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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOMESTRADO EM EDUCAÇÃO
TEORIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Equipe:Eneida Erre
Roseliny BatistaLucivania Melo
Hadrian Rodrigues
Texto: CUNHA, Luiz Antônio. Uma leitura da teoria da escola capitalista. Rio de Janeiro: Achiamé, 1980. p.7-52.
Apresentação da Equipe
Eneida Erre Lucivania MeloRoseliny Batista Hadrian Lima
Assuntos Abordados no Texto:
Introdução
I- Referências gerais
II - A reprodução das relações sociais de produção
III – A ideologia proletária na escola
IV- A estrutura da escola capitalista
V- Princípios da política educacional proletária
Considerações
Luiz Antônio Cunha
Mineiro de nascimento, paulista de criação e carioca por adoção
Sociólogo, formado em 1967
Com os instrumentais teórico-metodológicos da Sociologia, da História e da Ciência Política, tem se dedicado ao estudo da conjuntura educacional brasileira
Principais interesses- educação técnico-profissional e na educação superior.
Estudioso da Sociologia da Educação, pediu transferência do Departamento de Sociologia, onde atuava, para o Departamento de Educação da PUC-Rio, para lecionar Sociologia da EducaçãoAprofundando-se no estudo desses temas, fez mestrado e doutorado em educação.
Em seu texto procura construir uma teoria da escola capitalista baseado nos trabalhos dos sociólogos Christian Baudelot e Roger Establet, porém sem se prender no contexto da França
Christian Baudelot e Roger Establet
Esses dois sociólogos fazem uma análise minuciosa da educação escolar na França, de onde retiraram a inspiração e os elementos para a construção dos conceitos e a proposta de uma política educacional proletária
Christian Baudelot
Nasceu em 09 de dezembro de 1938, em Paris Especialista em educação e sociologia do trabalho
Atualmente professor emérito de sociologia no Departamento de Ciências Sociais na École Normale Superieure (Paris) e pesquisador.
Roger EstabletSociólogo francês, especialista em educação
Atualmente, professor da Universidade de Provence
Christian Baudelot e Roger Establet através de seus livros L’École capitaliste em France e L’École primaire divise procuram construir uma teoria que dê conta da escola capitalista
Fazem uma análise da educação escolar na França como referência à escola capitalista, uma vez que sua essência está presente em todas as formações sociais onde o modo de produção capitalista é dominante.
1971 1975
I. Referências Gerais
Baudelot e e Establet investem contra três noções
Noções Ideológicas
(falsa consciência)
1. A unidade da escola2. A correlação “técnica” escola – trabalho1. Escola como sistema
IDEOLOGIA DA ESCOLA EDUCAR, FORMAR
A crítica segundo Baudelot e Establet para esta ideologia da Escola Unificada
1. Caráter ilusório, mistificado e mistificador dessas representações da escola
2. Necessidades históricas
3. A escolarização é descontínua
Redes de Escolarização ou Rede social do trabalho
Determinada pela divisão da sociedade em classes
antagônicas
Exploração do trabalho
Trabalho manual Trabalho intelectual
Redes de Escolarização
A ideologia da escola apresenta, além do mais, como um sistema, subentendendo a ideia de um mecanismo bem lubrificado, automático, perfeitamente regulado e adaptado aos sistemas econômico e social
Escola como aparelho ideológico do estado
Para fundamentar a teoria da escola capitalista Baudelot e Establet aceitam a tese de Althusser no sentido de que a ideologia não se reduz a ideia fora das práticas, pois estão inseridas nelas.
(1918-1990)
É essencial ler e estudar O Capital. Devo acrescentar que é necessário e essencial ler e estudar Lênin e todos os grandes textos, novos ou antigos, aos quais se devem a experiência da luta de classe do movimento operário internacional
Louis Althusserin "A Filosofia Como Uma Arma Revolucionária"
Teoria Marxista-leninista
Luta de classes
Influência da revolução cultural proletária na China
Rede Escolar Dualista
Escola Primária
(Recebe todas as crianças)
Crianças com desempenho normal
Crianças com desempenho
abaixo do normal
Ensino secundário e universitário
(Rede Secundário Superior) - SS
São encaminhadas para aprender ofício
(Rede primário – profissional) - PP
II. A Reprodução das Relações Sociais de Produção
APARELHO ESCOLAR
PRODUTO HISTÓRICO
Escola enquanto produto do capitalismoMODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
Relações capitalistas de produção
Para Marx – as relações capitalistas de produção são como a combinação social de forças produtivas.
Relações sociais de produção
TRABALHO PRODUTIVO X MEIOS DE PRODUÇÃO
Proletários = donos de sua própria força de trabalho
Burgueses = proprietários dos meios de produção
“As relações sociais de produção capitalista estão marcadas pelo antagonismo dessas duas classes fundamentais, pois o processo de produção só pode se realizar através da exploração do proletariado
pela burguesia”.
• A reprodução das relações sociais de produção se dá pela ação de aparelhos ideológicos
• O aparelho escolar ocupa um lugar privilegiado = único a inculcar a ideologia dominante sobre a base de formação da força de trabalho
• A contribuição deste para a reprodução das relações sociais de produção se dá pela repartição material dos indivíduos em duas massas desiguais, conforme a divisão social do trabalho: (manual X intelectual)
III. A Ideologia Proletária na Escola
Poupança e benefício Poupança e benefício
Os valores da burguesia apresentam-se através de
intermediários
LucroLucro
Família pequeno-burguesa e sua honesta abastança
Família pequeno-burguesa e sua honesta abastança Família BurguesaFamília Burguesa
Autores PopulistasAutores Populistas Grande LiteraturaGrande Literatura
Pequeno - burguês Pequeno - burguês Herói e porta-voz da escola primária. Chamado a posicionar-se e fazer da necessidade, virtude
Herói e porta-voz da escola primária. Chamado a posicionar-se e fazer da necessidade, virtude
Ideologia burguesa Ideologia burguesa Faz-se povo e fabrica o povo de que necessitaFaz-se povo e fabrica o povo de que necessita
Ideologia proletária na escola
Ideologia proletária na escola
Resistências ao processo de inculcação: indisciplina, violência, auto-segregação Resistências ao processo de inculcação: indisciplina, violência, auto-segregação
Inculcação resistência = relações dialéticas.
Classe operáriaClasse operária
Consciência Proletária
Consciência Proletária
Resistências à exploraçãoResistências à exploração
Resistências escolares Resistências escolares
BurguesiaBurguesia
Ideologia com as omissões, as reticências, os compromissos que caracterizam as suas formas de
inculcação na rede PP
Ideologia com as omissões, as reticências, os compromissos que caracterizam as suas formas de
inculcação na rede PP
A indisciplina, a violência e a auto-segregação (não são formas de
ação)
A indisciplina, a violência e a auto-segregação (não são formas de
ação)
Ação do proletariado marcada pela ideologia contra a qual luta.
Os conteúdos espontâneos que inspiram as resistências “selvagens” das crianças de origem proletária podem servir de base para uma tomada de consciência real dessa classe, rejeitando-se o ensino sem utilidade para a vida futura dos trabalhadores e incorporando os componentes úteis
A inculcação da ideologia burguesa no proletariado, pelo aparelho escolar, é real, mas desigual e precária
Baudelot e Establet
IV. A Estrutura da Escola Capitalista
Segundo Cunha (1980), Baudelot e Establet definem a Escola Capitalista sob a ótica da teoria marxista que define a escola como uma forma histórica de educação, característica do modo de produção capitalista.
O modo de produção capitalista exige que o aparelho escolar esteja separado da produção – Trabalho Intelectual X Trabalho Manual.
A explicação da estrutura e do funcionamento da escola capitalista
O que explica a estrutura e o funcionamento da Escola Capitalista?
Divisão capitalista do trabalho.
Exploração dos trabalhadores.
Extorsão da mais-valia.
Processo de qualificação do trabalho.
Exército industrial de reserva.
Separação crescente entre trabalho manual e o intelectual.
Contradições inerentes a Escola Capitalista
A generalização da escolarização é, historicamente,a generalização do processo de divisão capitalista do trabalho
Resulta, em parte, do desenvolvimento das forças produtivas e da elevação da idade de ingresso no trabalho industrial.
A DIT espera dos indivíduos a saída do processo de escolarização e determina esta condição desde a entrada no próprio processo.
As relações entre a escola e a produção estão mediadas pelo mercado de trabalho, com sua concorrência e suas “contradições”.
A evasão escolar, ou a passagem rápida por cursos profissionais, são apresentados pela ideologia das escolas como exceções, mas, para Baudelot e Establet são considerados as próprias regras
Sobre as Redes de Escolarização
Mecanismos de divisão da discriminação social no aparelho escolar
V. Princípios da Política Educacional Proletária
Razões que limitaram a ação da burguesia
1. Luta contra os representantes das antigas classes dominantes
Colocar a ideologia proletária em posição
de comando
2. Resistência do proletariado
PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO SOCIALISTA
Pensamento de Lênin
A luta por um contra-ensino proletário é uma luta de classes
Diagnóstico do ensino para Baudelot e Establet
Considerações Finais
A obra de Luiz Antônio Cunha (Uma leitura da Teoria da
Escola Capitalista) é composta de uma analise das idéias de
Baudelot e Establet sobre a importância e função da Escola
Capitalista.
Baudelot e Establet dizem que os dados relativos à origem social
dos estudantes devem ser estudados com Cautela. Para eles, por
exemplo, “a escola primária não reflete as diferenças entre as
crianças, ela as explora: ela não registra desvantagens, ela as
produz
Nessa teoria, os professores primários são os agentes materiais da
aliança entre a burguesia, pequena burguesia e proletariados, mas
não conseguem dissolver as contradições que estão em sua base.
Eles trabalham simultaneamente, em benefício das duas redes,
acreditando que estão edificando a ideologia da escola unificada.
Obrigado(a) a todos(as)