apoia Mercês Borges Proença apresenta candidatura

O CAVALEIRO Luís Rouxinol decidiu apoiar a candidata do PSD à autarquia do Montijo, Mercês Borges. Figura conhe-cida nacional e internacional-mente, natural da freguesia de Pegões, Rouxinol, não quis

deixar de participar no envol-vimento que a candidatura “Juntos pelo Montijo” está gerar por todo o concelho, envolvendo figuras de destaque, bem como inúmeros cidadãos anónimos.

O PRESIDENTE da Câmara de Santiago do Cacém, Victor Proença, vai apresentar a sua candidatura à presidência da Câmara de Alcácer do Sal, nas próximas eleições autár-quicas. A sessão terá lugar

este domingo, às 15 horas, na Sociedade Visconde de Alcácer. A candidatura foi aprovada pela Concelhia de Alcácer do Sal do PCP. Vítor Proença, 56 anos, é gestor na área da comunicação.

POLÍTICA

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Câmara Municipal de Sesimbra

Discussão PúblicaPlano de Urbanização da Lagoa de Albufeira

Augusto Manuel Neto Carapinha Pólvora, Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, torna público, em cumprimento e para os efeitos previstos nos n.os 3 e 4 do artigo 77º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei 46/2009, de 20 de Fevereiro, que a Câmara Municipal de Sesimbra, na sua reunião pública de 06 de Março de 2013, deliberou proceder à abertura do período de discussão pública do Plano de Urbanização da Lagoa de Albufeira.O período de discussão pública, terá início no dia 1 de abril e terminará a 2 de maio de 2013 (22 dias úteis).Durante este período, os interessados poderão consultar o projeto final do referido Plano, nas horas de expediente, todos os dias úteis, no Serviço de Atendimento no edifício dos Paços do Concelho, no Largo do Município em Sesimbra, ou na página da Internet da Câmara Municipal de Sesimbra em www.cm-sesimbra.pt.Mais se torna público que a Câmara deliberou promover uma sessão pública de apresentação e discussão deste Plano, a realizar no dia 20 de Abril de 2013, com início às 18,00 horas, no Centro Social da futura Igreja de S. Pedro da Lagoa de Albufeira.Todas as reclamações, observações, sugestões que os interessados pretendam apresentar poderão ser entregues no edifício dos paços do concelho, devendo sempre sê-lo por escrito, devidamente fundamentadas e dirigidas ao Presidente da Câmara.Para constar e para os devidos efeitos, é publicado o presente Aviso no Diário da República 2.ª Série, em dois jornais diários, num semanário de grande expansão nacional e em jornais de expansão local ou regional. Página da Internet da Câmara Municipal e Boletim Municipal.

Sesimbra, 13 de Março de 2013.O presidente da Câmara Municipal,

Augusto Manuel Neto Carapinha Pólvora.

ConvocatóriaAssembleia Geral Ordinária

Nos termos e para os efeitos previstos no n.º 1 do Artigo 20.º, conjugado com o n.º 1 e n.º2 do Artigo 22.º, Secção Segunda; Capítulo III, do Estatuto da Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo. Convoco a Assembleia Geral Ordinária da LAHSB, para reunir na sala de sessões do Hospital de São Bernardo em Setúbal, no dia 26 de Março de 2013, pelas 16h00, com a ordem de trabalhos seguinte:1. Leitura e aprovação da ata da Assembleia Geral anterior;2. Informações;3. Apreciação e aprovação do relatório e contas de gerência do ano anterior;4. Associado Honorário ou Benemérito, nos termos do n.º 4 do Artigo 5.º do Estatuto;5. Outros assuntos de interesse para a LAHSB.

Nota: nos termos da Lei e em conformidade com o previsto no n.º 4 do Artigo 22.º do Estatuto da LAHSB, se na hora marcada não estiverem presentes o número de associados com direito a voto que assegurem o quórum, a Assembleia Geral Ordinária reunirá uma hora depois – (17h00), com qualquer número de associados presentes.

Setúbal, 22 de Fevereiro de 2013.O Presidente da Mesa da Assembleia GeralEugénio José da Cruz Fonseca - Professor

O candidato da CDU à presi-dência da Câmara Muni-cipal de Palmela, Álvaro

Amaro, pediu à população para votar no partido nas próximas elei-ções autárquicas para, em conjunto, formarem «uma frente local contra a austeridade». O actual vereador na autarquia, que sempre foi visto

como o sucessor natural de Ana Teresa Vicente, prometeu continuar a apostar «nos apoios à economia rural e na captação de novos inves-timentos» de modo a ver criadas dinâmicas que alavanquem a quali-dade de vida das populações.

Durante a apresentação oficial da sua candidatura à presidência da edilidade palmelense, Álvaro Amaro voltou a lembrar a impor-tância do turismo e da ruralidade do município e não esqueceu a aposta que terá de continuar a ser levada a cabo «na melhoria das condições de mobilidade e de aces-sibilidade das populações, bem como na execução das pequenas obras que tantas mais-valias trazem dia-a-dia junto dos muní-cipes». «É preciso, igualmente, continuar a lutar pela manutenção das cinco actuais freguesias, que se complementam como se fossem os cinco dedos de uma mão, e trabalhar com os parceiros, envol-vendo as populações na procura de soluções para diversos problemas», sublinhou.

Ana Teresa Vicenteao lado do sucessor

Já Ana Teresa Vicente, impedida de se recandidatar a um novo mandato à presidência da Câmara de Palmela, candidata-se ao cargo de presidente da Assembleia Muni-cipal. Caso ganhe, a autarca suce-derá a Vítor Borrego no cargo, agora escolhido para ser mandatário da candidatura. «Este novo desafio poderá atenuar alguma nostalgia quando este actual mandato chegar ao fim», afirmou a ainda a presidente.

A autarca disse «rever-se» na candidatura de Álvaro Amaro à presi-dência da câmara e enalteceu a «enorme capacidade de trabalho, bem como o elevado grau de rigor e de persistência», que este «demonstra ter». Álvaro Amaro tem, actualmente, 51 anos, é professor e é vereador do Urbanismo, Ambiente, Transportes e Equipamentos Espaços Exteriores Urbanos na Câmara Municipal de Palmela. Entre 1997 e 2009 foi presidente da Junta de Freguesia do Pinhal Novo.

Actual presidente candidata-se à presidência da Assembleia Municipal

Actual vereador na Câmara Municipal de Palmela sempre foi visto como sucessor da actual presidente. Autarca prometeu apostar na economia rural e turismo, na melhoria das condições de acessibilidade e nas pequenas obras físicas do dia-a-dia.

CDU aposta em Álvaro Amaro para manter Palmela

António Maco recandidata-se ao PP de Almada

Novo porto traz investimento para a região

ANTÓNIO Maco, 38 anos, vai recandidatar-se a um terceiro mandato à presidência da comissão política concelhia do CDS/PP de Almada. Esta lista única tem como grande aposta dar continuidade à solidificação do partido em Almada, abrir o partido à população e apre-sentar propostas alternativas à polí-tica do executivo CDU para que haja uma oposição «construtiva e sem ser muleta de ninguém».

António Maco nasceu e reside em Almada. É comercial de publi-cidade e tirou o curso de Ciência Política. É deputado municipal em Almada desde 2009.

O CDS/PP tem cerca de 300 filiados em Almada e o seu número tem vindo a «aumentar conside-ravelmente depois de alguns anos de estagnação», refere António Maco.

Ao executivo de Maria Emília de Sousa, António Maco dá nota nega-tiva, uma vez que a autarca é apoiada por um «PCP sectário e ultrapassado em ideias». Na sua opinião, o execu-tivo comunista que lidera a autar-quia tem «falta de visão estratégica», dada a existência de «bairro de barracas, património histórico degra-dado e votado ao abandono, uma mobilidade caótica e populações a viver em guetos».

O SECRETÁRIO de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, esteve reunido esta semana com os depu-tados e autarcas do PSD do distrito para explicar a nova estratégia para o porto de Lisboa, bem como as suas implicações nos vários territórios. O governante reafirmou a impor-tância do projecto, sobretudo pelo significativo investimento previsto e pela «dinâmica económica que vai criar a nível nacional, e pela criação de emprego em toda a área metro-politana de Lisboa».wSobre os impactos ambientais, uma das grandes preocupações manifes-tadas, Sérgio Monteiro garantiu que os mesmos serão acautelados e mini-mizados, sublinhando que o projecto não avançaria se assim não fosse.

O secretário de Estado lembrou que as operações de regeneração urbana previstas nos vários conce-lhos, vão permitir reabilitar vastas áreas ribeirinhas, assim como a insta-lação da ferrovia permitirá retirar centenas de camiões que hoje circulam em áreas urbanas.

Em relação ao Barreiro, o depu-tado Bruno Vitorino, salientou a importância da decisão do governo, pois permitirá dar sequência à mudança de estratégia assumida anteriormente para os territórios da Baía do Tejo.

Bruno Cardoso

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DESTAQUE

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Os responsáveis da Coope-rativa Agrícola Santo Isidro de Pegões consolidaram o

ano passado um percurso erguido a pulso desde 1994, altura em que iniciaram um processo ousado de revitalização e modernização da empresa. E em 2012, em contra-ciclo, com um crescimento de 12 por cento e uma produção de mais de 10 milhões de garradas do seu extenso portfólio, atingiram o seu melhor ano de sempre.

Jaime Quendera, um dos líderes da empresa de Pegões e um dos mais conhecidos e respei-tados enólogos da região e do

país, não tem dúvidas de que o sucesso da marca tem a ver com o facto de a cooperativa «produzir os melhores vinhos aos melhores preços em Portugal». E salienta os resultados obtidos o ano passado: «O nosso sector enquadra-se num universo muito competitivo e o facto de termos crescido 12 por cento num momento de grande crise finan-ceira, quando o mercado desceu 5 por cento, diz bem da nossa matriz distintiva. Temos bons vinhos e vinhos de confiança».

A Cooperativa conta com cerca de uma centena de asso-ciados, os «verdadeiros parceiros» desta cruzada empre-sarial, mas o desenvolvimento e modernização da instituição só possível graças a «muita ousadia e visão estratégica». No arranque, eram tratadas cerca de dois milhões de uvas, oriundas dos campos produzidos pelos cooperantes, hoje ultrapassam os onze milhões. «Funcionamos com esta dimensão da divisão do lucro e trabalhamos com asso-ciados que são profissionais, mediante uma cultura e regras introduzidas nessa fase de desen-volvimento da empresa», explica Mário Figueiredo, presidente da

direcção da Cooperativa Agrí-ciola Santo Isidro de Pegões.

A maior área do país por associado

O universo da empresa viti-vinícola de Pegões, Palmela, é enorme. Actualmente com 1100 hectares de vinha é, segundo os seus responsáveis, «uma das mais competitivas do país e a maior em área por associado», explica

Jaime Quendera, visionário que apostou forte na construção de escala para os «bons vinhos» da região. E é por isso, sustenta o especialista, que a marca Pegões «goza de grande confiança junto dos consumidores», já que é um dos líderes de venda no mercado interno e um dos maiores expor-tadores da região vitivinícola.

Com uma produção de 10,5 milhões de garrafas, cerca de 75 por cento destinada ao mercado

interno, a Cooperativa «ganha em quase todas as gamas», porque apresenta uma relação qualidade-preço capaz de chegar a todas as bolsas. «Sabemos que o mercado interno não vai crescer, mas mesmo assim estamos estáveis, porque os consumidores confiam na marca e procuram as nossas gamas mais acessíveis. Isso é um trunfo», explica Quendera.

Presente em 35 países e sempre a crescer

Mas as exportações não param de crescer desde que, no ano 2000, foi iniciado o processo de internacionalização. «O ano passado subimos 20 por cento na gama alta, mas destes 90 por cento foram consumados no mercado estrangeiro », acentua.

Presentes em 35 países e com mais de uma centena de clientes além-fronteiras, a Cooperativa espera alcançar, por esta via, continuar a crescer e consolidar a marca. «Nos últimos dois anos o mercado chinês foi o que mais cresceu, mas estamos bem implantados em Inglaterra, Holanda, Alemanha e Canadá», afirma Jaime Quendera. É um

A Adega Cooperativa de Pegões faz parte do top das empresas vitivinícolas da região. Em dez anos conseguiu impor a marca, conquistar 300 prémios além-fronteiras e desbravar caminhos da internacionalização. O ano passado bateu recordes. Região pode ainda

ser melhor e mais forteO facto de a região de Setúbal ter passado em 2012 para terceira a nível nacional no que se refere a facturação deve «orgulhar» todos os produtores instalados. Jaime Quendera sabe do que fala e acredita que a região tem condições para começar a ‘morder os calcanhares’ à zona do vinho verde e do Alentejo, as duas primeiras no ranking. «Precisamos de ganhar escala, porque temos tudo, clima, a melhor água do país, terrenos arenosos e

planos, para além de sabermos fazer bons vinhos», aduz. E refere uma nova geração de empresas de dimensão mais pequena que começam «a trabalhar melhor», ainda que a reboque das grandes marcas, como Pegões, Bacalhoa, José Maria da Fonseca e Ermelinda Freitas. «Para sermos ainda maiores e crescermos de forma sustentada, precisamos que todos subam patamares de produção, de qualidade e de modernização. Isso é essencial», adverte.

A aposta nos espumantes é para continuar, dizem os responsáveis da Cooperativa, sobretudo porque há mercado e os produtores da região têm «condições óptimas» para produzir este tipo de vinho. Mas continua a subsistir problemas de capacidade instalada no caso do moscatel, o néctar de excelência da região. «Começamos em 2008 e a nossa produção é ainda residual. Nesta área os produ-tores precisam de ganhar dimensão, até porque o mercado estrangeiro está rendido às qualidades únicas do nosso moscatel», diz Jaime Quendera. E por isso mesmo, mesmo sem quantidades de encher o olho, a empresa espera vir a produzir no final do ano um moscatel superior.

Espumantea subir e moscatelnum impasse

«Crescemos muito o ano passado e continuamos muito competitivos»

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‘top 5’, incluindo a China, que não esquece os ventos oriundos do Brasil e também de África, embora com menor pendor, até porque, explica o responsável, «são países ainda com obstá-culos burocráticos, alfandegá-rios e de outro tipo».

Já sobre o trabalho realizado pela Viniportugal, os responsá-veis da Cooperativa são mais comedidos. «Está a dar os primeiros passos, estas coisas demoram tempo e o país partiu muito atrasado», diz Jaime Quen-dera. E gaba, da parte do actual

Governo, «uma aparente vontade de regresso ao sector primário», que diz ser «essencial» para mudar a estrutura da nossa economia. «Não podemos conti-nuar a importar mais do que consumimos e temos que corrigir muitos erros do passado e apostar num novo ciclo, porque temos tudo para vingar», afirma, cate-górico.

Outra aposta decisiva é o enoturismo, já em marcha na Cooperativa, mas ainda sem expressão na região e no país. Quendera acredita piamente que

num futuro próximo este será «um cluster de excepção», à semelhança do que se verifica na maior parte das regiões viti-vinícolas dos países mais desen-volvidos. «Temos o sol, as praias, boa restauração, paisagens deslumbrantes e um património rico. E temos os nossos vinhos e as nossas vinhas que devem integrar o pacote turístico», exemplifica. Mas para que isso suceda, salienta, «é necessário encontrar uma estratégia junto dos hotéis e das agências de turismo».

Uma catadupa de prémios na ‘Vinalies’ de França e na China

A COOPERATIVA Agrí-cola Santo Isidro de Pegões alcançou no concurso Vina-lies International 2013, em França, uma medalha de ouro e quatro de prata, com os vinhos Alicante Bouschet 2010, branco Colheita Seleccionada 2012, branco Contemporal 2012, tinto Dona Helena 2011 e branco Portinho do Covo 2012, respectivamente.

Jaime Quendera, da direcção da adega, realça que o sucesso dos vinhos de Pegões reside na «grande qualidade» depositada por toda a equipa na sua produção.

O Alicante Bous-chet já tinha também conquistado ouro num concurso italiano, no ano passado.

A adega de Pegões trouxe também

quatro medalhas de ouro do prestigiado concurso China Wine & Spirits Awards, em Hong Kong, nomeadamente com as suas variedades de Cabernet Sauvignon, Syrah, Red e Touriga Nacional. A produ-

tora de Pegões trouxe ainda seis medalhas de prata para os vinhos Moscatel de Setúbal, Colheita Seleccionada e para as gamas de tinto e branco Portinho do Covo e Fontanário de Pegões.

Jaime Quendera afirma que «felizmente» os vinhos de Pegões continuam «em alta», tudo graças a um diver-sificado conjunto de factores. «A qualidade das uvas e dos solos, bem como a tecnologia avançada da adega»,

sublinha.

Jaime Quendera é o rosto de Pegões A Cooperativa Agrícola de Pegões conta com 1100 hectares de vinhas

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Maratona do teatro no Barreiro Casino de Tróia recebe Kátia

ESTE sábado, o auditório Augusto Cabrita, no Barreiro, acolhe a maratona do teatro, com entrada livre. No âmbito do Mês do Teatro, a inicia-tiva permite ao público, num só dia, assistir ao trabalho

de várias companhias. O programa arranca às 16 horas, com a peça “Era uma vez… El Rei Tadinho”, da Arte-Viva, e culmina para lá das 23 horas, com “A Cidade”, da mesma companhia.

A CANTORA Kátia Moreira actua este sábado, pelas 23h30, no Casino de Troia, com entradas grátis. Depois de vencer o programa “Pops-tars”, da SIC, já esteve envol-vida no musical “Jesus Cristo

Superstar”, de Filipe La Feria, e no projecto girlband NonStop, durante 6 anos. Neste concerto, a cantora, líder da banda Souless, revi-sita grandes clássicos do jazz, soul, blues e pop.

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Esqueletos da Idade Média descobertos em Sines

Em plena avenida Vasco da Gama

As obras de regeneração urbana de Sines, a decorrer no Largo Poeta Bocage, trou-

xeram, esta semana, à luz do dia, um conjunto de achados arqueoló-gicos que remonta à Idade Média.

As ossadas e esqueletos completos foram encontradas pelos técnicos que procediam aos traba-lhos com vista à instalação de um cabo enterrado de média tensão para ligação eléctrica entre o novo PT da Avenida Vasco da Gama e o posto de transformação exis-tente no Largo Poeta Bocage.

Na abertura da vala para enterrar este cabo, foi encontrado um conjunto de ossadas humanas resul-

tantes de enterramentos junto à actual Igreja Matriz que, dizem os arqueólogos, devem remontar a um período compreendido entre o final da Idade Média e o século XVII.

Os investigadores afirmam que a detecção de restos mortais «era esperada», uma vez que os espaços em torno das igrejas foram historicamente utilizados como cemitérios em Portugal, até ao século XIX.

Os trabalhos de escavação da vala para a passagem do cabo de média tensão estão a ser acompa-nhados por uma equipa de arque-ologia e antropologia e, pela sua natureza limitada, não deverão

produzir mais achados com relevo.Os esqueletos e ossadas avulsas

encontrados serão levantados para estudo em laboratório, o que permi-tirá aprofundar o conhecimento da história humana de Sines.

Os trabalhos do Programa de Regeneração Urbana de Sines no centro histórico foram e continuam a ser acompanhados por uma equipa de arqueólogos, com vista a minimizar os impactos sobre possíveis estruturas enterradas e a conhecer melhor a história da ocupação desta zona.

Todos os vestígios encontrados até ao momento, nomeadamente na operação de requalificação dos

arruamentos do centro histórico, correspondem à ocupação moderna (a partir do séc. XVI), período de maior crescimento urbano.

Foram recolhidas peças cerâ-micas de uso quotidiano, desig-nadamente pratos e escudelas em faiança, alguidares, bilhas e panelas,

encontrados em antigos silos. Assim que as obras do

Programa de Regeneração Urbana ficarem concluídas, o Museu de Sines fará uma exposição para dar a conhecer ao público os mate-riais recolhidos em todas as suas operações.

Santiago avança com aberturada Lagoa de Santo André ao mar

NUMA tradição anual que se cumpre há vários séculos, a Lagoa de Santo André, Santiago do Cacém, vai ser mais uma vez aberta ao mar na próxima terça-feira, num ritual que assegura a continuidade do habitat desta reserva natural.

O processo, definido pela Agência Portuguesa do Ambiente, em articulação com a Câmara de Santiago do Cacém, envolve o rompimento do cordão dunar que separa a lagoa do oceano Atlântico.

Para a autarquia trata-se de um momento de «rara beleza» que ocorre numa fase do ano que coincide com os períodos de reprodução de inúmeras espé-cies piscícolas. Esta acção é consi-derada «necessária para asse-gurar a continuidade» do habitat do maior sistema lagunar da

Costa Alentejana e que, por norma, lembra o executivo santia-guense, «desperta a curiosidade de muitos munícipes e outros visitantes».

Os trabalhos vão estar a cargo do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sanca (RNLSS), com a colaboração do Centro de Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa, tal como tem acontecido nos últimos 12 anos.

Classificada como reserva natural desde o início do século, a zona inclui as lagoas de Santo André e da Sancha, assim como um sistema de pequenas lagoas de água doce formadas em depressões dunares, e abrange 16 quilómetros de costa sendo a maior lagoa do litoral alentejano.

Grândola oferece férias aos pequenos

Alcácer apoia valência socialno Torrão

Sesimbra protegeCasa do Bispo

A CÂMARA Municipal de Alcácer do Sal e a Santa Casa da Misericórdia do Torrão assinaram um protocolo com vista a apoiar a entrada em funcionamento da Residência João Paulo II.

A autarquia alcacerense compromete-se a disponibilizar 60 mil euros de comparticipação financeira, o que permite a aber-tura daquela valência social.

Recorde-se que este protocolo havia sido aprovado em reunião de Câmara no início do ano, no seguimento do apoio a instituições sedeadas no concelho que desen-volvem uma actividade e prosse-guem fins de relevante interesse municipal, com especial incidência na área social.

Já em Abril de 2008 o muni-cípio havia celebrado um proto-colo com vista a apoiar financei-ramente as obras de remodelação do edifício para o Lar de Idosos, Centro de Dia e Apoio Domicili-ário da Santa Casa da Misericórdia do Torrão.

A empreitada ficou concluída em Junho de 2011 e a instituição iniciou actividade no final de 2012. Contudo, a Santa Casa tem-se debatido com dificuldades para pôr em funciona-mento a valência de lar, nomeada-mente por ausência de celebração de acordo com a Segurança Social, sendo agora possível fazê-lo com este apoio do município.

A CASA do Bispo, um dos mais emblemáticos edifícios da vila de Sesimbra, vai ser inaugurada este sábado.

O edifício, que foi construído há mais de quatro séculos por D. Belchior Beliago, Bispo de Fez, para ser o seu alojamento de Verão, esteve longos anos em estado de ruína.

Este património histórico começou a ser recuperado no ano passado, no âmbito do Programa Integrado de Valorização da Frente Marítima de Sesimbra, apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional/POR Lisboa.

A intervenção manteve a fachada original, que conserva uma pedra heráldica oitocentista e um painel de azulejo com a imagem de São José. No interior do edifício, uma arqui-tectura mais contemporânea permitiu rentabilizar todos os espaços.

Agora que o espaço está reabi-litado, a Câmara de Sesimbra prevê para a Casa do Bispo, em parceria com o associativismo local, a criação de um pólo cultural gerador de novas dinâmicas sociais.

VISITAR o Arquivo Municipal, ateliers de escrita nas redes sociais e de arqueologia, oficinas de poesia e de pintura, visitas ao Centro Ciência Viva do Lousal, e À Descoberta de Lisboa são actividades incluídas no programa Vivam as Férias da Páscoa, destinado a crianças e jovens do concelho, entre os 6 e os 18 anos.

Promovida pelo município de Grândola, até dia 28 deste mês, a iniciativa visa ocupar o tempo livre dos alunos no decorrer das férias da Páscoa, com acções dinamizadas em vários espaços municipais como a Casa Frayões Metello, o Arquivo Municipal, a Biblioteca Municipal, o Estúdio Jovem e o Complexo Desportivo Municipal.

Vivam as Férias da Páscoa inclui também actividades desportivas como hidroginástica, hóquei em patins, natação, basquetebol e um torneio de matraquilhos. Casa do Bispo abre remodelada

Os arqueólogos já esperavam encontrar ossadas naquela zona da cidade

Mais cultura e desporto na Páscoa

A operação que garante a saúde da lagoa atrai centenas de visitantes

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O MUNICÍPIO de Almada vai investir 343 mil euros na cons-trução da nova sede social do Rapo-sense, na Caparica, fundado em 1964. A cerimónia que marcou o arranque da construção da nova sede da colectividade teve lugar no passado dia 5, com a assina-tura do auto da consignação.

A decisão do município alma-dense foi tomada, após a candi-datura conjunta (município e clube) ao programa “Almada Poente: Regeneração para uma nova centralidade”, ter sido excluída, por razões administrativas, do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Assim, através de um proto-colo assinado com a direção do CRUR, a autarquia vai avançar com a totalidade dos custos da obra.

A nova sede do Clube Recrea-tivo e União Raposense vai ter um espaço multiusos, onde será possível

praticar várias modalidades despor-tivas, receber peças de teatro ou realizar bailes ou outras iniciativas ligadas à comunidade envolvente.

O edifício integra ainda espaços para secretaria e salas para a direção do clube, bem como um

bar e instalações sanitárias.Actualmente, no CRUR é

possível praticar várias modali-dades de defesa pessoal. O clube dedica-se ainda à organização de caminhadas e de torneios de sueca e de pesca desportiva.

Raposense de Almada ganha nova sede social na Caparica

Setúbal com novas árvores

Montijo dá dança e música para mais jovens

Barreiro fomenta interculturas

Descobrir Palmela a pé

PARA assinalar as comemora-ções do Dia Internacional da Juven-tude, a Câmara do Montijo tem em curso um programa diversificado com muita animação, música, dança, desporto e arte, em locais privile-giados da cidade de Montijo como a Praça da República, o Jardim da Casa Mora e a Zona Ribeirinha.

Este sábado, a Praça da Repú-blica recebe a primeira edição do Young Flea Market do vintage à 2ª mão, que tem por objectivo promover a troca e venda de roupas e objectos usados. A partir das 14h00, de sábado e até domingo, a associação A Quadrada irá dinamizar várias inicia-tivas com o movimento associativo. Assim, o Jardim da Casa Mora rece-berá workshops de música, exposi-ções e dança. Amanhã, domingo, haverá Festa no Jardim com workshops de música e dança.

ESTE ano são mais de 40 os Intercâmbios Europeus à dispo-sição dos jovens barreirenses, num projecto que junta grupos de jovens de dois ou mais países, proporcio-nando-lhes a aprendizagem sobre o país e a cultura de cada um.

Embora decorram ao longo de todo o ano, a maioria realiza-se nos meses de Julho, Agosto e Setembro.

Este projecto destina-se aos jovens entre os 13 e os 30 anos. Em cada intercâmbio participam no mínimo quatro jovens portu-gueses acompanhados de um líder português.

Os Intercâmbios Europeus realizam-se ao abrigo do Programa Juventude em Acção, pelo que os jovens apenas são responsáveis pelo pagamento de uma percentagem do custo real da actividade, sendo o restante valor comparticipado pela Comissão Europeia.

A CÂMARA de Palmela promove, no dia 27, às 14h30, o peddy-paper «Pé ante pé, descubro o que a vila é…». A iniciativa pretende assinalar o Dia Nacional dos Centros Históricos, de forma lúdica e aberta à participação de toda a família. O percurso tem início no Castelo, e ao longo de cerca de duas horas, apela à descoberta da história do núcleo mais antigo da vila. A frequência é gratuita. MAIS de 50 novas árvores estão

a ser plantadas ao longo da Avenida Luísa Todi. «Esta acção vai tornar esta Avenida mais atractiva e com melhores condições de usufruto», sublinhou a presidente Maria das Dores Meira, no dia 21, durante a plantação de árvores, que assinalou simbolicamente o Dia Mundial da Árvore. Na Avenida Luísa Todi foram já eliminados 59 cepos e removidas 35 árvores que se encon-travam secas e em avançado estado de degradação. Palmela dá a conhecer centro

INICIATIVAS

O MUNICÍPIO palmelense promove, este sábado, às 10 horas, a plantação de 40 pinheiros mansos e sobreiros, na Urbanização Vila Paraíso, em Pinhal Novo. A iniciativa envolve moradores, IPSS, alunos da escola básica Salgueiro Maia e seus familiares, pessoal docente e não docente.

O 9.º CONCURSO de Bandas de Setúbal realiza-se este sábado, às 22 horas, na Capricho, com os Laydown (Odivelas), Sugiru (Porto), Gapura (Oeiras), e Ol’Jolly Roger (Setúbal). A final do dia 30, conta ainda com os Surveillance (Setúbal), os Flaming Joseph (Lisboa) e os Corda (Seixal).

“A BODA dos Pequenos Burgueses”, de Bertolt Brecht, pelo Teatro de Ensaio do Barreiro, estreia este sábado, às 21h30, no Teatro Mário Pereira. Esta peça, encenada por Graciano Simões, está em cena aos sábados, pelas 21h30, até 25 de Maio. O preço dos ingressos é de 3 euros.

A FUNDAÇÃO Buehler-Brockhaus vai comparticipar, com 15 mil euros, uma obra de arte a instalar na rotunda das Fontainhas, em Setúbal. Será construído um repuxo central, alusivo à sardinha, cabendo à autarquia sadina suportar os custos extra, caso aquela verba não cubra o valor total.

Pinhal Novo mais verde

Bandas na recta final

“A Boda” vaiao Barreiro

Monumentoà sardinha

Seixal integrarede nacionalde cooperação

O CONCELHO do Seixal foi um dos treze municípios portu-gueses que integraram a primeira rede intermunicipal de coope-ração para o desenvolvimento.

A rede de municípios é promovida pelo Instituto Marquês de Valle Flôr, com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Numa cerimónia realizada em Odivelas, municípios comprometeram-se a realizar um trabalho estruturado e eficaz de combate à pobreza, assinando o Acordo Constitutivo da primeira Rede Intermunicipal de Cooperação e Desenvolvi-mento, na presença do secre-tário de Estado dos Negócios Estrangeiros.

Alcochete guarda tradições na festa do Círio dos Marítimos

Moita lança mãos à horta

O EXECUTIVO camarário de Alcochete, dirigido pelo comu-nista Luís Miguel Franco, decidiu apoiar a tradicional Festa do Círio dos Marítimos.

A iniciativa histórica que se realiza todos os anos pela Páscoa, em Alcochete, vai contar, este ano com apoio logístico e com o fogo de estaladaria no valor estimado

em744 euros.A Festa do Círio dos Marítimos

é uma tradição enraizada nas gentes de Alcochete e reveste-se de grande interesse municipal de natureza cultural e recreativa.

A proposta que esteve ontem em discussão na reunião de Câmara, foi aprovada por unani-midade.

O AVANÇO das hortas urbanas um pouco por toda a região, como forma de combater a crise, foi ‘apadrinhado’ pela autarquia moitense que ao longo dos últimos anos tem promovido cursos junto da população

Assim, até dia 28 pode inscrever-se no mini curso Mãos à Horta, que a autarquia volta a promover, entre Abril e Junho. O Mãos à Horta, que a autarquia dina-miza desde 2002 com grandes níveis de participação, é dirigido a munícipes com mais de 18 anos

que queiram aprender como se faz uma horta segundo princípios de agricultura biológica e que dispo-nham de um pedaço de terreno para cultivar, no concelho da Moita.

O programa inclui uma parte teórica, onde são transmitidos conceitos de desenvolvimento sustentável, princípios e técnicas de agricultura biológica e fases de elaboração de uma horta. A componente prática inclui a elaboração de uma pilha de compostagem e a preparação de uma horta.

Dores Meira planta na Av. Luísa Todi

Os Corda são do Seixal

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A nova sede do Raposense vai custar 343 mil euros ao município

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Sesimbra com Dança flamenca Norberto Lobo em Almada

“CUADRO Flamenco” é o espectáculo que a Compa-nhia de Dança Espanhola Cuadro Flamenco leva a cabo este sábado, no cine-teatro João Mota, em Sesimbra, a partir das 21h30.

A digressão intitula-se “Viva La Vida” e aposta numa fusão de flamenco e fado, acompanhado por percussão ao vivo. A compa-nhia faz da dança um veículo de comunicação.

O TEATRO Joaquim Benite, em Almada, acolhe, este sábado, às 21h30, o concerto de Norberto Lobo, já considerado uma das figuras principais da música portuguesa deste começo de século. Norberto

Lobo é um autodidacta, carac-terística que poderá causar surpresa, tendo em conta o virtuosismo que demonstra: o seu percurso, precisamente por não ter passado por qualquer trâmite académico.

CULTURA

Sábado //23 . Mar . 2013 //

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Amor e histórias reais de Leandro em novo disco

O cantor romântico Leandro, 26 anos, está a lançar o sexto disco de originais

no mercado. “Para Sempre” vai ser apresentado nos Coliseus do Porto e de Lisboa, nos dias 11 e 25 de Maio. Segundo o cantor, trata-se de um disco com «novas sono-ridades e muito romantismo».

Actuar nas grandes e presti-giadas salas portugueses, como os coliseus de Lisboa e Porto, repre-senta, para Leandro, «um momento único», na medida em que se trata das «mais importantes e emble-máticas» salas do País. «São salas com uma magia muito especial», confessa.

Com cinco discos platinados, Leandro começou a cantar em

2006, sublinhando que sempre quis ser cantor e continuar a agradar ao seu público, porque é o que gosta de fazer. «A música poderá levar-me até onde o meu público quiser», frisa.

“Volta pra mim mamã”, que dedica à sua progenitora falecida, é a canção que mais o marcou, até à data, na sua carreira. “Mas quem Será”, que fala de um amor de infância, é o single de lança-mento do novo álbum que contém 13 composições originais, produzidas pelos instrumentos gravados ao vivo em estúdio, reforçam a mensagem de roman-tismo e esperança. As letras das canções de Leandro baseiam-se em histórias reais de pessoas ou amigos que lhe estão próximos. “Serás sempre meu irmão” é uma home-nagem do

cantor aos seus irmãos, porque com «perseverança e persistência» tudo se consegue alcançar.

Leandro, que gostaria, um dia, de gravar um dueto com o setu-balense Toy, confessa que o fado está «sempre dentro de mim», ou não teria ele chegado à final da Grande Noite do Fado, em 1994, no Coliseu de Lisboa.

Leandro refere que está inse-rido no meio artístico graças ao programa da “Você na TV”, da TVI,

pelo que se orgulha de ter como padrinhos Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha.

A tour “Para Sempre”, que arranca em Maio, tem por base

a apresentação do novo disco e incluirá ainda alguns dos seus maiores êxitos. Duas das maiores salas nacionais recebem os concertos de um dos maiores c a n t o r e s românticos de

Portugal.

23Cartaz...

Notas soulde Áurea

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Áurea promete um concerto com muita alma e coração para apresentar o seu segundo disco “Soul Notes”, constituído essencialmente por temas originais e que falam de episódios, vivências e emoções que a inspiram. Forum Cultural de Alcochete | 21h30.

O grupo Voz Humana leva a palco a peça “Chorar e Secar”, com dois monólogos de mulheres. Na vida real estes monólogos podem ser os de alguém ao nosso lado. Contam-nos duas estórias de vida, de adaptação ao mundo. Teatro Joaquim d´Almeida,Montijo | 21h30.

António Zambujo acaba de editar o álbum “Quinto”. Tendo o fado como matriz, o músico introduz elementos do jazz, bossa nova, morna e do cante alentejano, conferindo-lhe uma identidade sonora única. Casino de Tróia | 22h30.

Monólogos de mulheres

Fado com misturas

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Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

MÚSICADIA 22 ÀS 21H30 NA CAPRICHO SETUBA-LENSE – 9º CONCURSO DE BANDAS DE GARAGEM – Terceira e última eliminatória do concurso nacional integrado no m@rço.28./ GratuitoDIA 22 ÀS 21H30 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – LUGAR AO FADO. Espectáculo com Ramiro Costa, Maria Caetano, Carla Lança e Catarina Ferreira, acompanhados por To Zé Cerdeira, na Guitarra, e Eduardo Silva, na Viola. / Entrada: 5€DIA 28 ÀS 22H00 NA CASA DA CULTURA/ SALA JOSÉ AFONSO – DESENCONTROS. Que junta a dupla setubalense de Shampoo Planet ao projecto Surya Exp Duo Concerto. Entrada:3€COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DO TEATRODIA 27 ÀS 18H30 NO FORÚM MUNICIPAL LUÍSA TODI/ SALA

POLIVALENTE – TRIBUTO A CARLOS RODRIGUES (MANUEL BOLA). Homenagem ao ator Setubalense de teatro, televisão e cinema, de 68 anos já retirado da vida artística, com depoimentos e

apontamentos cénicos./ GratuitoDIA 27 ÀS 21H30 NO FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI – GIL VICEN-

TE NA HORTA. Produção do Teatro Nacional D. Maria II, com direcção de João Mota. Peça construída a partir da obra “O Velho da Horta” e de outros textos de Gil Vicente, que exalta a vitória da juventude sobre a velhice e a morte, com o espetador perante uma intriga engenhosamente construída./ Bilhete: 5€DIA 30 E 31 ÀS 21H30 NO FÓRUM MUNICIPAL LUÍSA TODI – O CERCO DE LENINE-GRADO. A peça do Teatro Estúdio Fonte Nova, com texto de José Snanchis Sinisterra, encenação de José Maria Dias e interpretação de Graziela Dias e Sara Costa. Sobre duas mulheres que lutam contra a anunciada demolição do teatro onde vivem . / Bilhete:5€

O musical “Peter Pan” continua em cena no Teatro Politeama, em Lisboa, sob a batuta do mestre Filipe La Feria. Não deixe de ver e de levar os seus filhos a ver o pequeno rapaz voador que se recusa a crescer e passa a vida a ter aventuras mágicas. Na verdade, trata-se de uma das mais belas e imortais histórias do imagi-nário que perdura há mais de um século como uma obra-prima. É a maravilhosa história de um menino criado pelas fadas, que conseguia voar e vivia numa terra mágica onde nunca enve-lhecia. Para ganhar convites para as sessões de sábado, às 15 horas, ligue 918 047 918.

Temos alguns exemplares do álbum “Para Sempre”, de Leandro, para oferecer aos nossos leitores. O jovem da voz romântica está de volta com um novo trabalho discográfico composto por treze canções originais. “Mas quem será” é o single de estreia deste novo disco, que nos retrata a história de um inocente e apaixonante amor de infância, que após a separação não é mais esquecido e ao longo dos anos é recordado até ao momento do reencontro. Ligue 918 047 918 e leve para casa “Para Sempre”.

Ganhe convites para “Peter Pan”

Oferta de CD´s de Leandro

O PROGRAMA “Música Maestro”, a emitir dia 28, a partir das 22h30, na RTP1, apresenta Setúbal em cenário de fundo a uma das obras da música erudita mais famosas de todos os tempos, a 5.ª Sinfonia de Beethoven. Neste que é o segundo de 13 episó-dios do programa, há filmagens na Praça de Bocage, na Avenida Luísa Todi e na Doca dos Pescadores.

Produzido pela Eyeworks, o maestro Rui Massena e o maestro Victorino d’Almeida partilham com os telespectadores informação sobre a 5.ª Sinfonia de Beethoven, do início do século XIX, e sobre o compo-sitor austríaco, com o intuito de sensibilizar o público para a música clássica.

O episódio, de 50 minutos, termina com uma

apresentação da peça musical, tocada pelo Conservatório Regional de Setúbal no Fórum Luísa Todi.

A linha condutora de cada episódio do “Música Maestro” consiste na abordagem a um tema clássico, ao redor do qual gravita um conjunto de rubricas relacio-nadas com essa obra ou asso-ciadas a novos autores e compo-sitores de música clássica em todo o País.

Em cada emissão, Rui Massena viaja para uma cidade, acompanhado do seu piano. O contacto com as

populações, o conhecimento dos músicos e das orques-tras locais e a descoberta da localidade constituem igual-mente aspectos essenciais

do programa.

“Música Maestro” passa por Setúbal

Apenas com uma semana no mercado, o novo disco de Leandro, “Para Sempre”, entrou para o 3.º lugar do top nacional dos mais vendidos.

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Imagens de Canelas já foram além-fronteiras

O BANCÁRIO José Canelas, de 41 anos, tem uma predilecção especial por captar imagens sobre a mãe natureza. Este alen-tejano de Arraiolos, a residir em Aires, dedica-se à actividade da fotografia por «pura carolice». A paixão começou aos 35 anos e, desde então, com este hobby, tem vindo a descobrir o País onde vive e um pouco do Mundo, bem como convivido com «bons amigos» que também foram «mordidos» pelo este vício da fotografia.

José Canelas relembra que desde que adquiriu a sua primeira máquina digital, «nunca mais parou» de captar imagens. Sem qualquer curso de foto-grafia, o bancário confessa que aprende a «ver fotografia», porque «é fundamental treinar o nosso olhar e despertar sentidos que muitas vezes passam despercebidos», concluindo: «Quanto mais foto-grafias virmos, melhor. Mas temos de ser muito críticos com nós próprios e sabermos aceitar críticas e sugestões. Só assim

poderemos evoluir. Eu cresço com a prática, usando a técnica tentativa-erro, erro-tentativa».

A fotografia sempre esteve no seu coração e chega à conclusão que se trata de uma forma de transmitir aos outros os sentimentos que nutrimos pelas coisas do Mundo. «Sempre adorei fotografia. A fotografia pode descrever o meu mundo com os meus olhos, fazer com que os outros vejam o que vejo e sintam de forma individual o que tento mostrar», revela. Para José Canelas, «cada fotografia retrata uma viagem, uma aven-tura ou uma recordação. Retrata a minha vida e as mudanças que vai deixando em mim, em nós, no mundo», frisa.

O seu grande sonho na foto-grafia passa por, um dia, vir a fazer «uma fotografia que seja reconhecida pelo Mundo». Até lá, promete registar o seu olhar com os seus ‘bonecos’. Se tiver curiosidade em apreciar as belas e ricas fotografias de José Canelas entre no seu sítio:http://jhcanelas.wix.com/photo

Os convites e elogios que José Canelas já recebeu são, para si, «um prémio», porque nunca viu a fotografia como «uma fonte de rendimento», mas sim uma forma de divulgação do seu trabalho e da sua maneira de ver o Mundo. Em 2012, José Canelas foi convidado a participar, com duas fotos, na exposição inter-nacional Larsa Organization for Human Rigths, no Iraque, bem como na feitura de um calendário em Itália. As suas fotos já foram publicadas nas revistas digital Photographer Brasil, e revistas on-line Phocal Photovisions e Foto-manya.vip. Foi finalista do 6.º Reflex – Prémio de Fotografia CAIS/BES e recebeu alguns prémios no concurso Febase 2011 e 2012. Recentemente foi convidado a participar com algumas palavras sobre foto-grafia para o site Olhares, que está a comemorar 10 anos.

Prémios conquistados

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Can

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Inovergo abre novos cursos Páscoa romana no Troiaresort

A INOVERGO, em Palmela, vai abrir novos cursos em Abril, Maio e Junho. Máquinas como um empilhador, uma plata-forma elevatória, ponte rolante ou escavadora são usadas em condições de carga muito vari-

áveis, com variações bruscas do seu centro de gravidade o que provoca riscos de dese-quilíbrio que não se verificam num automóvel. Os cursos destinam-se a pessoas indi-viduais e a empresas.

DE 29 a 31 de Março o troia-resort promove uma Páscoa Romana para toda a família, num cenário único. Tendo como ponto de partida as Ruínas Romanas de Tróia, o maior complexo de produção

de salgas de peixe conhecido no mundo romano, o troia-resort aposta esta Páscoa numa animação especial que tem o Mercado Romano como o mais emblemático evento da programação dos 3 dias.

NEGÓCIOS

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A produção de um novo modelo na Autoeuropa a partir de 2015 deverá ser formalmente anun-

ciada pela Volkswagen (VW) até ao final deste ano. A revelação foi feita pelo director-geral da unidade fabril do grupo em Palmela, António de Melo Pires, que considera que a Autoeu-ropa reúne trunfos suficientes para roubar o novo modelo a outras fábricas da Europa Ocidental dada «flexibili-dade laboral actualmente existente» e o bom desempenho dos colabora-dores que, em média, apenas faltaram 1,4 dias durante todo o ano de 2012.

Apesar de se escusar a confirmar a hipótese avançada pelas revistas da especialidade, quanto à produção

de um mini-SUV (Sport Utility Vehicle), António de Melo Pires garantiu que o novo modelo já será «uma nova plataforma». «É prema-turo avançar qual é o modelo em cima da mesa, porque a VW vai lançar vários novos modelos em 2013 e outros mais ao longo dos próximos quatro anos», acrescentou.

O director-geral da Autoeuropa considera que a flexibilidade exis-tente actualmente na Autoeuropa tem sido fundamental para fazer «face às oscilações da produção» e à crise internacional, especialmente a vivida nos países da Europa Ocidental. A produção diária automóvel caiu, aliás, para os 460 veículos por dia e tem vindo a afectar todo o parque empre-sarial na Autoeuropa. «Estamos a navegar à vista, pelo que é preciso que todas as empresas adoptem

medidas de flexibilidade para lidar com a crise», disse.

Na Autoeuropa, algumas dessas medidas de flexibilidade passam pela colocação de 200 trabalhadores portugueses nas fábricas alemãs do grupo e, também, pelos cursos de formação. Até Setembro de 2015, 200 formandos sairão da ATEC – Academia de Formação com o curso em produção automóvel, podendo dar assim uma mão extra na hora de lidar com picos de encomendas dada a produção expectável de um novo modelo.

Compras a fornecedoresnacionais dispararam em 2012

Tal como o Semmais já anterior-mente tinha avançado, a produção automóvel em 2012 na Autoeuropa

caiu para as 112 550 viaturas, um volume de vendas de 1 940 milhões de euros. 99,4% da produção destina-se à exportação. A produção foi direc-tamente afectada pelas contracções verificadas em países como a Alemanha, o Reino Unido, a França e a Espanha. A China voltou a furar a tendência e cresceu 53,7 por cento face a 2011, absorvendo agora 18,9% da produção automóvel da fábrica. As compras a fornecedores nacio-nais cresceram 62%, bem como o volume de negócios atribuídos a fornecedores portugueses, que disparou 178%.

Actualmente, o grupo VW é o terceiro maior a nível mundial, tendo vendido 9,28 milhões de unidades no ano passado, um crescimento de 12,2% face a 2011. A Seat foi a marca mais penalizada tendo vendido menos 8,3% de unidades em 2012 relativa-mente ao ano anterior. O grupo VW espera liderar em 2018 o ranking mundial da indústria automóvel, posição actualmente ocupada pela Toyota.

ESTA semana, foram embar-cados, no Terminal Multiusos Zona 1 do Porto de Setúbal, 90 autocarros no ro-ro Eurocargo Africa, agen-ciado pela Grimaldi, com destino ao Congo.

O embarque foi o culminar de uma operação de transhipment, tendo os autocarros sido descarre-gados pela Tersado do ro-ro Gran Bretagna, também agenciado pela Grimaldi Portugal, no dia 9 de Março, vindos do porto de Alexandria, no Egipto, e encontravam-se em parque no terminal. Este tipo de operação, pela sua dimensão, é pouco vulgar neste terminal do porto de Setúbal, pelo que, para a administração portu-ária, «demonstrou, quer a poliva-lência do TMS 1, quer a eficiência do seu operador».

APSS reforça presençano Politécnico

A parceria entre o Instituto Poli-técnico de Setúbal e a Administração dos Portos de Setúbal culminou, esta semana, com a participação da admi-nistração portuária na 6ª Semana Internacional do IPS.

A iniciativa pretendeu estreitar relações com os parceiros interna-cionais, divulgar infra-estruturas, equipamentos, projectos e activi-dades, bem como promover a região de Setúbal.

A APSS associou-se ao semi-nário Quality Assurance for Inter-national Mobility (Garantia de Quali-dade para a Mobilidade Interna-cional), através de uma comuni-cação sobre o tema Internship skills: the employers point of view (Está-gios: o ponto de vista do empre-gador) apresentada por Fátima Évora, responsável pelo marketing na APSS.

Empresa recusa avançar com estimativas de produção para 2013

Autoeuropa aposta ‘trunfos’ na disputa do novo modelo O anúncio formal de um novo modelo para a fábrica do grupo VW em Palmela é esperado até final do ano. O novo modelo e a abertura da produção a novos mercados são já vistos como essenciais para garantir trabalho para os próximos anos.

Porto de Setúbal aposta no transhipment para o Congo

Entram Ros e Pialat, sai HoffmanJürgen Hoffman deixou o cargo de director de recursos humanos, finanças e tecnologias da informação da Autoeuropa, sendo substituído no cargo por Xavier Ros, que vai assumir os Recursos Humanos, e por Seteffen Schudt-Pialat, que vai tutelar agora as outras duas pastas. Em declarações aos jornalistas, o novo director de Recursos Humanos garantiu que vem com a missão de «manter a trabalhar todos os colaboradores» e salientou o facto de a Autoeuropa ser já uma «fábrica competitiva», dada a «elevada qualidade e produtividade» e a baixa média de faltas ao trabalho pelos colaboradores.

Novos mercados para porto sadino

Portucel abraça mata do Buçaco

Toyota lidera ranking das marcas mais valorizadas

A PORTUCEL e a Fundação Mata do Buçaco celebraram uma parceria em prol da conservação e gestão florestal daquele património natural único. A aliança contempla a realização de programas de natu-reza pedagógica, no âmbito das visitas escolares ao Buçaco.

«Foram hoje plantadas 300

árvores na Mata que contribui para a recuperação deste espaço, de uma riqueza natural emblemática para o País», diz Ana Nery, da Portucel.

António Franco, presidente da FMB, considerou que esta parceria vai trazer «maior robustez e suporte a todo o programa de gestão e recu-peração da Mata do Buçaco».

A TOYOTA foi nomeada como a marca automóvel mais valiosa do mundo no recente relatório Bran-dFinance® Auto 50 2013 sobre marke-ting e a valorização das marcas reali-zado pela Brand Finance. Desde 2007, a Toyota tem permanecido consistentemente no primeiro lugar na lista dos fabricantes automóveis no relatório anual da agência Bran-dFinance® Global 500.

Comentando os resultados, o director executivo da Brand Finance, David Haigh, referiu que «a Toyota tem trabalhado muito para resta-belecer a confiança do consumidor e recuperar a sua reputação de fiabi-lidade, adoptando simultaneamente um design novo e apelativo e lançando campanhas publicitárias que apelam a um público mais jovem».

Melo Pires acredita que flexibilidade é a chave para lidar com a crise

Bruno Cardoso

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‘Estrelas’ da NBA em Almada Trail Run da Arrábida

ALMADA vai receber durante o mês de Agosto alguns dos melhores jogadores e trei-nadores de basquetebol da NBA, no âmbito do Basque-tebol Sem Fronteiras – Europa 2013. Trata-se de um

evento dirigido a jovens basquetebolistas europeus, incluindo de Portugal, numa iniciativa da NBA e da FIBA. Já não é a primeira vez que Almada recebe eventos deste género.

ESTÃO abertas as inscrições para o Trail Run da Serra da Arrábida, a decorrer no dia 6 de Abril, numa organização do Clube de Desporto e Turismo da Natureza, com o apoio da Câmara de

Palmela. Com meta no Largo de S. João, no centro da vila, a prova propõe três distân-cias distintas, bem como uma caminhada, percorrendo alguns dos locais mais bonitos da Arrábida.

DESPORTO

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Mário Coluna condecorado…

Cidadão moçambicano, figura de proa do futebol em Portugal, personalidade “sui-generis”,

Mário Coluna, foi recentemente condecorado pelo Governo portu-guês com a Ordem de Mérito Despor-tivo, com a solene lembrança do seu cargo de “capitão” da equipa lusitana no “Mundial” de 1966, na Grã-Bretanha.

Nunca é tarde de mais para um tal tipo de reconhecimento, feito em vida, como se desejaria que sempre acontecesse.

A homenagem a título póstumo causam-nos indisfarçável descon-tentamento em contraste com o aplauso que denotamos às que se cumprem em vida como sucedeu agora com Mário Coluna.

O Benfica não o esquece e é agradável registar a decisão hono-rífica do Governo português.

Aos 78 anos de idade, vivendo entre Maputo e Lisboa, Mário Coluna deve ter-se sentido muito feliz com a distinção governa-mental.

Com a nossa confessada anti-guidade nestas lembranças somos capazes de evocar a vinda do “teenager” Mário em 1955, de Lourenço Marques para a Luz, credenciado como bom basque-tebolista, hábil saltador em altura e também futebolista que muito prometia - e bem cumpriu!

Pouco comunicativo, de uma rara agilidade e invejável pujança atlética, Mário Coluna não perdeu tempo para se afirmar, por cá, um futebolista de eleição.

Apadrinhou Eusébio em 1961, foi o “motor” da excelente Selecção que Otto Glória levou até além-Mancha, mereceu o simbólico apelido de “monstro sagrado” dos benfiquistas e, a partir de 1974, soube assumir-se como cidadão moçambicano sem alienar o seu passado desportivo representando Portugal.

Como treinador, aquém e além fronteiras, não conseguiu sucessos equivalentes à sua magnífica carreira de jogador e, de regresso a África, já para além do meio século de existência, Mário Coluna fez uso da sua peculiar personalidade e veio a ser Presidente da Federação de Futebol e conselheiro privile-giado em matérias de Desporto, amigo pessoal de titulares de diversos cargos governamentais.

Volta e meia ei-lo em Lisboa onde goza de intenso prestígio e muitas amizades, decerto satis-

feitos com a merecida homenagem.Nem sempre (e infelizmente…)

acontece o expediente de home-nagear figuras em destaque, em tempos de vida. Nunca concor-dámos com a frequência com que se processam homenagens póstumas e daí que saudemos, com aprazimento, a decisão cimeira sobre Mário Coluna aproveitando o exemplo para sugerir à Autar-quia de Setúbal que decida prestar justas homenagens a gente de quali-dade que, no âmbito distrital, muito tem dado de si à causa desportiva, tal qual se reconheceu ao cidadão luso-moçambicano Mário Coluna. Parabéns!

David SequerraColaborador

Coluna apadrinhou Eusébio em 1961, foi o ‘motor’ da excelente selecção que Otto Glória levou além-Mancha, e mereceu o simbólico apelido de “mosntro sagrado” dos benfiquistas.

Nacional de Surf vai à Costa da Caparica 15 anos depois

Nos dias 28, 29 e 30, as ondas da Costa da Caparica são palco da primeira etapa

do Nacional de Surf. Quinze anos depois, a Costa da Caparica volta a receber uma grande competição de surf.

A “Liga Moche”, principal competição do surf nacional, arranca este mês com a primeira etapa a realizar-se na praia do CDS.

A etapa “MEO Caparica Pro by Rip Curl” marca o regresso dos melhores surfistas nacionais

(masculinos e femininos) à Costa da Caparica, após 15 anos de ausência.

Na conferência de imprensa de apresentação do Nacional de Surf 2013, realizada no dia 20, na Costa da Caparica, Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas (ANS), afirmou que «o regresso à Costa, um dos maiores palcos competitivos do surf nacional, era um objectivo há muito perseguido». O dirigente da ANS assumiu ainda que «é com muito

agrado que vejo os melhores surfistas nacionais voltarem à Costa da Caparica».

Vasco Ribeiro e Maria Abecassis são os actuais bicampeões nacio-nais de surf e iniciam, na praia do CDS, na Costa da Caparica, a defesa dos seus títulos.

Esta competição é uma orga-nização da Associação Nacional de Surfistas. A etapa da Costa da Caparica conta com o patrocínio da Câmara Municipal de Almada e o apoio do Caparica Surfing Clube.

Os mares da Costa de Caparica são dos mais requisitados para a prática dos desportos radicais, como o surf

Melhores surfistas nacionais vão marcar presença

Almada debate realidade do associativismo desportivo

A CÂMARA de Almada promove este sábado, dia 23, a partir das 9h30, o II seminário, no âmbito de um ciclo sobre o associativismo desportivo, no auditório do Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, no Feijó.

O tema é “Parcerias e Activi-dades Emergentes”. O terceiro e último seminário é dedicado ao “Associativismo Desportivo – Um Novo Desafio. Que Futuro?” e realiza-se a 13 de Abril. Estes três seminários destinam-se a diri-gentes e treinadores do movimento associativo de Almada e de outros concelhos. A participação é gratuita mas de inscrição obrigatória.

Identificar, analisar, reflectir e contribuir para a preservação e criação de práticas desportivas, levadas a cabo pelo movimento asso-

ciativo de Almada são os principais objectivos destes três seminários.

O município, enquanto entidade organizadora, pretende também reflectir sobre a realidade actual do movimento associativo almadense, tal como identificar as dificuldades e oportunidades e, ao mesmo tempo, contribuir para a promoção de siner-gias entre os agentes desportivos de Almada.

Forum Montijo apoia Nariz Vermelho

O FORUM Montijo, que está a fazer 10 anos, vai realizar a sua 1. ª Corrida, no dia 12 de Maio, pelas 10 horas, cujas receitas revertem a favor da Operação Nariz Vermelho. A corrida de 10 quilómetros, a correr ou a andar, vai propor-cionar momentos de grande animação e convívio. Para os mais pequenos está reservada a Corrida do Gui, às 9h15. Neste âmbito, por cada inscrição, um euro será canalizado para a Nariz Vermelho, que intervém nos serviços pediátricos dos hospitais.

Piscina do Complexo Municipal

‘Monstro sagrado’ da Luz

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Sábado // 23 . Mar . 2013 // www.semmaisjornal.com

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