sele++ºao questoes portugues fccx

Upload: antenorroberto

Post on 07-Jul-2015

390 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

(Trt 20 ana jud 2002) Ateno: As questes de nmeros 1 a 9 baseiam-se no texto apresentado abaixo. O Brasil entrou no sculo XXI justificando o lugar comum do sculo passado: continua sendo um pas decontrastes. Isso o que revelam os nmeros iniciais doCenso 2000, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). No ltimo ano da dcada passada, em comparao com o primeiro 1991 , muito mais brasileiros estavam estudando, tinham carros, eletrodomsticos, telefones, luz, gua encanada, esgoto e coleta de lixo, e muito menos brasileiros morriam antes de completar um ano de vida. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. A queda foi maior do que os especialistas haviam projetado no incio da dcada. Isso, a despeito de a maioria da populao continuar vivendo com rendimentos franciscanos: pouco mais da metade dos 76,1 milhes de membros da populao economicamente ativa ganhava at dois salrios mnimos por ms (ou R$ 302,00 data do recenseamento e R$ 400,00 hoje) e apenas 2,4%ganhavam mais de vinte salrios mnimos, ou seja, R$ 4 000,00 um salrio relativamente modesto nas sociedades desenvolvidas. Por esse ngulo, pode-se dizer que o Brasil um pas igualitrio: ostenta a dramtica igualdade na pobreza. Os nmeros agregados escondem que o consumo sedistribui de forma acentuadamente desigual pelo territrio e entre os diversos grupos de renda. Enquanto no Sul e noSudeste os domiclios com carro somam mais de 40%, no Nortee no Nordeste no chegam a 15%. De certo modo, quem podeconsumir bens durveis acaba consumindo por si e por quemno pode. O desequilbrio regional e social do consumo acompanha, obviamente, a concentrao da capacidade aquisitiva. Os dados que apontam para a intolervel persistnciada igualdade na pobreza entre os brasileiros tm relaomanifesta com o desempenho da economia. Se verdade que, em matria de expanso dos benefcios sociais e do acesso a bens indispensveis no mundo contemporneo, como o telefone, os anos 1990 foram uma dcada ganha, no que toca ao crescimento econmico foram uma dcada das mais medocres, desde a transformao do Pas em sociedade industrial. Entre 1991 e 2000, o Brasil cresceu, em mdia,parcos 2,7% ao ano. Mesmo em 1994, o melhor ano do perodo, o Produto Interno Bruto (PIB) no chegou a 6% muito abaixo dos picos registrados na

dcada de 1970, a do "milagre brasileiro". bvio que a retomada do desenvolvimento condio sine qua para a elevao da renda do povo. (Adaptado de O Estado de S. Paulo, maio/2002) 1. De certo modo, quem pode consumir bens durveis acabaconsumindo por si e por quem no pode. (3o pargrafo) A afirmao acima aponta para (A) a melhoria real do padro de vida da populao brasileira, registrando existncia de consumo mesmoentre os mais pobres. (B)) resultados estatsticos aparentemente otimistas, masque deixam de mostrar dados pouco animadores dasituao econmica e social da populao brasileira. (C) um equilbrio final da capacidade de consumo dapopulao nas vrias regies brasileiras, igualandoos resultados de cada uma delas. (D) o paradoxo que resulta dos dados do ltimo censo,pois eles indicam o consumo de bens durveis poruma populao que no tem poder aquisitivo. (E) a falsidade do resultado de certas pesquisas, cujosdados desvirtuam a realidade, especialmente a daclasse social mais desfavorecida. __________________________________________ 2. Considere as afirmativas abaixo, a respeito do texto.O Censo 2000 I. indica o avano do Brasil, idntico ao de algumas sociedades desenvolvidas, especialmente quanto garantia de emprego, apesar de um valor modesto para o salrio mnimo. II. apresenta ndices positivos de melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro, ao lado de disparidades acentuadas, em todo o territrio nacional. III. assinala um aumento geral do poder aquisitivo do povo brasileiro, reduzindo a um mnimo as diferenas regionais. Est correto o que se afirma SOMENTE em: (A) I e II (B) II e III (C) I (D)) II (E) III __________________________________________ 3. Por esse ngulo, pode-se dizer que o Brasil um pasigualitrio. (2o pargrafo) correto

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 1

afirmar que a concluso acima tem um carter (A)) acentuadamente irnico, pela constatao que sesegue a ela. (B) bastante otimista, por ter sido possvel constatar melhorias na distribuio de renda. (C) de justificado orgulho, pela melhoria da Qualidade devida no Brasil. (D) de extremo exagero, considerando-se os dados indicativos do progresso brasileiro. (E) pessimista, tendo em vista a impossibilidade de aumento do salrio mnimo. ________________________________________4. A queda foi maior do que os especialistas haviamprojetado no incio da dcada. O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica,no contexto, (A) uma incerteza em relao a um fato hipottico. (B) um fato consumado dentro de um tempo determinado. (C) a repetio de um fato at o momento da fala. (D)) uma ao passada anterior a outra, tambm passada. (E) uma ao que acontece habitualmente. __________________________________________ 5. O segundo pargrafo do texto est ligado ao primeiro (A) por tratar-se de uma explicao das afirmaes apresentadas de incio. (B) pela condio imposta no incio desse segundo pargrafo, em relao aos dados observados no Censo. (C) por ser uma sntese do que vem sendo desenvolvido. (D) pela continuidade da mesma idia, desenvolvida emambos. (E)) por uma ressalva, marcada pelo uso da expresso adespeito de. __________________________________________ 6. H, no texto, relao de causa e efeito entre (A)) retomada do desenvolvimento e elevao da renda do povo. (B) a dcada do "milagre brasileiro" e a persistncia da situao de pobreza do povo. (C) situao econmica do Brasil no sculo XX e a que se apresenta no incio do sculo XXI.

(D) queda dos ndices de mortalidade infantil e valor do salrio mnimo. (E) consumo maior no Sul e no Sudeste e acentuadamente menor no Norte e no Nordeste. __________________________________________ 7. A mortalidade infantil caiu 38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. O emprego dos dois pontos assinala (A) uma restrio afirmao do perodo anterior. (B) a ligao entre palavras que formam uma cadeia nafrase. (C)) a incluso de um segmento explicativo. (D) a citao literal do que consta no relatrio do IBGE. (E) a brusca interrupo da seqncia de idias. __________________________________________ 8. Os nmeros iniciais do Censo 2000 revelam melhorias.A queda das taxas de mortalidade infantil foi maior do queo esperado.Boa parte da populao brasileira continua vivendo na pobreza. As frases acima formam um nico perodo, com correoe lgica, em: (A) Se as taxas de mortalidade infantil entraram em queda maior do que era esperada, a populao brasileira continua vivendo na pobreza, apesar das melhorias que o Censo 2000, revelam em seus dados iniciais. (B) A populao brasileira em boa parte continua vivendo na pobreza, os nmeros iniciais do Censo 2000 revelam as melhorias, onde as taxas de mortalidade infantil em queda, maior do que se esperava. (C) Com a queda das taxas de mortalidade infantil, e osnmeros iniciais do Censo 2000 revela que foi maiorque o esperado, mas boa parte da populao brasileira continua vivendo na pobreza. (D) Os nmeros iniciais do Censo 2000 melhoraram, com a queda das taxas de mortalidade infantil, que foi maior do que se esperavam, onde boa parte da populao brasileira continua vivendo na pobreza. (E)) Boa parte da populao brasileira continua vivendo na pobreza, conquanto os nmeros iniciais do Censo2000 revelem melhorias, como a queda das taxas demortalidade infantil, maior do que o esperado.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 2

__________________________________________ 9. A concordncia nas frases abaixo, adaptadas do texto,est correta em (A) Os nmeros iniciais do Censo 2000 mostram que oconsumo nas diversas regies brasileiras so distribudas de maneira desigual e contrastante. (B)) Constituem uma proporo relativamente pequenaas famlias brasileiras que podem dar-se ao luxo deserem sustentadas por um nico membro. (C) Alguns dados resultantes do Censo 2000 parece incompatvel com aqueles que assinalam o aumento do consumo de bens durveis, no mesmo perodo. (D) A qualidade de vida dos brasileiros, refletida principalmente na sade, dependem de aspectos importantes na rea de servios, como a de saneamento bsico. (E) Os dados referentes economia informal no captados pelas estatsticas, o que geram algumas situaes aparentemente contraditrias. ________________________________________11:16 Ateno: As questes de nmeros 10 a 17 baseiam-se notexto apresentado abaixo. Com seus 23 milhes de miserveis, o Brasil representa 3% do problema mundial. Pode parecer pouco, mas uma insero global trs vezes maior do que nossa participao,por exemplo, no comrcio mundial, em que o Brasil aparece com menos de 1% do movimento de compra e venda de mercadorias. Para isso, observe-se o ranking de pases com renda per capita semelhante brasileira. Tambm deve-seobservar o ranking dos pases segundo o percentual dapopulao vivendo abaixo da linha de pobreza. No importa deque ngulo se olhe, o Brasil hoje o pas mais rico do mundocom a maior taxa de pobreza. A isso se chama injustia social. H razes de sobra, alm do bvio constrangimento moral, para tentar de vez minorar esse problema. Do ponto de vista econmico, a pobreza extrema e inelutvel reduz a competitividade do pas e restringe suas possibilidades de mover a economia pela fora do mercado interno. Mas a verdade cruel que, nas contas macroeconmicas, a questo da misria absoluta apenas um detalhe. A poro mais pobre da pirmide, os miserveis, no produz e pouco consome. Ou seja, os miserveis nem entram na equao

econmica de um pas moderno. Teoricamente, a economia pode muito bem funcionar sem que se leve em conta sua existncia.A economia brasileira se situa entre as dez maiores domundo e chegou a atrair no ano 2000 investimentosestrangeiros da ordem de 30 bilhes de dlares. No campo da medicina, h hospitais e centros de pesquisa nacionais queservem de referncia mundial em reas como a cardiologia. Essas conquistas ocorreram sem que a misria se tenharetrado no pas. a que entra a questo tica.As bolhas de miserveis parecem ter paredes de aono pas. Parecem inexpugnveis. Elas sobrevivem intactas,indiferentes aos progressos que o pas experimenta a sua volta.No regridem sequer diante de fenmenos sociais que emoutros pases e situaes histricas foram decisivos para derrotar a pobreza. Entre esses fenmenos est a mobilidadesocial. O Brasil um campeo da especialidade mas nem issoadiantou para bulir com as estatsticas da pobreza absoluta. Cerca de 80% dos brasileiros que se encontram hoje no topo dapirmide social tiveram uma origem mais humilde. Elescomearam a vida num patamar inferior e foram subindo vriosdegraus ao longo da carreira profissional. Por que os miserveisno entram nessa roda ascendente? Porque no se qualificamsequer para os degraus mais baixos da engrenagem. (Adaptado de Veja, janeiro/2002) 10. A questo tica, citada no 3o pargrafo do texto,representa (A) a situao da rea de sade no Brasil, a que apopulao dificilmente tem acesso, embora ela seapresente como referncia mundial. (B) a posio de inferioridade em que se encontra oBrasil, tomando-se por base outros pases, cujarenda individual bastante semelhante. (C) uma postura terica dos economistas, que desconsiderama existncia de pobres e miserveis no pas,para no comprometer o desempenho da economia. (D)) o fosso existente entre plos de desenvolvimento emvrios aspectos e o enorme contingente que vive emcondies desumanas de vida. (E) os problemas econmicos enfrentados pelo Brasilpara tornar seus produtos competitivos no mercadointernacional. __________________________________________11. . .. sem que se leve em conta sua existncia. (2o pargrafo) A expresso grifada substitui corretamente, no texto, (A) a constatao de uma verdade cruel.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 3

(B) a fora do mercado interno. (C) a equao econmica. (D)) a presena dos miserveis. (E) a economia brasileira. __________________________________________ 12. A explicao que o texto oferece para a persistncia donmero de miserveis no Pas est (A) no fenmeno da mobilidade social, que bastanteexpressiva no Brasil, permitindo uma ascensosocial a pessoas humildes. (B)) na impossibilidade de essa fatia da populao qualificar-se para, ao menos, participar do quadro econmicodo Pas. (C) na necessidade de ocorrer uma quantidade maior deinvestimentos externos, especialmente na reasocial. (D) numa reestruturao do mercado interno brasileiro,para que a populao carente possa participar doconsumo de bens. (E) na comparao estatstica com a situao de outrospases, em que o desempenho da economia bemmelhor do que no Brasil. __________________________________________13. A afirmativa que responde corretamente questocolocada no final do texto : (A)) eles nem sequer apresentam condies de participarda vida econmica e, portanto, social. (B) o comrcio mundial exige padres de qualidade queessa camada no consegue atender. (C) a sociedade no aceita a participao de pessoashumildes, na pirmide social. (D) so pssimas as condies de trabalho para essacamada da populao. (E) a situao econmica do Brasil bastantedesfavorvel, em relao de outros pases. __________________________________________ 14. A frase do texto que est corretamente substituda poroutra, sem alterao do sentido original, : (A) elas sobrevivem intactas, indiferentes ao progresso= elas continuam desconhecidas, apesar dosestudos. (B) comearam a vida num patamar inferior = iniciaramsua vida profissional com muita dificuldade. (C) mas uma insero global = , porm, um problema internacional. (D) para tentar de vez minorar esse problema = para que se consiga equacionar essa situao. (E)) que servem de referncia mundial = que soexemplo para o mundo todo. __________________________________________ 15. A populao de miserveis no tem acesso ...... quantidademnima de alimentos necessria ...... manuteno deuma vida saudvel, equivalente ...... uma dieta de 2000calorias dirias.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas dafrase apresentada : (A) a - - a (B)) - - a (C) - - (D) - a - a (E) a - a - __________________________________________ 16. O Brasil representa 3% do problema mundial. A frase do texto em que o verbo apresenta o mesmo tipode complemento exigido pelo verbo grifado acima : (A) Parecem inexpugnveis. (B)) .. eles comearam a vida num patamar inferior. (C) O Brasil aparece com menos de 1% do movimento... (D) ... o Brasil hoje o pas mais rico do mundo... (E) ... os miserveis nem entram na equao econmica... __________________________________________ 17. A pobreza extrema e inelutvel reduz a competitividade dopas. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a formaverbal passa a ser (A) tinham reduzido. (B) estar reduzida. (C)) reduzida. (D) foram reduzidas. (E) est reduzindo. __________________________________________ 18. H palavras escritas de modo INCORRETO na alternativa: (A) Investimentos macios em educao, sade ereforma agrria constituram a frmula utilizada porpases mais atrasados do que o Brasil, para reduzir os ndices de pobreza. (B) O problema da misria no Brasil apresentacomponentes bem mais perversos do que a simplesescassez de recursos, que caracteriza o problemaem outros pases, como no continente africano. (C) Os recursos gastos na rea social acabam sendoinsuficientes, como por exemplo, a parcela mnimadestinada ao saneamento bsico, importante paraaumentar a expectativa de vida da populao. (D) A desnutrio, resultado da falta de ingesto deprotenas e de outras substncias, degenera emm-formao do sistema neurolgico, com danos irreversveis, na maioria das vezes. (E)) Vrios estudos afirmam que a taxa de misria sbaixar quando houver crecimento da economia, assossiado a um modelo mais justo de distribuiode renda para a populao. __________________________________________ 19. O processo de liberalizao do trabalho levou muitossculos.Na atualidade

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 4

impossvel afirmar que tenhamdesaparecido situaes de escravido ou explorao notrabalho.Isso ocorre mesmo em pases de economia avanada.As trs frases formam um nico perodo, com correo elgica, em: (A)) O processo de liberalizao do trabalho levou muitossculos, embora na atualidade seja impossvelafirmar que tenham desaparecido situaes deescravido ou explorao no trabalho, o que ocorremesmo em pases de economia avanada. (B) O processo de liberalizao do trabalho, no entanto,levou muitos sculos, e isso ocorreu mesmo empases de economia avanada, onde na atualidade impossvel afirmar que j desapareceram situaesde escravido ou explorao no trabalho. (C) O processo de liberalizao do trabalho levou muitossculos, e na atualidade impossvel afirmar quetenha desaparecido situaes de escravido ouexplorao no trabalho, o que ocorre em pases de economia avanada, mesmo. (D) Na atualidade impossvel afirmar que tenhamdesaparecido situaes de escravido ou exploraono trabalho, j que o processo de liberalizao do trabalho levou muitos sculos, ocorrendo mesmo empases de economia avanada. (E) Isso, que o processo de liberalizao do trabalho,ocorre em pases de economia avanada mesmo,tendo levado muitos sculos, mas na atualidade impossvel afirmar que tenham desaparecidosituaes de escravido ou explorao no trabalho. 20. A frase corretamente pontuada : (A) A expresso justia do trabalho apareceu, pelaprimeira vez em lei na Constituio de 1934 com afinalidade, de dirimir questes entre empregadores eempregados regidas pela legislao social dispositivo que se manteve na Constituio de 1937. (B) A expresso justia do trabalho apareceu pelaprimeira vez em lei na "Constituio de 1934" com afinalidade de dirimir, questes entre empregadores eempregados regidas pela legislao social dispositivo,que se manteve na "Constituio de 1937". (C)) A expresso justia do trabalho apareceu pelaprimeira vez em lei na Constituio de 1934, com afinalidade de "dirimir questes entre empregadores eempregados regidas pela legislao social",dispositivo que se manteve na Constituio de 1937. (D) A expresso "justia do trabalho", apareceu pelaprimeira vez em lei na Constituio de 1934 com afinalidade de dirimir questes, entre empregadorese empregados regidas pela legislao

social,dispositivo que se manteve na Constituio de 1937. (E) A expresso justia do trabalho apareceu pelaprimeira vez em lei na Constituio de 1934 com afinalidade de dirimir questes entre empregadores eempregados regidas, pela legislao social, dispositivo que se manteve na Constituio, de 1937. __________________________________________ (TRE-CE 20 ana jud 2002) Ateno: As questes de nmeros 1 a 16 referem-se ao texto que segue. A idia de que o povo bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania poltica, provm, sem dvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filsofo sobre esse ponto era muito mais complexo e profundo do quepodem supor alguns de seus ingnuos seguidores.Do fato de que o homem sempre bom, e que asociedade o corrompe, no se seguia logicamente, no pensamento de Rousseau, a concluso de que as deliberaes do povo fossem sempre boas. Cada um procura o seu bem, mas nem sempre o enxerga. O povo nunca corrompido, mas freqentemente enganado, e ento que ele parece querer o mal advertia o filsofo. a que se insere a sua famosa distino entre vontade geral e vontade de todos. Aquela s diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a soma de vontades particulares. Para Rousseau, nada garantiria que avontade geral predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrrio, ele tinha mesmo da vida em sociedade uma viso essencialmente pessimista. Sustentava que os povos so virtuosos apenas na sua infncia e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente. No h, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princpio da soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi ummoralista, preocupado antes de tudo com a reforma doscostumes, descria completamente de qualquer remdio jurdico para os males da humanidade. (Fbio Konder Comparato) 1. Considerando-se o contexto, o sentido de uma expressodo texto est corretamente traduzido em: (A)) diz respeito ao interesse comum relaciona-se coma vontade geral. (B) ingnuos seguidores adeptos mais radicais. (C) a que se insere a sua famosa distino a quese contesta sua clebre equao.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 5

(D) viso essencialmente pessimista perspectivaextremamente ambgua. (E) corrompem-se irremediavelmente praticam acorrupo sem remorso. __________________________________________ 2. De acordo com o texto, Rousseau acreditava que (A) os princpios da soberania popular aperfeioam-se cada vez mais com o desenvolvimento histrico dospovos. (B) as decises populares baseiam-se sempre em bonsprincpios, visto que os homens so bons pornatureza. (C)) as deliberaes do povo no so necessariamenteboas, pois o povo pode vir a ser enganado. (D) a vontade popular soberana, pois, mesmo quandoparece querer o mal, o povo delibera acertadamente. (E) o povo no pode ser o titular da soberania polticaporque facilmente levado a corromper-se. __________________________________________ 3. Rousseau considera que h uma vontade geral e uma vontade de todos, (A) dando assim expresso a um grande contra-senso interpretativo, que enfraquece sua tese. (B) sendo esta a razo para que afirme e defenda oprincpio da soberania absoluta do povo. (C) razo pela qual seus seguidores mais ingnuosacham seu pensamento demasiadamente complexo. (D)) distinguindo assim entre os interesses comuns e asoma de interesses particulares. (E) fazendo-nos crer que uma equivale outra, aindaquando aparentemente se oponham. __________________________________________ 4. Transpondo-se para a voz passiva a frase As pessoasnem sempre enxergam o seu bem, a forma verbaldecorrente ser (A) tem sido enxergado. (B) foi enxergado. (C)) enxergado. (D) ser enxergado. (E) so enxergadas. __________________________________________ 5. A vontade de todos diz respeito ao interesse privado,sendo apenas a soma de interesses particulares.Considerado o contexto, o elemento sublinhado na fraseacima tem o mesmo sentido de (A) embora seja. (B) a fim de ser. (C) mesmo que fosse. (D) a menos que seja. (E)) uma vez que . __________________________________________6. A frase que est inteiramente de acordo com as normasda concordncia verbal :

(A) A corrupo dos povos que saem da infncia e dajuventude parecem fazer parte do nosso destinohistrico, segundo o pessimista Rousseau. (B)) Constituem os males da humanidade um desafioinvencvel para qualquer providncia de naturezajurdica. (C) De acordo com Rousseau, devem-se discriminar oque a vontade geral, diante do que a vontade detodos. (D) Quanto mais contra-sensos houverem nainterpretao de Rousseau, menos compreendidoser o filsofo. (E) Nas teses de Rousseau, a reforma dos costumessempre tiveram mais importncia do que quaisquerremdios jurdicos. __________________________________________ 7. Est correto o emprego da expresso sublinhada na frase: (A) Seus seguidores no supem de que o pensamentodele seja to complexo. (B) No pode ser absoluta a soberania poltica de cuja opovo deve ser o titular. (C) Era grande a preocupao em cuja Rousseaumanifestava em relao reforma dos costumes. (D) Rousseau no achava de que os males dahumanidade poderiam ser sanados por medidasjurdicas. (E)) Est na admisso de que o povo pode serenganado, mas no corrompido, uma dascontribuies do pensamento de Rousseau. __________________________________________ 8. Est clara e correta a redao da seguinte frase: (A) Lamentam-se que as virtudes da infncia e dajuventude dos povos no se mantenhem quandoeles acabam por se corromperem. (B) Se bem que os povos se corrompem irremediavelmente, bem antes disso era-se maiscapaz de serem mais virtuosos do que ento. (C) As virtudes dos povos os so inatas, mas quem oscorrompem ao longo dos sculos a prpriasociedade. (D) Nenhum dos males que haveriam nos povos seriamnaturais, caso a sociedade no lhes corrompesse. (E)) Se a sociedade no os viesse a corromper, os povosno perderiam as virtudes de sua infncia ejuventude. __________________________________________ 9. Considerando-se o contexto do terceiro pargrafo, nafrase Aquela s diz respeito ao interesse comum; a outra,ao interesse privado", (A) aquela e a outra referem-se ao mesmo tipo devontade. (B) aquela refere-se vontade de todos. (C) aquela e a outra referem-se s vontades particulares. (D)) a outra refere-se vontade de todos.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 6

(E) a outra refere-se vontade geral. __________________________________________ 10. Os tempos e modos verbais esto corretamentearticulados na frase: (A) Foi um contra-senso interpretativo quando afirmramosque o princpio da soberania absoluta do povoter origem em Rousseau. (B)) Seria um contra-senso interpretativo se afirmssemosque o princpio da soberania absoluta dopovo teve origem em Rousseau. (C) Ser um contra-senso interpretativo se afirmssemosque o princpio da soberania absoluta dopovo haver de ter origem em Rousseau. (D) um contra-senso interpretativo quando afirmvamosque o princpio da soberania absoluta do povotem tido origem em Rousseau. (E) um contra-senso interpretativo quando afirmarmosque o princpio da soberania absoluta do povo tinhaorigem em Rousseau. __________________________________________ 08/03 - 16:30 11. Est correta a grafia de todas as palavras na frase: (A)) fcil encontrar quem divirja de Rousseau; difcil surpreender, nos discursos do filsofo, a falta deperseverana tica. (B) A malediscncia dos poderosos se encarrega dedivulgar obcessivamente a idia de que o povo ignorante. (C) O autor do texto, afim de demonstrar que no hhipocrizia em Rousseau, sugere que este noendeuzava o povo, mas o compreendia. (D) No h paralizia no pensamento de Rousseau: suasinquietaes impulsionam-o de forma sistematica. (E) gratuta a impresso de que Rousseu pensa deforma simples, ou mesmo ingnua; quem disso cojitaincorre em grave erro. __________________________________________ 12. Esto corretos o emprego e a forma do verbo sublinhadona frase: (A)) So grandes os esforos que o complexo pensamentode Rousseau sempre requereu de seusintrpretes. (B) Advem de Rousseau as principais formulaessobre a soberania poltica do povo. (C) A teoria de Rousseau ainda hoje contribue para aanlise das relaes entre o homem e a natureza. (D) Os ingnuos seguidores de Rousseau no sedeteram na complexidade de seu pensamento. (E) Em seu tempo, Rousseau interviu radicalmente naformao do pensamento democrtico. __________________________________________ 13. Para completar corretamente a lacuna da frase, o verboindicado entre parnteses dever adotar uma forma doplural em:

(A) No se ........ (dever) atribuir s idias de Rousseauqualquer grau de ingenuidade. (B) Quando se......... (administrar) aos males dahumanidade apenas um remdio jurdico, os efeitosso insignificantes. (C) Nunca ....... (faltar) s teorias de Rousseau apreocupao com o destino dos povos. (D)) O moralismo e o desejo de justia social deRousseau sempre o ......... (estimular) a pensarcriticamente. (E) Foram muitos os pensadores a quem Rousseau......... (influenciar) com suas preocupaes morais. __________________________________________ 14. preciso corrigir a forma sublinhada na frase: (A) Os homens se corrompem porque seus interessespessoais sobrepujam todos os outros. (B) Por que sempre h os que deturpam o pensamentoalheio? (C)) Sim, a vontade geral quase nunca sobrepuja asvontades particulares, mas por que? (D) O porqu do egosmo humano sempre foi um grandemistrio. (E) A justia social, por que todos lutam, est longe deser alcanada. __________________________________________ 15. Est inteiramente adequada a pontuao do seguinteperodo: (A) Se de fato, a vontade geral predominasse, sobre asvontades particulares, as decises polticas, refletiriam mais do que interesses, pessoais oucorporativos. (B) A distino entre as duas vontades feita porRousseau, pode parecer estranha primeira vista, mas logo, revela-se cheia de sabedoria. (C)) Ao se referir infncia dos povos, o pensadorfrancs alude ao homem no estado da puranatureza, longe dos artifcios da civilizao. (D) Os bons leitores, de um grande filsofo, devemevitar que, um pensamento complexo, se tornesimplrio, para assim no falsificar sua tese central. (E) O pessimismo de Rousseau ao qual o autor do textoalude, prende-se ao fato de que, o filsofogenebrino, lamentava os rumos da civilizao. __________________________________________ 16. Considerando-se o contexto, a frase Sustentava que ospovos so virtuosos apenas na sua infncia e juventudeganha nova redao, igualmente correta e com sentidoequivalente, em: (A) Apoiava-se em como apenas os povos fossem virtuosos na infncia ou na juventude, no mais queisto.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 7

(B)) Defendia a tese de que as virtudes dos povos semanifestam to-somente em sua infncia ejuventude. (C) A sustentao de que a virtude dos povos apenas semanifestam onde ainda h infncia e a juventude,era mantido por Rousseau. (D) Sua convico resultava das virtudes dos povos,cuja infncia e adolescncia nela se manifestavam. (E) Apoiava-se na convico que a infncia e ajuventude que torna os povos virtuosos __________________________________________ (TRE-AM ana jud 2003) Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 baseiam-se no texto apresentado abaixo. Ningum discordar, em s conscincia, da necessidade de o Brasil passar por mudanas significativas em sua legislao penal, tendo em vista adquirir um melhor instrumental jurdico para combater algumas das nossas mais notriaschagas sociais contemporneas, quais sejam, o desrespeito vida humana, a violncia desenfreada principalmente (no s) nas grandes concentraes urbanas e, sobretudo, a crnicaimpunidade. No entanto, a justa presso social pela diminuio dos assombrosos ndices de violncia e criminalidade no pode dar margem a um atabalhoado processo de mudana das leispenais, que abrigue contradies, inconstitucionalidades e atefeitos contrrios ao que se pretende. O Congresso Nacional etoda a sociedade brasileira precisam estar atentos a projetos de lei que, em lugar de combater o crime, podem se tornar inteiramente contraproducentes, chegando a estimul-lo. (...) preciso entender que o grande problema no aausncia ou o defeito da lei, mas sim a sua no observncia, afalta de sua aplicao e, no caso especfico das execues penais, a falta de rigor no cumprimento integral das penas que j existem. Por outro lado, h distores fundamentais deentendimento que tm estimulado a criminalidade, como o caso dos menores delinqentes, cuja utilizao por quadrilhasde adultos como "autores" dos crimes cada vez maior. A situao "de menor", com base na proteo estabelecida pelo Estatuto da Criana e do Adolescente, se transforma em perfeito escudo da quadrilha, para fins de impunidade. A experincia de outros pases, que nos ltimos anos tm obtido xito no combate violncia e criminalidade, mostra que muito mais importante do que criar uma nova lei fazer cumprir,com rigor, a j existente. (O Estado de S. Paulo, A3, 05 de maio 2002) 1. Na opinio do editorialista,

(A) necessrio fazer-se uma reviso do Cdigo Penal Brasileiro, para evitar a aplicao das leis muito brandas atualmente existentes no Pas. (B)) deve haver alteraes substanciais na lei penal, mas o importante ser uma preocupao maior com o cumprimento das penas estabelecidas. (C) a sociedade civil no tem conhecimento suficiente para entender todas as implicaes das leis penais brasileiras, atualmente em vigor. (D) a recente alterao das leis penais no Brasil ocorreu sem que se observem as possibilidades de sua aplicao conforme o dispositivo constitucional. (E) preocupante o nmero de menores envolvidos em crimes que no so devidamente apurados,exatamente pelo descumprimento habitual das leis existentes. __________________________________________ 2. O argumento mais importante utilizado no editorial : (A) H necessidade de uma reviso minuciosa de um Cdigo Penal permissivo e obsoleto, em vigor no Pas. (B) Deve fazer-se a incorporao rpida e urgente dos vrios projetos existentes na mudana de nossas leis penais. (C) Os envolvidos no processo de mudana daspenalidades devem ser pessoas de conhecimentoespecfico dessas leis e de sua aplicao. (D)) necessrio respeito rigoroso ao que dispem as leis penais existentes, evitando-se principalmente a impunidade dos criminosos. (E) O Estatuto da Criana e do Adolescente deve ser revisto, para que haja mais rigor na punio demenores criminosos. __________________________________________ 3. (no s) (6a linha do 1o pargrafo) O comentrio entre parnteses deve ser entendido,considerando-se o contexto, como significando que a violncia desenfreada (A)) no existe somente nas grandes reas urbanas. (B) instalou-se somente nas grandes reas urbanas. (C) no se instalou nos grandes centros urbanos. (D) o problema menos importante das grandes reas urbanas. (E) concentra-se, notoriamente, nas grandes reasurbanas. __________________________________________ 4. ... e at efeitos contrrios ao que se pretende. (12a linhado 1o pargrafo) O sentido da frase transcrita acima retomado, no texto,pelo segmento: (A) ... tendo em vista adquirir um melhor instrumental jurdico... (B) ... e, sobretudo, a crnica impunidade.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 8

(C)) ... podem se tornar inteiramente contraproducentes... (D) ... o grande problema no a ausncia ou o defeito da lei... (E) ... a falta de rigor no cumprimento integral das penas que j existem. __________________________________________ 5. A presena das aspas em "autores" (8a linha do 2o pargrafo) chama a ateno para o fato de (A) haver, cada vez mais, menores envolvidos com a criminalidade, por inao do Poder Pblico eausncia de legislao especfica. (B) existir o amparo legal para a recuperao demenores delinqentes longe da influncia dasquadrilhas comandadas por marginais j adultos. (C) ser possvel cumprir pena por perodo menor que o estipulado nas leis, por ter sido o crime praticado por um menor de idade. (D)) ser atribuda a autoria de crimes a menores que no podem ser condenados, em vista do disposto no Estatuto da Criana e do Adolescente. (E) ocorrer, ultimamente, um aumento do ndice decriminalidade em todo o Pas, numa violncia queafeta principalmente o desenvolvimento dosmenores de idade. __________________________________________ 6. ... como o caso dos menores delinqentes, cujautilizao por quadrilhas de adultos como "autores" doscrimes cada vez maior. (6a, 7a e 8a linhas do 2o pargrafo)O pronome grifado substitui corretamente, no texto, autilizao (A) das quadrilhas de adultos. (B) da criminalidade. (C) dos autores dos crimes. (D)do Estatuto da Criana e do Adolescente. (E)) de menores delinqentes. __________________________________________ 7. principalmente (...) nas grandes concentraes urbanas(6a e 7a linhas do 1o pargrafo)O uso dos travesses, isolando a observao acima,introduz no contexto (A) o desejo de que se controle a violncia. (B) uma advertncia em relao aos itens especificados. (C)) uma limitao afirmativa anterior. (D) a citao de um autor diferente, no texto. (E) a incluso de um pedido especial. __________________________________________ 8. ... que abrigue contradies. (11a linha do 1o pargrafo)A forma verbal grifada na frase acima indica (A)) probabilidade, dentro de certas condies. (B) fato real, num tempo presente. (C) ao concreta, em relao a um tempo futuro. (D) ao futura, em relao a um tempo passado.

(E) finalidade, tendo em vista uma situao anterior. __________________________________________ 9. Ningum discordar, em s conscincia, da necessidade de o Brasil... (incio do texto) O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado na frase acima est em: (A) Um maior rigor na aplicao e no cumprimento de penas tem sido defendido em vrios projetos de lei, em tramitao no Congresso. (B)) Representantes no Congresso Nacional batalham pela aprovao das mudanas necessrias em nossa legislao penal. (C) As autoridades tomaram vrias medidas de combate violncia desenfreada nas grandes concentraes urbanas. (D) Os ndices de violncia e criminalidade aumentaram assustadoramente nos ltimos anos, em especial nas grandes cidades. (E) A crnica e habitual impunidade constitui mais um elemento de atrao na realizao de atividadescriminosas. __________________________________________ 10. Obedecer ...... leis existentes o instrumento ...... que se deve recorrer no combate ...... violncia, em qualquer lugar. As lacunas da frase apresentada sero corretamente preenchidas por: (A) as - a - a (B) as - - (C) as - - a (D)) s - a - (E) s - - a __________________________________________ Ateno: As questes de nmeros 11 a 15 baseiam-se no texto apresentado abaixo. O processo de globalizao foi muito mais rpido nombito das finanas e do comrcio do que no plano poltico e institucional. Mas no h caminho de volta nem para a globalizao nem para as instituies de governana regional e global. O nico caminho possvel avanar no processo detransformao da ordem mundial e institucionaliz-la. (...) A ordem global em formao tem algumas vantagens e muitos riscos, parte deles criada pelo desmoronamento das instituies multilaterais. A principal vantagem a integrao pelas comunicaes. Hoje, atrocidades como as queaconteciam sob a censura e o vu da impunidade hegemnica no sculo passado se tornam conhecidas, em tempo real, pela opinio pblica mundial. o primeiro passo para oestabelecimento de limites e sanes violao em larga escala dos direitos da humanidade. Mas a est Kosovo para provar que a humanidade ainda impotente diante desses eventos. O horror instantneo, porm, j no nos pode sersonegado. Ns nos horrorizamos em

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 9

tempo real. A rede global de comunicaes d novos recursos aos movimentos coletivos de defesa dos direitos e da paz e compromete governantes. H falhas, claro. O reconhecimento, tardio, da censura e da presso imprensa nos EUA e na Inglaterra durante oataque ao Iraque, por exemplo. (Adaptado de Srgio Abranches, Em foco. Veja, 24 de setembrode 2003) 11. De acordo com o texto, a vantagem trazida pelascomunicaes encontra-se (A) na facilidade de reunir um grande nmero depessoas para pressionar governantes, levando-os aouvir e a respeitar a opinio pblica. (B) na possibilidade de conhecer antigos hbitos detortura e de violao dos direitos humanos,principalmente em pases de tradio milenar. (C) na facilidade para se manter a populao beminformada a respeito de acontecimentos importantes em regies afastadas do globo. (D) no fechamento poltico de certas civilizaes que se mantm ainda distantes do processo de globalizao, em defesa de suas tradies milenares. (E)) na rapidez da divulgao dos fatos em todo omundo, possibilitando a expresso da opiniopblica, favorvel ou desfavorvel a eles. __________________________________________ 12. Mas a est Kosovo... (meio do 2o pargrafo)Deduz-se corretamente do contexto que o exemplo acima foi citado devido a I. ser at hoje a regio em que a populao plenamente assistida em seus direitos bsicos eonde se exercita a cidadania. II. ter sido essa regio palco de flagrante desrespeito aos direitos humanos, sem que houvesse interferncia das demais naes. III. ter-se transformado num exemplo de mobilizaoda sociedade contra governantes autoritrios, queno respeitavam a opinio pblica. Est correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. __________________________________________ 13. H falhas, claro. (incio do 3o pargrafo) O comentrio introduz, considerando-se o contexto, uma (A)) ressalva. (B) concluso. (C) explicao. (D) finalidade. (E) proporo. __________________________________________

14. A concordncia est correta na frase: (A) Respeitar os direitos civis so importantes para o aperfeioamento do processo democrtico de uma nao. (B) Crimes contra a humanidade, que despertam horror, deve ser totalmente banido da ordem mundial. (C)) Parte dos conflitos que surgiram no sculo passado foi controlada com brutalidade por regimes militares autoritrios. (D) Nem sempre a soluo que algumas instituies capaz de oferecer apresentamse realmente adequadas aos problemas existentes. (E) A nica soluo possvel para resolver conflitosentre naes encontram-se no processo detransformao da ordem mundial. __________________________________________ 15. H palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) Regimes de exceo usam meios repressivos eautoritrios para dominar minorias subjugadas, emflagrante desrespeito a seus direitos. (B) Pessoas famosas, que gozam de uma situaoprivilegiada, colocam-se na defesa de populaesabandonadas prpria sorte. (C) Associaes civis organizadas so indispensveis na defesa dos direitos humanos e da paz, em qualquer lugar do planeta. (D) Encontram-se espalhados pelo mundo contingentes de expatriados, que fogem dos maus tratos impostos por governantes autoritrios. (E)) A expano das comunicaes por todo o globoestabelece um controle, nem sempre eficaz, dos horrores a que populaes esto sugeitas. (TRT-24 ana jud 2003) Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto que segue, trecho de um artigo publicado em 1948. O Brasil se desenvolveu como nao politicamenteindependente na fase em que a economia capitalista transformava o mundo num sistema de mercados. A economia moderna no permite, seno em escala reduzida, odesenvolvimento autnomo das economias nacionais. Tudo seliga, e os pases dependem, cada vez mais, dos grandescentros em que se concentram as foras do imperialismoeconmico. A primeira realidade que o brasileiro encontra pelafrente , portanto, a dependncia estreita em que vivemos.Assim sendo, somos obrigados a seguir a oscilao dos lderesda economia mundial, e a conseqncia disso vivermos sempoder equilibrar duas foras contraditrias, que passamos aexpor.Com

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 10

efeito, pelo fato de sermos um pas predominantemente agrcola e pecurio, fornecedor de matrias-primas e produtos alimentares, a maioria das nossas populaes vive em estado de atraso, sem ligao com oprogresso da vida moderna. Assim, desenvolvem-senecessidades locais muito especficas, requerendo medidas locais e economia orientada para as zonas do interior, j que o nvel dessas populaes as coloca, mais ou menos, conforme ocaso, margem dos tipos modernos de vida econmica. Por outro lado, como estamos na dependncia dos grandes centros econmicos, a nossa economia solicitada, a cada momento, ase ajustar ao ritmo varivel da economia mundial o que acarreta a necessidade de uma poltica econmica de carter geral, com medidas de larga escala, voltadas para as exigncias da balana internacional de comrcio. At agora nose estabeleceu, no Brasil, a difcil harmonia entre essas duas tendncias contraditrias. (Antonio Candido, Folha Socialista, no 3. So Paulo, 1948) 1. O texto expe a seguinte idia fundamental: (A) O desenvolvimento do Brasil vem se acelerando a despeito do ritmo da economia capitalista. (B) O fato de nossa economia ser essencialmente rural impossibilita medidas econmicas localizadas. (C)) O entrave do nosso desenvolvimento econmico est na dificuldade de conciliarmos medidas pontuais e medidas de carter geral. (D) A superao de nossas contradies econmicas implica a adoo de medidas orientadas para as zonas mais desenvolvidas. (E) As contradies de nossa economia so inerentes implantao do sistema mundial de mercados. __________________________________________ 2. Atente para as seguintes afirmaes: I. Na frase O Brasil se desenvolveu como naopoliticamente independente na fase em que aeconomia capitalista transformava o mundo numsistema de mercados, as aes destacadasmantm entre si uma relao de excluso. II. Na frase A economia moderna no permite, seno em escala reduzida, o desenvolvimento autnomo das grandes economias internacionais, o segmento destacado tem o valor de uma ressalva. III. Na frase A primeira realidade que o brasileiroencontra pela frente , portanto, a dependnciaestreita em que vivemos, o segmento destacadotem o valor de uma hiptese. Est correto o que se afirma SOMENTE em (A)) I e II.

(B) I e III. (C) II. (D) II e III. (E) III. __________________________________________ 3. At agora no se estabeleceu, no Brasil, a difcil harmoniaentre essas duas tendncias contraditrias.Mantm-se o sentido original da frase acima em: (A) Essas duas tendncias contraditrias no deixam de possibilitar que, no Brasil, ainda hoje se estabelea uma difcil harmonia. (B)) No Brasil, a problemtica conciliao dessas duas orientaes conflituosas ainda no se efetivou. (C) Ainda assim difcil a conciliao entre essas foras opostas, conquanto venha a se estabelecer no Brasil. (D) At hoje no se determinou, no Brasil, a dificuldade de equilbrio dessas tendncias inconciliveis. (E) No Brasil, mesmo agora a difcil superao dessas foras harmnicas ainda no se estabeleceu. __________________________________________ 4. Na reconstruo de uma frase do texto, desrespeitou-se a concordncia verbal em: (A) s economias nacionais no se permite, modernamente, que se desenvolvam de modoautnomo e competente. (B) Ainda no se encontraram, para essas duastendncias contraditrias, quaisquer possibilidadesde harmonizao. (C) Quando no se est ligado ao progresso da vidamoderna, como ocorre com boa parte dosbrasileiros, paga-se com as conseqncias doatraso. (D)) Devem-se s oscilaes dos lderes da economia mundial boa parcela do desequilbrio da nossa prpria economia. (E) Devido dificuldade de se ajustarem ao ritmovarivel da economia mundial, h medidas que,mesmo necessrias, deixamos de tomar. __________________________________________ 5. exemplo de correta transposio da voz ativa para a passiva: (A)) O nvel de vida dessas populaes as coloca margem da modernidade = Essas populaes socolocadas margem da modernidade por seu nvelde vida. (B) At agora no se estabeleceu a difcil harmoniaentre essas duas tendncias = At agora no foiestabelecida a difcil harmonia entre essas duastendncias. (C) Desenvolvem-se necessidades locais muito especficas = Foram desenvolvidas necessidades locais muito especficas. (D) Os pases dependem, cada vez mais, dos centros do imperialismo econmico = Os pases sodependentes, cada vez mais, dos centros doimperialismo econmico.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 11

(E) A nossa economia deve se ajustar a um ritmovarivel = A nossa economia deve ser ajustada porum ritmo varivel. __________________________________________ 6. Considerando-se o contexto em que a frase ocorre, a expresso sublinhada preserva o sentido da expresso indicada entre parnteses em: (A) Pelo fato de sermos um pas predominantemente agrcola e pecurio, a maioria das nossas populaes vive em estado de atraso. (No obstante). (B) Por outro lado, a nossa economia solicitada a se ajustar ao ritmo varivel da economia mundial. (De outro modo). (C)) A economia moderna no permite, seno em escala reduzida, o desenvolvimento autnomo das economias nacionais. (a no ser). (D) Assim sendo, somos obrigados a seguir a oscilaodos lderes da economia mundial (ainda assim). (E) Os pases dependem, cada vez mais, dos grandescentros do imperialismo econmico (de mais amais). __________________________________________ 7. Est correta a grafia de todas as palavras da frase: (A) Ao ascender condio de um grande sistema de mercados, a economia mundial propisciou o poder hegemnico dos grandes conglomerados financeiros. (B) Se os grandes centros econmicos no se emiscussemdecisivamente nas economias nacionais,talvez estas lograssem alcanar um ndiceexpressivo de desenvolvimento. (C) Os economistas podem discentir quanto s soluespara o nosso desenvolvimento, mas reconhecemque o imperialismo econmico um fator crucial para nosso atraso. (D)) A necessidade de sincronizar o ritmo de nossaeconomia com o da expanso da economia globalconstitui uma das exigncias mais difceis de serematendidas. (E) No fosse a dicotomia das direes econmicascom que nos deparamos, o Brasil talvez no sefirmasse numa posio de maior relevncia entre ospases emerjentes. __________________________________________ 8. Todas as formas verbais esto corretamente flexionadas na frase: (A) Embora se requeram, aqui e ali, medidas locais, no haver como abstermos-nos de medidas de carter geral. (B) Se um pas no se provir de planos econmicosprprios, estar cada vez mais dependente do ritmoque lhe impor a economia global. (C) Se no nos convir o ritmo ditado pela economiaglobal, fazer-se- necessrio criar um modelo quemelhor se adeqe nossa realidade.

(D) Os grandes centros econmicos associaram-se e comporam, paulatinamente, um sistema demercados ao qual praticamente impossvel umpas deixar de pertencer. (E)) O que de fato obstrui o desenvolvimento daeconomia nacional a oscilao entre direesdificilmente conciliveis, a que vimos nos sujeitando. _________________________________________ 9. Tudo se liga, e os pases dependem, cada vez mais, dosgrandes centros em que se concentram as foras doimperialismo econmico. Substituindo-se, na frase acima, as formas dependem e se concentram, respectivamente, pelas formas subordinamse e se irradiam, o segmento sublinhado dever ser substitudo por (A) nos grandes centros onde. (B)) aos grandes centros de onde. (C) pelos grandes centros aonde. (D) aos grandes centros em cujos. (E) nos grandes centros por onde. __________________________________________ 10. O Brasil rico em matrias-primas, mas no basta possuirmos matrias-primas, o desejvel que pudssemos processar as matrias-primas, industrializar essas matrias-primas e auferir todo o lucro potencial embutido nessas matriasprimas.Evitam-se as viciosas repeties do perodo acima substituindo- se, de modo correto,os elementos sublinhados,respectivamente, por: (A)) as possuirmos process-las industrializ-las -nelas embutido (B) lhes possuirmos - process-las industrializ-las -embutido-lhes (C) possuirmo-las - lhes processar - lhes industrializar - nelas embutido (D) as possuirmos - as processar industrializar-lhes - nelas embutidas (E) possu-las - processar-lhes - industrializarlhes -embutido-lhes __________________________________________ Ateno: As questes de nmeros 11 a 20 referem-se ao texto que segue. Governo discute se programa para ndios legal Um programa de FM dirigido a ndios e outrosmoradores da fronteira do Brasil com o Paraguai, no Mato Grosso do Sul, corre o risco de ser considerado ilegal pelo governo federal. Transmitida em nheengatu (segundo o dicionrio Aurlio, lngua que se originou do tupi), a atrao pode ser enquadrada numa lei de 1963, que probe veiculaes em lngua estrangeira. Pela regra, s emissoras de ondas curtas podem operar com outros idiomas, mediante autorizaodo Ministrio das Comunicaes. Mistura de termos

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 12

indgenas com espanhol e portugus, o nheengatu originou-se do perodo da colonizao brasileira. Calcula-se que seja utilizado por cerca de 370 mil pessoas no MS. A essa populao dirigido Nheengatu,programa da FM educativa de Campo Grande que vai ao ar trs vezes por semana e tem estria marcada na TVE do Estado emagosto. Sua sobrevivncia no rdio e sua migrao para ateleviso so objetos agora da seguinte anlise, em curso noministrio: essa ou no uma lngua estrangeira?Alm de tantos crimes histricos contra os ndios,querem cometer mais um, afirmou Bosco Martins, presidenteda FM e da TVE, que recebeu do ministrio solicitao paraencaminhar informaes sobre o programa. O nheengatu foiproibido por D. Joo IV, em 1727, que queria oficializar oportugus. Hoje, permanece vivo como uma forma deresistncia cultural, afirma Marlei Sigrist, professora daUniversidade Federal do MS, que desenvolveu um estudo sobreo programa.Para Marcos Bitelli, especialista em leis de radiodifuso, oNheengatu no pode ser proibido. A lei que estabelecerestries a irradiaes em lngua estrangeira no pode seraplicada ao nheengatu, que era a principal lngua brasileira nacolonizao.(Laura Mattos, Folha de S. Paulo, 18/06/2003) 11. A controvrsia de que trata o texto de naturezaeminentemente (A) jurdica, j que se trata de decidir sobre a vignciaou no de uma lei de 1963. (B) histrica, pois remonta a um documento produzidoem pleno perodo colonial. (C)) cultural, j que se trata de qualificar a forma deexpresso de uma coletividade. (D) econmica, pois envolve interesses particulares quedependem de recursos pblicos. (E) poltica, pois implica conflito de interesses entre osdiferentes poderes do Estado. __________________________________________ 12. Atente para as seguintes afirmaes: I. As observaes de Bosco Martins, de Marlei Sigriste de Marcos Bitelli convergem no fundamental alngua nheengatu deve ser preservada mas soomissas quanto legitimidade ou legalidade doprograma de rdio. II. O argumento de que se vale Marcos Bitelli permitedepreender que razes de ordem histrica devemser levadas em conta num processo de avaliaodo que seja uma lngua nacional. III. A jornalista, para dar notcia do fato polmico,investigou-o, informou-se com autoridades e especialistase deu voz ao pblico diretamente envolvido. Est correto o que se afirma SOMENTE em

(A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. __________________________________________ 13. Est clara e correta a redao da seguinte frase: (A) Mixto de termos indgenas e hispnicos, segundo oAurlio, o nheengatu remonta ao regime colonial,onde D. Joo IV, em 1727, promulgou uma lei emque este era terminantemente revogado. (B) Segundo afirma Marlei Sigrist, o nheengatu temcarter preservativo, conquanto represente umaresistncial cultural contra todos os que vo aoencontro do princpio de sua conservao. (C) Bosco Martins sugere que, dentre os crimespor ventura j imputados contra os ndios, talinterdio lhe soa como mais um, no lhe parecendoprprio proibir esse programa. (D)) A transmisso do programa pode vir a ser interrompida,caso entenda a justia que o Nheengatutipifica uma veiculao em lngua estrangeira, o quecontraria o disposto na lei de 1963. (E) No pouco representativa a cifra de 370 milfalantes do nheengatu, idioma com o qual seveicular o mesmo programa, de sorte que s estefato teria argumentos para se contraditarem acusao de que uma lngua estrangeira". __________________________________________ 14. Est correto o emprego de ambas as expressessublinhadas na frase: (A))Atransmisso do programa Nheengatu, contra aqual parece ter-se insurgido o Ministrio dasComunicaes, despertou viva polmica acerca doque vem a ser uma lngua nacional. (B) O portugus e o espanhol, idiomas a cujos vieramsomar-se termos indgenas, talvez j tenham merecidoalguma contestao quanto ao fato de seremlnguas nacionais. (C) D. Joo IV, em 1727, j manifestava a preocupaoem que o predomnio de uma lngua estrangeiradiante da lngua oficial representaria um risco para oprocesso de colonizao. (D) A ilegalidade do programa radiofnico, cuja a lngua o nheengatu, foi aventada pelo Ministrio dasComunicaes, que recorreu a especialistas paramelhor se informar em face da questo. (E) A opinio de Marlei Sigrist, em favor a qual hargumentos antropolgicos, que a divulgao donheengatu constitui uma forma de resistnciacultural, mediante o que devem se engajar osdefensores das minorias. __________________________________________

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 13

15. Est inteiramente adequada a pontuao do seguinteperodo: (A) Consta que o nheengatu, uma mistura de termosindgenas com o portugus tem suas razes noperodo colonial brasileiro, chegando a ser proibidopor D. Joo IV em seu intuito de oficializar oportugus. (B) A indignao de Bosco Martins das mais justaspois, tendo os ndios sido vtimas de tantos crimes, apossvel proibio ao Nheengatu parece soarcomo: mais uma violncia injustificvel. (C) O fato de que cerca de 370 mil pessoas utilizam onheengatu, mereceria, por si s, uma atenoespecial no s das zelosas autoridades federaiscomo de todos aqueles que tm visto na culturapopular, uma forma de resistncia. (D) Dado que a lei de 1963 no podia prever o adventoda Internet, parece anacrnico hoje em diaestabelecer o confinamento, freqncia de, ondas curtas, dos programas de rdio transmitidos emlngua estrangeira. (E)) A reprter, precavidamente, valeu-se do dicionrioAurlio, mas certamente obteria melhores e maisprecisas informaes acerca do nheengatu se, emvez de um dicionrio, recorresse a um especialistaem lnguas indgenas. _________________________________________ 16. Para se atender s normas de concordncia, precisocorrigir a forma verbal sublinhada na frase: (A) No nos parece que sejam irrelevantes quaisquermedidas que visem preservao de lnguasutilizadas pelas minorias. (B)) Que no se mea esforos para se preservar ouresgatar um fato cultural que ajude a compreender onosso passado histrico. (C) Tem havido muitas presses para garantir os direitosdas minorias, tais como a utilizao e a veiculaode lnguas que resistem ao desaparecimento. (D) As populaes a quem interessa preservar seusdireitos histricos devem unir-se e mobilizar-secontra medidas autoritrias. (E) Caso politicamente no convenha s autoridades doMinistrio das Comunicaes proibir o programaNheengatu, este ser mantido em sua formaoriginal. __________________________________________ 17. Est adequada a articulao entre os tempos verbais nafrase: (A) Caso venha a ser considerado nocivo comunidade,o programa Nheengatu dever ter sido proibidopelas autoridades. (B) A menos que fosse nocivo o contedo veiculadopelo programa Nheengatu, no h razes para quese o houvera proibido.

(C) Se o contedo veiculado pelo programa Nheengatuvier a se revelar nocivo, s assim se pudessecogitar de proibir sua transmisso. (D) No caso de que o programa Nheengatu secaracterizasse por transmitir idias nocivas comunidade, cabe cogitar sua proibio. (E)) A menos que o contedo veiculado pelo programaNheengatu possa ser considerado nocivo comunidade, no h razes para que se venha aproibi-lo. __________________________________________ 18. Quanto necessidade ou no de utilizao do sinal decrase, est inteiramente correta a frase: (A) Quem est alguma distncia de Campo Grandeno pode avaliar contento o mrito da polmica que se refere o texto. (B) No aqueles que se instalam nos gabinetes oficiaisque cabe a interdio do uso de uma lngua cujapreservao estejam devotados milhares de falantes. (C) Quem visa restringir a utilizao de uma lngua dasminorias deveria tambm se ater toda e qualquerm utilizao das chamadas lnguas oficiais. (D)) As decises que se tomam revelia do interessedas populaes so semelhantes quelas tomadasna vigncia dos atos institucionais da ditaduramilitar. (E) Quem se manifeste contrrio uma nicamanifestao de arbitrariedade est manifestandosua hostilidade todas as medidas arbitrrias. __________________________________________ 19. A m redao tornou incoerente a seguinte frase: (A) Embora seja compreendido e falado por umaminoria, o nheengatu tem o direito de ser preservadocomo uma lngua de uso, no podendo ser abolidopor decreto. (B) Em virtude de ser compreendido e falado por umaminoria, o nheengatu deveria ser visto como provada resistncia de uma cultura, e no como ameaasocial. (C)) A menos que o nheengatu fosse compreendido efalado por poucas pessoas, tampouco poderia seranalisado como um fato cultural de relevncia. (D) Ainda que o nheengatu fosse compreendido e faladopor poucas centenas de pessoas, isso no deixariade constituir um fato de relevncia cultural. (E) Muito embora seja compreendido e falado por umapequena minoria, o nheengatu no deixa de ter umsignificativo valor cultural. __________________________________________ 20. No contexto da frase Pela regra, s emissoras de ondascurtas podem operar com outros idiomas, medianteautorizao do Ministrio das Comunicaes,

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 14

I. podem operar com outros idiomas equivale apodem se valer de outros idiomas em suastransmisses. II. o termo mediante tem o sentido de salvo. III. o termo s tem o mesmo sentido que assume numafrase como Foi encontrado s, em seu quarto. Em relao ao enunciado, est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) II e III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E)) I, apenas. __________________________________________ (TRT-17 ana jud 2004) Ateno: As questes de nmeros 1 a 15 referem-se ao textoque segue. Pobreza e indigncia Como se quantifica o nmero de pobres existentes noBrasil? necessrio, em primeiro lugar, definir o que umpobre. Pouca gente teria dificuldade em dar sua prpria definio.Provavelmente a maioria diria que os pobres so aquelesque ganham mal e tm pouco ou nenhum patrimnio. So aspessoas que pedem dinheiro nas ruas ou vivem de trabalhosprecrios. Embora suficiente para conversas informais sobre oassunto, trata-se de definio muito imprecisa. Um exemplo:como qualificar empregadas domsticas que trabalham emcasas de famlias ricas de So Paulo, Porto Alegre ou Rio deJaneiro? Em comparao com os patres, razovel imaginarque elas sejam consideradas pobres, mas em comparao comum miservel do interior do Nordeste, que passa fome durantevrios meses do ano, certamente isso no seria verdade. Para que a discusso sobre o tema possa ser feita embases mais slidas, vital avanar para uma definio maisrigorosa. Na maioria dos trabalhos acadmicos, a contagem dospobres realizada da seguinte forma: admite-se, em primeirolugar, uma cesta de bens e servios (alimentos, transporte,moradia etc.) qual todo mundo deveria ter acesso para noser considerado pobre. A seguir, atribui-se um valor monetrio aessa cesta (que pode variar de regio para regio), tambmchamado de linha de pobreza. A partir da, verifica-se quem temrenda superior ao valor da cesta (os que no so pobres) equem tem renda inferior (os que so pobres). claro queaqueles com renda inferior no conseguem comprar todos osbens e servios da cesta. Portanto, o nmero de pobresdepende sempre da definio do que a linha de pobreza.O mesmo argumento vale para a linha de indigncia. Acesta de bens inclui, nesse caso,

apenas os alimentos mnimosnecessrios para que a pessoa permanea viva, de acordo comos padres da Organizao Mundial da Sade. Ou seja,teoricamente, quem est abaixo da linha de indigncia noconseguiria sequer sobreviver se o faz porque complementaminimamente sua renda com esmolas ou algum tipo de culturade subsistncia, que representa um recurso adicional que no levado em conta pelos pesquisadores. (Andr Lahz. Revista VEJA, 15/05/2002) 1. De acordo com o texto, uma quantificao objetiva donmero de pobres no Brasil depende (A) de uma fixao criteriosa do que seja, exatamente,a linha de indigncia. (B)) da fixao do valor monetrio de uma determinadacesta de bens e servios. (C) dos padres que venham a ser fixados pelaOrganizao Mundial de Sade. (D) dos critrios acadmicos que permitem subestimaras diferenas regionais. (E) de pesquisas orientadas por diferentes critrios emetodologia. __________________________________________ 2. Considere as seguintes afirmaes: I. A maioria das pessoas tem uma precria definiodo que seja pobreza, precariedade que comprometeo nvel das pesquisas acadmicas sobre otema. II. O acesso ou falta de acesso a determinados bens eservios um critrio pelo qual se identificam os que esto acima e os que esto abaixo da linha depobreza. III. A linha de indigncia definida pelo acesso parcialde um indivduo tanto aos bens como aos serviosconsiderados essenciais para o pleno exerccio desua cidadania. Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que seafirma em (A) I. (B) I e II. (C)) II. (D) II e III. (E) III. __________________________________________ 3. No segundo pargrafo, a utilizao das expresses emprimeiro lugar, a seguir e a partir da presta-se adescrever uma metodologia de trabalho baseada em (A) um alargamento de possibilidades. (B) uma concomitncia de fatos. (C) uma srie de alternativas. (D)) um encadeamento de operaes. (E) uma sucesso de hipteses. __________________________________________ 4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente osentido de uma expresso do texto em (A)) embora suficiente = ainda que bastante

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 15

(B) em bases mais slidas = de modo mais especulativo (C) atribui-se um valor monetrio = calcula-se a demanda (D) cultura de subsistncia = hbitos da pobreza (E) recurso adicional = atribuio necessria __________________________________________ 5. Os tempos verbais esto corretamente articulados nafrase: (A) Para que a discusso sobre o tema pudesse serfeita em bases mais slidas, ser vital avanar parauma definio mais rigorosa. (B) Para que uma discusso sobre o tema venha a serfeita em bases mais slidas, vital que se avanariapara uma definio mais rigorosa. (C) A cesta de bens incluiria, nesse caso, apenas osalimentos mnimos necessrios para que a pessoapermaneceria viva. (D) Teoricamente, quem estiver abaixo da linha deindigncia no ter conseguido sequer sobreviver. (E)) Teoricamente, quem estivesse abaixo da linha deindigncia no conseguiria sequer sobreviver. __________________________________________ 6. Quanto concordncia verbal, a frase inteiramentecorreta : (A) Nenhum de ns haveriam de encontrar dificuldadeem propormos, cada um de acordo com seuscritrios, uma definio de pobreza. (B) Quem dispuser de recursos suficientes para a aquisio de todos os bens e servios indicados estaro acima da linha de pobreza. (C) No se inclui, entre os bens e servios, viagens delazer, que, injustamente, no so consideradas essenciais, nesse tipo de cesta bsica. (D)) No se sabe exatamente quais bens e servioscompem essa cesta, quais os produtos a que sedeve ter acesso para se situar acima da linha depobreza. (E) Embora se saiba que muita gente arrecade, comesmolas, mais do que um salrio mnimo, consideram-se que esto abaixo da linha de indigncia. __________________________________________ 7. Transpondo-se para a voz passiva a frase A cesta de bensinclui apenas os alimentos mnimos necessrios subsistncia, a forma verbal resultante ser (A) est includo. (B) estaro includos. (C)) so includos. (D) tero sido includos. (E) tm sido includos. __________________________________________ 8. No contexto do ltimo pargrafo, a construo se o faztem o sentido de

(A) se est abaixo da linha de indigncia. (B) se complementa sua renda com esmolas. (C) se considerarmos a teoria. (D) se representar um recurso adicional. (E)) se consegue sobreviver. __________________________________________ 9. Na frase Admite-se uma cesta de bens e servios qualtodo mundo deveria ter acesso, o segmento sublinhadopode ser corretamente substitudo, sem prejuzo desentido, por (A) a que todos deveriam ser acessveis. (B) para a qual todo mundo estaria disponvel. (C)) cujo alcance fosse possvel a todos. (D) de cuja todos pudessem ter acesso. (E) pela qual todo mundo poderia contar. __________________________________________ 10. Est inteiramente clara e correta a redao da seguintefrase: (A)) No obstante muita gente seja capaz de formularsua prpria definio do que um pobre, a falta derigor desse conceito torna imprecisa a demarcaodo que se entende por linha de pobreza. (B) No simples quantificar os pobres que existem noBrasil, mesmo porque se h muita gente que o faano quer dizer que todos eles tenham uma claradefinio do que venha ser pobreza. (C) Como no h clareza quanto a uma definio de pobreza no Brasil, esta falta de rigor leva a umcritrio pelo qual incompatvel a quantificao dospobres existentes em nosso pas. (D) A dificuldade de se quantificar os pobres do Brasildeve-se falta de preciso com que ela feita,mesmo porque no h clareza entre aqueles quepretendem definir o que a pobreza seria efetivamente. (E) A demarcao da linha de pobreza subtende umaclara definio desta, pois caso contrrio haveriauma tal oscilao nos critrios que se tornaimpossvel no apenas definir os pobres, quantomais quantific-los. __________________________________________ 11. A cesta de bens inclui, nesse caso, apenas os alimentosmnimos necessrios para que a pessoa permanea viva,de acordo com os padres da Organizao Mundial daSade. A redao desse perodo do texto deve ser aprimorada,pois I. a expresso nesse caso tem sentido obscuro, jque o contexto do ltimo pargrafo no permitesaber de que caso se trata. II. a expresso de acordo com os padres daOrganizao Mundial da Sade tem dupla leitura,pois tanto pode se referir a permanea viva quantoa alimentos mnimos necessrios. III. A proximidade entre termos inclui e apenas gerauma contradio que prejudica o sentido da frase. correto SOMENTE o que se afirma em

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 16

(A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. __________________________________________ 12. Esto corretos o emprego e a flexo dos verbos naseguinte frase: (A) Quando eles virem a receber o suficiente para aaquisio desses bens e servios, situar-se-oacima da linha de pobreza. (B) Quem se provm apenas do estritamente necessriopara no morrer de fome inclui-se na chamada linhade indigncia. (C) Se algum se contrapor a esse mtodo de quantificaodos pobres, os acadmicos refutarodemonstrando o rigor de seus critrios. (D)) Caso tal metodologia no conviesse aos acadmicos,eles t-la-iam abandonado e substitudo por outra. (E) Os acadmicos h muito comporam uma cesta debens e servios em cujo valor monetrio se baseiampara fixar a linha de pobreza. __________________________________________ 13. Pode-se, corretamente, e sem prejuzo para o sentido docontexto, substituir o elemento sublinhado na frase (A) Para que a discusso possa ser feita em bases maisslidas por desde que. (B) Embora suficientes para conversas informais sobre oassunto por uma vez. (C) A cesta de bens inclui, nesse caso, apenas osalimentos necessrios para que a pessoa permaneaviva por mesmo assim. (D) A maioria diria que os pobres so aqueles queganham mal por os mesmos. (E)) Ou seja, teoricamente, quem est abaixo da linha deindigncia no conseguiria sequer sobreviver porvale dizer. __________________________________________ 14. Justificam-se inteiramente ambas as ocorrncias do sinalde crase em: (A)) Os que tm pleno acesso quilo que oferece a cestade bens e servios devem considerar-se margemda pobreza. (B) Quem atribui um valor monetrio essa cesta debens e servios est-se habilitando definir umalinha de pobreza. (C) No falta, maioria das pessoas, uma definio depobreza; o que falta uma boa definio o rigor deum bom critrio. (D) H quem recrimine cultura da subsistncia, imputando-lhe responsabilidade pelo mascaramento da real situao de misria de muitos brasileiros. (E) Os que tm proventos inferiores quantia necessriapara a aquisio dessa cesta deixam deatender todas as suas necessidades bsicas. __________________________________________

15. Esto corretamente grafadas todas as palavras da frase: (A) No devem prevalescer nossas intuies ou percepesmais imediatas, mas apenas os critriosmais objetivos, quando se trata de formular algumaprecisa definio. (B)) A todos os que apenas subsistem, como o caso dequem vive da mendicncia, negamse os direitos dacidadania, ao passo que para uns poucos reservamsetodos os privilgios. (C) No se constitue uma sociedade verdadeiramentedemocrtica enquanto no venham a incluir-se nelaaqueles que, j a sculos, vivem mais do sistema defavor que de um trabalho digno. (D) Os que alferem lucros excessivos na explorao dotrabalho alheio tambm devem ser responsabilizadospelo contijente de infelizes que esto abaixo dalinha de pobreza. (E) Deve-se inpsia ou m f de sucessivos governos,que descuraram a implementao de medidasde carter social, o fato de que continua crescendo onmero de pobres e indigentes em nosso pas. __________________________________________ Ateno: As questes de nmeros 16 a 20 referem-se aotexto que segue. Entre o fato e a notcia A decantada objetividade jornalstica tem, na verdade,duas faces: se de um lado toda notcia deve se prenderoriginalmente a um fato cuja ocorrncia seja inquestionvel, poroutro lado ela implica sempre uma dose de interpretao dessefato. O espao concedido, o estilo empregado, o nguloadotado, as nfases (intencionais ou inconscientes), tudo issotraz para a matria jornalstica uma certa conformaosubjetiva. Por isso, um dos requisitos do bom leitor de jornais ourevistas est na ateno que ele saiba dar no apenas ao fatorelatado, mas ao modo como o foi.Ao se transformar em linguagem, todo fato torna-se,tambm, um fato lingstico; com a linguagem que se produzuma notcia, por meio de palavras que entramos em contatocom a base de realidade de um acontecimento. Nesse sentido,no h, e nem pode haver, jornalismo inteiramente inocente,ainda quando se trate do mais honesto dos profissionais. Porisso, tambm o leitor deve recusar a ingnua credulidade dequem acha que uma notcia no uma imagem construda, masa materialidade mesma do fato ocorrido.(Celso de Oliveira) 16. Ao afirmar, referindo-se notcia jornalstica, que todo fatotorna-se, tambm, um fato lingstico, o autor fornece umargumento para a seguinte tese:

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 17

(A) da realidade mesma de um fato que a matria jornalsticadepende, se quiser ser inteiramente objetiva. (B) A ocorrncia de um fato e a sua divulgao jornalsticaso realidades em si mesmas contraditrias. (C) O jornalismo competente aquele em que a plenatransparncia da linguagem garante a transparnciada realidade mesma do fato. (D) Cabe ao leitor, entre o fato gerador da notcia e ofato relatado, escolher de que lado est a verdade. (E)) A leitura crtica no se prende apenas ao fato quegerou a notcia, mas forma pela qual estaforosamente o interpreta. __________________________________________ 17. Considere as seguintes afirmaes: I. A expresso conformao subjetiva, no primeiropargrafo, tem sentido vago, pois no h exemplosque a materializem. II. A frase no h, e nem pode haver, jornalismo inocenteno uma acusao moral, mas uma decorrnciada tese central defendida pelo autor do texto. III. A expresso ingnua credulidade, no segundo pargrafo, refere-se ao leitor que considera a notcia um espelho que reflete a verdade incontestvel do fato. Em relao ao texto, est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C)) II e III, somente. (D) I e III, somente. (E) III, somente. __________________________________________ 18. Por isso, um dos requisitos do bom leitor de jornais erevistas est na ateno que ele saiba dar no apenas aofato relatado, mas ao modo como o foi.Existe uma articulao lgica entre os dois elementossublinhados na frase acima que tambm ocorre em: (A) Antes de se tornar um bom escritor, precisoaprender a ser um bom leitor. (B) Embora ele se considere uma pessoa crtica, nofalta quem o julgue um ingnuo. (C) Apesar de dizer que desconfia da imprensa, ele cr,de fato, em tudo o que l. (D)) Ele no ouve to-somente o que dito, tambmsabe avaliar o silenciado. (E) Mal comeou a falar e j percebi que trazia umanotcia preocupante. __________________________________________ 19. Para atender s normas de concordncia, o verbo indicadoentre parnteses adotar obrigatoriamente uma formado plural ao se flexionar na frase:

(A)) Uma caracterstica que (costumar) apresentar ostextos jornalsticos a nfase em determinadodetalhe do fato noticiado. (B) Quase sempre (tocar) mais os leitores a violncia deum fato do que a violncia com que o texto o retrata. (C) No se (atribuir) aos jornalistas a total responsabilidadepelo vis interpretativo das notcias; este j um atributo da prpria linguagem. (D) Tudo aquilo que com palavras se (instituir), outraspalavras podero demolir. (E) No (dever) arrefecer os nimos de um bem-intencionadojornalista a convico de que suas palavraspodem tra-lo. __________________________________________ 20. Alterando-se a voz verbal da expresso ao modo como orelataram, obtm-se a forma ao modo como (A) isso foi relatado. (B)) se o relatou. (C) ele teria sido relatado. (D) o haviam relatado. (E) o tm relatado. __________________________________________ 21. Considere as seguintes frases: I. Os brasileiros, que costumam desprezar suaprpria cultura, apenas comeam a se interessarpelo cinema nacional. II. Sabamos que, naquela manh, haveramos dereceber alguma triste notcia. III. Os moradores daqueles vilarejos, to abandonados,no sabem o que seja receber a visita de ummdico.A supresso das vrgulas altera o sentido do que est em (A) I, somente. (B) I e II, somente. (C)) I e III, somente. (D) I, II e III. (E) II e III, somente. __________________________________________ 22. Ela l trs ou quatro jornais por dia, imaginando que assimfica mais bem informada. Um cnico j lhe disse que elagosta de ser confundida trs ou quatro vezes por dia.Mantm-se o sentido, a clareza e a articulao lgica dasfrases acima no seguinte perodo: (A) Imaginando que fica mais bem informada por ler trsou quatro jornais por dia, um cnico j lhe disse quegosta de se confundir trs ou quatro vezes por dia. (B) J lhe disse um cnico que ela gosta de ser confundidatrs ou quatro vezes por dia, muito embora leiatrs ou quatro jornais por dia, ficando assim maisbem informada. (C) Um cnico j lhe disse que ler trs ou quatro jornaispor dia indica que, a par de ficar mais bem informada,ela pode confundi-los trs ou quatro vezes por dia. (D) Para ficar mais bem informada, imagina ela, l trs ouquatro jornais por dia, ao passo

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 18

que um cnico diz queprefere se confundir trs ou quatro vezes por dia. (E)) Disse-lhe um cnico que, ao se imaginar mais beminformada por ler trs ou quatro jornais por dia, elade fato gosta de se deixar confundir trs ou quatrovezes por dia. __________________________________________23. Atentando-se para as normas de regncia verbal ounominal, verifica-se que est correta SOMENTE a frase: (A) Nem mesmo do assunto que ele diz ser um grandeespecialista ele capaz de dominar. (B) H livros em cujo contedo pouco se aproveita, oque torna intrigante o sucesso em que desfrutamjunto ao pblico. (C) No se sabe com que subterfgios ele se valerpara afastar o subordinado que ele teve umaaltercao na semana passada. (D)) A proposta a que ele recusa dar seu apoio acabarsendo vitoriosa, a menos que contra ela se insurjamalguns governistas. (E) E aquela sua prima, que ningum se esquecer tocedo, deu-se bem no cargo em que foi transferida? __________________________________________ 24. V esses discos? No, no empresto esses discos aningum. Sinto-me to apegado a esses discos... Queroesses discos sempre perto de mim. Evitam-se as abusivas repeties do texto acima substituindo-se os segmentos sublinhados por, respectivamente: (A) empresto-os - apegado a eles - os quero (B)) os empresto - apegado a eles - quero-os (C) lhes empresto - a eles apegado - querolhes (D) os empresto - apegado-lhes - quero-os (E) empresto-os - apegado a eles - quero-lhes __________________________________________ 25. No se sabe ao certo quais motivos levaram ele a renunciar;pediram para mim apurar os fatos, mas at agora nodei com nenhuma justificativa satisfatria.A frase acima ficar inteiramente correta substituindo-se (A)) levaram ele por o levaram, e para mim apurarpor para eu apurar. (B) No se sabe por No se sabem, e pediram paramim por pediram-me. (C) para mim apurar por para eu apurar, e no deicom por no relevei. (D) levaram ele por levaram-lhe, e para mim apurarpor para eu apurar. (E) No se sabe por no se sabem, e levaram elepor ele se deixou levar. (TRT-23 ana jud 2004) Instrues: As questes de nmeros 1 a 7 referem-se ao texto que segue.

A manifestao mais representativa do final da Idade Mdia e incio da Idade Moderna, percebida atravs da linguagem jurdica escrita, foi a primeira codificao de leis realizada na Frana em 1804 o Cdigo Civil Francs, o Cdigo Napolenico. No incio do sculo XIX, quando ascendia a burguesia,procurou-se criar uma linguagem para expresso das leis e atos normativos pautada na abstrao e na tcnica. A escrita das leis e atos normativos, segundo vriosautores, retiraria elementos da escrita usual e procuraria eximilos de suas ambigidades, vaguezas, atravs da criao de uma semntica artificial, em muito ajudada por termos tcnicos derivados de lnguas clssicas como o Latim e o Grego Tal tipo de escrita visava universalizao e tinha pretenses de neutralidade, alm do que a busca maior era a produo de leis to claras que dispensassem interpretao. Resultou, no entanto, quimrica a possvel clareza idia de que algo apreendido seria claro, quando fosse possvelreconhec-lo em qualquer situao e no confundi-lo com qualquer outra coisa. O avano das legislaes redundou em uso de termos especficos em demasia, promovendo uma constante industrializao da escrita jurdica. (FRANCHI, Carlos. Linguagem atividade construtiva. SoPaulo: Brasiliense, 1977) 1. O texto (A) considera a abstrao e a tcnica os instrumentos mais eficazes para a interpretao das leis. (B) valoriza a escrita usual, capaz de esclarecer ambigidades e vaguezas. (C)) explora propostas relativas a critrios a serem adotados para a escrita das leis e atos normativos. (D) condiciona a clareza das leis e atos normativos influncia de lnguas clssicas como o Latim e oGrego. (E) enfatiza a clareza resultante da constante institucionalizao da escrita jurdica. __________________________________________ 2. O texto, ainda, (A)) encara a institucionalizao da escrita jurdica comoum resultado negativo da busca de clareza das leis. (B) sujeita a interpretao exata das leis supremaciado Cdigo Civil Francs, ou Cdigo Napolenico. (C) critica a universalizao e a neutralidade da linguagem jurdica escrita. (D) aponta a abstrao e a tcnica como instrumentos de interpretao exata dos atos normativos. (E) v na criao de uma semntica artificial uma manifestao representativa do final da Idade Mdia. __________________________________________

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 19

3. Reestruturando-se o quarto pargrafo do texto, mantmse o sentido original apenas em: (A) Tal tipo de escrita, visto ser a busca maior a produo de leis to claras que dispensassem interpretao, visava universalizao e tinha pretenses de neutralidade. (B) Ainda que a busca maior fosse a produo de leis to claras que dispensassem interpretao, tal tipo de escrita visava universalizao e tinha pretenses de neutralidade. (C) Sendo que a busca maior era a produo de leis to claras que dispensassem interpretao, visava universalizao e tinha pretenses de neutralidadetal tipo de escrita. (D)) Acrescentando-se que a busca maior era a produo de leis to claras que dispensassem interpretao, tal tipo de escrita visava universalizao e tinha pretenses de neutralidade. (E) Uma vez que tal tipo de escrita visava universalizao e tinha pretenses de neutralidade, a busca maior era a produo de leis to claras que dispensassem interpretao. __________________________________________ 4. O pronome sublinhado em procuraria eximi-los de suas ambigidades refere-se a (A) atos normativos. (B)) elementos. (C) escrita usual. (D) escrita das leis. (E) vrios autores. __________________________________________ 5. A mesma regra que justifica a acentuao no vocbulo incio aplica-se em (A) tcnica. (B) idia. (C) possvel. (D) jurdica. (E)) vrios. __________________________________________ 6. Passando para a voz passiva a frase A escrita das leis e atos normativos (...) retiraria elementos da escrita usual, obtm-se a forma verbal (A) teriam sido retirados. (B) retirar-se-ia. (C)) seriam retirados. (D) teriam retirado. (E) tinham sido retirados. __________________________________________ 7. Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ......expresso das leis e ...... outras questes sociais.As lacunas da frase acima sero corretamente preenchidas por (A) a - - (B) h - a - a (C) a - a -

(D) a - - a (E)) h - - a __________________________________________ Instrues: As questes de nmeros 8 a 15 referem-se ao texto que segue. A sociedade avalia a existncia da diferena como negativa. O ideal ser igual, o diferente discriminado e, a fim de evitar o preconceito, necessrio compreender o outro nos seus prprios valores e no ter como base os nossos prprios. Aceitar o diferente impede a transformao da diferena em uma hierarquia, e a viabiliza como uma complementao do outro. importante, pois, para todo cidado, ter conscincia de que, em uma sociedade, a coexistncia entre os diferentes necessria, no obstante essa diferena no dever gerar desigualdade de oportunidade. Assim, brancos e negros relacionamse necessariamente uns com os outros, podem conviver com suas diferenas concretas, e os direitos devem ser proporcionalmente iguais. Hoje, essa afirmao utpica, pois a sociedade ainda no conseguiu distinguir as diferenas e articul-las, sem conceder privilgios a uns e restries a outros. A diferena precisa ser concebida assim: algo produtivo, complementar. Essa uma viso relativizadora, contrria ao etnocentrismo, que supervaloriza um em detrimento de outro. Trata-se de uma questo que tem por princpio o respeito ao indivduo. A partir desse pensamento possvel conceber as relaes sociais como despidas de preconceitos e fundamentadas na aceitao do outro.(FERNANDES, F. A integrao do negro na sociedade de classes.So Paulo: EDUSP, 1976). 8. O texto (A) valoriza os valores individuais como condio para aceitao dos valores alheios. (B) apia o fato de a sociedade conceder privilgios a uns e impor restries a outros. (C) considera o etnocentrismo uma postura produtiva na sociedade atual. (D)) v na diferena entre os indivduos uma fora capaz de estreitar as relaes sociais. (E) associa a discriminao ao carter hierrquico da diferena. __________________________________________ 9. Considere as seguintes afirmaes: I. Nossos prprios valores medem-se pelo valor queatribumos queles que convivem conosco. II. As diferenas existentes entre os indivduos nodevem ser pretexto para discrimin-los. III. Os direitos devem ser proporcionalmente iguais aosdeveres impostos ao cidado.

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 20

Est de acordo com texto o que se afirma APENAS em (A) I. (B)) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III. __________________________________________10. O segundo pargrafo do texto, apresenta, em relao aoprimeiro, uma (A)) conseqncia. (B) concesso. (C) finalidade. (D) adio. (E) condio. __________________________________________ 11. A expresso sublinhada em relacionam-se necessariamente uns com os outros est corretamente substituda em (A) por outros. (B) para com os outros. (C) dos outros. (D) pelos outros. (E)) aos outros. __________________________________________ 12. Na frase no obstante essa diferena no dever gerar desigualdade de oportunidade, mantm-se o sentido original substituindo-se a expresso sublinhada por (A) alm de. (B) por isso. (C)) a despeito de. (D) porquanto. (E) seno. __________________________________________ 13. Na relao entre o vocabulrio e os efeitos de sentido do texto, os termos utpica, restrio, detrimento sero substitudos, correta e respectivamente, por (A) aparente - paliativo - aperfeioamento. (B) virtual - omisso - revs. (C) discutvel - bloqueio - malogro. (D)) ilusria - limitao - prejuzo (E) vivel - exceo - enfraquecimento. __________________________________________ 14. O elemento assinalado em coexistncia traduz idia de (A)) unio. (B) extenso. (C) embate. (D) distanciamento. (E) divergncia. __________________________________________ 15. O segmento Trata-se de uma questo... est corretamente completado em (A) cujo o princpio o respeito ao indivduo. (B)) cujo princpio o respeito ao indivduo. (C) aonde o princpio o respeito ao indivduo. (D) com a qual o princpio o respeito ao indivduo. (E) pela qual o princpio o respeito ao indivduo.

__________________________________________ (TRT-22 ana jud 2004) Ateno: As questes de nmeros 1 a 15 referem-se ao textoque segue. Leis para indigentes morais Acaba de chegar a Massachussets um grupo deadolescentes sudaneses que viajaram diretamente da Idade daPedra, ou quase, para a Amrica do sculo XXI. So cinco milrefugiados, que esto sendo distribudos pelos EUA. Paramuitos, a viagem de avio a primeira experincia em um transporte motorizado. Qual ser o maior estranhamento para essesjovens? A neve e a calefao? Os celulares? A Internet? (...) O susto vir da quantidade de leis formais detalhadas e explcitas que regram a vida americana, enquantoa vida da tribo era regrada por poucas normas quase sempreimplcitas ou seja, pela confiana de todos numa moralcomum tcita. Nossas leis tornam-se cada vez mais detalhadas,pois h a idia de que um cdigo exaustivo garantiria ofuncionamento de uma comunidade justa. De fato, essaproliferao revela a angstia de uma cultura insegura de suasopes morais. Por sermos indigentes morais, compilamos uma casustica da qual esperamos que diga exatamente o que fazerem cada circunstncia. O dito legalismo da sociedadeamericana, to freqentemente denunciado, apenas o sinal dessa indigncia.A tentativa de animar uma comunidade por umalengalenga de leis testemunha a fraqueza do vnculo social. Nopodemos confiar numa inspirao moral compartilhada, por isso inventamos regras para ter, ao menos, muitas obrigaescomuns. (Contardo Calligaris, Terra de ningum. S. Paulo: Publifolha,2004, pp. 66/68) 1. Ao referir-se migrao de um contingente de jovenssudaneses para os EUA, o autor formula a hiptese deque dever haver um choque cultural, provocado pela (A) precariedade do estgio tcnico em que ainda seencontra a sociedade do Sudo. (B) dificuldade que tm os brancos americanos de conviverem com outras etnias. (C) excessiva informalidade do sistema jurdico norteamericano. (D)) exagerada minuciosidade das normas jurdicas vigentes nos EUA. (E) fragilidade das regras que esto implcitas na vidasocial dos sudaneses. __________________________________________

SELEO DE QUESTOES FCC PORTUGUS 21

2. Considere as seguintes afirmaes: I. No existiria a indigncia moral, a que especificamentese refere o autor do texto, se houvesse aconfiana dos cidados em princpios morais quefossem compartilhados. II. Nas sociedades ditas primitivas, como a sudanesa,h uma grande insegurana dos seuscomponentes quanto s normas e valores quedevem reger a vida social. III. O au