os dons de poder

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Os Dons de Poder - Pb. José Roberto A. Barbosa Publicado em 9 de Maio de 2011 as 07:26:55 AM Comente Texto Áureo: At. 8.6 - Leitura Bíblica: At. 8.5-8; I Co. 12.4-10. Pb. José Roberto A. Barbosa http://www.subsidioebd.blogspot.com/ Twitter: @subsidioEBD INTRODUÇÃO Na aula de hoje, estudaremos a respeito dos dons de poder, são eles: fé, curas e maravilhas. Esses dons são fundamentais à ação evangelizadora da igreja, pois, através deles, é possível testemunhar com manifestações milagrosas sobre a morte e ressurreição de Jesus. A princípio, discorreremos sobre o dom da fé, em seguida, os de curar, e por último, o de operação de maravilhas. 1. DOM DA FÉ O termo “pistis”, em grego, que geralmente é traduzido por fé, tem inúmeros significados, por esse motivo, faz-se necessário ter cautela na interpretação dessa palavra, e principalmente, o contexto no qual se encontra. Isso porque a fé, nas Escrituras, pode ser salvífica, enquanto condição para a salvação (Ef. 2.8,9), aspecto do fruto do Espírito, que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22) e enquanto dom do Espírito Santo (I Co. 12.9). A fé salvífica é manifestada no ato da conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo senão mediante Cristo. A fé fruto do Espírito é a fidelidade do cristão que, mesmo em meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada, agradando a Deus em sua confiança irrestrita nEle, e que tem os heróis da fé como modelo (Hb. 11). Essa fidelidade a Deus não decorre do dom, mas da disposição para crer, depois de ouvir continuamente a Palavra de Deus (Rm. 10.17). A fé enquanto dom trata-se de

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Os Dons de Poder - Pb. José Roberto A. BarbosaPublicado em 9 de Maio de 2011 as 07:26:55 AM Comente

Texto Áureo: At. 8.6 - Leitura Bíblica: At. 8.5-8; I Co. 12.4-10.Pb. José Roberto A. Barbosa

http://www.subsidioebd.blogspot.com/

Twitter: @subsidioEBDINTRODUÇÃO

Na aula de hoje, estudaremos a respeito dos dons de poder, são eles: fé, curas e maravilhas. Esses dons são fundamentais à ação evangelizadora da igreja, pois, através deles, é possível testemunhar com manifestações milagrosas sobre a morte e ressurreição de Jesus. A princípio, discorreremos sobre o dom da fé, em seguida, os de curar, e por último, o de operação de maravilhas.1. DOM DA FÉ

O termo “pistis”, em grego, que geralmente é traduzido por fé, tem inúmeros significados, por esse motivo, faz-se necessário ter cautela na interpretação dessa palavra, e principalmente, o contexto no qual se encontra. Isso porque a fé, nas Escrituras, pode ser salvífica, enquanto condição para a salvação (Ef. 2.8,9), aspecto do fruto do Espírito, que tem a ver com fidelidade e confiança (Gl. 5.22) e enquanto dom do Espírito Santo (I Co. 12.9). A fé salvífica é manifestada no ato da conversão, quando o pecador reconhece que não há outro modo de ser salvo senão mediante Cristo. A fé fruto do Espírito é a fidelidade do cristão que, mesmo em meio às perseguições e adversidades, não desiste da caminhada, agradando a Deus em sua confiança irrestrita nEle, e que tem os heróis da fé como modelo (Hb. 11).

Essa fidelidade a Deus não decorre do dom, mas da disposição para crer, depois de ouvir continuamente a Palavra de Deus (Rm. 10.17). A fé enquanto dom trata-se de uma manifestação sobrenatural, pelo Espírito Santo, que capacita o crente para a realização de milagres (I Co. 13.2). Esse dom está interligado à cura e à operação de milagres, pois, a partir da fé dada instantaneamente pelo Espírito, diante de determinadas circunstâncias, o cristão pode fazer proezas em Deus, assim como fizeram os apóstolos, em diversas ocasiões registradas em Atos, em cumprimento às palavras de Jesus (Mc. 16.15-18).2. DONS DE CURAR

No grego, a expressão “dons de curar” se encontra no plural, “iamaton”, ressaltando, assim, a pluralidade dentro desse dom diante das diversas doenças e enfermidades. Isso quer dizer que existem crentes a quem são dados dons específicos para que sejam instrumentalizadas por Deus para curar determinadas doenças e enfermidades. Mas nem todos os membros da igreja recebem os dons de curar (I Co. 12.11,30), mesmo assim, como somente o Espírito Santo sabe a quem o dom foi concedido, compete aos crentes, indistintamente, orarem pelos enfermos, cientes que a cura é proveniente de Deus, que

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decide, soberanamente, se quer ou não realizá-la. Esse é um dom do Espírito Santo, não do crente, que cumpre a determinação de Jesus, que dotou os discípulos com a mesma autoridade “para curar toda sorte de doenças e enfermidades”. Os que crerem no Seu nome, disse Jesus aos discípulos, “imporão as mãos sobre os enfermos e eles serão curados (Mc. 16.18). Os dons para curar os diversos tipos de doenças e enfermidades é uma capacitação divina sobrenatural para que a igreja atue na restauração física e mental das pessoais (At. 3.6-8; 4.30).

A operação dos dons de cura aponta para o futuro, a dimensão escatológica, cuja plenitude se dará na glorificação do corpo, quando, uma vez transformado, não mais passará por corrupção (I Co. 15.53,54). Os dons de curar, por sua vez, devam apontar para a dimensão integral do ser humano, não deva ser um fim em si mesmo, não pode substituir a pregação plena do evangelho de Cristo, que visa a cura da alma, do corpo e do espírito (Is. 53.4,5).3. DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS

Filipe, conforme escreveu Lucas em At. 8.6, pelo dom da fé, exerceu um ministério poderoso em Samaria. Nesse versículo está registrado que “as multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava”. Os sinais, semeion em grego, acompanhavam a pregação, pois as pessoas ouviam a mensagem. O dom de operação de maravilhas, “energemata dynameon” em grego, possibilita a realização de atos sobrenaturais no poder do Espírito Santo. Os milagres advindos da manifestação desse dom vão além das leis físicas conhecidas naturalmente pelos seres humanos. Basta citar, como exemplo, a atuação de Jesus sobre a natureza, que chamou a atenção dos discípulos, após acalmar a tempestade: “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Mc. 4.41). A mente finita do ser humano, pautada nas leis que reconhece como naturais, é incapaz de compreender a sobrenaturalidade dos eventos divinos (I Co. 2.14).

O Espírito Santo agiu, “pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas e os espíritos malignos se retiravam” (At. 19.11,12). A manifestação das maravilhas tem consonância com a pregação, “Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?” (Gl. 3.5; Ef. 2.9). Sob nenhuma hipótese, as maravilhas podem substituir a mensagem de salvação do evangelho de Cristo, e esse crucificado (Mc. 16.15; I Co. 2.2).CONCLUSÃO

A igreja de Jesus Cristo é poderosa, não pela influência política e/ou econômica que tem, mas pela atuação do Espírito Santo. Quando os discípulos quiseram saber quando Jesus estabeleceria Seu reino sobre Israel, o Senhor imediatamente respondeu: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At. 1.7). Em seguida, determinou um “mas” sobre a Sua igreja, a fim de que essa buscasse o dynamis (poder) do Espírito, a fim de testemunhar com ousadia a Seu respeito. Valorizemos, pois, também neste Centenário, os dons de poder: fé, curas e maravilhas, para que, com autoridade, continuemos prevalecendo contra os portais do inferno (Mt. 16.18).

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Quando Paulo iniciou o décimo segundo capítulo da carta aos Coríntios, tinha uma preocupação quanto à ignorância dos cristãos daquela cidade sobre os dons espirituais. ?Não quero, irmãos, que sejais ignorantes a respeito dos dons espirituais?. (I Co. 12:1). Ainda hoje a Igreja do Senhor continua em dificuldades a respeito deste assunto tão polêmico. Em algumas igrejas o assunto é esquecido e proibido falar, enquanto em outras , o excesso ultrapassa até o ensino bíblico. Como a carta não foi direcionada a uma pessoa em particular, mas para a igreja de Corinto na sua totalidade, o conhecimento dos dons espirituais faz parte do crescimento espiritual do Corpo de Cristo. Assim como os cincos sentidos do homem ? Olfato, paladar, visão, audição e tato ? o fazem entrar em contato com o mundo ao seu redor, os noves dons espirituais faz o cristão entrar em contado com o mundo espiritual. Uma pessoa sem um dos sentidos é conhecida como ?deficiente físico?, uma igreja sem os dons é conhecida como ?deficiente espiritual?. Paulo faz uma lista de nove dons colocados em três grupos, mas inseparáveis:

1º) Dons de Revelação ou Conhecimento - São três que revelam algo :a) Dom da Palavra de Sabedoria;b) Dom da Palavra do Conhecimento; c) Dom de discernimento de Espíritos.

2º) Dons de Expressão Vocal ou Falar - São três que dizem algo:a) Dom de Profecia;b) Dom de variedades de línguas; c) Dom de interpretações de línguas.

3º) Dons de Realizar ou Poder - São três que fazem algo; a) Dom da fé;b) Dom de operações de milagres;c) Dons de curar. (Não existe o dom da cura). Este dom está no plural.

::DOM DA PALAVRA DE SABEDORIADefinição: O Espírito Santo revela de modo sobrenatural o plano e qual o propósito de Deus ao individuo para o futuro , através de uma Palavra de sabedoria. É uma palavra somente, e não toda a sabedoria de Deus, pois é impossível para o ser humano ter toda a sabedoria. Devemos entender que não se trata da sabedoria natural que o homem utiliza para o dia a dia, pois essa Tiago 1:5 diz que podemos pedir que Deus dá a todos liberalmente. A Bíblia fala de três tipos de sabedoria : l) Aquela que chamamos de Sabedoria humana para as questões da nossa vida; 2) A sabedoria Satânica usada para o mau e 3) A Sabedoria de Deus que usamos para engrandecer o Criador. De acordo com a Palavra de Deus esse dom atua em conjunto com o dom do conhecimento. (Atos: 9:10-16, 11:28-30; )Sabemos que nos últimos dias o dom da palavra de Sabedoria estará atuando grandemente no seio da Igreja do Senhor.

::DOM DA PALAVRA DO CONHECIMENTODefinição: É uma revelação sobrenatural do Espírito Santo ao ser humano de fatos e informações que seriam impossíveis de serem conhecidos se não fossem liberados da mente de Deus e pode envolver pessoas, lugares e objetos.É uma palavra de conhecimento do presente ou de alguma coisa do passado que Deus quer revelar, para que seu nome seja engrandecido e glorificado. Observe que é ?palavra?, não todo conhecimento. Deus só quer revelar uma pequena porção, por isso é chamado de ?palavra do conhecimento?. Só Deus possue todo conhecimento e através desse dom traz a luz aos seus filhos aquilo que Ele deseja que saibamos. (Atos 10:9-20; João 4).Não pode ser confundido com o conhecimento que obtemos através de habilidades naturais, estudos ou experiências, pois é unicamente ?manifestação do Espírito?. (I Co. 12:7).

::DOM DO DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOSDefinição: Habilidade conferida pelo Espírito Santo para reconhecer a identidade dos espíritos que estão envolvidos nas atividades terrenas, bons ou maus É um dom que traz clareza a

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igreja do Senhor, traz a luz as confusões e orienta. Tem como propósito proteger, guardar, guiar e alimentar os Filhos de Deus. (Atos 16:16-18). Hoje estamos passando por manifestações sobrenaturais e muitas vezes o povo de Deus não sabe de onde vem, se de Deus ou do diabo. Nem todo milagre está vindo de Deus pois Satanás também é um espírito sobrenatural. Este dom não é liberado para julgamento do próximo,(Mt. 7:1), nem para achar falhas de caráter nas pessoas, mas unicamente para discernir os espíritos. Não se engane, quem possue esse dom não fica a tentar conhecer as pessoas interiormente. É uma farsa! Este dom é acompanhado pela habilidade divina para resistir aos espíritos e sair vencedor.

::O DOM DA FÉ. Definição: É a liberação dada pelo Espírito Santo de Deus para que aquele que crê possa receber os milagres em sua vida cristã. Crer em Deus para aquelas causas impossíveis sabendo de antemão que esta é a vontade divina e que a resposta é certa. Para você entender com clareza, precisa saber que a Bíblia fala de quatro tipos de fé. 1) Fé Salvadora ( João 1:12; Ef. 2:8). A fé que nos faz entrar no Reino de Deus. 2) Fé Geral. (Rm. 12:3). Fé que cada servo de Deus possue e pode ser aumentada conforme se alimenta da Palavra de Deus e pratica, receber o Batismo com o Espírito Santo, resposta de oração, cura. Etc...; 3) O fruto da fé (Gl. 5:22,23). A fidelidade é como um fruto que cresce na vida do cristão para colocá-lo num patamar espiritual esperado por Deus para nossas vidas. 4) O Dom da fé (I Co. 12:9). Observe que este dom não é para todos, mas somente para aqueles que o Espírito Santo quer. Podemos dizer que se trata de uma fé especial que Deus concede aos seus para que possam receber milagres. (Gl. 3:5).

::O DOM DA OPERAÇÃO DE MILAGRES. Definição: É uma intervenção sobrenatural às leis da natureza mediante o Espírito Santo. Sendo o Cristianismo fundamentado unicamente no sobrenatural, podemos acompanhar na Bíblia as manifestações miraculosas através de pessoas que cooperaram com Deus. Sem os milagres a igreja não anuncia um evangelho completo (Hb. 2:4). Os milagres acontecem quando o homem é dirigido pelo Espírito Santo e obediente a vontade divina. Os propósitos dos milagres são para a edificação e fortalecimento da fé, atua na libertação e cuidado do povo de Deus na terra. Assim como Jesus atraia multidões através dos milagres operados, a Igreja do Senhor deve prosseguir da mesma maneira. Os milagres acompanharão aos que crêem. (Mc. 16-15-20).

::OS DONS DE CURASDefinição: É o único dom que está no plural, pois opera em vários níveis de curas, pois existem vários tipos de doenças e enfermidades. Sempre acompanhado por uma medida do dom da fé e também pelo dom da palavra do conhecimento, os dons de curar é uma habilidade dada pelo Espírito Santo para que o corpo humano seja liberto das enfermidades. Faz parte do evangelho pleno, completo, onde as pessoas são salvas, curadas, libertas, transformadas e passam a desfrutar da vida eterna. A cura pode ser instantânea (Mt;8:3), pode ocorrer também através da comunhão (I Co. 11:27 a 34). Quanto mais a igreja estiver unida num só corpo espiritual, menos probabilidade de doenças haverá no seu seio. Se você possui grande compaixão por aqueles que estão doentes e sofrendo qualquer tipo enfermidades, é possível possuir os dons de curas. O propósito deste dom é para que o povo do Senhor tenha saúde total: corpo, alma e espírito. É importante que você fique sabendo que a enfermidade não provém de Deus e sim de Satanás. (Atos 10:38) Leia Ex. 15:25,26; SL 103:2,3; 105:37; Is. 53:4 e 5; III João 2.

::O DOM DA PROFECIADefinição: O dom da profecia é o mais importante dos três dons da fala, pois é necessário o dom de variedades de línguas e o dom de interpretação de línguas para igualar-se ao dom da profecia.(I Co.14:5). A profecia é transmitida numa língua conhecida e conforme a Palavra de Deus em I Co. 14:3, tem como propósito edificar, exortar e consolar. Edificar significa construir, erguer com pedras no lugar pré-estabelecido. Exortar significa encorajar, aconselhar e prevenir. Consolar significa confortar com meiguice. Quem profetiza fala em nome de Deus. Paulo aconselha a Igreja de Cristo a buscar o dom da profecia, pois quem profetiza fala o recado de Deus aos homens. Biblicamente sabemos que existe o dom da profecia e o ministério do profeta. Observe que no simples dom da profecia não existe revelação. Aquele que possue o ministério profético vemos com freqüência a revelação ser utilizada, porque existem mais dons

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envolvidos, como Palavra de sabedoria e Palavra de conhecimento. Conforme vimos acima, esses dons fazem parte dos dons de revelação. Atos 21:8-11 relata um exemplo claro do dom comum da profecia e do ministério profético. As sete filhas de Filipe possuíam o dom da profecia, portanto edificavam, exortavam e consolavam. Nenhuma delas entregou uma mensagem para Paulo do que iria ocorrer em Jerusalém. Para isso Deus enviou Ágabo, homem com ministério profético, possuidor dos dons de revelação para avisar Paulo o que iria acontecer alguns dias futuro. Pegou o cinto de Paulo e amarrou suas próprias mãos e pés, entregando a profecia em seguida: ?Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios? At.21:11. Pregar não é profetizar, embora quem prega também pode ser usado pelo Espírito Santo para profetizar. Precisamos ter cuidado para não abusar deste dom tão importante.

::O DOM DE VARIEDADES DE LINGUASDefinição: É a expressão vocal ou habilidade dada pelo Espírito Santo para que haja comunicação numa língua desconhecida. É o mais polêmico de todos os nove dons, pois a maioria dos cristãos desconhece que a Bíblia apresenta três categorias de línguas. Em primeiro lugar a Bíblia fala das línguas que todo crente fala quando recebe o Espírito Santo. (At.2:4-6; 10:45 a 47 e 19:6). Depois fala das línguas usadas freqüentemente para a comunhão pessoal com o Criador. (I Co. 14:1 -4 ; Romanos 8:26; Efésios 6:18 e Judas 20). E por último as línguas faladas quando a igreja está reunida para comunicar ao Corpo alguma mensagem por meio da interpretação de línguas, o que chamamos de dom de variedades de línguas. ( I Co. 12:10; 14:5; 21-22). Foi exatamente isso que o Senhor revelou a Paulo para corrigir a Igreja de Corinto. Em Marcos 16:17 o próprio Senhor deixou claro que os salvos falariam novas línguas. O dom de variedade de línguas é para a edificação do Corpo de Cristo, desde que seja interpretada, senão não há mensagem alguma a não ser para quem está falando. Ninguém saberá o que Deus está querendo dizer. Agora, o enchimento do Espírito Santo, que é a primeira língua que Paulo disse que todos deveriam falar, é para edificação individual e não do Corpo de Cristo. O dom de variedades de línguas tem também como propósito ser um sinal ao incrédulo. (I Cor. 14:21-22).Variedades de línguas com interpretação equivalem a profecia. O dom de variedades de línguas não é para todos na igreja, mas o enchimento do Espírito Santo é para todos. (I Co. 14:27,28 ? 14:5).

::O DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LINGUASDefinição: É uma revelação sobrenatural do Espírito Santo dando um significado daquilo que está sendo falado em variedades de línguas. Jamais pode ser uma tradução, pois vemos servos de Deus falando em variedades de línguas alguns minutos e quando a interpretação é feita, somente algumas palavras são ditas, ou vice-e-versa. Veja o exemplo em Daniel 5:25. A mão escreveu na parede: MENE,MENE,TEQUEL E PARSIM. A interpretação foi nove vezes maior. A interpretação de variedades de línguas na nossa vida particular de oração e simplesmente extraordinária. Imagine voce saber o que está orando em línguas, sendo o falar em línguas um mistério com Deus? Não há nenhuma interrupção, não há ninguém entendendo (muito menos os demônios). Tenho certeza que Deus, algumas vezes, quer que saibamos o que estamos orando, pois isso já aconteceu comigo. Você ora em línguas e o Espírito Santo usa você mesmo para interpretar. Esta é a intimidade que Deus quer ter conosco, mas infelizmente o diabo tem mantido muito crente prisioneiro referente a este importante assunto bíblico. Veja o quanto você já perdeu em não falar em línguas. Além do aspecto particular, o Espírito Santo pode levantar você com o dom de interpretação de línguas na igreja, perante o Corpo de Cristo. O Espírito Santo deixou bem claro que tudo seria com decência e ordem. (1 Co. 14:40). Jamais podemos sair da reunião confusos, pois Deus não é Deus de confusão, mas de paz. (I Co. 14:33). Tudo que fazemos para o Senhor é feito para a edificação (I Co. 14:26) e não para a destruição. Quem destrói é o diabo, pois ele veio para matar, roubar e destruir , mas Jesus veio para nos dar vida e vida em abundancia. Procure uma igreja verdadeira onde a Palavra de Deus é ensinada e que o Espírito Santo esteja presente, senão teremos mais uma igreja ?deficiente espiritual?.

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Ministro nas Igrejas Protestantes Reformadas

 

Conteúdo:

I. Os Dons no Pensamento Pentecostal     A. O Falar em Línguas     B. O Dom de Cura     C. O Dom de Revelação     D. Como estes dons são adquiridos

II. Uma Análise Bíblica dos Dons     A. Em geral     B. Especificamente         1. Línguas         2. Curas         3. Revelação

III. Uma Admoestação Concernente aos Dons

Introdução

Estava profundamente envolvido no sermão que então pregava. Parece que a congregação também. O que aconteceu em seguida veio sem qualquer advertência. Eu fui interrompido no meio de uma sentença pelo que soava como o uivo de um cachorro que está sendo sufocado até à morte. Eu parei e olhei para o canto traseiro da igreja, do qual o estranho barulho estava vindo. Minha família, que estava sentada na fileira da frente, quase pulou do banco. Ninguém mais na congregação parecia tão perturbado pelo som. Eles estavam acostumados com ele. Mas esta foi a primeira vez que fui apresentado aos “dons do Espírito” naquela pequena igreja, por detrás da colina, na Jamaica. Aconteceu uma ou duas vezes mais durante o culto, toda vez interrompendo minha pregação.

Depois do culto, perguntei a senhora que tinha interrompido nossa adoração com seus ataques emocionais porque ela tinha feito isto. Ela me disse que não pôde se conter. O Espírito tomou conta de seu coração e voz e ela não pôde conter os gritos ruidosos. Incidentes deste tipo me levam ao meu primeiro estudo sério dos movimentos de Santidade e Pentecostal e suas influências. Isto também me leva a examinar mais cuidadosamente os incidentes particulares de falar em

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línguas, curas e revelações registrados na Escritura para chegar a um entendimento bíblico deles.

Os dons do Espírito (charismata, que é o termo grego para “dons”) são vitais para a religião Pentecostal. A outorga destes dons do Espírito aos membros da igreja é o dogma sobressalente do pensamento e adoração Pentecostal. Embora o Pentecostalismo reivindique crer em todas as várias verdades da Bíblia, contudo, a impressionante ênfase em seus ensinos e em sua adoração é sobre o batismo no ou com o Espírito Santo. Este batismo resulta em muitos dons, “charismata”, diferentes. Anne S. White, uma escritora, professora e conselheira no movimento carismático durante a década de 1960 e 70, em seu livro Aventuras de Cura , usa 1 Coríntios 12:4-7 para enumerar o que ela crê ser os nove “dons do Espírito” essenciais. “....São Paulo descreveu os nove dons (ou manifestações) como: a expressão de sabedoria...a expressão de conhecimento...fé...dons...dons de cura...a operação de milagres...profecia...a capacidade de distinguir entre espíritos...vários tipos de línguas...a interpretação de línguas”.

Dentre estes nove “charismata”, os Pentecostais colocam uma ênfase maior sobre três: o falar em línguas, o dom de cura e a profecia ou revelação. Há uma proliferação dos escritos sobre estes dons e suas realizações, e eles estão disponíveis por toda a parte. A maioria destes livros usa a experiência pessoal como o fundamento para suas reivindicações de que estes dons do Espírito ainda estão presentes na igreja de hoje. Embora muitas passagens das Escrituras sejam citadas por estes autores, nenhuma das passagens é cuidadosamente analisada de uma forma exegética para descobrir a validade dos “charismata” hoje. O Rev. James Slay, um ministro e professor na Igreja de Deus [denominação], escreveu um livro intitulado Nisto Cremos , no qual ele tenta provar a partir das Escrituras a presença dos dons do Espírito na igreja moderna. Alguns de seus argumentos serão considerados.

1. Os Dons no Pensamento Pentecostal.

A. O Falar em línguas.

Mencionamos que há três dons do Espírito que o movimento Pentecostal enfatiza acima de todos os outros: o falar em línguas, a fé que cura e revelação. Destes três, o falar em línguas é o mais proeminente.

O primeiro incidente registrado do falar em línguas é encontrado no evento que aconteceu no dia de Pentecoste. De fato, foi neste evento que a presença do Espírito e o falar em línguas estão unidos. Este é

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também o porque aqueles que hoje ainda mantém o falar em línguas são freqüentemente referidos como Pentecostais.

Lemos deste evento em Atos 2:1-4:

E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

É a este terceiro sinal da presença do Espírito na igreja, isto é, o falar com outras línguas como o Espírito concedia, que os Pentecostais chamam a atenção. Eles fazem isto porque, destes três sinais, este foi o único que continuou depois do dia de Pentecoste. O milagre que foi realizado naquele dia é facilmente explicado: quando o Espírito entrou no coração dos discípulos de Cristo, eles começaram a falar em “outras línguas”, isto é, a falar em idiomas estrangeiros. Estes homens, que eram simples Galileus e não eruditos em idiomas estrangeiros, repentinamente por intermédio do Espírito Santo começaram a falar em muitos idiomas estrangeiros diferentes de forma que muitos que estavam presentes, procedentes de outros países, puderam entender o que eles pregaram naquele dia. Este sinal do derramamento do Espírito não cessou naquele dia.

Os Pentecostais dirigem nossa atenção ao que eles crêem que são outros quatros exemplos que falam disto no livro de Atos.

O primeiro é encontrado em Atos 8:14-17, onde encontramos a igreja de Jerusalém enviando Pedro e João a Samaria, onde o evangelista Filipe tinha pregado.

Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.

Embora isto não seja explicitamente declarado, é argüido, e isto razoavelmente, que, quando Pedro e João impuseram as mãos sobre os Samaritanos, o Espírito veio sobre estes Samaritanos de forma que, como resultado, eles falaram em outras línguas. Isto é o porque Simão o Encantador queria comprar o poder para conceder este dom aos outros.

O segundo exemplo do derramamento do Espírito em alguém que resultou no falar em línguas é aquele do próprio Paulo e sua

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conversão em Atos 9:17,18. “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o SENHOR Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado”. Este verso não necessariamente estabelece a reivindicação dos Pentecostais de que Paulo falou em línguas naquela hora, mas estabelece o fato de que o Espírito Santo foi derramado sobre ele. Mais tarde também, em 1 Coríntios 14:18, Paulo testifica o seu falar em línguas.

O terceiro exemplo do falar em línguas foi registrado para nós em Atos 10 e 11, onde lemos da pregação de Pedro do evangelho à família de Cornélio, um centurião gentio. Nos versos 44-46 de Atos 10 lemos:

E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus.

Neste exemplo não pode haver debate. O milagre de falar em línguas deveras aconteceu na conversão de Cornélio e de sua família.

O quarto e último exemplo registrado em Atos é encontrado no capítulo 19:1-7 onde doze efésios, que ouviram a pregação de João o Batista e foram batizados por ele, agora ouvem o evangelho de Cristo pela boca de Paulo. Paulo explica que João já tinha pregado e batizado no nome de Cristo. Estes homens foram então batizados por Paulo, e o Espírito caiu sobre eles, e lemos que eles falaram em línguas.

Estes são os únicos exemplos que lemos em Atos. Mas a atenção é também chamada pelos Pentecostais para Marcos 16:15-18.

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.

Nossa atenção é atraída à inegável Palavra do nosso próprio Senhor: este milagre de línguas aconteceria com a vinda do Espírito. O falar em línguas, portanto, foi uma ação que definitivamente aconteceu na igreja primitiva. Isto é evidente, também, em 1 Coríntios 12-14, onde este assunto de forma completa é desenvolvido por Paulo. Obviamente, nas igrejas estabelecidas por Paulo em suas jornadas missionárias, o falar em línguas também aconteceu.

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Concernente a estas provas do falar em línguas, o Rev. James Slay escreve (pág.90):

Se tais dons espirituais fossem somente para aqueles que viveram nos tempos Apostólicos, porque o Espírito Santo permitiria que tal informação fosse incluída em Sua palavra? Por que seríamos informados, numa terminologia precisa, sobre o regulamento de um dom se não estava no plano de Deus nos conceder o mesmo? Por que ensinar o filho de indigente como gastar a herança de alguém que não lhe deixou nada?

Novamente Slay escreve (pág. 91):

O batismo do Espírito Santo e o fenômeno de línguas têm uma afinidade que é inequívoca. Esta experiência não é o “fruto do subconsciente” nem é o “balbuciar” de um segmento ignorante da população. Temos evidência escriturística para esta extraordinária manifestação espiritual, e da última nuvem de testemunhas, testificando sua realidade, de forma que tem se chamado a atenção da imprensa nacional.

O argumento que é aduzido pelos Pentecostais, portanto, é simples: a menos que seja trazida uma prova ao contrário, a Bíblia ensina que este dom do Espírito está presente na igreja hoje. Não há razão para crer que este dom desapareceu. A razão pela qual não se pode levar em conta a igreja após o período primitivo é simplesmente esta: a igreja apostatou e negligenciou este dom.

B. O dom de cura

A mesma razão é aplicada ao dom de cura. O próprio Jesus, raciocina-se, gastou a maior parte do Seu ministério terreno curando o povo. A partir de Seu exemplo, é evidente para nós que Ele veio para curar não somente nossas almas, mas nossos corpos também. Foi este dom de cura que Ele prometeu a Sua igreja após o Pentecoste. Novamente, lemos disto em Marcos 16:17-18 (citado acima). Alguns exemplos diferentes foram registrados para nós no Novo Testamento. A Pedro foi dado poder para curar (por exemplo, Atos 3:1-11;5:15). O diácono Filipe, quando pregou em Samaria, curou pessoas que sofriam de paralisia (Atos 8:5-7). Lemos em Atos 6:8 que ao diácono Estevão também foi dado o poder para realizar milagres e maravilhas entre o povo, embora não sejamos informados sobre o que exatamente era isto. O apóstolo Paulo em muitas ocasiões diferentes curou enfermos e expulsos demônios (por exemplo, Atos 14:8-10; 19:11,12).

Como com o dom de falar em línguas, assim também com este dom de cura, os Pentecostais argumentam que se as Escrituras não declaram explicitamente que este dom desapareceu, certamente não

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podemos erroneamente declarar que sim. Este dom [segundo eles] Cristo ainda dá aos homens de hoje. Nem todo mundo recebe este dom, contudo, somente aqueles que são capazes de se exercitarem poderosamente na fé.

De fato, juntamente com este dom, o carismático tem desenvolvido a idéia completa do poder da oração, uma idéia que tem assolado a igreja pelo mundo inteiro. Eles reivindicam que somente se um crente, que recebeu o poder especial da fé e da oração pelo Espírito Santo, orar o suficiente de forma fervorosa, poderá curar outra pessoa. Ou se isto não acontecer, então, os crentes podem se unir em grupos de oração ou em correntes de oração e invadir o trono de Deus com suas orações que, como resultado, serão capazes de curar o doente! A fé que cura e a oração eficaz fervorosa andam de mãos dados no movimento carismático.

C. O Dom de Revelação.

Finalmente, há também o dom de revelação. Este dom particular do Espírito Santo é baseado na profecia de Joel que Pedro citou em seu sermão no Pentecoste em Atos 2:17,18:

E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos terão sonhos; E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão;

Aqui, também, é um dom do Espírito, e é enfatizado pelos Pentecostais, que existiu na igreja terrena. Embora os exemplos deste dom não sejam tão freqüentes como os dos outros, eles existem. Por exemplo, em Atos 21:8,9 lemos das quatro filhas de Filipe que profetizaram concernente a captura de Paulo pelos Judeus. Da mesma forma, é afirmado que a igreja em Corinto (1 Coríntios 12-14) esteve profundamente envolvida no profetizar. Destas passagens e de poucas outras, podemos assumir [segundo os Pentecostais] que o dom de profecia ainda continua na igreja hoje. Em nenhum lugar a Bíblia nos informa que este dom não está mais presente na igreja.

Nem é este dom para ser considerado equivalente à pregação, na mente dos Pentecostais. Este costume de algumas igrejas não deixa lugar para a obra espontânea do Espírito . Há aqueles na igreja, contudo, que por uma expressão espontânea do Espírito falam palavras que são extra-escriturísticas. Eles podem ainda hoje prever eventos futuros por meio do Espírito. O Espírito controla o coração e a língua de uma pessoa que está se exercitando no Espírito e a guia para falar coisas que ele não pode controlar, assim como faziam os profetas na antiga dispensação.

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D. Como estes dons são adquiridos.

Estes são os carismas , os dons do Espírito. E é sobre o adquirir de tais dons que o serviço de adoração nas igrejas Pentecostais focam a sua maior atenção. Frederick Dale Brunner em seu livro Uma Teologia do Espírito Santo , escreve (págs. 132,133):

As reuniões das igrejas Pentecostais têm sido descritas como centradas no banco da igreja, e a descrição é apropriada. Em contraste com o Protestantismo centrado no púlpito e com o Catolicismo centrado no altar, o Pentecostalismo encontra seu centro na crença da comunidade. Os Pentecostais estão interessados, como alguém colocou, que “nunca alcancemos o ponto no qual nossas congregações sejam compostas de meros espectadores, e não de adoradores participativos”. Para evitar este desvio, os Pentecostais tentam oferecer a cada crente uma oportunidade de ativa e pessoalmente participar na vida da igreja. O foco supremo para esta participação é a reunião da igreja. Aqui os dons encontram a sua mais adequada e proeminente esfera de operação.

Há uma certa excitação no serviço de adoração Pentecostal. Todos na igreja são conduzidos a sentir uma certa expectativa ou prontidão para receber um ou mais destes dons.

Todos os tipos de meios são usados para incitar este alto nível de emoção: música que comove a alma, um alto-falante poderoso, testemunhos, gritos de aleluias e améns, e até mesmo risos. Então, começa a acontecer. As almas são emocionadas e o Espírito é dito entrar na adoração da igreja. As pessoas prorrompem em línguas, outros sobem o púlpito e reivindicam estar interpretando as línguas, enquanto ainda outros trazem uma palavra que Deus lhes disse pessoalmente. Alguns cantam um cântico ou se levantam e dançam. Alguns podem cair no chão e tremerem incontrolavelmente. Geralmente é reservado um período especial para que se dêem oportunidades a homens para que curem os enfermos.

Esta é, então, a experiência Pentecostal. Estes são os carismas – os dons do Espírito.

II. Uma Análise Bíblica dos Dons do Espírito.

A. Em geral

É importante que analisemos os argumentos dos Pentecostais sobre a base da Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o padrão objetivo de acordo com o qual todo ensino deve ser provado para se ver se é

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verdadeiro. Isto significa que não devemos meramente ler de uma forma superficial algumas passagens da Bíblia que parecem dizer algo que elas não dizem. Antes, significa que devemos examinar a Palavra de Deus para ver o que o Espírito verdadeiramente diz a igreja.

Este panfleto não tenciona analisar todos os aspetos dos ensinos dos Pentecostais sobre os dons do Espírito. Seria preciso, sem dúvida, um livro. O que constitui para os Pentecostais ser o falar em línguas apropriado pode ser criticado; o que está atrás das assim chamadas curas “sobrenaturais” pode ser exposto; o uso impróprio da oração pode ser refutado; o abuso e mau uso do serviço de adoração pode facilmente ser criticado. Mas o objetivo deste panfleto é especificamente analisar de uma forma positiva a posição bíblica sobre os dons do Espírito.

Há duas críticas sobre o acentuado exagero do movimento carismático sobre o adquirir dons do Espírito.

Em primeiro lugar, a ênfase que este movimento coloca sobre os dons do Espírito, rouba o povo de Deus da necessidade de conhecimento das Escrituras. Isto não quer dizer que o movimento Pentecostal não cita ou usa muitas passagens diferentes da Escritura. Seus escritos são cheios delas. Nem quer dizer que não há tempo de forma alguma (embora seja pequeno) gasto com a pregação na adoração das igrejas Pentecostais. Mas a ênfase descomunal que é colocada na adoração e vida sobre o adquirir dos dons do Espírito desencoraja qualquer estudo cuidadoso da Palavra de Deus. No prefácio ao estudo doutrinal de James Slay, a confissão é feita:

A Igreja de Deus conhece o que ela crê e prega, e publica o que crê, mas até agora a Igreja não sistematizou isto numa obra definitiva. Que tal obra não tenha sido completada não representa uma falta de interesse na teologia. Antes, isto provavelmente vem de nossa dependência história sobre a absoluta Palavra como nosso guia doutrinal.

Isto é totalmente uma confissão de uma denominação Pentecostal que existia há setenta e cinco anos no tempo da escrita daquele livro! Não há ênfase sobre o conhecimento objetivo das Escrituras. As Escrituras do Velho Testamento são virtualmente ignoradas. O Novo Testamento é usado, principalmente, como um meio para preparar os membros da igreja para receber os dons do Espírito ou o gozo do re-batismo. Que isto é verdade é manifesto na quase total falta de prova bíblica para a alegação deles de que os carismas ainda existem hoje! É também evidente a partir da total indiferença para a verdadeira obra do Espírito ensinada nas Escrituras. Verdadeiramente o que o profeta Amós falou em Amós 8:11 caracteriza este movimento: é uma fome de ouvir a Palavra de Deus!

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Uma segunda crítica que pode ser levantada contra este movimento, falando de uma forma geral, é que ele é mais antropocêntrico do que Teocêntrico ou até mesmo Cristocêntrico; ou seja, é mais centrado no homem do que em Deus ou Cristo. A adoração dos Pentecostais não está centrada na pregação da Palavra. Novamente, não é que lá a pregação seja ocasional. Mas há uma pequena ênfase colocada sobre o ouvir a voz de Deus através de uma cuidadosa exposição e explanação de Sua Palavra por alguém que foi chamado e preparado para assim fazer. A adoração dos Pentecostais está, antes, ocupada em se tentar provar aos outros que alguém tem o dom do Espírito nele. A atenção é chamada ao homem que tem a capacidade de falar “de improviso”, por assim dizer, na frente do povo. É atraída ao cantor com a mais bela voz ou aquele que é experiente em fazer sons que possam parecer que ele está falando numa língua desconhecida. Isto gera desapontamento e desespero nas almas infelizes que estão tentando encontrar o Espírito. Eles começam a se sentir como se fossem Cristãos de segunda categoria!

Há outras críticas que também podem ser feitas sobre a ênfase acentuada que o movimento carismático coloca sobre o adquirir dos dons do Espírito, mas desejamos analisar agora de forma positiva a posição bíblica sobre estes dons.

B. Especificamente.

James Slay identifica corretamente o ponto de desacordo entre os Pentecostais e aqueles que negam suas reivindicações. Ele escreve (pág. 92):

Desta experiência (falar em línguas) ter sido somente para o período Apostólico, deve haver alguma razão lógica por não ter sido estendida até o descanso da igreja. Os apóstolos, que tinham, todos, conhecido ao Senhor, necessitavam deste dom especial para sustentar a sua fé?Necessitavam os contemporâneos de Jesus deste sinal extraordinário para convencê-los, a despeito do fato deles também terem visto e ouvido nosso Senhor?

Estas são questões retóricas que Slay pretende responder com um “não”. Nossa resposta a estas questões, contudo, é “sim”! Tanto os apóstolos como a igreja de Cristo naquele tempo necessitaram deste sinal extraordinário para convencê-los da obra do Espírito Santo na igreja! Isto descansa no fato de que o falar em línguas é um sinal! Um sinal! Aqui está um termo que pouquíssimos dão atenção nesta discussão inteira.

Um sinal, na própria natureza do caso, é algo que desaparece quando a realidade chega. Quando vemos um sinal adiante na estrada, avisando que um restaurante está chegando numa certa saída, então,

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este sinal nos aponta à realidade que está chegando. Quando passamos por esta saída, contudo, não há mais sinal. Por que? Porque quando a realidade chega, então, não há mais necessidade para o sinal. Esta é a natureza de um sinal. Ele desaparece quando é substituído pela realidade.

Bem, tanto o falar em línguas como a fé que cura são sinais. Não foi o que Jesus disse sobre eles em Marcos 16, que “ sinais ” seguiriam ao que cressem?

1. Línguas

Isto é verdade, em primeiro lugar, sobre o dom de falar em línguas. Paulo escreve em 1 Coríntios 14:22, “De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis”. A questão é, do que o falar em línguas é um sinal? Certamente, ele não apontou simplesmente o derramamento do Espírito Santo. Senão, este terceiro sinal do Pentecoste teria cessado no Pentecoste com os outros dois, ou os outros dois ainda estariam prevalecentes na igreja hoje também. O significado do sinal do falar em línguas é encontrado especificamente nisto: ele era um sinal de que o Espírito foi derramado sobre todas as nações, povos e línguas da terra ! Este sinal de falar em idiomas estrangeiros tinha a intenção de provar conclusivamente a cada um que Deus agora reuniria Sua igreja de todos os povos e famílias da terra. A salvação em Cristo através do Espírito não mais seria limitada aos Judeus, mas seria dada aos povos de toda língua, raça e nação debaixo do céu. Disto, o falar em línguas foi um sinal.

Os apóstolos que conheciam a Cristo, e outros que tinham visto e conhecido nosso Senhor, necessitavam deste sinal extraordinário para convencê-los de que a salvação não mais seria dos Judeus somente! Por que os discípulos de Jesus falaram em línguas diferentes do dia de Pentecoste? Para que os Judeus de todo o mundo, Judeus de várias nações do mundo, pudessem ser trazidos a fé e ao arrependimento pela obra do Espírito.

Por que os samaritanos em Atos 8 falaram em línguas depois de Pedro e João imporem suas mãos sobre eles? Para provar, aos judeus céticos que tinham por séculos impregnado neles que a salvação era somente dos Judeus, que os samaritanos agora também compartilhavam, com os judeus convertidos, das bênçãos de Cristo que o Espírito derrama sobre Sua igreja. Os samaritanos eram odiados pelos Judeus como estranhos ao pacto. Agora, Deus provou que os samaritanos seriam uma parte da igreja e do pacto. Como? Quem poderia negar a existência do Espírito em seus corações, se eles falavam em línguas como no dia de Pentecoste?

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O mesmo foi verdade quando Pedro foi enviado a Cornélio e sua casa e pregando a eles, foram salvos por meio daquela pregação. Quem poderia crer que os gentios poderiam ser uma parte da igreja, que poderiam ser os objetos da obra do Espírito em seus corações? Mas quando o Espírito operou neles, então, eles também falaram em línguas, o sinal da presença do Espírito. E quando os judeus em Jerusalém contenderam com Pedro sobre isto, Pedro simplesmente disse, em Atos 11:17: “Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?” A estas palavras os Judeus, então, responderam no verso 18: “E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”.

Este sinal, sem dúvida, acompanhou a pregação de Paulo em outros lugares também. Acompanhou evidentemente em Éfeso, onde os doze efésios que foram batizados primeiramente no batismo de João o Batista foram agora claramente demonstrados que também foram incorporados por esse batismo no corpo de Cristo. Como foi que a igreja de Éfeso, assim também como Paulo, se asseguraram disto? Estes homens falaram em línguas. Obviamente, este mesmo sinal foi usado na igreja em Corinto. Ele é deveras evidente em 1 Coríntios 12-14. Quando Paulo escreveu a esta igreja, contudo, foi para admoestá-los do seu abuso deste dom. “De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis”. As línguas eram um sinal para provar, àqueles que não criam, que o Espírito poderia ser derramado sobre os gentios, não àqueles que já criam nisto. O tema de Paulo em 1 Coríntios 14:22 é, então, este: por que vocês, que crêem que o Espírito está no meio de vós, continuam usando um sinal que tem o propósito de provar isto àqueles que não crêem neste fato?

No capítulo 12 de 1 Coríntios, Paulo coloca este dom no final de sua lista, em importância. No capítulo 14 Paulo coloca limitações estritas sobre o uso deste dom – a mulher não pode usá-lo no serviço de adoração, nem pode alguém usá-lo, a menos que outro possa interpretar o que é dito. No capítulo 13 Paulo declara literalmente (isto não se constata nas traduções inglesas do grego) no verso 8: “se houver línguas, elas cessaram por si mesmas”. Por que? Qual é a razão lógica de seu fim? Eles foram senão um sinal de que Deus agora reuniria Sua igreja de todas as nações do mundo. Uma vez que este fato, esta realidade, foi estabelecido, não há mais necessidade para o sinal. Ele desapareceu lentamente. A igreja agora conhece que o Espírito opera nos corações de todos os crentes de todas as nações, famílias e reinos deste mundo. Este é o porque não há mais línguas hoje. Isto é o porque elas foram necessárias somente no período apostólico.

2. Curas.

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E as curas? Jesus nos disse, em Marcos 16, que elas também seriam um sinal. Do que elas foram um sinal? Bem, elas claramente não significam a mesma coisa como o sinal do falar em línguas. O dom de cura não foi um sinal usado no Pentecoste para provar que o Espírito foi derramado. Paulo, contudo, nos revela que elas eram um sinal. Note: 2 Coríntios 12:12, “Verdadeiramente”, Paulo escreve aos coríntios, “os sinais do meu apostolado foram manifestados entre vós com toda a paciência, por sinais, prodígios e maravilhas”. Em Atos 4:29,30 o apóstolo Pedro pede a Deus para confirmar os apóstolos por meio do sinal de curas: “Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; Enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus”. Aqui, foi um sinal que indicou aos outros a autoridade e o poder apostólico. Paulo usou isto para provar àqueles em Corinto que vocalmente questionavam seu apostolado, dizendo que ele não era um apóstolo.

Foi aos doze discípulos, e um pouco mais tarde a setenta homens que O seguiam, que Jesus durante o Seu ministério terreno deu autoridade para expulsar espíritos e curar as pessoas de suas enfermidades. Após o Pentecoste não lemos mais daqueles setenta homens. Lemos somente dos apóstolos realizando a obra de curar outros. Há somente outros dois homens que não foram apóstolos, Estevão e Filipe, a quem foi dada a autoridade para curar. Não lemos de ninguém mais recebendo este poder para curar. Isto foi dado estritamente àqueles homens que foram apontados por Deus para a obra de estabelecimento da igreja do Novo Testamento; foi dado somente aos apóstolos e então, a outros dois que foram instrumentos no estabelecimento da igreja. Quando estes homens morreram, esta autoridade e poder especial para curar morreram juntamente com eles. E isto porque eram um sinal! Não há mais necessidade de provar a autoridade destes homens e de seu ofício especial na igreja, visto que eles agora se foram. A igreja está estabelecida. Os ministros do evangelho foram ordenados para continuar a obra do ministério. A autoridade apostólica não é mais necessária. O sinal não é mais necessário.

3. Revelação.

E sobre o dom da revelação? Não é difícil provar a falácia envolvida na reivindicação de homens ainda possuírem este dom hoje. Alguns meses atrás recebi em meu e-mail os escritos de um homem que reivindicava que Deus lhe falava por revelação direta. Ele estava então sendo afligido por Deus, assim ele explicou, para compartilhar esta tão importante revelação com outros. Assim, ele me enviou a primeira parte com a explicação de que a segunda chegaria em breve. Eu não podia ajudá-lo, mas dei risadas quando li algo do que ele tinha escrita. Gramaticalmente seus escritos eram horríveis! De

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uma forma muito estranha, ele também tentou escrever num inglês antigo, como se isto concedesse um ar de autoridade ao que ele escreveu. Evidentemente, Deus lhe falou num inglês antigo. Além de tudo isto, o que ele escreveu era sem sentido, algumas delas dificilmente inteligíveis. Eu lhe escrevi de volta e lhe disse que não me interessava na segunda parte do seu escrito.

Alguns anos atrás um pastor de uma rádio Pentecostal declarou à sua audiência que Deus havia lhe aparecido. Ele disse que Deus lhe declarou que se seus seguidores não dessem alguma quantia exorbitante de dinheiro (a quantia me escapa), Deus estaria tirando sua vida. O homem foi capaz em pouco tempo depois de levantar aquele dinheiro e até mais! Vocês vêem para onde a tolice de uma revelação contínua nos leva?

Revelação não era um sinal da obra do Espírito na igreja primitiva. Revelação, contudo, era realmente dada a um homem pelo Espírito. O Espírito usou a revelação para estabelecer o registro objetivo da Palavra de Deus. Uma vez que este cânon da Palavra de Deus foi estabelecido, a revelação cessou. Não há mais necessidade dela hoje. Temos contido nas Escrituras, de acordo com o seu próprio testemunho (2 Timóteo 3:15-17; 2 Pedro 1:19-21), o infalível padrão de toda verdade. Temos nela tudo o que é necessário conhecer para a salvação. Não necessitamos de nenhuma revelação adicional de homens.

Nós vivemos nos últimos dias. João nos diz que nestes últimos dias haveria falsos profetas reivindicando que o que eles dizem é a verdade. João nos informa em 1 João 4, nos primeiros versos, que devemos provar estes espíritos! Como fazemos isto? Julgando o que eles dizem com o que a objetiva Palavra de Deus diz.

III. Uma Admoestação Concernente aos Dons

Há duas precauções para as quais devemos atentar quando consideramos o erro do Pentecostalismo. Primeiro, não é suficiente saber o que não é a obra do Espírito. Neste panfleto expusemos somente o erro com respeito à obra do Espírito. Como crentes somos também obrigados a conhecer qual é a obra verdadeira do Espírito. Tome tempo para estudar isto. O Espírito é o Espírito de Cristo que nos revela a obra de Cristo por nós sobre a cruz. É o Espírito que opera em nossos corações, quieta e poderosamente, as bênçãos da salvação que Cristo mereceu por nós em Sua morte e ressurreição. Estude estas bênçãos!

Uma outra advertência: que nossa adoração e nossas vidas neste mundo sejam teocêntricas, centradas em Deus. Talvez muitos não abraçaram os extremos deste movimento, mas muitos têm aderido

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aos raciocínios que estão por destras deste movimento. O aspecto da adoração está mudando, a idéia da oração foi alterada, a necessidade de doutrina é desprezada. O sentimento substitui a verdade objetiva! Devemos tomar cuidado para que estas tendências não entrem sorrateiramente naquelas igrejas das quais somos membros! Que possamos permanecer na Palavra de Deus. Que o nome de Deus possa ser glorificado. Possa Ele ser o princípio e o fim de nossas vidas e da nossa adoração. A Deus, que enviou o Seu Filho para morrer pelos pecadores, seja a glória.

Departamento de ensino - Semente da VidaEstudo bíblico Tema: Estudo bíblico sobre os dons do Espírito Santo para discipulado

ConsideraçõesO estudo sobre os dons do Espírito

Após estudarmos sobre as obras da carne e fruto do Espírito, iniciaremos a partir desta aula um estudo sobre os dons do Espírito Santo.Este estudo não visa uma descrição detalhada de cada dom, pois isto seria impossível, mais antes, enfatizar a diferença entre os dons sobrenaturais, talentos e ministérios, mostrar a importância dos dons para a igreja, ensinar o porquê dos dons existirem e amadurecer a igreja quanto à manifestação dos dons evitando toda operação da carne.Você deve estar lembrado que começamos o nosso discipulado aprendendo as doutrinas básicas do cristianismo, depois vimos sobre o fruto do Espírito e agora sobre os dons; este programa não foi feito ao acaso, mais por ser importante para a salvação uma vida frutífera e importante também antes de se buscar os dons, buscarmos transformação de caráter.Nosso estudo será ao nível de discipulado, sendo, portanto, parte de um programa para novos convertidos.

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Aula nº 1- Assunto: Introdução ao estudo

Nesta aula iremos estudar sobre os diferentes dons concedidos por Deus.

O significado da palavra dom

Antes de pedir que o Senhor lhe conceda dons, primeiramente você deve pedir a ele que lhe dê conhecimento a respeito do assunto.Vou usar uma ilustração que vai mostrar a você o porquê disto: suponha que uma criança recebeu os poderes de um super-herói; já imaginou que bagunça ela faria? Assim é um crente que alega possuir dons e não passa de uma criança espiritual.A palavra dom significa dádiva, algo que é dado gratuitamente independente de merecimento; logo os dons são frutos da graça generosa de Deus e da sua infinita misericórdia.

O DOM É ALGO QUE PROCEDE DA GRAÇA DE DEUS, PORTANTO, JAMAIS SERÁ CONCEDIDO POR MÉRITO DE HOMEM ALGUM!

Querido irmão, no sentido literal da palavra, tudo o que possuímos é dom de Deus!Veja os exemplos abaixo:A vida eterna é um dom de Deus  (Jo 3. 16)O amor é dom de Deus (Rm5.5)A fé é um dom de Deus (Ef 2.8)A salvação é dom de Deus (Tt 2.11)O ministério é dom de Deus (Ef 4.11)Os nossos talentos são dons de Deus (Mt25.14-30)As manifestações sobrenaturais do Espírito são dons de Deus (ICo12.7)Tudo o que somos ou temos é dom de Deus no sentido literal da palavra.A diferença entre as dádivas que Deus concede aos homens

Vimos o que é dom em um sentido amplo, no entanto, podemos distinguir as várias dádivas que Deus nos concede. Iremos aprender o que são os dons sobrenaturais em um sentido mais restrito.Dons sobrenaturais são as manifestações do Espírito Santo que mostram a sua presença e edificam os cristãos.Vejamos a diferença entre dons sobrenaturais, ministérios e operações baseado em I Coríntios, capitulo 12, versículos de 4 a 6.Neste texto podemos observar coisas importantes:I)A presença da trindade:v.4 Espírito; v.5 Senhor Jesus; v.6 Deus Pai Notamos ainda que o Espírito está ligado aos dons, pois estes são manifestações sobrenaturais da sua presença em nossa vida; logo, somente possui dons àqueles que são salvos.Os ministérios são diferentes dos dons e estão ligados ao senhorio de Cristo, pois ele é o cabeça da igreja, embora tenha colocado autoridades que administram o seu rebanho (exemplo de ministérios Ef 4.11).As realizações(operações) estão ligadas ao pai, e isto por ele tratar a todos como filhos e sempre estar agindo de alguma forma em nossa vida. Deus também opera na vida do ímpio, entretanto, não como filhos, mais como Deus criador; todos os seres humanos são criaturas de Deus, mais somente os salvos são filhos de Deus ( Jo1.12, Mc16.15); ainda assim, Deus ama o ser humano, embora muitas vezes ele não reconheça o agir de Deus.II)No versículo 7 de I Coríntios 12, vemos o objetivo dos dons: para o que for útil, logo, dom não é brincadeira ou meninice, o Espírito concede dons sempre com o propósito de edificar a sua igreja!

Dons sobrenaturais e talentos

Existe uma diferença entre os dons sobrenaturais e os talentos. Embora ambos sejam dados pelo Senhor, os dons do Espírito são inerentes aos salvos, enquanto que os talentos fazem parte de todos os homens, independente de serem cristãos ou não.Todo ser humano nasce ao menos com um talento; depois de conhecer a Deus, devemos usar este talento para o reino do Senhor.Exemplos: existem pessoas que possuem um grande talento para fazer roupas, outros possuem talento para tocar instrumentos musicais, etc...            Talentos são capacidades naturais dadas por Deus.

Conclusão:Nesta aula aprendemos coisas importantes sobre os dons, a saber:

Page 21: Os Dons de Poder

1. Tudo o que temos é dado por Deus 2. Os dons sobrenaturais são diferentes dos ministérios e operações

3. Os dons sobrenaturais são diferentes dos talentos

4. Somente possui os dons do Espírito àqueles que são novas criaturas

5. Os dons do Espírito são concedidos para edificação

Departamento de ensino - Semente da VidaEstudo bíblico Tema: Estudo bíblico sobre os dons do Espírito Santo para discipulado

Aula nº 2

Assunto: Os três grupos de dons sobrenaturais e como buscar os dons

Introdução: Nesta aula iremos estudar os diferentes grupos existentes de dons sobrenaturais. Você perceberá que os dons contidos na lista de I Co 12.4-6 podem ser agrupados em três tipos diferentes.    Durante o estudo, você aprenderá também a pedir os melhores dons.

A divisão dos dons sobrenaturais

Iremos agrupar os dons para que você tenha uma visão global da ação destes dons.Podemos classificar os dons sobrenaturais de I Co 12.4-6 da seguinte forma:Dons do saber, dons de poder e dons de locução.

Os dons do saber mostram a magnificência da mente do Senhor; os dons de poder revelam a autoridade soberana do Senhor e os dons de locução mostram a vontade e a presença do Senhor.Observe a tabela abaixo:

DONS DO SABER DONS DE PODERDONS DE LOCUÇÃO

(OU VERBAIS)

Sabedoria Fé Profecia

Ciência Dons de curar Línguas estranhas

Discernimento de espíritos Dom de operação de

maravilhasInterpretação de línguas

Sabendo buscar os dons

Sabemos que os dons não são concedidos por merecimento, isto, porém, não exclui a necessidade de crermos que eles são para o dia de hoje, nem tão pouco nos exime da necessidade de pedi-los a Deus. Iremos receber pela vontade soberana de Deus e não por termos pedido de modo a merecermos e “obrigarmos” ao Senhor a nos conceder (lembre-se de que ele é o Senhor e você o servo!). Este pedir, no entanto, deverá ser com fé Tg 1.6 (crendo que Deus concede os dons ainda hoje e o deseja fazer), e devemos saber como pedir Tg 4.3, ou seja, não uma fórmula mágica para pedir e sim pedir sabendo qual à vontade de Deus para a igreja e para a minha vida.

Procurando os melhores dons

A Palavra de Deus encerra I Co 12 com o versículo 31 dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons. E agora eu vos mostrarei o caminho mais excelente”.(Ed. Almeida Contemporânea). Analisando este texto, descobrimos:Procurai com zelo = devemos buscar e vigiar nesta busca, não desistindo e sempre pedindo a Deus que manifeste os seus dons na igreja, pois isto é importante.

Page 22: Os Dons de Poder

...os melhores dons = Você deve estar perguntando: Quais são os melhores dons? Vejamos: Partindo do propósito dos dons (para o que for útil I Co 12.7; para a edificação I Co 14.26; para a congregação antes de ser para cada um individualmente I Co 12.27; 14.4), chegamos a conclusão que os melhores dons sempre serão aqueles que edifiquem mais a minha igreja local; justamente  os que forem mais úteis para consolo, amadurecimento e encorajamento dos meus irmãos. Isto é uma questão de amor!Como exemplo deste princípio, vemos no capítulo 14, versículos de 1 a 5, da carta citada nesta aula, que o dom de profecia é superior ao de línguas estranhas devido ao fato do primeiro edificar a igreja e o segundo edificar ao crente individualmente.Quando busco algum dom, sempre devo pensar na unidade do corpo de Cristo e jamais em satisfazer o meu ego, pois isto seria pecado!

Os dons e o amor

Visto o que vimos anteriormente, chegamos também a seguinte conclusão:

Don sem fruto é obra da carne!

Preste bem a atenção na última parte do versículo 31 de I Coríntios 12: “E agora eu vos mostrarei um caminho mais excelente”.Quando lemos o capítulo 13 de ICoríntio, Paulo passa a explicar que caminho mais excelente era este do qual ele falava e descobrimos que toda manifestação sobrenatural na igreja deverá ser movida pelo amor. O caminho mais excelente, ou seja, o melhor caminho, o que deve ser buscado primeiro é o amor de Deus. Em outras palavras, primeiramente devemos ter uma vida abundantemente frutífera e então, buscarmos os dons do Espírito; desta forma saberemos pedir o dom certo!

Conclusão:Aprendemos nesta aula a classificar os dons sobrenaturais dentro de três grupos diferentes: saber, poder e locução.Vimos ainda neste estudo que os dons devem ser buscados dentro do princípio do amor de Deus conforme nos ensina a sua Palavra.Na próxima aula estaremos analisando o primeiro grupo de dons sobrenaturais.

Departamento de ensino - Semente da VidaEstudo bíblico Tema: Estudo bíblico sobre os dons do Espírito Santo para discipulado

Aula nº

Assunto: Os dons do saber

Texto: I Co 12.7-10

Introdução:Nesta aula iniciaremos o estudo de cada um dos grupos de dons. Cada um destes grupos mostra um atributo de Deus.Os dons do saber mostram a onisciência de Deus;Os dons de poder mostram a onipotência de Deus e;Os dons de locução mostram a onipresença de Deus.Estaremos estudando hoje o primeiro grupo de dons chamado dons do saber.Este grupo é formado pelos seguintes dons: sabedoria, ciência e discernimento de espíritos.

I) A Palavra da Sabedoria

Este é o primeiro dom encontrado na lista de I Co12.8. Não adianta ter os outros dons se não houver sabedoria para utiliza-los. Para que você compreenda o que eu acabei de dizer, lembre-se que para entregar uma revelação do Senhor, precisamos saber como entregar, o momento, a hora, etc...A sabedoria é extremamente necessária no trabalho de aconselhamento, disciplina, julgamento e no trato com as pessoas. A sabedoria aplica a revelação dada pelo Espírito Santo a situações diferentes. Exemplo: A sabedoria

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dada ao rei Salomão é colocada em prática em I Rs 3.15-28; ver ainda At 6.10. Este dom é extremamente necessário àqueles que administram a igreja. Um pastor, por exemplo, deve pedir este dom ao Senhor, pois é necessário ter uma sabedoria sobrenatural para agir e decidir diante das mais variadas situações.           Como você pôde perceber, o dom da sabedoria está ligado com ação, ou seja, é agir como Cristo agiria diante de determinada situação; é ter a mente de Cristo!Visto que Cristo é a sabedoria de Deus (I Co 1.17-31; 2.6-8), ter sabedoria é pensar e agir como Jesus.Como todos os dons, a palavra da sabedoria não é adquirida através de esforços humanos, mais esta sabedoria é algo sobrenatural, é uma sabedoria que vem da ação do Espírito de Deus, por isso ela deve ser pedida (Tg 1.5,6).A Bíblia nos ensina que esta sabedoria deve ser buscada e desejada (ver Provérbios, caps 8 e 9).  No livro de provérbios, podemos perceber claramente Jesus como a verdadeira sabedoria viva.Vemos esta sabedoria acessível e desejosa de ser adquirida por todos os homensO dom da palavra da sabedoria não deve ser confundido com o da palavra da ciência que estudaremos agora.

II) A Palavra da Ciência

A palavra ciência significa conhecimento, daí este dom em algumas traduções ser chamado de Palavra do Conhecimento (I Co 12.8).Trata-se da revelação dada pelo Espírito Santo com relação às verdades bíblicas.É a compreensão do pensamento de Deus.Devemos notar que é palavra da ciência e não apenas ciência, assim como está escrito: palavra da sabedoria e não apenas sabedoria; isso nos leva a compreender que a palavra da sabedoria é um modo sábio de falar e a palavra da ciência uma declaração que as pessoas possam entender e compreender com relação ao pensamento divino. Quero deixar bem claro, quanto aos dons do saber, que eles estão interligados e que não adianta pedir nenhum destes dons se não lermos a Palavra de Deus. Dom não se adquire por esforços humanos, entretanto, se não amamos a Bíblia, como Deus aplicará a sua Palavra seja na sabedoria, ciência ou discernimento de espíritos?Voltando a ciência, o primeiro beneficiado pela revelação é a própria pessoa a quem ela é dada; mais, lembre-se: Deus jamais irá revelar algo que não seja conforme os padrões contidos na sua Palavra.

Palavra da Ciência não é “bisbilhotar” a vida dos outros; não é espírito de adivinhação!!!

Somente com a ação do Espírito Santo em nossos corações é que passamos a conhecer mais profundamente a Deus e compreendemos os seus mistérios. É dever do cristão buscar conhecer ao seu Deus cada vez mais (Os 6.3). Este conhecimento deve ser transmitido.Como eu havia dito anteriormente, o dom da palavra da ciência edifica primeiramente a própria pessoa interiormente, e depois, edificará o corpo do Senhor.Aquele que tem intimidade com Deus e o conhece; pedirá ao Senhor, e receberá do Espírito, a revelação dos seus mistérios; para tanto, será necessário ter uma vida de comunhão com o Senhor.O apóstolo João; recebeu de Deus a revelação de coisas que aconteceriam no fim dos tempos! O dom da ciência traz também à luz da igreja mistérios ocultos para a edificação do corpo do Senhor. Esta ciência também pode trazer fatos contidos no coração das pessoas, haja vista, o Espírito Santo ser onisciente e sondar todas as coisas, porém, certamente, isto ocorrerá apenas para edificação da igreja e sempre de acordo com a Palavra de Deus (devemos lembrar ainda da necessidade de sabedoria para entregar a revelação de Deus).

III) O Discernimento de Espíritos

I Co 12.10 Este dom é extremamente necessário nos dias atuais, nos quais, a operação do engano se intensifica cada vez maisÉ o dom pelo qual podemos distinguir:1)As operações espirituais dentro da igreja durante toda e qualquer reunião;2)As operações espirituais no cotidiano;3)A voz de Deus e a carne;4)A voz de Deus e a do Diabo.Através do discernimento diferenciamos a operação do erro e a da verdade, o engano e a sinceridade, etc...Não devemos crer cegamente em toda manifestação que ocorre à nossa volta (I Jo 4.1). Um exemplo disso está na passagem do livro de Atos, no capítulo 16 , versículos de 16 ao 19 .Olhando despercebidamente podemos achar que aquela mulher estava falando uma verdade; realmente Paulo era um servo de Deus, no entanto, aquele espírito de adivinhação queria que as pessoas pensassem que a mulher estava revelando algum mistério.

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No caso de Ananias e Safira (At 5), houve uma combinação de vários dons; ciência, discernimento e maravilha.O inimigo sempre tenta inverter e distorcer a Palavra de Deus. Devemos ter cuidado e discernimento para não sermos enganados. O que parece certo, muitas vezes pode ser errado! Se não ouvirmos a voz de Deus, depois iremos querer culpar ao Senhor por nossa negligência!

IV) Conclusão

Aprendemos hoje sobre os dons do saber e a sua necessidade principalmente para àqueles que administram a casa de Deus.Vimos também que a sabedoria está ligada com ação. A ciência é a revelação dada pelo Espírito Santo de verdades bíblicas e também de mistérios ocultos, bem como circunstancias referentes à igreja e a pessoas. O discernimento de espíritos é a capacidade de distinguir entre as manifestações de Deus, da carne e do diabo.Na próxima aula entraremos no grupo dos dons de poder.

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Aula nº

Assunto: Os dons de poder (parte 1)

Texto: I Co 12.9

Introdução:Nesta aula estaremos estudando mais um grupo de dons do Espírito Santo, chamado de dons de poder. Este grupo engloba os seguintes dons: fé, operação de maravilhas e os dons de curar.Para iniciarmos esta aula é necessário que os irmãos compreendam o que significa poder. Poder não é gritaria, pular alto, falar em línguas ou ver sinais miraculosos. A palavra poder significa autoridade.Trazendo para o nosso assunto, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus; a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano.Enfim, mostram a onipotência de Deus.Quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade!

I)O dom da fé

Este dom é o que impulsiona os demais dons e, em especial, os outros dois dons do grupo. Não se trata da fé que tivemos no sacrifício de Jesus para sermos salvos. Também não se trata da fé comum e necessária a todo cristão como fruto do Espírito Santo que prova sermos realmente novas criaturas e que aceitamos verdadeiramente ao Senhor Jesus como nosso salvador.A fé necessária para a salvação; todo crente teve. ( Jo 3.16)A fé, fruto do Espírito Santo, todo aquele que é salvo tem que ter! ( Hb 10.35-39 ; 11.6)A fé sobrenatural, como dom do Espírito Santo; nem todo crente possui! ( I Co 12.9) É sobre este tipo de fé que o apóstolo Paulo fala em I Co 13.2 .Ter o dom da fé significa crer que o Senhor Jesus opera milagres ainda hoje, é crer que o Senhor cura as enfermidades, é colocar em prática a autoridade que nos foi conferida pelo Senhor. Devemos ter fé que os dons do espírito Santo conferidos a Igreja são para os dias de hoje e, portanto, se manifestarão na igreja e em nossa vida.Veja os seguintes textos: Mt 8.13; 9.29,30                                        Mc 9.23; 11.22-24                                        Lc 8.41,42,49-55; Jo 11.40

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Nestes exemplos vemos pessoas que creram no poder de Deus.É necessário crer no poder de Deus para que ele possa operar maravilhas (Tg 1. 6,7).

O dom da fé é a capacidade sobrenatural dada por Deus para vencer barreiras e realizar proezas em nome do Senhor!O Espírito Santo pode efetuar coisas poderosas em favor da igreja, tanto quando está reunida, ou quando se expressa diante do mundo!

   Devemos por isso, crer que o Senhor fará as mesmas proezas através da nossa vida, crer na autoridade que nos foi confiada! Os dons de poder estão intimamente ligados, por exemplo: Se vou orar por um enfermo, devo ter fé que ele será curado!Agora leia os exemplos a seguir: Em Mt 17.14-20, os discípulos não expulsaram o demônio por causa da pequena fé.Em Mc 16.17,18, Jesus conferiu sinais do seu poder pela ação do Espírito Santo a sua igreja; portanto é necessário crer que este poder nos é conferido ainda hoje!A igreja no livro de Atos possuía esta fé! Leia alguns exemplos em: At 3.1-12; 5.12-16; 8.5-7; 16.16-18;28.1-10.Existem pessoas que possuem um poder de fé incomum, dedicando-se, portanto, de um modo incomum, que pode ser traduzido por fé sobrenatural, a ponto de não parar jamais e sempre avançar em direção a grandes conquistas para o reino de Deus.II)Os dons de curar

Primeiramente quero dizer-lhes que o texto traz “os dons de curar” e não “o don de curar”. Isso se deve ao seguinte fato: existem várias formas do Espírito de Deus agir com relação à cura, porém devemos reconhecer que sempre será o Senhor que age, pois a nossa vida está em suas mãos. Além deste detalhe, deve-se levar em conta as inúmeras doenças que afligem o homem, seja no seu corpo, alma ou espírito.Jesus é o médico dos médicos por excelência. Por onde ele ia, uma multidão de enfermos era trazida até ele e os curava! ( Mc 1.33,34 ; Lc 4.40,41; Lc 6.17,18 )Jesus empregou várias formas diferentes de cura de acordo com o coração de cada pessoa, objetivo, circunstância ou ensino que desejava aplicar, no entanto, todas as vezes que ele curava alguém sempre era para que o nome do seu pai fosse glorificado.

Toda cura deve ser para que o nome do Senhor seja glorificado, a igreja edificada e os homens dêem glorias a Deus ou aprendam algo; caso contrário Deus não operara através deste dom!

   IIA)Os diferentes métodos de curaJesus aplicou lodo sobre os olhos de um cego (Jo 9.1-7), entretanto em outro ele apenas ordenou que ele visse ( Mc 10.46-52). Com o centurião ele apenas ordenou a cura de longe (Mt 8.5-13), com o leproso e os dois cegos, ele tocou ( Mt 8.1-4; 20.29-34).Hoje não é diferente, podemos orar e a pessoa ser curada imediatamente, ou após alguns dias. Podemos ainda orar e Deus usar das mãos de um médico para agir desde que o nome do Senhor seja sempre glorificado.Muitas vezes oramos à distância, outras vezes por imposição de mãos. Algumas vezes ungimos com óleo, outras não!Deus opera nos dias de hoje como no passado, ele é o mesmo!IIB)Nos evangelhos vemos por várias vezes que as curas traziam um ensino

            Exemplos:Jesus superior ao sábado- Mt 12.9-13Sua autoridade como Filho de Deus- Em Jo 11, no episódio da cura do cego

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de nascença, Jesus procurou mostrar a sua divindade (vs.35-38)Sua realeza- Mt 9.27-29Muitas outras curas poderiam ser citadas como exemplo de ensino, bem com milagres poderosos, mais creio que já é o suficiente para entendermos.

IIC)Jesus curou diferentes doençasCegueira, surdez, febre, coxo, aleijado, lunático, corcunda, hemorragia, mudez, paralítico, mão ressequida, lepra, orelha restaurada, etc...O Espírito Santo, do mesmo modo, nos deu poder sobre toda e qualquer enfermidade!

Conclusão:Iniciamos hoje o estudo do 2º grupo de dons chamados “dons de poder”. Aprendemos que estes dons demonstram a onipotência de Deus e este grupo é composto dos dons da fé, os dons de curar e o dom de operação de milagres.Estudamos que o dom da fé impulsiona os demais dons de poder e que este dom é diferente da fé que tivemos para a salvação, bem com da fé como fruto do Espírito Santo.Iniciamos ainda o estudo dos dons de curar e vimos que este dom tem esse nome devido aos vários métodos de cura e diversidade de doenças.Por ser um assunto com muitas dúvidas a serem esclarecidas, na próxima aula concluiremos o estudo deste 2º grupo de dons.

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Aula nº 5

Assunto: Os dons de poder/parte 2

Texto: Mc 16.15-18

Introdução:

I)Os dons de curar/parte 2Na última aula estivemos iniciando o estudo do 2º grupo de dons espirituais; os dons de poder. Terminamos falando a respeito dos dons de curar.Aprendemos que o texto de ICo 12.9 fala “dons de curar” devido às várias formas de cura divina. Quero iniciar ainda nesta introdução, explicando aos amados que, apesar da multiforme maneira de Deus agir, no caso da cura divina, Deus não operará a cura através de um modo que seja contrário a sua palavra.Ex. Na unção com óleo existem igrejas que distribuem óleo para os seus membros saírem ungido a todo doente que vêem pela frente. Isto é uma prática antibíblica, bem como também é errado ungir objetos, fotos ou passar o óleo em qualquer parte do corpo do enfermo. A Palavra de Deus não ensina tal coisa! Estas práticas são impregnadas de sensacionalismo e fazem parte de um espiritismo disfarçado.Recentemente, um presbítero de certa igreja evangélica em Guaratinguetá, precisou ser desligado por estar ungindo as “partes íntimas” das irmãs.A maior fé é aquela que crê sem necessitar de algo visível (Mt 8.5-13)!A unção sobre enfermos na Bíblia é prerrogativa ministerial ( Tg 5.13-15).

 I.A)Conceituando os dons de curar (I Co 12.9)

Os dons de curar são aqueles concedidos aos servos de Deus para edificação da Igreja; pelos quais o Espírito Santo opera a cura sobrenatural. Cura divina é o processo pelo qual Deus, através do seu poder sobrenatural, concede saúde aos homens (corpo, alma e espírito) atingidos por enfermidades. Nem todos em uma igreja possuem os mesmos dons. Como nos outros dons, assim também ocorre com os dons de curar, ou seja, nem todos possuem este dom ( I Co12.30) .

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Se o Espírito Santo é quem concede este dom, significa que nenhum homem ou poder pode executar a cura de alguém verdadeiramente; significa também que aquele que não tem o Espírito Santo não pode ter este dom.

O diabo não cura ninguém, ele apenas engana; ele é o pai da mentira!

  

O que ocorre então em um terreiro quando uma pessoa é “curada”? E na igreja católica?No terreiro o Diabo que colocou a doença ( o inimigo tem poder para ferir com doenças) vai retirar a mesma, para que a pessoa perca a sua alma pensando que ele está fazendo algo de bom.Na igreja católica, quando alguém faz uma promessa e fica “curado”, na verdade o inimigo pôs uma enfermidade na pessoa e ele mesmo retirou para que a pessoa pense que os “santos” realizaram um milagre e a sua promessa foi atendida (Deus não divide a sua glória com ninguém).

I.B)Por que os crentes ficam doentes?

Pelo fato de estarmos ainda neste corpo, sujeito aos reflexos da queda de Adão. Um dia, o nosso corpo será transformado e então estaremos livres de toda dor e enfermidade (ICo 15.50-57). Toda a terra igualmente um dia será restaurada e livre de toda enfermidade (Rm 8.18-23).Nem toda a enfermidade vem do inimigo, no entanto, existem enfermidades nos ímpios que são provocadas pelo Diabo (Lc 13.10-17), mais para o inimigo tocar no crente teria que ter a permissão de Deus.Nem todo aquele que está enfermo é porque pecou ( ver os amigos de Jó em Jó 4.1-8,e o cego de nascença em Jo 9.1-3),no entanto, existem pessoas enfermas,inclusive crentes, por causa de pecados que cometeram ( I Co 11.29-31; Tg 5.15,16)!

            I.C)Quem deve orar pelos enfermos?            Devemos crer que os dons de curar são para os dias atuais. Todos os cristãos devem crer que podem receber este dom e orar pelos enfermos (Mc 16.15-18), porém na igreja, somente com ordem do pastor, pois caso contrário, virará uma verdadeira bagunça dentro da igreja (I Co 14.40), com todos querendo impor as mãos uns sobre os outros, além do mais, Deus distribuirá os dons de uma forma variada.Os dons de curar não devem ser exercidos de modo irresponsável, precisamos saber o propósito de Deus em cada caso e quando Deus realmente deseja glorificar o seu nome através deste dom.

Propósitos da cura:

Dentre alguns propósitos que existem na cura, destacamos os seguintes:1)Edificação do corpo de Cristo2)Demonstrar a compaixão de Deus ( com+paixão=sofrer com... Ex. Mt 20.29-34)3)Levar as pessoas a crerem em Cristo ( Jo3.2;11.45 )  4)Glorificar a Deus ( Mt 15.30,31; Lc 13.13)

Obstáculos à cura:

1)Motivações erradas Tg 4.3 ( alguns desejam a cura mais do que a Jesus)2)Nossos méritos (acharmos que merecemos ou para sermos exaltados)3)Confiar no irmão e não em Jesus (como se fosse algum homem que pudesse curar)4)Rebeldia (existem alguns que estão enfermos por rebeldia contra Deus)5)Não crer na cura6)Abuso à saúde (não cuidar de si próprio leva à enfermidade)7)Falta de desejo (existem aqueles que gostam de ficar doente para chamar a atenção).

II) O dom de operação de maravilhas

Este é o 3º dom do grupo de dons de poder.

II.A)Definição

O que é milagre (maravilha)?1º)Algo sobrenatural( II Rs 4.1-7)

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2º)Algo que vai contra todas as leis da natureza (II Rs 4.32-37 )3º)Algo que vai contra as leis da química e da física (II Rs 6.1-7)4º)Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal Js 10.12-13)5º)Segundo o dicionário, milagre é:

Ato ou coisa extraordinária, prodígio, coisa maravilhosa.Feito extraordinário que vai de encontro as leis da natureza.

   O dom de operação de maravilha é a capacidade dada ao servo do Senhor de realizar, pelo poder do Espírito Santo, coisas extraordinárias sem explicação na natureza.Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.II.B)Objetivos dos milagres

Como todos os dons, não devemos deixar de citar a edificação da igreja e a glória de Deus. Não podemos deixar de lembrar também que os dons de poder mostram a onipotência de Deus, e dentre estes dons, o dom de operação de milagres mostra claramente o poder deste Deus maravilhoso ( Jo 12.10-11).Exemplos de milagres: A vara de Moisés transformada(Ex 4.1-5) , o azeite da viúva (I Rs 17.13-16 ), a transformação da água em vinho(Jo 2.7-11), ressurreição de Lázaro (Jo 11.39-44), a multiplicação dos pães(Mt 14.19-21), etc...A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto!O expelir demônios também é um exemplo de maravilha.

II.C)Os falsos milagres

Hoje existem falsos milagres como no passado. Cuidado! Existem milagres forjados( Ex 7.11,12 ; II Tm 3.8-9 Janes e Jambres/ A “santa” que chorou, etc...)!Características:Não edificam, são contrários a Palavra de Deus, causam aprisionamento por parte de Satanás e causam confusão ( Mt 7.22,23 ; 24.24,25; II Ts 2.9; Ap 13.13; 16.14).

Conclusão

Encerramos hoje a parte que trata dos dons de poder. Vimos que este grupo é formado pelos dons da fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas.Aprendemos nesta aula que os propósitos da cura, o que são os dons de curar e os impedimentos para se receber a cura. Estudamos também sobre o dom de operação de milagres e a sua diferença em relação aos de curar. Vimos ainda o que são os milagres e os seus objetivos.Na próxima aula estaremos estudando sobre o ultimo grupo de dons.

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Aula nº6

Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada/parte1

Texto: I Co12.10

Introdução:A partir desta aula iniciaremos o estudo do último grupo de dons, a saber: os dons de expressão verbal inspirada. Estas expressões podem ser compreendidas (profecia), não compreendidas (línguas estranhas) ou interpretadas (interpretação de línguas), no entanto, sempre serão inspiradas por Deus (daí esse grupo ser chamado por alguns, apenas de dons de inspiração).Estes dons mostram a onipresença de Deus.

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I)O dom de profeciaDom de profecia é a mensagem inspirada de maneira sobrenatural pelo Espírito Santo seja em forma de pregação, instrução, consolo ou exortação.(Obs: A doutrina é diferente de instrução. Na doutrina o ensino é formal e na instrução o ensino é informal, prático).Profecia: É a Palavra de Deus escrita ou falada Pv 29.18; II Pe 1.20,21; Ap 1.3; 19.10; 22.18,19. Em todos os sentidos, como Palavra de Deus, não deve fugir do cânon bíblico.Profeta: Baseado no conceito de profecia, profeta é aquele que transmite a Palavra de Deus. O profeta do novo testamento é diferente do profeta do antigo testamento, pois na nova aliança, toda mensagem deve estar conforme o cânon sagrado, nenhuma profecia poderá exceder os limites do cânon!

I.A) Os objetivos da profeciaAlém de não fugir do que está escrito na Bíblia; a profecia não deverá fugir dos seus objetivos, a saber:1- Edificação, exortação (encorajamento) e consolo I Co 14.3,122- Instrução I Co 14.19Por existirem falsos profetas e profecias da carne e do Diabo, devemos compreender que as profecias devem ser analisadas At 17.10,11; I Co 14.29, entretanto, ao mesmo tempo, devemos ter o cuidado de não desprezar as mesmas I Ts 5.19-22; daí a importância de se conhecer a Palavra de Deus em sua totalidade e compreender os objetivos da profecia.

II.B) Verdades sobre o dom de profecia e a sua manifestação nas igrejas1- O profeta não está possesso! Deus é maravilhoso! Ele não retira o raciocínio de ninguém e nem tão pouco expõe os seus servos ao ridículo. O Senhor jamais trará uma mensagem a igreja para confusão, ou para expor terceiros. O profeta sabe muito bem o que está fazendo ( I Co 14.32,33).Existem muitas meninices a respeito deste dom. Por ignorância, as pessoas crêem que realmente é Deus quem está falando, quando na realidade não é Deus! Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Deus quando me usa em profecia nem sei o que eu falei!”, ou então, aquelas pessoas que saem batendo o pé, rodando a baiana como se estivessem no terreiro, sobem na cadeira, enfim, fazem os gestos mais esquisitos possíveis e dizem que foi Deus que as tomou ou Deus quem mandou; causando não poucas vezes escândalos.2- Como já mencionamos, devemos estar atentos a toda e qualquer profecia, sem que este dom seja desprezado, pois é fundamental para a igreja por se tratar da Palavra do Senhor (ITs 5.20,21).3- O profeta precisa conhecer a Bíblia para que não fique confuso entre o que provém de si próprio e o que provém de Deus. Deve ainda pedir discernimento ao Senhor e sabedoria para falar.4- O dom de profecia é superior ao de línguas I Co 14.5. É de se estranhar a ênfase exagerada que algumas igrejas dão ao dom de línguas, haja vista, que para edificação do corpo, é o menor dos dons.Em contrapartida, o dom de profecia é o dom que mais deve ser procurado I Co 14.1, o motivo está no fato de que aquele que profetiza está falando a Palavra de Deus aos homens I Co 14.3, edificando a igreja I Co 14.4; além dos objetivos que já aprendemos.5- O dom de profecia deve ser exercido com ordem e decência I Co 14.39,40.Não se deve falar mais de um profeta ao mesmo tempo I Co 14.31,32 e no máximo dois ou três em uma reunião I Co 14.29,30 (mais um motivo de se evitar o excesso de oportunidades durante um culto). Isto não contradiz o v. 24, pois nele Paulo manifesta o desejo de que todos tenham o dom.

III) Como reconhecer um falso profeta?Pelo fruto! Mt 7.15-20

IV) Conclusão:Na aula de hoje começamos o estudo do último grupo de dons. Aprendemos sobre o dom de profecia, sua definição, objetivos e manifestação na igreja.Estudaremos na próxima aula a respeito dos dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.

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Aula nº7

Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada /parte 2

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Texto: I Co 12.10

Introdução:Na aula anterior iniciamos o estudo do grupo de dons de expressão verbal inspirada e falamos sobre o dom de profecia. Hoje estaremos aprendendo sobre os dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.Este estudo torna-se extremamente importante pelo fato da maior parte das igrejas ditas pentecostais fazerem uma grande “salada” com relação aos dons, principalmente o de línguas estranhas. Segundo afirmam, as línguas são um sinal de revestimento de poder, em outras palavras, somente é revestido de poder aqueles que falam em outras línguas; estes, conforme dizem, são mais capacitados do que os demais crentes para executarem a obra de Deus, sendo este dom requisito nestas igrejas (como, por exemplo, as Assembléias de Deus) para separação de diáconos e ministros em geral. Esquecem que o dom de línguas, no ponto de vista de unidade de corpo, é o menos importante de todos, esquecem ainda que nem todos possuirão este dom (de certo, será que Deus então não deseja capacitar a todos?), e também deixam de lado tudo o que a Bíblia ensina a respeito deste dom.I)O dom de línguas estranhas

É a capacidade sobrenatural dada pelo Espírito Santo para o crente falar em outras línguas desconhecidas pelo próprio locutor, sejam elas estrangeiras (At 2.3,4 e 8-11) ou divinas e angelicais (I Co 13.1).

IA-O que não é verdade sobre este dom

Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não selado com o Espírito Santo!

   Na época apostólica, quando um rei ou uma autoridade enviava uma mensagem ou qualquer carta, para provar a sua autenticidade, colocava-se nesta mensagem uma marca que provaria a sua originalidade. Esta marca era feita por um anel chamado “anel de selar”; a mensagem selada era verdadeira, ou seja, o selo de propriedade do rei estava nela!Do mesmo modo o crente verdadeiro deve ter o selo da posse de Deus sobre a sua vida. O Espírito Santo é que nos dá a garantia de que somos de Deus, portanto, todo crente verdadeiro é selado por Deus, pois tem o Espírito Santo habitando em sua vida (II Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30).

Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não batizado com o Espírito Santo!

  

Ouvimos ainda a seguinte expressão em certas igrejas com relação ao dom de línguas, quando alguém começa a falar em línguas estranhas, dizem: “-Fulano foi batizado com o Espírito Santo” ou então: “-Fulano foi renovado”.O Batismo com o Espírito Santo e com fogo (que purifica de toda iniqüidade) acontece no momento da conversão. Não é a conversão! Porém ocorre no momento da conversão, pois se trata do derramar do Espírito no coração do crente em toda plenitude. No antigo testamento este Espírito era dado por medida, ele não vinha para habitar no coração do homem definitivamente. No dia de pentecostes, ele foi derramado pela primeira vez sobre os discípulos e então começou a existir a igreja, composta por todos aqueles que mergulharam nesta plenitude. Quem não é batizado com o Espírito Santo, não faz parte da igreja, daí vem o fato de que o Batismo ocorre no momento da salvação e não pode ser uma experiência à parte, pois caso isso fosse verdade, somente alguns que se entregaram a Jesus fariam parte do corpo de Cristo, que é a Igreja! Se o falar em línguas fosse sinal de Batismo com o Espírito, significaria que o raciocínio acima descrito estaria certo, ou seja, quem não fala em línguas estranhas não faz parte da igreja! Isto seria um absurdo! Paulo nos ensina que nem todos falam em outras línguas, ou seja, nem todos possuem este dom (I Co 12.28-31).O fato da evidência do falar em outras línguas relacionado com o Batismo com o Espírito Santo em alguns casos no livro de Atos, está simplesmente na necessidade de se mostrar à igreja recém-nascida que o Espírito Santo foi dado a todo aquele que crer, independente de ser Judeu ou gentio, logo as línguas foram um sinal do derramar do Espírito Santo aos gentios, quebrando todas as tradições judaicas. Não faz parte do escopo doutrinário Paulino a necessidade de se falar em outras línguas para se provar que alguém tem ou não o Espírito de Deus.Existem muitos outros equívocos quanto a este assunto, para tanto, recomendo uma revisão sobre o estudo O Batismo com o Espírito Santo.

II.B-A utilidade do dom de línguas estranhasJá estudamos a definição deste dom, agora iremos aprender algumas verdades sobre a sua manifestação.

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1º)Este dom não é de muita utilidade para a igreja reunida (I Co 14.6-12); este fato é devido ao que fala em línguas, falar com Deus e não com os homens (I Co 14.2); ninguém o entende e, portanto, não edifica a igreja (I Co 14.12). Paulo preferia falar cinco palavras inteligíveis, que dez mil em línguas estranhas dentro da igreja (I Co 14.19). Não entender isto é meninice (I Co 14.20)!2º)As línguas são um sinal para os incrédulos e não para os crentes (I Co 14.22).Quando este dom manifesta-se na presença de incrédulos, há uma evidência de que algo sobrenatural está acontecendo; se Deus não é glorificado, isto será para condenação deles, pois ouviram algo sobrenatural e não creram (sinal no sentido negativo da palavra; veja o exemplo da nação de Israel citado em I Co 14.21, aquela nação desobedeceu a Deus e foi levada ao cativeiro vivendo no meio de um povo estrangeiro, cuja língua não entendiam. Isto deveria ser para eles um sinal do agir de Deus, entretanto não havia arrependimento e então, seria este sinal para a condenação deles). Para o crente, as línguas mostram a presença de Deus.No dia de Pentecostes, os incrédulos se escandalizavam com as línguas estranhas e zombavam ( At 2. 13 e I Co 14.23 ). Ao contrário, a Palavra desobedecida trará condenação para os crentes! É um sinal de que Deus falou no meio deles e não creram!(I Co 14.22). A profecia visa trazer o ímpio ao arrependimento (I Co 14.24,25).3º)Paulo não proibiu o falar em outras línguas (I Co 14. 5,18,19,26,39 e 40), ele apenas disse que preferia profetizar e que os crentes deveriam procurar a profecia(ver sobre a verdadeira profecia na aula anterior) primeiramente em relação ao dom de línguas estranhas ( Como podem alguns crentes ficar perturbando as pessoas para que falem em línguas, chegando até a forçar esta manifestação, não passando de obra da carne? ) .4º)A importância das línguas estranhas para o crente está em que as mesmas edificam aquele que as falam (I Co 14.4); inclusive, aquele que recebeu do Senhor este dom deverá procurar exerce-lo preferencialmente nos momentos de intimidade com Deus em oração (I Co 14.15), sem, entretanto, esquecer que não deve o tempo inteiro orar em línguas estranhas, pois neste caso, o seu entendimento ficará sem fruto (I Co 14.14-17).5º)Aquele que recebeu este dom deve pedir ao Senhor o de interpretação de línguas (I Co 14.13).

I.C-O dom de línguas estranhas na igreja1º)Somente deverá ser usado para edificação, portanto, deverá haver intérprete (I Co 14.13,26-28).2º)Não deverá atrapalhar o culto (I Co 14.27,33,39e40), deverá falar quando houver momento oportuno. Obs: O irmãozinho cisma de ficar falando em línguas na hora da pregação, atrapalhando o pregador da mensagem e desviando a atenção daquele que ouve.Geralmente não são mensagens em línguas para a igreja e sim orações espirituais que nem sequer trarão algo para a igreja como um todo, mais apenas edificará aquele que ora.Neste caso, quando o irmão se alegrar, ore em línguas em silêncio, ou baixinho, para não desviar a atenção dos demais (I Co 14.28).Dentre os momentos mais propícios para se orar em línguas mais à vontade, estão os cultos de vigílias, nos períodos de louvor e oração. Outro bom instante está nos cultos de oração, entretanto deve-se tomar o cuidado de discernir se alguém tem uma mensagem para a igreja que necessita ser interpretada.

II) O dom de interpretação de línguasÉ a capacidade dada pelo Espírito de interpretar as línguas estranhas (I Co 12.10).              Vejam bem, não se trata de uma simples interpretação, mais de algo que foge ao intelecto humano.Diferente da interpretação aprendida em uma escola; é proveniente do Espírito Santo! Para o termo variedade de línguas, o grego traz “geneglosson”, se referindo ao dom de falar em línguas nunca dantes aprendidas pelo locutor. Obs: Glossolalia=falar em línguas (glossa-língua ou linguagem+ lalia-fala);              Genos= tipos ou variedades.Se no dom de variedades de línguas, as línguas nunca foram aprendidas pelo locutor, na interpretação ocorre o mesmo, é algo sobrenatural!

II.A)Observações sobre este dom1)Este dom é necessário ao que fala em outras línguas ( I Co 14.12,13,27e28), portanto deve ser pedido para edificação da igreja.2)Ele pode ser concedido também a outra pessoa, não necessariamente ao que possui o dom de variedade de línguas ( I Co 12.10,26).3)Nem todos possuem este dom ( I Co 12.30,26)4)Deve seguir as mesmas ordens com relação a decência existentes nos outros dons (quando há interpretação de línguas, estas se tornam mensagens proféticas para igreja, daí a necessidade de ordem e decência)Conclusão:Encerramos nesta aula o estudo do terceiro e último grupo dos dons encontrados em I Co 12.8-10.Aprendemos sobre o dom de línguas estranhas, a sua definição, verdades e mentiras sobre este dom e também como ele deve ser exercido na igreja local. Vimos ainda a respeito do dom de interpretação de línguas, sua definição e observações a respeito dele.

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ENCERRAMENTO DO ESTUDO SOBRE OS DONS DO ESPÍRITO SANTO.

Considerações finais:Espero que você tenha compreendido a importância dos dons na vida do crente e a sua atuação na vida cristã, bem como a importância dos mesmos para a igreja local e a sua manifestação nos cultos.Quando Paulo escreveu I Co 12, a ênfase não era para os dons em si, mais a unidade do corpo de cristo; a importância mútua dos membros e a dependência uns dos outros. O apóstolo não quis trazer uma lista exaustiva dos dons, pois eles são infinitos no sentido da palavra.O capítulo 12 está inserido em um contexto da epístola inteira, e continua precisamente nos capítulos 13 e 14 do mesmo livro, entre os capítulos 12 e 14 está o 13 que fala da supremacia do amor, entretanto a importância deste estudo está nos fatos de que Deus deseja que amadureçamos, compreendamos a sua Palavra e não sejamos mais meninos, tal como os crentes de Corinto por muitas vezes pareciam.Deus abençoe a todos!

Em Cristo: 

Ricardo Correia de MattosPastor presidente

DONS ESPITUAISOs Dons Espirituais revelam ao mundo a Igreja como corpo de Cristo (E sujeitou

todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. Ef. 1.22,23; Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. (1Co 12.12). Isto é valido tanto para os ministros como para os demais crentes, E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam. Mc. 16.20;

DEFINIDO OS DONS

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Os dons espirituais são poderes sobrenaturais, ou graças que Espírito Santo concede a certos crentes salvos, em beneficio da igreja. A natureza destes dons e o seu reto exercício são tratados e demonstrados pelo apóstolo são Paulo no decorrer de seu ministério em pratica e ensinamentos.

OS DONS NÃO É BATISMO            É preciso enfatizar três propósitos do derramamento do Espírito Santo no que diz Respeito à Igreja de Deus (At 2.1):

<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->No Antigo Testamento Deus derramava o poder do Espírito Santo sobre pessoas que exerciam ministérios específicos, tais como Rei, Sacerdote e Profeta. Havia algumas pessoas que eram chamadas à determinadas funções, que também recebiam uma unção para este fim: militares, músicos, dirigentes, cantores, e artífice, os quais realizavam obras especificas. De forma que no dia de pentecostes os crentes foram equipados com poder para realizar a obra de Deus, levando a mensagem de Salvação aos perdidos e distanciados da graça em cumprimento a promessa de Cristo. (Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra, At.1.8).

<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->Nesta nova dispensação Deus constituiu a todos como sacerdotes (1Pe 2.9), isto é: o desejo de Deus sobre Israel se cumpre na igreja, na dispensação da graça, (Ex 19.5-6). O serviço do sacerdote inclui adoração, oração, ensino, edificação, reconciliação e aconselhamento. Deus através de Cristo coroou a sua igreja com o ministério da reconciliação, que envolve exatamente o ofício do sacerdote, (2Co 5.18-19). O sacerdote deve  oferecer sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1,2; 1Pe 2.5).

<!--[if !supportLists]-->3.    <!--[endif]-->Deus constituiu uma comunidade profética, para cumprimento das palavras que Moisés (...Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito. Nm 11.29). Jesus identificou o seu ministério como profético, (Lc 4.16-21); Pedro comparou o derramamento do Espírito Santo com a profecia de Joel (2.28,29); e o apóstolo Paulo enfatizou que todos poderão profetizar, contudo, que seja uns após outros, para que todos aprendam e sejam edificados, (1Co 14.31). Claramente a igreja desempenha o papel profético em levar a presença de Deus e sua poderosa mensagem à pecadores, e através do poder do Espírito Santo muitos são mudados e recebem transformação plena, inclusive em questões éticas e sociais. 

A geração moderna tem galgado a mais alta posição nos altos degraus da sabedoria humana, e tem achado apoio com o grande avanço da tecnologia e da ciência. Cada pessoa tem tentado chegar ao mais elevado patamar daquilo que escolheu por meio de vida, isto é louvável, Deus é a favor que as pessoas aprendam e sejam prósperos não só na vida espiritual, mas, sentimental, financeira, e familiar. Mas, verdade é que nunca se viu uma geração tão ignorante espiritualmente, como a geração dos dias atuais, e seguindo adiante encontram-se leigos, neófitos, apáticos, pessoas sem conhecimento, confusos e distantes do grande farol de Deus, os dons espirituais, (Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes 1Co 12.1).

FORMAS DE INGNORANCIA               A expressão ignorante que dizer: alguém sem conhecimento, sem entendimento, pessoa cega, pessoas que tem olhos, mas não enxergam. Há pessoas que são ignorantes por usarem o dom de forma errada, fugindo da verdadeira função dos dons e sem conhecer-lo                O Profeta Oseías nos ensina que por falta de Conhecimento o povo é lavado cativo – Os 4.6; Por falta de Conhecimento o povo padece fome – Is 5.13; Por falta de Conhecimento o povo sofre de sede – Is 5.13.                Há alguns que são ignorantes por não aceitarem Deus usar determinados crentes; não aceitar os dons para os dias atuais, e até achar que os dons são exclusividades de determinados líderes espirituais, etc.               O Espírito Santo não estar sujeito a nenhuma pessoa, nem ao querer de ninguém, o Espírito Santo age para a edificação da igreja através de vasos limpos, santos e que desejem ser usado, e se alguém é ignorante que ignore, 1Co 14.38. 

PROPOSITOS DOS DONS

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Os capítulos de 12 a 14 da primeira Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo, trata com clareza dos dons do Espírito Santo concedidos à igreja, deixando claro que estas partes são indispensáveis na vida e no crescimento espiritual dos crentes que almejam ver a graça de Cristo manifestada no meio do povo.<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->O objetivo dos dons do Espírito Santo é manifestar graça, poder, e amor no meio da comunidade cristã, nas reuniões públicas, nos lares, nas famílias e nas atividades individuais. Com a manifestação dos dons o mundo passa a ver a operação de Cristo no meio de seu povo, (Porque não ousaria dizer coisa alguma, que Cristo por mim não tenha feito, para obediência dos gentios, por palavra e por obras; pelo poder dos sinais e prodígios, na virtude do Espírito de Deus; de maneira que, desde Jerusalém e arredores até ao lírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo. Rm 15.18-19) Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira, e outro de outra. 1Co 7.7.<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Trazer a eficácia da pregação do evangelho aos perdidos, confirmando de modo sobrenatural a mensagem cristocêntrica. Jesus cooperou com os discípulos na pregação manifestando o seu poder, (Mc 16.17-20); isto foi visto de forma clara, quando Felipe subiu até Samaría (At 8.8), e Paulo na Ásia (At 14 – 19). <!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->O terceiro propósito dos dons é suprir as necessidades humanas, fortalecer e edificar espiritualmente, tanto a congregação, como os crentes individuais, para o aperfeiçoamento que só Deus pode conceder. (1Co 14.4,12; 1Tm 1.5).<!--[if !supportLists]-->4. <!--[endif]-->Finalmente os dons manifestam poder para o encorajamento nas batalhas espirituais, contra satanás e as hostes do mal, discernindo quando estes atacam as pessoas. Em Samaría a eficácia do poder era real e os espíritos imundos e as enfermidades saiam de muitos (At 8. 5-7; 26.18).               Portanto os dons do Espírito Santo são atuais e não ficaram circunscritos aos dias apostólicos. Verificamos ainda que no obstante já terem passados mais de dois mil anos, a igreja de Cristo continua tendo o mesmo acesso, as mesmas possibilidades a recursos espirituais que levaram os cristãos primitivos, e anunciaram a salvação ao mundo com poder espiritual.

DIVISÃO DOS DONS               Os dons espirituais mencionados em 1Corintios 12, estão em ordem de nove, que por sua vez os estudiosos dividem em dois grupos:

Grupo – A<!--[if !supportLists]-->i.        <!--[endif]-->Dons de locução<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Profecia<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Variedades de línguas<!--[if !supportLists]-->c.       <!--[endif]-->Interpretação de línguas<!--[if !supportLists]-->ii.      <!--[endif]-->Dons de inspiração<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Palavra de sabedoria<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Ciência, ou conhecimento<!--[if !supportLists]-->c.       <!--[endif]-->Discernimento<!--[if !supportLists]-->iii.    <!--[endif]-->Dons de poder<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Maravilhas<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Curar<!--[if !supportLists]-->c.       <!--[endif]-->Fé

Grupo – B<!--[if !supportLists]-->i.        <!--[endif]-->Dons de ensinamento (ligado a pregação)<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Sabedoria<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Ciência, ou conhecimento<!--[if !supportLists]-->ii.      <!--[endif]-->Dons de ministério (ligado a igreja)<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Fé<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Curas<!--[if !supportLists]-->c.       <!--[endif]-->Maravilhas<!--[if !supportLists]-->d.      <!--[endif]-->Profecia<!--[if !supportLists]-->e.       <!--[endif]-->Discernimento<!--[if !supportLists]-->iii.    <!--[endif]-->Dons de Adoração (ligado ao crente individual)<!--[if !supportLists]-->a.       <!--[endif]-->Línguas

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<!--[if !supportLists]-->b.      <!--[endif]-->Interpretação de línguas

OS DONS DEFINEM O MINISTÉRIO   O Apostolo Paulo escrevendo aos Romanos (Rm 12.6-8), menciona que há diferentes dons segundo a graça, Paulo difere e relaciona os dons da graça. Um dom espiritual pode constituir-se de uma disposição interior, bem como de uma capacitação ou aptidão (Fp 2.13) concedida pelo Espírito Santo ao indivíduo, na congregação para edificação do povo de Deus e para expressar o seu amor a outras pessoas (Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. 1Pe 4.10). A lista que Paulo dá, dos dons da graça divina deve ser considerada um exemplário e não a totalidade deles; (observe com clareza 1Co 12-14 para maior abordagem dos dons espirituais).

Com o dom o individuo está capacitado a exercer um ministério, e com o ministério Deus opera através do Dom. Para que se entenda melhor, quem vai exercer o ministério de cura, deve ter o dom de curar (1Co 12.9).  Paulo ensina que, ao recebe o dom de profetizar seja segundo a medida de sua fé (Rm 12.6), isto é, não haja exagero naquilo que lhe foi confiado. Se Deus manda dizer à igreja ou à uma pessoa, algo, seja feito conforme Deus mandou, sem que haja excesso. Quando fala do ministério da assistência social (Rm 12.7) "Ministrar" ou "servir" é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus, para alguém servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja, a fim de ajudá-los a cumprir suas responsabilidades para com Deus, (At 6.2,3). Enquanto que "Ensinar" é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente examinar e estudar a Palavra de Deus, e de esclarecer, expor, defender e proclamar suas verdades, de tal maneira que outras pessoas cresçam em graça e em piedade (1Tm 4.16; 6.3; 2Tm 4.1,2);O verso 8, do mesmo texto, o apostolo fala de Exortar... Repartir... Presidir... Exercitar... Misericórdia. Trata-se, aqui, de dons espirituais.

<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->Exortar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o crente proclamar a Palavra de Deus de tal maneira que ela atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a Cristo e uma separação mais completa do mundo;

<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de Deus;

<!--[if !supportLists]-->3.      <!--[endif]-->Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as várias atividades da igreja, visando o bem espiritual de todos;

<!--[if !supportLists]-->4.      <!--[endif]-->Misericórdia é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos.

               Nos dons espirituais, há a ação direta do Espírito Santo (1Co 12.7), e podem ser:<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->Dons Espirituais – 1Co 12.1<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->Dons Naturais – Ex 31.1-5<!--[if !supportLists]-->3.      <!--[endif]-->Dons Ministeriais – Ef 4.11-13

Há uma ação nos dons, do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo.<!--[if !supportLists]-->1. <!--[endif]-->Dons de Deus – 1Co 12.28;<!--[if !supportLists]-->2. <!--[endif]-->Dons de Cristo – Ef  4.7-14;<!--[if !supportLists]-->3. <!--[endif]-->Dons do Espírito – 1Co 12.4.

               Deus deu aos homens a manifestação dos dons do Espírito Santo com a finalidade de um relacionamento espiritual entre ambos.

<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->Dom – vem do grego “charisma” que quer dizer, donativo, ou dado de graça. Indicando assim que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pessoa como o poder para desempenhar o ministério referente ao dom.

<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->Ministério – palavra proveniente do grego “diaconia” que enfatiza serviço, deriva nesta palavra o diácono, servo. Isso mostra que há diferentes tipos de serviço e que certos dons envolvem o recebimento da capacidade e poder de ajudar e assistir ao próximo. Em 1 Corintios 12.5 Jesus aparece como o Senhor que manifesta os dons, e em Efesios 4.7, como o Senhor que realiza os ministérios. 

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<!--[if !supportLists]-->3.      <!--[endif]-->Operações – ou efeitos (“Energes” Ativos energéticos), os dons espirituais são operações diretas do poder de Deus, visando resultado definido. A manifestação do poder do Espírito realça o fato de que os dons espirituais são manifestados direto da operação e da presença do Espírito Santo na congregação. Deus opera tudo em todos (1Co 12.6), e a manifestação do Espírito Santo é para o que for útil, (1Co 12.7).

 OS DONS É O PROMOVEDOR DE PENTECOSTES NA IGREJA         A igreja em Corinto tinha alguns dons, de forma que Paulo escreveu dizendo: “de maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de Cristo”, (1Co 1.7).Os espirituais representam a manifestação do Espírito Santo na Igreja, sendo o grande chamariz para atrair pecadores ao reino de Deus. Porque os dons anunciam a gloria de Deus no meio do povo resultando em salvação, edificação, santificação e alegria. Nos dias atuais deve–se ter o cuidado de não cair no imitacionismo, isto é, boa parte dos pregadores não usufrui comunhão com Deus, não possui o dom do Espírito Santo, mas deseja que seja feito o milagre enquanto prega, e acaba imitando quem é usado por Deus, causando muita decepção aos crentes e incredulidade nos não crentes. Se não tenho o dom de profetizar, por que venho dirigir-me ao povo querendo proferir inverdades, coisas que Deus não falou, nem concorda que eu venha falar? Isto é imitação, e causa esfriamento na igreja.

QUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS - Dentre as insondáveis riquezas espirituais que Deus coloca a  disposição de sua igreja, destaca-se os dons, a ação sobrenatural do Espírito Santo. Os quais são descritos nas epístolas como agentes de poder, vitória, unção, e vida da parte de Deus na congregação dos fiéis. 

1. PALAVRA DA SABEDORIA (porque a um é dado a palavra da sabedoria, 1Co 12.8). A Palavra da Sabedoria é a capacidade sobrenatural de falar, agir e saber em situações de emergências. Por si só, no entanto o dom é uma mensagem, proclamada ou declarada de sabedoria. E não significa que os que ministram a mensagem sejam necessariamente mais sábios que os outros. Até porque a nossa fé não depende da sabedoria humana, (1Co 2.5); a palavra da sabedoria é dada por Deus, (Lc 21.15); Tiago declara que se alguém tem falta de sabedoria peça a Deus que dá (Tg 1.5). Necessariamente o texto de Tiago não menciona o dom em particular, mas não tira a convicção que é Deus quem dar a sabedoria, o Espírito Santo é quem ensina-nos, (Lc 12.12). O entendimento das escrituras sem auxilio é uma operação da Palavra de Sabedoria.

2. PALAVRA DA CIÊNCIA (...e a outro pelo mesmo espírito é  dado a Ciência, 1Co 12.8)  A Palavra da Ciência se traduz por conhecimento. Ciência é a capacidade de se conhecer as profundezas e os mistérios de Deus quando estão em oculto. O conhecimento pode incluir os segredos no Senhor, como por exemplo, revelar os planos do rei inimigo (2Rs 6.12), ou pecados secretos, que por sua vez existam na congregação, nos reinos, nos palácios, (2Sm 12.6-7), assim como manifestar os segredos oculto, a exemplo do pecado de Ananias e Safira, (At 5.3-5); os encantos de Elimas, (At 11.4-12), os pensamentos do coração dos homens, (Mc 2.8). A ciência desvenda o querer de Deus, para o seu povo antes de seu acontecimento.

3. DOM DA FÉ (... a outro pelo mesmo Espírito a fé... 1Co 12.8). A Fé é a convicção extraordinária de crer. Oração fervorosa, alegria extraordinária, coragem incomum manifestam e acompanham o dom da fé. Não é como a fé para a salvação, mas uma fé especial para a realização de ato sobrenatural. A fé milagrosa que opera em situações ou oportunidade especial. Tal como o confronto de Elias e os profetas de Baal, (1Rs 18.33-35), a capacidade de inspirar fé noutras pessoas, também recebem a menção do dom da fé, (At 27.23-25).  O

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milagre dos apóstolos na porta da Igreja Formosa é fruto do dom da fé (At 3.1-8), ato sobrenatural e prodígios sem explicação realizado por Paulo, é operação do dom da fé, (At 14.8-11), milagres falam por si, que são manifestação e operação da fé milagrosa, (At 19.11-17).

4. DONS DE CURAR (...e a outro pelo mesmo Espírito, os dons de curar, 1Co 12.9). Não se trata de apenas um dom, mas são os dons de cura. Há tipos de variações no dom de cura, isto é, Deus age conforme algumas condições:<!--[if !supportLists]-->a. <!--[endif]-->A fé existente em quem vai ministrar;<!--[if !supportLists]-->b.<!--[endif]-->A fé existente no doente, que vai ser curado;<!--[if !supportLists]-->c.                        <!--[endif]-->Vontade especifica de Deus;<!--[if !supportLists]-->d.                       <!--[endif]-->Vida consagrada de quem vai ser usado no dom.Dons de cura são capacidade sobrenatural de curar as pessoas de enfermidades adversas. Estes dons são concedidos à igreja para restauração da saúde física por meio divino e sobrenatural, (Mt 10.1,7,8). Dons indicam curas de diferentes enfermidades. Os dons de cura não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo, (1Co 12.11-30), todavia todos os crentes podem orar pelos enfermos e havendo fé, os mesmos serão curados milagrosamente. Enéias foi curado milagrosamente pelo poder sobrenatural de Deus sem necessidade de sua ajuda, Pedro se aproxima deste e diz: Enéias, Jesus Cristo te dar saúde, At 9.33,34. Na mesma hora o Paralítico de oito anos se levantou totalmente restaurado e glorificando a Deus. O que temos aqui é operação do ministério de cura, realizado para cumprimento da palavra de Cristo. Quando ainda estava com seus discípulos, Jesus disse: (Em meu nome... imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão, Mc 16.17,18). A igreja continuou o ministério de cura que Jesus exercera, em obediência à sua vontade. O milagre aqui foi realizado mediante a fé em nome de Jesus Cristo (At 3.6), operando através de Pedro o dom de curar, (1Co 12.1,9). Pedro declarou que não tinha prata nem ouro, mas que daria ao mendigo coxo,era algo muito mais valioso. Na oração de agradecimento e intercessão pelos livramentos, os discípulos louvaram a Deus porque a cura estava presente e visível nas ministrações dos apóstolos (enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus. At 4.30).

5. OPERAÇÃO DE MARAVILHAS – 1Co 12.10, “e a outro, a operação de maravilhas”; A Operação de Maravilhas é uma capacidade sobrenatural para a realização de atos que vão além da capacidade humana, inclusive de compreensão. Este dom está relacionado a proteção, provisão, alteração de circunstancias, expulsão de espíritos da mal, e ao juízo. Apesar de os dons só serem relacionados e distribuídos na nova dispensação há acontecimentos sobrenaturais na era veterotestamentária com impacto de dons de maravilhas.

<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->O mar vermelho abrindo-se de forma maravilhosa, Ex 14;<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->O mar quando vira algo sólido, Mt 14.25;<!--[if !supportLists]-->3.      <!--[endif]-->A sombra de Pedro demonstrando poder, quando enfermos

eram curados e pessoas oprimidas eram libertas, At 5.15.O dom de Maravilha é atual, é necessário buscar em Deus a manifestação, para Ele crie, coisas que não existem e que se faça necessário.

6. DOM DE PROFECIA – (Co 12.10; 14.1) a palavra de Deus sugere que todos sejam profetas. Isto é, que todos anunciem a Cristo debaixo da inspiração do Senhor, (Nm 11.26-29). Profecia provem do latim “prophetia”, revelação inspirada, sobrenatural debaixo da unção de Deus. O dom da profecia é a habilidade sobrenatural de transmitir a mensagem de Deus através da inspiração do Espírito Santo (1Co 14.39). No âmbito do Novo Testamento, a profecia oriunda deste dom pode ser definida como uma mensagem momentânea sobrenatural, cuja função presidida é a edificação, consolação, exortação, (1Co 14.3-4). Entre os dons espirituais, o dom de profecia aparece com mais destaque, isso não quer dizer, que os outros sejam inferiores, mas o apóstolo Paulo deslumbra-o por dois capítulos, quando escreve a igreja em Corinto, 12 e 14. Parece caracterizar que este dom é aplicado de forma contundente, ao transmitir a palavra de Deus com impulso profético, isto pode ser aplicado como o dom de profecia. Não confundir certos atos de descontrole emocional com profecia. - Outra vez enquanto ministrava, vi, uma senhora com as mãos na cabeça de outra, amassando o cabelo da irmã, e pulando e falando em língua.

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Deduz-se, duas coisas no caso: Uma; a irmã recebeu o dom de interpretar, assim entendia o que a outra falava, e, ou a senhora apenas estava cheia de emoção, e pensou que podia fazer massagem na cabeça da outra. “isto é normal em cultos pentecostais”. ?O profeta tem uma finalidade, que é predizer acontecimentos inspirados pelo Senhor, (At 21.10,11; 1Co 14.3), não massagem de relaxamento no corpo nem no coração. Alguns textos sobre o assunto para reflexão: At 13.1; 1Co 12.28; 1Co 14.24; Ef 4.11.

Há três tipos de mensagens proféticas. 1. Mensagem divina – quando Deus fala através do profeta, há uma testificação no coração, não só do receptor, mas todos quanto ouvem Deus falar  sentem ouvir a voz do Senhor, (Sl 29);

2. Mensagem humana – as vezes o homem por sentir a presença de Deus, acha que já pode sair profetizando, e sabemos que não é assim, a mensagem tem que ser divina e não apenas do coração do homem, as vezes até conhecendo o problema, e assim esmera-se em ser profeta a qualquer custo. As aparências enganam.

3. Mensagem do maligno – com o propósito de tomar parte na vida das pessoas, o diabo, também tem seus profetas, e vez por outra vem aos cultos para disseminar suas doutrinas malignas. A profecia do mal é espantosa, e amedrontadora. Há quem fale em nome de Deus e não tem nada de Deus, At 16.16-18, são servos de satanás. Veja os profetas de Deus como falaram: At 11.27,28; 21.9-11. Deus está recrutando profetas para os últimos dias, At. 2.17. Fica claro que nessa nova dispensação há uma manifestação e uma atuação do oficio da profecia.

Há diferença entre o oficio e o dom de profecia? Bem, o dom é uma atuação sobrenatural de Cristo naqueles que recebem o Espírito Santo, enquanto que o oficio é a incumbência de anunciar, não o desejo humano, mas a vontade de Deus.

Objetivos básicos do dom de profecia<!--[if !supportLists]-->1.      <!--[endif]-->Manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas

relações com seu povo;<!--[if !supportLists]-->2.      <!--[endif]-->Declarar os seus propósitos em momentos de crise

espiritual,e como sobressair dos tais; <!--[if !supportLists]-->3.      <!--[endif]-->Visando a preservação das alianças e concertos

estabelecidos sem se desviar deles. Para alguns o dom de profecia está limitado aos pastores, haja visto, o texto de Paulo à igreja em Éfeso, que serve de referencial ao ministério de forma direta, (Ef 4.11).

7. DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS (1Co 12.10)      O Discernimento de espíritos é a capacidade acima do normal de se distinguir as várias fontes de manifestação espiritual. O mundo está cheio de falsificadores, produtos piratas, imitações generalizadas, e enganos, e a igreja tem sofrido também com pessoas enganosas, (piratas), falsos profetas, pregadores que enganam, somente com detector de espiritualidade e detector de mentiras e falsidades é que a igreja não se deixará seduzir por tais “rackers” espirituais, (1Tm 4.1-3).O dom discernimento tratar-se de uma percepção sobrenatural, e reveladora, pela qual é detectada a procedência da manifestação, se divina ou não. Sem o dom do discernimento a igreja é presa fácil dos falsos anunciadores de mensagens de satanás, dizendo ser de Deus, (Mt 24 4,5,11; 1Jo 2.18). Atos é cheio de momentos que os crentes tiveram que usar do recurso espiritual (discernimento) para entender o que estava acontecendo, caso contrario, a vaidade espiritual e a soberba da vida manchariam a fé dos servos de Deus. (At 13.6-12; 16.16-18).

8. VARIEDADE DE LINGUAS (1Co 12.10) – O Espírito Santo manifesta a Variedade de Línguas com a finalidade de demonstrar a presença de Deus no ambiente. Há crentes que recebem o batismo no Espírito Santo, com confirmação das línguas, e não recebem a variedade. O falar noutras línguas, ou a glossolalia era entre os crentes do Novo Testamento, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (At 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.Essas línguas (glossolalia) podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, “línguas... dos anjos” (1Co 13.1); A língua falada através deste dom não é aprendida,

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e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (1Co 14.14), como pelos ouvintes (1Co 14.16). O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (1Co 14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente. No dia de pentecostes, registrado em Atos 2, os discípulos de Cristo, receberam línguas estranhas “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo...” (v.3) “e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. (v.4); e ao mesmo tempo falaram em línguas normais, “...porque cada um os ouvia falar na sua própria língua”. (v.6).

9. DOM DE INTERPRETAÇÃO DAS LINGUAS (1Co 12.10) – a Interpretação das Línguas está relacionado aos dons verbais, dons de adoração, como menciona o Dr. Stanley M. Horto. Este se trata de mais uma capacidade sobrenatural do Espírito Santo sobre os que desejam de Deus os bens espirituais, com a finalidade da interpretação de línguas faladas em cultos avivados, que as pessoas deixam se encher do Espírito Santo, com o propósito de que o interprete manifeste ao povo o que Deus está falando através das línguas estranhas.             Que essa manifestação venha acontecer hoje, nos dias que vivemos, e sejam revelados todos quanto estão sendo usados por Deus e os que não são. O objetivo é que seja transmitido a interpretação da mensagem de Deus ao povo, e todos sejam edificados. A mensagem interpretada para a igreja reunida pode conter ensino sobre adoração, oração respondida, exortação de Deus à presentes, como pode ser uma mensagem para toda congregação. A interpretação pode vir através do que falou as línguas ou por um interprete; Paulo diz: e quem fale em línguas ore para que possa interpretar, (1Co 14. 6;13; 14; 26; 27.).             Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1Co 14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja. Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (1Co 14.27,28;) Os dons do Espírito Santo são uma fonte de grandes tesouros, que jorra edificação, conhecimento, despertamento, mas principalmente iluminação às vidas que andam distantes de Deus. Um crente cheio de Deus quer que as pessoas sejam conhecidas pelo Senhor, então este estando cheio vai transmitir porque, como, e para que está cheio. Que o farol de Deus volte a iluminar com a mesma intensidade dos dias dos apóstolos.

Estudo bíblico sobre os dons do Espírito Santo para discipulado

ConsideraçõesO estudo sobre os dons do Espírito Após estudarmos sobre as obras da carne e fruto do Espírito, iniciaremos a partir desta aula um estudo sobre os dons do Espírito Santo.Este estudo não visa uma descrição detalhada de cada dom, pois isto seria impossível, mais

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antes, enfatizar a diferença entre os dons sobrenaturais, talentos e ministérios, mostrar a importância dos dons para a igreja, ensinar o porquê dos dons existirem e amadurecer a igreja quanto à manifestação dos dons evitando toda operação da carne.Você deve estar lembrado que começamos o nosso discipulado aprendendo as doutrinas básicas do cristianismo, depois vimos sobre o fruto do Espírito e agora sobre os dons; este programa não foi feito ao acaso, mais por ser importante para a salvação uma vida frutífera e importante também antes de se buscar os dons, buscarmos transformação de caráter.Nosso estudo será ao nível de discipulado, sendo, portanto, parte de um programa para novos convertidos.Aula nº 1- Assunto: Introdução ao estudo Nesta aula iremos estudar sobre os diferentes dons concedidos por Deus.O significado da palavra dom Antes de pedir que o Senhor lhe conceda dons, primeiramente você deve pedir a ele que lhe dê conhecimento a respeito do assunto.Vou usar uma ilustração que vai mostrar a você o porquê disto: suponha que uma criança recebeu os poderes de um super-herói; já imaginou que bagunça ela faria? Assim é um crente que alega possuir dons e não passa de uma criança espiritual.A palavra dom significa dádiva, algo que é dado gratuitamente independente de merecimento; logo os dons são frutos da graça generosa de Deus e da sua infinita misericórdia.O DOM É ALGO QUE PROCEDE DA GRAÇA DE DEUS, PORTANTO, JAMAIS SERÁ CONCEDIDO POR MÉRITO DE HOMEM ALGUM!Querido irmão, no sentido literal da palavra, tudo o que possuímos é dom de Deus!Veja os exemplos abaixo:A vida eterna é um dom de Deus  (Jo 3. 16)O amor é dom de Deus (Rm5.5)A fé é um dom de Deus (Ef 2.8)A salvação é dom de Deus (Tt 2.11)O ministério é dom de Deus (Ef 4.11)Os nossos talentos são dons de Deus (Mt25.14-30)As manifestações sobrenaturais do Espírito são dons de Deus (ICo12.7)Tudo o que somos ou temos é dom de Deus no sentido literal da palavra.A diferença entre as dádivas que Deus concede aos homens Vimos o que é dom em um sentido amplo, no entanto, podemos distinguir as várias dádivas que Deus nos concede. Iremos aprender o que são os dons sobrenaturais em um sentido mais restrito.Dons sobrenaturais são as manifestações do Espírito Santo que mostram a sua presença e edificam os cristãos.Vejamos a diferença entre dons sobrenaturais, ministérios e operações baseado em I Coríntios, capitulo 12, versículos de 4 a 6.Neste texto podemos observar coisas importantes:I)A presença da trindade:v.4 Espírito; v.5 Senhor Jesus; v.6 Deus Pai Notamos ainda que o Espírito está ligado aos dons, pois estes são manifestações sobrenaturais da sua presença em nossa vida; logo, somente possui dons àqueles que são salvos.Os ministérios são diferentes dos dons e estão ligados ao senhorio de Cristo, pois ele é o cabeça da igreja, embora tenha colocado autoridades que administram o seu rebanho (exemplo de ministérios Ef 4.11).As realizações(operações) estão ligadas ao pai, e isto por ele tratar a todos como filhos e sempre estar agindo de alguma forma em nossa vida. Deus também opera na vida do ímpio, entretanto, não como filhos, mais como Deus criador; todos os seres humanos são criaturas de Deus, mais somente os salvos são filhos de Deus ( Jo1.12, Mc16.15); ainda assim, Deus ama o ser humano, embora muitas vezes ele não reconheça o agir de Deus.

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II)No versículo 7 de I Coríntios 12, vemos o objetivo dos dons: para o que for útil, logo, dom não é brincadeira ou meninice, o Espírito concede dons sempre com o propósito de edificar a sua igreja!Dons sobrenaturais e talentos Existe uma diferença entre os dons sobrenaturais e os talentos. Embora ambos sejam dados pelo Senhor, os dons do Espírito são inerentes aos salvos, enquanto que os talentos fazem parte de todos os homens, independente de serem cristãos ou não.Todo ser humano nasce ao menos com um talento; depois de conhecer a Deus, devemos usar este talento para o reino do Senhor.Exemplos: existem pessoas que possuem um grande talento para fazer roupas, outros possuem talento para tocar instrumentos musicais, etc...            Talentos são capacidades naturais dadas por Deus.

Conclusão:Nesta aula aprendemos coisas importantes sobre os dons, a saber:

1. Tudo o que temos é dado por Deus 2. Os dons sobrenaturais são diferentes dos ministérios e operações

3. Os dons sobrenaturais são diferentes dos talentos

4. Somente possui os dons do Espírito àqueles que são novas criaturas

5. Os dons do Espírito são concedidos para edificação

Assunto: Os três grupos de dons sobrenaturais e como buscar os dons Introdução: Nesta aula iremos estudar os diferentes grupos existentes de dons sobrenaturais. Você perceberá que os dons contidos na lista de I Co 12.4-6 podem ser agrupados em três tipos diferentes.    Durante o estudo, você aprenderá também a pedir os melhores dons.A divisão dos dons sobrenaturais Iremos agrupar os dons para que você tenha uma visão global da ação destes dons.Podemos classificar os dons sobrenaturais de I Co 12.4-6 da seguinte forma:Dons do saber, dons de poder e dons de locução.

Os dons do saber mostram a magnificência da mente do Senhor; os dons de poder revelam a autoridade soberana do Senhor e os dons de locução mostram a vontade e a presença do Senhor.Observe a tabela abaixo:

DONS DO SABER DONS DE PODERDONS DE LOCUÇÃO

(OU VERBAIS)

Sabedoria Fé Profecia

Ciência Dons de curar Línguas estranhas

Discernimento de espíritos Dom de operação de

maravilhasInterpretação de línguas

Sabendo buscar os dons Sabemos que os dons não são concedidos por merecimento, isto, porém, não exclui a necessidade de crermos que eles são para o dia de hoje, nem tão pouco nos exime da necessidade de pedi-los a Deus. Iremos receber pela vontade soberana de Deus e não por termos pedido de modo a merecermos e “obrigarmos” ao Senhor a nos conceder (lembre-se de

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que ele é o Senhor e você o servo!). Este pedir, no entanto, deverá ser com fé Tg 1.6 (crendo que Deus concede os dons ainda hoje e o deseja fazer), e devemos saber como pedir Tg 4.3, ou seja, não uma fórmula mágica para pedir e sim pedir sabendo qual à vontade de Deus para a igreja e para a minha vida.Procurando os melhores dons A Palavra de Deus encerra I Co 12 com o versículo 31 dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons. E agora eu vos mostrarei o caminho mais excelente”.(Ed. Almeida Contemporânea). Analisando este texto, descobrimos:Procurai com zelo = devemos buscar e vigiar nesta busca, não desistindo e sempre pedindo a Deus que manifeste os seus dons na igreja, pois isto é importante....os melhores dons = Você deve estar perguntando: Quais são os melhores dons? Vejamos: Partindo do propósito dos dons (para o que for útil I Co 12.7; para a edificação I Co 14.26; para a congregação antes de ser para cada um individualmente I Co 12.27; 14.4), chegamos a conclusão que os melhores dons sempre serão aqueles que edifiquem mais a minha igreja local; justamente  os que forem mais úteis para consolo, amadurecimento e encorajamento dos meus irmãos. Isto é uma questão de amor!Como exemplo deste princípio, vemos no capítulo 14, versículos de 1 a 5, da carta citada nesta aula, que o dom de profecia é superior ao de línguas estranhas devido ao fato do primeiro edificar a igreja e o segundo edificar ao crente individualmente.Quando busco algum dom, sempre devo pensar na unidade do corpo de Cristo e jamais em satisfazer o meu ego, pois isto seria pecado!Os dons e o amor Visto o que vimos anteriormente, chegamos também a seguinte conclusão:

Don sem fruto é obra da carne!

Preste bem a atenção na última parte do versículo 31 de I Coríntios 12: “E agora eu vos mostrarei um caminho mais excelente”.Quando lemos o capítulo 13 de ICoríntio, Paulo passa a explicar que caminho mais excelente era este do qual ele falava e descobrimos que toda manifestação sobrenatural na igreja deverá ser movida pelo amor. O caminho mais excelente, ou seja, o melhor caminho, o que deve ser buscado primeiro é o amor de Deus. Em outras palavras, primeiramente devemos ter uma vida abundantemente frutífera e então, buscarmos os dons do Espírito; desta forma saberemos pedir o dom certo!Conclusão:Aprendemos nesta aula a classificar os dons sobrenaturais dentro de três grupos diferentes: saber, poder e locução.Vimos ainda neste estudo que os dons devem ser buscados dentro do princípio do amor de Deus conforme nos ensina a sua Palavra.Na próxima aula estaremos analisando o primeiro grupo de dons sobrenaturais.

Assunto: Os dons do saber Texto: I Co 12.7-10Introdução:Nesta aula iniciaremos o estudo de cada um dos grupos de dons. Cada um destes grupos mostra um atributo de Deus.Os dons do saber mostram a onisciência de Deus;Os dons de poder mostram a onipotência de Deus e;Os dons de locução mostram a onipresença de Deus.Estaremos estudando hoje o primeiro grupo de dons chamado dons do saber.Este grupo é formado pelos seguintes dons: sabedoria, ciência e discernimento de espíritos.I) A Palavra da Sabedoria Este é o primeiro dom encontrado na lista de I Co12.8. Não adianta ter os outros dons se não houver sabedoria para utiliza-los. Para que você compreenda o que eu acabei de dizer, lembre-se que para entregar uma revelação do Senhor, precisamos saber como entregar, o momento, a hora, etc...

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A sabedoria é extremamente necessária no trabalho de aconselhamento, disciplina, julgamento e no trato com as pessoas. A sabedoria aplica a revelação dada pelo Espírito Santo a situações diferentes. Exemplo: A sabedoria dada ao rei Salomão é colocada em prática em I Rs 3.15-28; ver ainda At 6.10. Este dom é extremamente necessário àqueles que administram a igreja. Um pastor, por exemplo, deve pedir este dom ao Senhor, pois é necessário ter uma sabedoria sobrenatural para agir e decidir diante das mais variadas situações.           Como você pôde perceber, o dom da sabedoria está ligado com ação, ou seja, é agir como Cristo agiria diante de determinada situação; é ter a mente de Cristo!Visto que Cristo é a sabedoria de Deus (I Co 1.17-31; 2.6-8), ter sabedoria é pensar e agir como Jesus.Como todos os dons, a palavra da sabedoria não é adquirida através de esforços humanos, mais esta sabedoria é algo sobrenatural, é uma sabedoria que vem da ação do Espírito de Deus, por isso ela deve ser pedida (Tg 1.5,6).A Bíblia nos ensina que esta sabedoria deve ser buscada e desejada (ver Provérbios, caps 8 e 9).  No livro de provérbios, podemos perceber claramente Jesus como a verdadeira sabedoria viva.Vemos esta sabedoria acessível e desejosa de ser adquirida por todos os homensO dom da palavra da sabedoria não deve ser confundido com o da palavra da ciência que estudaremos agora.II) A Palavra da Ciência A palavra ciência significa conhecimento, daí este dom em algumas traduções ser chamado de Palavra do Conhecimento (I Co 12.8).Trata-se da revelação dada pelo Espírito Santo com relação às verdades bíblicas.É a compreensão do pensamento de Deus.Devemos notar que é palavra da ciência e não apenas ciência, assim como está escrito: palavra da sabedoria e não apenas sabedoria; isso nos leva a compreender que a palavra da sabedoria é um modo sábio de falar e a palavra da ciência uma declaração que as pessoas possam entender e compreender com relação ao pensamento divino. Quero deixar bem claro, quanto aos dons do saber, que eles estão interligados e que não adianta pedir nenhum destes dons se não lermos a Palavra de Deus. Dom não se adquire por esforços humanos, entretanto, se não amamos a Bíblia, como Deus aplicará a sua Palavra seja na sabedoria, ciência ou discernimento de espíritos?Voltando a ciência, o primeiro beneficiado pela revelação é a própria pessoa a quem ela é dada; mais, lembre-se: Deus jamais irá revelar algo que não seja conforme os padrões contidos na sua Palavra.Palavra da Ciência não é “bisbilhotar” a vida dos outros; não é espírito de adivinhação!!!Somente com a ação do Espírito Santo em nossos corações é que passamos a conhecer mais profundamente a Deus e compreendemos os seus mistérios. É dever do cristão buscar conhecer ao seu Deus cada vez mais (Os 6.3). Este conhecimento deve ser transmitido.Como eu havia dito anteriormente, o dom da palavra da ciência edifica primeiramente a própria pessoa interiormente, e depois, edificará o corpo do Senhor.Aquele que tem intimidade com Deus e o conhece; pedirá ao Senhor, e receberá do Espírito, a revelação dos seus mistérios; para tanto, será necessário ter uma vida de comunhão com o Senhor.O apóstolo João; recebeu de Deus a revelação de coisas que aconteceriam no fim dos tempos!

O dom da ciência traz também à luz da igreja mistérios ocultos para a edificação do corpo do Senhor. Esta ciência também pode trazer fatos contidos no coração das pessoas, haja vista, o Espírito Santo ser onisciente e sondar todas as coisas, porém, certamente, isto ocorrerá apenas para edificação da igreja e sempre de acordo com a Palavra de Deus (devemos lembrar ainda da necessidade de sabedoria para entregar a revelação de Deus).III) O Discernimento de Espíritos I Co 12.10 Este dom é extremamente necessário nos dias atuais, nos quais, a operação do engano se

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intensifica cada vez maisÉ o dom pelo qual podemos distinguir:1)As operações espirituais dentro da igreja durante toda e qualquer reunião;2)As operações espirituais no cotidiano;3)A voz de Deus e a carne;4)A voz de Deus e a do Diabo.Através do discernimento diferenciamos a operação do erro e a da verdade, o engano e a sinceridade, etc...Não devemos crer cegamente em toda manifestação que ocorre à nossa volta (I Jo 4.1). Um exemplo disso está na passagem do livro de Atos, no capítulo 16 , versículos de 16 ao 19 .Olhando despercebidamente podemos achar que aquela mulher estava falando uma verdade; realmente Paulo era um servo de Deus, no entanto, aquele espírito de adivinhação queria que as pessoas pensassem que a mulher estava revelando algum mistério.No caso de Ananias e Safira (At 5), houve uma combinação de vários dons; ciência, discernimento e maravilha.O inimigo sempre tenta inverter e distorcer a Palavra de Deus. Devemos ter cuidado e discernimento para não sermos enganados. O que parece certo, muitas vezes pode ser errado! Se não ouvirmos a voz de Deus, depois iremos querer culpar ao Senhor por nossa negligência!IV) Conclusão Aprendemos hoje sobre os dons do saber e a sua necessidade principalmente para àqueles que administram a casa de Deus.Vimos também que a sabedoria está ligada com ação. A ciência é a revelação dada pelo Espírito Santo de verdades bíblicas e também de mistérios ocultos, bem como circunstancias referentes à igreja e a pessoas. O discernimento de espíritos é a capacidade de distinguir entre as manifestações de Deus, da carne e do diabo.Na próxima aula entraremos no grupo dos dons de poder.

Assunto: Os dons de poder (parte 1)Texto: I Co 12.9 Introdução:Nesta aula estaremos estudando mais um grupo de dons do Espírito Santo, chamado de dons de poder. Este grupo engloba os seguintes dons: fé, operação de maravilhas e os dons de curar.Para iniciarmos esta aula é necessário que os irmãos compreendam o que significa poder. Poder não é gritaria, pular alto, falar em línguas ou ver sinais miraculosos. A palavra poder significa autoridade.Trazendo para o nosso assunto, os dons de poder são aqueles que mostram a soberania de Deus; a sua autoridade sobre as forças da natureza, sobre o ser humano.Enfim, mostram a onipotência de Deus.Quando a Bíblia nos diz que o Senhor nos deu poder, significa que ele nos conferiu autoridade!I)O dom da fé Este dom é o que impulsiona os demais dons e, em especial, os outros dois dons do grupo. Não se trata da fé que tivemos no sacrifício de Jesus para sermos salvos. Também não se trata da fé comum e necessária a todo cristão como fruto do Espírito Santo que prova sermos realmente novas criaturas e que aceitamos verdadeiramente ao Senhor Jesus como nosso salvador.A fé necessária para a salvação; todo crente teve. ( Jo 3.16)A fé, fruto do Espírito Santo, todo aquele que é salvo tem que ter! ( Hb 10.35-39 ; 11.6)A fé sobrenatural, como dom do Espírito Santo; nem todo crente possui! ( I Co 12.9) É sobre este tipo de fé que o apóstolo Paulo fala em I Co 13.2 .Ter o dom da fé significa crer que o Senhor Jesus opera milagres ainda hoje, é crer que o Senhor cura as enfermidades, é colocar em prática a autoridade que nos foi conferida pelo Senhor. Devemos ter fé que os dons do espírito Santo conferidos a Igreja são para os dias de hoje e, portanto, se manifestarão na igreja e em nossa vida.Veja os seguintes textos: Mt 8.13; 9.29,30

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                                        Mc 9.23; 11.22-24                                        Lc 8.41,42,49-55; Jo 11.40Nestes exemplos vemos pessoas que creram no poder de Deus.É necessário crer no poder de Deus para que ele possa operar maravilhas (Tg 1. 6,7).

O dom da fé é a capacidade sobrenatural dada por Deus para vencer barreiras e realizar proezas em nome do Senhor!O Espírito Santo pode efetuar coisas poderosas em favor da igreja, tanto quando está reunida, ou quando se expressa diante do mundo!   Devemos por isso, crer que o Senhor fará as mesmas proezas através da nossa vida, crer na autoridade que nos foi confiada! Os dons de poder estão intimamente ligados, por exemplo: Se vou orar por um enfermo, devo ter fé que ele será curado!Agora leia os exemplos a seguir: Em Mt 17.14-20, os discípulos não expulsaram o demônio por causa da pequena fé.Em Mc 16.17,18, Jesus conferiu sinais do seu poder pela ação do Espírito Santo a sua igreja; portanto é necessário crer que este poder nos é conferido ainda hoje!A igreja no livro de Atos possuía esta fé! Leia alguns exemplos em: At 3.1-12; 5.12-16; 8.5-7; 16.16-18;28.1-10.Existem pessoas que possuem um poder de fé incomum, dedicando-se, portanto, de um modo incomum, que pode ser traduzido por fé sobrenatural, a ponto de não parar jamais e sempre avançar em direção a grandes conquistas para o reino de Deus.II)Os dons de curar Primeiramente quero dizer-lhes que o texto traz “os dons de curar” e não “o don de curar”. Isso se deve ao seguinte fato: existem várias formas do Espírito de Deus agir com relação à cura, porém devemos reconhecer que sempre será o Senhor que age, pois a nossa vida está em suas mãos. Além deste detalhe, deve-se levar em conta as inúmeras doenças que afligem o homem, seja no seu corpo, alma ou espírito.Jesus é o médico dos médicos por excelência. Por onde ele ia, uma multidão de enfermos era trazida até ele e os curava! ( Mc 1.33,34 ; Lc 4.40,41; Lc 6.17,18 )Jesus empregou várias formas diferentes de cura de acordo com o coração de cada pessoa, objetivo, circunstância ou ensino que desejava aplicar, no entanto, todas as vezes que ele curava alguém sempre era para que o nome do seu pai fosse glorificado.

Toda cura deve ser para que o nome do Senhor seja glorificado, a igreja edificada e os homens dêem glorias a Deus ou aprendam algo; caso contrário Deus não operara através deste dom!   IIA)Os diferentes métodos de curaJesus aplicou lodo sobre os olhos de um cego (Jo 9.1-7), entretanto em outro ele apenas ordenou que ele visse ( Mc 10.46-52). Com o centurião ele apenas ordenou a cura de longe (Mt 8.5-13), com o leproso e os dois cegos, ele tocou ( Mt 8.1-4; 20.29-34).Hoje não é diferente, podemos orar e a pessoa ser curada imediatamente, ou após alguns dias. Podemos ainda orar e Deus usar das mãos de um médico para agir desde que o nome do Senhor seja sempre glorificado.Muitas vezes oramos à distância, outras vezes por imposição de mãos. Algumas vezes ungimos com óleo, outras não!Deus opera nos dias de hoje como no passado, ele é o mesmo!IIB)Nos evangelhos vemos por várias vezes que as curas traziam um ensino             Exemplos:Jesus superior ao sábado- Mt 12.9-13Sua autoridade como Filho de Deus- Em Jo 11, no episódio da cura do cego de nascença, Jesus procurou mostrar a sua divindade (vs.35-38)Sua realeza- Mt 9.27-29Muitas outras curas poderiam ser citadas como exemplo de ensino, bem com milagres poderosos, mais creio que já é o suficiente para entendermos.IIC)Jesus curou diferentes doençasCegueira, surdez, febre, coxo, aleijado, lunático, corcunda, hemorragia, mudez, paralítico, mão

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ressequida, lepra, orelha restaurada, etc...O Espírito Santo, do mesmo modo, nos deu poder sobre toda e qualquer enfermidade!Conclusão:Iniciamos hoje o estudo do 2º grupo de dons chamados “dons de poder”. Aprendemos que estes dons demonstram a onipotência de Deus e este grupo é composto dos dons da fé, os dons de curar e o dom de operação de milagres.Estudamos que o dom da fé impulsiona os demais dons de poder e que este dom é diferente da fé que tivemos para a salvação, bem com da fé como fruto do Espírito Santo.Iniciamos ainda o estudo dos dons de curar e vimos que este dom tem esse nome devido aos vários métodos de cura e diversidade de doenças.Por ser um assunto com muitas dúvidas a serem esclarecidas, na próxima aula concluiremos o estudo deste 2º grupo de dons.

Assunto: Os dons de poder/parte 2 Texto: Mc 16.15-18Introdução:I)Os dons de curar/parte 2Na última aula estivemos iniciando o estudo do 2º grupo de dons espirituais; os dons de poder. Terminamos falando a respeito dos dons de curar.Aprendemos que o texto de ICo 12.9 fala “dons de curar” devido às várias formas de cura divina. Quero iniciar ainda nesta introdução, explicando aos amados que, apesar da multiforme maneira de Deus agir, no caso da cura divina, Deus não operará a cura através de um modo que seja contrário a sua palavra.Ex. Na unção com óleo existem igrejas que distribuem óleo para os seus membros saírem ungido a todo doente que vêem pela frente. Isto é uma prática antibíblica, bem como também é errado ungir objetos, fotos ou passar o óleo em qualquer parte do corpo do enfermo. A Palavra de Deus não ensina tal coisa! Estas práticas são impregnadas de sensacionalismo e fazem parte de um espiritismo disfarçado.Recentemente, um presbítero de certa igreja evangélica em Guaratinguetá, precisou ser desligado por estar ungindo as “partes íntimas” das irmãs.A maior fé é aquela que crê sem necessitar de algo visível (Mt 8.5-13)!A unção sobre enfermos na Bíblia é prerrogativa ministerial ( Tg 5.13-15). I.A)Conceituando os dons de curar (I Co 12.9) Os dons de curar são aqueles concedidos aos servos de Deus para edificação da Igreja; pelos quais o Espírito Santo opera a cura sobrenatural. Cura divina é o processo pelo qual Deus, através do seu poder sobrenatural, concede saúde aos homens (corpo, alma e espírito) atingidos por enfermidades. Nem todos em uma igreja possuem os mesmos dons. Como nos outros dons, assim também ocorre com os dons de curar, ou seja, nem todos possuem este dom ( I Co12.30) .Se o Espírito Santo é quem concede este dom, significa que nenhum homem ou poder pode executar a cura de alguém verdadeiramente; significa também que aquele que não tem o Espírito Santo não pode ter este dom.

O diabo não cura ninguém, ele apenas engana; ele é o pai da mentira!   O que ocorre então em um terreiro quando uma pessoa é “curada”? E na igreja católica?No terreiro o Diabo que colocou a doença ( o inimigo tem poder para ferir com doenças) vai retirar a mesma, para que a pessoa perca a sua alma pensando que ele está fazendo algo de bom.Na igreja católica, quando alguém faz uma promessa e fica “curado”, na verdade o inimigo pôs uma enfermidade na pessoa e ele mesmo retirou para que a pessoa pense que os “santos” realizaram um milagre e a sua promessa foi atendida (Deus não divide a sua glória com ninguém).I.B)Por que os crentes ficam doentes? Pelo fato de estarmos ainda neste corpo, sujeito aos

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reflexos da queda de Adão. Um dia, o nosso corpo será transformado e então estaremos livres de toda dor e enfermidade (ICo 15.50-57). Toda a terra igualmente um dia será restaurada e livre de toda enfermidade (Rm 8.18-23).Nem toda a enfermidade vem do inimigo, no entanto, existem enfermidades nos ímpios que são provocadas pelo Diabo (Lc 13.10-17), mais para o inimigo tocar no crente teria que ter a permissão de Deus.Nem todo aquele que está enfermo é porque pecou ( ver os amigos de Jó em Jó 4.1-8,e o cego de nascença em Jo 9.1-3),no entanto, existem pessoas enfermas,inclusive crentes, por causa de pecados que cometeram ( I Co 11.29-31; Tg 5.15,16)!            I.C)Quem deve orar pelos enfermos?            Devemos crer que os dons de curar são para os dias atuais. Todos os cristãos devem crer que podem receber este dom e orar pelos enfermos (Mc 16.15-18), porém na igreja, somente com ordem do pastor, pois caso contrário, virará uma verdadeira bagunça dentro da igreja (I Co 14.40), com todos querendo impor as mãos uns sobre os outros, além do mais, Deus distribuirá os dons de uma forma variada.Os dons de curar não devem ser exercidos de modo irresponsável, precisamos saber o propósito de Deus em cada caso e quando Deus realmente deseja glorificar o seu nome através deste dom.Propósitos da cura: Dentre alguns propósitos que existem na cura, destacamos os seguintes:1)Edificação do corpo de Cristo2)Demonstrar a compaixão de Deus ( com+paixão=sofrer com... Ex. Mt 20.29-34)3)Levar as pessoas a crerem em Cristo ( Jo3.2;11.45 )  4)Glorificar a Deus ( Mt 15.30,31; Lc 13.13)Obstáculos à cura: 1)Motivações erradas Tg 4.3 ( alguns desejam a cura mais do que a Jesus)2)Nossos méritos (acharmos que merecemos ou para sermos exaltados)3)Confiar no irmão e não em Jesus (como se fosse algum homem que pudesse curar)4)Rebeldia (existem alguns que estão enfermos por rebeldia contra Deus)5)Não crer na cura6)Abuso à saúde (não cuidar de si próprio leva à enfermidade)7)Falta de desejo (existem aqueles que gostam de ficar doente para chamar a atenção).II) O dom de operação de maravilhas Este é o 3º dom do grupo de dons de poder.II.A)Definição O que é milagre (maravilha)?1º)Algo sobrenatural( II Rs 4.1-7)2º)Algo que vai contra todas as leis da natureza (II Rs 4.32-37 )3º)Algo que vai contra as leis da química e da física (II Rs 6.1-7)4º)Algo que está acima da compreensão e raciocínio humano (capaz até mesmo de mudar toda a ordem universal Js 10.12-13)5º)Segundo o dicionário, milagre é:

Ato ou coisa extraordinária, prodígio, coisa maravilhosa.Feito extraordinário que vai de encontro as leis da natureza.   O dom de operação de maravilha é a capacidade dada ao servo do Senhor de realizar, pelo poder do Espírito Santo, coisas extraordinárias sem explicação na natureza.Existe uma diferença entre os dons de curar e o dom de operação de maravilhas. Enquanto o primeiro estará sempre relacionado com o restabelecimento da saúde, o segundo atinge a esfera da matéria em geral, sem estar ligado com a saúde de alguém. Embora algumas curas sejam chamadas de maravilhas ou milagres, como por exemplo, a perna de alguém crescer, este milagre manifestou os dons de curar.II.B)Objetivos dos milagres Como todos os dons, não devemos deixar de citar a edificação da igreja e a glória de Deus. Não podemos deixar de lembrar também que os dons de poder mostram a onipotência de Deus, e dentre estes dons, o dom de operação de milagres mostra claramente o poder deste Deus maravilhoso ( Jo 12.10-11).

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Exemplos de milagres: A vara de Moisés transformada(Ex 4.1-5) , o azeite da viúva (I Rs 17.13-16 ), a transformação da água em vinho(Jo 2.7-11), ressurreição de Lázaro (Jo 11.39-44), a multiplicação dos pães(Mt 14.19-21), etc...A ressurreição é um exemplo poderoso de maravilha, não se trata de cura, pois o corpo já está morto!O expelir demônios também é um exemplo de maravilha.II.C)Os falsos milagres Hoje existem falsos milagres como no passado. Cuidado! Existem milagres forjados( Ex 7.11,12 ; II Tm 3.8-9 Janes e Jambres/ A “santa” que chorou, etc...)!Características:Não edificam, são contrários a Palavra de Deus, causam aprisionamento por parte de Satanás e causam confusão ( Mt 7.22,23 ; 24.24,25; II Ts 2.9; Ap 13.13; 16.14).Conclusão Encerramos hoje a parte que trata dos dons de poder. Vimos que este grupo é formado pelos dons da fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas.Aprendemos nesta aula que os propósitos da cura, o que são os dons de curar e os impedimentos para se receber a cura. Estudamos também sobre o dom de operação de milagres e a sua diferença em relação aos de curar. Vimos ainda o que são os milagres e os seus objetivos.Na próxima aula estaremos estudando sobre o ultimo grupo de dons.

Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada/parte1 Texto: I Co12.10Introdução:A partir desta aula iniciaremos o estudo do último grupo de dons, a saber: os dons de expressão verbal inspirada. Estas expressões podem ser compreendidas (profecia), não compreendidas (línguas estranhas) ou interpretadas (interpretação de línguas), no entanto, sempre serão inspiradas por Deus (daí esse grupo ser chamado por alguns, apenas de dons de inspiração).Estes dons mostram a onipresença de Deus.I)O dom de profeciaDom de profecia é a mensagem inspirada de maneira sobrenatural pelo Espírito Santo seja em forma de pregação, instrução, consolo ou exortação.(Obs: A doutrina é diferente de instrução. Na doutrina o ensino é formal e na instrução o ensino é informal, prático).Profecia: É a Palavra de Deus escrita ou falada Pv 29.18; II Pe 1.20,21; Ap 1.3; 19.10; 22.18,19. Em todos os sentidos, como Palavra de Deus, não deve fugir do cânon bíblico.Profeta: Baseado no conceito de profecia, profeta é aquele que transmite a Palavra de Deus. O profeta do novo testamento é diferente do profeta do antigo testamento, pois na nova aliança, toda mensagem deve estar conforme o cânon sagrado, nenhuma profecia poderá exceder os limites do cânon!I.A) Os objetivos da profeciaAlém de não fugir do que está escrito na Bíblia; a profecia não deverá fugir dos seus objetivos, a saber:1- Edificação, exortação (encorajamento) e consolo I Co 14.3,122- Instrução I Co 14.19Por existirem falsos profetas e profecias da carne e do Diabo, devemos compreender que as profecias devem ser analisadas At 17.10,11; I Co 14.29, entretanto, ao mesmo tempo, devemos ter o cuidado de não desprezar as mesmas I Ts 5.19-22; daí a importância de se conhecer a Palavra de Deus em sua totalidade e compreender os objetivos da profecia.II.B) Verdades sobre o dom de profecia e a sua manifestação nas igrejas1- O profeta não está possesso! Deus é maravilhoso! Ele não retira o raciocínio de ninguém e nem tão pouco expõe os seus servos ao ridículo. O Senhor jamais trará uma mensagem a igreja para confusão, ou para expor terceiros. O profeta sabe muito bem o que está fazendo ( I Co 14.32,33).

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Existem muitas meninices a respeito deste dom. Por ignorância, as pessoas crêem que realmente é Deus quem está falando, quando na realidade não é Deus! Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Deus quando me usa em profecia nem sei o que eu falei!”, ou então, aquelas pessoas que saem batendo o pé, rodando a baiana como se estivessem no terreiro, sobem na cadeira, enfim, fazem os gestos mais esquisitos possíveis e dizem que foi Deus que as tomou ou Deus quem mandou; causando não poucas vezes escândalos.2- Como já mencionamos, devemos estar atentos a toda e qualquer profecia, sem que este dom seja desprezado, pois é fundamental para a igreja por se tratar da Palavra do Senhor (ITs 5.20,21).3- O profeta precisa conhecer a Bíblia para que não fique confuso entre o que provém de si próprio e o que provém de Deus. Deve ainda pedir discernimento ao Senhor e sabedoria para falar.4- O dom de profecia é superior ao de línguas I Co 14.5. É de se estranhar a ênfase exagerada que algumas igrejas dão ao dom de línguas, haja vista, que para edificação do corpo, é o menor dos dons.Em contrapartida, o dom de profecia é o dom que mais deve ser procurado I Co 14.1, o motivo está no fato de que aquele que profetiza está falando a Palavra de Deus aos homens I Co 14.3, edificando a igreja I Co 14.4; além dos objetivos que já aprendemos.5- O dom de profecia deve ser exercido com ordem e decência I Co 14.39,40.Não se deve falar mais de um profeta ao mesmo tempo I Co 14.31,32 e no máximo dois ou três em uma reunião I Co 14.29,30 (mais um motivo de se evitar o excesso de oportunidades durante um culto). Isto não contradiz o v. 24, pois nele Paulo manifesta o desejo de que todos tenham o dom.III) Como reconhecer um falso profeta?Pelo fruto! Mt 7.15-20IV) Conclusão:Na aula de hoje começamos o estudo do último grupo de dons. Aprendemos sobre o dom de profecia, sua definição, objetivos e manifestação na igreja.Estudaremos na próxima aula a respeito dos dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.Assunto: Os dons de expressão verbal inspirada /parte 2Texto: I Co 12.10Introdução:Na aula anterior iniciamos o estudo do grupo de dons de expressão verbal inspirada e falamos sobre o dom de profecia. Hoje estaremos aprendendo sobre os dons de línguas estranhas e interpretação de línguas.Este estudo torna-se extremamente importante pelo fato da maior parte das igrejas ditas pentecostais fazerem uma grande “salada” com relação aos dons, principalmente o de línguas estranhas. Segundo afirmam, as línguas são um sinal de revestimento de poder, em outras palavras, somente é revestido de poder aqueles que falam em outras línguas; estes, conforme dizem, são mais capacitados do que os demais crentes para executarem a obra de Deus, sendo este dom requisito nestas igrejas (como, por exemplo, as Assembléias de Deus) para separação de diáconos e ministros em geral. Esquecem que o dom de línguas, no ponto de vista de unidade de corpo, é o menos importante de todos, esquecem ainda que nem todos possuirão este dom (de certo, será que Deus então não deseja capacitar a todos?), e também deixam de lado tudo o que a Bíblia ensina a respeito deste dom.I)O dom de línguas estranhas

É a capacidade sobrenatural dada pelo Espírito Santo para o crente falar em outras línguas desconhecidas pelo próprio locutor, sejam elas estrangeiras (At 2.3,4 e 8-11) ou divinas e angelicais (I Co 13.1).IA-O que não é verdade sobre este dom

Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não selado com o Espírito Santo!

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   Na época apostólica, quando um rei ou uma autoridade enviava uma mensagem ou qualquer carta, para provar a sua autenticidade, colocava-se nesta mensagem uma marca que provaria a sua originalidade. Esta marca era feita por um anel chamado “anel de selar”; a mensagem selada era verdadeira, ou seja, o selo de propriedade do rei estava nela!Do mesmo modo o crente verdadeiro deve ter o selo da posse de Deus sobre a sua vida. O Espírito Santo é que nos dá a garantia de que somos de Deus, portanto, todo crente verdadeiro é selado por Deus, pois tem o Espírito Santo habitando em sua vida (II Co 1.22; Ef 1.13,14; 4.30).

Este dom não está relacionado com o fato de alguém ser ou não batizado com o Espírito Santo!

   Ouvimos ainda a seguinte expressão em certas igrejas com relação ao dom de línguas, quando alguém começa a falar em línguas estranhas, dizem: “-Fulano foi batizado com o Espírito Santo” ou então: “-Fulano foi renovado”.O Batismo com o Espírito Santo e com fogo (que purifica de toda iniqüidade) acontece no momento da conversão. Não é a conversão! Porém ocorre no momento da conversão, pois se trata do derramar do Espírito no coração do crente em toda plenitude. No antigo testamento este Espírito era dado por medida, ele não vinha para habitar no coração do homem definitivamente. No dia de pentecostes, ele foi derramado pela primeira vez sobre os discípulos e então começou a existir a igreja, composta por todos aqueles que mergulharam nesta plenitude. Quem não é batizado com o Espírito Santo, não faz parte da igreja, daí vem o fato de que o Batismo ocorre no momento da salvação e não pode ser uma experiência à parte, pois caso isso fosse verdade, somente alguns que se entregaram a Jesus fariam parte do corpo de Cristo, que é a Igreja! Se o falar em línguas fosse sinal de Batismo com o Espírito, significaria que o raciocínio acima descrito estaria certo, ou seja, quem não fala em línguas estranhas não faz parte da igreja! Isto seria um absurdo! Paulo nos ensina que nem todos falam em outras línguas, ou seja, nem todos possuem este dom (I Co 12.28-31).O fato da evidência do falar em outras línguas relacionado com o Batismo com o Espírito Santo em alguns casos no livro de Atos, está simplesmente na necessidade de se mostrar à igreja recém-nascida que o Espírito Santo foi dado a todo aquele que crer, independente de ser Judeu ou gentio, logo as línguas foram um sinal do derramar do Espírito Santo aos gentios, quebrando todas as tradições judaicas. Não faz parte do escopo doutrinário Paulino a necessidade de se falar em outras línguas para se provar que alguém tem ou não o Espírito de Deus.Existem muitos outros equívocos quanto a este assunto, para tanto, recomendo uma revisão sobre o estudo O Batismo com o Espírito Santo.II.B-A utilidade do dom de línguas estranhasJá estudamos a definição deste dom, agora iremos aprender algumas verdades sobre a sua manifestação.1º)Este dom não é de muita utilidade para a igreja reunida (I Co 14.6-12); este fato é devido ao que fala em línguas, falar com Deus e não com os homens (I Co 14.2); ninguém o entende e, portanto, não edifica a igreja (I Co 14.12). Paulo preferia falar cinco palavras inteligíveis, que dez mil em línguas estranhas dentro da igreja (I Co 14.19). Não entender isto é meninice (I Co 14.20)!2º)As línguas são um sinal para os incrédulos e não para os crentes (I Co 14.22).Quando este dom manifesta-se na presença de incrédulos, há uma evidência de que algo sobrenatural está acontecendo; se Deus não é glorificado, isto será para condenação deles, pois ouviram algo sobrenatural e não creram (sinal no sentido negativo da palavra; veja o exemplo da nação de Israel citado em I Co 14.21, aquela nação desobedeceu a Deus e foi levada ao cativeiro vivendo no meio de um povo estrangeiro, cuja língua não entendiam. Isto deveria ser para eles um sinal do agir de Deus, entretanto não havia arrependimento e então, seria este sinal para a condenação deles). Para o crente, as línguas mostram a presença de

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Deus.No dia de Pentecostes, os incrédulos se escandalizavam com as línguas estranhas e zombavam ( At 2. 13 e I Co 14.23 ). Ao contrário, a Palavra desobedecida trará condenação para os crentes! É um sinal de que Deus falou no meio deles e não creram!(I Co 14.22). A profecia visa trazer o ímpio ao arrependimento (I Co 14.24,25).3º)Paulo não proibiu o falar em outras línguas (I Co 14. 5,18,19,26,39 e 40), ele apenas disse que preferia profetizar e que os crentes deveriam procurar a profecia(ver sobre a verdadeira profecia na aula anterior) primeiramente em relação ao dom de línguas estranhas ( Como podem alguns crentes ficar perturbando as pessoas para que falem em línguas, chegando até a forçar esta manifestação, não passando de obra da carne? ) .4º)A importância das línguas estranhas para o crente está em que as mesmas edificam aquele que as falam (I Co 14.4); inclusive, aquele que recebeu do Senhor este dom deverá procurar exerce-lo preferencialmente nos momentos de intimidade com Deus em oração (I Co 14.15), sem, entretanto, esquecer que não deve o tempo inteiro orar em línguas estranhas, pois neste caso, o seu entendimento ficará sem fruto (I Co 14.14-17).5º)Aquele que recebeu este dom deve pedir ao Senhor o de interpretação de línguas (I Co 14.13).I.C-O dom de línguas estranhas na igreja1º)Somente deverá ser usado para edificação, portanto, deverá haver intérprete (I Co 14.13,26-28).2º)Não deverá atrapalhar o culto (I Co 14.27,33,39e40), deverá falar quando houver momento oportuno. Obs: O irmãozinho cisma de ficar falando em línguas na hora da pregação, atrapalhando o pregador da mensagem e desviando a atenção daquele que ouve.Geralmente não são mensagens em línguas para a igreja e sim orações espirituais que nem sequer trarão algo para a igreja como um todo, mais apenas edificará aquele que ora.Neste caso, quando o irmão se alegrar, ore em línguas em silêncio, ou baixinho, para não desviar a atenção dos demais (I Co 14.28).Dentre os momentos mais propícios para se orar em línguas mais à vontade, estão os cultos de vigílias, nos períodos de louvor e oração. Outro bom instante está nos cultos de oração, entretanto deve-se tomar o cuidado de discernir se alguém tem uma mensagem para a igreja que necessita ser interpretada.II) O dom de interpretação de línguasÉ a capacidade dada pelo Espírito de interpretar as línguas estranhas (I Co 12.10).              Vejam bem, não se trata de uma simples interpretação, mais de algo que foge ao intelecto humano.Diferente da interpretação aprendida em uma escola; é proveniente do Espírito Santo! Para o termo variedade de línguas, o grego traz “geneglosson”, se referindo ao dom de falar em línguas nunca dantes aprendidas pelo locutor. Obs: Glossolalia=falar em línguas (glossa-língua ou linguagem+ lalia-fala);              Genos= tipos ou variedades.Se no dom de variedades de línguas, as línguas nunca foram aprendidas pelo locutor, na interpretação ocorre o mesmo, é algo sobrenatural!II.A)Observações sobre este dom1)Este dom é necessário ao que fala em outras línguas ( I Co 14.12,13,27e28), portanto deve ser pedido para edificação da igreja.2)Ele pode ser concedido também a outra pessoa, não necessariamente ao que possui o dom de variedade de línguas ( I Co 12.10,26).3)Nem todos possuem este dom ( I Co 12.30,26)4)Deve seguir as mesmas ordens com relação a decência existentes nos outros dons (quando há interpretação de línguas, estas se tornam mensagens proféticas para igreja, daí a necessidade de ordem e decência)Conclusão:Encerramos nesta aula o estudo do terceiro e último grupo dos dons encontrados em I Co 12.8-

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10.Aprendemos sobre o dom de línguas estranhas, a sua definição, verdades e mentiras sobre este dom e também como ele deve ser exercido na igreja local. Vimos ainda a respeito do dom de interpretação de línguas, sua definição e observações a respeito dele.ENCERRAMENTO DO ESTUDO SOBRE OS DONS DO ESPÍRITO SANTO.Considerações finais:Espero que você tenha compreendido a importância dos dons na vida do crente e a sua atuação na vida cristã, bem como a importância dos mesmos para a igreja local e a sua manifestação nos cultos.Quando Paulo escreveu I Co 12, a ênfase não era para os dons em si, mais a unidade do corpo de cristo; a importância mútua dos membros e a dependência uns dos outros. O apóstolo não quis trazer uma lista exaustiva dos dons, pois eles são infinitos no sentido da palavra.O capítulo 12 está inserido em um contexto da epístola inteira, e continua precisamente nos capítulos 13 e 14 do mesmo livro, entre os capítulos 12 e 14 está o 13 que fala da supremacia do amor, entretanto a importância deste estudo está nos fatos de que Deus deseja que amadureçamos, compreendamos a sua Palavra e não sejamos mais meninos, tal como os crentes de Corinto por muitas vezes pareciam.Deus abençoe a todos!