20 de junho de 2019

20junho2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4476

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Solenidade do Corpo de Deus

Esta quinta-feira a Igreja, emPortugal, celebra a Solenidade doCorpo de Deus (Corpus Christi).Normalmente, celebra-se numaquinta-feira para fazer referênciaà Quinta-feira Santa, dia dainstituição da Eucaristia, dia daentrega de Cristo à humanidadenum gesto de Amor infinito. Foi

no século XIII que se sentiufortemente a necessidade dedestacar esta festa, devido àimportância da presença de Cris-to em forma de pão e de vinho.Foi o Papa Urbano IV queminstituiu a comemoração da festade Corpus Christi, no ano 1264.No início, esta festa não teve

muita repercussão no interior daIgreja, possivelmente devido aofacto da sua instituição ter sidoseguida da morte do Papa. Con-tudo, progressivamente, foi to-mando força e passou a sercelebrada com manifestaçõespúblicas, principalmente pre-gações e procissões, na con-vicção de que na Eucaristia seencontra a força para transformara humanidade, tão carente deunião.Na Igreja Catedral de Beja, naSegunda Feira, dia 17 de Junhocorrente, às 21.30 horas. teveinício o Tríduo preparatório destaSolenidade, sob o tema “Eu-caristia e Missão”. O Padrepregador é o Pe. Manuel PedrosaSoares, da Sociedade do VerboDivino, a trabalhar nas Paróquiasdo Concelho de Almodôvar.

António Novais

Reuniões Arciprestais do CleroDia 21, Sexta-feira - OdemiraDia 25, Terça-feira - AlmodôvarDia 26, Quarta-feira - MouraDia 27, Quinta-feira - Beja e CubaDia 28, Sexta-feira - Santiago do Cacém

Programa da PeregrinaçãoDiocesana a Fátima

29 e 30 de Junho

Dia 29 de Junho

15:00h – Celebração de Adoração ao Santíssimo Sacramentoe confissões na Basílica da Santíssima Trindade 16:45h – Procissão da Basílica da Santíssima Trindade atea Capelinha das Aparições 17:15h – Consagração da Diocese de Beja a Nª Srª de Fatima 21:30h – Rosário 23:00h – Via Sacra ate aos Valinhos (organização por paróquia/movimento) Dia 30 de Junho

08:30h – Oração de Laudes na Capela da Morte de Jesus 10:00h – Rosário 11:00h – Missa

20 de junho de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

S. João

Depois da celebração de SantoAntónio, principalmente emLisboa, vai ser celebrado o S.João, sobretudo no Porto, nanoite de 23 para 24 de junho.Possivelmente, é a maior festada cidade do Porto, nesta dataque serve para celebrar o nas-cimento de São João Batista.A festa popular começa ao finalda tarde, com o cheiro a man-jericos, sardinha e carne assadaa espalhar-se pela cidade, assimcomo o barulho dos marte-linhos. Na animação, até demadrugada, não faltarão certa-mente os bailes por diferentesbairros da cidade, onde a músicaanima os foliões de S. João e,claro está, pela meia noite, nasmargens do rio, os homens dofogo de artifício, em poucosminutos, queimam o que custatanto sacrifício, embora nãosentido, graças aos “dinheirospúblicos”.Esta tradição portuense teráorigem pagã, nas festas doSolstício de verão. A tradiçãodos “alhos-porros” e dos mar-telos de plástico (usados desdea década de 60, pelos estu-dantes na Queima das Fitas)servia não apenas para bater nas

Editorialcabeças de quem se passeavana rua mas também para oprincipiar de muitos namoros,possivelmente ocasião para aoferta de vasos de manjericosàs namoradas, acompanhadosde uma quadra popular. Quemnão gosta da sardinha, poderácontar com as carnes assadaspara o “jantar típico” e, maistarde, as farturas, já que os maisresistentes podem prolongar afesta até ao nascer do sol.Para a Igreja, João Baptista é oProfeta por excelência, a “Voz”de Deus e o Precursor de Cristo,apontando com a palavra e oexemplo da sua vida as con-dições indispensáveis para aSalvação. Socialmente, é umavoz incómoda que anuncia edenuncia, por vezes escutadacom agrado. Habituado às difi-culdades da vida no deserto,bastava-lhe o essencial quantoao comer e ao vestir: peles decamelo, gafanhotos e mel sil-vestre. Face aos vícios e cos-tumes, não se conformava nemamedrontava, mesmo perante orei. Livre como era em relação atodos - fariseus, saduceus,publicanos, soldados, o própriorei e o povo em geral, na suamensagem era direto e muitoconcreto, não deixando ninguémindiferente, sabendo que tudojogava pondo em risco a suaprópria vida, tal como veio aacontecer, cedendo o rei à astúciae oportunismos da sua mulherperante o sucesso da filha e apresença dos convidados.Nesta sociedade, produtiva noque respeita a oportunismos,descarados ou ocultos, brandoscostumes, fraudes e injustiças,apetece-me implorar: S. JoãoBatista, rogai por nós!

António Novais Pereira, Diretor

Foi fundado o primeiro LIONS doBaixo Alentejo, mais exatamenteo NÚCLEO DE ALMODÔVAR deLIONS INTERNACIONAL, napassada 6ª feira, 7 de junho, aojantar num típico restaurante deAlmodôvar.A cerimónia contou com a pre-sença de Companheiros doLIONS CLUBE DA FIGUEIRADA FOZ, que apadrinhou estaagremiação.Esteve ainda presente o Gover-nador LIONS Pedro Crisóstomo,que deu posse e as boas vindasaos novos membros deste Nú-cleo lionístico.Estiveram também presentesrepresentantes de mais CLUBESLIONS do país, que de formaacolhedora se associaram aoacontecimento.A curto prazo o Núcleo deveráatingir vinte pessoas, transfor-mando-se dessa forma em Clube,com todos os direitos e obri-gações inerentes.LIONS CLUBS é uma associaçãointernacional de clubes de ser-viço que está presente em quasetodos os países e nações commais de 48.000 clubes.Fundado por Melvin Jones em 7de junho de 1917, em Chicago nos

Constituição do Núcleo Lions Clubede Almodôvar

Estados Unidos, 20 amigos fe-lizes reuniam com periodicidadee quiseram partilhar essa feli-cidade com mais gente, multi-plicando-se até ao presente, comespírito de companheirismo eserviço à comunidade.Numa feliz coincidência de datas,o Núcleo LION de Almodôvar aoser constituído no pretérito dia 7de junho, acontece exatamente102 anos depois da data da funda-ção do Lions InternacionalOs Objetivos e Código de Éticaque rege o LIONS INTERNA-CIONAL são precisos, mas co-muns a todas as culturas ereligiões, pelo que todas aspessoas de boa formação têmaqui lugar.Com a ação concreta dos clubesde serviço (que em média têm 20pessoas) pretende-se mostrarque, apresar das diferençasprofissionais, culturais, políticasou religiosas, através do que nosune e não do que nos separa, épossível em conjunto realizarações - a que chamamos SER-VIÇO – a favor das comunidadesmais carenciadas.Assim se constrói um mundomelhor!As ações podem ser as mais

diversas, mas tradicionalmentevisam cinco campos: Luta contraa cegueira evitável e reversível,combate à diabetes, luta contra afome, luta contra o cancro pe-diátrico e defesa do meio ambiente.Muitos clubes têm ações de nívelcultural, promovem seminários edebates sobre as questões maisdiversas.O associativismo mantém umafundação internacional que con-cede milhões de dólares de su-bsídios e apoio de operações àvista de todo o mundo. A fun-dação apoia projetos concretosdos clubes – exemplo abertura defuros de água potável em África,construção de salas em hospitaispara tratamento da visão e estásempre presente quando hácatástrofes.Tudo isto através dos clubes deserviço, onde os seus membrossão livres de realizar o queentenderem como mais útil à suacomunidade - com a qual devemsempre interagir - da forma queentenderem mais adequada.A ASSOCIAÇÃO INTERNA-CIONAL DE LIONS CLUBES éde tal forma importante e o seureconhecimento mundial é de talforma grande, que faz parte desdehá muitos anos do ConselhoConsultivo das nações Unidas,onde tem um papel relevante.Ora são estes pequenos clubesque dão força a este movimentoem todo o mundo, que não parade crescer e que já tem cerca deum milhão e quinhentos milmembros, sem contar com asecção dos mais jovens a quechamamos LEOS.Dadas as muitas atividades quepromove a favor da comunidadeé uma associação reconhecidapelas instituições públicas, de talforma que todos os seus mem-bros têm orgulho em fazer partedos LIONS.

Vaticano: Papa Francisco visita cidade italianaatingida por sismos em 2016

O Papa visita este domingo acidade italiana de Camerino(região central da Itália) que foiatingida por sismos em 2016.Francisco encontra-se com fa-mílias atingidas pelo terramoto,ainda alojadas provisoriamenteem estruturas de emergência,visita a Catedral, danificada, epreside à Missa, ao ar livre.O presidente do Município, San-dro Sborgia, acredita que a visitado Papa Francisco a Camerino,vai “colocar novamente a região

na opinião pública”, lê-se noportal de notícias VaticanNews.Naquele território, há 311 “aloja-mentos alternativos” para umtotal de 634 pessoas que moram

no local, refere.A reconstrução do local tem sido“muito lenta e, até agora, estáproibida a entrada em grandeparte do centro histórico dacidade”.Segundo Sandro Sborgia, Ca-merino enfrenta “atrasos nareconstrução” e a presença doPapa Francisco “alegra e dáesperança à comunidade”.

LFSFonte Ecclesia

20 de junho de 2019

A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

XII Domingodo Tempo Comum

O nosso Domingo

Ano C23 de junho de 2019

Leitura da Profecia de Zacarias

Eis o que diz o Senhor: «Sobre a casa de David e os habitantes deJerusalém derramarei um espírito de piedade e de súplica. Ao olharpara Mim, a quem trespassaram, lamentar-se-ão como se lamentaum filho único, chorarão como se chora o primogénito. Naquele dia,haverá grande pranto em Jerusalém, como houve em Hadad-Rimon,na planície de Megido. Naquele dia, jorrará uma nascente para acasa de David e para os habitantes de Jerusalém, a fim de lavar opecado e a impureza».

I Leitura

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

Irmãos:Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, porquetodos vós, que fostes baptizados em Cristo, fostes revestidos deCristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não háhomem nem mulher; todos vós sois um só em Cristo Jesus. Mas, sepertenceis a Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeirossegundo a promessa.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Um dia, Jesus orava sozinho, estando com Ele apenas os discípulos.Então perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões que Eu sou?».Eles responderam: «Uns, dizem que és João Baptista; outros, queés Elias; e outros, que és um dos antigos profetas que ressuscitou».Disse-lhes Jesus: «E vós, quem dizeis que Eu sou?». Pedro tomoua palavra e respondeu: «És o Messias de Deus». Ele, porém, proibiu-lhes severamente de o dizerem fosse a quem fosse e acrescentou:«O Filho do homem tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos,pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas; tem de ser morto eressuscitar ao terceiro dia». Depois, dirigindo-Se a todos, disse:«Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome a sua cruztodos os dias e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, há-deperdê-la; mas quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á».

Quem é Jesus para ti?

Lc 9, 18-24

Aleluia

António Aparício

Gal 3, 26-29II Leitura

Salmo Responsarial 62 (63), 2-6.8-9 (R. 2b)

«Todos vós que recebestes o baptismo de Cristo, fostes revestidosde Cristo»

«Voltarão os olhos para aquele a quem trespassaram» (Jo 19, 37)

Zac 12, 10-11; 13, 1

As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.

A vinda de Jesus à terra, dividiua história da humanidade emantes e depois de Cristo. Tambéma tua vida se pode dividir emantes e depois de Cristo, depoisdo encontro existencial e trans-formante com o Ressuscitado,que qualifica a tua vida para o

tempo e para a eternidade. Naverdade, a presença de JesusCristo é sempre um sinal eficazde graça, bênção, mudança,esperança e luz. Diz o P. AntónioVieira que antes da Encarnaçãohavia dois extremos intocáveis:Deus no Céu e o homem na terra.Com a vinda de Jesus, estes doisextremos encontraram-se e fun-diram-se. Foi em Jesus que Deusencontrou os homens e que oshomens encontraram a Deus,visto ser Deus e homem ver-dadeiro. E a terra ficou iluminada.Assim se abriu um caminho debem e de esperança para a hu-manidade, para mim, para ti.1 – «Quem dizem as multidõesque Eu sou?» «E vós quem dizeisque Eu sou?» (Lc 9,18 e 20). Estemomento da vida de Jesus é muitoimportante, porque o faz precederde “uma oração em particular”.Na verdade, a profissão da fé dePedro em nome do grupo apos-tólico está no centro do Evan-gelho. É um marco decisivo navida e ministério de Jesus. En-quanto as multidões esfriam nasua aceitação como Messiasprometido e se afastam cada vez

«És o Messias de Deus. O Filho do homem tem de sofrer muito»

ENTRADADeus vive na Sua morada santa (de F. Santos)Ide ao encontro do Senhor (de M. Simões)

SALMO RESPONSORIALA minha alma tem sede de Vós (de M Luís)

APRESENTAÇÃO DOS DONSPor vossa imensa bondade (de A. Cartageno)Se alguém quiser seguir-me (de C. Silva)

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOO Cordeiro de Deus (de C. Silva)Quando te encontro / O Bom Pastor (de BaixoAlentejo / A. Aparício e A. Cartageno)

FINALCantai alegremente ao Senhor (de M. Luís)

Jo 10, 27

mais, os seus discípulos reco-nhecem de modo explícito, pelaprimeira vez, que Ele é o Messiasde Deus. Desde este momentoJesus vão congregar os seusesforços a formar esse pequenonúcleo dos primeiros crentes e apurificar a sua fé. A formulaçãoda fé de Pedro estava certa, masnão o seu conteúdo. Estava

viciada de um messianismo polí-tico que libertasse Israel do jugoromano.2 – Por isso Jesus apresenta operfil do Messias à imagem daprofecia de Zacarias, como lemosna primeira leitura deste domingoe do Servo Sofredor de Isaías, noscapítulos 42, 49, 50 e 53. Deimediato começa uma das trêscatequeses, em que antecipa asua Paixão e morte pelas mãos doSinédrio e apresenta as condi-ções essenciais para ser discípuloe, deste modo pertencer ao reinomessiânico: «Se alguém quiservir comigo, renuncie a si mes-mo», isto é, deixa de viver cen-trado em ti mesmo, fechado sobreo teu ego, numa prisão que te levaa uma vida vazia, estéril, semsentido; «tome a sua cruz todosos dias»: a cruz de ser discípulo,de assumir os interesses doReino, de ser diferente do comumdos mortais; «e siga-Me», querdizer, imita, segue os passos deJesus, toma como teus os interes-ses de Deus e da sua Igreja,constrói um mundo novo basea-do na paz, na justiça na igualdadee na fraternidade, (Lc 9,23).

3 – À pergunta de Jesus nestedomingo, «quem sou Eu parati?», deve seguir-se uma outra:«quem és tu para Jesus?» E aindauma terceira: «quem sou eu semJesus! Pelo mito da criação (Gen2,7), diz-se que o primeiro serhumano foi feito do pó da terra.Se Deus sai do processo e vidado homem como penhor de bem,luz, liberdade, grandeza e digni-dade, fica o pó, a fragilidade, oser mortal, sem resposta para asgrandes questões existenciais,quem sou, de onde venho, paraonde caminho, para que vivo, quevalores orientam a minha vida.Cristo pode ser nada para ti, mastu és muito importante paraJesus. Ama-te. Deu a vida por ti.Oferece-te a vida plena, a vida quenão acaba. Pede-lhe olhos novospara não adorares aquilo quepassa e morre. Não foste feitopara isso. Idealizaste um Jesusque não existe, um mero conceitomental sem reflexo no quotidiano.Jesus surpreende sempre a quema Ele se entrega com uma atitudeleal, aberta e sincera. Tu nascestepara cresceres nesta busca cons-tante de Jesus. N’Ele está a tuaplenitude, a tua verdadeira iden-tidade, a tua felicidade, agora, e,depois, a eternidade feliz para aqual foste criado. Olha como S.Paulo, na segunda leitura destedomingo, fala sobre isto mesmo:«Todos vós sois filhos de Deuspela fé em Jesus Cristo, porquetodos vós, que fostes batizados emCristo, fostes revestidos de Cris-to» (Gal 3,26). “Revestido deCristo”, o cristão é outro Cristopara pensar, agir e viver à suaimagem e imitação. A tua fé, nãopode constar apenas na prática deritos rotineiros e sem chama, coe-rência e consequências. Há umcaminho a percorrer. Uma buscaincessante a prosseguir. Para isso,tens de sair da tua zona de conforto,de adorar os ídolos que te escra-vizam. Duvida da tua prática cristã,se ela te não levar a dar glória a Deuse a servir os irmãos. Não fiques pelocaminho. O caminho é Jesus.

20 de junho de 2019DIOCESE4 – Notícias de Beja

PADRE MANUEL ALVES - 1928 - 2018Homenagem de um antigo aluno do Seminário de Beja

Manuel Alves nasceu a 08-04-1928 na Meimoa – aldeia do Distritoda Guarda. Em 1942 entrou para o Seminário de Beja. Dali prossegue os estudosde Filosofia no Seminário de S. Paulo, em Almada e os estudos deTeologia no Seminário Maior dos Olivais, em Lisboa. Em 28 de Junho de 1954 é ordenado Sacerdote na Diocese de Beja,pelo Bispo D. José do Patrocínio Dias. Foi Prefeito e Professor do Seminário. Foi pároco de várias Paróquiasda Diocese. E substituiu e ajudou outros sacerdotes em outrasdioceses. Foi professor de várias disciplinas: Francês, Latim, Grego,Religião e Moral e Música.Eu, José Vaz Correia, antigo aluno do Seminário de Beja, recordoque o padre Alves foi meu professor de Francês e, por sua influência,recebi o gosto pela francesa. Em 1964 houve uma invasão de pífaros nos recreios. ”Os maisafeiçoados à arte dos sons começaram a ensaiar umas modinhas,estimulados pelo senhor padre Alves, que também tinha um pífaro,e vibrava com a música” - como o refere o padre António MendesAparício, no seu Livro ”Os Seminários da Diocese de Beja” a fls 156. O padre Alves esteve presente em quase todos os Encontros deAntigos Alunos, no Seminário. Jogava à bola com os Seminaristase antigos alunos. Todos nós que participamos nesses Encontrostemos presente o padre Alves a tocar acordeão, ou viola, e acantar conosco as mais variadas canções. Foi sempre nessesEncontros um animador, um impulsionador da boa-disposição;acompanhando-nos em tudo – a jogar à bola, nos comes e bebes,para alegrar os convívios. Comecei nesses Encontros de antigos Alunos a aperceber-me queo padre Alves era um grande homem, um amigo ... Em Dezembro de 2014 enviei-lhe um postal de boas-festas,extensivas a todo o clero da diocese. Em 2015 e 2016 também asenviei. Respondeu-me sempre. Em Março de 2016, respondeu-me assim: “ Ex.mo Amigo do Coração...” e, em Dezembro de 2016, “ Sr ... amigo fiel e constante” O padre Alves era um homem desprendido materialmente. O padre Alves compunha muitas músicas para serem cantadas namissa e em outros actos litúrgicos. Ensinou alunos a tocar acordeãoe a tocar viola. O padre Alves tinha vastos conhecimentos, e tinhamuito gosto em ensinar o que sabia. O padre Alves viria a falecer em Dezembro de 2018. Encontrava-meeu na minha aldeia – Escabralhado – distrito da Guarda, a colocar otelhado numa casa; o que era urgente; pelo que não pude, commuita pena minha, acompanhá-lo à sua última morada. Bem-haja padre Manuel Alves, como padre, como professor, comodinamizador dos Encontros de antigos Alunos do Seminário. Esobretudo como Grande Amigo e um Grande Homem, pelo seu nobree tão elevado exemplo. Que Deus o tenha no Seu Reino de Paz e Amor!

Lisboa, 05 de Junho de 2019

José Vaz Correia

Catequese da Paróquia do Salvador de BejaDepois de mais um ano de cami-nhada, a Catequese da Paróquiado Santíssimo Salvador, realizou,no passado sábado, dia 15, oencerramento das atividades.Após oração da manhã celebradapelo nosso Pároco, Sr Pe Hen-rique, fizemos um percurso pelacidade com cinco paragens(Igreja do Ssmº Salvador, Igrejade Santa Maria, Sé, Igreja deSanto Amaro e Ermida de SantoAndré), onde rezamos o terçomissionário introduzindo em cadamistério um dos nossos cincosentidos que estão intimamenterelacionados com a missão docristão.O nosso destino foi o Carmelode Beja, onde fomos recebidospelas Irmãs Carmelitas de Clau-sura, que nos contaram a história

da criação do Carmelo em Beja eque, com a sua alegria e teste-munho de vida, encheram osnossos corações. De seguida,partimos em direção ao Parque daCidade, onde partilhamos o almo-ço num alegre piquenique com acompanhia de alguns pais. Porfim, realizamos um “Quiz Bíblico”em que o grupo vencedor teve oprivilégio de abrir uma “pinhata”cheia de guloseimas, e cujodesafio foi colocar em práticaaquilo que vivenciámos ao longodo dia (partilha, missão, solida-riedade). Foi com alegria quepodemos constatar que a partilhaaconteceu com todos os pre-sentes. Entretanto o nosso Pá-roco juntou-se a nós e tivemosum momento muito especial: O SrPe Henrique procedeu à im-

posição e bênção do Escapu-lário, a cada um de nós (cate-quistas e catequizandos), ofere-cido pelas Irmãs Carmelitas.Para terminar, todos tínhamos umbalão, que foi entregue no iníciopara encher e escrever qual omelhor momento do dia. E claroque a maioria considerou quetinha sido o encontro com asIrmãs Carmelitas.Damos graças ao Senhor peloexcelente dia que passamos,pelos presentes e pelos ausentesque pelas razões mais diversasnão puderam participar, pelasportas que nos abriram pelocaminho, pelo nosso Pároco epelo ponto alto deste dia que, semdúvida, foi o encontro com asIrmãs Carmelitas de Clausura.

As Catequistas

Admissãoàs Ordens Sacras

No dia 28 de junho (Sexta-Feira), sole-nidade do Sagrado Coração de Jesus, D.João Marcos presidirá à Eucaristia na IgrejaCatedral, com início às 18.30 horas, e aorito de admissão às Ordens Sacras doseminarista Jacinto Nunes.

Francisco Encarnação

Crimas no Dia da Paróquia, em NossaSenhora das Neves

No passado domingo, dia 16 dejunho, solenidade da SantíssimaTrindade, Nossa Senhora dasNeves celebrou o seu Dia daParóquia, este ano com a pre-

sença do nosso Bispo, D. JoãoMarcos, que crismou cinco paro-quianas, três das quais tambémfizeram a sua Primeira Comunhão.Na mesma celebração foram

distribuídos pelo nosso Bispo osdiplomas às crianças que duassemanas antes tinham feito aPrimeira Comunhão.À Eucaristia seguiu-se o ágapefraterno no salão paroquial, umalmoço partilhado, preparadopelos crismandos e membros daparóquia, para o qual foramconvidados todos os irmãos eirmãs que estavam presentes namissa e no qual participarammuitos deles, contando tambémeste com a presença de D. JoãoMarcos e com a maior parte dosmembros ativos da paróquia.

Fr. Pedro Bravo, oc, pároco

Paróquia de Santiago do Cacém emfesta, em Dia da Santíssima Trindade

O passado Domingo, Solenidadeda Santíssima Trindade, foi dia defesta, de alegria e dever cumpridona comunidade dos crentes deSantiago do Cacém, pois as crian-ças e adolescentes da paróquiaatingiram mais uma etapa nacaminha cristã. Foram realizadosnove batismos, vinte e oito crian-ças fizeram a sua primeira comu-nhão e dez adolescentes realizarama profissão de fé. Celebração bempreparada, cânticos, leituras, ofer-tório solene e momento de agra-decimento a Nossa Senhora: oprimeiro Sacrário da Terra, modelode fé, de amor e de seguimento deJesus, fizeram desta CelebraçãoDominical, uma celebração intensae espiritualmente muito rica. QueDeus abençoe todos os que, com

fé, disponibilidade e amor a Jesuse à Igreja, neste caso à sua paró-quia, anunciaram ao longo dosanos a Palavra de Deus, contri-buindo para a educação cristã dasgerações mais novas e assim sealcançar este sublime momento,meta: a pertença à Igreja, pelobatismo, a comunhão do Corpo eSangue do Senhor e a profissãoda fé em Jesus, o Salvador. O

caminho continua, e Deus e NossaSenhora vão também continuar aderramar as Suas Bênçãos e Gra-ças sobre o seu povo amado,particularmente neste dia sobreas gerações mais novas, suasfamílias e a comunidade paroquialque reza e acolhe a todos e incan-savelmente trabalhou para quetudo tivesse corrido tão bem.

Paulo do Carmo

20 de junho de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

Encontro de Doentesem Almodôvar

A paróquia de Almodôvar recebeu no sábado, dia 15 de junho de2019, o Encontro de Doentes e Idosos do Arciprestado de Almodôvar,organizado pelo Movimento da Mensagem de Fátima.O dia iniciou-se com a celebração da Eucaristia na Igreja do Conventode Nossa Senhora da Conceição, presidida pelo P. Feliciano Sila,assistente do Movimento local. De seguida, o Frei José António,monfortino, proferiu uma reflexão sobre a Mensagem de Fátima, comdestaque para a figura do pastorinho Francisco Marto. Depois doalmoço partilhado no Centro de Coordenador de transportes, cedidopelo município local para este fim, os cerca de meia centena departicipantes reuniram-se de novo na Igreja do Convento para a oraçãodo Rosário, orientada pelo Frei Vítor Lagoa. O dia culminou com ummomento musical do Frei José António.

P. Feliciano Sila

Encontro de Pré-seminário

Foi no passado dia 7 que rece-bemos com muita alegria nonosso Seminários, o José e oGabriel, que como Maria respon-deram faça-se ao convite doSenhor para participar no nossoencontro de pré-seminário.O reencontro com o Seminários,e com aqueles que estão nestacasa de formação é sempre im-portante para nós e para eles,sairmos das nossas rotinas eparar.O encontro começou com o jantare nessa noite, fomos ao Cinema aFerreira do lentejo, para ver ofilme “Um ato de Fé”, uma his-tória de confiança em Deus, quemostra o poder da oração e desuperação, já era tarde quandoregressamos a Beja.No sábado depois do Pequeno-almoço, fomos levados até ao RioGuadiana, no passeio a Mértola,

onde beneficiámos de uma pai-sagem lindíssima que nos elevaaté Deus e rezamos e tivemoscontacto com a igreja paroquial,que para alguns foi a primeira vezque entraram nela. Vimos osbatistérios, que se encontram nocomplexo arqueológico junto aocastelo e visitamos o castelo, amanhã terminou com a Oração dehora intermédia e o Regina Cieli,na igreja, dedicada a NossaSenhora de entre as Vinhas.Estávamos na hora de retemperara forças e fomos agraciados porum óptimo preparado pelas irmãse colaboradoras do Seminário.Ao início da tarde visitamos oPulo do Lobo, contemplando aobra de Deus através da nanatureza e das Suas criaturas. Deregresso a Beja, rezamos o Ro-sário ao longo da Viagem.Pela tarde fomos ao Carmelo de

Beja, onde rezamos Oração deVésperas com as irmãs e foioportunidade para partilha dealegrias e inquietações, na vidado Seminário e do Carmelo,aproveitamos o momento parafazer um vídeo com as irmã, parao encontro vocacional que terialugar na segunda-feira.Ao final da tarde houve espaçopara descontração e um joguinhode Monopolyo. Após o jantar foipara a Sé, onde participamos naVigília de Pentecostes presididapelo nosso Bispo. Chegado a casatínhamos uma pequena ceia pararetemperar forças, pois o dia já iabastante longo.No Domingo o dia começou comOração de Laudes seguida depequeno-almoço. E durante amanhã fizemos Lectio Divina apartir de Escuta da palavra deDeus e do filme que visualizamosna sexta-feira, a manhã terminoucom adoração ao SantíssimoSacramento e antes do almoço umespaço recreativo.Na tarde de Domingo e segunda-feira tivemos o encontro Vo-cacional com adolescentes vin-dos da Paroquia de Sines, quepropuseram ao Seminário a orga-nização deste encontro.O encontro de pré-seminárioterminou com a Oração de Vés-peras, após o qual teve lugar adespedida e o desejo de nosvoltamos a encontrar, com a Graçade Deus, e desejando que sejaum grupo mais alargado.

Depois de uma caminhada deseis anos de catequese, as crian-ças do 6º ano da nossa comu-nidade paroquial professaramsolenemente a sua fé, numacelebração presidida pelo Páro-co, Sr Pe. José Alberto, quecontou com a presença da comu-nidade paroquial, muitos fami-

Profissão de Fé, em Serpa

liares e amigos. Foi no dia 16 deJunho, dia em que a Igrejacelebrou a Solenidade da Santís-sima Trindade.Após a Profissão de Fé ascrianças fizeram o seu com-promisso, diante do Altar e napresença de toda a comunidade.Uma jovem adolescente fez tam-

bém a sua Primeira Comunhão.Também os catequizandos do 5º.ano de catequese celebraram aFesta do Credo e receberam oSímbolo dos Apóstolos que aolongo do ano aprenderam eaprofundaram.Todos eles conscientemente,assumiram e professaram a suaFé, em Deus Pai que é Amor; emJesus Cristo Pedra Angular e noEspírito Santo que tudo Cria eRenova, na Igreja que é “Una,Santa, Católica e Apostólica”,como verdadeiros discípulos deJesus, nossa Luz, Caminho,Verdade e Vida.Salientamos, a forma har-moniosa com que decorreutoda a celebração.

Josefa Malveiro

20 de junho de 2019IGREJA/SOCIEDADE6 – Notícias de Beja

‘Ser professor’: profissão ou vocação?

Sílvio Couto

Há dias ouvi uma observação deuma mãe sobre o futuro de suafilha ainda adolescente em queesta terá referido que nuncaquereria ser professora… Diantedesta referência de alguém aindanovo poder-se-á questionar se aprofissão de professor/a estaráem risco e com isso a possi-bilidade de aprender.Pelo que temos visto, ouvido elido esta área profissional dosprofessores/as está a passar poralguma convulsão e não são sóos protestos em defesa das suasregalias ou direitos, mas tambémaquilo que poderá ser o futuro

da educação no nosso país.Atendendo à sublime impor-tância dos professores na vidade qualquer cidadão considerourgente encetar um processoreflexivo sobre aquilo que se estáa passar no presente, tentandoacautelar o futuro.Desde logo fique claro que estaarte de ser professor é bem maisimportante do que pela formacomo dela se fala ou mesmo pelaconsideração que se lhe possaatribuir.Ao longo da minha vida deestudante – desde os 6 até aos24 anos, acrescido posterior-mente dos 33 aos 35 – tivedezenas de professores, nosvários graus de ensino e deestudo, mas muito poucos deixa-ram marca de referência. Dealguns colhi a lição de aprendera estudar – procurando ter ummétodo próprio, adequado epessoal – mas outros não dei-xaram sequer resquícios de gostopela matéria, como por exemplona matemática, pois o professorsabia do assunto, mas não eracapaz de ensinar nem de motivara aprendizagem…uma boa parte

conhecia os assuntos e con-seguiu que aprendêssemos asmatérias, mas tantos outrosestudaram-nas, mas não sabiamcomo ensiná-las… De facto, nãobasta ter de prestar provas diantede quem se antecipou a apro-fundar os assuntos, será semprepreciso ser cativado, positiva-mente, pela vocação de ensinar…seja qual for a idade do ensinado.

= Dar aulas ou ensinar?Ontem como hoje podemos en-contrar quem ministra conhe-cimentos, mas nem sempre ensinaa pensar. Há dias o professorpremiado, este ano, com o ‘globalteacher prize’ dizia que, na salade aula, não podia ser só ele apensar, também os alunos deviamestar a pensar ou, então, estariamtodos a perder o tempo.Diante desta declaração comoque se torna essencial vermos sea escola é um lugar onde seaprende ou se, pelo contrário, pordesmotivação, não se conseguecriar condições entre todos osintervenientes para que o pro-cesso educativo se torne umaferramenta cultural e não só um

espaço de ocupação do tempoem sala de aula…com a pos-terior prestação de provas/conhecimentos.Mesmo que forma simplista po-deríamos distinguir entre ‘daraulas’ e ‘ensinar’, na proporçãoentre ganhar a vida na escolacomo noutra profissão qualquere a arte de fazer crescer os estu-dantes, tornando-os mais do quemeramente alunos, isto é, ‘crian-ças a alimentar’…com novosconhecimentos.Quem não terá já ouvido a frase:o acabar de um curso, com opossível grau de licenciatura, é aautorização para começar aestudar e não como etapa dechegar, pelo contrário, a umanova fase de caminhada…comoutros meios e recursos.

= Questões de sobrevivência…no presente e para o futuroCom o decréscimo da natalidadetemos vindo a ver a diminuiçãoda ‘matéria-prima’ dos pro-fessores: sem crianças nãoterão, naturalmente, emprego.Há casos em que são os pró-prios professores que não têm

filhos, coartando eles mesmosa possibilidade de sobrevi-verem profissionalmente.Embora se comecem a vislumbrarténues sinais de recuperação –as creches estão sobrelotadas,enquanto os jardins-de-infânciaperdem gente – isso só seránotado daqui a dez anos e aítalvez venha a faltar um leque deprofessores disponível paraexercer a profissão condigna-mente. De facto, as escolhas paravir a ser professor/a é cada vezmenor nas opções dos estu-dantes universitários… bastarádizer que menos de metade dasvagas para os lugares de cursosligados ao ensino foram preen-chidas no concurso do anopassado.Uma questão percorre estetema ligado à educação: osprofessores/as são-no porvocação ou servem disso paraexercerem uma profissão? Peloque temos visto e sentido emmuitos dos professores/asparece que a segunda vertentepesa mais do que a primeira…Queira Deus que a menor quan-tidade apure a qualidade!

PRIMEIRA LEITURA(Génesis 14, 18-20)«Ofereceu pão e vinho». Ocapítulo 14 do livro do Génesiscontém muitas alusões históricase geográficas. Abraão é men-cionado no final do capítulo equase de forma incidental. Oepisódio de Melquisedec (vv. 18-20) foi tomado de outra tradiçãodiferente à do relato que apareceneste capítulo. Melquisedec,cujo nome significa «meu rei éjustiça» é cananeu, e a cidade deSalém é Jerusalém. A menção aopão e ao vinho pode referir-se aobanquete da aliança. É o reiMelquisedec quem oferece aAbraão pão e vinho, como sinalde hospitalidade e como sa-cerdote. Neste último sentidopode tratar-se também de umgesto ritual que indica reco-nhecimento e louvor à pessoa deAbraão, que obteve a vitória e,portanto, merece ser abençoada.A bênção de Melquisedec des-taca o poder de Deus, que érealmente quem vence. O dízimode Abraão pode simbolizar a

Santíssimo Corpo e Sangue de CristoNotas Exegéticas

aliança entre os dois. Tratava-sede justificar a função da cidadede Jerusalém como lugar ondeDeus reside, e do rei da cidadecomo sacerdote. A tradição bíblicaidentificou Melquisedec com umafigura messiânica (cf. Salmo 109,4), e na carta aos Hebreus rela-ciona-se com o sacerdócio defi-nitivo de Jesus (cf. Hebreus 7, 3).Igualmente os elementos do pão edo vinho foram interpretadoscomo uma referência ao banqueteeucarístico.

SEGUNDA LEITURA(I Coríntios 11, 23-26) «Todas as vezes que comerdesdeste pão e beberdes deste cálice,anunciareis a morte do Senhor».A leitura de hoje é conhecidacomo o relato da instituição daEucaristia. Paulo não é o autorda fórmula, pois diz expres-samente que se baseia na tradiçãorecebida do Senhor. Paulo não foitestemunha ocular da Última Ceia,como tão-pouco o são os relatosdos três evangelhos sinópticos.Mesmo assim, os quatro têm uma

série de similitudes avassa-ladoras. Paulo afirma que atradição que recebe vem dopróprio Jesus, numa tentativa delegitimar que as palavras quetransmite não romperam nunca acadeia da tradição. As palavrasde Jesus sobre o pão e o vinhoremetem tanto para o sentidosacrificial da sua morte como paraa nova aliança entre Deus e oshomens (cf. Êx 24). O conceito dememorial é algo mais que umarecordação, já que quer tornarpresente a acção salvífica damorte de Jesus no passado quetornou possível um novo ca-minho de acesso para a salvação.EVANGELHO (Lucas 9, 11b-17):«Comeram e ficaram saciados».Os quatro evangelhos oferecemseis relatos de multiplicações dospães, quer a dos cinco mil: Mc 6,31-34; Mt 14, 13-21; Lc 9, 10-17; ados quatro mil: Mc 8, 1-10; Mt15, 32-39; ou a do evangelistaJoão em 6, 1-15. Lucas trabalhasobre o primeiro relato do evan-gelho de Marcos, conservandoa mesma ordem e uma profunda

influência no referente ao con-teúdo. Lucas começa com umaexpressão grega de hospita-lidade, indicando que Jesusacolhe as pessoas e fala-lhes doReino de Deus. Seguidamentelocaliza-nos no tempo, já queindica que o dia declinava, no v.12: «O dia começava a declinar».São os Apóstolos que falam aJesus e Lhe recomendam que aspessoas vão encontrar um lugaronde passar a noite. Nos vv. 13-15, encontramos um diálogoentre os Doze e Jesus onde oMestre lhes diz que dêem decomer aos cinco mil homens alireunidos, numa alusão à passa-gem do segundo livro dos Reis4, 42-44. A actuação prodigiosade Jesus pode ser interpretadacomo uma manifestação do seucarácter profético. Lucas quermostrar que em Jesus se cum-prem os anúncios referidos àabundância dos tempos messiâ-nicos, descrita como um ban-quete oferecido a todos os ho-mens (cf. Is 25, 6-12). Os cincopães e os dois peixes aparecem

em quatro das narrações evan-gélicas (cf. Mc 6, 36; Mt 14, 17;Lc 9, 13; Jo 6, 9). Os dois ele-mentos são simbólicos porquerepresentam tanto a pessoa deJesus como a profissão cristãrespectivamente. Mais signifi-cativa é a influência da tradiçãosobre a Última Ceia de Jesus emrelação ao v. 16. Os gestos deJesus sobre os pães e os peixessão descritos com claras resso-nâncias eucarísticas (cf. Lc 22,19), como mais adiante tambémleremos no relato dos discípulosde Emaús (cf. Lc 24, 30). Todosficaram saciados e inclusivesobrou. Ninguém passa fomenem necessidade. O banquete deJesus não deixa fora do convitenenhum faminto da terra. Areferência aos doze cestos depedaços que sobram alude aosdoze discípulos que continuarãoa alimentar as multidões quesofrem.

Mar Pérez, in Misa Dominical,Barcelona 2019/08

traduzido por Marques Pereira

20 de junho de 2019

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20junho

2019

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REGIONAL Notícias de Beja – 7

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorEspelho meu

Num manicómio, dois loucos discutem:- Esse espelho é meu! Dá cá isso!Responde o outro:- Estás parvo ou quê?! Não vês que tem a minha cara?

Boleia a anãoDois amigos conversam:- Hoje vi um anão numa paragem e acabei por lhe oferecer boleia atécasa!- E ele aceitou?- Não!- Um pouco ingrato. E tu? O que fizeste?- Olha, fechei a mochila e continuei o caminho.

SonambolismoDuas amigas conversavam num bar:- Como é que está o teu marido com as crises de sonambulismo?- Já está curado!- Como assim curado?! Que medicamento lhe deste?- Despedi a nossa empregada!

Contributo para o larNuma certa tarde, batem à porta e o dono da casa vai abrir:- Bom tarde, desejava contribuir para o lar de 3º idade?- Claro que sim! Esperem só um bocado que eu vou buscar a minhasogra!

A pior qualidadeDuas loiras, que se achavam muito inteligentes, estavam a conversar:- Olha, qual é que é para ti o pior defeito: a ignorância ou a indiferença?E responde a outra:- Não sei, e nem me interessa!

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 10 a 16 de junho, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fisca-lização rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: Três detidos emflagrante delito: Dois por con-

dução sob o efeito do álcool; umpor detenção de arma proibida.2. Apreensões: Cinco doses decocaína; três doses de haxixe;uma arma de fogo; um veículo;320 euros em numerário.3. Trânsito:Fiscalização: 229 infrações dete-tadas, destacando-se: 42 porexcesso de velocidade; 29 rela-cionadas com tacógrafos; 13 por

PSP - SUMULA SEMANAL

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de prevençãoe combate permanente à práticade ilícitos criminais e contraor-denacionais, entre 07 e 13JUN2019, na sua área de jurisdição,registou e destaca os seguintesresultados operacionais:- Identificação de 1 homem, de 45anos de idade, por suspeita de

consumo de produtoestupefaciente, com apreensãode 9 doses individuais de haxixe;detenção 1 homem de 45 anos deidade, mediante cumprimento demandado de detenção, no âmbitode Processo-crime de ViolênciaDoméstica.Operações de Fiscalização: 1Operação de Fiscalização Ro-doviária, em Beja, com recurso a

Radar, que contabilizou 704veículos controlados, com adeteção de 5 infrações e 9 Ope-rações de Fiscalização Rodo-viária, enquadradas na Ativi-dade Operacional do CD Beja eno Plano Nacional de Fiscalizaçãoque contabilizaram: 211 Veículosfiscalizados; 170 Condutoressubmetidos ao teste de alcoo-lemia; 29 Infrações detetadas.Acidentes rodoviários: Em Beja,registo de 2 acidentes rodo-viários, dos quais resultaramdanos materiais.Ações preventivas/de sensibi-lização e outras: O Núcleo deArmas e Explosivos do CD Beja,nas suas instalações e tambématravés do seu Balcão de Atendi-mento Não Permanente, realizadoesta semana no Município daVidigueira, procedeu à recolha de10 armas de fogo de caça e 1 dedefesa pessoal, perdidas a favordo Estado.

falta de inspeção periódica obri-gatória; 12 por falta de seguro deresponsabilidade civil obrigatório.Sinistralidade: 29 acidentesregistados, resultando em quatroferidos leves.4. Fiscalização Geral: 26 autosde contraordenação: 18 no âm-bito da legislação da proteção danatureza e do ambiente e oito noâmbito da legislação policial.

Ourique – Prisão preventiva por lenocínioO Comando Territorial de Beja,através do Núcleo de Inves-tigação Criminal de Aljustrel,entre os dias 10 e 15 de junho,no concelho de Ourique, rea-lizou uma operação que cul-minou na detenção de um ho-mem, de 59 anos, pelos crimesde lenocínio, auxílio à imigraçãoilegal, detenção de arma proi-bida, fraude fiscal qualificada ebranqueamento.No decorrer das diligências deinvestigação foram cumpridos 12mandados de busca, três domi-ciliárias e nove não domiciliárias,entre as quais, uma a um es-critório de contabilidade comsede na região do Algarve, uma aum terreno em construção e setea veículos. Foram ainda identi-ficadas 15 mulheres de váriasnacionalidades, com idades com-preendias entre os 23 e os 50anos. Três delas, por se encon-

trarem em situação ilegal emterritório nacional, foram notifi-cadas para abandonar o país noprazo de 20 dias e, outras duas,por se encontrarem em situaçãoirregular, foram notificadas paracomparecer no Serviço de Estran-geiros e Fronteiras.Do material apreendido, destaca-se: 10.870,77 euros em nume-rário; sete veículos automóveis;um sistema de vídeovigilância;uma espingarda pressão de ar;uma arma branca; diversas notasdos países África do Sul, Brasil,Estados Unidos da América eRoménia; 2 911 preservativos;130 embalagens de gel lubri-ficante; Telemóveis, computa-dores, tablet e dispositivosmóveis de armazenamento dedados.Foram ainda apreendidos mi-lhares de cartões de consumo ede publicidade alusiva ao local

onde se praticavam os crimes,bem como talões de depósitos emcontas bancárias, livros de fatu-ração e de guias de transporte,bem como, talões de fecho decaixa.O detido, já com antecedentescriminais pelo mesmo tipo decrimes, após ter sido presente aoTribunal Judicial da Comarca deOurique, no sábado, dia 15 dejunho, ficou sujeito à medida decoação de prisão preventiva,sendo que o local onde os crimeseram praticados ficou interdito.A operação contou com o apoioda Direção de InvestigaçãoCriminal, da Unidade de Inter-venção e do Destacamento deIntervenção de Faro, para alémda estrutura de InvestigaçãoCriminal e de outros Desta-camentos, do Comando Terri-torial de Beja.

20 de junho de 2019ÚLTIMA PÁGINA

Pedrogão Grande: Doisanos depois dos incêndios«não se vê nada a renascer

com ordem» O vigário-geral da Diocese de Coimbra presidiu, no dia 17, emCastanheira de Pera à Missa em sufrágios pelas vítimas dos incêndiosde 2017 e incentivou as comunidades afetadas a “reabrirem as portasà vida”.No segundo aniversário da tragédia que afetou diversos concelhosdos Distrito de Coimbra, Leiria e Castelo Branco, em particular alocalidade de Pedrógão Grande, a igreja Matriz de Castanheira de Peraacolheu uma Eucaristia onde marcaram presença o presidente daRepública, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro AntónioCosta.“A igreja estava cheia, as pessoas ainda vivem com muita intensidadeo que aconteceu”, realça o cónego Pedro Lopes de Miranda, frisandoque a celebração “foi muito mais do que um ato protocolar ao qual asautoridades máximas do Estado foram assistir”.A 17 de junho de 2017, um incêndio florestal na zona de Pedrógão

Grande, no Distrito de Leiria, que alastrou posteriormente aos concelhosvizinhos de Castanheira de Pera, Figueiro dos Vinhos, Ansião; tambémaos concelhos da Sertã (Castelo Branco), Pampilhosa da Serra e Penela(Coimbra) provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos.As chamas deixaram ainda mais de 500 casas destruídas e devastarampelo menos 20 mil hectares de floresta.Esta segunda-feira foi também assinado um protocolo de entendimentoentre a Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrogão Grande e asInfraestruturas de Portugal para a construção de um monumento àsvítimas do incêndio.De acordo com o cónego Pedro Lopes de Miranda, que foi pároco emPedrogão Grande durante 6 anos, entre 1999 e 2005, dois anos depoisa tragédia ainda está muito presente, quer nas pessoas quer napaisagem.Nas aldeias as pessoas ainda falam “com muita emoção acerca domedo que tiveram, da aflição de perder tudo”, e o terreno ainda estámuito marcado pelo “cinzento e negro dos muitos restos de pinheiroqueimado, de eucalipto”.“Não se vê nada a renascer com ordem, do princípio, ainda não se vêuma reflorestação com rigor, portanto o que se presume é que daqui a10 anos tudo aquilo está crescido outra vez e estará tudo outra vezprontinho para haver um incêndio mais ou menos semelhante”, alertao sacerdote, aludindo a outras situações que já viveu no passado.“Logo quando cheguei aqui houve grandes incêndios quer emCastanheira de Pera quer em Pedrogão Grande, não com a gravidadeque este teve nem de perto nem de longe. Embora os incêndios de 2017tenham sido em dias e em condições climaticas de exceção”, acrescentao vigário-geral da Diocese de Coimbra, para quem é fundamental uma“exploração da floresta de forma ordenada, criteriosa”.Em termos dos trabalhos de reconstrução, atualmente estão concluidas90 por cento das habitações, sendo que cerca de um terço dizem respeitoa novas construções e as restantes a reconstruções parciais.No que toca ao trabalho da Cáritas Diocesana de Coimbra, estaparticipou na reconstrução parcial ou completa de 33 habitações, numinvestimento total de mais de 1 milhão e 600 mil euros.

JCP, Fonte Ecclesia

Vaticano: Papa exige obediência e discriçãoaos seus representantes diplomáticos no mundo

O Papa encontrou-se, no dia 13,com mais de uma centena derepresentantes diplomáticos daSanta Sé, em todo o mundo, aquem recordou os deveres de“obediência”, lealdade e dis-crição, no desempenho das suasfunções.“É, por isso, inconciliável serrepresentante pontifício e criticaro Papa, pelas costas, ter bloguesou mesmo unir-se a gruposhostis a ele, à Cúria e à Igreja deRoma”, advertiu, num textoentregue a estes responsáveis edivulgado pelo Vaticano, antes deum encontro de duas horas, àporta fechada.

O documento desafia os núncios(embaixadores da Santa Sé) aevitar qualquer situação de po-tencial “fraude” e a rejeitar as“calúnias”.Francisco pede ainda atenção apresentes que possam ter umvalor excessivo, desejando queos representantes da Santa Sénão procurem luxo ou roupas “demarca”, em particular quandodesempenham funções junto depessoas que vivem sem o mínimonecessário.O texto sublinha que estes res-ponsáveis não são meros “fun-cionários” do Papa ou da SantaSé, pelo que devem cultivar uma

vida de oração.Até sábado, 103 representantespontifícios (98 núncios apos-tólicos e cinco observadorespermanentes) estão no Vaticanopara uma série de encontros como Papa e seus colaboradores,numa iniciativa que decorre acada três anos.Antes da sua reunião destamanhã, Francisco quis recordaro núncio apostólico na Argen-tina, D. León Kalenga Badikebele,que faleceu em Roma, esta quar-ta-feira, vítima de doença súbita.

OC, Fonte Ecclesia

Fórum Internacional de Jovens dá continuidadea dinâmica do Sínodo dedicado às novas gerações

O Vaticano vai promover entrequarta-feira e sábado um FórumInternacional de Jovens, com apresença de dois representantesportugueses, que procura darcontinuidade a dinâmica do Síno-do dedicado às novas gerações,de outubro de 2018.A iniciativa, apresentada hoje emconferência de imprensa, tem comotema ‘Os jovens em ação numaIgreja sinodal’.A Conferência Episcopal Portu-guesa vai estar representada porJoão Nuno, do DepartamentoDiocesano da Pastoril Juvenil doPorto, e Catarina Duarte, doDepartamento Diocesano da Pas-toral Juvenil de Lamego.D. Joaquim Mendes, presidente daComissão Episcopal do Laicado eFamília, encontrou-se com osjovens antes da partida destes paraRoma.“Acompanhamos este encontrocom muito interesse e estamos emligação com o desenvolvimentodos trabalhos”, assinala o respon-sável à Agência ECCLESIA.

O encontro no Vaticano vai contarcom a participação de cerca de 250jovens de 110 países e de 40movimentos e comunidades, parapartilharem experiências pastoraisnas comunidades católicas.Em declarações aos jornalistas, opadre Alexandre Awi Mello, secre-tário do Dicastério para os Leigos,a Família e a Vida (Santa Sé),precisou que os trabalhos vãocentrar-se sobre as “consequên-cias do Sínodo” de 2018 nasdioceses e movimentos eclesiais,relativamente ao campo da pasto-ral juvenil e vocacional.

Os participantes vão ainda deba-ter a exortação apostólica pós-sinodal ‘Cristo Vive’, que o Papapublicou este ano.Francisco vai encontrar-se emaudiência, com os jovens, estesábado.O prefeito do Dicastério para osLeigos, a Família e a Vida, cardealKevin Farrell, sublinha que “umdos maiores desafios de que osjovens falam é que não participamativamente da Igreja”.“Este encontro pós-sinodal é oinício de um processo que esperoque continue todos os anos aquiem Roma, onde reunimos jovenspara falar sobre a Igreja nosdiferentes contextos em que estálocalizada e do que somos cha-mados a fazer pelos jovens”,assinalou, na véspera do encontro.Os jovens de todo o mundo sãoconvidados a seguir o fórumatravés das redes sociais, usandoa hashtag #youthforum19, e apartilhar as suas experiências.

OC, Fonte Ecclesia