seminÁrio vegetação e sua interação com a radiação solar mestrado em engenharia ambiental...

59
SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre Rosa Expositora: Vera Maria Carreiro Ribeiro

Upload: internet

Post on 16-Apr-2015

104 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

SEMINÁRIOVegetação e sua Interaçãocom a Radiação Solar

Mestrado em Engenharia AmbientalGeomática Aplicada a Recursos Hídricos

Professor: Dr. Alexandre RosaExpositora: Vera Maria Carreiro Ribeiro

Page 2: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Vegetação e Sensoriamento Remoto

Moreira (2003): ao utilizar o sensoriamento remoto para se obter informações sobre a cobertura vegetal de uma região da superfície terrestre têm–se que levar em conta a interação da energia solar com a comunidade de plantas.

Índivíduo vegetal=> é na planta que as atividades fisico-químicas e biológicas são processadas

Page 3: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Comunidade Vegetal,Planta e Folha

PLANTA Orgãos de Nutrição: Raiz, Caule e Folha Orgãos de Reprodução:Flor, Fruto e Semente

Folha Para o sensoriamento Remoto é suficiente entender os orgãos

de nutrição e em especial as folhas: A folha=> 3 funções: Respiração, Transpiração e Fotossíntese

Fotossintese: é o único processo que está diretamente envolvido com a radiação solar

Page 4: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Fotossíntese

É realizada na presença de luz Processo em Duas Etapas:Reações de Luz (fotossíntese: absorção de luz azul e

vermelha pelos cloroplastos) Reações Escuras(CO2 em carboidrato)

6CO2 + 6H2O => C6H12O6 + O2 + e

LUZ

Page 5: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a Planta

1= r + a + t

Øi= Ør + Øa + Øt 2˚ Lei da Termodinamica (1)

Normalizando(1) pelo fluxo incidente

r reflectância

a Absortancia

t Transmitancia

[e a > interesse SR (cond.fitossanitaria)

+ utilizada(proxi a) SR (limit. Tecnol.)

Page 6: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Corte Transversal de uma folhaReflexão/Absorção do VIS e NIR

Luz Azul e Vermelha

xilema

Cutícula e epiderme

Estruturas celulares internas

Absorção clorofila a/b

carotenoides,xantofilas

e antocianinas VIS

NIR

Transmissão pela clorofila e refração nas

áreas frontais de ar/celulas do mesófiloRefletida pelo cloroplasto

Rad

ian

cia I

nci

den

te

Page 7: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a PlantaEspectro Eletromagnético

1Å 1µm1nm

1mm 1m 1km

Espectro solar

1µm

Page 8: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a PlantaAssinatura Espectral

Page 9: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a PlantaAssinatura Espectral

Page 10: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Resposta Espectral uma folhaReflexão/Absorção do VIS e NIR

Absorção de Água

Page 11: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a Planta

vegetação

Page 12: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a Planta

Intervalo de Interação para o SR A determinação e a diferenciação da vegetação

pelos métodos de sensoriamento remoto é possível no intervalo de 0,4 até 2,5 µm, pois neste intervalo as folhas são caracterizadas por comportamentos específicos de reflexão, absorção e transmissão.

Page 13: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da RS com a Planta no VIS Absorção

azul (0,4 - 0,5 µm)/vermelha (0,6 - 0,7 µm);Reflexao (determinado pela clorofila que absorve pouco o verde)

luz verde (0,5 - 0,6 µm).vermelho e ao azul são absorvidas (quase totalmente) pelos

pigmentos do mesófilo, assim como pelos carotenóides, xantófilas, e antocianidas, que causam uma reflexão característica baixa nos comprimentos de onda supracitados.

As clorofilas A e B regulam o comportamento espectral da vegetação, absorvendo a luz verde só em pequena quantidade, por isso a reflectância é maior no intervalo da luz verde, o que é

responsável pela cor verde das folhas para a visão humana.

Interação da Radiação Solar com a Planta

Page 14: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a Planta

Interação da RS com a Planta no NIR

λ 0,7 - 1,3 µm Reflexão 30 a 70% dos raios incidentes (os sistemas pigmentais das plantas perdem a capacidade de absorver fótons nesse espectro=> subida acentuada da curva de reflexão).

λ> 1,3 µm, o conteúdo de água das folhas influencia a interação com a radiação. A água dentro da folha absorve especialmente nas bandas em torno de 1,45 µm e 1,96 µm e estes comp.onda, prestam-se à determinação do conteúdo hídrico das folhas.

A curva espectral depende do tipo de planta e, altera-se em função da estrutura e da organização celular.

Intervalo de Interação para o SR

Page 15: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Intercepção, Absorção e Reflexão da Luz Solar pelas folhas

Fatores Envolvidos Morfológicos: IAF=(área foliar)/(área do solo)

Fisiológicos ou FuncionaisIdade da Planta (na senecência a reflectância > VIS)

Déficit Hídrico (stress provoca > reflectância)

Tipo e Espessura dos folhas (>intensidade luz=>menor e menos espessa será a folha, dependendo da espécie)

Nutrientes (1.o stress provoca o deslocamento de nutrientes das folhas + velhas p/ as +novas; 2.Magnésio/nitrogenio participam na formação da clorofila)

Page 16: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a Planta

Uma grande parte da energia disponível para as plantas está na forma de radiação difusa

A radiação difusa atinge o interior da copa e as partes inferiores da vegetação por não ter dependencia angular

A radiação difusa é sempre > radiação direta (independente dos fatores ambientais)

Page 17: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com o Dossel

DOSSEL Um dossel é caracterizado pelos seus componentes,

sua organização e sua estrutura. Dossel Homogêneo é aquele em que a comunidade de

plantas é homogênea tais como as comunidades agrícolas (por ex: uma cultura de trigo)

Dossel Heterogêneo é aquele em que a comunidade de plantas é heterogênea (por ex.: uma floresta).

Page 18: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com o Dossel

Colwell(1974) e Daughtry et al. (1982): Na região do infravermelho próximo a resposta espectral do sombreamento não é tão pronunciada como na região do visível, devido ao múltiplo espalhamento e à baixa absorção por pigmentos nesta faixa do espectro.

Pinter Jr et al.(1985) ao medirem a reflectância no dossel e na folha isolada de diferentes cultivares de trigo com mesma fitomassa e mesmo índice de área foliar concluíram que independente do cultivar não houve diferença na reflectância quando medidos em folhas isoladas, porém as reflectancias foram diferentes quando medidas sobre os diferentes dosséis.

Gausman e Allen (1973) ao medirem a reflectância sobre dosséis das culturas de trigo, cana-de-açúcar e milho constataram que a resposta espectral do dossel de trigo apresentou-se como uma exceção, mostrando uma reflectância comparável à de folhas dorsiventrais[1],[2].

Segundo Bauer et al (1980), Ripple (1986) e Horler et al (1983) as plantas com stress provocado pela água apresentam um aumento na reflectância na região do infravermelho próximo.

Page 19: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com o Dossel Myers(1970) encontrou respostas espectrais diferentes para a cultura de

algodão em razão do número de camada de folha Knipling(1970) denominou este fenômeno como fator de compensação (e reflectância aditiva por Holer(1978)). Naquele gráfico observa-se que na região do vermelho próximo a quantidade de radiação refletida aumenta com o aumento do número de camadas de folhas. Na região do visível o efeito da camada de folhas não altera os valores da reflectância, como ocorre nos infravermelhos próximo e médio.

Moreira (1997) apud Moreira (2003) estudando reflectância sobre dosséis de cultura de trigo que foram submetidas ao stress hídrico com suspensão da irrigação em 4 fases distintas do crescimento concluiu que a reflectância na região do infravermelho próximo será maior ou menor, dependendo do estágio de desenvolvimento da cultura, ou seja, é preciso estar ciente da época em que a cultura sofreu o stress hídrico. Na experiência Moreira observou que a reflectância na região do vermelho próximo foi maior quando o stress hídrico ocorreu quando as plantas de trigo estavam já desenvolvidas e foi menor quando a suspensão da irrigação foi no início do desenvolvimento da cultura, mesmo assim esse resultado está de acordo com Knipling (1970),Bauer et al (1980), Ripple (1986) e Horler et al (1983).

Page 20: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a PlantaFoto Pancromatica

Page 21: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interação da Radiação Solar com a PlantaImagem Falsa Cor (Foto com IR)

Page 22: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

A Vegetação em imagens de sensor Orbitalbandas da Câmara CCD do satélite CBERS

Cada sensor a bordo dos satélite apresentam distintas bandas que operam em diferentes faixas do espectro eletromagnético, conhecendo o comportamento espectral dos alvos na superfície terrestre é possível escolher as bandas mais adequadas para estudar os recursos naturais

Page 23: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Banda Azul 0,45-0,52 m m Banda Verde 0,52-0,59 m m

Mapeamento de águas costeiras;  Diferenciação entre solo e vegetação;  Diferenciação entre vegetação conífera e decídua; 

Mapeamento de vegetação; Qualidade d'água;

Page 24: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Vermelho 0,63-0,69 m m NIR 0,77-0,89 m m

Absorção de clorofila;  Diferenciação de espécies vetais;  Áreas urbanas, uso do solo;  Agricultura;  Qualidade d'água; 

Delineamento de corpos d'água; Mapeamento geomorfológico; Mapeamento geológico; Áreas de queimadas; Áreas úmidas; Agricultura; Vegetação; 

Page 25: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Lago Itaipú, rio Paraná

Carta imagem Cores naturais

Mata em tom verde escuro

Carta imagem falsa cor

Mata em tom vermelho

Page 26: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Áreas Agrícolas e Mata Ciliar

Verde claro(atividade agrícola)escuro(mata ciliar)

rosa (atividade agrícola) vermelho vivo(mata ciliar)

Page 27: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

mata do Parque Nacional do Iguaçu

m

verde escuro o Parque Nacional do rio Iguaçu, em rosa claro o rio e em tonalidade branca as cataratas do Iguaçu

vermelho vivo o Parque Nacional do rioIguaçu em verde o rio e as cataratas do Iguaçu em tonalidade branca

Page 28: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Encontro dos rios Iguaçú e Paraná

áreas de mata em verde escuro

áreas urbanas em tonalidades claras

áreas de mata em Vermelho

áreas urbanas em tonalidades claras

Foz do Iguaçu

Puerto Iguazu

Page 29: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Referências Bibliográficas

Moreira, Maurício Alves.Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. 2.ed.-Viçosa:UFV,2003.

Sausen, Tania Maria. Sensoriamento remoto e suas aplicações para recursos naturais.SP.INPE, 2004.

Steffen, Carlos Alberto. Introdução ao Sensoriamento remoto. SP.INPE, 2004.

Page 30: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

SEMINÁRIO Vegetação e sua Interaçãocom a Radiação Solar FIM

Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos

Professor: Dr. Alexandre Rosa

Page 31: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Luz e Cor O sistema visual do homem e dos animais terrestres é sensível a uma

pequena banda de radiações do espectro eletromagnético situada entre 400nm e 700nm e denominada luz.

Dependendo do comprimento de onda, a luz produz as diferentes sensações de cor que percebemos.

Por exemplo, as radiações da banda entre 400nm até 500nm, ao incidir em nosso sistema visual, nos transmitem as várias sensações de azul e cian, as da banda entre 500nm e 600nm, as várias sensações de verde e as contidas na banda de 600nm a 700 nm, as várias sensações de amarelo, laranja e vermelho.

Uma propriedade importante das cores é que estas podem ser misturadas para gerar novas cores. Escolhendo três cores básicas (ou primárias) como o azul, o verde e o vermelho, a sua mistura em proporções adequadas pode gerar a maioria das cores encontradas no espectro visível. Como você pode ver na figura 4, os matizes formados podem ser agrupados em amarelo (Y), cian (C) e magenta (M), este último não encontrado no espectro visível. A mistura das três cores primárias forma o branco (W).

Page 32: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Imagem Falsa Cor

Como não existe uma cor básica correspondente ao infravermelho, um artifício é utilizado na hora de observar a imagem obtida no computador.

Utilizamos a cor básica azul para representar o registro da banda verde, a cor verde para representar o registro da banda vermelha e a cor vermelha para representar o registro da onda infravermelha.

Você pode ver que a imagem produzida desta forma, na figura, tem as formas e textura esperadas entretanto, as cores não correspondem à nossa experiência visual e por isso esse tipo de imagem é denominada falsa-cor.

Imagens construídas com a banda infravermelha podem ter uma quantidade muito maior de informações temáticas que as convencionais (de cores naturais); entretanto, é importante ressaltar que o significado dessas cores e suas variações, deve ser analisado com base no conhecimento das assinaturas espectrais dos objetos, para que possamos extrair informações

corretas sobre as suas propriedades. Figura 11. Uma câmara digital de infravermelho. Veja na figura 12 que a vegetação aparece em tonalidades de magenta e isso é simples

de explicar se você observar que na assinatura espectral da vegetação predominam as reflectâncias nas bandas verde (B) e infravermelha (C), sendo esta última maior. Como estas bandas são representadas na imagem pelas cores azul e vermelha, a mistura destas (ver figura 4) gera as tonalidades de magenta com predominância de vermelho. Da mesma forma, a tonalidade cian do solo resulta das reflectâncias mais elevadas nas bandas vermelha e infravermelha.

Page 33: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Assinatura Espectral da Folha Analisando a assinatura espectral da folha verde na figura podemos

explicar as razões para as variações encontradas: na banda visível (B, G e R), a pequena reflectância (maior absortância) é produzida por pigmentos da folha (clorofila, xantofila e carotenos) enquanto que na banda infravermelha (IR), a maior reflectância resulta da interação da radiação com a estrutura celular superficial da folha.

Duas características notáveis resultam dessa assinatura espectral: 1- a aparência verde da fôlha, e por extensão da vegetação, está

relacionada com a sua maior reflectância na banda verde (G) e é produzida pela clorofila,

2- a elevada reflectância na banda infravermelha (IR) está relacionada com os aspectos fisiológicos da folha e varia com o seu conteúdo de água na estrutura celular superficial; por isso é um forte indicador de sua natureza, estágio de desenvolvimento, sanidade, etc.

Veja na curva b da mesma figura a assinatura espectral de uma folha seca.

Veja ainda nessa figura, a curva c que mostra a assinatura espectral de uma amostra de solo; no caso do exemplo trata-se de um tipo de solo contendo ferro e pouca matéria orgânica.

Page 34: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Assinatura Espectral da Vegetação

Figura Uma câmara digital de infravermelho. Veja na figura que a vegetação aparece em tonalidades

de magenta e isso é simples de explicar se você observar que na assinatura espectral da vegetação predominam as reflectâncias nas bandas verde (B) e infravermelha (C), sendo esta última maior. Como estas bandas são representadas na imagem pelas cores azul e vermelha, a mistura destas (ver figura 4) gera as tonalidades de magenta com predominância de vermelho. Da mesma forma, a tonalidade cian do solo resulta das reflectâncias mais elevadas nas bandas vermelha e infravermelha.

Figura Sintetizando uma imagem falsa-cor

Page 35: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

A Tabela 1 mostra os canais do LANDSAT 5 e as qualidades de cada banda para interpretação visual.

Tabela 1. Aplicações das bandas do LANDSAT 5 (Lillesand & Kiefer, 1979, p. 567).

Banda: TM 1 Espectro azul (VIS) Comprimento de Onda 0,45 -

0,52 Aplicações :- Boa penetração na água (mapeamento do litoral)

Distinção solo / vegetação TM 2 verde (VIS) 0,52 - 0,60 - Reflexão máxima no espectro verde- Determinação da vitalidade da

vegetação TM 3 vermelho (VIS) 0,63 - 0,69 - Absorção alta de clorofila - Distinção solo / vegetação - Diferença

dos tipos de trigo TM 4 NIR 0,76 - 0,90 - Reflexão alta da vegetação - Determinação da massa

orgânica - Distinção terra / água

Page 36: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Comportamento espectralComportamento espectral

da águada água

Elene Zavoudakis

Lívia Maria Albertasse Tulli

Page 37: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interpretação das imagens de satélite

Comportamento espectral

Fatores externos Fatores internos

cores

O que causa?

=

Propriedades do alvo

INTRODUÇÃO

Page 38: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Interpretação do significado em imagens

de satélite

Complexidade

região 400 a 500 nm - profundamente afetada pela atmosfera (90%)

INTRODUÇÃO

transmitância muito alta e variável informações de

diversas profundidades

semelhança entre os espectros de absorção

dos componentes opticamente ativos

reflectância da superfície mais elevada

que a do volume / fatores afetam

reflectância da água pequena (4%) –

sensores insensíveis

Page 39: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

OBJETIVO

Fornecer algumas Fornecer algumas informações sobre o informações sobre o

comportamento espectral da comportamento espectral da água como suporte à água como suporte à

interpretação de imagens.interpretação de imagens.

Page 40: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

COMPONENTES DO FLUXO DE ENERGIA

1. reflexão do fluxo de radiação direta do sol;

2.reflexão do fluxo de radiação difusa;

3.fluxo espalhado pela atmosfera;

4.fluxo espalhado no interior do volume

(fluxo emergente / composição do meio);

Page 41: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

COMPONENTES DO FLUXO DE ENERGIA

Page 42: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

COMPONENTES DO FLUXO DE ENERGIA

Problema na interpretação dos dados de SR =

QUANTIFICAR O FLUXO EMERGENTE

Lu Lw

correções

Lu = 1,84. Lw

Lw – radiância medida pelo sensor remoto

Lu – radiância de subsuperfície

Page 43: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

CORREÇÕES DO FLUXO EMERGENTE DETECTADO PELO SENSOR

Correção em Relação aos Efeitos Atmosféricos

90% da radiação originada em um corpo d’água, registrada pelo sensor

orbital RADIÂNCIA DA ATMOSFERA

Espalhamento da luz solar na presença de

gases e partículas

Lw – radiância medida pelo sensor

L – radiância detectada pelo sensor

La – radiância de trajetória

Lw = L - La

Page 44: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

CORREÇÃO EM RELAÇÃO AOS EFEITOS ATMOSFÉRICOS

1.Métodos do pixel escuro • Localizar, dentro da cena imageada em um corpo

d’água, o pixel de menor valor (~0) e subtraí-lo dos demais valores da imagem;

• Condições para os dados:

1. Atmosfera constante sobre a cena;

2. Pixel mais escuro com radiância bem próxima de 0 (subtração apenas do sinal devido à atmosfera)

Spot

Landsat

Radiância de um pixel escuro contribuição da atmosfera

Page 45: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

CORREÇÃO EM RELAÇÃO AOS EFEITOS ATMOSFÉRICOS

1.Métodos do pixel escuro (sofisticado) - Chaves Jr. (1989)

• Obter um histograma de determinada banda do sensor Thematic Mapper a anotar menor valor registrado (sugere-se TM1 ou outra banda do espectro visível);

• Valor mínimo do histograma é utilizado como valor de entrada em tabela, pela qual pode-se classificar tipo de atmosfera predominante durante aquisição da cena;

TIPO DE ATMOSFERA “MODELO DE ESPALHAMENTO”

• Modelo de Espalhamento aplicado para determinar o valor a ser subtraído da cena para a remoção do efeito da atmosfera.

Page 46: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

• Sensor mede radiância, porém, propriedade radiométrica da água que se relaciona com seus componentes é a REFLECTÂNCIA.

• Reflectância é estimada

CORREÇÃO EM RELAÇÃO À IRRADIÂNCIA SOLAR NA SUPERFÍCIE DA ÁGUA

Irradiância incidente na superfície varia com o ângulo zenital (entre o zénite e a direção ao sol).

1. Correção da radiância medida pelo sensor;

2. Avaliação da irradiância que atinge a superfície da água.

Lw = Lw’ / cos (Q)

Lw – radiância da água

Lw’– radiância da água medida pelo sensor após correção atmosférica

Q – ângulo zenital do sol

Page 47: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

PROPRIEDADES ÓPTICAS INERENTES E APARENTES DA ÁGUA E SUA RELAÇÃO COM AS MEDIDAS DE RADIÂNCIA FEITAS POR SENSORES ORBITAIS.

O fluxo de energia radiante que atravessa a interface ar/água está sujeito a dois processos

básicos: ABSORÇÃO E ESPALHAMENTO.

As propriedades ópticas inerentes dependem somente do meio aquático.

As substâncias opticamente ativas são aquelas que podem afetar o espectro de absorção e espalhamento da água pura.

Page 48: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Relação entre as propriedades ópticas e a composição da água.Fonte: Novo (2001)

Page 49: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

O Coeficiente de Espalhamento representa a interação da energia espalhada por um volume

unitário de água em todas as direções.

O Coeficiente de Retroespalhamento é aquela fração do coeficiente de espalhamento que

representa a integração da energia espalhada na direção oposta à de incidência.

Algumas substâncias presentes na água podem afetar esses

coeficientes de forma qualitativa e quantitativa.

Page 50: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

As Propriedades ópticas aparentes são aquelas que são afetadas tanto pela composição do corpo d’agua quanto pelas características do campo de luz incidente sobre a água. Exemplo: Irradiância

descendente e Irradiância Ascendente.

Como os coeficientes de absorção e espalhamento da água

são afetados pelo tipo, concentração e composição das substâncias

presentes no corpo d’água, pode-se concluir que corpos d’água com

diferentes composições apresentam diferenças sensíveis em sua cor.

Page 51: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Componentes que afetam o comportamento espectral da água:

-Organismos Vivos-Partículas em suspensão-Substâncias orgânicas dissolvidas.

Curvas de coeficientes de absorção (a) e de espalhamento (b) da água pura.Fonte: Mobley (1994)

Page 52: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Coeficientes de absorção de sistemas aquáticos com diferentes concentrações de substâncias orgânicas dissolvidas.Fonte: Kirk (1994)

fig4

Page 53: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Fator de reflectância bidirecional de simulações em laboratório de um corpo d’água com diferentes concentrações de matéria orgânica dissolvida. Fonte: Mantovani (1994)

fig5

Page 54: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Bandas de absorção dos pigmentos fotossintetizadores.

Tab1

O fitoplâncton também responde pela absorção da luz na água. Seus

pigmentos responsáveis pela fotossíntese causam absorção

seletiva da radiação eletromagnética que penetra na

superfície da água.

Page 55: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Razão de irradiância da água com diferentes concentrações de pigmentos.Fonte: Adaptado de Mobley (1994)

Page 56: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

As partículas em suspensão na água

podem aumentar seu coeficiente de

absorção.

O grande problema na interpretação do comportamento espectral da água é que os componentes opticamente ativos ocorrem simultaneamente em ambiente natural e produzem espectros de absorção e de

espalhamento que muitas vezes se superpõe.

O material particulado tem como principal efeito o aumento do

coeficiente de espalhamento da água.

Page 57: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Fator de reflectância bidirecional de diferentes concentrações de sedimentos em suspensão na água. Fonte: Adaptado de Chen et al. (1991)

Page 58: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

A COR DA ÁGUA EM IMAGENS DE SATÉLITE

A grande maioria das aplicações de sensoriamento remoto no estudo de propriedades da água cai atualmente em duas categorias: - Estimativas de produtividade primária dos oceanos.- Estimativas da concentração de sólidos em suspensão na água.

Page 59: SEMINÁRIO Vegetação e sua Interação com a Radiação Solar Mestrado em Engenharia Ambiental Geomática Aplicada a Recursos Hídricos Professor: Dr. Alexandre

Tab2

Aplicações em sensoriamento remoto em estudos de sistemas aquáticos.