semana da vida em beja solenidade do pentecostes€¦ · na peregrinação nacional da família...

8
23 de maio de 2019 23 maio 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4472 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 2 Página 4 Leira-Fátima: Diocese tem novo sacerdote a quem «muitas» pessoas vão «confiar a vida» O cardeal de Leiria-Fátima, D. António Marto, presidiu este domingo à ordenação sacerdotal de Rui Ruivo, lembrando ao novo padre que muitas pessoas lhe vão confiar “a vida”, partilhar “sofrimentos e alegrias” e con- fessar os pecados. “Muitas vezes, as tuas mãos apertarão outras em sinal de amizade e de paz. Oxalá possam fazer sentir o calor da caridade, a compaixão da misericórdia, a alegria da redenção. Oxalá os outros possam ver, por detrás das tuas mãos, o teu coração de pastor moldado segundo o cora- ção de Jesus”, disse o bispo diocesano, na homilia que pro- feriu na Sé de Leiria. O cardeal português centrou-se na simbologia das mãos do sacerdote, que se erguem sobre as pessoas para “abençoar, batizar, ungir, absolver, confortar, levantar”. D. António Marto salientou que a vida do novo padre passava a estar nas mãos de Deus e a ser as mãos de Cristo: “São as mãos que os discípulos puderam ver aber- tas e trespassadas na cruz. São as mãos que Cristo mostrou aos seus apóstolos após a ressur- reição e que Tomé queria tocar”. Rui Miguel Lopes Ruivo Ferreira, de 40 anos, é formado em Gestão; foi ordenado diácono em abril de 2018, e está em serviço pastoral nas paróquias de Barreira e Cortes, sendo também adminis- trador da Gráfica de Leiria e assistente diocesano do Movi- mento dos Convívios Fraterno Os pais do novo sacerdote tam- bém participaram na celebração, onde entregam os paramentos; antes da Eucaristia a mãe, Maria da Conceição Ruivo, revelou que estava “muito emocionada”. João Ferreira, o pai do novo sacerdote, referiu que “foram sete anos um bocadito atribu- lados”, nos quais chorou muito. “Só espero que Deus o ajude e me ajude a mim”, acrescentou, em declarações spublicadas pela página da Diocese de Leiria- Fátima. Este domingo, o novo sacerdote celebra a sua Missa Nova, a partir das 16h00, na igreja matriz da sua paróquia natal, Juncal. Fonte: Eclesia Fátima: Peregrinação Nacional Salesiana trouxe «desejo de liberdade de ensino em Portugal» D. Francisco Senra Coelho, arcebispo de Évora, presidiu este domingo à Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima e desejou a “conquista da integral liberdade do ensino em Portugal”. O responsável recordou “todos os que “desejam e trabalham pela conquista da integral liberdade do ensino em Portugal”, e que “só é livre quem pode escolher, e só pode escolher quem tem meios que tornem possível e acessível as suas escolhas”. Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”, D. Francisco Senra Coelho citou o exemplo do fundador São João Bosco. Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes Igreja Catedral de Beja 8 de junho 21h30 Vígilia de Pentecostes 9 junho 17h00 Missa do Dia com celebração do Crisma ou Confirmação

Upload: others

Post on 25-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019

23maio2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 € c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4472

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 2

Página 4

Leira-Fátima: Diocese tem novosacerdote a quem «muitas» pessoas vão

«confiar a vida»

O cardeal de Leiria-Fátima, D.António Marto, presidiu estedomingo à ordenação sacerdotalde Rui Ruivo, lembrando ao novopadre que muitas pessoas lhevão confiar “a vida”, partilhar“sofrimentos e alegrias” e con-fessar os pecados.“Muitas vezes, as tuas mãosapertarão outras em sinal deamizade e de paz. Oxalá possamfazer sentir o calor da caridade, acompaixão da misericórdia, aalegria da redenção. Oxalá osoutros possam ver, por detrásdas tuas mãos, o teu coração de

pastor moldado segundo o cora-ção de Jesus”, disse o bispodiocesano, na homilia que pro-feriu na Sé de Leiria.O cardeal português centrou-sena simbologia das mãos dosacerdote, que se erguem sobreas pessoas para “abençoar,batizar, ungir, absolver, confortar,levantar”.D. António Marto salientou quea vida do novo padre passava aestar nas mãos de Deus e a ser asmãos de Cristo: “São as mãos queos discípulos puderam ver aber-tas e trespassadas na cruz. São

as mãos que Cristo mostrou aosseus apóstolos após a ressur-reição e que Tomé queria tocar”.Rui Miguel Lopes Ruivo Ferreira,de 40 anos, é formado em Gestão;foi ordenado diácono em abril de2018, e está em serviço pastoralnas paróquias de Barreira eCortes, sendo também adminis-trador da Gráfica de Leiria eassistente diocesano do Movi-mento dos Convívios FraternoOs pais do novo sacerdote tam-bém participaram na celebração,onde entregam os paramentos;antes da Eucaristia a mãe, Mariada Conceição Ruivo, revelou queestava “muito emocionada”.João Ferreira, o pai do novosacerdote, referiu que “foramsete anos um bocadito atribu-lados”, nos quais chorou muito.“Só espero que Deus o ajude eme ajude a mim”, acrescentou, emdeclarações spublicadas pelapágina da Diocese de Leiria-Fátima.Este domingo, o novo sacerdotecelebra a sua Missa Nova, apartir das 16h00, na igreja matrizda sua paróquia natal, Juncal.

Fonte: Eclesia

Fátima: Peregrinação NacionalSalesiana trouxe «desejo de

liberdade de ensino em Portugal»

D. Francisco Senra Coelho, arcebispo de Évora, presidiu este domingoà Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima edesejou a “conquista da integral liberdade do ensino em Portugal”.O responsável recordou “todos os que “desejam e trabalham pelaconquista da integral liberdade do ensino em Portugal”, e que “só élivre quem pode escolher, e só pode escolher quem tem meios quetornem possível e acessível as suas escolhas”.Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima,sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”, D. Francisco Senra Coelhocitou o exemplo do fundador São João Bosco.

Semana da Vidaem Beja

Solenidade do PentecostesIgreja Catedral de Beja

8 de junho 21h30Vígilia de Pentecostes

9 junho 17h00Missa do Dia com

celebração do Crismaou Confirmação

Page 2: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

A conquistade um título

Nestes dias, um pouco por todoo lado, decorreram os festejos daconquista do título pelo SportLisboa e Benfica. A desilusão etristeza de uns deu lugar à emo-ção e explosão de alegria deoutros, com a natural alteraçãodos batimentos cardíacos.O Futebol, presente em quasetodas as culturas do mundo,desde tempos muito distantes,reune multidões e aproxima ospovos, principalmente quandohá capacidade para os derro-tados reconhecerem a justiça davitória alcançada pelos adver-sários e se juntam à festa. Quan-do mal compreendido, tem tam-bém os seus efeitos nefastos,dando origem a discussõesinúteis, desordens, vandalismose violência.A importância do futebol é tal queleva muitos a falar da sua seme-lhança com uma celebraçãoreligiosa. Deste modo, umestádio é “uma catedral” ou umespaço sagrado, com vinte e seisoficiantes, uma assistência unidapelas cores, símbolos e senti-mentos de igualdade, cânticosentusiasticos, as emoções eabraços próprios da hora do gritode golo, os sacrifícios e as

Editorial “procissões” rumo às portas deentrada dos estádios. No ano-nimato da sociedade actual, comescassa cultura de bairro, ofutebol continua a provocar apartilha de sentimentos. Naverdade, o desporto alimentauma memória colectiva, apela aoextraordináriio e à superação denós mesmos.Apesar da grandeza deste “des-porto rei”, por vezes, ou quasesempre, ficamos com dúvidasacrescidas no que se refere aotempo que se lhe dedica, querpor parte dos próprios canaistelevisivos, quer pelas colec-tividades e indivíduos, pare-cendo que, em determinadoshorários, tudo pára, como senada mais existisse, fazendo crerque o importante é “ver, contem-plar e adorar” este deus que,embora grande, é frágil e tambémtem pés de barro”.Por outro lado, sendo incon-testável a necessidade de razõespara fazer festa, também nofutebol somos arrastados a fazê-la, embora não tenhamos lutadopara o alcançar das vitórias. Osabor destas é tanto maiorquanto mais nos sacrificamos elutamos para as alcançar, con-tando sempre com a possi-bilidade das derrotas.Pessolamente, embora me sejafácil dizer qual é “o meu club”, agrande verdade é que não tenhoclub porque não sou sócio, nãopago as cotas e, vestido deacordo, não vou aos estádiospara, no meio da multidão, mecomportar como um “adeptoferrenho”. Quando assim é, nãopasso de “um ... não praticante”.Enquanto assim vivemos, voucontinuar a sonhar com outrasvitórias a alcançar, mesmo à custade muitos sacrifícios pessoais,cuja celebração será espontãneae gratificante.

António Novais Pereira, Diretor

Porto: Conselho presbiteral projetafundo diocesano de sustentação do clero

O conselho presbiteral da Dio-cese do Porto projetou a criaçãode fundo diocesano de susten-tação do clero, defendendo aindauma maior exigência na formaçãodos diáconos permanentes.Nesta reunião de 15 de maio,presidida por D. Manuel Linda,bispo do Porto, estiveram pre-sentes dois técnicos do CentroDistrital do Porto da SegurançaSocial, Teresa Andrade e TelmoMalheiro Magalhães, sobre oCódigo dos Regimes Contributosdo Sistema Previdencial de Segu-rança Social, no que “diz respeitoaos membros das Igrejas, asso-ciações e confissões religiosas”,lê-se numa nota enviada hoje àAgência ECCLESIA.Da apresentação destes dados,concluíram os presentes que” aopção por escalões mais altos eo respetivo investimento aolongo da carreira contributiva nãotem reversão equivalente oucompensatória na futura pensãode reforma e que, para a maioriados sacerdotes, a pensão de

reforma previsível é muita baixa,não suficiente para uma vidadigna, e não corresponderásequer ao necessário para umaeventual despesa fixa, para quemprecisar de ser acolhido em Larde Idosos”.A partir dos dados lançados,procedeu-se a uma “discussãoquanto à forma de garantir atodos os sacerdotes uma pensãoque permita uma vida digna atodos os sacerdotes, e que osliberte, desde já, de absorventespreocupações económicas”,acrescenta o comunicado.Para responder a “esta insistentepreocupação manifestada pelobispo diocesano e corroboradapor todos os presentes, foi ques-tionada a possibilidade de cons-tituição de uma espécie de fundode capitalização ou de um fundodiocesano de sustentação doclero, que poderia contar com acolaboração institucionalizadadas paróquias e dos sacerdotese que poderia ser gerido pelossacerdotes, por um órgão criado

para o efeito, ou por algumas dasinstituições já existentes, como aCasa Sacerdotal, a FraternidadeSacerdotal e a Irmandade dosClérigos”.Em relação ao outro ponto daagenda, o cónego Adélio Fer-nando Abreu, delegado Epis-copal para o Diaconado Per-manente, fez uma exposiçãosobre a história e a situação atualdo diaconado permanente naDiocese do Porto, deixando“algumas pistas para avaliação ereflexão”.A diocese conta com 98 diáconospermanentes – 14 ordenados em1992 e 84 entre 2010 e 2017.Em formação estão neste mo-mento três candidatos, um jáinstituído acólito e dois leitores,e “não se encontra neste mo-mento ninguém no tempo prope-dêutico, nem no primeiro ano dotempo de formação, em razão daopção diocesana de não aceitarpropostas nos dois últimosanos”.Os membros do conselho pres-biteral decidiram que a Diocesedo Porto “continue a apostar nodiaconado permanente e a contarcom o seu contributo na afirma-ção de uma Igreja chamada a sersinal sacramental da presença deCristo”, conclui.D. Manuel Linda encerrou asessão, manifestando todo o seuempenho na defesa dos pres-bíteros, na promoção do dia-conado permanente e na valo-rização deste Conselho.

LFSFonte: Agência Ecclesia

“Íntegro e abnegado testemunhosacerdotal” de São João Boscocomo exemplo de quem soube“amar, defender, promover e dara vida pelas crianças, adoles-centes e jovens mais pobres”.“Eis irmãos e irmãs a nossavocação: viver e testemunhar oamor que o mandamento de Jesusnos transmite; amar cada serhumano e o mundo criado porDeus com o próprio amor com quesomos amados por Ele, o qualexperimentámos, muitas vezes,na delicadeza da Sua misericórdiae na ternura da Sua presençaeucarística”, referiu.

Fátima: Peregrinação Nacional Salesiana trouxe «desejode liberdade de ensino em Portugal»Já à margem da celebração daMissa, o prelado, disse que “apedagogia e os valores vividos econvividos nas Escolas de D.Bosco, não são desde a suaorigem, elitistas, mas bem pelocontrário, desejadamente aces-síveis a todas as periferias sociaise existenciais”.“São, por isso, um direito deopção para todos os pais eeducadores, para todos as crian-ças, adolescentes e jovens quetenham o gosto de querer optarlivremente por uma Escola Pú-blica Salesiana ou de outrocarisma educativo”, apontou ao

semanário da Arquidiocese deÉvora.“O que se impõe em Portugal éuma lamentável reminiscência dementalidades e ideologias tota-litaristas, ainda que residuais.Estas, impositivamente, e emnome da acessibilidade de todosao ensino público, e do equilíbriode contas, continuam a fazer dosnossos filhos e netos, dos dis-centes, propriedade duma edu-cação exclusivista e monolítica,totalmente conduzida pelo Es-tado”, referiu.O arcebispo de Évora criticouainda “que o “slogan” do dito

“ensino livre em Portugal” nãose torne de facto realidade” epersista o “protecionismo ex-clusivista estatal e a subtil egradual liquidação do ensinopúblico de iniciativa privada, quecontinua a ser apresentado comoluxo para privilegiados, quandopelo contrário, sai mais barato aoEstado”.“Não duvidemos que se trata deum empobrecimento da socie-dade que nos vem pela limitaçãoda pluralidade; uma mutilação danossa cidadania pelas limita-díssimas capacidades de escolhapor parte dos educadores e até

um sinal de subdesenvolvimento,numa Europa e numa globalizaçãoonde as iniciativas e empre-endedorismos dos cidadãosexpressam e apontam cada vezmais o futuro”, disse o prelado“Eis, para nós cidadãos católicos,um desafio concreto, o conhe-cimento dos conteúdos, estudoe aprofundamento da DoutrinaSocial da Igreja, nomeadamentesobre a Liberdade de Ensino.Importa alicerçar as nossas opi-niões para termos um sentidocrítico objectivo…”, concluiu D.Francisco Senra Coelho.

Page 3: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019

Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra.

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

DomingoVI da Páscoa

O nosso Domingo

Ano C23 de maio de 2019

Leitura dos Actos dos ApóstolosNaqueles dias, alguns homens que desceram da Judeia ensinavamaos irmãos de Antioquia: «Se não receberdes a circuncisão, segundoa Lei de Moisés, não podereis salvar-vos». Isto provocou muitaagitação e uma discussão intensa que Paulo e Barnabé tiveram comeles. Então decidiram que Paulo e Barnabé e mais alguns discípulossubissem a Jerusalém, para tratarem dessa questão com osApóstolos e os anciãos. Os Apóstolos e os anciãos, de acordo comtoda a Igreja, decidiram escolher alguns irmãos e mandá-los aAntioquia com Barnabé e Paulo. Eram Judas, a quem chamavamBarsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos.Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãosvossos, saúdam os irmãos de origem pagã residentes em Antioquia,na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização,alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossasalmas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolherdelegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossosqueridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelonome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judase Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. OEspírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhumaobrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carneimolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relaçõesimorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».

I Leitura

Leitura do Livro do ApocalipseUm Anjo transportou-me em espírito ao cimo de uma alta montanha emostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença deDeus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o deuma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino. Tinha umagrande e alta muralha, com doze portas e, junto delas, doze Anjos; tinhatambém nomes gravados, os nomes das doze tribos dos filhos de Israel: trêsportas a nascente, três portas ao norte, três portas ao sul e três portas apoente. A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes e nelesdoze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro. Na cidade não vi nenhumtemplo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. Acidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus ailumina, e a sua lâmpada é o Cordeiro.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São JoãoNaquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quem Me ama guardará aminha palavra, e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossamorada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra queouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse-vos estas coisas, estandoainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meunome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse.Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como a dá o mundo.Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Ouvistes que Eu vos disse:Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Se Me amásseis, ficaríeis contentespor Eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que Eu. Disse-vo-lo agora, antesde acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».

A missão da Igreja, templo do Espírito Santo

Jo 14, 23-29

Aleluia

Fr. Pedro Bravo, oc

Ap 21, 10-14.22-23II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 66 (67)

«Mostrou-me a cidade santa, que descia do Céu»

«O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhumaobrigação, além destas que são necessárias»

Actos 15, 1-2.22-29

Se alguém Me ama, guardará a minha palavra.Meu Pai o amará e faremos nele a nossa morada.

«O Espírito Santo, que o Paienviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vosrecordará tudo o que Eu vosdisse» (Jo 14,26).Estará Deus ausente do mundo?Será a fé cristã uma miragem? Aque distância está Jesus de nós?Onde podemos encontrá-lo?Como? É com perguntas comoestas que se debate o homemcontemporâneo e com ele, tam-bém nós, cristãos, sempre queembatemos no problema do sofri-mento ou enfrentamos tempos decrise, em épocas de transfor-mação, em que é preciso ter olharprofético para tomar decisõessábias e discernir o caminhocerto.1– O Evangelho de hoje diz-nosque Deus está à distância donosso amor a Cristo, é ele queno-lo faz encontrar: «Se alguémme ama, guardará a minha Pala-vra, meu Pai o amará, Nós viremosa ele e nele faremos morada» (Jo14,23). Que promessa extraor-dinária: o que os céus e a terranão podem fazer, conter a Deus,acontece naquele que ama Jesus.Para amar Jesus, porém, é neces-sário primeiro acreditar nele,abraçar a sua Palavra, e tomá-lacomo luz, rumo, alimento e forçada própria jornada, seguindo ospassos de Jesus. Como? Fa-zendo o que Ele nos disse: «Dou-vos um mandamento novo, amai-vos uns aos outros como Eu vosamei. Nisto conhecerão todosque sois meus discípulos» (Jo13,34-35).Ao ouvi-lo aflora espontânea ànossa boca a mesma perguntaque Maria fez ao anjo que aca-bara de lhe anunciar a Boa-novade que ela seria a Mãe de Jesus,o Filho de Deus: «Como seráisso?» (Lc 1,34). A resposta queJesus nos dá hoje é semelhante àque o anjo lhe deu: «O Paráclito,o Espírito Santo que o Pai enviaráem meu nome, ensinar-vos-átodas as coisas e recordar-vos-átudo o que Eu vos disse». “Pa-ráclito” é um termo grego que si-gnifica: “aquele que é chamadopara estar junto” de nós, para nos

«O Espírito Santo vos recordará tudo o que Eu vos disse»

ENTRADAPovos, batei palmas – C. Silva, CEC II, 64ou: Cantai ao Senhor, cantai, Aleluia –M. Simões,NCT

SALMO RESPONSORIALLouvado sejais, Senhor – M. Luis, SR, 146

Sugestões de Cânticos

COMUNHÃOSe cumprirdes os meus mandamentos - C.Silva, CEC I, 152

NB - Significado das siglas:CEC I - Cânticos de Entrada e Comunhão I, livro azul;CEC II - Cânticos de Entrada e Comunhão II, livroverde; SR – Salmos Responsoriais; NCT – NovoCantemos Todos.

Jo 14, 23Aleluia

ensinar, guiar e interceder pornós.O Espírito Santo é enviado peloPai aos nossos corações comoParáclito, “re-presentante” deJesus, a fim de levar a cabo a suamissão e a completar, isto é: a fimde tornar Jesus presente em nós,no nosso coração, realizar a suaobra em nós e O encarnar nanossa vida e, através de nós, danossa disponibilidade e amor –tal como Maria na visitação à suaparenta Isabel –O levar à vida eao coração dos nossos irmãos,de todos os homens e mulheres,jovens, crianças e idosos donosso tempo.2– Se o Espírito Santo é o Pará-clito, para vir a nós é precisochamá-lo; sendo o Pai que oenvia, para O receber há queentrar dentro de nós e acolhê-lona intimidade da oração; se vemem nome de Jesus, temos queinvocar o Senhor e recebê-lo comfé; e para O receber com fé, háque estar no seio da Igreja, emcomunhão com os nossos irmãose irmãs, sem admitir discrimi-nações pecaminosas, respei-tando a sua consciência. Nadamais é necessário, como diz aprimeira leitura, dos Atos dosApóstolos, que publica a cartados irmãos de Jerusalém, após-tolos e anciãos, «de acordo comtoda a Igreja»: «o Espírito Santoe nós decidimos não vos impornenhum outro fardo».Esta abertura ao irmão é impres-cindível, porque sem ela não épossível acolher o Espírito Santoe nele viver. Porque é Ele quederrama nos nossos corações oamor de Deus e a ternura deJesus; é Ele que nos comunica apaz do Senhor, para vivermos emcomunhão uns com os outros; éEle que nos enche de esperançae alegria, fazendo-nos participarjá da vida de Jesus Cristo ressus-citado com o Pai; é Ele que faz denós filhos de Deus e nos enchede fé, alargando o nosso hori-zonte e expulsando todo o temor.A começar pelo medo do des-conhecido, do estrangeiro, dodiferente e da morte.Só assim é possível uma pazestável e verdadeira, assente no

acolhimento e na aceitação dooutro, na partilha, no serviço e nacorreção fraternas, no perdão, naconcórdia e na mútua coope-ração, porque só assim amamosde verdade, como Jesus nosamou, só assim a nossa vidacorresponde à nossa fé, «aosmistérios que celebramos»(coleta).3– Desta forma, Deus vive em nóse a sua presença em nós e atravésde nós passa a ser uma realidade.Realidade que faz da Igreja, aEsposa do Cordeiro, a novaJerusalém, que é nossa Mãe,templo do Espírito Santo. Nasegunda leitura, do livro doApocalipse, João vê-a a descer«do Céu, da presença de Deus,resplandecente da glória deDeus», aberta a todos, fundadano testemunho dos apóstolos,enviada aos quatro cantos daterra a anunciar do Evangelho.A Igreja desce do céu, de juntode Deus, porque não é um ideal, aIgreja que sonhamos ou se pensapoder decretar, mas uma rea-lidade, o Povo de Deus, formadopelos rostos, as pessoas e oscorações que dele fazem parte. Ésobre elas, concretamente, sobreaqueles que conhecemos e comquem convivemos diariamente,que Deus faz resplandecer a suaglória, a glória que deu ao seuFilho, Jesus Cristo, o Cordeiroimolado por nosso amor, para nosiluminar e inflamar, a partir dedentro, com a sua presença, a suaPalavra e a chama do seu amor,fazendo de nós templos do Es-pírito Santo. A fim de podermosamar como Jesus e levar a cabo amissão de O encarnar nestemundo, sendo artífices de paz ede comunhão entre os homens.Estamos dispostos a ser Igreja, acontinuar a missão de Jesus, nopoder e dinamismo do EspíritoSanto, dando a paz aos que estãolonge e aos que estão perto,aceitando-nos, benquerendo-nose amando-nos uns aos outroscomo Ele nos amou? Então sere-mos morada de Deus e o mundopoderá encontrar Cristo, luz esalvação do mundo, na Igreja,através de cada um de nós.

Page 4: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019IGREJA4 – Notícias de Beja

Semana da Vida em Beja

Numa iniciativa da Unidade Pas-toral Interparoquial de Beja e donúcleo de Beja da Associação dosMédicos Católicos Portugueses,a cidade de Beja celebrou aSemana da Vida com uma Con-ferência do Dr. Luís PaulinoPereira, especialista em MedicinaGeral e Família, na qual apre-sentou o seu livro «Para quetenham vida», editado pelaPaulus Editora, onde são com-pilados um conjunto de crónicasescritas no Semanário «O Sol»,publicado no âmbito dos 40 anosdo autor no exercício da medicina.Esta iniciativa contou com pre-sença de mais de cem pessoas,com o Coro do Carmo incluído, oqual executou algumas peças dededicadas a Nossa Senhora, porse estar no mês de Maio, entre asquais a peça «Com Maria» e «Ohino ao Papa Francisco»,aquando da vinda a Portugal de2017, cuja letras foram escritaspelo Dr. Paulino, com música doPe. António Cartageno.O conferencista, a começar a suaintervenção, apontou qual foi oobjectivo da sua obra: «Escrevieste livro com três finalidades: 1.ª)ajudar as pessoas a pensar pelasua própria cabeça; 2.ª) ajudar aspessoas a encontrarem um ca-minho para que possam ter vida;3.ª) fazer uma doação, na parteque me toca, ao IPO e, quanto ao‘porquê’, o livro o dirá».«O médico é um profissional quedeve estar sempre estar sempreao serviço da vida e, por isso,em todos os meus textos, querfale sobre os jovens, sobre osidosos ou sobre a família pro-priamente dita, há em todos umdenominador comum: “a de-fesa da vida” e, sempre queposso, faço-o através de his-tórias a partir da vida real,para que a mensagem passemais facilmente».O autor explicou que, nas suascrónicas, «questiona a sua pro-fissão, insurge-se contra uma

certa desumanização da medi-cina vista como uma indústriaem que os doentes são encaradoscomo simples peças. Luta poruma medicina mais humana,onde a relação entre o médico eo doente não se perca; onde omédico possa desempenhar, comorgulho, o seu papel social, e odoente possa encontrar nomédico o apoio, não só cien-tífico, mas moral».Explicando que a obra estádividida em três capítulos –

saúde, sociedade e fé –, o autorcitou o seu colega FernandoPádua para defender que “asaúde é um bem importante demais para estar só na mão dosmédicos”. “Cada um deve apren-der a cuidar da sua saúde”,alertou, acrescentando que“aprender pressupõe ensinar,isto é, haver alguém que digacomo é que se faz”. “O médicode família ou o médico assistenteé a pessoa mais credibilizada parao fazer”, sustentou, considerandoque se estão a “viver temposcomplicados em que a sociedadeparece contrariar este princípio”.“Vejamos, por exemplo, esteslamentáveis apelos à autome-dicação que nós encontramos natelevisão”, criticou, pedindo àspessoas que “não se autome-diquem porque está errado”.“Procuro pôr o dedo na feridadestes vícios instalados entrea população no sentido de os

evitar”, prosseguiu, lamen-tando haver doentes que vãoàs suas consultas para pedirque as mande fazer determi-nados exames.Luís Paulino Pereira considerouque hoje a medicina em Portugal“tem uma resposta que anti-gamente não tinha” e que o paísombreia em matéria de trata-mentos inovadores com os maisdesenvolvidos do mundo, mascriticou a “informática feroz” quedisse afectar a relação médico-doente “onde os doentes comnome deram lugar aos doentescom número” e defendeu a rees-truturação do Serviço Nacionalde Saúde com base na “legis-lação”, nos “funcionários” e nos“utentes”.O autor vincou ainda que “ummédico é um profissional que,seja em que circunstância for, estásempre e só ao serviço da vida”e, por conseguinte, “tem que lutarpela vida desde a sua concepçãoaté a morte natural”. “Eu nãoconcebo um médico aceitar matarum doente”, frisou, lembrandoque “eutanásia não é acabar

com o sofrimento”. “Eutanásiaé acabar com a vida. Eu nãoposso aceitar que, para acabarcom o sofrimento de um serhumano, se tenha de matar”,acrescentou, garantindo que,presentemente, já “não há sofri-mento insuportável” devido aoavanço da medicina paliativa.Paulino Pereira realçou que “omédico tem que ter vocação paraser médico”. “Infelizmente estãocá muitos que não deviam cáestar”, concluiu.O padre José Carlos Nunes,responsável da Paulus Editora,que editou a obra, explicou que apublicação veio a lume no âmbitodos 40 anos do autor no exercícioda medicina e considerou que olivro, constituído por uma secçãode 40 textos, é “um testemunhoda fé vivida no quotidiano dasaúde”. O agradeceu ao médico-escritor pelo “apostolado epis-tolar” desenvolvido.

Ensino Superior: Reitorada UCP defende maiorpresença feminina naslideranças mundiais

A reitora da Universidade Cató-lica Portuguesa (UCP) defendeu,no dia 20, nos Estados Unidosda América uma maior presençafeminina nas lideranças mun-diais, num discurso perante osgraduados da classe de 2019 daBoston College.“As mulheres são grandes pro-vocadoras de mudança e, nestestempos interessantes, há umanecessidade inquestionável delideranças humanas, compe-tentes e solidárias. As mulherescuidam, mas também estão pron-tas para assumir as funções e asresponsabilidades que são agoraconfiadas aos outros 50% dapopulação mundial”, declarouIsabel Capeloa Gil.A responsável apelou a umatransformação “radical” no pro-gresso das mulheres em posiçõesde poder, realçando que, “apesardos avanços das últimas dé-cadas, as mulheres são apenas5% dos líderes mundiais”.A também presidente da Fede-ração Internacional das Univer-sidades Católicas, cargo que

ocupa, desde 2018, foi a oradoraconvidada da cerimónia de gra-duação dos diplomados BostonCollege, sendo a sétima mulhere a primeira não-americana afazê-lo em 156 anos da uni-versidade, refere uma nota deimprensa da UCP enviada àAgência ECCLESIA.“Assumam a vossa narrativa efaçam coligações, como nosconvida o Papa Francisco, com oespírito de uma cultura de en-contro para construir uma socie-dade mais respeitadora e inclu-siva”, declarou a responsável.Isabel Capelo Gil observou que“muitas vezes, o desafio dasfronteiras é um desafio deignorância”.“Se quiserem mudança, ergam avossa voz. Se a injustiça ameaça,defendam os vossos direitos”,pediu, num discurso que mereceuvárias salvas de palmas.A reitora da UCP foi agraciada emBoston com a atribuição do graude doutora ‘Honoris Causa’.

Fonte: Ecclesia

Page 5: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

O grupo de Peregrinos “ContigoCaminhamos na Esperança” deAljustrel, realizou pelo décimoano a sua peregrinação a pé aoSantuário de Fátima, na Cova daIria, entre os dias 3 a 13 de Maio.O grupo participou na Eucaristiada bênção e envio, presidida peloAdministrador Paroquial, Pe. LuísMacuinja, nas vésperas do inícioda peregrinação, na Igreja Matrizde Aljustrel. Na madrugada dodia 3 de Maio, o grupo reuniu-seem oração na Ermida de NossaSenhora do Castelo, de onde saiuao raiar do sol em direção aFátima, tendo pernoitado emErmidas-Aldeia, Grândola, Alcá-cer do Sal, Casebres, VendasNovas, Santana do Mato, Ra-posa, Alcanhões, Alcanena e porfim em Fátima. Os dez dias,

Aljustrel peregrina a pé a Fátima

equivalentes a 250km que sepa-ram Aljustrel da Cova da Iria,foram pautados por vários mo-mentos de louvor, na oração damanhã, na recitação diária doterço, em grupo e individual-mente, nos momentos de silêncioe nas celebrações Eucarísticas deAlcácer do Sal, Casebres, VendasNovas, Grândola, Raposa, Alca-nena e Alcanhões. Em Fátima, ogrupo participou na Recitação doTerço e Procissão das Velas nanoite do dia doze e na manhã dedia treze na Recitação do Terço,Eucaristia e Procissão do Adeus.Após o almoço, o grupo rumou aAljustrel, onde foi recebido pelacomunidade local, após o jantare, já recuperadas as forças físicas,seguiu-se a Procissão de Velasem Honra de Nossa Senhora de

Fátima. No início da Procissão, oPe. Luís Macuinja, deu aosperegrinos a bênção de regressoa casa que, em clima de festa,juntamente com os inúmerosAljustrelenses que ali se encon-travam, cantaram à Senhora que“sobre os braços da azinheiravisitou a Lusa gente.” Estadécima peregrinação organizadapelo Secretariado Paroquial doMovimento da Mensagem deFátima de Aljustrel, contou como apoio da Santa Casa da Mise-ricórdia de Grândola e de Alcácerdo Sal, dos Bombeiros Volun-tários de Vendas Novas, dasJuntas de Freguesias de ErmidasSado, de São Martinho (Case-bres), de Santana do Mato, daRaposa, da Associação Culturalde Santana do Mato, das Paró-quia de Casebres, Vendas Novas,Raposa e Alcanhões, da GNR deGrândola, Alcácer do Sal e VendasNovas. Contou ainda, com oexcelente apoio do Corpo deVoluntários da Ordem de Maltado Sul, que desde o primeiro aofinal da tarde do último diaprestava assistência aos pere-grinos. O grupo este ano foicomposto por sete peregrinosoriundos de Aljustrel, Rio deMoinhos, Corte Vicente Anes,Entradas e Beja.

Tiago PereiraGuia de peregrinos nº 169

Ministros Extraordinários daComunhão Formação 2

No dia 18 realizou-se no Seminário de Beja a segunda formação dedicadaaos Ministros Extraordinários da Comunhão, dentro do corrente anopastoral. Organizada pelo Secretariado Diocesano de Liturgia e nocontexto do Tempo Pascal, esta iniciativa contou com a presença dequarenta participantes, seis dos quais vão iniciar o seu ministério,enquanto os outros renovam a sua licença para o serviço de diferentescomunidades paroquiais da nossa Diocese.O dia foi dedicado à oração e marcado por tempo de adoraçãoeucarística, recitação da Hora Intermédia de Sexta e bênção doSantíssimo Sacramento, a que presidiu o Diácono António Coelho.Houve, também, tempo para formação bíblica, litúrgica e espiritual.Partindo dos evangelhos, o P. Rui apresentou o tema das refeições deJesus depois da Sua ressurreição, com particular destaque para a Ceiade Emaús. De tarde, o trabalho decorreu em dois sectores: as pessoasque vão exercer pela primeira vez, a cargo do P. Rui, fizeram a suaformação a partir do livro do Ministro Extraordinário da Comunhão; asque vão renovar as suas funções, sob a orientação do CónegoAparício, reflectiram sobre parte da encíclica A Igreja vive daEucaristia, do Papa S. João Paulo II. O almoço foi partilhado e oSeminário colaborou oferecendo uma sopa aos presentes. Houve,ainda, tempo de convívio a meio da manhã e antes dos trabalhos datarde.Segundo o costume em vigor na nossa Diocese, por ocasião da festado Corpo e Sangue de Cristo, que este ano se celebra a 20 de Junho, oSr. Bispo procede à nomeação ou recondução dos MinistrosExtraordinários da Comunhão. Depois, cabe aos párocos a apre-sentação dos nomeados na respectiva comunidade paroquial.

SDLiturgia

Encontro dePré-seminárioA Equipa de Pré-seminárioda nossa Diocese tem agen-dado um encontro de pré-seminário para os dias 7 a 9de Junho, cujos destinatáriossão rapazes entre os 14 e 17anos. Terá início no dia 7pelas 19H e terminará com ojantar do dia 9 pelas 20H.O objecto principal desteencontro é pôr os nossosadolescentes e jovens areflectir sobre a vocação aque Deus os chama, colo-cando também a possibi-lidade de poderem vir a serpadres.Para uma boa organização asinscrições para este encontrodeverão ser feitas até dia 30de Maio.

Papa critica atrasos na reforma dosprocessos de nulidade de Matrimónio

O Papa encontrou-se com os membros da Conferência Episcopal Italiana(CEI), criticando a lentidão da implementação da reforma dos processosde nulidade matrimonial nas suas dioceses.Num discurso improvisado, no Vaticano, Francisco destacou que asmudanças por si promovidas se baseiam na “proximidade e gratuidade”.“Proximidade de famílias feridas significa que o julgamento, tanto quantopossível, é celebrado na igreja diocesana, sem demora e semprolongamentos desnecessários. Gratuidade refere-se ao mandatoevangélico segundo o qual ‘o que recebeu de graça se deve dar degraça’, pelo que se exige que o pronunciamento eclesiástico de nulidadenão seja equivalente a um alto custo que os pobres não podem suportar”,declarou, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.O Papa que após mais de quatro anos, esta reforma ainda está “longe deser aplicada na grande parte das dioceses italianas”, alertando para odrama das pessoas “marcadas pela ferida de um amor desfeito”.“Não permitamos que os interesses económicos de alguns advogadosou o medo de perder o poder de alguns vigários judiciais travem ouatrasem a reforma”, advertiu.A 73ª Assembleia Geral da CEI, que se realiza até 23 de maio, tem comotema “Modalidades e instrumentos para uma nova presença missionária”.A intervenção do Papa abordou temas como sinodalidade e colegialidade,relação entre bispos e sacerdotes.“Não se pode começar um Sínodo sem ir às bases”, apontou.O colégio episcopal italiano é formado por 412 bispos, incluindo oseméritos; o Papa, segundo a tradição da Igreja Católica, é o bispo deRoma.

Page 6: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019SOCIEDADE6 – Notícias de Beja

Seminário Diocesano de Nossa Senhora de Fátima

Iniciativa privada gera riqueza

Sílvio Couto

‘É a iniciativa privada quem criariqueza em Portugal. São osempresários privados os fatoresde crescimento e de justiçasocial. São eles o fator decisivodo progresso do país, é assim eserá sempre assim’.Esta afirmação foi proferida peloPresidente da República porocasião da condecoração de umaassociação empresarial a celebrarcento e setenta anos de trabalhoe dedicação.Vivendo numa Europa onde setentam impor os interesses dasvárias nações, este rasgo do PRpode deixar amargos de cons-

ciência a tantos dos interve-nientes na distribuição dos divi-dendos, que nem sempre são ouforam resultado do reconhe-cimento da iniciativa privada.

= Bastará olhar para o ar so-branceiro e minimamente tota-litário com que certas forças dagovernança – prestes a expirar,assim o queremos e desejamos –falam e atuam, amesquinhandotudo o que possa ser resultadoda iniciativa privada. Camposcomo a saúde, a educação oumesmo a cultura estão reféns dastomadas de posição anti-pri-vados. A imposição dos tentá-culos estatais percorrem muitosdos âmbitos de intervenção naspolíticas atuais, pois a sanhapersecutória dos trotskistas temvindo a fazer as suas vítimas, jána linha do anti-particular daépoca do período revolucionáriode 75.- Para quando se fará a crimi-nalização das forças que des-truíram os milhares de postos detrabalho em terras conquistadaspelos símbolos marxistas e seus

correligionários?- Para quando se dará voz aosexplorados pelas forças (ditas)defensoras das ‘classes ope-rárias’, mas que as fizeram desa-parecer sem rasto nem feitio?- Para quando a libertação daditadura das autarquias subju-gadas pelas conveniências doseleitos, mas sem capacidade desobreviverem, se a torneira parti-dária for fechada?- Quem são esses tais autoa-pelidados de ‘patriotas’, que sedeixam vender por protago-nismos baratos, em saldo e semnexo, mesmo que servem mais aideologia do que os interessesnacionais?

= Pior do que a nacionalizaçãodos ‘meios de produção’, parausarmos a linguagem de tantosdo anti-privado, é a consonâncianegativa em torno de questõesculturais, onde só vale quem seenquadra na bitola do regime, aoqual convencionaram chamar dedemocrático, mas que é maisautoritário do que qualquer outraditadura e que faz do menor-

denominador-comum o critériopara ser bem ou mal aceite, popu-lar ou rejeitado, de interesse oumesmo manipulado… A comu-nicação social é de entre tantosartífices um dos melhores veí-culos para fazer proliferar amediania, que é uma outra formade dizer mediocridade!Não tivesse proferida em diretoa afirmação supracitada do PRe aquela frase, algo essencialneste tempo de reversões emfavor das nacionalizações, teriaficado esquecida, como pen-samento não expresso ou atécomo intenção de menor apreçopelo investimento da iniciativaprivada…

= Se atendermos aos númerospodemos ter outra perspetiva doproblema da contraposição entrefuncionários públicos e traba-lhadores privados. Têm comoemprego nas administraçõespúblicas (central, regional, locale fundos de segurança): 683.459pessoas, sendo que dois terçosdestes o fazem na administraçãocentral e em percentagem da

população ativa ocupam 13,1%...Teremos, então, que 89,9% não éatingida, beneficiada nem rei-vindica o que uma imensa minoriaaufere…Pior quem suporta esta clique danossa população são os privadoscom os seus impostos e nemsempre remunerados em razão dariqueza que criam, geram e fazemcrescer. Por isso, ver certasintervenções faz com que pen-semos, se os funcionários esta-tais são tão bons ‘trabalhadores’,porque andam ao sabor da cor-rente que lhes advém de quemfaz com que os impostos sejam afonte de rendimento de tantosdos beneficiados…Quem tem esticado a corda parao lado dos funcionários públicosvai ter de se explicar, muito embreve, sobre a rutura de meiospara que possam ser suportadastantas benesses a quem nãoproduz em conformidade comaquilo que recebe. De facto, osbaixos salários servem paramanter a penumbra da miséria,mas os que ultrapassam aspossibilidades fazem crer que acrise vai voltar sem dó nempiedade…para todos!

O edifício aí está como sinal devitória, o rosto de muitos suo-res, o suor de muitos rostos, aobra central do labor e minis-tério do grande Bispo Res-taurador da Diocese, D. José doPatrocínio Dias. No dia da suainauguração, a 13 de outubrode 1940, o Cardeal Cerejeiraafirmou na Câmara Municipal dacidade: «Venho assistir a ummilagre que representa, nestaplanície, o expoente da res-surreição de Portugal». Sendoum dos rostos dos semináriosde Beja, perguntámos ao seuReitor, P. Francisco Encarnação:

- Quais são as grandes preo-cupações do Reitor do Seminário?«A formação é sempre umatarefa desafiadora.Em tempos novos, o Semináriorequer novos modos e métodosde pensar e atuar. Esta for-mação não é apenas intelectual,mas acrescida das dimensõeshumana, espiritual e pastoral. Aformação é um longo caminho.

António Aparício O Seminário é apenas o iníciodesse trajecto, que depois seprolongará ao longo de toda avida do sacerdote».

- Quantos seminaristas?«O nosso seminário Diocesanode Beja tem alguma especi-ficidade, pois os nossos 3seminaristas (Francisco, Nunoe Jacinto) passam a semana noseminário Maior de Évora e àsexta-feira, pela tarde, chegama Beja, onde estão até Do-mingo, ao final da tarde. Porsua vez o seminarista Tiago,que se encontra a frequentar oAno propedêutico no Algarve,vem a Beja uma vez por mês.No Simpósio do Clero em Se-tembro último, o secretário dacongregação do Clero, DomCarlos Patrón Wong, referiuque nem todas as diocesesprecisam de seminário, mastodas têm de ter seminaristas»,

- Qual o contato dos semi-naristas com a Diocese? «Nomeu tempo de seminário, vivía-mos em Beja e diariamentedeslocávamo-nos a Évora para

as aulas, no ISTE. Era can-sativo, mas o contacto com anossa Diocese, os Padres, ascomunidades cristãs, os jovense outros movimentos existenteseram uma mais-valia.Com a vinda a Beja dos nossosseminaristas quase todas assemanas, pretende-se que co-nheçam o campo de trabalhoonde irão exercer o seu futuroministério. A espiritualidade doPadre Diocesano e a sua Dio-cesenidade não se adquire nodia da Ordenação, vai-se tra-balhando nela ao longo detempo de formação».

- O Decreto sobre a Formaçãosacerdotal diz que “todos ossacerdotes considerem o Se-minário como o coração daDiocese e prestem-lhe de boavontade a sua colaboração”. Oque te apraz dizer sobre oassunto?«Penso que é necessário fazerum caminho da parte de todos.O seminário deve estar maisaberto aos Padres, para que osintam como casa sua. Estes,como animadores vocacionais,

devem pôr todo o empenho noacompanhamento espiritualdas crianças, adolescentes ejovens das suas paróquias. Épreciso uma grande aposta naformação dos agentes da pas-toral, neste campo. O facto dosnossos seminaristas passaremmais tempo na nossa Diocese,tem ajudado a percorrer estecaminho tão necessário.

- Mensagem aos catequistas degrupos de jovens e crismandos.A grande tarefa a desenvolveré ajudar as crianças, adoles-centes e jovens, a fazerem nasua vida um verdadeiro en-contro com Cristo, aquilo aque o Papa Francisco referia,aquando da visita ad liminados Bispos Portugueses aRoma, a cabeça para pensar, ocoração para sentir o que sepensa, e as mãos para se fazero que a cabeça pensou e ocoração sentiu. O testemunhode vida e de Fé dos catequistase animadores de grupos dejovens e chefes de agrupa-mentos de escuteiros é de sumaimportância. Outro elemento a

ter em conta é o acompanha-mento, fazer-se peregrino comas crianças, adolescentes ejovens, como fez Jesus comos discípulos de Emaús. Aju-dar a encontrar a resposta aochamamento que Deus faz acada um, é uma tarefa muitoimportante».

- Uma mensagem ao Povo deDeus.«Confio ao Povo de Deus danossa Diocese, o cuidado daoração pelos nossos semi-naristas, sacerdotes, pelasnossas cr ianças , jovens epelas nossas famílias, poise las são desaf iadas a se rverdadeiras “Igrejas domés-ticas”. Que cada família sejaum viveiro de vocações».

- Obrigado, P. Francisco, poresta pequena conversa. Não éfácil ser Reitor do Seminárionas presentes circunstâncias.Rezo por ti. Que Jesus res-suscitado, vencedor da morte,seja o teu guia seguro.

Page 7: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

23maio2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorCarro avariado

Uma loira, uma morena e uma ruiva viajavam num carro pelodeserto quando o mesmo avariou.Elas decidiram continuar a viagem a pé e cada uma delas levariauma parte do carro para ajudar na viagem.A morena pega no radiador e diz:- Assim, se ficarmos com sede, podemos beber!A ruiva pega num banco e diz:- Assim, se ficarmos cansadas, temos onde nos sentar!A loira pega numa porta e diz:- Assim, se ficarmos com calor, podemos abrir uma janela!

Este pão é de hoje?- Este pão é de hoje?- Não senhor! É de ontem!- E este?- Não! Também é de ontem!- O que tem um homem de fazer para comer um pão de hoje nestecafé?- Venha cá amanhã!

À esperaEra dia de exames de rotina no hospício. Assim que foi dado osinal, todos os funcionários começaram a gritar:- O HOSPÍCIO ESTÁ INUNDANDO!Imediatamente os loucos atiraram-se ao chão e começaram a nadarfreneticamente. Ao ver que um continuava sentado num banco,com um ar de sossego, o médico perguntou:-Por que é que tu não estás a nadar?E o louco respondeu:- Você pensa que eu sou tonto?Aí o médico pensou: "Este já deve estar bom."E o louco continua: - Vou esperar pelo barco!

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 13 a 19 de maio, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fisca-lização rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: 13 detidos emflagrante delito, dos quais sedestacam dez por condução sobo efeito do álcool.

2. Apreensões:265 doses de haxixe; 58,6 gramas

de MDMA; 17,5 gramas de can-nabis; 34,1 gramas de cristaisalucinogénios.

3. Trânsito:Fiscalização: 270 infrações dete-tadas, destacando-se:136 por excesso de velocidade;32 relacionadas com tacógrafos;17 por condução com taxa deálcool no sangue superior aopermitido por lei; 13 por infraçõesrelacionadas com iluminação/sinalização. Dez por falta ouincorreta utilização do cinto de

segurança e/ou sistema de reten-ção para crianças;Dez por falta de inspeção perió-dica obrigatória.Sinistralidade: 39 acidentesregistados, resultando:Três mortos; Quatro feridosgraves; 17 feridos leves.

4. Fiscalização Geral: 20 autosde contraordenação:15 no âmbito da legislação daproteção da natureza e do am-biente; Cinco no âmbito da legis-lação policial.

PSP - SÚMULA SEMANALO Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de prevençãoe combate permanente à práticade ilícitos criminais e contraor-denacionais, entre 10 e 16 deMaio de2019, na sua área dejurisdição, registou e destaca osseguintes resultados operacio-nais: Detenção de 1 homem, de36 anos de idade, pelo crime deinjúrias e ameaças a Agente daAutoridade; detenção de 1 ho-mem, de 36 anos de idade, porcondução de veículo automóvelsob o efeito do álcool, tendo

acusado uma TAS de 1,76 g/l.Acidentes rodoviários: Em Bejae Moura, registo de 8 acidentesrodoviários, dos quais resultaramdanos materiais.Operações de Fiscalização: 1Operação de Fiscalização Rodo-viária, em Beja, com recurso aRadar, que contabilizou 1966veículos controlados, com adeteção de 7 infrações; 11 Opera-ções de Fiscalização Rodoviária,enquadradas na Atividade Opera-cional do CD Beja e no PlanoNacional de Fiscalização (estasemana, privilegiando a fisca-

lização afeta ao uso indevido dotelemóvel durante a condução –Operação PHONE OFF), quecontabilizaram: 223 Veículosfiscalizados; 162 Condutoressubmetidos ao teste de alcoo-lemia; 28 Infrações detetadas.O Núcleo de Armas e Explosivosdo CD Beja, nas suas instalaçõese também através do seu Balcãode Atendimento Não Permanente,realizado esta semana no Mu-nicípio de Mértola, procedeu àrecolha de 23 armas de fogo decaça, perdidas a favor do Estado.

Page 8: Semana da Vida em Beja Solenidade do Pentecostes€¦ · Na Peregrinação Nacional da Família Salesiana ao Santuário de Fátima, sob o tema “Com Maria, santidade é alegria”,

23 de maio de 2019ÚLTIMA PÁGINA

Comemoração dos 50 anosda Barragem de Santa Clara

Assinalar os 50 anos da inaugu-ração da Barragem de Santa Claraem reconhecimento da relevânciada infraestrutura para o desenvol-vimento do concelho de Odemirafoi o objetivo das Comemoraçõespromovidas pelo Município deOdemira e Associação de Bene-ficiários de Mira, que decorreramentre os dias 10, 11 e 12 de maio,através de um programa de ativi-dades diversificado, aberto a todaa comunidade. Além da cerimóniaevocativa, houve exposições,espetáculos, ações dirigidas aopúblico escolar e atividades des-portivas, com grande adesão porparte da população, em três diasde convívio, emoção e recor-dações e de perspetivas para osdesafios futuros para a região.

A maior obra públicado concelho de Odemira

A Barragem de Santa Clara é amaior obra pública do concelho deOdemira, estruturante para aregião, destinada a duas impor-tantes valências: fornecimento deágua para abastecimento públicoe rega. A partir de Santa Clara sãoabastecidas populações no con-celho de Ourique e grande partedo concelho de Odemira e sãobeneficiados 12.000 hectares noPerímetro de Rega do Mira, entreVila Nova de Milfontes e Rogil (noconcelho de Aljezur).A obra foi iniciada em 1963, noâmbito do Plano de Rega doAlentejo, sendo inaugurada nodia 11 de maio de 1969, com apresença do Presidente da Repú-blica, Almirante Américo Thomaz,e do Presidente do Conselho deMinistros, Marcelo Caetano,vários ministros, entidades nacio-nais e regionais e milhares depopulares.

Três dias de festa na Barragem ena aldeia de Santa Clara-a-VelhaAs Comemorações iniciaram, nodia 10 de maio, com uma manhãdedicada à comunidade escolar.

Mais de uma centena de jovensdos vários Agrupamentos deEscolas do concelho participaramem ações de promoção ambientale experiências sobre energia,visitaram as instalações da Barra-gem, colaboraram numa pinturamural e ainda tiveram tempo parauma aula de iniciação à canoagem.A tarde do 1.º dia começou com ainauguração da exposição alusivaaos 50 anos da Barragem queanimou diversos espaços daaldeia de Santa Clara-a-Velha. Aexposição terminou na Casa doPovo, onde decorreu o colóquio“O Plano de Rega, a Barragem e aCharneca”, com intervenções deJorge Vasquez, membro da Admi-nistração da EDIA, e do historia-dor António Quaresma. Para en-cerrar a tarde, a Tertúlia “Memóriasvivas da Barragem”, teve comoconvidados cidadãos que viveramna primeira pessoa a construção einauguração da obra.A primeira noite das comemo-rações aconteceu no Largo daIgreja Matriz, com a atuação doGrupo Morcegos do Mira, seguidoda exibição do documentário sobrea construção da Barragem. A festacontinuou, com a atuação deMarrockhino.No dia 11 maio, dia em que seassinalou o 50.º Aniversário daBarragem de Santa Clara, decorreua Cerimónia Comemorativa e inau-guração de Monumento Evoca-tivo. A cerimónia contou comintervenções do Diretor Executivoda Associação de Beneficiários doMira, Manuel Amaro, do DiretorGeral de Agricultura e Desenvol-vimento Geral, Gonçalo Leal, doPresidente da Câmara Municipal

de Odemira, José Alberto Guer-reiro, e da Secretária de Estado doDesenvolvimento Regional, Mariado Céu Albuquerque. O eventocontou com a atuação dos alunosdo Centro de Valorização da ViolaCampaniça e do Cante de Impro-viso e exibição de documentáriosobre a Barragem. O escultor Fer-nando Fonseca explicou o signifi-cado e a inspiração da medalhaevocativa, de sua autoria, e que foioferecida a todos os convidados.A noite ficou marcada pelo espetá-culo do grupo Ala dos Namorados,acompanhado pela Banda Filarmó-nica do Lavre, seguindo-se umFestival Piromusical sobre aságuas de Santa Clara. A festaestendeu-se pela noite fora com aatuação do DJ João Machado.Na manhã de 12 de maio, o des-porto esteve em destaque naBarragem de Santa Clara, com cercade 400 atletas em prova. O Trail doMira, uma organização da SantaCasa da Misericórdia de Odemirae do Núcleo Desportivo e Culturalde Odemira, em parceria com aOrdem dos Enfermeiros, contoucom a participação de 250 atletasna vertente competitiva. A provacontou também com uma vertentede lazer, com uma caminhada naqual participaram caminheiros doprograma municipal de desportosénior “Viver Ativo”. O BTT foioutra das modalidades em desta-que, numa prova promovida pelaJunta de Santa Clara-a-Velha eSporting Clube Santaclarense.No final da manhã, a organização dasComemorações de 50.º Aniversárioda Barragem de Santa Clara ofereceuum almoço convívio a todos osatletas e população presente, queincluiu legumes, tomates e frutasdisponibilizadas por empresas doPerímetro de Rega do Mira.As festividades encerraram comuma tarde cultural que contoucom as atuações do Grupo Etno-gráfico Gentes do Alto Mira, GrupoCoral Cantadores do Desassos-sego e do artista Toy. Houve aindaum Flash Mob de dança pelaAssociação Mil Passos.Durante todo o fim-de-semana,houve passeios de barco, visitasàs instalações da Barragem eexposições, bem como a pinturaao vivo por Philippe Peseux.

Papa pede respeito pela vida«até à morte natural», no

meio de polémica em França

O Papa apelou ao respeito pela vida “até à morte natural”, num diaem que foi interrompida a alimentação e hidratação artificial a VincentLambert, francês de 42 anos que se encontra em estado vegetativohá dez anos.“Rezemos por aqueles que vivem em estado de grave doença.Protejamos sempre a vida, dom de Deus, desde o início até à mortenatural. Não cedamos à cultura do descarte”, escreveu Francisco, nasua conta da rede social Twitter.O pontífice já tinha falado publicamente sobre este caso, em 2018,manifestando sempre a oposição da Igreja Católica a qualquertentativa de introdução da eutanásia em França.O procedimento para interromper a alimentação e a hidratação deVincent Lambert, que foi hospitalizado em Reims em 2008, foi decididoapós um processo judicial que contrapôs o hospital públicouniversitário – apoiado pela esposa de Lambert e vários outrosfamiliares – aos pais do doente tetraplégico.Esta é a quarta vez em seis anos que o protocolo de fim de vida éiniciado, sendo posteriormente interrompido por recursos judiciais.Segundo alguns médicos, Lambert vive num estado de “consciênciamínima”, enquanto, segundo outros, se encontra em estado“vegetativo crónico”.O arcebispo de Reims, D. Éric de Moulins-Beaufort, e o seu bispoauxiliar D. Bruno Feillet, assinaram uma declaração sobre o caso, emque apelam à sociedade francesa para que não embarque no “caminhoda eutanásia”.Em abril de 2018, o Papa pedia apoio às famílias de Vincent Lambert edo pequeno Alfie Evans, já falecido.“Gostaria de repetir e confirmar, com força, que o único dono da vida,do início ao fim natural é Deus”, disse, durante uma audiência públicaque decorreu na Praça de São Pedro.Dias antes, Francisco falou em “situações delicadas, muito dolorosase complexas”.Rezemos para que cada doente seja sempre respeitado na suadignidade e cuidado de forma adequada à situação, com o contributoconcordante dos familiares, dos médicos e dos outros profissionaisde saúde, com grande respeito pela vida”.O jornal do Vaticano publicou este domingo um artigo dedicado aocaso de Vincent Lambert, no qual refere que o paciente “não estáligado a um ventilador (a respiração é autónoma) ou submetido aestimulação cardíaca (o batimento cardíaco é espontâneo), nem éobjeto de terapias intensivas ou subintensivas” que possamconfigurar uma situação clínica e ética de “encarniçamentoterapêutico”.“Desligar a hidratação e a alimentação significa desligar a correnteelétrica que permite que o nosso sistema nervoso controle ofuncionamento adequado do nosso corpo e deixar de fornecermetabólitos, energia, eletrólitos e água para a fisiologia humana. Écontra a vida e a dignidade da pessoa”, pode ler-se.Num documento publicado em 2016, aquando do debate sobre alegalização da eutanásia em Portugal, a Conferência Episcopalsublinhava que, para a Igreja Católica, “quer a eutanásia, quer aobstinação terapêutica desrespeitam o momento natural da morte: aprimeira antecipa esse momento; a segunda prolonga-o de formaartificialmente inútil e penosa”.

Fonte Ecclesia