seminario dons

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DIOCESE DE URUAÇU RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA SEMINÁRIO DE DONS (APRENDENDO SER UM MELHOR CARISMÁTICO) 1ª Palestra: DON DAS LINGUAS E SUA INTERPRETAÇÃO. Aprendemos que o Don das Linguas é o menor dos dons, e que também nem por ser o menor, deixa de ter sua importância. Gosto de chamar o Don das línguas, como o Don que o Senhor nos concede para termos acesso aos demais. Façamos a seguinte comparação: Nossas residências geralmente são compostas de quartos, banheiro, sala, cozinha etc. Cada cômodo possui uma porta de acesso, porém para ter acesso a estes, a estas portas, temos que abrir a porta principal da casa, a porta de entrada. A esta porta de entrada e de acesso, faço relação ao Don das línguas, visto que os demais carismas (dons) só podem fluir em nós depois de um momento de oração em línguas com muito unção e entendimento. E estes demais carismas que veremos adiante, são os cômodos da casa que estavam de certa forma até inutilizados e passaram a ter sua importância. Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. (CF. Rom 8,26-27). Neste trecho da carta de São Paulo aos Romanos, percebemos que no Don das línguas o Espírito Santo intercede por nós. Assim, quando mais oramos em línguas, mais O teremos como nosso intercessor, auxilio. Os momentos de fraquezas são inesperados, daí a importância de exercitar este Don sempre. Orando em línguas ou na linguagem dos anjos, nosso “eu”, nosso querer, nossa vaidade dá lugar ao querer de Deus para nós. E Deus também é tão bom e tão generoso para conosco que não existem palavras inteligíveis que possamos recitar ao ponto de agradecer ao Senhor na medida que Ele merece. Daí onde o Espírito Santo vem em socorro a nossa miséria e, com o coração aberto, começamos a balbuciar palavras incompreensíveis aos humanos mas muito acolhidas pelo coração de Deus (CF. ICor. 14,2). Frisamos também a importância de orarmos em línguas quando impomos as mãos nas pessoas. Quando na imposição de mãos, oramos em línguas automaticamente saímos de cena. O nosso querer, a nossa eloqüência e até muitas vezes a nossa vaidade de querer mostrar como oramos com palavras lindas, dá lugar ao Espírito Santo que sabe muito bem de que cura a pessoa precisa. E, a imposição de mãos é sim um gesto necessário para que se receba o Batismo no Espirito, para que aconteça a efusão... E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam. (Cf. Atos 19,6) Aqui também faço uma outra comparação muito pertinente. Vejamos que uma criança recém- nascida não consegue pronunciar palavras, a única coisa que ela sabe é chorar (gemidos inefáveis). A criança não diz para a mãe se a dor é no ouvido, na barriga ou em outro lugar, mas através do tom de choro da criança, a mãe sabe onde dói. Assim muitas vezes a nossa dor está na alma, no espírito e mão humana não pode alcançar e na oração em línguas, nos meus

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S. Dons.

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  • DIOCESE DE URUAU

    RENOVAO CARISMTICA CATLICA

    SEMINRIO DE DONS (APRENDENDO SER UM MELHOR CARISMTICO)

    1 Palestra: DON DAS LINGUAS E SUA INTERPRETAO.

    Aprendemos que o Don das Linguas o menor dos dons, e que tambm nem por ser o menor,

    deixa de ter sua importncia. Gosto de chamar o Don das lnguas, como o Don que o Senhor

    nos concede para termos acesso aos demais. Faamos a seguinte comparao: Nossas

    residncias geralmente so compostas de quartos, banheiro, sala, cozinha etc. Cada cmodo

    possui uma porta de acesso, porm para ter acesso a estes, a estas portas, temos que abrir a

    porta principal da casa, a porta de entrada. A esta porta de entrada e de acesso, fao relao

    ao Don das lnguas, visto que os demais carismas (dons) s podem fluir em ns depois de um

    momento de orao em lnguas com muito uno e entendimento. E estes demais carismas

    que veremos adiante, so os cmodos da casa que estavam de certa forma at inutilizados e

    passaram a ter sua importncia.

    Outrossim, o Esprito vem em auxlio nossa fraqueza; porque no sabemos o que devemos

    pedir, nem orar como convm, mas o Esprito mesmo intercede por ns com gemidos

    inefveis. E aquele que perscruta os coraes sabe o que deseja o Esprito, o qual intercede

    pelos santos, segundo Deus. (CF. Rom 8,26-27).

    Neste trecho da carta de So Paulo aos Romanos, percebemos que no Don das lnguas o

    Esprito Santo intercede por ns. Assim, quando mais oramos em lnguas, mais O teremos

    como nosso intercessor, auxilio. Os momentos de fraquezas so inesperados, da a importncia

    de exercitar este Don sempre. Orando em lnguas ou na linguagem dos anjos, nosso eu,

    nosso querer, nossa vaidade d lugar ao querer de Deus para ns. E Deus tambm to bom e

    to generoso para conosco que no existem palavras inteligveis que possamos recitar ao

    ponto de agradecer ao Senhor na medida que Ele merece. Da onde o Esprito Santo vem em

    socorro a nossa misria e, com o corao aberto, comeamos a balbuciar palavras

    incompreensveis aos humanos mas muito acolhidas pelo corao de Deus (CF. ICor. 14,2).

    Frisamos tambm a importncia de orarmos em lnguas quando impomos as mos nas

    pessoas. Quando na imposio de mos, oramos em lnguas automaticamente samos de cena.

    O nosso querer, a nossa eloqncia e at muitas vezes a nossa vaidade de querer mostrar

    como oramos com palavras lindas, d lugar ao Esprito Santo que sabe muito bem de que cura

    a pessoa precisa. E, a imposio de mos sim um gesto necessrio para que se receba o

    Batismo no Espirito, para que acontea a efuso... E quando Paulo lhes imps as mos, o

    Esprito Santo desceu sobre eles, e falavam em lnguas estranhas e profetizavam.

    (Cf. Atos 19,6)

    Aqui tambm fao uma outra comparao muito pertinente. Vejamos que uma criana recm-

    nascida no consegue pronunciar palavras, a nica coisa que ela sabe chorar (gemidos

    inefveis). A criana no diz para a me se a dor no ouvido, na barriga ou em outro lugar,

    mas atravs do tom de choro da criana, a me sabe onde di. Assim muitas vezes a nossa dor

    est na alma, no esprito e mo humana no pode alcanar e na orao em lnguas, nos meus

  • gemidos inefveis, aquele que perscruta os coraes sabe o que deseja o Esprito, o qual

    intercede pelos santos, segundo Deus.

    Vejamos agora a importncia de usar o Don das Lnguas com entendimento, de forma correta

    e no brincar de orar como alguns tem feito. Se eu oro em virtude do dom das lnguas, o meu

    esprito ora, mas o meu entendimento fica sem fruto. Ento que fazer? Orarei com o esprito,

    mas orarei tambm com o entendimento; cantarei com o esprito, mas cantarei tambm com

    o entendimento. (ICor. 14, 14-15). Aqui temos uma aula de So Paulo de como usar o Don das

    lnguas de modo a edificar, dar fruto. Acredito que quando ele exorta a comunidade de corinto

    desta forma, com certeza a comunidade orava como muitos oram hoje. Uma orao em

    lnguas sem um sentido, sem um porque, oram por orar. Quando oramos em lnguas nosso

    entendimento deve orar junto, nosso pensamento deve estar focado naquilo em que estamos

    necessitando da ao de Deus para que nossa orao tendo um foco, obtenhamos xito.

    FAAMOS ESTE EXERCCIO DE ORAR EM LINGUAS TENDO SEMPRE UM OBJETIVO, UM

    PORQUE, LEMBRANDO QUE UMA ORAO QUE NO PODE SER FEITA DE QUALQUER

    FORMA.

    A INTERPRETAO

    Para falar de interpretao importante antes de tudo saber que no vamos traduzir um

    lngua. No se trata de pegar um texto em ingls e passar o mesmo para o portugus. Mas se

    trata sim de interpretar, saber o que Deus quer dizer com esta ao do Esprito. O grande erro

    que cometemos nas assemblias e at mesmo quando oramos em nosso quarto que no

    silenciamos, no paramos um momento depois de orar em lnguas para deixar que Deus fale

    ao nosso corao e, quando na assemblia, de modo a edificar, interpretemos a lngua que foi

    rezada ou cantada. Ora, desejo que todos faleis em lnguas, porm muito mais desejo que

    profetizeis. Maior quem profetiza do que quem fala em lnguas, a no ser que este as

    interprete, para que a assemblia receba edificao (ICor. 14,5). O desejo que falemos em

    linguas um desejo de Deus para ns, porm, para haver a edificao preciso exercitarmos o

    Don do silencio que muitas vezes atropelamos pela pressa de rezar. Quando ns ou a

    comunidade no recebe esta edificao culpa nossa, toda nossa, que conduzimos uma

    orao s por conduzir. A interpretao que So Paulo pede, quando falamos em lnguas.

    Mas quando se fala em lnguas? Quando se est reunido em assemblia, porque mais pessoas

    esto ouvindo. O orar em lnguas um gesto mais pessoal e verticalizado, j o falar em

    lnguas um ato comunitrio e justamente por este motivo carece de interpretao para

    edificar a comunidade presente. E at mesmo eu em meu quarto sozinho quando oro em

    lnguas preciso fazer um momento de silencio com o Senhor, para que, depois desta orao

    que me levou a intimidade com Ele, eu obtenha as respostas que estou precisando, seja ela na

    Palavra, na profecia, em uma visualizao etc.

    VAMOS EXERCITAR O SILENCIO NA ORAO EM LINGUAS PESSOAL, EM FAMILIA OU EM

    COMUNIDADE PARA QUE ASSIM A ORAO TENHA A EFICCIA QUE QUER E DEVE TER.

  • 2 PALESTRA: O DOM DA PROFECIA

    O Senhor Deus deu-me a lngua de um discpulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o

    que est abatido. Cada manh ele desperta meus ouvidos para que escute como discpulo.

    (IS 50,4). Como eu vou reconfortar algum pela palavra? Como eu vou saber de que palavra

    certa pessoa est precisando? Deixando cumprir em ns o que diz o profeta Joel no texto

    seguinte:

    Depois disso, acontecer que derramarei o meu Esprito sobre todo ser vivo: vossos filhos e

    vossas filhas profetizaro; vossos ancios tero sonhos, e vossos jovens tero vises. (Jl 3,1)

    Reconfortar pela palavra profetizar. As pessoas quando se dirigem aos encontros da RCC e

    aos grupos de orao em especial, em sua maioria esto procurando um conforto, sair do

    abatimento e ai precisa fluir de dentro de ns este ser proftico adormecido. Assim

    precisamos permitir e desejar este derramamento do Esprito em ns todos os dias para que

    escutemos e falemos como discpulos.

    PROFECIA.

    UMA MENSAGEM DO CU MENSAGEM DE ALEGRIA, ESCLARECIMENTO, EXORTAO,

    ENCORAJAMENTO E ESPERANA. Profecia uma revelao da vontade de Deus para o seu

    povo.

    Antes que no seio fosses formado, eu j te conhecia; antes de teu nascimento, eu j te havia

    consagrado, e te havia designado profeta das naes. (Jer 1,5). Nesta passagem podemos nos

    colocar no lugar do profeta Jeremias e fazendo uma introspeco perceber que tambm desde

    nosso nascimento somos, por nosso Pai do Cu, chamados a ser profetas. Alguns no

    percebem este chamado e se desviam do caminho. A ns que estamos a caminho e no

    caminho, cabe-nos abrir ao Esprito e deixar que este ser proftico que existe dentro de ns,

    flua a cumpra a sua misso de ...edificar, exortar e consolar... (Icor 14,3).

    Profetizar por tanto falar de Deus e no de mim. Aprendemos que para falar de Deus

    precisamos estar em intensa escuta Dele, exercitando o Don de lnguas com um profundo e

    atento momento de silncio. muito fcil entender. Como posso transmitir um recado de

    algum que no falo a tempo? Ou no vou transmitir, ou vou transmitir um recado errado,

    humano, mentiroso.

    Profecias nunca transmitem ordens ou imposies, mas sim exortaes. Mesmo que contenha

    um carter corretivo, sero palavras de conforto e segurana e jamais em termos que levem a

    depresso ou a humilhao. A profecia pode ser dada em lnguas e ai entra o Don da

    interpretao. Toda profecia dada em lnguas necessrio ser interpretada. Esta interpretao

    pode ser dada a mesma pessoa que profetizou em lnguas, mas geralmente a interpretao a

    profecia em lnguas dada a outra pessoa da assemblia, at mesmo por zelo de Deus, pois

    assim, perde a impresso de que Ele est falando s com uma pessoa.

  • AUTENTICIDADE DE UMA PROFECIA:

    No extingais o Esprito, no desprezeis as profecias, mas examinai tudo e abraai o que

    bom (Ites. 5,19-21). Em geral quando temos a moo de uma profecia, quando depois de um

    momento de orao em lnguas nos dada uma profecia, junto com a profecia, pelo nosso

    medo humano, vem a interrogao: Ser que de Deus? Ser que devo falar? Mas algo to

    forte? Etc...No devemos reter, devemos proclamar porque na assemblia o Senhor nos dar a

    confirmao. Em muitas vezes depois de uma profecia ouvimos muito a palavra confirmo, ou

    seja, esta mesma profecia, talvez de outra forma, em uma visualizao, em uma moo, foi

    dada a mais pessoas e pela falta de proclamao, tudo isso pode cair por terra. A PROFECIA

    PRECISA SER CONFIRMADA. Confirmada pela comunidade a qual o Espirito Santo d o

    discernimento. Quanto aos profetas, falem dois ou trs, e os outros julguem (ICor.14,29).

    Todos, um aps outro, podeis profetizar, para todos aprenderem e serem todos exortados.

    (ICor. 14,31)

    Nesta passagem So Paulo nos faz uma advertncia de como organizar o uso deste

    maravilhoso Don de Deus. Saber que quando algum est profetizando eu devo ficar calado

    em orao silenciosa por alguns motivos: 1 - A profecia pode ser para mim; 2 - Senhor pode

    me usar para proclamar a confirmao, a autenticidade da profecia e 3 - O Senhor pode me

    dar uma outra profecia, isso vai depender da necessidade da assemblia e do que o Senhor

    tem a dizer para aquele povo.

    Vejamos uma profecia consoladora que se cumpriu para vermos na Palavra que o que de

    Deus se cumpre. Peguemos Isaias 7,13-14 e comparemos com Lucas 1,26-38. No autor do

    antigo testamento profetizado que uma virgem haveria de conceber a dar a luz a um menino

    que o chamaria Deus conosco. No Evangelho, j no novo testamento vemos o cumprimento da

    profecia pela boca de um anjo enviado por Deus. Assim vemos muitas profecias do antigo

    testamento, principalmente do profeta Isaias se cumprindo no novo testamento e tambm

    muitas se cumprindo na histria, na vida de pessoas, na nossa vida

    Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas.

    Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas

    as coisas. (Hb. 1,1-2). Desde a criao Deus vem falando ao povo atravs dos profetas e pela

    dureza de corao do povo, foi necessrio falar atravs do Seu Prprio Filho, o Sumo Profeta.

    Assim, o Filho aps a sua ressurreio diz: ...mas descer sobre vs o Esprito Santo e vos

    dar fora; e sereis minhas testemunhas em Jerusalm, em toda a Judia e Samaria e at os

    confins do mundo... (Atos 1,8). Com estas palavras o Senhor no constitui profetas para dar

    continuidade a Sua misso neste mundo. Testemunhar profetizar. J dizia Paulo VI: A Igreja

    precisa de um pentecostes perene, de calor no corao, de palavras nos lbios e de profecia

    no olhar.

    A profecia precisa ter concordncia com a Palavra de Deus e com a doutrina da Igreja. Um

    versculo bblico dito na integra, no uma profecia e sim uma moo que Deus est dando. A

    Pessoa que est tendo esta moo, espere uma profecia que com certeza ter a confirmao

  • nesta palavra que est sendo dada. s vezes por vaidade, por at mesmo uma certa carncia,

    eu tenho a necessidade de que a profecia saia de mim e para que isso acontea eu falo um

    versculo que eu conheo bem etc. A profecia pode vir acompanhada de frases bblicas, mas

    no um versculo na sua integra, at porque a Palavra de Deus j a boca Dele falando

    conosco e a profecia algo a mais, algo para completar. Lembrando que profecia deve ser

    dita na primeira pessoa porque um recado que Deus est dando atravs da minha voz.

  • 3 PALESTRA: O DOM DA F E MILAGRES.

    Trataremos nesta parte de uma F que sai do superficial e vai alm. De uma f que chamamos

    de F Carismtica ou ainda f como Dom. Porque F Carismtica? Porque uma f que se

    aperfeioa no uso dos carismas. Como por exemplo, voc ora com uma pessoa pela f em

    Jesus. Agora quando pelo carisma da cincia, da profecia e de outros mais, o Senhor te revela

    que est curando, ai que precisa ter f de verdade, f expectante. Acreditar que aquilo que

    est te sendo revelado vem de Deus e que se for proclamado com F, acontecer a cura ou o

    milagre na vida da pessoa. Falamos de uma f como a de Moiss que, enquanto todos viam a

    morte, olhado para trs e vendo seus perseguidores, Moiss via o mar aberto e a libertao.

    Porque Moiss estendeu a mo sobre o mar? (CF. Ex.14,21ss).

    A F de Elias que mesmo sendo o nico dos profetas do Senhor que tinha ficado, no se

    esquivou, mas foi at mais ousado pedindo ao Senhor que descesse fogo do cu na lenha

    molhada. (CF. Ire.18,20-39).

    esta a vitria que vence o mundo: a nossa f (IJo.5,4b). Jesus em seu evangelho j nos diz:

    Coragem. Eu venci o mundo! (Jo 16,33). Assim vemos que seremos vencedores se tivermos

    uma f alicerada em Jesus. Uma f que nos leve a tomar posse desta frase...coragem! Eu

    venci o mundo. Da o motivo de So Joo em sua primeira carta chegar a este entendimento,

    de que nossa f a vitria que vence o mundo. Muitas coisas que achamos impossveis, ns as

    conseguimos e at assustamos depois de ter conseguido, tudo isso pela F.

    A f um dom de Deus, um raio de luz que parte do corao de Deus para nossa alma que

    muitas vezes est vazia e na escurido.

    A Renovao Carismtica Catlica em seus grupos de orao, comunidades de vida e aliana

    pretende e dever ser, principalmente, um movimento de renovao da f como virtude e

    como carisma, tendo como um dos meios a pregao querigmtica. A f provm da pregao

    e a pregao se exerce em razo da palavra de Cristo (Rm 10,17).

    A f precisa ser vivida pelo cristo em trs aspectos fundamentais: COMO VIRTUDE, A F

    TEOLOGAL OU DOUTRINAL E A F COMO CARISMA:

    A F TEOLOGAL

    Acreditar naquilo que no se v. Por ela o cristo acredita nas verdades reveladas por Deus,

    em Jesus e no Espirito Santo, sobre si mesmo e sobre o homem e as que so definidas pela

    igreja. No s pelas veracidades dessas verdades, pela confiana que temos naquele que as

    proclamou. Pela F teologal o homem acredita firmemente que Deus seu pai e uma f

    necessria para nossa salvao.

    A F COMO VIRTUDE

    uma adeso a f teologal. Por qu? Porque j se trata de uma adeso s verdades que

    proclamamos pela f teologal, verdades reveladas por Deus atravs de Seus meios. Nos grupos

    ou comunidades carismticas se vive esta f. Aps a Efuso do Espirito Santo, os artigos do

    credo que muitas vezes eram obscuros e proclamados mecanicamente, tornam-se cada vez

  • mais claros e sublimes, dignos de uma proclamao ousada, de quem acredita no que est

    falando. A f significa entrega total a Deus e sua providncia. O JUSTO VIVER PELA F!

    H TRS MANEIRAS DE RESOLVER UM PROBLEMA:

    1 Eu preciso resolver o meu problema! Corre, cansa, palaneja, desespera, porm no

    busca a Deus (Sl 126,1).

    2 aquela que chega at a pedir a Deus. Mas que pela pouca f, no se abandona e acaba

    confiando mais nas prprias foras. O EU o ator principal.

    3 - A entrega total a Deus (como Nossa Senhora que lhe aparece um anjo sem nada por

    escrito, sem uma procurao etc e acredita, se entrega totalmente ao plano de Deus para sua

    vida. Em recompensa, o meu Deus h de prover magnificamente a todas as vossas

    necessidades, segundo a sua glria, em Jesus Cristo. (Fil. 4,19). Sei em quem pus minha

    confiana (2Tim. 1,12).

    A F COMO CARISMA.

    Trata-se de uma f que nos leva a ousadia no Esprito. Difere da f como dom como diz So

    Paulo a outro dado o dom da f. (ICor. 12,9). A f como carisma nos leva a fazer como

    Pedro fez aps a efuso do Esprito Santo vivida no cenculo. Sem titubear, ele diz ao coxo na

    porta do templo: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda! E aqui j vemos

    um milagre fruto de quem tem uma f como carisma. O dom da f serve de preparao para o

    bom uso dos demais dons, principalmente o de cura e milagre.

    O DOM DE MILAGRES.

    ...a outro dado pelo Esprito o dom de milagres;... (ICor. 12,10)

    Estes milagres acompanharo os que crerem: expulsaro os demnios em meu nome,

    falaro novas lnguas, manusearo serpentes e, se beberem algum veneno mortal, no lhes

    far mal; imporo as mos aos enfermos e eles ficaro curados. (Mc.16,17-18).

    Milagre tudo aquilo que aos nossos olhos se torna impossvel de acontecer. Quando se

    falando em algo fsico, podemos dizer que o milagre aquela cura que a medicina no pode

    mais fazer. Algo que at os mdicos dizem: s por um milagre. uma interveno clara,

    sensvel e visvel da interveno de Deus no decurso ordinrio ou normal dos

    acontecimentos: curas instantneas de doenas incurveis, ressurreio de mortos,

    fenmenos extraordinrios (como acontecia muito no antigo testamento), ficar sem chover, o

    sol parar etc... Milagres so fenmenos sobrenaturais realizados por Deus para que os homens

    conheam seu poder e a sua glria e se convertam.

    O Catecismo da Igreja Catlica ensina: o motivo de crer no o fato de as verdades revelados

    aparecerem como verdadeiras e inteligveis luz da razo natural. Cremos por causa da

    autoridade de Deus mesmo que revela e que no pode enganar-se nem enganar-nos (CIC

  • 156). Assim vemos que o milagre acontece quando ns, pela f, acreditamos na promessa de

    Jesus de que ns iramos impor as mos e as curas e os milagres aconteceriam e Jesus no

    engana.

    Para que o milagre acontea, tambm se faz importante a f da pessoa que est recebendo

    orao. Eis porque quando Jesus curava algum milagrosamente Ele j falava: sua f te salvou.

    importante perguntar a pessoa que vai receber orao se ela acredita que Jesus pode fazer o

    milagre na vida dela. Isso por um simples motivo: para que ela veja que no somos ns quem

    fazemos milagres e sim o prprio Jesus.

    Temos uma grande necessidade do uso do dom de milagres no mundo atual. Vivemos em um

    mundo de um povo desacreditado, sem f, e atravs do dom de milagres, Deus manifesta que

    ele o mesmo ontem, hoje e sempre (CF Heb. 13,8). Agora faamos a ns a seguinte

    indagao: Se Jesus o mesmo ontem, hoje e sempre porque que em nossos Grupos de

    Orao, encontros carismticos no esto acontecendo milagres? Falta-nos muita ousadia,

    acreditar que ao orarmos, Jesus realizar o milagre.

    O dom de milagres na Palavra de Deus:

    Ex. 14,21 vemos o milagre a abertura do mar vermelho;

    Ex. 10,1-31 vemos que, por intermdio de Moiss, Deus derrota os egpcios;

    Num. 17,16-26 o florescimento da vara de Aaro como um sinal de Deus para o povo;

    Jos. 10,1-15 o sol e a lua que param de se mover;

    ISam 12,18 a chuva que cai sobre a terra e o povo teme ao Senhor;

    IIRe 2,19-22 Elizeu profetiza sobre a fonte de Jeric e as guas tornam-se sadias;

    E no novo testamento O prprio Filho de Deus, Jesus Cristo, quem faz os milagre e prodgios

    descritos nos quatro evangelhos e que diz que basta crermos para realizarmos os mesmos

    milagres que Ele realizava e ainda maiores.

  • 4 PALESTRA: O DOM DAS CURAS. ...A OUTRO DADO A GRAA DE CURAR DOENAS PELO

    MESMO ESPRITO...(ICor. 12,9b)

    ...Imporo as mos nos enfermos e eles ficaro curados! (Mc.16,18)

    JESUS E O DOM DAS CURAS

    Precisamos nos conscientizar do papel dos dons espirituais, da sua

    fora e do seu poder em nossa misso. Sem o uso dos dons, nossa misso se torna vazia, sem

    eficcia, sem a contemplao do poder de Deus. Eis o porque do prprio Espirito Santo, alma

    da Igreja, instaura na igreja a vivncia carismtica.

    O Espirito Santo derrama o Dom das curas, assim como os demais dons

    como lhe apraz (CF. ICor.12,11). O dom das curas foi vivenciado em sua plenitude pelo prprio

    Jesus, cumprindo a profecia de Isaias. O esprito do Senhor repousa sobre mim, porque o

    Senhor consagrou-me pela uno; enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os

    coraes doloridos, anunciar aos cativos a redeno, e aos prisioneiros a liberdade;

    proclamar um ano de graas da parte do Senhor, e um dia de vingana de nosso Deus;

    consolar todos os aflitos... (Is.61,1-2). Quantas pessoas cheias de feridas adentram os

    Grupos de Orao e encontros da RCC em busca de cura e alivio para suas dores. Peguemos a

    Palavra em Mat. 4,23-25. Jesus percorria toda a Galilia, ensinando nas suas sinagogas,

    pregando o Evangelho do Reino, curando todas as doenas e enfermidades entre o povo. Sua

    fama espalhou-se por toda a Sria: traziam-lhe os doentes e os enfermos, os possessos, os

    lunticos, os paralticos. E ele curava a todos. Grandes multides acompanharam-no da

    Galilia, da Decpole, de Jerusalm, da Judia e dos pases do outro lado do Jordo.

    Percebemos tambm nesta passagem do Evangelho e podemos ver nas demais onde narra

    Jesus realizando uma cura que, antes de realiz-la h o anuncio da Palavra, o ensino. O

    exerccio do dom de curas uma conseqncia do exerccio do ministrio da Palavra. A Palavra

    pregada com autoridade, com o testemunho de vida, com a f, j cura e muito as pessoas.

    Quantas vezes fomos curados por uma pregao. Quando a pregao leva as pessoas a uma

    mudana de vida, a um profundo arrependimento, uma cura que est acontecendo.

    comum as pessoas dizerem: como esta pregao me tocou! Este me tocou poderia ser

    trocado por me curou.

    Jesus andava curando as pessoas de todas as suas enfermidades

    porque olhava para suas dores, enfermidades e se enchia de compaixo, compaixo esta que o

    levava a atos concretos, curando as pessoas por onde passava. Peguemos o evangelho de

    Marcos 3,1-5. Havia um homem da mo seca que com certeza estava h tempo na porta do

    templo talvez se excluindo ou sendo excludo pela sua mo seca. Jesus ao chegar j nota ali um

    homem que precisava ser tocado, curado. 1 atitude de Jesus: move-se de compaixo por ele

    e o convida a ir para o meio dos demais; 2 atitude de Jesus: Cura o interior daquele homem

    mandando que estenda a sua mo e 3 atitude de Jesus: Cura a mo daquele homem.

    Aprendemos assim que, muito antes de pedir a Deus o dom de curar doenas, preciso pedir

    olhos que compadecem com os que sofrem.

    Jesus mostra atravs das curas que Ele o Senhor, Salvador do mundo.

    Mais do que isso, Jesus reuniu os doze apstolos e conferiu-lhes o poder de expulsar os

  • espritos do mal e curar todos os tipos de enfermidades (Cf. Lc.-9,1-2) e ns somos

    continuadores desta obra de salvao. Atravs da Igreja de Jesus que continuadora deste

    apostolado, somos enviados tambm a curar as pessoas.

    MODALIDADES DO DOM DAS CURAS

    O dom das curas se manifesta de trs formas, tomando como base as

    trs dimenses do homem. A cura do corpo, da alma e do esprito. (CF. ITes. 5,23).

    Existem males fsicos, males interiores ou da alma a males espirituais.

    Se somos acometidos de alguma enfermidade, necessitamos tambm de uma orao para a

    cura interior. Vemos que muitas doenas de que somos acometidos tem razes em males

    interiores, tais como: falta de perdo, falta de amar-se etc... Somos atingidos em nosso esprito

    quando nos contaminamos com faltas doutrinas e apartamos da s doutrina da salvao, ai

    precisamos de orao de cura espiritual ou orao de libertao.

    No existe mtodo ou tcnica para orar por cura. Deus apenas quer

    que oremos em nome de Jesus. No por minha causa que as curas acontecem, mas por causa

    de Jesus. Para orar por cura preciso crs na realidade curativa de Deus.

    MEDIDAS SIMPLES PARA MINISTRAR ORAO DE CURA:

    1 Estar em dias com sua vida sacramental, em especial da penitencia e eucaristia;

    2 Conversar com o enfermo para conhecer sua enfermidade e demonstrar interesse e amor

    por ele. Saber o diagnostico dos mdicos fundamental. Tudo isso para que nossa orao

    tenha uma direo;

    3 Tocar no enfermo em cumprimento Palavra de Deus em Marcos 16,18b ...imporo as

    mos nos enfermos e eles ficaro curados...

    4 Abrir-se a todos os carismas ou dons, como Lnguas, Palavra de Cincia, F e profecia que

    enriquecem e purificam o dom da cura fsica. Quando eu dependo dos carismas, o meu eu

    posso, eu fao etc d lugar a ao de Deus;

    5 Orar com autoridade, sabendo que somos curados graas s Suas Chagas (CF. Is.53,5)

    6 Levar os enfermos a ter f que Jesus pode cur-lo. Quando vamos orar com as pessoas

    importante alimentar a f da pessoa. Quando, em alguns momentos de ministrar cura Jesus

    pergunta a pessoa: o que quer que eu te faa? No porque Jesus no sabia que o cego queria

    ver, o muda falar etc... para levar o enfermo a ter uma atitude de f de que acredita que sua

    enfermidade ser curada.

    ORAO PARA CURA INTERIOR

    A orao de cura interior eficaz para que todo o nosso ser usufrua

    desta dimenso da misso salvfica de Jesus. A cura interior tem como foco o corao do

    homem, muitas vezes dolorido, marcado pela sua histria de vida, pelo pecado, pelo medo

    etc...

  • A orao de cura interior para retirar os componentes emocionais

    que nos so prejudiciais, a fim de que o homem seja livre pela ao do Esprito Santo para

    melhor servir a Deus. Partimos do principio de que, quanto mais somos curados dos males

    interiores, melhor servimos ao Senhor.

    O dom de cura pode ser manifestado em qualquer batizado que tenha

    o desejo de ser instrumento de luz e graa de Deus para aqueles que desejem expor suas

    feridas a Ele.

    ORAO PARA A CURA ESPIRITUAL.

    A orao para a cura espiritual, tambm chamada de orao de

    libertao, um processo de oraes em nome de Jesus Cristo, que liberta as pessoas cativas

    em seu esprito, quando so oprimidas por espritos malignos. A Palavra de Deus, a Tradio e

    o Magistrio da Igreja nos falam claramente da existncia dos demnios, anjos decados que

    tentam o homem com a finalidade de afast-lo de Deus, a quem odeiam. Lembrando que o

    exorcismo formal reservado aos Bispos ou Sacerdotes, por se tratar de casos de infestao

    diablica em indivduos, famlia ou ambientes.

    A procura por falsas doutrinas, a busca incessante de tantas coisas que

    fogem da S Doutrina da Salvao, deixam o homem contaminado por espritos malignos que,

    com o consentimento direto ou indireto de vontade, passam a ter influencia sobre ele. Para

    oramos por cura interior preciso conhecermos tambm o problema que trs a pessoa

    atribulada e saibamos como e porque ela se encontra naquele estado. preciso tambm

    reconhecer o poder do nome de Jesus. (CF. Fl.2,10). De posse destas prerrogativas que nos

    foram comunicadas em nosso batismo, pelo qual participamos do sacerdcio rgio de Jesus,

    resta-nos ento orar pelos nossos irmos e irms e ordenar que toda fora maligna retire-se da

    vida deste pessoa em obedincia o nome de Jesus, para que ela fique livre para o seu servio e

    seu louvor.

    O Senhor que nos perdoou todo pecado e toda falta est disposto a

    nos proteger e nos guardar contra os ardis do diabo que nos combate, a fim de que o inimigo,

    que costuma engendrar a falta, no nos surpreenda. Quem se entrega a Deus, no tem medo

    do demnio. Se Deus por ns, quem ser contra ns? (Rom. 8,31; CIC 2852).

    Livrai-nos de todos os males, Pai, e dai-nos hoje a Vossa Paz.

    Ajudados pela Vossa Misericrdia sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os

    perigos, enquanto vivendo a esperana, aguardamos a vinda do Cristo Salvador (CIC 2854).

    No h, portanto, nenhuma aluso enfermidade, como beno de Deus. Aos servos fieis,

    prometida vida longa e feliz. Ningum, quando for tentado, diga: Deus quem me tenta.

    Deus inacessvel ao mal e no tenta a ningum. (Tg. 1,13).

  • 5 PALESTRA: O DOM DA SABEDORIA. A um dada pelo Esprito uma palavra de

    sabedoria; (ICor. 12,8)

    Sabedoria e cincia caminham juntas, como dois remos, para conduzir o

    povo de Deus. Se numa canoa se rema s de um lado voc gira em torno de si mesmo

    e no sai do lugar... Pelo dom de cincia o Senhor revela as razes da enfermidade

    (diagnstico). Pelo dom da sabedoria eu saberei que remdio deve ser administrado,

    de que forma etc. Voltemos a II Sam. 12 e veremos que, quando pelo dom de cincia

    revelado o pecado de Davi pelo profeta Nat, o profeta consegue pelo dom de

    sabedoria administrar a forma de colocar para Davi a fim que gere no mesmo o

    arrependimento. Jesus diante de Maria Madalena: pelo dom de cincia lhe revelado

    os pecados daqueles homens e ele os escreve na areia, j pelo dom da sabedoria lhe

    dado a palavra certa para impedir que matem a mulher sem ele mesmo estar

    condenando, mas tamanha sabedoria que os homens por si s se condenam e vo

    embora. (CF. Jo.8,1-11)

    Sabedoria aqui no sabedoria humana; no cultura, grau de estudo. a

    sabedoria que vem do Esprito. Percebemos que pessoas sem estudo nenhum, so

    dotadas de uma extrema sabedoria para resolver problemas, dar conselhos. E esse

    dom no nos torna autoridades; no nos habilita a falar grosso, na ponta dos ps. No.

    a coisa mais simples do mundo e beneficia no a ns mesmos, mas ao outro. Somos

    apenas o fio condutor, no nos esqueamos disso. s vezes, nem sabemos que aquilo

    que dissemos ao outro foi uma palavra de sabedoria; nem percebemos que atingiu o

    outro, que tocou, transformou, tirou da dvida, tirou da opresso, da desorientao.

    Esse dom da sabedoria, o Senhor no o quer apenas para alguns pregadores,

    estudiosos, mas para todos: para o pai de famlia, a me, o operrio, o jovem, visto

    que sempre apareceram situaes em nosso dia que necessitar de muita sabedoria

    de Deus para resolv-las. quando dizemos: agora eu no dou conta mais e

    realmente nos reconhecemos pequenos diante da situao que nos tornamos

    totalmente nas mos do Senhor atravs do dom da sabedoria. Trata-se de uma

    sabedoria "feijo com arroz", que voc vai levar para seu filho, sua filha, sua mulher,

    seu marido, vizinho, empregado, para o companheiro de servio... Porque estamos no

    Esprito, batizados n'Ele, Ele se manifesta em ns.

    O dom da palavra de sabedoria um dom domstico... a palavra, o

    pensamento ou idia que o Senhor nos envia no momento oportuno. Mas pode o dom

    da sabedoria tambm me fazer calar? Claro que sim. Em muitas situaes pelo dom da

    sabedoria nos silenciamos nossa voz para deixar que Deus haja. O dom da sabedoria

  • no me deixa desesperar porque sempre eu terei certeza que Deus est agindo em

    meu favor.

    Diante de uma criana que precisa de correo, s vezes somos impelidos

    pela clera e j queremos bater e ralhar! Neste momento, perceba, o prprio Esprito

    Santo nos orienta com sua sabedoria. s vezes falar, s vezes repreender, s vezes

    melhor esperar! Mas o Esprito Santo sempre traz a orientao!

    O Esprito Santo vai inspirar em nosso corao a palavra certa. A palavra de

    sabedoria como a semente; ela no grande, pequenina! O Esprito Santo planta a

    semente da sabedoria, que o certo, o correto, cumpre a ns fazer esta semente

    desabrochar.

    O dom da palavra de sabedoria precisa de um ambiente (corao aberto).

    como a semente. Ela s vai poder frutificar em ambiente bom. No vingar no asfalto.

    A pessoa deve ser dada orao, Palavra de Deus, escuta atenta de Deus; porque,

    percebendo que a palavra vem do Senhor, ela obedece. Se voc uma pessoa atenta

    Palavra de Deus, se cultiva a docilidade, com certeza Deus vai lhe dar a palavra de

    sabedoria! Percebemos que para o exerccio da Palavra de Sabedoria preciso

    primeiro exercitar a obedincia a Deus, caso contrario, o dom fica sem fruto. E o

    melhor que acabamos nos tornando instrumentos da palavra de sabedoria para os

    outros: vamos ter a palavra certa, correta para a pessoa, para determinada hora e

    situao. Outro detalhe importante cultivar em ns a calma, a tranqilidade, o dom

    da sabedoria no nos ajudar em meio agitao, muitas vezes ser necessrio

    respirar, sentar, at deixar passar alguma situao para depois sim, com sabedoria

    poder agir.

    Vejamos o dom da sabedoria na Palavra de Deus:

    Jo. 8,1-11 (Mulher adultera);

    Jos.24,15( Pelo dom da sabedoria, Josu toma uma deciso salvfica para ele e sua

    famlia)

    Jo. 1,23 (Joo Batista pelo dom da sabedoria reconhece seu lugar...sou s a voz que

    clama no deserto..)

    Jo. 2,5 (Pelo dom da sabedoria, Nossa Senhora vira para os serventes e diz: fazei tudo

    o que ele vos disser.) Pela sabedoria que o Esprito Santo sempre concedeu a Nossa

    Senhora e pelo corao to aberto e despojado, Ela sabe que o milagre vai acontecer.

    Atos. 16,25-31 (Pelo dom da sabedoria que tambm conduz a F, Paulo e Silas,

    aoitados e presos, invs de desesperarem com a situao, rezam e cantam hino a

    Deus; no permitem que o guarde se mate e ainda converte-o).

  • 6 PALESTRA: O DOM DA CIENCIA OU PALAVRA DE CIENCIA. (ICOR.12,8). Ou tambm

    podemos cham-lo de Dom de revelao.

    Para adentrarmos precisamente meditao do Dom, vamos compreender o significado da

    palavra cincia no vocabulrio para assim compreendermos que faz sentido o que esta palavra

    tem haver com um Don de Deus.

    A palavra cincia significa capacidade de interpretar fenmenos por vias racionais e capazes de

    serem justificados com bases materiais. por isso que ela (a cincia) engloba uma serie de

    fenmenos investigativos que tm em vista dar a nfase ao seu carter investigativo e

    racional. (os cientistas quando esto na luta para descobrir a cura de certa doena ou a vacina

    para sua preveno, mil coisas, meios, mtodos, formulas, passam pelo seu raciocnio, porm

    somente quando estas formulas se juntam e se tornam matria e so at experimentadas,

    que realmente h a sua eficcia).

    Chamamos tambm ao Dom de cincia, o diagnstico. Quando vamos h um mdico com

    sintomas que nos incomodam, preciso relatar bem ao mdico tudo que estamos sentindo,

    para que atravs deste relato ele tenha um diagnostico e atravs do diagnostico ele possa

    receitar o remdio certo com a dosagem certa. Atravs do Dom de cincia, podemos

    direcionar nossa orao para o que realmente est causando aquela enfermidade.

    No muito diferente com o Dom de Cincia. As pessoas nos procuram pedindo orao, ns

    impomos as mos orando pela cura e libertao e pelo Dom de cincia, o Esprito Santo nos

    revela, ou seja nos d o diagnostico do que precisa ser curado naquela pessoa. Peguemos a

    Palavra de Deus em Marcos 2, 1-11 e vejamos como Jesus usa o Dom de cincia na cura do

    Paraltico. Pelo Dom de cincia o Senhor penetra no corao do paraltico e v a necessidade

    de sua cura interior atravs do perdo dos pecados maior que a necessidade de faz-lo

    andar. S depois de, pelo Dom de cincia ter feito o que era mais necessrio, Ele manda o

    paralitico pegar o seu leito e ir para a sua casa. Vemos no versculo 8 tambm mais uma vez o

    Dom de cincia fluindo em Jesus. Alguns escribas e fariseus ficam em um canto questionando

    entre si o fato de Jesus ter perdoado aquele homem e atravs deste Don do Esprito, o Senhor

    percebe o que est no intimo de seus coraes e responde a eles: ...Por que pensais isto nos

    vossos coraes? (CF.Mc.2,8). Assim vemos que pelo Dom de Cincia nos facultado

    perceber quando as pessoas esto agindo conosco de m f, com maldade, mesquinhez,

    fingimento etc...podemos seguramente dizer que este Dom no nos deixa enganados, o Dom

    da luz para os filhos da Luz. Vejamos ...traio de Judas (Jo.13,21-26). Pelo Dom de cincia

    revelado a Jesus que Judas iria ser o traidor. Que a negao viria atravs de Pedro (Mt.26,34).

    Natanael debaixo da figueira (Jo.1,48).

    Peguemos a passagem de II Sam.12. Percebemos nesta passagem como pelo Dom de cincia o

    profeta Nat, enviado pelo Senhor a Davi, consegue revelar a Davi o seu pecado. Interessante

    que, depois de revelado o pecado a Nat pelo Dom de cincia, ele precisa do Dom de

  • sabedoria para fazer com que Davi no s entenda seu erro mas tambm se arrependa do

    mesmo. Ou seja, o Dom de cincia nos conduz as profundezas das pessoas para que realmente

    haja mudana. Foi atravs desta revelao ao corao de Davi que brotou de seus lbios o

    salmo 50, pedindo misericrdia ao Senhor.

    Quantos testemunhos ns temos a respeito de como o Don de cincia flua no Padre Pio. Padre

    Pio teve o carisma do conhecimento sobrenatural, o dom de cincia, e poderia olhar de fato

    em uma pessoa e alcanar as partes mais secretas da alma. Vemos quando ele atende a

    confisso de seu pai e o mesmo no consegue expor seus pecados devido a fraqueza tanto

    fsica quanto ao medo de se expor ao seu filho, mesmo sendo um sacerdote. Padre Pio, pelo

    Don da ciencia Muitos testemunhos existem neste carisma de padre Pio.

    Vejamos:

    Uma mulher da Bolonha disse:

    "Uma vez minha me foi a Pe. Pio com alguns dos amigos dela. Se encontraria com Pe. Pio

    assim que chegasse a San Giovanni Rotondo, na sacristia do convento. Pe. Pio lhe falou:

    "Por que voc est aqui? V para casa, seu marido est doente".

    Minha me pensou que tinha deixado o marido em condio boa. De qualquer maneira voltou

    tomando o primeiro trem para casa.

    Quando chegou em casa perguntou pela sade de meu pai: no havia nenhuma notcia de m

    sade, ficando somente questionado quanto a isso. Durante a noite meu pai teve dificuldades

    respiratrias srias. Algo o apertou na garganta. noite, s onze, meu pai foi hospitalizado e

    levado com urgncia ao centro cirrgico. O cirurgio que o operou, extraiu pelo menos duas

    bacias de pus da garganta.

    _____________________________________________________________________________

    Um dia, ao pr-do-sol, Pe. Pio estava no jardim do convento. Estava conversando

    agradavelmente com alguns crentes e filhos espirituais, quando percebeu no estar com o

    leno. Dirigindo-se a um dos presentes pediu:

    Por favor, aqui est a chave de minha cela, v l e pega o leno.

    O homem foi para a cela, mas, alm do leno, ele pegou uma das meia luvas de Pe. Pio e a ps

    no bolso.

    Na realidade ele no poderia deixar a chance de levar uma relquia! Quando voltou para o

    jardim e deu o leno, Pe. Pio lhe falou:

    Obrigado, mas agora voc retorne na minha cela e ponha novamente na gaveta a meia luva

    que ps em seu bolso.

  • 7 PALESTRA: O DOM DO DISCERNIMENTO (...A outro o dom do discernimento dos

    espritos...)ICor. 12,10

    1 o que o Discernimento dos Espritos?

    O Discernimento uma habilidade ou capacidade dada por Deus de se reconhecer a identidade (e muitas vezes, a personalidade e a condio) dos espritos que esto por detrs de diferentes manifestaes ou atividades. Este dom, essencial Igreja, geralmente concedido aos pastores do rebanho de Deus e aos que esto em posio de guardar e de guiar os Santos.

    Como podemos ver na definio acima, esse dom de Deus nos ajuda, portanto, a perceber a origem de uma intuio, de um pensamento, a causa de um comportamento especialmente quando este se nos apresenta de forma estranha. O discernimento, assim, um dom protetor da comunidade e protetor de todos os outros dons. Sem o discernimento, o uso dos demais dons fica conturbado, sem fruto e podemos por tudo a perder em vrias situaes.

    Como dom do Esprito, no procede das capacidades simplesmente humanas, nem das dedues cientficas que possamos ter adquirido. O discernimento intuio pela qual sabemos o que , verdadeiramente, do Esprito Santo. Vejamos Mat. 13,16-19; 21-23. Jesus pelo Don do discernimento sabe quando Pedro est sendo movido pelo Esprito Santo e quando est sendo movido pelo esprito do mal.

    Aps todas estas definies, podemos nos perguntar: Qual o benefcio esse dom nos traz, ao ser usado de forma adequada? Como usar esse dom?Como foi usado por pessoas, quando viveram em situaes complexas em suas vidas? Como proceder a partir da orientao certa, segura que o discernimento lhes deu?

    2 O uso do dom do Discernimento

    O Dom em estudo, nos permite agir de forma correta em um fato ou situao que temos em mos, no momento (quem nunca disse: Meu Deus me d discernimento). Nos permite identificar a causa dessa situao especial, podendo, assim, nos levar raiz, ao princpio que a move, que a origina, encaminhando a situao acertada e feliz. O dom de cincia diagnostica, o dom de sabedoria indica o remdio e o dom do discernimento me diz se ora de dar este remdio, talvez fosse melhor escutar mais, falar em outro momento.

    O uso do dom nos ajuda, portanto, a conhecer o esprito, isto , o princpio animador (anima = o que anima, move, movimenta etc). Com ele (dom), podemos chegar, com facilidade, origem de uma inspirao e confirmar de onde esta pode vir:

    - se provm de Deus (ou de Deus por meio de Seus anjos, os Seus mensageiros);

    - se origina da mente humana (a qual pode estar s, doentia, desequilibrada ou alterada);

    - se provm dos espritos maus (do demnio ou de influncias espirituais malficas).

    Para que o uso do dom de discernimento, seja utilizado com cada vez mais eficincia e eficcia e como um dom do Esprito, deve ser usado luz da orao (especialmente a orao em lnguas, que facilita a nossa mente a perceber a orientao de Deus), com sabedoria (dom, como dissemos, que acompanha o uso de todos os outros dons espirituais), com jejum e em comunho constante com o Senhor.

    O discernimento ajuda-nos, ainda, a distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, e orienta nossas vidas na f e doutrina de Jesus Cristo.

  • 3 Jesus e o Discernimento

    Jesus se deixou guiar pelo discernimento em diversas situaes de Sua vida pblica e em Seu ministrio e ao passo que tais situaes aconteciam, ensinava aos Seus discpulos a tambm se deixarem guiar pelo discernimento. Veja alguns exemplos em que Jesus utiliza do discernimento:

    Quando Seus oponentes (os escribas) atribuam Sua ao a presena de um esprito imundo, afirmando q Ele agia por belzebu, expelindo os demnios, Jesus no ia deixar essa afirmao passar assim no barato, e no deixou mesmo! E concluiu com um belo discernimento doutrinal, que eles mesmos no tinham percebido. Leiamos Marcos 3,22-26.

    Na discusso sobre o cego de nascena, relatada em Jo 9,1ss, Jesus no culpa ningum pela cegueira, mas discerne como ocasio da manifestao da glria de Deus e o cura.

    Nas tentaes do deserto, Jesus soube discernir como poderia vencer o maligno, lanando mo do discernimento doutrinal da Palavra de Deus. A cada tentao que o demnio coloca diante Dele, ele o repreende com muito discernimento da Palavra, de um conhecedor da Palavra.

    vendo esses exemplos na vida de Jesus e temos muitos outros -, que os apstolos e ns vamos aprendendo a usar o dom do discernimento, que nos auxilia nas decises prticas, nas atitudes concretas que podemos seguir.

    Tendo os Apstolos, vivido ao lado de Jesus por tantos momentos em que Ele usou de discernimento e aps o Pentecostes, tambm eles passaram a utilizar frequentemente o dom. Esta uma atitude que devemos ter em todos os momentos de nossas vidas, devemos pedir incessantemente pelo dom do discernimento, precisamos praticar o dom do discernimento e assim veremos que muitas situaes de nossas vidas sero simples e prticas de se resolver.

    4 A natureza do discernimento

    Aponta-se diversas naturezas e tipos de Discernimento que so identificados da seguinte forma:

    - O discernimento comum ou bom-senso: este tipo uma fonte de verdade, por ele podemos chegar a importantes concluses, com base no que a nossa natureza nos faz intuir. O senso comum uma fonte de informao de como devem os nos comportar, pensar ou agir de forma adequada. Exemplo: Quando vou a Igreja, sei o modo de me vestir. No necessito da luz espiritual e interior para saber como me devo vestir e portar num ambiente religioso.

    - O discernimento cientfico: aquele que provm das concluses cientficas e plenamente certas. Quando estamos doentes, o mdico nos auxilia, pelo conhecimento cientfico que j adquiriu, quer pela cincia que estudou e testou, quer por sua experincia no campo de sua atividade.

    - O discernimento doutrinal: trata-se do discernimento que a Palavra de Deus, o magistrio da Igreja (em seus documentos), j me oferecem. Por esse conhecimento e verdade, posso caminhar firme na f, desviando-me do que no correto segundo Deus e a Igreja.

    Por esse discernimento, somos levados a distinguir a voz de Deus de outras vozes que nos queiram confundir.

  • - O discernimento, como carisma do Esprito Santo: esse carisma ajuda-nos a avaliar as coisas de Deus e deixar de lado as que no provm dEle. Auxiliados por esse dom, podemos emitir juzo sobre a natureza de nossos pensamentos, bem como as atitudes prticas, vendo se estas esto em conformidade com a vontade de Deus. Assim, posso discernir se algo contrrio a vontade de Deus e ento evitar.

    At o zelo pelas coisas de Deus deve ser acompanhado pelo dom do discernimento, assim como afirma So Paulo ao falar dos Judeus e suplicar por sua salvao: Eles tm um zelo por Deus, mas um zelo sem discernimento . (Rom.10,1-3) Se nosso zelo espiritual ou doutrinal com as coisas de Deus, no forem acompanhados de discernimento, muitas coisas podero ser afirmada de forma inadequada ou falsificada.

  • 8 PALESTRA: VIDA DE ORAO PESSOAL

    Sou eu o Senhor teu Deus, que te d lies salutares, que te conduz pelo

    caminho que deve seguir. Ah! Se tiveres sido atendo s minhas ordens!... (Is.48,17-

    18). Como ser possvel estar atento s ordens do Senhor, ouvir suas lies, exercitar

    os carismas se no tenho um momento do meu dia para isso. Da a importncia da

    Orao Pessoal.

    A Orao Pessoal o momento em que voc tem intimidade com o Senhor e na

    intimidade voc tira do Corao DEle as respostas para o seu corao. Como tirar

    estas respostas? No exerccio de todos os carismas...

    Toda orao encontro do homem com Deus, orao no meditao a ss consigo,

    da criatura sozinha com seus pensamentos, mas comunho; na solido o orante tem

    uma companhia, Deus! Este encontro pessoal com o Senhor nos faz caminhar rumo

    santidade.

    Para orar so necessrias trs virtudes teologais: F, Esperana e Caridade; quanto

    mais se contempla a criatura ao Deus seu criador (F), quanto mais dele se enamora e

    cr (esperana) e mais necessidade se sente de dar-se a ele com generosidade

    (caridade).

    Anda na minha presena e s perfeito! (Gen. 17,1). Pr-se na presena de Deus e

    ficar com Ele durante um tempo relativamente fcil, mas ter deciso de ficar para

    sempre com Ele que difcil e necessrio.

    Escreve Santa Tereza de Jesus ou Dvila: Havemos de nos recolher ao mais intimo da

    alma at no meio das ocupaes cotidianas. A recordao de que tenho Tal Hospede

    dentro de mim, de grande proveito, mesmo que dure um s instante! Orao pessoal

    no s para enclausurados, pessoas de vida consagrada, para ns que temos o dia

    corrido, complicado. Paramos nos dia para tanta coisa: para conversar com um amigo,

    para contar uma piada at de mal gosto etc...porque no podemos parar para

    conversar com Deus, nosso grande Hspede.

    Tempo de qualidade para Deus: mesmo com o fato de podermos tirar tempos no

    decorrer do dia para falar com Deus, temos que tirar um tempo que DEle, para

    termos o momento de intimidade, momento de grande graa que aconselhamos ser

    pela manh via do fato de que, no correr do dia, fica complicado ter este momento to

    intimo. O cristo deve entrar em seu cubculo para orar ao Pai em segredo, deve at

    orar sem cessar, assim como ensina o Apostolo Paulo (CF. Ites. 5,17).

  • PASSOS PARA ORAO PESSOAL

    1 local necessrio que se tenha um local pr-estabelecido para orar;

    2 Silencio a busca do silencio interior para anular o efeito negativo do barulho

    exterior;

    3 Arrependimento reconhecimento da natureza pecadora com um profundo exame

    de conscincia seguido do arrependimento dos pecados e do propsito de no pecar

    (eclo. 12,23);

    4 Entrega abandono profundo em Deus com uma entrega total da vida em suas

    mos;

    5 Efuso do Esprito Santo buscar a plenitude do Esprito Santo atravs da orao,

    tanto no vernculo como na orao em lnguas;

    6 Louvor a Agradecimento reconhecer a profunda soberania e o completo senhorio

    de Jesus na sua vida pessoal louvando por todos motivos que forem lembrados, tanto

    positivos quanto negativos. Agradecer a Deus por tudo que acontece na sua

    caminhada cotidiana. O louvor liberta o corao do homem;

    7 Pedido Deus quer ouvir os anseios do corao de Seus filhos, por isso

    necessrio nos humilhar e prostrar diante de seu poder e clamar pelo seu socorro (CF.

    Sl 120);

    8 Leitura da Palavra de Deus Como quero conhecer a Deus se no me aprofundo na

    Sua Palavra? Da torna-se fundamental tirar um tempo para ler e meditar a Sua

    Palavra, ser um facho para iluminar meus passos e uma luz na minha caminhada (CF.

    Sl 118,105);

    9 Escuta Deus quer falar com seu povo para depois falar ao seu povo. Portanto

    torna-se indispensvel reservar um tempo na orao para escutar o que Deus quer me

    revelar, anotar e guardar o cumprimento das promessas. (CF. Ism. 3,10);

    10 Vivencia No esquecer o que Deus me falou na orao pessoal e buscar a

    vivenciar sua palavra durante o dia;

    MANDAMENTOS DA ORAO.

    1 Simples: Pedi e dar-se-vps- (Lc.11,9) Fale com o Senhor como voc fala com

    algum da sua famlia ou a um amigo intimo de sua total confiana;

    2 Espontanea: Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em

    vs, pedireis tudo o que quiserdes e ser-vos- concedido.(Jo.15,7) Ore o dia inteiro:

    pelo telefone, no supermercado, com as crianas... um relacionamento de

    permanncia;

  • 3 Sem pressa: Porque eis que o reino de Deus est no meio de vs (Lc.17,20). Seja

    lento para falar com Deus e rpido para ouvi-Lo. O Senhor quer falar mais que voc.

    No estabelea limites, que ele seja realmente o Senhor da sua orao;

    4 Sincera: ...todo aquele que no receber o Reino de Deus como uma criana, no

    entrar nele(Mc.10,15). Se somos sinceros conosco mesmo, sejamos com o Senhor.

    Devemos desnudarmos diante de Deus;

    5 Baseada nas escrituras: Toda Escritura inspirada por Deus e til para ensinar,

    para convencer, para corrigir e para formar na justia (IItim.3,16). Que a Bblia seja

    companheira inseparvel quando for orar;

    6 Com hora marcada: Pedro e Joo iam subindo ao templo para orar a hora nona

    (At.3,1). Devemos ter uma hora marcada para a orao da mesma forma que temos

    hora marcada para ir ao trabalho. Dirija-se para sua orao da mesma forma em que se

    dirige para seus trabalhos cotidianos;

    7 Sob medida: Porque o Esprito Santo vos ensinar naquele mesmo momento o que

    deveis fazer (Lc.12,12). A orao sob medida, assim, nunca saia antes do horrio

    pr-estabelecido;

    8 Orientada pelo Esprito: ...vs sereis batizados pelo esprito santo daqui h poucos

    dias (At.1,5). A orao deve ser dirigida pelo Esprito Santo, deve-se cultivar uma

    profunda intimidade com Ele;

    9 Saboreada: Pe tuas delicias no Senhor e os desejos do seu corao, Ele atender

    (Sl.36,4). A orao sacia todos os anseios do corao humano. Durante o dia leve

    alguns pensamentos consigo e saborei-os a cada instante do dia;

    A orao pessoal nos fortalece na edificao pessoal, no crescimento interior, no

    direcionamento espiritual, no fortalecimento nas batalhas cotidianas. Nos estimula a

    viver a santidade, nos redireciona em trs dimenses do amor(divina, pessoal e

    fraternal), A abertura do corao para o exerccio dos Dons do Esprito Santo.

    O QUE DIZ A DOUTRINA DA IGREJA

    ORAO CONTEMPLATIVA o olhar de f (teologal) fito em Jesus. Eu olho para Ele

    e Ele olha para mim, dizia a seu santo proco um campons de Ars em orao diante

    do Tabernculo. Essa ateno a Ele renncia do eu. Seu olhar purifica o corao do

    orante (CIC 2.715).

    ORAO MEDITATIVA - Pe em ao o pensamento, a imaginao, a emoo, o

    desejo. Tem por finalidade a apropriao do assunto meditado, confrontado com a

    realidade de nossa vida (CIC 2.723).

  • ESCUTA DA PALAVRA Esta orao longe est de ser passiva, essa escuta a

    obediencia da f, a acolhida incondicional do ervo e a adeso amorosa do filho.

    Participa do sim do Filho que se tornou Servo e do Fiat da sua humilde serva (CIC

    2.716).

    As duas tentaes mais freqentes que ameaam nossa vida de orao pessoal : a

    falta de f e o relaxamento do compromisso nosso que leva ao desnimo. (CIC 2.755).