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+ NEGÓCIOS O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, inaugurou esta semana a nova unidade médica da empresa liderada por Melo Pires. ACTUAL Está mais longe o encerramento da Oncologia do CHBM. A contratação de mais um clínico abre novas esperanças. ÚLTIMA É uma das maleitas com maior prevalência no distrito, mas é também a menos diagnosticada. São cem mil na região com os homens no topo. ÚLTIMA Para justificar uma noite fora de casa, uma jovem de 16 anos de idade inventou que tinha sido sequestrada por dois homens. www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 734 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 13.Outubro.2012 Distribuído com o Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA +Negócios Fertagus está a fazer descontos para desempregados 9 Anti-stress Teresa Salgueiro na Quimiparque do Barreiro 13 Pub. IPS faz anos e queixa-se de cortes 32 mulheres assassinadas na região em oito anos ABERTURA O distrito de Se- túbal é o terceiro do país, só atrás do Porto e de Lisboa, com maior taxa de incidên- cia de crimes passionais e violência doméstica, cujas vítimas são mulheres. Os números falam por si, sendo que nos últimos oito anos fo- ram assassinadas 32 mulhe- res com este móbil homici- da. E já este ano as autorida- des contabilizaram três ca- sos. Embora o drama da vio- lência doméstica esteja mais presente junto da sociedade, há ainda muitas barreiras na protecção das vítimas. Algu- mas mortes podiam ser evi- tadas. ACTUAL O líder do Po- litécnico de Setúbal, Ar- mando Pires, aproveitou o aniversário da institui- ção para queixar-se à tu- tela. PÁG. 7 PÁG. 10 AMRS recusa pressão no POVT em defesa da água PÁG. 4 Lisnave mantém score de navios +NEGÓCIOS Nos primeiros nove meses do ano, os estaleiros da Lisnave, na Mitrena, em Setúbal, repararam 77 navios, um volume de operações que mantém a unidade em alta, mesmo em tempos de crise. As reparações representaram 46 clientes oriundos de 17 países. Até ao final do último trimestre é esperado ainda mais um lote de navios. PÁG.8 DR DR PÁG. 9 PÁG. 5 PÁG. 16 PÁG. 16 Autoeuropa investe milhão em Saúde Oncologia do Barreiro garante novo especialista Cem mil no distrito sofrem de enxaqueca Adolescente simulou sequestro em Almada Entrevista Cardoso Ferreira faz balanço de gestão da Misercórdia sadina 11

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Edição 13 de Outubro

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+ NEGÓCIOS O Ministro da Saúde, Paulo Macedo, inaugurou esta semana a nova unidade médica da empresa liderada por Melo Pires.

ACTUAL Está mais longe o encerramento da Oncologia do CHBM. A contratação de mais um clínico abre novas esperanças.

ÚLTIMA É uma das maleitas com maior prevalência no distrito, mas é também a menos diagnosticada. São cem mil na região com os homens no topo.

ÚLTIMA Para justificar uma noite fora de casa, uma jovem de 16 anos de idade inventou que tinha sido sequestrada por dois homens.

www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 734 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 13.Outubro.2012

Distribuído com o

Pub.

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

+NegóciosFertagus está a fazer descontos para desempregados

9

Anti-stressTeresa Salgueirona Quimiparquedo Barreiro

13

Pub.

IPS faz anos e queixa-se de cortes

32 mulheres assassinadas na região em oito anosABERTURA O distrito de Se-túbal é o terceiro do país, só atrás do Porto e de Lisboa, com maior taxa de incidên-cia de crimes passionais e

violência doméstica, cujas vítimas são mulheres. Os números falam por si, sendo que nos últimos oito anos fo-ram assassinadas 32 mulhe-

res com este móbil homici-da. E já este ano as autorida-des contabilizaram três ca-sos. Embora o drama da vio-lência doméstica esteja mais

presente junto da sociedade, há ainda muitas barreiras na protecção das vítimas. Algu-mas mortes podiam ser evi-tadas.

ACTUAL O líder do Po-litécnico de Setúbal, Ar-mando Pires, aproveitou o aniversário da institui-ção para queixar-se à tu-tela. PÁG. 7

PÁG. 10

AMRS recusa pressão no POVTem defesa da água

PÁG. 4

Lisnave mantém score de navios+NEGÓCIOS Nos primeiros nove meses do ano, os estaleiros da Lisnave, na Mitrena, em Setúbal, repararam 77 navios, um volume de operações que mantém a unidade em alta,

mesmo em tempos de crise. As reparações representaram 46 clientes oriundos de 17 países. Até ao final do último trimestre é esperado ainda mais um lote de navios.

PÁG.8

DR

DR

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PÁG. 5

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PÁG. 16

Autoeuropa investe milhão em Saúde

Oncologia do Barreiro garante novo especialista

Cem mil no distrito sofrem de enxaqueca

Adolescente simulou sequestro em Almada

EntrevistaCardoso Ferreira faz balanço de gestão da Misercórdia sadina

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No distrito de Setúbal 32 mulheres foram assas-sinadas pelos compa-

nheiros entre 2004 e 2012, o que coloca a região no topo das taxas de incidência mais preo-cupantes do país, apenas atrás de Lisboa e Porto. Este ano, já foram cometidos três crimes fatais em contexto conjungal, sendo que o último ocorreu há oito dias, em Setúbal.

Os dados são do Observa-tório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), cuja presidente, Maria José Magalhães, reclama a criação de um modelo de clas-sificação de risco para vítimas de violência doméstica que ajude a legitimar a actuação das forças de segurança.

O caso mais recente ocorreu há oito dias, quando Carla, de 38 anos, foi mortalmente atin-gida a tiro pelo marido, Álvaro Santos, de 44 anos. Carla teria o filho, de apenas dois anos ao colo, acabando a mulher por ter morte imediata. António viria a suicidar-se em seguida, com a mesma caçadeira com que ceifara a vida à mulher, tendo a criançada escapado sem feri-mentos. Os vizinhos que assis-tiram à tragédia viriam a retirar o menino por uma janela da casa, na rua das Galroas

Algumas mortespodiam ser evitadas

Segundo a presidente da UMAR, Setúbal é uma das regiões que prova como está na hora do país avançar com um novo modelo, que, de resto, está ser desenvolvido há algum tempo, para ajudar a legitimar a actu-ação das forças policiais. Trata-se de uma avaliação de risco, considerada pelas autoridades «como um dos elementos essen-ciais para pensar a intervenção e o apoio que se vai sugerir quer seja a nível jurídico, psicológico ou social.»

Fonte policial contactada pelo Semmais subscreve a teoria, segundo a qual, se as autoridades pudessem

estar mais atentas aos sinais e violência e de perigo e se a actuação fosse mais célere e eficaz «talvez a l g u m a s m o r t e s possam ser evitadas», diz, admit indo ainda que esta tipologia de crime começa a preocupar cada vez mais, na medida em que está a surgir em casais mais jovens.

Contudo, apenas um terço do total de casos de violência domés-tica chega às auto-ridades policiais e poucos são os agres-sores condenados, razão pela qual a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) pretende saber por que razão a vítima não apresenta queixa.

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Abertura

Somos o terceiro distrito do país com maior taxa de incidência dos crimes passionais ou violência doméstica. Este ano já ocorreram três casos fatais.

32 mulheres da região assassinadas em oito anos

Crime, disse ela…

Bruno, o homem que a 21 de Novembro de 2011, matou a ex-companheira, que se encon-trava grávida, na Charneca da Caparica, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão. Bruno estava acusado do crime de homicídio da sua ex-companheira e do crime de aborto. Foi condenado pela prática de homicídio qualificado, com uma pena de 19 anos e seis

meses de prisão, mas seria absol-vido do crime de aborto, por se ter entendido que não saberia que a mulher estava grávida. O crime ocorreu no interior da residência que tinha sido casa da família. O arguido atingiu a sua ex-compa-nheira com um tiro no peito quando esta se encontrava sentada na secretária em frente ao compu-tador.

19 anos por matar companheira grávida

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

DR

Estudar lá fora Em 2012 celebra-se o 20.º aniver-

sário da realização do Mercado Único Europeu. De 15 a 20 de Outubro tem lugar a Semana do Mercado Único, em Portugal, com workshops e semi-nários sobre a temática (http://www.eurocid.pt).Desde 1992 foram progres-sivamente abolidas as fronteiras internas entre os países da União Euro-peia e o Mercado Único – baseado na livre circulação de pessoas, merca-dorias, serviços e capitais – passou a ser uma realidade. Hoje cerca de 500 mil jovens/ano movimentam-se por

toda a Europa para estudar, traba-lhar, fazer voluntariado, participar em intercâmbios, estágios ou simples-mente para passear.

1. Como posso efetuar uma parte dos meus estudos superiores numa universidade de outro país da UE com o programa Erasmus?

Como cidadão da UE, podes estudar ou estagiar noutro país europeu. O Erasmus é o mais conhe-cido programa de intercâmbio de estu-dantes na Europa. Desde a sua criação, em 1987, quase três milhões de estu-dantes participaram no programa. Celebra este ano um quarto de século, sob o lema: «Erasmus: 25 anos a mudar vidas e a abrir o espírito».

O programa Erasmus promove a tua mobilidade na Europa pois:

■ não tens de pagar despesas de

inscrição ou das propinas à univer-sidade de acolhimento;

■ a parte dos estudos que fizeres no estrangeiro será parte da tua licen-ciatura;

■ tens direito a uma bolsa de estudos da UE para ajudar a cobrir as despesas de viagem e de estadia.

Informa-te junto do gabinete de rela-ções internacionais da tua universidade.

Os professores e outros profis-sionais, como os responsáveis pelas relações internacionais das univer-sidades, também podem beneficiar do apoio da UE para ensinar e parti-cipar numa formação no estrangeiro. O programa Erasmus apoia também colocações em empresas no estran-geiro, uma opção cada vez mais popular.

2. Obtive o meu diploma em Espanha

e quero continuar os meus estudos em Portugal. A universidade que contactei recusa-se a reconhecer o meu diploma como equivalente ao diploma português necessário para a formação que tenho em vista. O que posso fazer?

Cada país decide a sua própria política de educação, mas os países da UE estabelecem objetivos comuns e trocam entre si boas práticas. Contacta a rede europeia de informação sobre o reconhecimento académico (Centro ENIC-NARIC) em Portugal: http://www.naricportugal.pt | +351 21 312 6000 ou +351 21 312 6098.

O reconhecimento das qualifica-ções académicas é da responsabilidade dos países, mas UE pode intervir se:

■ a recusa do reconhecimento cons-tituir uma discriminação com base na nacionalidade;

■ os procedimentos de reconheci-mento forem tão demorados e dispen-diosos que possam ser considerados uma restrição à livre circulação.

A UE trabalha com 20 outros países no âmbito do «Processo de Bolonha», com o objetivo de criar um Espaço Europeu de Ensino Superior.

Além dos documentos Europass, também está a tornar mais compa-ráveis os sistemas nacionais de quali-ficações através de um quadro europeu de qualificações (QEQ) para a apren-dizagem ao longo da vida.

* Iniciamos nesta edição um conjunto de textos da responsabili-dade da Comissão Europeia com dez perguntas e respostas decisivas no quadro actual da integração, por ocasião do 20.º aniversário do Mercado Único.

Dez perguntas sobre o mercado único*

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3S á bado | 1 3.O ut . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Se há questão consensual em Portugal, mesmo parte dela assente no senso-comum e, muitas vezes, na replicação do diz-que-disse, é a fraude da formação profissional, certamente com honrosas excepções.

As notícias - agora naturalmente eivadas na espuma da trica política – sobre os alegados favorecimentos das tutelas a empresas geridas por Relvas e assessoradas por Passos Coelho, estão mais perto da verdade do que do contrário.

Faço parte da geração que viveu o ‘boom’ dos fundos comunitários, na época áurea dos anos 90. Testemunhei autênticas farsas a que todas as entidades assistiram às claras, chancelaram sem regulação e sem fiscalização.

Não tenho dúvidas que foi um fartar vilanagem e as múltiplas empresas, muitas delas de vão-de-escadas, que pululavam na acesa fogueira dos milhões de euros entregues em cada canto do país, amealharam fortunas.

O resultado dessa formação profissional foi de Pirro, como a maior parte dos especialistas hoje reconhecem sem grande dificuldade. E a senda continuou até aos dias de hoje, embora de forma mais mitigada.

É um dos grandes ‘flops’ da nossa integração e um dos maiores crimes financeiros e políticos cometidos em nome do desenvolvimento do país e dos portugueses.

E o pior é que dessas empresas não restam cinzas. E será difícil encontrar um caso em que algum desses todo-poderosos gestores tivesse sido obrigado a fazer contas com o Estado ou pagar pelas suas fraudes.

A fraude da formação profissional

Editorial // Raul Tavares Vivemos tempos perigosos…

Nova Lei Europeia de recolha de resíduos electrónicos

O operário (era o caso) rejuvenescido

CatarinaMarcelino*

ValdemarSantos*

Com o uso cada vez mais gene-ralizado de equipamentos elec-trónicos nas tarefas diárias

de trabalho e de uso pessoal, estes equipamentos, quando atingem o seu fim de vida,,assumem-se como um resíduo que tem vindo a aumentar de forma exponencial a cada ano que passa, tornando-se dessa forma um grande problema ambiental, espe-cialmente quando não colocado nos devidos locais de recolha.

Quando falamos de lixo elec-trónico referimo-nos a monitores de computadores, telemóveis, computadores, televisores, câmaras fotográficas, impressoras, que na sua construção substâncias químicas como por exemplo chumbo, cádmio e mercúrio entre outras, que deixadas

em locais impróprios podem provocar contaminação de solos e de águas, assim como graves problemas de saúde no seu manu-seamento.

Estes equipamentos são compostos também por plásticos metais e vidros, materiais estes que demoram muito tempo a se decompor no solo.

Neste sentido, a União Europeia, criou uma diretiva, que define novas regras para a recolha e tratamento de resíduos de equipamentos eléc-tricos e electrónicos que terá de ser transposta até Fevereiro de 2014.

Para promover a reciclagem destes resíduos a nova diretiva esta-belece uma meta de 45% para a recolha de equipamentos electró-

nicos vendidos a partir de 2016. Três anos mais tarde, esse objetivo aumenta para 65% dos equipa-mentos vendidos ou 85% dos resí-duos eletrónicos gerados.

Caberá a cada estado membro escolher uma das duas formas de quantificar o objetivo, percentagem de recolha de equipamentos vendidos ou percentagem de todos os resíduos electrónicos gerados.

O objetivo da diretiva é o de contribuir para uma produção e um consumo mais sustentáveis, através da prevenção de resíduos e da reuti-lização, reciclagem e outras formas de valorização dos lixos eléctricos e electrónicos.

A legislação pretende também dotar os estados membros com os

instrumentos necessários para combater a exportação ilegal de resí-duos, que muitas vezes se esconde debaixo da capa de transferências legítimas de equipamentos usados.

Procura-se desta forma obrigar os exportadores a testar se os equi-pamentos funcionam ou não, e a fornecer documentos sobre a natu-reza das transferências que possam ser consideras ilegais.

Lembre-se que o primeiro passo para evitar a poluição do meio ambiente começa por si através de uma recolha selectiva em casa ou no seu local de trabalho, deixando os equipamentos electrónicos nos respectivos locais de recolha.

Junte a sua à nossa energia em www.ena.com.pt

O feriado do 5 de Outubro come-morou-se pela última vez, numa sessão solene à porta fechada

por imposição de um Presidente da República que tem medo do Povo, com um Primeiro-Ministro ausente por razões que a razão não compre-ende, com os verdadeiros represen-tantes da República, os cidadãos, exclu-ídos, e com uma bandeira colocada ao contrário, provavelmente de forma inadvertida, mas que não deixa de ser uma alusão, simbólica e inequí-voca, a um Portugal ocupado.

Estamos a viver tempos únicos, a viver um desafio sem precedentes, a viver uma guerra entre o poder dos mercados e o poder político, a viver a vingança do norte rico e “traba-lhador” sobre o sul pobre e “gastador”, a viver o descrédito na política, nos políticos e na democracia, a viver a incapacidade de agir sobre o galope do empobrecimento e do desnorte social, a viver os grandes protestos de rua, a viver o que pode ser o fim da Europa dos fundadores.

E perante todas as incertezas e perplexidades que caracterizam o momento da História, assistimos em Portugal à ação de um Governo e de um Primeiro-Ministro que se rendem ao poder dos mercados, apoiando-se no modelo da Troika de forma fundamentalista e quando resolvem ser “criativos”, só lhes dá para roubar mais a quem trabalha e retirar direitos sociais que foram tão difíceis de alcançar.

E com um Governo que há muito entregou os pontos e uma Troika voraz, aqui vamos nós a caminho do precipício, porque como já muitos percebemos, mas eles não saem do seu modelo teórico, o epitáfio de bons alunos caiu, a estratégia do Governo

falhou e o défice não se altera. E onde estão os sacrifícios dos portugueses? E o que será o próximo ano, com um aumento brutal de impostos, se não há sacrifícios que cheguem par aplacar o défice devorador?

Para além desta trapalhada que não vê solução, a autonomia nacional é constantemente posta em causa. As medidas são aprovadas na Europa antes que o país as conheça. O desres-peito pelos parceiros sociais e o aban-dono da concertação, que apenas reúne para servir de cosmética, é um flagrante atentado à democracia, já para não falar dos atropelos consti-tucionais.

As pessoas estão cansadas de ver os seus rendimentos reduzidos, sem esperança no futuro, os jovens a emigrar e o país a ficar sem a sua melhor e mais bem preparada geração de sempre. A catarse faz-se na rua, como vimos a 15 de setembro, pres-sionando o Governo, mas também a extrema-esquerda que se arroga no direito de ser dona da rua, e logo vem a reação da CGTP duas semanas depois, para que todos vejam que afinal são eles que controlam estes fenómenos de multidões e as moções de censura do PCP e do BE, numa medição de forças entre os dois Partidos, mas não deixando de agir concertadamente contra o PS.

No rastilho de todos estes acon-tecimentos, mas tendo apenas em conta a obsessão da doutrina econó-mica, pouco ou nada se olha para a História. Mas o passado ensina-nos e demonstra, com o distanciamento necessário, o que acontece perante determinados fenómenos. Vivemos tempos perigosos…

* Dirigente do PS

Nas Teses-Projecto de Resolução Política do XIX Congresso do PCP, em discussão nas

organizações do Partido durante largas semanas, as acções realizadas a 15 de Setembro, em particular naquilo que tem a ver com “novos e diversos sectores e camadas cuja participação traduz uma crescente percepção quanto à identificação dos reais responsáveis da actual situação económica do País”, estão situadas no quadro da análise mais geral de “Outras associações e movi-mentos de massas” cujo motor não deixamos de afirmar que radica na “luta da classe operária e dos trabalhadores”. Contra o PS, o PSD e CDS-PP e o patrocínio de que são tão agradecidos do Presidente da República, contra as troikas, ocupa crescentemente as praças, avenidas e ruas uma gigantesca convergência unificada na “defesa do direito ao trabalho com direitos, contra a precariedade e pela valori-zação salarial”, e também “na defesa dos serviços públicos e contra a desresponsabilização do Estado nas suas importantes funções sociais, como a saúde, a educação e a segu-rança social”.

A 29 de Setembro, a 1 de Outubro (mais um aniversário da CGTP-IN comemorado reivindica-tivamente em muitos locais de trabalho a nível nacional), a mobi-lização e preparação da Greve Geral de 14 de Novembro, são, passe a expressão, o que se vê. A classe domi-nante treme, há sempre quem aponte e concretize “a construção da alter-nativa” (Capítulo III das Teses).

Hoje mesmo, e desde 5 de Outubro, tendo partido de Braga e Faro (logo, atravessou a nossa Penín-

sula), a Marcha Contra o Desem-prego chega a Lisboa.

Voltando ao movimento do 15 de Setembro e a outras iniciativas do género, o documento do PCP (que tem carácter público, como é sabido) identifica os seus objectivos como “justos, ainda que limitados”, e não hesita em considerar que “os detentores do poder económico procuram transformá-los em autên-ticas válvulas de escape da justa indignação e encontrar neles um pretexto para tentar diminuir a dimensão e importância estratégica da luta organizada” (página 70).

A 16, logo pela manhã, no Parque do Bonfim, um velho mili-tante expandia-me a sua alegria: “Até os meus dois filhos e as minhas noras, com os miúdos, foram! Pela primeira vez!!”

Solidário, comentei, em guisa de pergunta, porque os conheço: “Qual deles te disse que estavam a homenagear-te, a ti, que foste a todas?” (era escusado recuar, no seu caso, ao antes do 25 de Abril. Sempre fora rejuvenescido).

“ - Mas acho que fui mauzinho para eles. Jantámos todos na minha casa, e deu-me para lhes ler o Brecht: Primeiro levaram os comunistas, mas não me importei porque não era comigo. Em seguida levaram alguns operários, mas a mim não me afectou porque não sou operário. Depois prenderam os sindicalistas, mas eu não me incomodei porque não sou sindicalista. Logo a seguir chegou a vez de alguns padres, mas como nunca fui religioso, também não liguei. Agora levaram-me a mim e quando percebi, já era tarde.”

*Militante do PCP

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AS OBRAS de qualifi-cação do espaço público do núcleo antigo do Seixal deverão arrancar em breve, prevendo-se a sua conclusão para o Verão do próximo ano.

Avaliada em mais de 3 milhões de euros, a emprei-tada pressupõe a reformu-lação da rede de infra-estru-turas do núcleo, bem como a qualificação total do espaço público. A obra vai alterar por completo o sistema de recolha de resí-

duos sólidos urbanos, estando ainda prevista a criação de uma zona 30, que limitará a velocidade dos veículos a 30 km/h. A medida vai melhorar a circulação de peões, permi-tindo reduzir o ruído e as emissões de gases.

Antes do Verão, a Câmara do Seixal prevê ter prontas as obras do Museu de Artes Manuel Cargaleiro e do Centro Internacional de Medalha Contempo-rânea do Seixal.

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Actual

A Associação de Muni-cípios da Região de Setúbal (AMRS) acusa

o Governo de estar a «pres-sionar» as câmaras muni-cipais a aceitar a sua estra-tégia para o sector da água e saneamento. A atitude, que a associação diz ser «comple-tamente inaceitável», poderá impedir no futuro o acesso a novos fundos comunitários pelas autarquias da região.

Em causa está um parâ-metro de avaliação das candidaturas apresentadas

pelos municípios ao abrigo do Regulamento específico ciclo urbano da água – vertente em baixa – modelo não verticalizado, no âmbito do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), que, alegadamente, se prende com a sua exclusiva concor-dância com a fusão dos sistemas multimunicipais existentes, a verticalização dos sistemas, integrando as redes em baixa, e a concessão da gestão dos sistemas a privados. A região está contra esta estratégia.

Em declarações ao Semmais, Alfredo Monteiro, presidente da AMRS, exige que o Governo «respeite a autonomia do Poder Local» e pede a «imediata supressão» do polémico critério que faz depender a avaliação das candidaturas da concordância ou não com a estratégia governamental para o sector. «É uma situ-ação terrível e de uma prepo-tência atroz, que ganha mais relevo quando se sabe que a imposição não veio de Bruxelas», afirma.

O também presidente

da Câmara Municipal do Seixal recorda as seme-lhanças entre este parâ-metro com um outro do Programa de Apoio à Economia Local, a linha de financiamento de mil milhões de euros que permitirá aos municípios saldar dívidas de curto e médio prazo, e lamenta que os dois «firam a autonomia dos municípios».

Privatização põeem causa investimentos

Alfredo Monteiro condena assim o desejo de o Governo entregar a gestão do sector a privados, «isentando-os dos riscos», e lembra, justamente, os investimentos que já foram feitos pelas autarquias nesta área. O presidente da AMRS revela ainda ter já pedido uma reunião à Ministra do

Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, para debater este tema e outros relacionados com os investi-mentos inicialmente previstos para a região. «Estamos dispostos a fazer queixa no estrangeiro e a ir até às mais últimas instâncias, reafir-mando o compromisso com as nossas populações de defesa da gestão pública da água e do saneamento», assevera.

AMRS acusa Governo de «chantagem e pressão» e arregaça mangas em defesa da água públicaCritério que faz depender avaliação de candidaturas de concordância ou não dos municípios com estratégia de privatização do sector das águas e saneamento está no centro da questão. Região promete luta.

Pub.

::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::

Autarcas unidos prometem luta forte para manter o bem precioso sob a alçada pública

Melhorias no núcleo antigo

Núcleo antigo do Seixal entra em obras em breve

PAEL no Montijo é mais curtoNa edição n.º 733 de 5 de

outubro de 2012, o jornal Sem Mais noticiava, na página 12, num artigo intitulado “Autar-quias vão recorrer a linha de crédito para financiar dívidas”, que os municípios de Sesimbra e Montijo, no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), “deverão, em conjunto, contratar empréstimos na ordem dos quase 13 milhões de euros”.

A notícia, assim tratada, induz os leitores do jornal em erro, uma vez que o município do Montijo só pretende contra-tualizar 1.285.714,16 euros. Ou seja, dos 13 milhões de emprés-timos que podem ser atribu-ídos às duas autarquias, o município de Sesimbra é responsável por quase 12 dos 13 milhões do empréstimo referido pelo jornal

Câmara Municipal do Montijo

Nota de Redacção

Apesar da referida notícia estar absolutamente correcta, uma vez que foi referido que o valor em causa seria a soma dos valores das duas autar-quias, reconhecemos que, dada a diferença das verbas a soli-citar no âmbito do PAEL, teria sido adequado referenciar os montantes fraccionados pelo Barreiro e pelo Montijo.(Ver. pág. 10)

Foto

: AM

RS

Cartas ao Director

DR

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Osteoartrose, a deterioração da carti-lagem das articulações quesurge numa idade mais avançada, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científi ca encontrou uma solução natural que parece ser muito eficaz: glucosamina combi-nada com condroitina.

Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fi ca “conge-lado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamentase, mostrando clara-mente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé. Esta imagem clássica é osteoartrose, o resultado doloroso do desgaste da cartilagem. As extremidades ósseas expostas friccionam entre elas, origi-nando dor, estalidos e perda de mobi-lidade, mas investigadores empe-nhados encontraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medicamentos de síntese… é uma combinação de dois componentes naturais. Uma chama-se glucosamina, a outra condroitina.

Tijolos de cartilagemA glucosamina é um amino-açúcar, produzido a partir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo biológico eum componente estrutural da carti-lagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exacta-mente isso que a investigação mostrou ser benéfico na osteoartrose. A condroi-tina, o outro componente, é extraído normalmente da cartilagem de porco ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um componente estrutural vital da cartilagem.

Nenhuma outra substânciatem este efeitoAo contrário dos medicamentos anal-gésicos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a glucosamina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CARTI-LAGEM. Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura perda de cartilagem articular. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recuperar alguma da cartilagem já degradada.

Documentado cientifi camenteActua mesmo? De acordo com estudos científi cos, defi nitivamente parece

que sim. Não só melhora o funciona-mento das articulações, como os estudos também demonstram que reduz as dores articulares tão efi cazmente como medicamentos que são amplamente utilizados para tratar articulações inflamadas e dolorosas. De facto, investigadores Espanhóis do Hospital Universitário Dr. Peset em Valência publicaram recentemente um estudo na revista científica Radio-logia Europeia (European Radiology), no qual comprovaram a capacidade da glucosamina diminuir a dor e melhorar o funcionamento das arti-culações em pessoas com a cartilagem do joelho degradada.

Utilização muito seguraNum artigo de revisão publicado no início deste ano na revista Artroscopia (Arthroscopy), investigadores ameri-canos referem o sulfato de glucosa-mina como “uma modalidade inicial de tratamento para muitos doentes com osteoartrose”. A osteoartrose, como mencionado anteriormente, é uma parte natural do processo de envelhecimento. Para além da relação com a idade, e da degradação enzimática da carti-lagem articular, a osteoartrose pode ser provocada pela utilização inade-quada das articulações ou por uma combinação de excesso de peso e pouco exercício físico. Glucosa-mina combinada com condroitina

parece ser uma solução benéfica para a osteoartrose ligeira a mode-rada, não apenas pelos seus efeitos comprovados, mas também pela sua segurança.

Eur Radiol. 2009Arthroscopy. 2009 Jan;25(1):86-94.

(*) Farmacêutica

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Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas

Dra. Inês Veiga (*)

Porquê “sulfato”?Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com sulfato de gluco-samina e sulfato de condroitina. O prefi xo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem combi-nados com enxofre. Biologicamente, a glucosamina e a condroitina neces-sitam da presença de enxofre para actuar adequadamente. Outra forma de glucosamina predominante-mente utilizada em preparações de glucosamina nos Estados Unidos é o “cloridrato de glucosamina”. Esta forma da substância não actua tão bem quanto o sulfato de glucosa-mina, explicando a razão por que alguns estudos não apresentam os efeitos esperados. A maioria dos estudos publicados com efeitos comprovados na osteoartrose utili-zaram sulfato de glucosamina.

A UNIVERSIDADE Lusó-fona vai instalar em Setúbal um centro de pós-graduações, capaz de colaborar para o desenvolvimento dos recursos humanos da região, através de cursos de especialização, de formação profissional ou pós-graduações. A Câmara Muni-cipal de Setúbal está a estudar a instalação do pólo em três localizações possíveis na cidade, cujos nomes opta ainda por não revelar, mas descarta desde já a possibilidade de o local escolhido ser o da antiga Moderna, uma vez que a aqui-sição das instalações impli-caria um investimento de 4 milhões de euros, quantia que a edilidade já recusou pagar.

Em declarações ao Semmais, Maria das Dores Meira, presidente da autarquia, considera que o protocolo agora firmado com a Lusófona, que tem a duração de uma década, vai dar à população «novas e mais adequadas condições para que esta pros-siga os seus estudos», sobre-

tudo tendo em conta a conjun-tura económica do país, e depois de o município «ter perdido capacidade de atracção académica com a saída do pólo da Moderna». «O concelho ficará agora dotado de uma oferta mais qualificada, que se junta à do ensino já existente», acrescenta.

Manuel Damásio, presi-dente da direcção da COFAC/Universidade Lusófona, afirma que o início desta colaboração com o município evidencia «responsabilidade e ambição de longo alcance», porque implica que «ambas as partes façam o seu melhor para a reali-zação dos objectivos agora protocolados». «Temos de conseguir fazer cursos iguais aos melhores existentes em qualquer parte do mundo, algo que não invalida a realização, desde já de coisas que sejam muito, mas muito específicas», antecipa.

EPS pode acolhercursos numa fase inicial

O centro de pós-gradua-ções da Lusófona em Setúbal vai oferecer toda a variedade formativa existente na univer-sidade, designadamente cursos de pós-graduação em ciências

da comunicação, marketing e publicidade, comunicação nas organizações, programação e gestão cultural, enoturismo, marketing turístico, contabi-lidade, entre outros nas áreas

da engenharia, ciências, tecno-logias e letras. Com um total de mais de uma dezena de pós-graduações em funcionamento, cuja duração poderá ir de três a onze meses, o estabeleci-mento de ensino espera atingir a marca mínima de 195 alunos.

Este leque de formação especializada de curta e média duração não confere grau académico, mas pode dar equi-valência ao primeiro ano dos mestrados na universidade. Enquanto não é definido o espaço final onde se instalará o pólo em Setúbal, que será doado à Lusófona pelo muni-cípio, os cursos poderão vir a funcionar na Escola Profis-sional de Setúbal. O centro de pós-graduações será condu-zido por uma comissão de gestão, constituída por repre-sentantes de ambas as insti-tuições, que se responsabili-zará, entre outras tarefas, pela identificação das actividades a desenvolver futuramente.

Bruno Cardoso

Universidade Lusófona instala centro de pós-graduações em Setúbal

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CHBM vai ter muito em breve novo especialista de oncologia

O CENTRO Hospi-talar Barreiro/Montijo (CHBM) prevê para breve a entrada em funções de um novo especialista na área de oncologia, que atenuará assim algumas das lacunas que, actual-mente, se verificam no serviço.

Em declarações ao Semmais, a adminis-tração do centro hospi-talar reconhece estar com falta de especialistas na área, «estando por isso a desenvolver todos os esforços no sentido de encontrar médicos desta especialidade disponí-veis para contratação».

O hospital garante também que a situação actual «nunca» colocou em causa a continuidade do serviço de oncologia no CHBM.

Imóvel da Moderna de foraO proprietário do edifício da Moderna, que funcionou durante 22 ao serviço daquela universidade privada, continua sem saber o que fazer ao imóvel, agora tornado num antro de degradação e vandalismo. Moisés Broder, em nome da Incentivest, dizia ao Semmais em Junho deste ano que estaria a ser estudada a hipótese de «voltar a criar no local um pólo universitário ou uma unidade hospitalar». Pelo menos a primeira hipótese já foi abortada.

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CARTÓRIO NOTARIAL DE

SETÚBAL NOTÁRIA

MARIA TERESA OLIVEIRA

Sito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro n.º 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia nove de Outubro de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 80 do livro 247 – A, de escrituras diversas, na qual: António Rosa Alves Calisto, casado com Maria Liseta Martins Gomes Calisto, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Quinta de São José, n.º 5 e 7, Manteigadas, em Setúbal, contribuinte número 129540099, justificou a posse, invocando a usucapião de um prédio rústico, com a área de quatro mil duzentos e cinquenta metros quadrados, sito em Brejos das Bispas, Brejo dos Setes Olhos, Quinta de Canes, freguesia de São Sebastião, concelho de Setúbal, composto por terras de semeaduras, que confronta do norte com Caminho Público, do sul com a Rua Baia do Sado, do nascente com Francisco Miguel Delgado Almeida e do poente com o próprio, a desanexar do prédio descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número oito mil trezentos e quarenta e seis, da dita freguesia, inscrito na respectiva matriz cadastral sob o artigo 79 da secção E.

Está conforme.

Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro

número 21-D, em Setúbal, 09 de Outubro

de 2012

A NotáriaMaria Teresa Oliveira

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL

NOTÁRIAMARIA TERESA

OLIVEIRASito do Cartório na Avenida 22 de Dezembro n.º 21-D em Setúbal Certifico, para efeitos de publicação que no dia nove de Outubro de dois mil e doze, neste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, a folhas 77 do livro 247 – A, de escrituras diversas, na qual: Luísa Gomes Gonçalves, viúva, residente na Azinhaga do Cangalho, CCI 12906, Olhos de Água, Pinhal Novo, em Palmela, contribuinte número 145753921, Maria Luísa Gonçalves Martins da Silva e marido, Vítor Joaquim Antunes Marques da Silva, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua General Humberto Delgado, 47, Castro Verde, contribuintes números 145753913 e 134676319, e José Carlos Gonçalves Martins e mulher, Carla Maria Rodrigues dos Santos Martins, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua D. Maria Teresa de Noronha, 21, 2.º Esq., em Alcochete, contribuintes números 188371982 e 195356853, justificaram a posse, invocando a usucapião de uma parcela de terreno com a área de quatro mil e sessenta e cinco metros quadrados, a qual faz parte do prédio misto sito em Olhos de Água ou Terrim, freguesia do Pinhal Novo, concelho de Palmela, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 54 da Secção N, e a parte urbana de rés do chão para habitação, inscrita na respectiva matriz sob o artigo 2755, descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela sob o número três mil duzentos e noventa e seis.

Está conforme.

Cartório Notarial sito na Avenida 22 de Dezembro número 21-D, em Setúbal,

09 de Outubro de 2012

A NotáriaMaria Teresa Oliveira

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A PRESIDENTE da Câmara Municipal de Palmela não quer que o novo regime jurídico da organização admi-nistrativa territorial autár-quica, que se traduz, entre outras medidas, na agregação e extinção de freguesias, se aplique ao município. Ana Teresa Vicente afirma que Palmela «é um caso especial» na região e, quiçá, no resto do país, pelo que não rejeita levar o caso «até às últimas instâncias», se o Governo impor a extinção de uma freguesia no município.

Segundo a autarca, todas as freguesias do município cumprem os critérios subja-

centes à reforma, tendo mais de 15 mil habitantes em lugares urbanos e cerca de 3 mil em locais não urbanos. Além disso, depois de estu-dadas todas as possibilidades de agregação em cima da mesa, a distância entre as freguesias e a sede de concelho seria sempre supe-rior a 20 quilómetros, podendo resultar em fregue-sias com mais de 100 quiló-metros quadrados. «Palmela é, inclusive, um dos quatro municípios na Área Metro-politana de Lisboa que mais cresceu, cerca de 17 por cento, entre 2001 e 2011», lembra Ana Teresa Vicente, que vinca

ainda o crescimento de todas a freguesias, sem excepção, nesse período de tempo.

A edil considera que «não faz sentido» o Governo falar de uma reorganização a este nível quando uma mudança deste género «implica repensar todos os níveis da administração do país». «Esta lei visa apenas extinguir as freguesias e nada mais», acrescenta, sem esquecer que a criação de diversas delegações de junta de freguesia no território, futu-ramente, «não sairia barato

e colocaria as competências das juntas em causa».

Presidentes de junta unidos contra extinção

Nenhum presidente de junta de freguesia do muni-cípio é favorável, aliás, à extinção ou agregação da sua freguesia. Valentim Pinto, que lidera a Quinta do Anjo, pede «união de todas as forças políticas em torno deste assunto», enquanto Fernando Baião, presidente da junta de Palmela, «lamenta o modo como as populações estão a ser tratadas». Manuel Lagarto, presidente da junta do Pinhal Novo, diz que o secretário de Estado que está a tutelar a reforma, Paulo Simões Júlio, «deveria deixar o cargo antes de esta se concretizar», e José Silvério, do Poceirão, interroga-se sobre qual o futuro do desen-volvimento da agricultura sem freguesias rurais. «É insustentável, por exemplo, que o Poceirão e a Marateca fiquem agregados, porque isso daria origem a uma freguesia com mais de 300 quilómetros quadrados»,

lembra Fernanda Esfola, presidente da Junta de Freguesia da Marateca.

Ainda sobre este assunto, Ana Teresa Vicente recorda que a autarquia conseguiu reunir o número de assina-turas suficientes para discutir a excepcionalidade do muni-cípio na Assembleia da Repú-blica e diz que os próprios partidos do Governo, PSD e CDS-PP, concordam que este é um «caso invulgar». «É pena que ex-autarcas se esqueçam de que o foram quando chegam ao Governo», critica a presidente da câmara de Palmela. Além da petição que vai ser discutida no Parla-mento, o executivo municipal desenvolveu debates sobre o assunto em todas as fregue-sias do município, ao lado das suas populações, realizou um seminário sobre o futuro do poder local, discutiu o tema em todas as assembleias de freguesia e na Assembleia Municipal de Palmela, reuniu com os grupos parlamentares e foi ouvido na Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.

Bruno Cardoso

Palmela quer regime de excepcionalidadepara manter todas as suas freguesiasA presidente Teresa Vicente afirma que o município é um caso único em todo o país e explica os motivos que sustentam a sua argumentação. Presidentes de junta estão a seu lado. O caso do município deve agora ser discutido no Parlamento.

Unidade Local aprovada a Litoral

O GOVERNO aprovou a criação da Unidade Local de Saúde do Litoral Alen-tejano (ULSLA), com a natureza de entidade pública empresarial, que vai integrar o hospital e centros de saúde daquela região. A criação da ULSLA foi aprovada na reunião do Conselho de Ministros. Segundo o Governo, a nova unidade local vai integrar o Hospital do Litoral Alen-tejano e o Agrupamento de Centros de Saúde do Alen-tejo Litoral (ACES Alentejo Litoral).

«Esta decisão visa criar as condições de oferta que permitam rentabilizar a capacidade existente no hospital e nos centros de saúde», justifica o execu-tivo, admitindo que desta forma fica garantida a «integração efectiva dos cuidados de saúde primá-rios, hospitalares e conti-nuados no Alentejo Litoral.»

O Governo acrescenta que através da criação da ULSLA fica mantido «um compromisso com a sustentabilidade econó-mico-financeira e com o aumento do acesso e quali-dade de serviços de saúde.»

Roberto Dores

A edil, Ana Teresa Vicente

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O SECRETÁRIO de Estado do Ensino Superior, João Queiró, reafirmou a impor-tância da área que tutela para o futuro do país e sublinhou a necessidade de Portugal «ser capaz de evitar a duplicação

de cursos tradicionalmente próximos entre si, de ter mais qualidade na oferta e oferecer melhores recursos». As pala-vras do governante foram proferidas durante a sessão solene do dia do Instituto Poli-

técnico de Setúbal, ocasião em que João Queiró enfatizou ainda o aumento em três por cento este ano da verba do fundo de acção social, para algo entre os 140 e 150 milhões de euros. As lástimas do presi-

dente do politécnico, Armando Pires, ficaram, por outro lado, sem resposta.

Uma delas está directa-mente relacionada com a não construção do edifício da Escola Superior de Saúde, enquanto a outra tem subja-cente os cortes à instituição em sede de Orçamento de Estado. O orçamento do IPS para 2013 não chega a 15 milhões de euros. Armando Pires recorda que o corte de 3 por cento de 2013 deve ser somado ao de 8 por cento no ano passado, um «cenário que tem vindo a agravar as dificuldades da insti-tuição, que sofre também com a quebra nas suas receitas próprias». «Estamos a conti-nuar a reduzir a despesa, apesar dos fortes constrangimentos», enfatizou.

Na mesma ocasião, o presi-dente do Instituto Politécnico de Setúbal apelou à necessária

clarificação dos dois subsis-temas de ensino superior, motivo que diz justificar em parte a quebra na procura da oferta formativa do IPS por parte dos que se querem licen-ciar. «Atingimos níveis extre-mamente preocupantes este ano, que só não são piores devido às entradas dos maiores de 23 anos», alertou, recor-dando que a taxa de desem-prego entre os licenciados da instituição é de 7,6 por cento.

Mérito e anos de serviçorecordados em sessão

As comemorações do dia do IPS envolveram ainda uma a entrega de medalhas aos funcionários docentes e não docentes que completaram vinte anos ao serviço da insti-tuição e a atribuição de bolsas de mérito aos melhores estu-dantes.

O IPS, criado em 1979, iniciou as suas actividades em 1981 e tem actualmente 6500 alunos. Cinco escolas superiores (Tecnologia de Setúbal, Educação, Ciências Empresariais, Tecnologia do Barreiro e Saúde) compõem a instituição, a que se juntam também os serviços de acção social e os serviços centrais. O politécnico procura contri-buir para a valorização e desenvolvimento da socie-dade em geral e da região de Setúbal, em particular, através de actividades de formação terciária, de inves-tigação e de prestação de serviços, que concorram para a criação, desenvolvimento, difusão e transferência de conhecimento e para a promoção da ciência e da cultura.

Bruno Cardoso

IPS queixa-sede cortes à tutela

Armando Pires pede que se clarifique papel dos politécnicos. Secretário de Estado, João Queiró, ouviu lamentos, mas não deu grandes respostas.

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Tribunal Judicial de SesimbraSecção Única

Edifício da Falésia, Bloco K, 2970-773 SesimbraTel.: 212288150 / Fax.: 212288169 / Mail.: [email protected]

AnúncioProcesso: 67/10.3TBSSB / ExpropriaçãoN/Referência: 1916906 / Data: 19-09-2012Expropriante: Simarsul – Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal, SAExpropriada: Donna Elizabeth WhiteheadNos autos acima identificados correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notificando o expropriado Donna Elizabeth Whitehead, domicílio: 52 Berkeley Tower, Londres, com última residência conhecida na morada indicada nos autos de teor da decisão arbitral em que as parcelas constantes dos autos foram adjudicadas a favor da expropriante. São ainda notificados os expropriados ausentes de que têm o prazo de 20 dias decorrido que seja o dos éditos, para, querendo, recorrer da decisão proferida, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial e documentos anexos que se encontram nesta Secretaria, à sua disposição.

Semmais, 13/10/2012 – 1.ª Publicação

A Juíza de DireitoDra. Cláudia G. T. de Melo Graça

A Oficial de JustiçaSandra Jorge Machado

O INSTITUTO Politécnico de Setúbal (IPS) assinou, esta semana, protocolos de coope-ração com o Instituto Goiano e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, no Brasil.

Os acordos, no âmbito do programa brasileiro Ciência sem Fronteiras, foram assi-nados durante uma visita dos reitores Vicente Pereira de Almeida, do Instituto Federal

Goiano, e José Martins, do Insti-tuto Federal do Norte de Minas Gerais.

Durante a visita, os reitores brasileiros revelaram que, de 4.500 bolsas anuais para mobi-

lidade internacional no âmbito deste programa, apenas foram utilizadas cerca de 1.500, por dificuldades relacionadas com as línguas estrangeiras. Neste aspecto Portugal tem, logo à

partida, uma posição de vantagem no estabelecimento de acordos de parceria, que o reitor Vicente Pereira de Almeida considerou «muito valiosa» por ser potenciadora

de ganhos para ambas as partes. Os ganhos resultantes das parcerias foram igualmente realçados quer pelo presidente quer pelos directores das escolas superiores do IPS.

Instituto Politécnico de Setúbal aposta em cooperações com Brasil

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Reorganização Administrativa Autárquica do Concelho de Grândola

DELIBERAÇÃO

Nos termos do n.º 1 do artigo 11.º da Lei n.º 22/2012, de 30 de Maio, que aprovou o regime jurídico da reorganização administrativa territorial autárquica, “a Assembleia Municipal delibera sobre a reorganização administrativa do território das freguesias, respeitando os parâmetros de agregação e considerando os princípios e as orientações estratégicas definidos na (…) lei”. Ainda de acordo com o n.º 2 do mesmo artigo, sempre que a Câmara Municipal não exerça a iniciativa para a deliberação anteriormente referida deve apresentar à Assembleia Municipal um parecer sobre a reorganização do território das freguesias do respetivo município.Nesse sentido, e uma vez que de acordo com a informação disponibilizada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território – entidade criada para acompanhar e apoiar a Assembleia da República no processo de reorganização administrativa territorial autárquica, nos termos da lei – a Assembleia Municipal terá de se pronunciar sobre esta matéria até dia 15 de Outubro, há necessidade de a Câmara Municipal fazer chegar à Assembleia o parecer previsto na lei.Assim, tendo em atenção as opiniões consensualizadas dos principais agentes da Sociedade Civil grandolense, dos eleitos locais e a expressão da vontade da grande maioria da população do Concelho, considera-se que a Câmara Municipal deveria emitir um parecer cujas principais linhas de orientação poderiam ter como base o seguinte texto: “O Município de Grândola considera, tal como a generalidade dos Municípios Portugueses e a Associação Nacional que os representa, que a reorganização territorial do Estado deve cumprir os princípios constitucionais da igualdade real entre os portugueses e da promoção do desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, não podendo, nem devendo, ser efetuada a régua e esquadro, atendendo apenas a meras considerações contabilísticas.O Município de Grândola entende que a atual lei irá contribuir para acentuar as desigualdades e as assimetrias do território concelhio, fomentando o despovoamento dos lugares e incentivando o isolamento das populações.No Concelho de Grândola a redução de qualquer freguesia não situada em lugar urbano (as únicas, nos termos da lei, passíveis de agregação) representaria uma perda irreparável para as populações e para a consolidação do processo de desenvolvimento do território concelhio, sem quaisquer benefícios do ponto de vista económico e sem qualquer vantagem do ponto de vista administrativo ou funcional.”Pelas razões anteriormente invocadas, a Assembleia Municipal reunida em 3 de Outubro de 2012, delibera:

O Município manifesta-se contra a eventualidade de redução ou agregação de freguesias no Concelho de Grândola.

Aprovado por unanimidade.

Paços do Concelho, 03 de Outubro de 2012.

O Presidente da Assembleia Municipal

António Chaínho

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Lisnave reparou77 navios nos primeiros nove meses do ano

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+ Negócios

Lisnave reparou77 navios nos primeiros nove meses do ano

Nos primeiros nove meses de 2012, os estaleiros da Lisnave, em Setúbal,

repararam 77 navios oriundos de 46 clientes de 17 países.

Apesar da conjuntura pouco favorável à actividade, a Lisnave conseguiu manter um interessante nível de trabalho, registando que Singapura, com 17 navios e Grécia, com 13, são os países com mais navios reparados nos estaleiros da Mitrena, entre Janeiro e Setembro de 2012. Chipre, com oito navios, o Japão com sete e a Alemanha com cinco, são outros países a destacar, bem como a Dinamarca, a Espanha e a Noruega, com quatro navios cada.

Outro indi-cador que a admi-nistração da empresa considera importante é o chamado repeated business, ou seja, diversos clientes de todo o mundo continuam a confiar a responsabilidade da reparação/manutenção dos seus navios aos estaleiros da Mitrena, «reconhe-cendo, assim, a qualidade do trabalho ali desenvolvido».

Como exemplo, a operadora

indica que, entre Julho e Setembro, a AET Eagle Shipmanagement entregou três navios para reparação nos estaleiros da Lisnave e vai entregar mais um até ao final de 2012.

Outras reparações importantes foram feitas em dois navios da Unicom Managements Services, que entregará mais um até ao fim do ano, e da Norden que entregou dois

navios para reparação entre Julho e Setembro e entregará mais dois no último trimestre. De salientar ainda a reparação feita num navio da AP Moller Maersk que entregará nos estaleiros da

Mitrena, até ao final do ano, mais três navios.

Os 77 navios representaram 46

clientes oriundos de 17 países

O PORTO de Sines parti-cipou, esta terça-feira, no Extremadura Exporta 2012, no Palácio de Congressos de Badajoz, em Espanha.

Dirigido aos empresá-rios da região da Extrema-dura Espanhola, o Extrema-dura Exporta é um fórum anual, cujo principal objec-tivo passa por fomentar e promover o aumento das exportações daquela região.

A edição deste ano foi marcada pela apresentação de soluções e ferramentas de apoio à exportação das empresas estremenhas, com o objectivo de criar siner-gias entre os diferentes inter-venientes no processo de internacionalização.

No entender da adminis-tração portuária dirigida por Lídia Sequeira, o porto de Sines «tem vindo a afirmar-se como um importante porto» ao serviço da Extre-madura Espanhola, pelo que esta participação contribuiu para «dar a conhecer as

características naturais de Sines», bem como os factores de competitividade deste porto, nomeadamente no que respeita as ligações aos principais mercados inter-nacionais, factor determi-nante para o incremento das exportações.

Porto de Sines mostra-se forte em Espanha

FORAM entregues esta semana os certificados de formação profissional, a 45 formandos, que frequentaram e concluíram, com aprovei-tamento, o curso de Operador para Unidades Industriais, criado pela Repsol Polímeros em colaboração com o Insti-tuto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), com o objectivo de «formar e habi-litar pessoas que queiram colaborar e desenvolver a sua carreira profissional em qualquer unidade da indús-tria química», revelaram as duas entidades envolvidas neste projecto.

Para José Font, director-geral da Repsol Polímeros, é com «orgulho e muita satis-fação» que a empresa petro-lífera espanhola entrega os certificados de formação profissional a formandos que, enaltece, «superaram os objectivos do curso e as suas diferentes avaliações».

Neste curso, os alunos tiveram aulas teóricas sob a responsabilidade de forma-dores habilitados, prove-nientes do IEFP e da Repsol, bem como aulas práticas que se realizaram numa das dife-rentes fábricas do Complexo Petroquímico.

Repsol continua apostar na formação profissional

O GRUPO Portucel Soporcel foi distinguido, nos Troféus Luso-Franceses, com o prémio “Troféu de Exportação Português”, na categoria de “Grandes Empresas”, que distingue uma empresa portuguesa pela qualidade dos seus resultados na exportação para França.

Numa iniciativa organi-zada pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), os prémios foram entregues numa ceri-mónia que decorreu em Lisboa e contou com a presença de Miguel Guedes, em representação do Ministro de Estado e Ministro dos Negócios Estrangeiros, Vital Morgado, da AICEP, Helena Duarte, do IPAMEI e Pascal Teixeira da Silva, embaixador de França em Portugal. Os Troféus Luso-Franceses foram criados com o objectivo de incentivar as trocas comerciais entre Portugal e França, distin-

guindo o esforço e o sucesso obtidos pelas empresas no desenvolvimento de estra-tégias e investimentos em ambos os mercados.

Em 2011, as exportações totalizaram mais de 1,2 biliões de euros, represen-tando cerca de 3 por ecnto das exportações portu-guesas de bens, números que reflectem a importância do Grupo que exporta para 120 países nos cinco conti-nentes. As suas exporta-ções aumentaram em 7 por cento face ao ano anterior e 95 por cento das suas vendas de pasta de celu-lose e papel foram reali-zadas no exterior. No primeiro semestre de 2012, e apesar do difícil contexto económico, o volume de negócios do Grupo voltou a crescer, com as exporta-ções a atingir os 618 milhões de euros, contri-buindo fortemente para o equilíbrio da balança comercial portuguesa.

Portucel arrecada troféu de qualidade nas exportações

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A AUTOEUROPA investiu quase 1 milhão de euros nas instalações e equi-pamentos do seu novo departamento médico, bem como em novos projectos na área da prevenção. Durante a apresentação do novo departamento, o Ministro da Saúde, Paulo Macedo, gabou o esforço da empresa liderada por António de Melo Pires e acrescentou que esta polí-tica de saúde ocupacional «é um exemplo de respon-sabilidade social em todo o país». «O sucesso dessa polí-tica está, certamente, ligado ao sucesso em termos globais da Autoeuropa e deve, por conseguinte, ser premiado», afirmou o gover-nante.

Na mesma ocasião, Paulo Macedo recordou que a fábrica de Palmela do grupo VW é um «sítio sereno, com tudo extremamente

planeado, cujos fortes alicerces se devem a programas de prevenção como o “Volkswagen Check-Up” e o Think Fit”». Este último é, aliás, uma ferra-menta inovadora na área da saúde ocupacional em Portugal e no seio do próprio grupo, assente no exercício físico, nutrição e motivação. A iniciativa, que expressa bem o forte investimento no capital humano da empresa,

utiliza como ferramenta-chave o “VW Check-Up”, que rastreia o universo de cola-boradores com vista à detecção de distúrbios rela-cionados com doenças cardiovasculares, oncoló-gicas e do foro psicossocial.

«Este programa de saúde ocupacional é um investi-mento na saúde dos colabo-radores, não fosse a inovação parte do código genético desta empresa, sempre

marcado pelo sucesso», afirmou o director-geral da Autoeuropa. Por seu lado, o director de recursos humanos, finanças e tecno-logias da informação da empresa, Jürgen Dieter Hoff-mann, salientou que estas apostas na vida dos colabo-radores «reflectem a política do grupo, que lhes pretende proporcionar todos os recursos necessários para um vida mais activa e

saudável». «Com uma popu-lação a envelhecer e exposta a diversos factores de risco, o foco da intervenção reflecte a preocupação pelo envelhe-cimento activo», acrescentou.

Negociações continuamem cima da mesa

Entretanto, as negocia-ções entre a administração da empresa e a comissão de trabalhadores (CT) conti-

nuam a decorrer. Em decla-rações ao Semmais, António Chora, coordenador da CT, reafirmou o desejo de que a Autoeuropa salvaguarde o emprego de todos os contra-tados a prazo, cerca de 700, para só depois as questões salariais virem para cima da mesa. Os trabalhadores pretendem, entre outras reivindicações, um aumento igual ao valor da inflação, acrescido de 1,5 por cento.

«A preocupação continua no parque da Autoeuropa, até porque se continuarmos a produzir 625 veículos por dia, este terá de se adaptar», afirma António Chora. Até ao final deste mês, tal como afirma, estão previstos mais três down days. Desde o início do ano, e até final de Agosto, a produção tinha caído 11,4 por cento face ao mesmo período de 2011.

Bruno Cardoso

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Novo departamento médico reflecte código genético da Autoeuropa

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O lançamento do novo departamento médico da unidade fabril de Palmela contou com a presença do ministro da Saúde Paulo Macedo

A FERTAGUS, concessio-nária da gestão e exploração da linha ferroviária do Eixo Norte/Sul, que inclui a travessia do Tejo através da Ponte 25 de Abril, acaba de lançar uma campanha social que permite aos desempregados viajarem com descontos no bilhete.

Para os desempregados, a Fertagus desenvolveu uma campanha que permite utilizar a linha ferroviária do eixo Norte/Sul com descontos até 25 por cento nos títulos ocasio-nais de comboio ou de auto-carro (Sulfertagus), bastando para isso apresentar decla-ração do IEFP da condição de desempregado.

«Esta campanha reflete a

política interna da empresa e coloca a Fertagus na linha da inovação social, tendo surgido de uma sugestão de um colaborador e valorizada até à sua imple-mentação», refere Cristina Dourado, administradora-delegada da Fertagus.

A Fertagus tem ainda a decorrer desde o início de Setembro, para os alunos entre os 4 e os 23 anos, uma oferta de 5 euros no primeiro carre-gamento do passe, desde que o façam até ao próximo dia 15 de Outubro. A esta campanha acresce outra para a mesma faixa etária que oferece cupões de 5 euros de desconto ao fim

de três aquisições

de títulos regu-lares.

Para a população sénior, além do habitual 25 por cento de desconto aos maiores de 65 anos, a Fertagus oferece um bilhete na aquisição de dois bilhetes para o mesmo percurso.

Para estimular o uso de transportes públicos junto de novos clientes de comboio, a Fertagus oferece três meses de parque de estacionamento ou de autocarro (Sulfertagus) e, se as viagens forem durante o fim-de-semana, o estacio-namento é gratuito até ao fim do ano.

Fertagus faz descontos a desempregados

Aeronáuticos visitam BlueBizOS PARTICIPANTES

da Convenção da Asso-ciação das Indústrias de Aeronáutica visitaram, na quinta-feira, o BlueBiz Global Parques, no Vale da Rosa, em Setúbal, onde

está localizada a fábrica de aeronáutica da Lauak Portuguesa.

A excelente locali-zação estratégica do parque, a oferta de insta-lações à medida, conju-

gado com um modelo de negócio atractivo, são factores decisivos para a instalação de empresas no parque, à semelhança de outros que o grupo detém na região.

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Política

«OS PORTUGUESES devem olhar hoje para o primeiro-ministro como o bombeiro e não como o incendi-ário.» Quem o diz é Marques Mendes, actual conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD, garantindo que Pedro Passos Coelho «não é o réu do período tão duro que estamos a viver, porque é ele que está a apagar o incêndio deixado por José Sócrates».

A declaração foi feita ao Semmais durante a participação de Marques Mendes na iniciativa “um Café com”, que teve lugar na Sociedade Filarmó-nica Operária Amorense, no Seixal, organizada pelo vereador do PSD naquela autarquia, Paulo Edson Cunha.

O orador convidado viria a aplaudir o recuo do Governo rela-tivamente ao polémico IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), que a juntar aos restantes impostos, anun-ciados pelo ministro Vítor Gaspar há uma semana, o levaram a consi-derar estar o Governo a fazer um «assalto à mão armada». Na noite da Amora apelidou de «positivo» que não exista uma cláusula de salva-

guarda, alegando que seria «um acto de crueldade social.»

Falando para uma plateia cheia, Marques Mendes defendeu que o país está a pagar a factura da despesa acumulada durante anos, tendo chegado «à beira da bancarrota em 2011», sublinhou, alertando que Portugal perdeu competitividade, «mas começa a recuperar nos mercados». Aliás, notou, “é de admitir que em 2014, quando terminar o resgaste, voltemos a ter acesso ao financiamento e a aumentar a nossa competitividade.» Até lá, insistiu, «há medidas duras que o Governo terá de tomar.»

O antigo líder do PSD defendeu ainda a necessidade de serem intro-duzidas novas reformas na máquina do Estado, nos próximos meses, admi-tindo que o Executivo até está a executar as reformas que tinha prome-tido, como acontece ao nível da legis-lação laboral, dos licenciamentos industriais ou das reformas na justiça.

Roberto Dores

O crédito do PAEL, em Sesimbra, vai permitir à edilidade solicitar um empréstimo de médio/

longo prazo de cerca de 11,1 milhões de euros, por 14 anos, a uma taxa de juro inferior a 3 por cento. Esta ajuda vai possibilitar reduzir em metade a dívida, de curto prazo, de 22 milhões da autarquia a empresas de obras públicas e aos fornecedores. O PAEL é uma linha de financiamento, lançada pelo Governo PSD/PP, no montante de mil milhões de euros, destina-se à liquidação das dívidas de curto prazo das autarquias.

Manuel José Pereira, líder da bancada do PS na Assembleia Muni-cipal, que votou favoravelmente a adesão do município ao PAEL, realça que a amortização da dívida do muni-cípio vai «hipotecar o futuro do concelho, pelo menos durante 14 anos». Contudo, diz que a adesão ao PAEL é «uma boa medida», porque vai «injectar recursos financeiros na economia local, daí o nosso voto a favor». E conclui: «Este executivo decidiu investir até ao limite, ultra-passando os seus critérios de respon-sabilidade, pondo em causa a sua intervenção em várias áreas».

Por sua vez, o vereador ‘rosa’

Américo Gegaloto, acusa o muni-cípio de apostar em orçamentos «ambiciosos e expansionistas, com maus planeamentos financeiros, falta de estratégia orçamental, com valores inflacionados e geradores de dívidas».

Estas acusações da oposição levaram o presidente Augusto Pólvora, a justificar que as dívidas do município «não têm a ver com mau planeamento financeiro mas sim com a quebra abrupta de receitas, nos últimos anos, devido à conjun-tura actual, sobretudo do IMT, licen-ciamentos de obras e Derrama». O aumento do IVA na electricidade e a cativação de 5 por cento do IMI por parte do Governo vieram a agravar o cenário.

PAEL apenas ‘apaga o fogo’

No Barreiro, a candidatura do município ao PAEL, no valor de 11 milhões de euros, contou com a abstenção da bancada do PSD na reunião da Assembleia Municipal. Para Luís Tavares Bravo, líder da concelhia laranja, a adesão do muni-cípio a este plano do Governo permite «salvaguardar os superiores inte-resses de resolução dos problemas

dos fornecedores e a injecção de vários milhões de euros na economia local, de forma a solucionar alguns problemas nas empresas do concelho, salvaguardando vários postos de trabalho».

Segundo a mesma fonte, as dívidas daquela autarquia a forne-cedores têm vindo a sofrer «suces-sivos agravamentos», quer em termos de montante, que já atinge «os vários milhões de euros», quer em termos de prazo, que «é já de cerca de 390 dias de prazo médio de pagamento». E salienta que centenas de empresas têm sido prejudicadas com esta situ-ação, o que coloca em «perigo poten-cial um significativo número» de postos de trabalho, com a agravante de a oposição não ter sido ouvida no Plano de Ajustamento que acom-panha a candidatura ao PAEL.

Luís Tavares Bravo reconhece que o PAEL «não resolve os problemas de despesa e receita da autarquia, que tem manifestado incompetência para os resolver nos sucessivos anos, mas permite ‘apagar o fogo’, libertando a tesouraria de curto prazo da edilidade, honrar os seus compromissos e salvar diversas empresas fornecedoras».

Marques Mendesfoi à Amora chamar «bombeiro»a Coelho

Oposições ‘aderem’ ao PAEL mas atacam forte as contas no Barreiro e em Sesimbra

A FEDERAÇÃO Distrital de Setúbal do PS defende, para o mandato autárquico de 2013/2017, em todas as autarquias ‘rosa’, um empenho «decisivo» em matéria de política de desenvolvimento económico e social. Entre essas medidas, é de destacar o combate ao desemprego, com o fomento da instalação de postos de trabalho. Outra aposta reside em políticas sociais a desenvolver pelas autar-quias, bem como um maior envol-vimento e participação da comu-nidade em questões autárquicas. O documento aponta ainda uma gestão «absolutamente rigorosa» e «transparente» dos dinheiros públicos das autarquias, com a divulgação pública, a todo o momento, dos destinos das verbas.

Estas são as principais linhas de orientação do Manifesto Autár-quico Distrital do PS que foi apre-sentado ontem, sexta-feira, à noite, no Cine-Teatro Joaquim d´Almeida, no Montijo, com a presença do secretário-geral do partido António José Seguro. Este documento matriz surge na sequência da aprovação da moção “Ganhar o Futuro”, saída do congresso distrital do PS de 30 de Junho, em Setúbal.

Madalena Alves Pereira, líder da distrital do PS, realça que o Manifesto Autárquico Distrital representa uma «atitude de trabalho em conjunto num trabalho coerente e homogéneo, que depois é adequado à especificidade de cada concelho e freguesia». Na sua óptica, estamos na presença de propostas de orientação «muito claras» relativamente à política autárquica que o PS tenciona seguir no distrito.

As propostas do PS em matéria de política autárquica, foram deba-tidas por todos os militantes do distrito. «O manifesto autárquico tem como base as dezenas de contributos dos militantes, através de correio electrónico e de reuniões em Alcácer do Sal e no Barreiro, e simboliza o arranque da campanha para as eleições autárquicas de 2013/2017», esclarece Madalena Alves Pereira.

PS defende política autárquica direccionada para o social

Câmaras pedem quase 30 milhões

Quatro autarquias do distrito vão pedir empréstimos para saldar dívidas de curto e médio prazo, no âmbito do Programa de Apoio à Economia Local. No total, o valor aproxima-se dos 30 milhões de euros, sendo que os munícipios de Sesimbra e do Barreiro vão pedir, respectivamente, 11 e 13 milhões de euros. A Assembleia Municipal de Sines também deu aval esta semana para que a câmara pedisse 4,1 milhões, enquanto no Montijo o valor em questão é de 1,2 milhões. Tal como o Semmais já tinha noticiado na edição passada, Palmela, Moita e Setúbal não vão recorrer a esta linha de crédito. Esta semana, o presidente da Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, também confirmou que o município não vai recorrer.

VÁRIAS dezenas de pessoas, entre as quais Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, estiveram na segunda-feira no funeral de Valen-tina Loução, que faleceu de cancro aos 60 anos.

Fundadora da UDP e do BE, natural do Alentejo, Valentina Loução era deputada do BE na Assembleia Municipal de Setúbal. Foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas e da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), e participou na luta pela despenalização do aborto.

Segundo fonte do BE, foi uma mulher que se «destacou na região como militante da UDP e do BE e lutou em prol das mulheres e dos trabalhadores».

PAULO Gomes da Silva, líder da concelhia do PSD do Montijo, acusa o PS local de esconder a reali-dade financeira da câmara muni-cipal da cidade. «Falida e em pré-ruptura de tesouraria é como esta se encontra», diz.

Segundo Paulo Gomes da Silva, as empresas fornecedoras da edili-dade «acumulam, em muitos casos, dívida vencida há mais de um ano». Perante este cenário, o PSD desafia o PS a esclarecer os montijenses sobre o valor total da dívida da autar-quia, a data de vencimento das facturas não pagas às suas empresas fornecedoras, bem como o montante do financiamento que o município irá pedir emprestado ao Governo.

Na reacção a estas acusações, a concelhia local socialista sublinha que a política de austeridade imposta pelo Governo PSD/PP impede os municípios de resolver os problemas básicos do quotidiano das popula-ções. O líder socialista montijense, Francisco Santos, acrescenta que o PSD local «desvirtua a realidade com mentiras e calúnias» e garante que o executivo tem apostado numa gestão «rigorosa» das contas e num orça-mento «equilibrado» para preparar a câmara para novos desafios.

Valentina do Bloco morre aos 60 anos

PSD e PS não desarmam luta no Montijo

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Semmais - Depois de três mandatos consecutivos, está pronto para ou-tros três anos como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Se-túbal?Cardoso Ferreira – Estamos a enca-rar seriamente a recandidatura, mas com esta equipa reformulada por-que queremos a ajuda de gente mais nova. Ao contrário do Governo, não prescindimos dos cabelos brancos, porque significam a experiência e bom senso. Somos todos voluntá-rios, não ganhamos coisíssima ne-nhuma, a nossa satisfação é poder-mos fazer trabalho em prol da co-munidade. Será o quarto mandato e acho que devo terminar por aí, pois considero que o limite deve ser de 12 anos.

Que balanço faz destes três anos de mandato? Para fazer um balanço irei um pou-co mais atrás. Quando aqui cheguei, em 2002, a situação era trágica. Ha-via um descontrolo total em termos de gestão e cada valência geria-se a si própria. Direcção financeira não havia, fazia-se apenas a contabili-dade que em muitos casos era me-ramente criativa, havia fornecedo-res a ameaçarem interromper os ser-viços, nomeadamente a alimenta-ção. Tivemos de fazer uma reestru-turação total. Era preciso ter instrumentos de ges-tão e um dos instrumentos básicos era saber qual era o custo por uten-te em cada uma das valências, para além de termos uma contabilidade que espelhasse exactamente o que se estava a passar. Tivemos de liquidar algumas factu-ras violentas que herdámos, assim como pagar um processo que per-demos em tribunal, e que vinha da gestão anterior, para além das fac-turas da alimentação. E para tudo isto, tivemos de nos socorrer de cré-ditos bancários.De salientar também o caso da clí-nica de medicina física e reabilita-ção, muito reputada na cidade pela sua qualidade, e que durante alguns anos chegou a dar prejuízo porque

herdamos um sistema quase per-verso: eram quase todos do quadro. Há cerca de 3 anos conseguimos in-verter a situação e agora dá um pe-queno lucro.Para rentabilizar o património, e ten-do por base a ideia de um dos nos-sos funcionários, reabilitamos al-guns edifícios para instalar lojas. Mas como a Shop Senior dava prejuízo tivemos de intervir para que desse algum rendimento.

Crise agudizadificuldades de tesouraria

Qual foi o passivo deixado pela an-

terior gestão?Em 2005, depois de sanear tudo, fi-camos com um passivo de cerca de 2 milhões de euros. Esse passivo man-tém-se, pelo que não aumentou nes-tes anos. A nossa grande preocupa-ção tem sido garantir a sustentabi-lidade da Misericórdia e, para isso, era necessário que as despesas cor-rentes cobrissem as despesas cor-rentes. A pouco e pouco fomos con-seguindo.

A função social da instituição tem impedido a aplicação de medidas que visem a saúde financeira da Misericórdia?

Se isto fosse uma empresa pura e dura, as coisas teriam corrido de ma-neira diferente mas, face à função social da Misericórdia, sempre nos recusamos a tomar medidas drás-ticas como despedimentos. Temos reduzido o pessoal, não substituin-do à medida que se reformam ou não renovando contratos quando terminam. Mas há um limite para isto porque continuamos a ter o mesmo núme-ro de utentes e, inclusivamente, uma lista de espera. Passámos de 220 para cerca de 180 funcionários, chegam para as valências mas estamos nos limites..

Como é que se mantém a qualida-de sem fazer mais despesa?Temos procurado racionalizar os meios e isso significa andar perma-nentemente à procura dos equipa-mentos e serviços mais baratos no mercado e, por outro lado, a racio-nalizar o que já existe. Por exemplo, quando aqui chegámos reparamos que havia imensas horas extraordi-nárias e, com ajustamento dos ho-rários e conversando sempre com as pessoas, conseguimos reduzir sig-nificativamente essa despesa.Mas por vezes acontece que nos sen-timos a vazar o oceano a baldes de água, pois acontecem coisas como o aumento da conta do gás. Em 2010 pagávamos cerca de 5 mil euros, em Janeiro de 2011 passámos para 10 mil e em Fevereiro para 11 mil. Fo-ram aumentos de preço brutais, pelo que decidimos procurar soluções de eficiência energética e racionaliza-ção dos consumos. Já se nota a di-ferença, nestas despesas mas, pro-curando racionalizar o mais possí-vel, este ano deveremos colocar tem-porizadores nos sistemas de aque-cimento para que, mantendo o con-forto dos utentes, possamos econo-mizar mais qualquer coisa. Se com a rúbrica do pessoal fomos gerindo de modo a não contratar substitutos para os que saíam, na ali-mentação tomámos medidas que le-varam à redução da factura em 20 por cento por mês. Sendo um servi-ço contratado, decidimos raciona-lizar porque concluímos que, ser-vindo nós os lanches, saia mais ba-

rato e com a mesma qualidade.

Ainda assim, há dificuldades de tesouraria?Sim, até porque todos os dias temos imprevistos, nomeadamente com equipamentos de trabalho intensi-vo, como máquinas e viaturas. A par de tudo isto, há quatro anos que a Segurança Social não aumenta as verbas que nos atribui, temos tam-bém a perda de capacidade finan-ceira das famílias que se reflecte no pagamento dos serviços aos idosos e, por outro lado, a crise que nos traz cada vez mais idosos sem qualquer capacidade financeira e quem nós nunca viramos as costas. A permanência dos idosos é feita da seguinte forma: uma parte a lei per-mite que a captemos da reforma do utente, outra parte é paga pela Se-gurança Social e suportasda pela fa-mília. Mas, cada vez aparecem-nos pessoas sem família ou cuja família não tem capacidade financeira. E não lhes viramos costas. É, também, cada vez mais frequen-te recebermos cartas de familiares a lamentarem o facto de, agora, es-tarem os dois membros do casal de-sempregados e já não conseguirem contribuir, Mandamos o idoso para casa? Não, mais uma vez encaixa-mos….Depois temos casas arrendadas com cada vez mais inquilinos a deixarem de pagar. É muito complicado e te-mos de fazer a distinção entre quem não paga porque não pode mesmo e aqueles que se estão a aproveitar.

Porta abertaa quem precisa

Ainda assim, terminaram o ano sem acumular dívidasSim, terminámos 2011 com as recei-tas correntes ligeiramente superio-res às despesas correntes. Na práti-ca, significa que não houve agrava-mento da dívida. E pela execução orçamental do primeiro semestre deste ano tudo leva a crer que ire-mos fechar 2012 com uma maior re-ceita corrente que no ano passado . Apesar das dificuldades, Setúbal con-tinua a reconhecer o nosso trabalho e esse reconhecimento é compro-vado pelas frequentes doações quer em dinheiro quer em imóveis.

Está em cima da mesa a alienação de algum desse património?Manter este património é compli-cado e dispendioso, pelo que tem de ser gerido com alguma cautela. Essa possibilidade está em cima da mesa sempre que surja uma boa oportu-nidade. Mas não nos iludamos, ten-do em conta a situação da econo-mia, para vender seria ao desbara-to e isso não fazemos.

Entrevista11S á bado | 1 3.O ut . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

A menos de um mês das eleições a que deverá concorrer uma única lista

Provedor Cardoso Ferreira garante sustentabilidade da Misericórdia de Setúbal Há nove anos na liderança da Misericórdia de Setúbal, Cardoso Ferreira encara a recandidatura para um último mandato, no escrutínio previsto para final deste mês.

«Encaro o futuro com uma enorme preocupação porque já se percebeu que em 2013 e 2014 vão ser muito piores. Assim, o próximo ano vai ser o ano do reforço da gestão racional e não temos projectos concretos previstos. Aliás, tivemos um projecto para um parque de estacionamento por trás das nossas instalações, em terrenos nossos, mas suspendemos quando soubemos da possibilidade da saída dos serviços da Câmara do edifício Sado. Assim não se justificaria, uma vez que os funcionários da autarquia e os munícipes que ali se dirigem são os potenciais clientes. É um projecto em

suspenso, pelo que se a autarquia mudar de ideias vamos em frente com o parque de estacionamento. Temos, ainda, congelado, um projecto para os cuidados conti-nuados. Há cerca de três anos conseguimos o financiamento máximo, mas com a obra já adju-dicada começámos a ‘cheirar’ sinais da crise, pelo que a mesa administrativa, e muito bem, decidiu recuar. A grande preocu-pação era a sustentabilidade do projecto porque, já naquela altura se percebia que o Estado não tinha dinheiro, e agora cada vez menos. Está na gaveta à espera de melhores dias».

2013 reforça gestão racional

A MISERICÓRDIA EM NÚMEROS

PASSIVO – 2 MILHÕES DE EUROS

FUNCIONÁRIOS – 180

LAR ACÁCIO BARRADAS - 100 UTENTES

LAR PAULA BORBA – 37 UTENTES

A POIO DOMICILIÁRIO - 24 HORAS POR DIA, 365 DIAS POR ANO

CENTRO DE APOIO A IDOSOS DEPEN-DENTES - 70 UTENTES DIÁRIOS

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+ Desporto

PARA celebrar os 20 anos de existência, o Complexo Municipal dos Desportos “Cidade de Almada”, situado no Feijó, abre as suas portas este sábado, entre as 16 e as 23h30. Além de um festival aquático, para crianças dos 4 aos 8 anos - utentes dos complexos desportivos muni-cipais - e de uma aula de demons-tração de hidro onde participam todos os professores do Complexo Municipal dos Desportos, há ainda lugar a diversas atividades, diri-gidas à população com mais de 15 anos, no ginásio, a partir das 16 horas, e na zona das piscinas, a partir das 19 horas.

Aérobica, hip hop, step, danças mix, aeromix e yoga são algumas das atividades que também vão animar este dia especial.

O Complexo “Cidade de Almada” disponibiliza condições para a aprendizagem, aperfeiço-amento da técnica, treinos e aulas dirigidas a todas as idades. Nos

últimos 20 anos, este espaço recebeu alguns dos acontecimentos desportivos relevantes, entre os quais o Campeonato da Europa de Andebol (1994), o Campeonato de Comunidade Europeia em Judo (1993) e o Campeonato do Mundo de Basquetebol – Júnior Mascu-lino (1999).

Mobilizar as pessoas para a prática de atividade física é o prin-cipal objetivo do Complexo. Com 4 500 utentes inscritos, actualmente são contabilizadas 35 mil entradas mensais de pessoas para as mais diferentes práticas desportivas.

Entre as diversas modalidades destacam-se uma dezena de ativi-dades aquáticas, mais de vinte ativi-dades gímnicas, fitness e dança, cinco desportos de combate e artes marciais, o ginásio de musculação e cadiofitness e os desportos de raquete (squash e ténis). De realçar ainda o programa “Peso Jovem” e as consultas de nutrição.

A Câmara Municipal de Almada vai ceder à Casa do Benfica da Charneca de

Caparica, para a construção da sua sede social, um terreno, com cerca de 800 metros quadrados, locali-zado na Rua de Trás-os-Montes, Quintinhas de Fora, na freguesia da Charneca de Caparica.

A assinatura da escritura de cedência direito de superfície, a título gratuito, do terreno, está marcada para este sábado, pelas 17 horas, nas atuais instalações da Casa do Benfica da Charneca de Caparica, situadas na Avenida Elias Garcia, n.º 908-A, Botequim – Char-neca de Caparica.

A Casa do Benfica da Char-neca de Caparica é uma asso-

ciação cultural, desportiva e recreativa, sem fins lucrativos, fundada a 22 de Abril de 2005. A Casa número 231 do Sport Lisboa e Benfica desenvolve atividades desportivas na área do futsal, BTT e atletismo, fomentando

ainda diversas iniciativas de caráter cultural, designadamente, através da criação da escola de concertinas, e da realização de convívios e espetáculos de divul-gação da música popular e tradi-cional portuguesa.

ESTE sábado, entre as 15 e as 17 horas, o ginásio do colégio St. Peter’s School, em Palmela, é palco do Torneio Municipal de Jovens em Judo.

Destinado ao escalão de Benja-mins (jovens com idades compre-endidas entre os 7 e os 10 anos), a prova deverá contar com a parti-cipação de cerca de quatro dezenas de judocas da região, em repre-sentação dos quatro centros de treino do concelho, nomeada-mente Associação Humanitária dos Bombeiros de Palmela, Socie-dade Filarmónica União Agrícola, Sociedade Recreativa e Cultural do Povo do Bairro Alentejano e St. Peter’s School, bem como o Grupo Desportivo Fabril/Academia de Judo do Barreiro e do Ginásio Clube Português.

O V. SETÚBAL venceu na quinta-feira o Pinhalnovense, por 3-1, em jogo-treino realizado no Estádio do Bonfim.

O camaronês Meyong, aos 7 minutos, na conversão de uma grande penalidade, inaugurou o marcador. O avançado Jorginho, aos 28 minutos, ampliou para 2-0 e, já na segunda parte, aos 63 minutos, Miguel Pedro fez o terceiro tento dos sadinos.

O golo de honra do Pinhalno-vense, actual 11.º classificado da zona Sul da 2.ª Divisão, foi apon-tado por João Costa, aos 83 minutos.

Refira-se que na quarta-feira, os comandados de José Mota haviam derrotado (5-4) o Oriental, também da 2.ª divisão, num teste realizado em Marvila, Lisboa.

Complexo do Feijó festeja 20.º aniversário com Open Day

Município cede terreno à Casa do Benfica da Charneca

Judocas da região convivem em Palmela

Sadinos batem Pinhalnovense e Orientalem treinos

Ao findar de Setembro, já caiu o poético Outono em marcha, o prestigiado clube de Futebol

“Os Belenenses” completa a bonita idade de 93 anos, carregados de memórias e tradições.

Mantendo com o “irmão mais velho”, Vitória de Setúbal, um bom relacionamento, não parecerá ilógico ou despropositado que nesta rubrica do “Semmais”, de toque sadino, saudemos a efeméride de um clube que se esforça para retomar o seu lugar na ribalta futebolística.

Justo é evocar que o típico “Bele-nenses” já foi campeão nacional, há uns largos 66 anos (1945-1946) e que, apesar dos mais recentes revezes competitivos, disfruta de grande popularidade, de norte a sul do País.

Esse êxito de 1946 consagrou, de modo especial, o terceto rotulado de “as torres de Belém”, Capela, Vasco e Feliciano, uns matulões de grande e espectacular eficácia. Uns anos mais tarde, já na década de 50, foi o moçam-bicano Matateu a disfrutar de grande fama, em benefício do apreço geral pelo Belenenses, a bom nível.

Por nós da proximidade da cele-brada fábrica dos pastéis de nata, das Salésias do Restelo, de há muito que se apelidam jogadores e simpati-zantes dos “azuis” lisboetas por “pastéis”, sem qualquer espécie de desprimor.

Os rótulos aplicados a clubes têm

a sua piada e repetidas vezes, boas estórias a referir. Do Vitória são os sadinos, do Benfica “águias”, do F.C. Porto “dragões”, do Sporting “leões”, do Boavista “panteras”, do Sporting de Espinho “tigres”, do Paços de Ferreira “castores”, da Académica de Coimbra “capas-negras”, do Spor-ting de Braga “arsenalistas”, da Casa Pia “gansos”, do Sporting da Covilhã “serranos” e por aí adiante.

Sem melindres mas com confes-sada simpatia, os C.F. OS Belenenses são “pasteis”, popularizando o histó-rico bairro de Belém, que desde 1919 é a “casa” do Clube agora em festa.

Relembre-se que a figura caris-mática dos “azuis” do Restelo é, de há muito, José Manuel Soares “Pepe”, um notável futebolista precocemente desaparecido em circunstâncias envoltas em mistério, jamais deci-frado.

Nos Jogos Olímpicos de Ames-terdão, em 1928, a par de Augusto Silva e César Matos, também dos “azuis”, o muito jovem Pepe marcou uma inolvidável presença que se perpetua hoje no mausoléu patente no estádio, testemunho de uma invulgar devoção que toca de perto todos os clubes visitantes da mansão dos “azuis”.

E muito mais havia a dizer do clássico Belenenses ao longo dos seus 93 anos de vida. Mas limitamo-nos a uma só palavra: PARABÉNS!

Judo brilha no femininoA Associação Distrital de Judo venceu por equipas a prova feminina no XVI Torneio Internacional de San Vicent del Raspeig, em Alicante, Espanha, que contou com mais de cem judocas juniores de vários países.

Xadrez do Barreiro em festaAs comemorações do 20.º aniversário do Clube de Xadrez do Barreiro e, simultaneamente, do Plano de Desenvolvimento do Concelho continuam a decorrer até ao final do mês de Outubro com diversas atividades.

Belém, Belém– e vão já 93… David

Sequerra*

Piedense ganhatravessia da baía de Sesimbra

VASCO Gaspar, da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, voltou a ser o mais rápido na Travessia da Baía de Sesimbra, ao nadar os 1500 metros entre as praias da Califórnia e Ouro em 17 minutos e 8 segundos, supe-rando o tempo do ano passado em 51 segundos.

No dia 5 de Outubro, centenas de entusiastas concentraram-se para apoiar os mais de 300 atletas que participaram na prova, uma das prestigiadas competições em águas abertas de Portugal. No final, 274 conseguiram cortar a meta.

Sofia Coelho, do Naval de Sesimbra, na categoria Veterano I, fez o percurso em 24 minutos e 35 segundos, arrecadando o prémio especial dedicado ao atleta do concelho que obteve a melhor classificação no seu escalão etário.

A Travessia da Baía é organi-zada pela Câmara, em colabo-ração com o Clube Naval de Sesimbra, Federação Portuguesa de Natação, Associação de Natação de Lisboa, Conselho Regional de Arbitragem de Natação, Delegação Marítima de Sesimbra, Polícia Marítima, Bombeiros Voluntários de Sesimbra e APSS.

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Anti-stress

Metáfora da vida“Agnoia”é o cenário metafórico do novo espectáculo do Teatro do Mar. Assenta numa narrativa de carácter poético, físico e visual. Castelo de Sines | 22 horas.

Tragédia e justiçaA Companhia de Teatro de Braga leva a palco “Oresteia”, de Ésquilo, com encenação e dramaturgia de Rui Madeira, que fala de tragédia e justiça. Com Ana Bustorff no principal papel. Teatro Municipal de Almada | 15 horas.

Olhos de adolescenteA Animateatro apresenta “Anne Frank 1 Diário”. Através dos olhos de uma adolescente observamos os acontecimentos que marcaram o século XX e a humanidade desde então.Espaço Fontenova, Setúbal | 21h30.

Tributo a Fontes Rocha“Amor mais Perfeito” é o novo disco de Joana Amendoeira, que presta tributo ao guitarrista José Fontes Rocha, cúmplice musical da fadista já falecido. Auditório José M. Figueiredo (B. Banheira) | 22 horas.

O mistério de Teresa SalgueiroTeresa Salgueiro apresenta o seu mais recente

trabalho discográfico intitulado “O Mistério”, cujas receitas de bilheteira revertem a favor da construção

da Capela dos Fidalguinhos, no Lavradio.Casa da Cultura da Quimiparque,

Barreiro | 21h30.

Sáb. 13Sáb. 13

Dom. 14

Sáb. 13

Sex. 19

+ Cartaz...

Maria Teresa volta às lides musicais com som country

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Já estão no mercado os dois volumes das aventuras do gato Lucas Scarpone, da autoria de Álvaro Magalhães, com ilustrações de Carlos J. Campos, uma edição ASA, que faz parte do grupo Leya. Contam as peripécias deste gato pacato que adora escrever livros de mistério, comer peixe grelhado e dormir uma boa sesta. Para se habilitar aos livros ligue 918 047 918.

Livros do gato Lucas ScarponeOfertas Semmais

CASA DA CULTURADIA 13 ÀS 22H00 – DESENCONTROS/CICLO DE MÚSICA EXPERIMENTAL – MÃOS SEM DEDOS, são um misterioso quarteto de música experimental, ocupados a desmembrar o esqueleto rock com ideias de novos sons. Os Mãos Sem Dedos conciliam a audácia sonora com a componente visual, um espetáculo absorvente de escuridão, máscaras e fantasmas./ Entrada: 3€DIA 17 ÀS 21H30 - “CURTAS SADINAS - CONVERSAS COM REALI-ZADORES”- ANTÓNIO ALEIXO, o realizador apresenta uma selecção dos seus mais recentes trabalhos a que se segue um debate informal sobre os mesmos. / Entrada livreDIA 18 ÀS 22H00 - CLUBE DE CINEMA - MÊS DA MÚSICA / “GAINSBOURG - VIDA HERÓICA” , DE JOAN SFAR (2010, 130M.) . Serge Gainsbourg, herói da channson francesa e do yé-yé, teve uma vida de excessos tão grande que na altura de a adaptar ao cinema, Joan Sfar decidiu seguir antes o mito em vez do homem / Entrada: 1€

OBSERVANATURA 2012DIA 13 (DAS 10H00 ÀS 19H00) E 14 (DAS 10H00 ÀS 18H00) NA HERDADE DA MOURISCA –Observação de aves (direta ou com recurso a binócu-los ou telescópios de campo), foto-grafia, passeios variados (passeios de charrete na herdade, de jipe e em barcos de pescadores, bem como caminhadas às salinas) e pales-

tras (que abordam temas relativos à observação e preservação ornitológi-ca, turismo em áreas protegidas e compatibilização entre as atividades

humanas e conservação da natureza, bem como a apresentação dos resulta-dos de uma observação contínua do Parque Natural da Arrábida) são algu-mas das atividades em destaque na 4ª edição da ObservaNatura. Além disso estão montados quarenta stands para expositores de associações, empresas e outras entidades do setor.

SUGESTÕES PARA: [email protected]

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A setubalense Maria Teresa, que em 2007 venceu o Festival RTP

da Canção, com o nome artístico de Sabrina e com o tema “Dança Comigo”, acaba de lançar no mercado o seu primeiro trabalho de originais com o seu nome próprio e o segundo com o nome de Sabrina. “Faltam-me as Palavras”, composto por doze temas, tem como novidade a introdução de um instrumento musical pouco explorado em Portugal e que resulta num som country, o Pedal Steel.

Maria Teresa, 30 anos, garante que continua, de pedra e cal, nas cantigas. «Nunca me afastei das lides musicais. Simplesmente,

fechei um ciclo e iniciei outro. Foi o tempo neces-sário para decidir qual o rumo a dar à minha carreira».

Com expectativas «altas» em torno do seu novo disco, Maria Teresa não esconde que se trata de um trabalho «romântico e alegre», o qual conta com a produção de

Ricardo Landum. «Estou apaixonada pelo meu disco. É uma fusão de harmonias sonoras folk-pop», vinca. Os temas de “Faltam-me as Palavras”, são da autoria do mesmo e, em algumas faixas, tem a colaboração de Tó Carvalho, Francisco Carvalho, Aníbal Henriques e Ricardo Velho.

Maria Teresa, que frequentou o Conservatório de Setúbal, e os cursos de Ciências da Comunicação e Sociologia, cantou Karaoke em vários bares e integrou o grupo Teenagers, a par das cantigas, trabalha na produção de eventos e dedica-se a pequenos inves-timentos que a ocupam a maior parte do tempo.

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Novo disco com novidades

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+ Região

Barreiro converte óleo usadoem donativos para bombeiros

O EXECU-TIVO barreirense ofereceu às duas corporações de bombeiros voluntários do concelho donativos no âmbito do Serviço de Recolha de Óleos Alimen-tares Usados do Barreiro.

As quantidades de óleo alimentar usado recolhidas desde 1 de Abril de 2011 a 31 de Março de 2012 foram de 17 199 litros, o que corresponde a 876,92 euros para cada uma das corpo-rações de bombeiros, o que, segundo as contas da autar-quia, «revela-se um bom resultado a nível nacional».

O presidente da Câmara, Carlos Humberto, sublinha a ideia de que esta é uma iniciativa «com valor acres-centado porque se dirige a várias áreas», designada-mente educacional - sensi-bilizando para a reciclagem - , ambiental - o óleo é depo-sitado correctamente, salvaguardando desta forma o ambiente - , e social, com a verba resul-tante do tratamento visa

apoiar a actividade dos bombeiros.

Recorde-se que, no âmbito do Serviço de Recolha de Óleos Alimen-tares Usados do Barreiro – OAU!, foram colocados na via pública mais cinco oleões de 300 litros de capacidade, oferta da firma SOVENA, parceira da Câmara do Barreiro neste projecto, totalizando, desta forma, 33 oleões disponí-veis em todo o concelho.

Além desta recolha, o serviço engloba ainda a

recolha em 29 estabeleci-mentos de ensino, 31 insti-tuições e 139 estabeleci-mentos de restauração.

Os litros recolhidos de óleo têm sido convertidos em donativos entregues, anualmente, pela empresa OLEOTORRES, com a qual a câmara estabeleceu protocolo para a recolha e tratamento dos óleos alimentares usados, às corporações de bombeiros voluntários do Barreiro Sul e Sueste e Corpo de Salvação Pública.

O PROJECTO de extinção da Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco está a deixar a autarquia alcoche-tense de ‘cabelos em pé’, uma vez que «acarreta impactos sociais e ambien-tais para o concelho e para o país».

O edil comunista Luís Franco admite ter «preo-cupações no que diz respeito ao correcto orde-namento do nosso terri-tório, estamos a falar da parte mais sensível do concelho que por directiva comunitária tem o estatuto de Zona de Protecção Espe-cial», mas também «há pessoas envolvidas, pois a fundação tem quatro traba-lhadores efectivos e sazo-nalmente tem mais três».

Com assento no conselho de administração da fundação, o edil deixou claro que a Câmara vai reagir a este projecto de decisão e manifestou uma enorme preocupação de natureza social.

FOI ASSI-NADO na terça-feira, no Forum Romeu Correia, um protocolo financeiro e de colaboração entre o município, o Banco Espírito Santo, a Lisgarante, a Agência de Desenvolvimento Local Nova Almada Velha e o IAPMEI. O objectivo é criar um fundo de apoio financeiro para micro, pequenas e médias empresas de Almada.

O protocolo define os termos de colaboração entre as cinco entidades que cons-tituem o Fundo FINICIA Almada, uma linha de apoio criada no âmbito do “Gabi-nete de Apoio à Criação de Emprego e Captação de

Investimento”, com um total de 500 mil euros, para apoiar micro, pequenas e médias empresas existentes ou em fase de criação no concelho.

Cada projeto poderá ter até 45 mil euros de finan-ciamento, para apostar nas mais diversas áreas de ativi-dades: turismo e lazer, indústrias, comércio e serviços, entre outras.

No mesmo dia, foi apre-sentada a montra interativa “Experimente Almada”, loca-lizada na Loja do Munícipe, que faz parte de uma estratégia municipal de dinamização e de reforço da atratividade comercial do centro da cidade.

PROMOVER a mobilidade europeia dos jovens do concelho, através da participação em projectos internacionais ao abrigo do programa comunitário Juven-tude em Acção, é o objectivo da mais recente iniciativa da autarquia.

Desta vez, estão abertas inscrições para o seminário internacional “Youth@ Work: Exploring Youth Employabi-lity and the role of NGO´S” que decorrerá em Atenas (Grécia) de 22 a 28 de outubro.

Através do Gabinete da Juventude, a Câmara vai selec-cionar dois participantes para participar neste projecto que pretende desenvolver a capa-cidade empreendedora dos jovens como uma compe-tência essencial para o mercado de trabalho.

Os jovens participantes vão procurar entender o novo paradigma da empregabili-dade jovem na Europa, anali-sando novas possibilidades e

programas comunitários de apoio ao desemprego entre os jovens, criando uma proxi-midade e atitude para que mais portas se abram para os jovens no mercado de trabalho.

O idioma utilizado durante o curso é o Inglês. O Programa Juventude em Acção assegura o pagamento de 70 por cento dos custos da passagem de avião, tal como todas as despesas com alojamento e alimentação.

Os candidatos podem apresentar inscrição ou pedir informações através do Gabi-nete da Juventude ou do e-mail [email protected]

REFLORES-TAÇÃO de árvores indí-genas, permacultura urbana, questões de saúde e nutrição, jardins comu-nitários e floresta comes-tível são alguns dos conte-údos que vão ser abordados no curso de design em permacultura, que decorre no dia 5 a 18 de Novembro, no Vale das Aromáticas, na Aldeia do Meco.

Realizada em colabo-ração com a Flying Team, esta iniciativa inédita conta com a participação do especialista Bernard Alonso e dá equivalência a um currículo clássico de 72 horas com certificação internacional.

Os participantes deste curso vão ter oportuni-dade de estudar áreas como as Técnicas da Permacultura Humana e, ao mesmo tempo, co-criar designs sustentáveis em equipa, enquanto contri-buem com a sua criativi-dade e habilidades pessoais, sustenta a orga-

nização do certame. Bernard Alonso, um dos

responsáveis pelo curso a ministrar no Meco, foi formado em Permacultura pelo Instituto de Perma-cultura de Kootenay, no Canadá.

Fundou a Escola Mãe Natureza para ajudar a

população mais jovem, no sentido de ober compe-tências na área do desen-volvimento de uma maior consciência sobre a natu-reza, a ecologia e o prazer pela agricultura.

Os interessados podem inscrever-se pelo e-mail [email protected].

PROPOSTAS dos Agentes Económicos e Sociais e o Orçamento do Estado para 2013 é o nome do encontro de terça-feira, no Auditório dos Serviços da Câmara.

Este encontro é dirigido a micro, pequenos e médios empresários e dirigentes do movimento associativo, para promover «um espaço de análise da situação do país, do qual resultem propostas nas áreas da fiscalidade, do crédito, do investimento produtivo, da justiça e apoio social que possam integrar a agenda política» e ser inscritas no Orçamento do Estado para 2013.

A iniciativa é organizada pela Confederação Portu-guesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, Confe-deração Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto e Câmara do Seixal.

Seixal discute crise

Alcochete quer manter as salinas

Montijo promoveempreendedorismo entre os mais jovens

Permacultura na Aldeia do Meco ensina vida saudável aos sesimbrenses

SEIXAL

ALMADA

BARREIRO

SESIMBRA

ALCOCHETE

MONTIJO

O projecto solidário já ajudou duas corporações locais

Jovens aprendem com gregos

Protocolo cria fundo de apoio financeiro a empresas

A iniciativa destinada aos jovens é dinamizada pela autarquia

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500 mil euros animam empresasem Almada

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NUMA aposta de aproximação da gestão autárquica aos munícipes, o presidente da Câmara Municipal da Moita e os quatro vereadores com pelouros decidiram dina-mizar, mensalmente, o programa de atendimento descentralizado, em todas as freguesias do concelho da Moita.

Assim, todas as sextas-feiras, a partir das 15h00, um dos eleitos com pelouros da Câmara Municipal vai estar numa das seis freguesias do município da Moita.

Este mês de Outubro, no dia 12, o presidente da Câmara, João Lobo, vai estar disponível para receber os munícipes na Junta de Freguesia do Gaio-Rosário.

No dia 19, o vice-presi-dente faz atendimento aos munícipes no edifício dos Paços do Concelho, na Moita, e, no dia 26, é a vez da vere-adora Vivina Nunes marcar presença na Junta de Freguesia de Sarilhos Pequenos.

Os atendimentos descen-tralizados continuam a percorrer as diferentes freguesias do concelho no mês de Novembro.

ARRANCOU esta semana a empreitada de reformulação da ilumi-nação pública da cidade de Sines. A primeira zona da cidade abrangida pelos trabalhos é a ZIL 2.

O objectivo deste projecto é a adopção de um sistema de iluminação pública moderno e eficiente, constituído por luminárias de baixo consumo e conse-quente redução de custos para a Câmara.

Pretende-se que a nova iluminação pública propor-cione um serviço de melhor qualidade, contribuindo para a segurança dos munícipes e visitantes durante a noite.

O investimento reali-zado, no montante de 549 mil e 164 euros, é co-finan-ciado por fundos FEDER / União Europeia.

Sines querenergia mais eficiente

GRÂNDOLA Solidária, uma ajuda sempre à mão é o nome do projecto da Câmara Municipal de Grândola que tem como objectivo ajudar quem mais precisa.

Este é um serviço gratuito destinado a cida-dãos com mais de 65 anos e que reúnam as condições de acesso ao Cartão Muni-cipal do Idoso bem como que comprovem dificuldades de execução dos trabalhos que são prestados através do «Grândola Solidária» ou que sejam portadores de deficiência.

Entre os muitos serviços incluídos no «Grândola Soli-dária» encontram-se a entrega domiciliária de bens de primeira necessidade, em especial medicamentos, outros produtos de farmácia, correio, alimentos e produtos de higiene pessoal; trans-

porte de electrodomésticos ou de mobiliário ligeiro para reparação; desempeno de portas e janelas; reparação de torneiras e louças sani-tárias; reparação de canali-zações e de esquentadores; retoques de pintura em paredes e tectos e reparação de estores e persianas.

O número gratuito dispo-nível para solicitar o serviço é o 800227570.

O PRESI-DENTE da Câmara de Santiago do Cacém convidou o secre-tário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Silva Monteiro, a visitar os troços do IP8/A26 entre Santiago do Cacém e Sines, que se encontravam em obras entretanto canceladas por determinação da Estradas de Portugal após acordo com a Estradas da Planície, subcon-cessionária do Baixo Alentejo.

O autarca está preocu-pado com as condições rodo-viárias e de segurança das populações do Alentejo Litoral devido ao «abandono da obra e suspensão dos trabalhos de construção dos lanços IP8/A26 entre Relvas Verdes e Grândola».

Vítor Proença considera

aquele troço um «cemitério de infra-estruturas de grande perigo para o tráfego rodo-viário e para os moradores que utilizam os caminhos rurais principalmente nas freguesias de Santa Cruz e de São Francisco da Serra, onde existiram várias expro-priações».

Vítor Proença argumenta ainda que «não se pode aban-donar uma obra sem mais explicações, deixando os acessos em pior estado do que se encontravam». «Ficámos pior do que está-vamos, temos agora ao longo da via taludes de terra que vão desaparecer com a chuva, representando um enorme perigo para as pessoas e bens», adiantou.

MAIS DE 2,5 milhões de euros é o montante que o município vai despender na recupe-ração do Convento de Jesus. Os trabalhos são comparti-cipados por fundos comu-nitários na ordem dos 65 por cento. A adjudicação da empreitada já foi aprovada na última sessão pública do município.

A empresa Constragraço vai ter um prazo de máximo de execução de 240 dias para concluir a obra. O município optou pela empresa que apresentou o preço mais baixo em concurso público.

A proposta de adjudi-cação da empreitada vai

agora ser submetida à Assembleia Municipal para apreciação e ratificação.

A criação de um espaço adequado para alojar o acervo do Museu de Setúbal, instalado no Convento de Jesus, dotado de condições técnicas que permitam salva-guardá-lo e para que este possa ser visitado pela popu-lação de forma mais condigna, é um dos objetivos da requalificação.

A obra visa reverter a situação de degradação a que se encontram votadas algumas das partes e elementos constituintes deste conjunto edificado, uma intervenção de fundo

para recuperar o imóvel e fomentar uma nova gestão.

O Convento de Jesus, situado no interstício das muralhas quatrocentistas e seiscentistas, é uma das principais referências patrimoniais de Setúbal, beneficiando de classifi-cação como Monumento Nacional desde 1910.

Fundado em 1490, o Convento de Jesus acolhe, desde o início da década de 60, as instalações do Museu de Setúbal, acervo com diversas coleções artísticas, arqueológicas, históricas e documentais de elevado valor, nalguns casos com dimensão internacional.

O S LOUREIROS organizam, entre 13 e 31 deste mês, o VIII Festival Internacional de Música que envolve 475 músicos e inclui o 6.º Encontro de Coros de Palmela. O evento orça em 15 mil euros e, ano após ano, tem vindo a registar crescimento positivo em termos de público e de qualidade. Os destaques vão para as actuações do coro holandês Frisk Fanfare Orkest - premiado em vários festivais -, St. Dominic´s Gospel, Vânia Fernandes e banda da Armada.

Entretanto, Rogério Almeida, 53 anos, bancário, há mais de 14 anos à frente dos Loureiros, foi reeleito para mais um mandato. A equipa compromete-se a «dar continuidade a todas

as actividades e eventos» calendarizados, apesar dos constrangimentos e cortes financeiros. O líder destaca o Festival Internacional de Música, o Encontro de Coros, o aniversário da casa, o estágio da banda, a passagem de ano, os Santos Populares, o Carnaval e a Festa das Vindimas.

Palmela dá música nos Loureiros

Grândola reforça ajuda a quem mais precisa

Santiago convidaGoverno a ver «cemitério» de obras paradas

2,5 milhões para recuperar histórico Convento de Jesus

Moita descentraliza eleitos

UMA FESTA onde alunos, professores e amigos da Universidade Sénior de Alcácer do Sal (USAS) tiveram oportuni-dade de conviver e trocar experiências, mesmo antes do arranque das aulas foi o mote para o início do ano lectivo.

A sessão de abertura de mais um ano de aprendi-zagem na USAS reuniu ontem dezenas de pessoas em torno do mesmo objec-tivo: dar as boas vindas a mais um ano de trabalho em prol da integração dos mais idosos do concelho.

A festa para os mais velhos do concelho, com grande animação, teve as participações musicais da Tuna da Universidade Sénior de Grândola e do Coro da Universidade Sénior de Alcácer do Sal.

SANTIAGO

SINESALCÁCER

GRÂNDOLA

MOITA

SETÚBAL

PALMELA

Alcácer abre novoano sénior

A cantora Vânia Fernandes

Mais apoio e solidariedade

O Nó do Roncão, exemplo das obras abandonadas pelo Governo

O Convento é monumento nacional e uma das principais referências patrimoniais de Setúbal

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São cerca de cem mil os habitantes do distrito afectados pela enxaqueca,

uma das doenças neuroló-gicas com maior prevalência na região, mas que é, simul-taneamente, das mais sub

diag-

nosticadas patologias em Setúbal. Segundo os espe-cialistas, o único estudo epidemiológico realizado em Portugal, mostra que apenas dez por cento da população do distrito - ou seja, cerca de dez mil pessoas - que sofre de enxaqueca, procura ajuda médica. As mulheres são mais atingidas do que os homens.

O neurologista Jorge Machado descreve que os p r i n c i p a i s sintomas são as dores intensas de apenas um dos lados da cabeça, p o d e n d o t a m b é m h a v e r náuseas e

intolerância à luz e ao ruído. As crises podem durar entre quatro e 72 horas, alertando o especialista que a melhor forma de se distinguir uma enxaqueca de uma dor de cabeça simples, é o facto da enxaqueca provocar dores mais intensas.

As mulheres sofremmais que os homens

«Quando as pessoas têm uma crise até costumam pedir para que não lhes toquem na cabeça e sentem agravamentos quando se baixam», refere, sublinhando tratar-se a enxaqueca de uma «dor de cabeça primária». Quer isto, que, só por si, já

uma doença, pelo que as pessoas não devem ir à

procura de alguma outra patologia que justifique essa mesma dor.

O estudo reali-zado mostra ainda que são as mulheres quem mais sofre com a doença, à ordem de três mulheres para um homem,

admitindo

os especialistas que os factores hormonais sejam determinantes. As enxa-quecas aparecem, sobre-tudo, no período fértil da vida, entre a primeira e última menstruação, sendo curioso que nas gravidezes não há enxaquecas a partir dos três meses de gestação.

Como prevenirenxaquecas

Os especialistas alertam que a forma como cada um faz o tratamento é também fundamental para analisar a sua eficácia. Por exemplo, um paciente que espere muito tempo para tomar a medicação corre o risco de a vomitar. Aconselha-se, por isso, iniciar o tratamento com antecipação (ou seja, logo que surjam os primeiros sinais) e na menor dose

possível. Os médicos garantem que é

impossível

impedir as crises, mas a enxaqueca pode ser adiada, suavizada e o seu impacto pode até ser reduzido.

Para as enxaquecas moderadas ou ligeiras, os analgésicos comuns, como por exemplo, o paracetamol, o ácido acetilsalicílico e o ibuprofeno poderão ser sufi-cientes. Outros medica-mentos utilizados são os antieméticos, que evitam os vómitos e diminuem as náuseas. Quando os anal-gésicos tradicionais não são suficientes, deve encarar-se a possibilidade de tomar medicação específica para a enxaqueca.

Ainda segundo os neuro-logistas, tomar medicamentos regularmente contra a dor, sejam analgésicos simples ou medicamentos para as enxaquecas, pode causar o efeito contrário. Em vez de impedir as dores de cabeça, podem acabar por provocá-las. O organismo habitua-se à medicação e a dor de cabeça acaba por ser causada pelo

próprio tratamento: é o chamado «efeito

rebound».

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Cem mil sofrem de enxaqueca no distritoÉ considerada uma das doenças neurológicas com maior prevalência na região, mas é também uma das menos diagnosticadas pelos médicos. Apenas dez por cento procura ajuda.

:::::::::: Roberto Dores ::::::::::

A ADOLESCENTE de 16 anos que disse ter sido sequestrada por dois homens na estação do Metro do Pragal, em Setembro, simulou, afinal, um crime que nunca teve lugar e do qual chegou a identificar um suspeito após reconhecimento fotográfico, segundo revelou a PJ.

As incongruências no relato tornaram-se evidentes quando, no interrogatório feito pela PJ a jovem contou uma «versão repleta de imprecisões». Acabou por admitir ter inventado tudo, pois precisara de justificar à sua família uma noite passada fora de casa.

Quando fez a denúncia do sequestro à PSP de Almada, a jovem referiu que fora abordada por dois homens e arrastada para dentro de um automóvel. De seguida teria sido levada para uma mata e forçada a beber um líquido que a fez ador-mecer até ao dia seguinte.

Ainda segundo o relato, voltaram a levá-la para a estação do Pragal, não tendo a certeza se os dois homens teriam cometido abusos sexuais enquanto esteve inconsciente. Disse, no entanto, que os autores do sequestro lhe tiraram os 20€ que trazia consigo.

Simulou sequestro no Pragal

OBSERVAÇÃO de aves, fotografia, passeios e pales-tras são algumas das ativi-dades em destaque no 4º ObservaNatura 2012, certame que decorre este sábado e domingo, na Mourisca, em Setúbal.

A iniciativa é dedicada ao turismo ornitológico, uma modalidade do turismo de natureza com destaque para a observação de aves, direta ou com recurso a binóculos ou telescópios de campo,

numa organização do Insti-tuto da Conservação da Natureza e das Florestas, da Reserva Natural do Estuário do Sado e da Troia Natura.

Ponto de encontro de agentes ligados ao turismo da natureza, na Herdade da Mourisca estão montados 40 expositores de associa-ções, empresas e outras enti-dades do setor, além de insti-tuições públicas.

Passeios de charrete na herdade, de jipe e em barcos

de pescadores, bem como caminhadas às salinas são outras atividades do programa da feira.

Na Mourisca é possível frequentar minicursos, a decorrer no Moinho de Maré, para aperfeiçoamento das técnicas associadas à obser-vação de aves, sobre Iniciação ao Digiscoping, Anilhagem, Identificação de Rapinas, Deci-frando os Nomes Científicos, Esboçar no Campo – ‘fieldske-tching’, Monitorização de Aves Aquáticas, Caixas-Ninho para Aves Agrícolas e Florestais e ainda Aves e Arqueologia.

Sábado, às 10h30, no Moinho de Maré, sete opera-dores turísticos dos mercados holandês, inglês e belga participam numa ação de ‘speedtrading’ desti-

nada a possibilitar uma bolsa de contactos aos agentes de turismo nacionais, nomea-damente agentes de animação turística, agências de viagens e empreendi-mentos turísticos.

Palestras que abordam temas relativos à observação e preservação ornitológica, turismo em áreas protegidas e compatibilização entre as atividades humanas e conservação da natureza, bem como a apresentação dos resultados de uma obser-vação contínua do Parque Natural da Arrábida desde Agosto de 2010.

O certame conta também com a apresentação de um documentário sobre o estu-ário do Sado e as aves que o povoam.

Natureza para contemplar na Herdade da Mourisca

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