Seleção do sistema de DP:          Nesta etapa é feita a seleção dos equipamentos responsáveis pelo posicionamento dinâmico do navio. Estes equipamentos serão selecionados com base em navios semelhantes e de mesmo porte, que possuem sistemas semelhantes ao da figura 1: 

Figura 1a – Desenho esquemático do sistema elétrico (via cabos elétricos).

 

Figura 1b – Desenho esquemático do sistema diesel-gerador (via linha de eixo).

 Para o cálculo da potência requerida pelos thrusters

procedeu-se de acordo com a proposição de Clark, onde foram obtidos os coeficientes hidrodinâmicos referentes às forças admencionalizadas de movimento de sway (Y'v) e momento de yaw (Y'r). As equações utilizadas podem ser visualizadas a seguir.          

                  Onde:          fac1 é um fator de Clark;         T é o calado da embarcação;         L é o comprimento entre perpendiculares;         B é a boca;         Cb é o coeficiente de bloco. 

Substituindo estes valores nas equações acima, chega-se à:

 

 Levando-se em consideração que a força de sway e o

momento de yaw estão admensionalizadas por L2V2/2 e L3V2/2 respectivamente. Deve-se realizar o processo inverso da admensionalização para que se tenha a força e o momento. Vale a pena ressaltar que o momento de yaw foi dividido pela distância entre o centro de gravidade da embarcação e os thrusters. Os resultados encontrados são os seguintes:

 Força de Sway = -1845,01 KN

Força de Yaw  =   1230,12 KN 

Observando os resultados, percebe-se que a força para o movimento de sway é maior que a força causada pelo momento de yaw. Sabendo que se deve levar em consideração sempre à condição mais crítica a qual a embarcação será submetida, o cálculo da potência requerida para os thrusters laterais será baseado no maior valor dentre os coeficientes obtidos. A potência total requerida será dada por:                                              

P = F.V (KW) 

         Segundo dados referentes às condições ambientais na bacia de campos, o valor da correnteza deve ser considerado como variando entre 0,0 a 1,5 m/s. Esse valor remete em uma potência resultante para os thrusters laterais de 2617,52 KW.         Logo, serão selecionados 2 tunnel thrusters de vante e dois azimutais retráteis localizados um a vante e outro a ré, isto implicará num nível de redundância de um sistema DP3. Todos os equipamentos serão retirados da Rolls Royce.         Para os tunnel thrusters de vante, foram selecionados 2 propulsores Kamewa Ulstein tunnel thrusters (Figura 2):  

Figura 2a – Tunnel thrusters. Figura 2b – Tunnel thrusters.  

Figura 2c – Tunnel thrusters.          Para os azimutais retráteis, ou seja, o bow thrusters (de vante) e o stern thrusters ( de ré), foi selecionado o propulsor Ulstein Aquamaster swing-up azimuth thruster, tipo TCNS73/50-180, mostrado abaixo (Figura 3): 

Figura 3a – Azimutal retrátil. 

 

Figura 3b – Azimutal retrátil. Figura 3b – Azimutal retrátil.  

Figura 3c – Azimutal retrátil.