semÂntica

Upload: italo-muryllo-tosta

Post on 19-Jul-2015

89 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

AMBIGUIDADE E PARNIMOS

OS SIGNOS LINGUSTICOS SO IMAGENS CONSTRUDAS AO LONGO DA VIVNCIA, ARBITRARIAMENTE , COMPOSTOS EM SEU BOJO POR SONS IMAGTICOS, NORMA E SENTIDO. (Brito)

Tomado nele mesmo, o signo puramente idntico a si mesmo, pura alteridade em relao a qualquer outro, base significante da lngua, material necessrio da enunciao. (Beneviste) Toda significao de signo nasce de um contexto, quer entendamos por isso um contexto de situao ou um contexto explcito, o que vem a dar no mesmo; com efeito um texto ilimitado ou produtivo (uma lngua viva por exemplo), um contexto situacional pode sempre ser tornado explcito. (Louis Hjelmslev)

(...) a expresso e o contedo so solidrios e um pressupe necessariamente o outro. Uma expresso s expresso porque a expresso de um contedo, e um contedo s contedo porque contedo de uma expresso. Do mesmo modo impossvel existir (a menos que sejam isolados artificialmente) um contedo sem expresso e uma expresso sem contedo. (Louis Hjelmslev)

Se se pensa sem falar, o pensamento no um contedo lingstico e no o funtivo de uma funo semitica. Se se fala sem pensar, produzindo sries de sons sem que aquele que os ouve possa atribuir-lhes um contedo, isso ser um abracadabra e no uma expresso lingstica e tampouco ser funtivo de uma funo semitica. (Louis Hjelmslev) FUNTIVO = objeto que tem uma funo em relacionamento a outros objetos.

O signo uma grandeza de duas faces, uma cabea de Janus com perspectiva dos dois lados, com efeito nas duas direes: para o exterior, na direo da substncia da expresso, para o interior, na direo da substncia do contedo. (Louis Hjelmslev)

Valor no se confunde com significao. Significao o resultado da unio significado com o significante. O valor a comparao entre os elementos da linguagem. Apresenta identidades e traos distintivos entre si.

O valor de qualquer termo que seja, est determinado por aquilo que o rodeia(...) (Saussure, p. 135) Os elementos da linguagem s adquirem valor enquanto se opem a outros, enquanto no se confundem com outros; no , portanto, sua qualidade prpria e positiva que os caracteriza, mas, antes, sua qualidade opositiva e seu valor diferencial.(Leroy, 1971:80)

a ao geradora, o recurso que d dinamismo permitindo assim estabelecer comunicao. Destarte, a lngua se faz por oposies.

ONOMASIOLOGIA ESTUDA AS RELAES ENTRE ESTE SIGNIFICADO E OS DIFERENTES SIGNIFICANTES QUE O EXPRESSAM. Ex.: MAR, MARE, SEA; CAVALO, EQUUS. SEMASIOLOGIA PARTE DO SIGNIFICANTE AOS DIFERENTES SIGNIFICADOS. Ex.: PONTO GEOMTRICO, FUNCIONRIO, CARDEAL. CAMPOS ASSOCIATIVOS ESTUDAM AS ASSOCIAES DE UM SIGNO COM OUTROS SIGNOS ESTABELECIDOS POR SIMILITUDE OU CONTIGIDADE. ASSOCIAES MOTIVADAS POR IDIAS, CRENAS E ATITUDES RELATIVAS S COISAS. Ex.: BOI > VACA, CHIFRE, BEZERRO OU FORA, TRABALHO, VIGOR ETC.

o estudo das relaes de significao, s lhe interessam, em princpio, as palavras lexemticas, que manifestam a configurao semntica do lxico.(Bechara)

ESTRUTURAS PRIMRIAS Seus termos se implicam reciprocamente, sem que um deles seja primrio em relao aos outros. Ex.: jovem > velho, velho > jovem. ESTRUTURAS SECUNDRIAS O primeiro termo est implicado no segundo. Ex.: casa > casinha >caso; morrer > mortal etc.

uma estrutura paradigmtica constituda por unidades lxicas que se repartem numa zona de significao comum e que se encontram em oposio imediata umas com as outras. Ex.: Estive trs _______________ em Fortaleza . Pode ser quanto ao tempo: segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, sculos.

Arquilexema uma unidade cujo contedo idntico ao contedo comum de dois ou mais lxicos. Semas - os traos distintivos que os lxicos apresentam entre si. (Pottier)

Observe o campo lexical de assento. Assento o arquilexema desse campo, que tem como lexemas, em portugus, cadeira, poltrona, sof, canap, banco e div. Os traos distintivos (semas) dos lexemas sero: S1. objeto construdo para a gente se sentar; S2. com encosto; S3. para uma pessoa; S4. com braos; S5. com ps; S6. feito de material rijo.

s1 Banco +

s2 -

s3 -

s4 -

s5 +

s6 +

CadeiraPoltrona Sof Div Canap

++ + + +

++ + +

++ + -

+ + +

++ + + +

++

um trao distintivo comum que define uma classe, independentemente dos campos lxicos.

Ex.: jovem, inteligente, gago, mamfero no so do mesmo campo lxico, mas pertencem ao mesmo classema, ou seja, ser humano.

So palavras que apresentam grafias e pronncias semelhantes. (Ulisses Infante); So vocbulos que tm grafia e pronncia parecidas e significados diferentes. (Samira Yousseff Campedelli e Jsus Barbosa Souza); So palavras que possuem grafia e pronncia parecidas, mas significados diferentes. (Faraco e Moura); So as palavras parecidas na grafia ou na pronncia, mas com significados diferentes.(Ernani Terra)

EMINENTE EMERGIR ACIDENTE DEFERIR TRFEGO MANDOTO

IMINENTE IMERGIR INCIDENTE DIFERIR TRFICO MANDADO

(...) parece-nos que a utilidade dessa distino [parnimos] de carter didtico, ortogrfico. Como efeito lingstico falta-lhe melhor definio, uma vez que o conceito de paronmia frouxo, impreciso, no se sabendo exatamente quanto de igual e quanto de diferente os vocbulos devem apresentar para poderem figurar no elenco dos parnimos.(Zanotto).

a duplicidade de sentidos que pode haver em uma palavra, em uma frase ou num texto inteiro. AMBIGIDADE ESTRUTURAL Ocorre no campo da estrutura frasal, de orao ou perodo. Ex.: Durante o jogo, Lcio deu vrias canetada em Guilherme. Depois entrou Pedro no jogo e ele levou vrios empurres e pontaps.

Maria disse que sua casa confortvel, Mrio. Chupa-toda pediu a Pedro para sair.

AMBIGIDADE COMO RECURSO DE CONSTRUO: Ex.: Deixa-me, fonte! Dizia A flor, tonta de terror. E a fonte, sonora e fria, Cantava, levando a flor. (Vicente de Carvalho)

VIVEMOS EM CONSTANTE QUESTIONAMENTO, O QUE NO SABEMOS, SO QUAIS VIAS DEVEM SER PERCORRIDAS PARA SE OBTER AS RESPOSTAS.