seminÁrio internacional de biogÁs

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RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIOGÁS PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIOGÁS RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIOGÁS PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIOGÁS

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RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIOGÁS PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIOGÁS

RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIOGÁS PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIOGÁS

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RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS DE BIOGÁS PARA AMÉRICA LATINA E CARIBE

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIOGÁS

SUMÁRIO

CONTEXTO

PAÍSES REPRESENTADOS NO SEMINÁRIO

DINÂMICAS DO SEMINÁRIO

APRESENTAÇÕES

CONTEÚDOS AVALIADOS E ELABORADOS NO SEMINÁRIO

PRODUÇÃO DE BIOGÁS E GERAÇÃO DE ENERGIAS

DESTAQUES DO SEMINÁRIO

IMPACTOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS DO BIOGÁS

CARACTERÍSTICAS DO BIOGÁS

DISCUSSÕES EM GRUPOS TEMÁTICOS

CONCLUSÕES

VISITA TÉCNICA

INSTITUIÇÕES COORDENADORAS

COORDENAÇÃO TÉCNICA

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CONTEXTO

APRESENTAÇÕES

PAÍSES REPRESENTADOS NO SEMINÁRIO

DINÂMICA DO SEMINÁRIO

O Seminário Internacional sobre Biogás foi realizado em Foz do Iguaçu, nos dias 13 e 14 de setembro de 2014, com objetivo de oferecer aos tomadores de decisão dos países da América Latina e do Caribe, recomendações para formulação de Políticas Públicas sobre Biogás, como fonte renovável de energia, disponível nas cidades e nas atividades rurais, por estar contido em resíduos e efluentes orgânicos de várias espécies e muitas vezes podendo ocupar função estratégica para a sustentabilidade econômica e ambiental de importantes atividades em curso na região.

Argentina, Áustria, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Jamaica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

PRIMEIRA PARTE - Boas Vindas

O primeiro momento do Seminário ocorreu com as autoridades presentes dando as boas vindas aos participantes e reforçando suas posições em relação à necessidade e oportuni-dade da América Latina e Caribe, em esforço compartilhado, encontrarem as soluções tecnológicas próprias para fazer uso do biogás como fonte renovável de energia.

As seguintes autoridades abriram o Seminário:

Alan Bojanic, Representante da FAO no BrasilJamil Macedo, Secretário Executivo da Procitrópicos/IICAJorge Miguel Samek, Diretor Geral Brasileiro da Itaipu BinacionalEmbaixadora Mariangela Rebuá, Diretora do Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do BrasilMinoru Takada, Conselheiro Sênior para Políticas, do Secretário-Geral das Nações UnidasPradeep Monga, Diretor de Energia e Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

Moacir Bertol, Vice Secretário para Planejamento e Desenvolvimento Energético do Minis-tério de Minas e Energia do BrasilValter Luiz Cardeal de Souza, Diretor de Geração da Eletrobras

SEGUNDA PARTE - Apresentações de conceitos e casos

O Seminário contou com as seguintes apresentações sobre conceitos e casos sobre biogás na América Latina e Caribe.

Alcides Ruben Duarte Rotela, Especialista em Energias Renováveis/ParaguaiAlfonso José Traub Ramos, Encarregado de Energeas Renováveis do Ministério da Agricul-tura/ChileCícero Bley, Superintendente de Energias Renováveis da ITAIPU Binacional/BrasilGunther Bochmann, Representante da Força Tarefa 37-Biogás-Espelho/IEA Hillary Stuart Alexander, Secretária Permanente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Energia/JamaicaIrene Cañas Diaz, Vice-ministra de Energia, do Ministério do Ambiente e Energia/Costa RicaMiguel Almada, Diretor de Agroenergia, do Ministério de Agricultura/ArgentinaOlga Otegui, Diretora Nacional de Energias Renováveis do Ministério da Indústria e Ener-gia/UruguaiOliver Marcelo Bret, Coordenador Técnico Regional do Programa Aliança em Energia e Ambiente com a Região Andina/PeruPradeep Monga, Diretor de Energia e Mudança Climática da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial/ONUDITito Diaz, Oficial Sênior para o Desenvolvimento da Pecuária/FAOWenceslao Carrera Doral, Representante da CubaEnergia/Cuba

As principais referências utilizadas para orientar as discussões estavam contidas no Rela-tório Perspectivas da agricultura e do Desenvolvimento Rural nas Américas. 5ª Edição, elaborado justamente pelos promotores do Seminário, FAO, IICA e CEPAL.

Foram de grande valor prático as apresentações de estudos de casos que já ocorrem em países da América Latina e do Caribe, além de visita técnica ao Condomínio de Agroener-gia para a Agricultura Familiar, que proporcionou a constatação, em escala real, do que representa o biogás para comunidades rurais.

A amplitude do tema energia e especificamente aquela que envolve o biogás como fonte, fez-se notar nas diversas formas de abordagem que apareceram na dinâmica do Seminá-rio, entre elas:

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CONTEÚDOS AVALIADOS E ELABORADOS NO SEMINÁRIO

PRODUÇÃO DE BIOGÁS E GERAÇÃO DE ENERGIAS

DESTAQUES DO SEMINÁRIO

A síntese dos trabalhos do Seminário é apresentada neste documento e tem a pretensão de se constituir em um Roadmap, para os participantes e tomadores de decisão dos demais países da Região possam encaminhar as políticas em seus países, guardando soberanamente as características específicas de cada um, porém com base em conceitos compartilhados, que podem determinar a consolidação do biogás como fonte renovável e

- Iniciativas existentes para a difusão e implementação do biogás no âmbito internacional, regional e nacional, nos setores de energia, agricultura e meio ambiente.- Estratégias internacionais para o desenvolvimento de programas de biogás no setor rural e urbano, com a participação de todos os atores socioeconômicos envolvidos.- Programas nacionais de biogás, com foco em políticas, marco institucional e marco normativo vigentes, assim como resultados de sua aplicação. - Proposta de alinhamento de políticas públicas no âmbito regional para o desenvolvimen-to de programas nacionais de biogás na América Latina e Caribe.- Consolidação do alinhamento das políticas públicas para o biogás, no âmbito regional, em forma de Carta de Recomendações para os países da América Latina e do Caribe.

TERCEIRA PARTE - Construção compartilhada

O momento máximo e final do Seminário ocorreu com a distribuição de todos os partici-pantes em mesas temáticas, na seguinte ordem:

ParticipantesParticiparam do Seminário tomadores de decisão, encarregados de fontes renováveis de energia e autoridades dos setores de energia, agricultura, agroindústria, meio ambiente, assim como representantes da academia, de entidades que apoiem o desenvolvimento rural e de organismos internacionais de cooperação técnica.Grupo 1 - Políticas para programas de biogásGrupo 2 - Políticas para a inclusão do biogás na agricultura familiar e desenvolvimento territorial ruralGrupo 3 - Marco regulatório de biogásGrupo 4 - Marco institucional de biogásGrupo 5 - Programa regional de capacitação em biogásNessas mesas os participantes dedicaram-se a aprofundar conceitos sobre o biogás e suas aplicações energéticas, a compartilhar ideias, linhas e propostas para incrementar o seu uso através de políticas públicas, que possam fazer consistir cenários definidos, para que investimentos em biogás possam ocorrer em segurança.

versátil de energia. Considerando:- O potencial de geração de biogás na América Latina e no Caribe;- Os usos múltiplos do biogás na geração de energias elétrica, térmica e veicular;- As externalidades do biogás na geração de emprego e renda, desenvolvimento industrial, saneamento rural e ambiental, com redução de poluição hídrica e de emissões de gases de efeito estufa.

O Biogás, como resultante da degradação biológica de resíduos orgânicos produzidos nas operações agrícolas e com os resíduos sólidos urbanos, constitui-se em uma fonte de ener-gia absolutamente disponível e que na realidade é desperdiçada, ao se descartar esses resíduos, quase sempre sem cuidados ambientais. A equivalência energética do biogás é a seguinte:

1 TEP = 2.000 m31 kW = 0,17 m31 kCal = 0,2 x 10 – 3 m3

- As condições de clima (temperaturas médias altas), disponibilidade de água (essencial para provocar anaerobiose) e de biodiversidade (número alto de espécies detritívoras que degradam a matéria orgânica em situação anaeróbica) constituem em diferencial compe-titivo importantíssimo para a produção de Biogás na América Latina e o Caribe. Equivale dizer que em termos de biogás a região da América Latina e do Caribe não está a 10 esta-ções atrás dos países europeus, os mais adiantados em tecnologias do biogás. Mas esta-mos em outro trilho, em outra ferrovia, com possibilidades reais de fazermos o que é preci-so, e o fazermos bem, porém com menos custos e menos dependência tecnológica, já que a natureza trabalha mais intensamente e nossas condições.

- Como o biogás ocorre nos espaços territoriais de maneira descentralizada e na maioria das vezes em pequena escala, não atrai grandes interesses e consequentemente também não sensibiliza os gestores da energia, que o consideram inexpressivo sob o ponto de vista de impactos significativos nas respectivas matrizes energéticas dos países. A partir dai, faltam nos países da região as regulações específicas que definiriam o biogás como produ-to energético em si, com qualidade e formas de disponibilidade definidas.

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- Em se tratando especificamente do valor energético do biogás, percebe-se que tanto os setores da produção de alimentos, dos biocombustíveis e dos resíduos urbanos, aonde mais podem ser úteis suas aplicações energéticas, ocorrem operações com energias con-vencionais, sejam elétricas, sejam combustíveis.

Senão vejamos, as operações no setor de alimentos, como moagem de grãos, irrigação, bombeamentos, secagem, aquecimento de animais, frigorificação e outras, são realizadas com energia convencional. Esta é produzida em centrais de geração, transportada em linhas de transmissão e ofertadas em linhas de distribuição, que constituem os sistemas convencionais de geração, transmissão e distribuição de energia. Utilizando essa infraes-trutura, a energia chega às propriedades rurais e é utilizada para realizar essas operações, que definitivamente não necessitam de energia nobre para serem realizadas. O biogás como fonte disponível local pode suprir essas demandas.

- O mesmo se dá com o setor do saneamento urbano, onde operações com caminhões de coleta de lixo utilizando-se do diesel em operações recorrentes, quando poderiam custar menos aos cofres públicos se se utilizassem do biometano (biogás filtrado), gerado nos próprios aterros sanitários. E a história se repete com as operações com água e esgotos que consomem substanciais quantidades de energia elétrica, simplesmente para recalcar água e esgotos.

- Com base nisto os participantes do Seminário concluíram que para viabilizar o biogás como fonte de energias elétrica, térmica e automotiva é necessário compreendê-lo não como uma fonte de energia de oferta, tal como se pratica com a maioria das fontes, mas como uma fonte sistêmica, ligada a eficiência energética dos processos e além de ser medida pela energia que fornece (em kW, BTU´s e outras unidades), também incorpore as externalidades, ou serviços que produz. Isto se reflete em eficiência energética a ser conta-bilizada pela atividade produtora do biogás.

- Outra observação nascida das discussões é de que as energias do biogás não necessitam de tarifas subsidiadas e não seria prudente começar políticas públicas na América Latina e no Caribe atribuindo subsídios ao biogás. Essa forma de tarifação foi utilizada em outras regiões do mundo e assim que perderam sustentação os subsídios foram retirados, deter-minando a estagnação do biogás como fonte. Em relação à tarifa, a proposta é de que os países procurem equalizar as fontes, atribuindo valores reais, por exemplo como a equiva-lência do biogás com gás natural e, a partir daí, os serviços da energia seriam incorporados pela atividade produtora.

- Mais uma observação relevante foi que a produção do biogás não determina competição por terras, pois é produzido através do tratamento sanitário anaeróbico desses resíduos, os quais são passivos ambientais com alta carga poluente, tanto na forma de poluição hídrica como na de emissões de gases do efeito estufa.

1 BILHÃO DE TONELADAS DE ALIMENTOS SÃODESPERDIÇADOS TODOS OS ANOS

46%

54%

PROCESSAMENTO,DISTRIBUIÇÃOE CONSUMO

PRODUÇÃOE ARMAZENAGEM

A FAO publicou em 2013 em seu Relatório sobre a fome no mundo, que são desperdiçados, todos os anos, um bilhão de toneladas de alimentos, Como demonstra o quadro acima, isto ocorre tanto na produção e armazenagem, portanto no meio rural, quanto no proces-samento e consumo, que ocorre no meio urbano.

Vários países no mundo têm tomado decisões definitivas para recuperar estas gigantescas perdas. Evitando-as, evidentemente, mas também aproveitando-as na forma de energias do biogás. Destacam-se aí os países da Europa, com número expressivo de unidades pro-dutoras de biogás, principalmente localizadas em meio rural.

Os participantes examinaram também as relações de causas e efeitos, ou seja, os nexos que ocorrem nos conhecidos eixos da sustentabilidade, a geração de alimentos, a água e a energia. Eixos esses absolutamente interdependentes, ao ponto de ao se encontrar os limites de um deles, a sustentabilidade fica profundamente comprometida. Para se produ-zir e dar comer a uma população que cresce exponencialmente, é necessário água em todos os estágios da produção e por sua vez é necessário energia para que se produza,

ÁGUA ENERGIA

ALIMENTOS

BIOGÁS

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IMPACTOS ECONÔMICOS E AMBIENTAIS DO BIOGÁS

CARACTERÍSTICAS DO BIOGÁSNota-se que o biogás serve como bu�er, ou tampão para equilibrar esses nexos. Produz-se o biogás na recuperação dos resíduos da produção, as suas energias podem abastecer todas as operações elétricas, térmicas e automotivas para produzir e finalmente, por não ocorrer, ou ser impossível produzir biogás sem tratamento sanitário que reduz suas cargas orgânicas, o biogás é o indicador presente do cuidado ambiental e economicamente valo-rizado por ser energia.

Os estudos de caso apresentados no Seminário Internacional de Biogás demonstram que, em vários países da região, há casos exitosos de operações com biogás, que podem ser replicados em condições competitivas determinadas pelas características climáticas da

O biogás produzido com resíduos e efluentes orgânicos se apresenta como uma fonte de energia renovável, sistematicamente desperdiçada, portanto economicamente invisível, inclusive quando produzida em forma de serviços ambientais tecnicamente corretos, porém que desconsideram seu potencial energético, queimando o biogás.

Economia

Sob o aspecto econômico o biogás gera energias elétrica, térmica e veicular que compõem as demandas da produção. Com biogás o produtor passa a produzir, além do seu produto original (carne, leite, grãos etc), também energia para auto abastecimento e sustentabili-dade da própria atividade produtora e com excedentes que podem ser comercializados com as concessionárias distribuidoras, pelas redes locais de distribuição.

Energia

Além da energia, o processo de produção de biogás também tem como produto final os biofertilizantes de alto valor estratégico para a produção agrícola de alto valor estratégico tendo em vista os prognósticos de preços de fertilizantes químicos fosfatados e hidrogena-dos..

Meio Ambiente

No que diz respeito ao meio ambiente, a produção de biogás traz consigo externalidades diretas positivas, ou seja, o biogás, reduz o impacto da destinação de toneladas de mate-riais orgânicos no ambiente, solo, subsolo, água e ar, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa.

O biogás é o precursor da Era do Hidrogênio como fonte principal da matriz energética mundial. Robert Hefner III (A Era dos Gases) mostra no gráfico a seguir que a humanidade está deixando a era dos combustíveis sólidos – lenha e líquidos - petróleo, passando para a era dos gases, em direção ao hidrogênio, o vetor de energia mais limpo que a humanida-de conhece.

O gráfico ainda oferece duas importantes informações:

- Para compreender e dominar o hidrogênio, com suas questões de armazenamento e logística de distribuição, teremos que passar a fazer isso com o metano. Desnecessário dizer que o metano CH4 está contido no biogás, na proporção de duas moléculas de H2 para cada molécula da C.

- Estamos deixando para trás, em uma fase de transição e mudanças radicais de pensa-mento, um mundo centralizado, de capital intensivo e grande necessidade de infraestrutu-ra energética. E na frente encontraremos um mundo novo, menos capital intensivo, mais descentralizado e mais inteligente em termos de infraestrutura energética.

Diante dessas informações pode-se concluir que o biogás está muito mais ligado ao futuro (rota para o hidrogênio), do que ao passado. Já se encontra em produção distribuída ou descentralizada e seu aproveitamento em pequenas escalas pode significar grande efici-ência e redução de custos de infraestrutura, pois não são necessárias redes de transmis-são para energia em geração distribuída.

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DISCUSSÕES EM GRUPOS TEMÁTICOS

Outra importante informação dada no Seminário foi sobre o desenvolvimento nos Estados Unidos do shalegas, ou gás do xisto, acelerando a entrada dos combustíveis gasosos na matriz energética, na proporção de 1% no ano 2000, para 10% em 2010 e pretende-se chegar a 40% em 2035.

Os reflexos da movimentação industrial específica para o uso deste gás em motores, com-pressores, filtros, gasodutos, armazenamento e outros já estão sendo ofertados na Améri-ca Latina e no Caribe, numa nova onda comercial inevitável.

Finalmente, dos 5 Grupos formados para o aprofundamento dos temas em discussão resultaram as seguintes recomendações:

GRUPO 1 “POLÍTICAS PARA PROGRAMAS DE BIOGÁS”

Relator: Jaime Emilio Martí Herrero (Instituto Nacional de Eficiência Energética e Energias Renováveis do Equador)Moderador: Orlando Vega Charpentier (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura/IICA)

Considerando que Política Pública é uma iniciativa de governos para dar conteúdo e orga-nização a tema de interesse múltiplo ou difuso, mediante instituição de leis, regulamen-tos, decisões ou ações pertinentes ao tema em questão, As recomendações deste grupo foram:

1. Fundamentos da política: contenção das mudanças climáticas; gases do efeito estufa; contaminação por eles produzida; diversificação energética, dependendo de cada país, eficiência energética.2. Ação interinstitucional, integradora na relação com todas as áreas correlatas – Ministé-rios da Saúde, do Meio Ambiente, Energia, Agricultura, Indústria e Comércio, Ciência e Tec-nologia, Cidades.3. Identificação de oportunidades, incluindo de potencial, setores de interesse, desenvol-vimento de cenários, tropicalização da tecnologia, análises de viabilidade socioambiental e econômica. 4. Definição de objetivos, planos setoriais e metas claras a médio e longo prazos (política de Estado). Como atores relevantes, foram identificadas a Academia e Centros de Pesquisa e Desenvolvimento.

Ao longo das discussões nesse grupo, deixou-se claro que é preciso que ocorra demanda pelos setores interessados – agricultura, ambiente, energia e sociedade (ONGs, funda-ções).

Da mesma forma, é fundamental identificar problemas de contaminação ambiental. E depois de definidos os parâmetros ambientais, é preciso ter dados objetivos que permitam mudar a maneira pela qual hoje se adiam ou se solucionam os problemas.

Pelo ângulo dos eixos prioritários, considerou-se decisiva a diversificação da matriz ener-gética. Ao mesmo tempo, é importante resolver os problemas ambientais e identificar as opções de mercado (emissões de carbono e resíduos transformáveis em recursos). Outros ângulos considerados:

- Estudo de cenários que apoiem as futuras decisões. Para tanto, criar programas públicos de divulgação.- Planos setoriais para reduzir emissões.- Fixar metas para a economia de baixo carbono no setor agrícola, de modo a que se alcan-ce uma agricultura com baixas emissões.- Compromissos internacionais nas áreas de meio ambiente e saúde pública.- Como tropicalizar a tecnologia. - Adequar a Inovação e o Desenvolvimento à condições da Região. - Compatibilizar as tecnologias ao grau de instrução dos usuários.

Na área do manejo de resíduos concluiu-se que é preciso sensibilizar os participantes, pro-porcionar assistência técnica, promover estudos de viabilidade e prover financiamentos para construir casos demonstrativos. Participantes do grupo 1:

Giordano Corradi (CIBiogás-ER)Hector V. Mella Garrido (Ministério da Indústria e Comércio da República Dominicana)Wenceslao Carrera Doral (Cubaenergia)Sérgio Francisco Bascopé Sarué (Escritório Regional para América do Sul – Empreendedo-rismo Verde) Alfonso José Traub Ramos (Ministério da Agricultura do Chile)Irene Cañas Diaz (Vice-Ministra de Energia da Costa Rica )Danis Mireya Montemayor Cedeno (Ministério do Comércio Interior do Panamá)Leidiane Mariani (CIBiogás-ER)Roberto Amaral, PNUD/Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil)

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GRUPO 2 “POLÍTICAS PARA A INCLUSÃO DO BIOGÁS NA AGRICULTURA FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL”

Relator: Herlon Goelzer de Almeida (Itaipu Binacional)Moderador: Tito Diaz (FAO Chile)

O grupo 2 concluiu que há “três portas de entrada para o tema das políticas de inclusão do biogás na agricultura, desenvolvimento, capacitação e territorial rural”. São elas: 1. Políticas de energias renováveis; política ambiental; políticas agrícolas e desenvolvi-mento rural;2. Geração distribuída: produzir biogás, gerar e consumir a energia no local da demanda; 3. Permitir que quem produza biogás possa vendê-lo – marco legal.

Para a agricultura familiar as vantagens do uso do biogás são: a) autossuficiência energética; b) uso do biofertilizante em substituição aos fertilizantes minerais; c) uso de matéria orgânica no solo.d) propiciar bem-estar às famílias - inclusão energética, ampliação de renda e agregação de valor a processos e produtos; e) tratamento ambiental para resíduos e dejetos, mitigando passivos ambientais;

Quanto às políticas públicas necessárias, o Grupo observou que é preciso ter um marco legal amplo e interdisciplinar, que atenda à amplitude do uso do biogás como energia, e do biofertilizante. É indispensável estimular o associativismo, a cooperação, o cooperati-vismo. Da mesma forma, é muito importante gerar e propiciar acesso à informação para tecnologias para biogás, desenvolvimento tecnológico, modelos de negócio, gestão e custo benefício para a viabilidade econômica, plataformas de ensino à distância, agrega-ção de valor.

Outro destaque nas discussões do Grupo: atores e políticas públicas necessárias – Ministé-rio da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Rural, Desenvolvimento Territorial, Ministério de Energia; cooperativas; institutos de pesquisa; governos federais, governos

estaduais, departamentais, provinciais, municipais; movimentos sociais da agricultura familiar; agências reguladoras do setor energético; atores e conselhos territoriais; empre-sas distribuidoras de energia; Ministério da Ciência e Tecnologia.

Na parte referente a “Incentivos”, destacou o grupo de trabalho: créditos incentivados e com juros diferenciados para inclusão energética e para autossuficiência; criar demanda obrigatória para o setor elétrico; criar mercado obrigatório com a obrigação de as distri-buidoras adquirirem um percentual de participação da energia a partir do biogás na matriz energética; marco regulatório; incluir nos programas nacionais de mitigação de emissões (fundos incentivadores para captação de carbono; remuneração de serviços am-bientais); políticas qualificadas para biogás; capacitação; programas para empreendimen-tos destinados a jovens rurais; demanda e incentivos para uso de biofertilizante; regula-mentação do biometano; uso na mobilidade do agricultor. E ainda: política regional – Pro-grama Regional de Agricultura Familiar.

Participantes do grupo 2:

Miguel Angel Almada (Ministério da Agricultura da Argentina)Wender Antonio Ferreira (Movimento Camponês Popular do Brasil)Hernán Chiriboga Pareja (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA)Alcides Ruben Duarte Rotela (Faculdade de Ciências Agrárias/Universidade Nacional de Assunção)Carlos Antonio Ferraro Biasi (FAO Brasil)Sandra Aparecida Alves (Movimento Camponês Popular, Brasil)Alfredo José Curbelo Alonso (CubaEnergía/Cuba)Reni Antonio Denardi (Ministério do Desenvolvimento Agrário, Paraná) Abner G. Picinatto (PNUD/Ministério do Desenvolvimento Agrário, Brasil)Gladis Mara Backes (PNUDI/Ministério do Desenvolvimento Agrário, Brasil)

GRUPO 3 “MARCO REGULATÓRIO DE BIOGÁS”

Moderador: Rodrigo Regis de Almeida Galvão (CIBiogás-ER)Relator: Christian Andrés Malebrán Ulloa (Ministério de Energia, Chile)

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O Grupo concluiu que nos países representados não há normas específicas para o biogás. Por isso, mais que respostas, colocaram-se perguntas a partir da experiência de cada um dos países. Especialmente duas:.O que é mais adequado normatizar – o biogás ou o biometano?.Que ângulos da cadeia de valor de um ou de outro é mais urgente normatizar?A primeira pergunta se impõe porque, quando o objetivo de um projeto é comercializar o gás através de uma rede de distribuição, as normas vigentes obrigam a ter uma porcenta-gem mínima de 89% de metano, ausência de xilosano, de sulfídricos etc. Isso torna obriga-tório que o gás passe por um processo de depuração antes de entrar na rede de distribui-ção.

Por outro lado, há diversas fontes possíveis de biogás e cada uma delas determina diferen-tes composições e características para ele. As fontes mais importantes são os dejetos de animais e os resíduos urbanos e rurais.

Por isso, se a regulação focalizar apenas o biogás, pode acontecer que algum dos setores mencionados se considere prejudicado. Esse é um argumento para focalizar a regulação no biometano.

O Grupo chegou a concluir que ambas as regulações são importantes. O Biogas sem gás sulfídrico para uso em motores estacionários e o biometano sem CO2, gás sulfídrico e xilo-sanos para uso em motores de veículos urbanos ou rurais.

O Grupo recomendou também que os países definam uma rede de laboratórios que possam, praticando as mesmas metodologias, certificar o biogas e o biometano, garantin-do-lhes qualidade de produto. Foram identificados os seguintes aspectos possíveis de regulamentar:

- Segurança: na unidade de geração, no transporte e na distribuição.- Qualidade: normatizar o equipamento e a tecnologia, de modo a assegurar um padrão mínimo de qualidade.- Fertilizante: se não forem normatizados, principalmente pelos aspectos sanitários, não será possível comercializá-los e se perderá uma fonte de negócios.- Geração elétrica a partir do biogás.- Combustível : Processos de “upgrade” do biogás.- Impactos ambientais bem definidos.- Regulamentação do conteúdo de CO2, H2S e Xilosanos.- Certificação de instaladores.

Finalmente o Grupo levantou ainda a necessidade de se distinguir tanto o biogás como o biometano quando utilizados para abastecimento próprio, ou auto-consumo.

Participantes do grupo 3:

Fernando Acosta Bedoya (Fundo de Acesso Sustentável às Energias Renováveis Térmicas, Peru)Tiago Quintela Giuliani (Ministério da Agricultura, Brasil)Jamil Macedo (Instituto Internacional de Cooperação para a Agricultura/Procitrópicos)Maria José Gonzalez (Ministério da Indústria e Energia, Uruguai) Paulo Rogério Scholl (Companhia Paranaense de Gás/Compagás)Alan Jorge Bojanic (FAO Brasil)

GRUPO 4 “MARCO INSTITUCIONAL DE BIOGÁS”

Moderador: Byron Chiliquinga (Organização Latinoamericana de Energia/OLADE)Relator: Guilherme Amintas (ITAIPU Binacional – CIBiogás-ER)

Ao discutir o marco institucional do biogás, este grupo tomou as seguintes deliberações gerais que precisam ser observadas, a começar pelas barreiras:

1. Áreas de educação e cultura; 2. Área financeira;3. Área tecnológica.

Os objetivos gerais tratam da sustentabilidade nos processos produtivos, com eficiência energética e agrícola e redução de contaminação ambiental. Entre os objetivos específi-cos, incluem-se:

a) Contribuir para a permanência dos produtores rurais no campo;b) Reduzir os custos de produção;

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c) Diversificar a matriz;d) Promover a geração de novos ingressos por meio da agricultura familiar e pequenas e médias empresas agrícolas, de modo a promover novas cadeias produtivas, incluindo as opções de novos trabalhos.

A rota para definir a política nacional institucional compreende:

a) Competência institucional – nível governamental, estatal, Casa Civil.b) Conformação de grupo de trabalho interinstitucional – Agricultura, Energia, Meio Am-biente e Economia, com participação equilibrada de cada um.

Participantes do grupo 4:

Jeferson Toyama (ITAIPU Binacional – CIBiogás - ER)Olga Otegui (Ministério da Indústria e Energia, Uruguai)Raul Damas Monzote (Ministério da Agricultura, Cuba)Luís Carlos Balcewicz (Prefeitura Municipal de Toledo/PR)

GRUPO 5 “PROGRAMA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO EM BIOGÁS”

Moderador: Eduardo Marques Trindade (CIBiogás–ER)Relatora: Janaina Camile Pasqual (CIBiogás-ER)

Os participantes concluíram que os quadros técnicos latino-americanos e caribenhos que se formam nas áreas de energia são voltados a grandes projetos e aos sistemas convencio-nais de energia e que poucos se capacitam em biogas. Destacaram assim a importância de capacitar quadros na Região ALC, com vistas ao biogás, porém considerando as especifici-dades regionais e às características de projetos de geração distribuída de energia.

Os principais pontos recomendados pelo Grupo, a começar pelos níveis de capacitação:1. Usuário/agricultor: quem acompanha as atividades do campo e precisa de apoio técnico para melhor desenvolver essas atividades;

2. Extensionista: relação direta com o usuário; precisa ter habilidade de comunicação, que seja acessível aos agricultores, assim como conhecimento técnico;3. Ciência, Tecnologia + Inovação: graduação, especialização, mestrado e doutorado.

Para os três níveis apresentados, são necessários definir:

1. O que é o biogás: composição, características, cenário local;2. Como se produz;3. Preservação ambiental – energias do biogás;4. Externalidades ecossocioambientais;5. Construção e operação dos processos (geração, purificação e uso);6. Aplicações do biogás (energia elétrica, térmica e veicular) e do biofertilizante;7. Regulamentações;8. Segurança de operação.Para tanto, é necessária a formulação de Diretrizes oficiais para Capacitações e políticas para manter os jovens no campo (território rural).

Participantes do grupo 5:

Noel Massinhan Levy (CIBiogás–ER)Cláudio Fernandes da Silva (CTGÁS–ER)Jorge Curi Sadi (Eletrobras-Eletronorte)Marcel Barbieri Souza (Compagas)Leonardo Augusto Taylhardat Arjona (Universidade Central da Venezuela)Oliver Marcelo Bret (Programa Aliança em Energia e Ambiente com a Região Andina/IICA)Luis Felipe Duhart (FAO Chile)

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Na seção de encerramento os participantes do Seminário concluíram ainda que:

O Biogás, por não representar grandes proporções em termos participação nas matrizes energéticas dos países da América Latina e do Caribe, não tem recebido a devida atenção dos planejadores da energia na região.

O biogás é a fonte de energia mais disponível e com menor custo – benefício nos países da América Latina e do Caribe que se dedicam a produção de alimentos.

O biogás é economicamente importante sob o ponto de vista de quem o produz e isto exige um esforço especial dos planejadores da energia, que a enxergam sob a ótica do grande empreendimento e das facilidades deste quando submetidos aos processos de comando e controle dos sistemas energéticos nacionais.

Definitivamente o biogás não é uma fonte de energia de oferta. Sua contribuição deve ser avaliada de forma sistêmica e integrada aos processos produtivos que o produzem e é diretamente relacionado com eficiência energética e com as externalidades ambientais, que são fatores de sustentabilidade desses sistemas.

O biogás é um produto combustível, em estado gasoso, de alto valor agregado em aplica-ções elétrica, térmica e combustível.

A ineficiência energética dos setores da produção de alimentos, de biorefinarias, sanea-mento esgotos e resíduos sólidos, rebatem-se sobre a ineficiência energética geral dos países, pois as energias necessárias para garantir suas produções e serviços podem ser obtidas com o biogás produzidos pelas próprias atividades e que de maneira geral é des-perdiçado.

O biogás é um gás composto por gás metano, gás carbônico e gases traço. O que o faz semelhante ao gás natural e seus compostos butano, propano e hexano.

O poder calorífico entre eles também é semelhante. Porém diferem-se em origem. O gás natural extraído de poços profundos e o biogás em processos de degradação anaeróbica de materiais orgânicos na superfície.

O biogás pode ser fracionado e filtrado separando-se da umidade e dos materiais particu-lados que o contaminam em estado bruto. Como resultado final tem-se o biometano, um combustível equivalente à gasolina e ao diesel. Com a diferença que esses são combustí-veis fósseis.

CONCLUSÕES O metano contido no biogás é um gás que provoca Efeito Estufa, na razão de 21 vezes maior do que o gás carbônico. Assim aplica-lo para a geração de energia significa também reduzir emissões de Gases do Efeito Estufa.

As energias geradas com biogás não necessitam de subsídios.A geração de energia elétrica com biogás dispensa infraestrutura de redes de distribuição e transmissão.A energia térmica produzida com biogás substitui a lenha.A energia automotiva produzida com biogás substitui os combustíveis fósseis e está dispo-nível no local de produção, dispensando a logística de transporte.A Norma Técnica Internacional ISO 50.001/2011 sugere os passos para Gestão da Energia e pode ser utilizada para orientar o planejamento da produção de biogás.

Finalmente, a produção de biogás e suas aplicações energéticas formam um conjunto interdisciplinar de atitudes que estimula o agricultor em relação à sua coexistência com a natureza e suas necessidades alimentares e energéticas.

VISITA TÉCNICA AO CONDOMÍNIO DE AGROENERGIA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR/AJURICABA, EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON/PR, BRASIL

Após o Seminário Internacional de Biogás os participantes visita-ram uma propriedade rural, o secador de grãos e a Micro Central Termelétrica a Biogás do Condomínio de Agroenergia para a Agri-cultura Familiar/Ajuricaba, no município de Marechal Cândido Rondon/Paraná.

O projeto envolve 33 pequenas propriedades rurais, conectadas por um biogasoduto de 25,5 km, que transporta o biogás produzi-do nas propriedades até uma Micro Central, onde o biogás é filtrado e o biometano é utilizado para gerar energias elétrica, térmica e se prepara para gerar energia veicular.

O biogás é produzido a partir de resíduos sólidos orgânicos (deje-tos de animais e outros de atividades agrícolas) e a energia elétri-ca produzida é enviada à rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia/Copel.

As 33 propriedades contam com biodigestores individuais, que produzem, além de biogás, biofertilizantes utilizados pelos pró-prios agricultores. As propriedades também se beneficiam de parte do gás gerado, que é utilizado na unidade agrícola.

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INSTITUIÇÕES COORDENADORAS

Organização Latinoamericana de Energia/OLADEEscritório Regional da FAO para América Latina e o Caribe/FAO Instituto Internacional de Cooperação para a Agricultura/IICAOrganização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial/ONUDIForça Tarefa 37-Biogás-Espelho, da Agência Internacional de Energia/IEA ITAIPU Binacional

APOIO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICASMinistério de Minas e Energia do Brasil

APOIO SOBRE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONALMinistério das Relações Exteriores

SECRETARIA EXECUTIVA/ORGANIZAÇÃOCentro Internacional de Energias Renováveis-Biogás/CIBiogás-ER

COORDENAÇÃO TÉCNICA

OLADEByron Chiliquinga, Gerente de Projeto, [email protected]

IICAOrlando Vega, Especialista em Energias Renováveis, Programa de Inovaçãopara a Produtividade e Competitividade, Costa [email protected] Macedo, Secretário Executivo, PROCITROPICOS, [email protected]

FAOTito Diaz, Oficial Principal de Desenvolvimento Pecuário e Gerente da Iniciativa Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Territorial, [email protected]

Felipe Duhart, Oficial Nacional de Bioenergía, Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe, [email protected]

ONUDIPradeep Monga, Director do Depto de Energia e Mudanças Climáticas, [email protected] IEA-Força Tarefa 37-BiogásGünther Bochmann, Representante da IEA-Força Tarefa 37-Biogás, Á[email protected]

ITAIPU BinacionalCícero Bley, Superintendente de Energias Renováveis, [email protected]

CIBiogás-ERRodrigo Regis de Almeida Galvão, Direcor Presidente, [email protected] Alves de Sousa, Gerente de Relações Institucionais, [email protected]

AcrônimoONUDI: Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento IndustrialFAO: Organização das Nações Unidas para Alimento e AgriculturaOLADE: Organização Latinoamericana de EnergiaIICA: Instituto Interamericano de Cooperação para a AgriculturaItaipu: ITAIPU BinacionalTF 37/IEA: Força Tarefa 37, Biogás, da Agência Internacional de EnergiaCIBiogás-ER: Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás

Coordenação:

Organização:

Apoio: