seminários em fitopatologia ii - fernanda corrêa

28
Produção de pseudotécios de Didymella rabiei e dispersão de ascósporos no Mediterrânico Instituto Federal Goiano Campus Urutaí. Curso de Agronomia Disciplina de Fitopatologia II Apresentadora: Fernanda Corrêa GAMLIEL-ATINSKY, E., SHTIENBERG, D., VINTAL, H., NITZNI, Y., AND DINOOR, A. 2005. Production of Didymella rabiei pseudothecia and dispersal of ascospores in a Mediterranean climate. Phytopathology 95:1279-1286. 1

Upload: milton-lima

Post on 12-Jul-2015

161 views

Category:

Education


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Produção de pseudotécios de Didymellarabiei e dispersão de ascósporos no

Mediterrânico

Instituto Federal Goiano Campus Urutaí.Curso de Agronomia

Disciplina de Fitopatologia II

Apresentadora: Fernanda Corrêa

GAMLIEL-ATINSKY, E., SHTIENBERG, D., VINTAL, H., NITZNI, Y., AND DINOOR, A. 2005. Production ofDidymella rabiei pseudothecia and dispersal of ascospores in a Mediterranean climate. Phytopathology95:1279-1286. 1

Page 2: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

2

Page 3: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução

• Agente causal da ferrugem: Didymella rabiei;

• Cicer arietinum L.;

• Formação pseudotecial: começa no outono, eascósporos são descarregados a partir do fimdo inverno até a primavera.

• Maturação pseudotecial: normalmente picosno início da primavera, e a liberação dosascósporos diminui drasticamente ou paracompletamente até o início do verão.

3

Page 4: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução

• Os ascósporos são dispersas pelo vento;

• Temperatura e umidade foram consideradasfatores-chave que controlam a formação ematuração dos pseudotécios;

• Requisitos de temperatura e umidadesatisfatórios, seja contínuo ou alternado(ciclos seco / molhado), fatores fundamentaispara a formação dos pseudotécios;

4

Page 5: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução

• Grão de bico é uma das principais culturas deleguminosas em Israel;

• As sementes são semeadas em meados deinverno (dezembro-janeiro) e a safraamadurece e é colhida no início do verão(junho-julho);

5

Page 6: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução• Infecções são frequentemente observados nas

partes superiores do dossel de plantas;

• Além disso, nas áreas infectadas comascósporos, a doença pode ser iniciada emqualquer fase de desenvolvimento da cultura;

6

Page 7: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução• O clima de Israel é mediterrânico:

temperaturas do inverno são suaves e háperíodos sem chuva longos entre as chuvasesporádicas. As temperaturas médias de longoprazo nos meses de inverno (novembro amarço;

7

Page 8: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Introdução

• A baixa temperatura e o molhamento sãorequisitos importantes para a formação ematuração de pseudotécios;

• Desenvolver estratégias para a gestão da doença,tais como: sistemas de previsão para iniciar as pulverizações

com fungicida;a compreensão dos fatores que regem a descarga de

ascósporos e dispersão no tempo e no espaço,necessário para determinar a necessidade deaplicação de fungicidas subsequentes.

8

Page 9: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Fonte:http://www.canstockphoto.com.br/gr%C3%A3o-de-bico-planta-0154576.html

Fonte:http://www.canstockphoto.com.br/gr%C3%A3o-de-bico-planta-0154576.html

9

Page 10: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Objetivo

• O objetivo do presente estudo foi: (i)quantificar os efeitos da temperatura e operíodo de molhamento na formação ematuração pseudotecial de D. rabiei em Israel.

10

Page 11: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• Hastes de grão de bico tendo lesões foramamostradas com picnídios de D. rabiei (1997-1999) em áreas comerciais naturalmenteinfectados com o fungo;

• Dois a quatro cm de comprimento dossegmentos de caule foram secos ao ar;

• Desinfetados com uma solução de hipoclorito desódio a 1%, lavado com água destilada estéril, esemeadas em ágar de batata-dextrose;

11

Page 12: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• A suspensão de esporos resultante foi, emseguida, uniformemente dispersa em BDA e ascolônias individuais foram transferidas eincubados a 21 até 23 ° C sob 12/12 h de luz(fluorescente) / escuridão;

• A inoculação foi com o método do papel demata-borrão, e os segmentos de caule foramincubadas em várias condições;

12

Page 13: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• No final de cada experiência, os segmentos decaule foram lavadas sob água corrente durante 2minutos e secou-se no papel filtro;

• Avaliou-se a formação de pseudotécios ematuração, de 40 a 60 corpos de frutificação(picnídios e pseudotécios) de cada um dos quatrosegmentos de caule de cada tratamento;

• O tecido foi dissecados, esmagados em algodãoazul, e examinado ao microscópio.

13

Page 14: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• Cada corpo de frutificação foi entãoclassificado em um dos seguintes grupos:

(i) picnídios;

(ii) pseudotécios imaturo (sem ascósporosformados); e

(iii) amadurecimento pseudotecial com asco eascósporos.

14

Page 15: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

Dispersão de ascósporos D. rabiei no campo

• Foi determinada indiretamente nas safrasagrícolas de 1995-1996, 1997-1998 e 1998-1999;

• Foram utilizadas plantas de grão de bico comoarmadilhas. Semente de grão de bico de cv.Sfaradit foram semeadas em vasos de 10 cmde diâmetro, cinco sementes por vaso, emantidas numa estufa a 20 a 25 ° C durante14 dias. 15

Page 16: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• Em seguida, as plantas foram tradadas elevadas para a delegacia da Organização dePesquisa Agrícola Experimental Central em BetDagan, onde foram colocados em locais pré-determinados adjacentes aos campos queforam considerados como fontes potenciais deascósporos D. rabiei.

16

Page 17: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Materiais e Métodos

• Os dados obtidos foram usados paradeterminar o percentual de pseudotéciosimaturo e maduro entre o número total decorpos de frutificação examinados e aporcentagem de pseutotécios maduro entre onúmero total de corpos de frutificaçãoexaminados;

17

Page 18: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Resultados e Discussão

Tabela 1. Efeitos da temperatura (T) e período de molhamento (WD) na formação ematuração de Didymella rabiei pseudotécios sobre segmentos tronco de grão de bico.

18

Page 19: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Resultados e Discussão

Figo. 1. Efeitos previstos da temperatura sobre a formação e maturação de Didymellarabiei pseudotécios em segmentos de caule de grão de bico.

19

Page 20: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Resultados e Discussão

Fig. 2 Incidência de Ascochyta praga em plantas de grão de bico armadilha expostos autlizar ascósporos de Didymella rabiei.

20

Page 21: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Resultados e Discussão

Figo. 3. Efeitos do período de molhamento (WD) sobre a formação e maturação de Didymellarabiei pseudotécios em segmentos de caule de grão de bico.

21

Page 22: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Conclusões

• Para os isolados israelenses, quando aumidade não foi um fator limitante, osestágios iniciais da formação de pseudotéciosocorreu em temperaturas que variam de 5 a15 ° C, mas as temperaturas de ≤10 ° C foramessenciais para a maturação de pseudotécios;

• Quando a temperatura não foi um fatorlimitante, a umidade foi essencial para aformação de pseudotécios e maturação.

22

Page 23: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Literatura Citada

• Armstrong, C. L., Chongo, G., Gossen, B. D., and Duczek, L. J. 2001. Mating typedistribution and incidence of the teleomorph of Ascochyta ra- biei, Didymella rabiei inCanada. Can. J. Plant Pathol. 23:110-113.

• Barve, M. P., Arie, T., Salimath, S. S., Muehlbauer, F. J., and Peever, T. L. 2003. Cloningand characterization of the mating type (MAT) locus from Ascochyta rabiei (teleomorph:Didymella rabiei) and a MAT phy- logeny of legume-associated Ascochyta spp. FungalGenet. Biol. 39:151- 167.

• Gadoury, D. M., Stensvand, A., and Seem, R. C. 1998. Influence of light, relativehumidity, and maturity of populations on discharge of ascospores of Venturiainaequalis. Phytopathology 88:902-909.

• Galloway, J., and MacLeod, W. J. 2003. Didymella rabiei, the teleomorph of Ascochytarabiei, found on chickpea stubble in Western Australia. Aust. Plant Pathol. 32:127-128.

• Gamliel, E. 2000. Integrated management of Didymella rabiei, the teleo- morph stage ofAscochyta rabiei, in Israel. (In Hebrew, with English ab- stract) M.S. thesis. HebrewUniversity of Jerusalem.

• Gamliel, E., Shtienberg, D., Vintal, H., and Dinoor, A. 2000. Development and maturationof pseudothecia of Didymella rabiei on chickpea straw. Phytoparasitica (Abstr.) 28:284.

23

Page 24: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Literatura Citada

• Gorlenko, M. V., and Bushkova, L. N. 1958. Perfect state of the causal agent of ascochytosis ofchickpea. Rev. Appl. Mycol. 37:695.

• Haware, M. P. 1987 Occurrence of the perfect state of Ascochyta rabiei in Syria. Int. ChickpeaNewsl. 17:29-30

• James, J. R., and Sutton, T. B. 1982. Environmental factors influencing pseudothecialdevelopment and ascospore maturation of Venturia in- aequalis. Phytopathology 72:1073-1080.

• Kaiser, W. J. 1992. Epidemiology of Ascochyta rabiei. Pages 117-134 in: Disease ResistanceBreeding in Chickpea. Proc. Consul. Meeting on Breeding for Disease Resistance in KabuliChickpea. K. B. Singh and M. C. Saxena, eds. ICARDA, Aleppo, Syria.

• Kaiser, W. J., and Hannan, R. M. 1987. First report of Mycosphaerella rabiei on chickpeas inthe Western hemisphere. Plant Dis. 71:192.

• Kaiser, W. J. 1992. Epidemiology of Ascochyta rabiei. Pages 117-134 in: Disease ResistanceBreeding in Chickpea. Proc. Consul. Meeting on Breeding for Disease Resistance in KabuliChickpea. K. B. Singh and M. C. Saxena, eds. ICARDA, Aleppo, Syria.

• Kaiser, W. J., and Hannan, R. M. 1987. First report of Mycosphaerella rabiei on chickpeas inthe Western hemisphere. Plant Dis. 71:192.

24

Page 25: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Literatura Citada

• Kövics, G., Holly, L., and Simay, E. I. 1986. An ascochytosis of the chickpea (Cicer arietinum L.)caused by Didymella rabiei (Kov.) v. Arx: Imperfect Ascochyta rabiei (Pass.) Lab. in Hungary.Acta Phytopathol. Entomol. Hung. 21:147-150

• Luley, C. J., and McNabb, H. S., Jr. 1989. Ascospore production, release, germination andinfection of Populus by Mycosphaerella populorum. Phytopathology 79:1013-1018. 17.

• Milgroom, M. G., and Peever, T. L. 2003. Population biology of plant pathogens: The synthesisof plant disease epidemiology and population genetics. Plant Dis. 87:608-617.

• Mondal, S. N., Gottwald, T. R., and Timmer, L. W. 2003. Environmental factors affecting therelease and dispersal of ascospores of Mycosphae- rella citri. Phytopathology 93:1031-1036.

• Mondal, S. N., Howd, D. S., Brlansky, R. H., and Timmer, L. W. 2004. Mating and pseudothecialdevelopment in Mycosphaerella citri, the cause of citrus greasy spot. Phytopathology 94:978-982.

• Navas-Cortés, J. A., Trapero-Casas, A., and Jimémez-Díaz, R. M. 1995. Survival of Didymellarabiei in chickpea straw in Spain. Plant Pathol. 44:332-339.

• Navas-Cortés, J. A., Trapero-Casas, A., and Jimémez-Díaz, R. M. 1998. Influence of relativehumidity and temperature on development of Didy- mella rabiei in chickpea debris. PlantPathol. 47:57-66.

25

Page 26: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Literatura Citada

• Navas-Cortés, J. A., Trapero-Casas, A., and Jimémez-Díaz, R. M. 1998. Phenology of Didymellarabiei development on chickpea debris under field conditions in Spain. Phytopathology88:983-991.

• O’Leary, A. L., and Sutton, T. B. 1986. The influence of temperature and moisture on thequantitative production of pseudothecia of Venturia in- aequalis. Phytopathology 76:199-204.

• Pinkerton, J. N., Johnson, K. B., Stone, J. K., and Ivors, K. L. 1998. Fac- tors affecting release ofascospores of Anisogramma anomala. Phyto- pathology 88:122-128.

• Prados-Ligero, A. M., Gonzalez-Andujar, J. L., Melero-Vara, J. M., and Basallote-Ureba, M. J.1998. Development of Pleospora allii on garlic de- bris infected by Stemphylium vesicarium.Eur. J. Plant Pathol. 104:861-870.

• Shtienberg, D., Gamliel-Atinsky, E., Retig, B., Brener, S., and Dinoor, A. 2005. Significance ofpreventing primary infections by Didymella rabiei and development of a model to estimatethe maturity of pseudothecia. Plant Dis. 89:1027-1034.

• Shtienberg, D., Vintal, H., Brener, S., and Retig, B. 2000. Rational man- agement of Didymellarabiei in chickpea by integration of genotype resis- tance and post infection application offungicides. Phytopathology 90:834-842.

• Shtienberg, D., Vintal, H., Nitzani, Y., Brener, S., and Retig, B. 1998. The perfect stage ofAscochyta blight (Didymella rabiei): A new threat to chickpea production in Israel?Phytoparasitica (Abstr.) 26:157.

26

Page 27: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

Literatura Citada

• Sutton, T. B. 1981. Production and dispersal of ascospores and conidia by Physalosporaobtusa and Botryosphaeria dothidea in apple orchards. Phytopathology 71:584-589.

• Trapero-Casa, A., and Kaiser, W. J. 1992. Development of Didymella rabiei, the teleomorph ofAscochyta rabiei, on chickpea straw. Phyto- pathology 82:1261-1266.

• Trapero-Casas, A., Navas-Cortés, J. A., and Jiménez-Díaz, R. M. 1996. Airborne ascospores ofDidymella rabiei as a major primary inoculum for Ascochyta blight epidemics in chickpeacrops in southern Spain. Eur. J. Plant Pathol. 102:237-245.

• Wilson, A. D., and Kaiser, W. J. 1995. Cytology and genetics of sexual incompatibility inDidymella rabiei. Mycologia 87:795-804.

• Zachos, D. G., Panagopoulos, C. G., and Makris, S. A. 1963. Recherches sur la biologie,l’epidemiologie et la lutte contre l’anthracnose du pois- chiche. Ann. Inst. Phytopathol. Benaki5:167-192.

27

Page 28: Seminários em Fitopatologia II - Fernanda Corrêa

ObrigadaFernanda Corrêa

Técnica em AgropecuáriaGraduanda em Agronomia

Instituto Federal Goiano - Campus UrutaíLattes: http://lattes.cnpq.br/8696727274221746

Contato.Cel. (64) 9944-7810 (vivo)

(64) 9328-0760 (claro)

28