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Seminário elaborado para a Disciplina de

Coordenação Pedagógica-Docente Responsável: Ricardo

Ribeiro

-Discentes: Gisele Aparecida de Souza Mariana de Cássia Assumpção

Curso de Pedagogia – Noturno – 4º anoUniversidade Estadual Paulista -

Campus de Araraquara.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA

CONSTRUÇÃO COLETIVA

AUTORA: Ilma Passos Alencastro

Veiga

Texto encontra-se neste livro

Formação acadêmica de Ilma Passos Alencastro

Veiga• Possui Bacharelado e Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Goiás (1961);• Licenciatura em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de Goiás (1967);• Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1973);• Doutorado e pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1988);• É professora Titular Emérita e pesquisadora associada sênior da Universidade de Brasília;• É professora do Centro Universitário de Brasília onde coordena a Assessoria Pedagógica da Diretoria Acadêmica.

Algumas obras de Ilma Passos Alencastro Veiga • A Aventura de Formar Professores. 2. ed. Campinas -SP: Papirus, 2010.

• A aula: Gênese dimensões, princípios e práticas. Campinas- SP: Papirus, 2008.

• Quem sabe faz a hora de construir o Projeto Político-Pedagógico. Campinas - SP: Papirus, 2007.

• Lições de Didática. 2. ed. Campinas - SP: Papirus, 2006.

Idéias Preliminares

• Projeto Político-Pedagógico desponta como um frutífero objeto de estudo no âmbito educacional visando, pois a melhoria da qualidade de ensino;

• Objetivo do texto = Refletir acerca do Projeto Político-Pedagógico, o qual outra coisa não é senão a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo;

• Escola;

• Esferas administrativas.

Conceituando o Projeto Político-Pedagógico

• No sentido etimológico a palavra “projeto” vem do latim “projectu” que significa “lançar para diante”;

• Planejar, intentar, fazer, realizar, antever um futuro diferente do presente;

• Segundo, Gadotti (1994, p.579):Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas com o futuro (...) As promessas tornam visíveis o campo da ação possível, comprometendo seus atores e autores.

• Fundamentando a concepção de que ele é construído e vivenciado em todos os momentos por todos os envolvidos.

Por que político e pedagógico?

• É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade;

• É pedagógico no sentido de definir as ações educativas necessárias às escolas cumprirem sues propósitos e sua intencionalidade;

• Corroborando com tais idéias, Saviani afirma que: “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica”. (SAVIANI, 1983, p. 93)

E mais...

• Visão de totalidade;• Descentralização: Estado promove a assistência técnica e financeira;• Autonomia relativa da escola e sua identidade;• Vivência democrática = participação dos membros da comunidade.

Prática social Prática pedagógica

Teoria Pedagógica Projeto Político-Pedagógico

Princípios Norteadores do Projeto Político-

Pedagógico• Tal perspectiva acerca do projeto político-pedagógico baseia-se nos princípios da escola democrática, pública e gratuita, quais sejam;

• Igualdade de acesso e permanência;

•Mais uma vez, bebemos de Saviani para assegurarmos que:

(...) Só é possível considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no ponto de chegada. (SAVIANI, 1982, p.63)


Pedagógico• Qualidade para todos;

• Duas dimensões indissociáveis de qualidade;

•Formal ou técnica, que segundo Demo (1994, p.14): “significa a capacidade de manejar meios, instrumentos, formas, técnicas.”;

•Política, que está voltada para os fins, valores e conteúdos e consiste, à luz deste mesmo teórico, na: “competência humana em termos (...) de se fazer e de fazer história.”


Pedagógico• Gestão Democrática

• Propõe uma ruptura histórica na prática administrativa da escola;

• Exige a compreensão dos problemas postos pela prática pedagógica;

• Implica o repensar da estrutura de poder da escola;

• Participação coletiva: dos representantes de diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas.


Pedagógico• Liberdade/Autonomia

•Autonomia = Regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa sem imposições externas;

• Liberdade = Deve ser pensada na relação entre os atores educativos, mas também destes com o contexto social mais amplo. Segundo Agnes Heller (1982, p.155):

(...) a liberdade é uma relação e, como tal, deve ser continuamente ampliada. O próprio conceito de liberdade contém o conceito de regra (...) de intervenção recíproca. Com efeito, ninguém pode ser livre se, em volta dele, há outros que não o são!

• Valorização do Magistério

• Condições materiais de trabalho (recursos didáticos, físicos, dedicação integral à escola, redução do número de alunos em sala) = Valorização do trabalho pedagógico;

• Formação inicial e continuada = Direito do professorado;

• Cabe a escola proceder ao levantamento de necessidade de formação continuada, elaborando um programa de formação com o apoio dos órgãos centrais .


Pedagógico

Construindo o Projeto Político-Pedagógico

• A construção do projeto político-pedagógico é um instrumento de luta, é uma forma de contrapor-se a fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotinização, à dependência e aos efeitos negativos do poder autoritário e centralizador dos órgãos da administração central;• O projeto político-pedagógico se dá pela reflexão de sete elementos básicos, os quais constituem o alicerce à sua construção:

• Finalidades da escola

• O que a escola persegue haja vista a legislação oficial?• O que a escola almeja quanto à formação cultural do alunado (compreensão do funcionamento do sociedade)?• O que a escola pretende em relação à formação política e social (atuação do sujeito; cidadania)?• O que a escola procura no que tange à formação profissional dos alunos?• O que a escola busca no que se refere à formação humana?



• Estrutura Organizacional

•Administrativa = locação e gestão de recursos (físicos, materiais e humanos);

•Pedagógica = determina a anterior e se refere às interações políticas, ensino-aprendizagem, currículo. A questão precípua que aqui se esboça é, justamente, a intenção política e a demarcação das finalidades da escola. Os porquês e para quês.

• Currículo• Refere-se a organização do conhecimento escolar e, sobretudo, do processo de produção deste conhecimento;

• Não é neutro, mas sim ideológico expressando uma cultura;

• Determinado pela sociedade

• “Currículo-integração”, proposto por Bernstein (1989)

• Controle social (contestação e resistências), o qual é instrumentalizado pelo currículo oculto



• Tempo escolar

• Calendário escolar e horário escolar (segmentação, controle hierárquico);

• Faz-se necessário que a escola reformule seu tempo, estabelecendo períodos de estudo e reflexão de equipes de educadores;

• É preciso tempo para que: educadores aprofundem seu conhecimento sobre os alunos; acompanhemos e avaliemos o projeto político-pedagógico em ação; os alunos organizem e criem seus espaços para além da sala de aula.

• O processo de decisão

• Coletiva;

• Revisão das atribuições gerais e específicas;

• Descentralização deste processo;

• Paro (1993, p.34) sugere processos eletivos de escolha de dirigentes, colegiados, associação de pais, grêmio estudantil.



• As relações de trabalho

• Atitudes solidárias, de reciprocidade e participação coletiva;

• Gera conflito de interesses;

• Possibilidade de práticas emancipatórias.


• A avaliação

• Ato dinâmico que qualifica e oferece subsídios ao projeto político-pedagógico;

• Imprime uma direção às ações dos partícipes educativos;

• Três momentos no processo de avaliação: descrição e problematização da realidade escolar; compreensão crítica de tal realidade; proposição de alternativas de ação, momento de criação coletiva.

• Gerar condições para outra forma de organização do trabalho pedagógico;

• Dinâmica Intra – Inter, por meio de um empenho coletivo e de propostas inovadoras;

• Reflexão do cotidiano;

• Continuidade das ações, descentralização, democratização nas escolhas e de avaliação;

• Movimento de resistência pra ampliar as possibilidade de mudança dentro e fora da escola.

Algumas conclusões

Sugestão de Livro

• 1984 – George Orwell

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