semana santa 2016 -...

12
QUARESMA: CONVERSÃO, MISERICÓRDIA E FRATERNIDADE Informativo Salette Santuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Março/Abril 2016 | Ano XI | N° 78 Começa a Quaresma e com ela nossa caminhada com Jesus, para celebrar a Páscoa. É tempo especial de conversão, misericórdia e frater- nidade. Na Quarta-feira de Cinzas, ao receber as Cinzas, ouvimos o convite de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). A atitude de conversão deve ser vivi- da através da oração, da penitência e da caridade. A oração, como en- contro pessoal com o Senhor, abreviando as distâncias criadas pelo pecado; a penitência, para nos libertarmos das dependências daquilo que passa e para procurar- mos ser mais sensíveis e misericordiosos; e, a caridade, acolher quantos têm necessidade do nosso tempo, da nossa amizade e da nossa ajuda. Jesus nos chama a vi- ver a oração, a caridade e a penitência com coerência. A cor roxa utilizada neste tempo litúrgico possui significado penitencial. Ela é sinal e recordação de pe- nitência que integra o processo de conversão a que to- dos somos chamados a viver na misericórdia. O esforço de superação do pecado sempre comporta renúncias e sacrifícios; o mesmo ocorre quando se busca o cresci- mento na vida cristã, como a vivência do amor fraterno. Nesta Quaresma do Ano Santo da Misericórdia so- mos chamados a buscar, ainda mais, a misericórdia de Deus, por meio da oração e do sacramento da Recon- ciliação. A misericórdia de Deus transforma o coração de cada pessoa e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. Caminhemos com Jesus, para celebrar a vida. Fonte – cnbb.org.br SÁBADO 19/03/16 •Via-Sacra com a Catequese no Bosque do Seminário 09h •Procissão e Missa de Ramos 18h DOMINGO DE RAMOS 20/03/16 •Procissão e Missa às 09h – 11h – 19h SEGUNDA-FEIRA SANTA 21/03/16 •Confissões 8h30m às 11h30m – 14h às 16h •Missa da Saúde e Unção dos Enfermos às 16h30m TERÇA-FEIRA SANTA 22/03/16 •Confissões 8h30m às 11h30m /14h às 18h /19h30m às 21h QUARTA-FEIRA SANTA 23/03/16 •Missa e Novena 07h QUINTA-FEIRA SANTA 24/03/16 •Missa da Instituição da Eucaristia e Lava Pés – 20h •Adoração ao Santíssimo 22h às 00h SEXTA-FEIRA SANTA 25/03/16 •Adoração ao Santíssimo 8h às 15h •Celebração da Paixão e Morte de Cristo 15h •Via-Sacra 19h30m SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL 26/03/16 •Benção do fogo novo e procissão 20h DOMINGO DE PÁSCOA 27/03/16 •Missa da Ressurreição 09h – 11h – 19h SEMANA SANTA 2016

Upload: phungcong

Post on 14-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

QUARESMA: CONVERSÃO, MISERICÓRDIA E FRATERNIDADE

Informativo SaletteSantuário Nossa Senhora da Salette | Curitiba | www.santuariosalette.com.br | Março/Abril 2016 | Ano XI | N° 78

Começa a Quaresma e com ela nossa caminhada com Jesus, para celebrar a Páscoa. É tempo especial de conversão, misericórdia e frater-nidade. Na Quarta-feira de Cinzas, ao receber as Cinzas, ouvimos o convite de Jesus: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). A atitude de conversão deve ser vivi-da através da oração, da penitência e da caridade. A oração, como en-contro pessoal com o Senhor, abreviando as distâncias criadas pelo pecado; a penitência, para nos libertarmos das dependências daquilo que passa e para procurar-mos ser mais sensíveis e misericordiosos; e, a caridade, acolher quantos têm necessidade do nosso tempo, da nossa amizade e da nossa ajuda. Jesus nos chama a vi-ver a oração, a caridade e a penitência com coerência.

A cor roxa utilizada neste tempo litúrgico possui significado penitencial. Ela é sinal e recordação de pe-nitência que integra o processo de conversão a que to-dos somos chamados a viver na misericórdia. O esforço

de superação do pecado sempre comporta renúncias e sacrifícios; o mesmo ocorre quando se busca o cresci-mento na vida cristã, como a vivência do amor fraterno.

Nesta Quaresma do Ano Santo da Misericórdia so-mos chamados a buscar, ainda mais, a misericórdia de Deus, por meio da oração e do sacramento da Recon-ciliação. A misericórdia de Deus transforma o coração de cada pessoa e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. Caminhemos com Jesus, para celebrar a vida.

Fonte – cnbb.org.br

SÁBADO 19/03/16•Via-Sacra com a Catequese no Bosque do Seminário 09h

•Procissão e Missa de Ramos 18h

DOMINGO DE RAMOS 20/03/16•Procissão e Missa às 09h – 11h – 19h

SEGUNDA-FEIRA SANTA 21/03/16•Confissões 8h30m às 11h30m – 14h às 16h

•Missa da Saúde e Unção dos Enfermos às 16h30m

TERÇA-FEIRA SANTA 22/03/16•Confissões 8h30m às 11h30m /14h às 18h /19h30m às 21h

QUARTA-FEIRA SANTA 23/03/16•Missa e Novena 07h

QUINTA-FEIRA SANTA 24/03/16•Missa da Instituição da Eucaristia e Lava Pés – 20h

•Adoração ao Santíssimo 22h às 00h

SEXTA-FEIRA SANTA 25/03/16•Adoração ao Santíssimo 8h às 15h

•Celebração da Paixão e Morte de Cristo 15h•Via-Sacra 19h30m

SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL 26/03/16•Benção do fogo novo e procissão 20h

DOMINGO DE PÁSCOA 27/03/16•Missa da Ressurreição 09h – 11h – 19h

SEMANA SANTA 2016

Caríssimos, Graça e Paz a todos! Passam dias, meses, anos o calen-

dário, devidamente convencionado, contempla início e fim de cada ano. A história de cada pessoa, inserida no mundo, é constituída pelo somatório das suas atividades, opções, valores. Sendo assim, que este NOVO ANO seja repleto de mudanças, seja um tempo de refazer projetos e seja para todos nós um grande recomeço. É necessário lançarmos nosso olhar para o futuro e darmos passos firmes no hoje de nossa história. Abre-se, à nossa frente, uma cortina de esperança... almejamos paz... saúde... emprego... casa própria... justiça... ética.... Enfim, nosso desejo se torna real, puro e verdadeiro à medida que abraçamos a vida com alegria e coragem. Encaremos com alegria o 2016!

Iniciamos, no mês de fevereiro, a grande caminhada penitencial de conversão para celebrarmos a Páscoa Anual, renovando nossos compromissos cristãos de seguidores e seguidoras de Jesus. Sabiamente, a Mãe Igreja nos indica, como gesto concreto de conversão e ruptura com o pecado, a sincera adesão à proposta da Campanha da Fraternidade. Este ano ela será Ecumênica (CFE), e tem por objetivo o debate de questões relativas ao saneamento básico, desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs. O tema escolhido para a

EDITORIAL

Campanha é “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema, “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24). Será um necessário e exigente caminho de conversão que devemos fazer a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos: a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência total dos serviços de saneamento básico em nosso país. Desejo que a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 e o tempo quaresmal contribuam para mobilizar e criar espaços ecumênicos de comprometimento com a Casa Comum, fortalecendo nossa fé e a esperança, em que o direito brote como fonte e a justiça qual riacho que não seca.

Estamos vivendo o ano extraordinário da Misericórdia, aberto pelo Papa Francisco, no dia 08 de dezembro de 2015, festa da Imaculada Conceição, e que se estenderá até a festa de Cristo Rei, aos 20 de novembro de 2016. Esse ano extraordinário vem ao encontro dos anseios e expectativas da humanidade, tão marcada nos últimos tempos por tragédias, violência, atos de terrorismo, guerras, injustiças e tantos outros sinais de dor, angústia e morte. Em cada situação e acontecimento, desde os que têm o foco da grande mídia, quanto os que passam pelo anonimato, merecem do Papa uma atenção especial, conclamando os homens e mulheres, jovens e crianças, entidades governamentais e não governamentais, crentes e ateus a se empenharem por um mundo novo, que anseia por misericórdia, justiça e paz. Que a verdadeira Porta

PALAVRA DO REITOR

2

da Misericórdia, que é Cristo Jesus, seja nossa Luz e nossa Esperança na árdua caminhada da vida.

Passado o tempo do merecido descanso, estamos de volta com nossas atividades paroquiais. O ano promete ser cheio... Que bênção!

•Estamos dando uma atenção especial às pastorais e movimentos de nosso Santuário. Algumas delas(es) precisam de sangue novo...

•Estamos reestruturando o atendimento em nossa Secretaria Paroquial. Confira os novos horários de atendimento no expediente abaixo.

•Continuaremos, com Alegria, a Missão iniciada no ano passado, reiniciando as visitas já neste mês de março.

•A comissão de obras já iniciou seus encontros, pois queremos dar continuidade a revitalização de nosso espaço.

•A catequese 2016, já estruturada, vai iniciando suas atividades.

•Esteja atento(a) aos eventos festivos no salão paroquial.

•Celebraremos a Páscoa numa semana de atividades intensas.

Conclamo a todos para acolher, participar e valorizar com intensidade a caminhada comunitária deste novo ano. Confira nossa agenda de atividades e se some com alegria na missão.

Que Maria, Mãe de Deus e nossa, nos acompanhe na caminhada quaresmal. Interceda junto a seu Filho Jesus, para alcançarmos as bênçãos de que precisamos para o bom êxito de nossa caminhada em 2016.

Fraternalmente,Pe. Renoir Juslei Dalpizol, MS

Reitor do Santuário Salette de Curitiba - PR

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DA SALETTERua Lange de Morretes, 691Jardim Social - Curitiba – PR.

CEP: 82520-530 - Fone: (41)3256-3625 www. santuariosalette.com.br

e-mail:[email protected]

REITORPe. Renoir Juslei Dalpizol – MS

VIGÁRIO PAROQUIALPe. Anacleto Ortigara – MS

Diácono: Honorival Carlos MagnoIr. Emerson AguiarIr. Henrique Aguiar

Ir. Tiago Costa da Silva

EXPEDIENTE DA SECRETARIADe segunda a sexta-feira

Das 8:00h às 18:00h e das 19:00h às 22:00hSábados

Das 8:30h às 11:30h e das 13:30h às 16:00hDomingos

Das 8:00h às 12:00hHORÁRIO DE MISSA

Segunda feira: 16:30h Missa da saúdeQuarta feira: 07:00h Missa com novena

Quinta feira: 19:30h Adoração 20:00h Missa com benção do Santíssimo

Sábado: 10:30h Missa da CatequeseSábado: 18:00h

Domingo: 09:00h; 11:00h e 19:00h.

MISSAS COM OUTROS HORÁRIOS1ª sexta feira: 16:30h

dia 19 de cada mês: 16:30hSe sábado: 10:30h e 18:00h

Se domingo: 09:00h, 11:00h e 19:00hCENTRO SOCIAL

Atendimento toda 4ª feira do mês das 13:30h às 16:30h

www.centrosocialsrl.com.brIMPRESSÃO

Topgraf Editora e Gráfica Ltda.Fone: 41.3668-2326

Tiragem: 2.000 exemplares***Os artigos assinados são de total

responsabilidade de quem os escreve***

Informativo Salette

IGREJACAMPANHA DA FRATERNIDADE

SOBRE O SANEAMENTO

BÁSICO

3

Campanha da Fraternidade sobre o saneamento bá-sico

A Campanha da Fraternidade deste ano está tratan-do sobre saneamento básico, com o tema “Casa Co-mum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”, trecho tirado do Profeta Amós, 5, 24.

Ela desenvolverá suas atividades chamando aten-ção para o problema do meio ambiente e ausência par-cial ou total de saneamento básico, através de homilias nas missas, reflexões em grupos de vizinhos, palestras e meios de comunicação em geral. Além disso, ela propõe ações concretas para auxiliar, por exemplo, na prática do lixo seletivo, na limpeza dos rios e lagos, dos cuida-dos com focos de proliferação de mosquitos da dengue e outros, no cuidado com as árvores e o ar.

A responsabilidade principal do saneamento básico é do Poder Público e ele tem dinheiro para isto, através de nossos impostos. Porém, muitas vezes não aplica este valor no saneamento. A CF propõe contato com autoridades, prefeituras, câmaras municipais para auxi-liar na reflexão sobre tal responsabilidade e impulsionar tais ações públicas. O cidadão comum pode colaborar, através da participação efetiva em campanhas de lim-peza, através da educação dos filhos para a seleção do lixo, por exemplo, do uso correto da água, da ordem e da limpeza de seus espaços domésticos. A educação das pessoas para cuidar bem da “casa comum”, que é o meio ambiente, é, na verdade, algo de responsabilidade não só do poder público, mas de todas as pessoas, do comércio e de outros segmentos sociais, inclusive das Igrejas e comunidades religiosas.

A CF não trata de problemas estritamente religiosos, doutrinais ou dogmáticos, mas de causas sociais que interessam a todos, independente de credo religioso. Ela, de sua parte, faz isso a partir do ponto de vista da fé, pois a fé move os que creem para buscar o bem para todos. A CF trabalha sempre com o método Ver, Julgar e Agir. Procura fornecer dados científicos abali-zados, estatísticas confiáveis, para que todos tenham conhecimento do que está acontecendo na área em dis-cussão. No julgar, ela propõe comparação da realidade com os dados da fé, ou seja, a Palavra de Deus expressa na Bíblia Sagrada. No agir, propõe ações concretas ou desperta os grupos para descobrir ações para a reali-dade local. Em Juiz de Fora, escolhemos duas ações concretas inicialmente: a conscientização sobre o cui-

dado com o lixo seletivo, inclusive colaborando com as pessoas mais pobres que vivem de vender lixo reciclá-vel. A segunda ação concreta é ajudar a salvar os rios. Na cidade de Juiz de Fora, pretendemos colaborar com o Poder Público, e fazer parceria com empresas, para maior conscientização a respeito da limpeza e do res-peito para com o Rio Paraibuna, devolvendo a ele sua condição natural de ambiente propício para a piscicul-tura e uso bom de suas águas, evitando inclusive lançar nele o lixo ou o esgoto.

A partir do lema, tirado do Profeta Amós, acredito que nunca devemos nos conformar com a situação de desajuste social, pois fere a pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus. Se cada um fizer algu-ma coisa, algo novo surgirá.

Este ano a CF está sendo feita de forma ecumênica, com os segmentos cristãos evangélicos que aceitam o diálogo religioso. Ecumenismo não é renunciar pontos de doutrina que se crê e prega, mas é estar firme e fiel no que se crê, porém, estar ao mesmo tempo, aberto para reconhecer que coisas boas não existem somente no seu grupo religioso. É abrir-se, madura e fraternal-mente, ao outro pelo diálogo respeitoso e para ações concretas em ações conjuntas. Sempre afirmamos, en-tre as Igrejas cristãs, que o que nos une é muito mais forte que o que nos separa. O principal que nos une é crer em Jesus Cristo e na sua Palavra, na sua proposta de vida que é baseada no amor a Deus e ao próximo. Além de outras atividades, a CNBB (Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil) propõe ao CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs), composto por Igrejas e Expressões Religiosas abertas ao ecumenismo, realizar a CF em conjunto. É o caso deste ano, pela quarta vez. Neste ano, queremos lutar juntos em cada uma de nos-sas comunidades, das diversas tradições cristãs parti-cipantes, em vista de vencer os desafios enormes no campo do Saneamento Básico, pensando sobretudo nos mais empobrecidos. Afinal, Cristo nos ensinou: amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado (Jo. 13, 34). Os cristãos autênticos encontrarão o caminho da unidade desejada por Cristo: Que todos sejam um como eu e Tu, Pai, somos um (Jo, 17,21).

Cuidemos, com paz e fraternos sentimentos, da nos-sa casa comum.

Dom Gil Antônio MoreiraArcebispo de Juiz de Fora - MG

Fonte – CNBB.ORG.BR

Informativo Salette

ESPIRITUALIDADE

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA SÃO O CORAÇÃO DA NOSSA FÉ

4

“As Obras de Misericórdia são o coração da nossa fé em Deus”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na sua primeira Missa após a pausa de Na-tal, no dia 7 de janeiro, na Casa San-ta Marta. Refletindo sobre a primeira Leitura, tirada da primeira Carta de São João Apóstolo (1 Jo 4, 19-5, 4), o Papa advertiu que devemos nos pro-teger da “mundanidade” e daqueles espíritos que nos distanciam de Deus que se fez carne por nós.

»“PERMANECER EM DEUS” O Papa Francisco desenvolveu sua

homilia, partindo dessa afirmação de João na primeira Leitura. “Permane-cer em Deus é um pouco o respiro da vida cristã”. Um cristão, disse o Pontífice, “é aquele que permanece em Deus”, que “tem o Espírito Santo e se deixa guiar por Ele”. Ao mesmo tempo, lembrou Francisco, o Apóstolo adverte sobre professar a “fé a todo espírito”. Devemos, portanto, colocar à “prova os espíritos, testar se eles são realmente de Deus. E essa é a re-gra cotidiana de vida que nos ensina João”.

Mas o que isso significa “testar os espíritos?”. Não se trata de “fantas-mas”, fez questão de frisar o Papa, “trata-se de ‘provar’, ver o que acon-tece em meu coração, qual é a raiz do

que eu estou sentindo agora, de onde vem? Isso é testar para provar, se o que eu sinto vem de Deus ou vem do outro, do anticristo”.

»DISCERNIR BEM O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM NOSSA ALMA

A “mundanidade”, continuou o Papa, é, precisamente, “o espírito que nos afasta do Espírito de Deus que nos faz permanecer no Senhor”. “Qual é então o critério para fazer um bom discernimento do que está acontecen-do em minha alma?”, perguntou-se Francisco. O Apóstolo João dá ape-nas um: “todo espírito que reconhece Jesus Cristo feito carne é de Deus; e todo espírito que não reconhece Jesus não é de Deus”: “O critério é a En-carnação. Eu posso sentir tantas coi-sas dentro de mim, até mesmo coisas boas, boas ideias, mas se essas boas ideias, esses sentimentos não me le-vam a Deus que se fez carne, não me levam ao próximo, ao irmão, não são de Deus. Por essa razão, João começa essa passagem de sua carta dizendo: ‘Este é o mandamento de Deus: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros’”.

»AS OBRAS DE MISERICÓRDIA SÃO O CORAÇÃO DA NOSSA FÉ

Podemos fazer “muitos planos pastorais”, acrescentou o Papa, ima-

ginar novos “métodos para chegar mais perto das pessoas”, mas “se não fizermos o caminho de Deus encarna-do, do Filho de Deus que se fez ho-mem para caminhar conosco, nós não estaremos na estrada do bom espírito: é o anticristo, é a ‘mundanidade’, é o espírito do mundo”: “Quanta gente encontramos na vida, que parece es-piritual: ‘Mas, que pessoa espiritual!, pensamos. Mas, nem se fala de Obras de Misericórdia. por quê? Porque as Obras de Misericórdia são exatamente o concreto de nossa confissão que o Filho de Deus se fez carne: visitar os doentes, dar comida a quem não tem alimento, cuidar dos ‘descartados’… Obras de Misericórdia.. por quê? Por-que cada irmão que devemos amar, é carne de Cristo. Deus se fez carne para se identificar conosco. E aquele que sofre… é Cristo que sofre”.

»SE O ESPÍRITO VEM DE DEUS, ME CONDUZ AO SERVIÇO AOS OUTROS

“Não professem fé a todo espíri-to, sejam atentos! Ponham à prova os espíritos para testar se realmente pro-vém de Deus”, reiterou o Papa e subli-nhou que “o serviço ao próximo, ao ir-mão e à irmã que precisam”, “precisa também de um conselho, que precisa de meus ouvidos para ser escutado”. Esses são “os sinais de que vamos no caminho do bom espírito, ou seja, no caminho do Verbo de Deus que se fez carne”. “Peçamos ao Senhor a graça de conhecer bem o que acontece em nosso coração, aquilo de que gosta-mos de fazer, o que nos toca mais: se é o espírito de Deus, que me conduz ao serviço aos outros, ou o espírito do mundo, que gira ao meu redor, dos meus fechamentos, dos meus egoísmos e de tantas outras coisas… Peçamos a graça de conhecer o que acontece em meu coração”, finalizou Francisco.

Informativo Salette

LITURGIAO MISTÉRIO PASCAL: FONTE DA VIDA LITÚRGICA

5

Estimad@ Leit@r,Estamos nos aproximando da

Páscoa, primeira e maior festa dos cristãos. Durante o tríduo pascal, te-remos a oportunidade de fazer me-mória dos últimos passos de Jesus: a sua entrega amorosa na Fração do Pão, sua Paixão, Morte e Ressur-reição. Essa memória litúrgica, que iremos celebrar, constitui o mistério central da nossa fé. Por isso, nes-ta edição de “O que celebramos”, falaremos sobre o Mistério Pascal como fonte da vida litúrgica. Con-tudo, antes de abordarmos o tema propriamente dito, busquemos o significado dessas duas palavras: Mistério e Páscoa

Mistério é uma palavra de ori-gem grega (mystérion) que deriva do verbo (mýein) e significa literal-mente: calar a boca, silenciar. Isto é, para os gregos, diante de algo que não se pode alcançar por ser demasiadamente grandioso, o ser humano deve calar-se, fazendo um profundo silêncio afim de experi-mentá-lo no coração.

Páscoa, em hebraico Pessach,

era uma festa de passagem, come-morada na região do Mediterrâneo. Os povos que ali viviam festejavam a passagem do inverno para a pri-mavera. Geralmente, essa festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores, chamada Equinó-cio da Primavera.

Com o passar do tempo, a Pás-coa foi ganhando novo significado. Assim, para os pagãos, a Páscoa era o momento de aplacar a fúria da divindade exterminadora que passa-va pelo acampamento para sacrifi-car os animais. Para os Hebreus, a Páscoa tornou-se o momento de se fazer memória da ação libertadora de Deus que tirou o seu povo da es-cravidão no Egito. Para os Cristãos, a Páscoa é o momento onde se faz memória da libertação do ser hu-mano, dada através de um fato, a saber, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Só a partir da concepção cris-tã de Páscoa, é que se pode falar de Mistério Pascal, porque, para os cristãos, a Páscoa não é apenas um

acontecimento histórico, mas uma pessoa, cuja Vida, Pregação, Paixão, Morte e Ressurreição constituem o verdadeiro mistério da salvação.

A Igreja, afim de renovar conti-nuamente as maravilhas do Mistério Pascal de Jesus, e para salvar toda a humanidade e assim glorificar a Deus, no decorrer dos séculos, as-sumiu os sacramentos e a liturgia como perpetuação do Mistério Sal-vador de Cristo. “Porque Cristo é o centro da liturgia e a celebração vem recordar tudo o que ele viveu e realizou com a grande fi nalidade de salvar e libertar todos os homens, tornando a todos fi lhos de Deus” (GOBOR. 2011 in: http://gobor.blo-gspot.com.br).

Embora todos os anos façamos numa semana a memória histórica deste acontecimento salvador, este evento não esgota a força salvadora que esse mistério produz na Igreja, pois todas as vezes que nos reuni-mos para celebrar um Sacramento, atualiza-se, na história, a Páscoa do Senhor. Assim, os Sacramentos comunicam o Mistério Pascal de Cristo e toda vez que a Igreja atua na Liturgia, é Cristo que, através dos “sinais-sacramentos”, revive e novamente aplica aos homens seu Mistério Pascal.

Diante desse mistério, somos chamados a aplicar a sabedoria grega. Silenciar a mente para na Li-turgia, que é o mistério celebrado, fazer a experiência de nos deixar do-minar por ele.

Ir. Tiago Costa da Silva, MS

“PORQUE CRISTO É O CENTRO DA LITURGIA E A CELEBRAÇÃO VEM RE-CORDAR TUDO O QUE ELE VIVEU E REALIZOU COM A GRANDE FINALIDADE DE SALVAR E LIBERTAR TO-DOS OS HOMENS, TOR-NANDO A TODOS FILHOS DE DEUS”

Informativo Salette

SALETINIDADE 6

ASSEMBLEIA ANUAL DOS MISSIONÁRIOS SALETINOS

Aconteceu, de 25 a 29 de Janeiro, a Assembleia anual da Província Imaculada Conceição – Brasil. Os Missionários de Nossa Senhora da Salette se reuniram nesses dias para avaliar o ano que passou, e responder, com ousadia e coragem aos apelos e desafios que a missão reconci-liadora da Província pede para o ano de 2016.

Nessa ocasião aconteceu também a Profissão Religiosa dos votos dos Noviços: Carlos Guilherme, Cássio da Graça,

Éderson Tiago e Jhony Túlio; as renovações dos votos dos Irmãos: Clodoaldo Tenório, Ed-van Santos, Emerson Aguiar, Fábio Andrade, Franslei Zenat-ti, Henrique Aguiar, José Nilson e Tarcísio Camilo e a Profissão Perpétua dos Irmãos: Claudir Costenaro, Flávio Vieira e Tiago Costa. Com a Virgem Maria, nos-sa Mãe e Padroeira, a Província elevou a prece para que Deus abençoe os sonhos e projetos de cada candidato ao Sacerdócio e à Vida Religiosa.

No dia 28 de Janeiro de 2016, no Santuário de Nossa Senhora da Salette – Curitiba – PR, os Irmãos Claudir Costenaro, Tiago Costa da Silva e Flávio Vieira Carvalho fize-ram a Profissão Perpétua dos votos de Obediência, Pobreza e Castida-de. A celebração foi presidida pelo Vigário Geral dos Missionários Sale-

PROFISSÃO PERPÉTUAtinos Padre Adilson Schio.

“Pela profi ssão religiosa os membros assumem, com o voto pú-blico, a observância dos três con-selhos evangélicos, consagram-se a Deus pelo ministério da Igreja e são incorporados ao instituto com os direitos e deveres defi nidos pelo direito”. (DC Cân. 654). Ou seja,

através da profissão, o religioso não oferece apenas coisas ou ações, mas pela profissão perpétua se entrega a si mesmo para sempre ao serviço de Deus e da Igreja. Rezemos pela fide-lidade desses três jovens e invoque-mos a intercessão da Virgem Maria para que, cada vez mais, haja novas vocações à Vida Religiosa.

Informativo Salette

EIS QUE NOVA TERRA NOS ESPERA

7

Ir. Edvan Pe. Luiz

Ir. Franslei

Há algum tempo, já era desejo da Província italiana trabalhar em parceria com a Província do Brasil. Muitos contatos foram feitos, estabelecidos caminhos, o que eles esperam de nós e o que nós poderíamos oferecer àquela comunidade.

Após o Conselho de Congregação, realizado ano passado, deu-se a decisão de finalmente fe-char o acordo entre as duas Províncias, o Brasil, enviará três Religiosos, o Padre Luiz Carlos, que será responsável pela formação e dois Religiosos em processo de formação, o Ir. Edvan Santo e Ir. Franslei Zenatti, que darão início aos estudos teo-lógicos. Integrar-se-á à comunidade formativa dois italianos que já estão na caminhada formativa, to-talizando assim, cinco membros.

As expectativas são positivas e desafiadoras,

dado que é algo novo que precisa ser gestado. Cer-tamente contamos com a oração e o apoio de to-dos para o bom êxito desse trabalho que vem rea-firmar o nosso rosto missionário e congregacional.

Rogamos à Bem-aventurada Virgem Maria que nos acompanhe com sua proteção nesse novo ser-viço confiado a nós, e que possamos responder com fidelidade o nosso sim. No dia 23 de feverei-ro, partiremos para a nossa nova casa. Levaremos no coração cada um que, ao longo desse tempo, esteve conosco e que certamente continuará unido pelas preces.

Deus abençoe a todos! Permaneçamos unidos pela oração.

Ir. Franslei Zenatti MS

Informativo Salette

As circunstâncias históricas na qual Nossa Senho-ra apareceu a Maximino e Melânia, a 19 de setem-bro de 1846, nos Alpes Franceses, na freguesia de La Salete, são todas estranhas e especiais, e por isso revestidas de tanta complexidade, que não deixariam à qualquer investigador alguma suspeita de tratar-se de um acontecimento que viria a fazer correr muita água debaixo da ponte.

A novidade, rapidamente, se espalha na Região de Corps, pela França, nos países vizinhos e, em segui-da, pelos cinco continentes. Agente pode abordar o evento de diversos interesses, dependendo do ponto de partida. No que concerne a nossa breve reflexão, é importante o fato de que esta Aparição aconteceu num lugar, num momento muito complicado por mudanças políticas, econômicas e sociais.

MARIOLOGIA 8

SALETTE: ESPERANÇA PARA TODO O POVO DE DEUS

ESTA APARIÇÃO ACONTECEU NUM LU-GAR, NUM MOMENTO MUITO COMPLICA-DO POR MUDANÇAS POLÍTICAS, ECONÔ-MICAS E SOCIAIS.

O Céu não aceita que isso continue sistematica-mente assim, de Revolução em Revolução, mas, sem-pre como os mesmos resultados! E desta vez, o Céu reagiu, também, rapidamente, no sentido positivo, é claro, para remeter as coisas no seu devido lugar, vin-do em ajuda dos homens e mulheres deste planeta degredados, quando as escolhas dos maiores pertur-bavam gravemente o plano da criação e revelador de Deus.

La Salette porta uma mensagem de esperança, não somente para os franceses, mas para o mundo inteiro ávido de justiça. “Fazei-a passar a todo o meu povo”. É a palavra de ordem da Bela Senhora aos videntes, no final do seu discurso. Sua mensagem estava plena de esperança para todos os deserdados de todos os tem-pos. O fundamental é isto: se as revoluções humanas falham, é porque os homens pensam somente nos di-reitos humanos, eles esquecem os “direitos de Deus”.

A Mãe de La Salette não se esqueceu de recordar em primeiro lugar os valores teológicos como a ora-ção pessoal de cada dia e a Liturgia comunitária; o desprendimento e a relativização das coisas materiais (contra o excessivo consumismo de nossos tempos); o espírito de submissão aos planos de Deus, contra a mentalidade atual de tudo fazer como se Deus não existisse; a visão do trabalho não somente como pro-dução de riqueza, mas, sobretudo, como dignificação da pessoa humana. Ela falou de tudo atenta às pre-ocupações do povo rural com as batatinhas, o trigo estragado e as uvas que viram pó, como sinal visível de uma corrupção dos corações dos homens vivendo sem Deus.

As supostas ameaças na mensagem que provocam a consciência de alguns, elas não são mais que adver-tências sobre os resultados reais que vêm sempre dos efêmeros sucessos, quando os homens voluntariamen-te organizam seus projetos sem Deus ou ainda vivem contra Ele. A Bíblia é plena de episódios desse gênero. Maria em La Salette indica a justa direção, no contexto dos ensinamentos de seu Filho, Jesus Cristo.

É esta a semente que está lançada e que germi-nando, cria em todos nós a esperança de um mundo melhor. Assim, La Salette é fonte de esperança para todos os povos.

Informativo Salette

AGENDA 9

A ALEGRIA DA MISSÃO

MARÇO02 - REUNIÃO DO CPP – 20H04 - VIA-SACRA NO SANTUÁRIO 16H E 19H30M05 - TERÇO NA PRAÇA NOSSA SENHORA DA SALET-TE – CENTRO CÍVICO – 09H05 - ENCONTRO DE PAIS E PADRINHOS PARA BATIS-MO – DAS 14H ÀS 17H05 - IV DOMINGO DA QUARESMA - MISSA ÀS 10H30M/18H06 - IV DOMINGO DA QUARESMA - MISSA ÀS 09H/11H/19H11 - VIA-SACRA NO SANTUÁRIO 16H E 19H30M12 - ENCONTRO DE NOIVOS – DAS 16H ÀS 18H12 - V DOMINGO DA QUARESMA - MISSA ÀS 10H30M/18H12 - NOITE DO PASTEL DOS LEIGOS SALETINOS13 - V DOMINGO DA QUARESMA - MISSA ÀS 09H/11H/19H13 - ENCONTRO DE NOIVOS – DAS 16H ÀS 18H13 - FESTA DE ÁCIES (LEGIÃO DE MARIA)18 - VIA-SACRA NO SANTUÁRIO 16H E 19H30M19 - ENCONTRO DE NOIVOS – DAS 16H ÀS 18H19 - MISSÕES NO SETOR SÃO BARTOLOMEU19 – 27 - SEMANA SANTA (VER PROGRAMAÇÃO NA CAPA)20 - ENCONTRO DE NOIVOS – DAS 16H ÀS 18H

ABRIL02 - TERÇO NA PRAÇA NOSSA SENHORA DA SALETTE CENTRO CÍVICO – 09H02 - ENCONTRO DE PAIS E PADRINHOS PARA BATIS-MO – DAS 14H ÀS 17H02 - II DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 10H30M/18H03 - II DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 09H/11H/19H06 - REUNIÃO DO CPP – 20H09 - III DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 10H30M/18H09 - MISSÕES NO SETOR SÃO PAULO10 - III DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 09H/11H/19H10 - ALMOÇO FESTIVO16 - IV DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 10H30M/18H16 - ANIVERSÁRIO DO PE. ANACLETO – 91 ANOS17 - IV DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 09H/11H/19H19 - DIA DA RECONCILIAÇÃO:•CONFISSÕES DURANTE TODO O DIA; HORA SANTA ÀS 10H•TERÇO ÀS 16H; MISSA 16H30M 23 - V DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 10H30M/18H24 - V DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 09H/11H/19H30 - VI DOMINGO DA PÁSCOA - MISSA ÀS 10H30M/18H30 - MISSÕES NO SETOR SÃO JUDAS

“Desperta nossa disponibilidade para sair e anunciar, com alegria, o que vimos e ouvimos e a cultivar o sentimento de pertença à Tua e nossa igreja...”

Motivados por estas palavras da oração missionária e pela experiência da visitação que tivemos no final do ano passa-do retomaremos o trabalho missionário. Sob as bênçãos de São José, no dia 19 de março visitaremos as residências do SETOR SÃO BARTOLOMEU. No dia 09 de abril percorrere-mos o SETOR SÃO PAULO. E no dia 30 de abril estaremos em visitas ao SETOR SÃO JUDAS TADEU.

Se você é morador destes setores, abra seu coração e sua casa aos missionários!

Gostaria de fazer parte da equipe de missionários visitado-res? Participe da missa de envio no dia 17 de março, 20h e receba as orientações.

Informativo Salette

BÍBLIA 10

DEUS É DE TODOS E TODOS SOMOS DELE

Pelo mundo afora, Deus tem muitos nomes, mas Ele é um só em três personalidades iguais e distintas: como Pai é o Criador; como Filho é o Salvador e como Espírito Santo é o Santificador. Esse único Deus é só amor, só bem; o que fez, faz e fará, é tudo por amor a nós.

Deus é um só para todo o mundo, “único e ver-dadeiro”, não quer existir e ficar sozinho, distante de suas obras-primas: nós seres humanos. Busca a nossa companhia para ser “igual” a um de nós, menos no mal. E se aproxima tanto que se iden-tifica conosco na pessoa de Jesus, se iguala tanto que o povo o chama “filho do Carpinteiro José e de Dona Maria”.

Nada do que nós dizemos sobre Deus, ou Je-sus, é completo. Nossa ideia de Deus é que ele fica quieto, distante, alheio e precisa ser pacifi-cado por sacrifícios e orações. “Bem... afinal, ele está muito acima de nós”. Mas, Jesus não dá essa ideia de Deus, apesar de ser infinito, o todo-po-deroso, mas sempre o santo, o mais humano de todos os humanos. E não mora lá em cima nos céus, mas habita conosco (Jo 1, 14), em nossas casas, em nosso coração. Somos dele (Cor 1, 1-9: Sl 126). E ele no meio de nós.

Alguns cristãos pensam que Deus até exclui fi-lhos e filhas só porque pensam diferente e seguem outras religiões. Não é assim que Deus gosta. Ele gosta é de fazer comunhão com todos. A Igreja também deve manifestar e viver esta disposição de convidar a todos para uma comunhão universal com o Pai e os irmãos.

O caminho para isto é Jesus: o Redentor e Re-

conciliador com o Pai e os irmãos. Foi para isto que ele irrompeu na História, “porque Deus ama tanto o mundo, a tal ponto que lhe deu seu Filho único para que todos aqueles que nele creem te-nham vida eterna” (Jo 3,16).

Há grandes blocos de pessoas pelo mundo afo-ra que se unem em torno de uma religião especi-fica com espiritualidade própria para se conectar com o sagrado, o mundo espiritual. Eis alguns gru-pos com sua concepção de Deus e foco espiritual:

•Judeus: Deus é o libertador, com espirituali-dade enfocando o sagrado e a ética.

•Cristãos: Deus é Pai em comunhão com os filhos. A espiritualidade orienta o amor.

•Budistas: Deus é o iluminado, como caminho e vivenciam o sagrado e o desapego.

•Islâmicos (muçulmanos, árabes): Deus é a plenitude do bem. Enfocam o sagrado e o servir.

Há milhares de outros grupos. Só pense nas diversidades. Todos vieram de Deus e para ele vol-taremos.

Pe. Anacleto Ortigara, MS

Informativo Salette

BEM ESTAR 11

A ALEGRIA DE VIVERNeste primeiro Informativo do ano, apresentamos

uma interessante reflexão de Heloísa Rocha Silveira que é psicóloga clínica e logoterapeuta. Ela nos ques-tiona sobre como recebemos o novo ano.

“Muita gente recebe 2016 sem otimismo. De-sesperança, angústia, desestabilização, ansiedade, sofrimento, depressão são sentimentos comuns em pessoas de todas as idades. Victor Frankl, criador da Logoterapia, sobrevivente de campos de concentração nazistas, relacionou a esperança com o ânimo pessoal [...] Esperança pode ser sinônimo de confiança. Ter esperança é acreditar que alguma coisa muito boa vai acontecer. E de onde vem essa esperança? Vem de dentro de nós. Porque, ao nascermos, não somos abandonados à nossa própria sorte. Chegamos aqui já aparelhados para enfrentar os desafios que a vida nos trará. Como seres espirituais que somos, rece-bemos de presente a liberdade que nos permite to-mar posição frente ao que não pode ser mudado e a responsabilidade, pela qual podemos escolher, dentre as inúmeras possibilidades de resposta, aquela que tem mais sentido. Somos livres e responsáveis. Como saber a melhor resposta em determinada situação? Através da consciência, nossa bússola interior. Bas-ta estarmos atentos a essa voz, deixá-la se exprimir, ouvir o que ela tem a nos dizer. Somos livres para escutá-la ou não, para segui-la ou não, a escolha cabe a nós. E, se ainda assim for difícil entender qual é a melhor resposta, podemos contar com a ajuda de pes-soas significativas para nós [...] Somos autotranscen-dentes, faz parte da nossa essência a capacidade de amar. Como seres abertos, nossa realização acontece quando deslocamos a atenção de nós mesmos para o outros, para fora de nós [...] Pesquisas comprovam

que o maior desejo de alguém é o de encontrar um sentido para viver [...] Michelangelo, em contato com um bloco de mármore, viu a Pietá e a esculpiu, pode-mos nos deparar com vários blocos de mármore. Ver neles a tarefa a que somos chamados a realizar e que cabe só a nós realizar. Pode ser uma obra de arte, a criação de um filho, a dedicação de uma causa social, o trabalho pela paz, pela ecologia, pelas pessoas que sofrem... Pode ser a realização da missão confiada a nós pela vida. A fé incondicional em um significado da vida pode transformar qualquer tragédia em um triunfo. Foi essa crença de Viktor Frankl, o seu cre-do psiquiátrico, o legado que nos deixou [...] Atitudes assumidas por ele constituíram verdadeiras estraté-gias de sobrevivência nos campos de concentração: humildade, não reclamar, não julgar, abandonar-se confiante e seguir em frente. Alegrar-se, rir de si mes-mo, fazer pactos com a própria consciência, observar, dar-se conta, agir, saber ouvir os outros e a própria consciência, contentar-se com o que a vida oferece a cada momento [...] o diálogo com a pessoa ama-da, dar valor às pequenas coisas, apreciar a natureza, ajudar os outros, transformar o sofrimento presente em possibilidade de ajudar para outras pessoas. Seja qual for a situação em que nos encontremos, pode-mos descobri o seu sentido. Isso nos ajudará a recon-ciliar com o tempo presente, buscando formas criati-vas para lidar com ele e para levar os outros a fazer o mesmo. Reafirmar os próprios valores, ter fé na vida presente e futura, unir-se a outros que pensam da mesma forma, perseverar, eis o nosso desafio!” 2016 ainda está só começando e como você quer abraçá-lo? A decisão é sua!

Texto publicado na íntegra na Revita CN, Edição de jan/2016

Aconteceu...