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Pág. 1 GPO.T / Maio-2005 SEGU R R A A N Ç Ç A A NUCLE A A R R SUBSÍDIOS AO GT DA COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA DO CONGRESSO NACIONAL ELETRONUCLEAR S S E E G G U U R R A A N N Ç Ç A A N N U U C C L L E E A A R R PRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS ELETRONUCLEAR ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S. A. CNEN COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR INB INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL

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Pág. 1 GPO.T / Maio-2005

SSEEGGUURRAANNÇÇAA NNUUCCLLEEAARRSUBSÍDIOS AO GT DA CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE MMIINNAASS EE EENNEERRGGIIAA DDOO CCOONNGGRREESSSSOO NNAACCIIOONNAALL

ELETRONUCLEAR

SSEEGGUURRAANNÇÇAA NNUUCCLLEEAARRPRINCIPAIS ORGANIZAÇÕES ENVOLVIDAS

ELETRONUCLEARELETROBRÁS TERMONUCLEAR S. A.

CNENCOMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR

INBINDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL

Pág. 2 GPO.T / Maio-2005

SSEEGGUURRAANNÇÇAA NNUUCCLLEEAARRSUBSÍDIOS AO GT DA CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE MMIINNAASS EE EENNEERRGGIIAA DDOO CCOONNGGRREESSSSOO NNAACCIIOONNAALL

ELETRONUCLEAR

R O T E I R O

1. ELETRONUCLEAR ........................................................................................................ 41.1 OBJETIVOS DA ELETRONUCLEAR ...................................................................................5

1.1.1 VISÃO DA ELETRONUCLEAR ................................................................................................51.1.2 MISSÃO DA ELETRONUCLEAR .............................................................................................51.1.3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ELETRONUCLEAR .........................................................5

1.2 CONSELHOS E DIRETORIA DA ELETRONUCLEAR.........................................................61.2.1 CONSELHOS DA ELETRONUCLEAR ....................................................................................61.2.2 DIRETORIA DA ELETRONUCLEAR .......................................................................................6

1.3 POLÍTICA DE SEGURANÇA DA ELETRONUCLEAR.........................................................71.3.1 A SEGURANÇA DAS USINAS CONSTRUÍDAS NO PAÍS......................................................71.3.2 POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA DA SEGURANÇA .......................................................81.3.3 SEGURANÇA ACIMA DE TUDO .............................................................................................81.3.4 ESQUEMA DE SEGURANÇA NUCLEAR................................................................................91.3.5 CONCEITO DE BARREIRAS MÚLTIPLAS PARA USINAS NUCLEARES ...........................101.3.6 PLANO DE EMERGÊNCIA ....................................................................................................11

1.4 INSTALAÇÕES DO PARQUE GERADOR DA ELETRONUCLEAR..................................131.4.1 CENTRAL NUCLEAR ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO .....................................................131.4.2 USINA NUCLEAR ANGRA 1..................................................................................................141.4.3 USINA NUCLEAR ANGRA 2..................................................................................................161.4.4 SIMULADOR DE ANGRA 2 ...................................................................................................171.4.5 LABORATÓRIO D MONITORAÇÃO AMBIENTAL ................................................................18

1.5 TRATAMENTO DE REJEITOS ...........................................................................................191.5.1 ARMAZENAMENTO DE REJEITOS......................................................................................201.5.2 EFLUENTES...........................................................................................................................201.5.3 REJEITOS SÓLIDOS .............................................................................................................211.5.4 CONTROLE DE ÁREAS DAS USINAS..................................................................................21

1.6 PROCESSOS DE LICENCIAMENTO .................................................................................221.6.1 LICENCIAMENTO NUCLEAR................................................................................................221.6.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL.............................................................................................22

1.7 ANGRA 3: FUTURA UNIDADE GERADORA.....................................................................231.7.1 PROCESSO DE APRECIAÇÃO DA RETOMADA DE ANGRA 3 ..........................................241.7.3 ORÇAMENTO PARA A RETOMADA DE ANGRA 3..............................................................251.7.4 PROCESSO LICENCIATÓRIO PARA ANGRA 3 ..................................................................261.7.4 LICENCIAMENTO NUCLEAR DE ANGRA 3.........................................................................271.7.5 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ANGRA 3......................................................................281.7.6 INVESTIMENTOS JÁ REALIZADOS PARA ANGRA 3 .........................................................291.7.7 INFRA-ESTRUTURA JÁ DISPONÍVEL PARA ANGRA 3 ......................................................301.7.8 SITUAÇÃO DO PROJETO DE ENGENHARIA PARA ANGRA 3 ..........................................311.7.9 EQUIPAMENTOS JÁ ADQUIRIDOS PARA ANGRA 3..........................................................321.7.10 PROGRESSO FÍSICO DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3.................................................331.7.11 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3 .........................341.7.12 SITUAÇÃO GERAL PARA A RETOMADA DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3 .................35

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ELETRONUCLEAR

2. CNEN - COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR........................................ 362.1 MISSÃO DA CNEN..............................................................................................................362.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CNEN ......................................................................................36

2.2.1 ÁREA DE RADIOPROTEÇÃO E SEGURANÇA NUCLEAR..................................................362.2.2 ÁREA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO....................................................................372.2.3 ÁREA DE APOIO LOGÍSTICO...............................................................................................37

2.3 UNIDADES VINCULADAS À CNEN ...................................................................................372.4 PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA CNEN ............................................38

2.4.1 ATIVIDADES DE LICENCIAMENTO......................................................................................382.4.2 ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO .........................................................................................382.4.3 ATIVIDADES RELACIONADAS ÀS SALVAGUARDAS NUCLEARES .................................382.4.4 ATIVIDADES RELACIONADAS A REJEITOS RADIOATIVOS .............................................392.4.5 ATIVIDADES DE PESQUISA DE CENTRAIS NUCLEARES ................................................392.4.6 ATIVIDADES DE PESQUISA DO CICLO DO COMBUSTÍVEL.............................................392.4.7 ATIVIDADES DE PESQUISA DE INSTALAÇÕES NUCLEARES .........................................402.4.8 ATIVIDADES DE PESQUISA DE APLICAÇÕES NUCLEARES NO MEIO AMBIENTE .......402.4.9 ATIVIDADES DE PESQUISA DE APLICAÇÕES NUCLEARES NA ÁREA MÉDICA ...........402.4.10 ATIVIDADES DE PESQUISA DE MATERIAIS E PROCESSOS FÍSICOS/QUÍMICOS ........41

3. INB – INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL .......................................................... 423.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA INB........................................................................423.2 UNIDADES VINCULADAS À INB .......................................................................................433.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DA INB ................................................433.4 CULTURA DE SEGURANÇA DA INB ................................................................................443.5 ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO AO MEIO AMBIENTE ................................................45

3.5.1 INB RESENDE .......................................................................................................................453.5.2 INB CALDAS ..........................................................................................................................463.5.3 INB CAETITÉ..........................................................................................................................463.5.4 INB BUENA ............................................................................................................................47

3.6 A GARANTIA DA QUALIDADE NA INB.............................................................................483.6.1 POLÍTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE...........................................................................48

3.7 A INB E OS PROCESSOS DE LICENCIAMENTO .............................................................493.8 ATIVIDADES DE RADIOPROTEÇÃO E MONITORAÇÃO ................................................49

3.8.1 INB RESENDE .......................................................................................................................49

3.9 CICLO DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR..............................................................................51

4. LEI SOBRE DEPÓSITO DE REJEITOS....................................................................... 52

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1. ELETRONUCLEARELETRONUCLEAR foi criada em 1° de agosto de 1997, como resultado da fusão daárea nuclear de FURNAS Centrais Elétricas S.A., responsável pela operação deAngra 1 e pela construção de Angra 2, com a NUCLEN, empresa de engenhariadetentora da tecnologia de projeto de Angra 2 e 3. Dessa forma, a empresa dispõe decompetência e capacitação técnica nas áreas de projeto, construção e operação deusinas nucleoelétricas.

Reunindo o que há de melhor no setor, em termos de recursos humanos e capacitaçãotecnológica, a ELETRONUCLEAR está plenamente apta a responder ao desafio deconsolidar a indústria de geração nucleoelétrica no Brasil, propiciando ao país umatecnologia de ponta e a utilização de um combustível do qual dispõe em abundância.

As atividades da empresa compreendem, hoje, a operação da Usina Nuclear Angra 1,com 657 MW, e Angra 2, com 1350 MW. Estas Usinas, em conjunto com Angra 3,prevista para operar também com 1350 MW, constituem a Central Nuclear AlmiranteÁlvaro Alberto - CNAAA, situada na praia de Itaorna, no Município de Angra dos Reis.A conclusão da Usina Nuclear Angra 3, acrescentando mais 1350 MW à rede, tornará oEstado do Rio de Janeiro praticamente independente da importação de energia deoutros estados.

Neste mercado, altamente competitivo, é meta primordial da Empresa otimizar o custode produção da energia elétrica de origem nuclear, mantendo os mais elevadospadrões de segurança no projeto, construção e operação das usinas que integram aCNAAA.

No tocante à produção de produção de energia, em 2001, a ELETRONUCLEAR foiresponsável pela produção de 4,1% do total de energia elétrica consumida no Brasil.Em termos do Estado do Rio de Janeiro, representa 50% da capacidade instalada noEstado e responde pela produção de 47% da energia aí consumida. AELETRONUCLEAR é responsável pela grande diminuição da dependência energéticado Estado do Rio de Janeiro (quantidade de energia “importada” de outros estadospara atender ao consumo local) que passou de 61% em 1999 para apenas 15% em2001.

Ao longo do 2º semestre de 2001, a energia gerada pelas usinas Angra 1 e Angra 2contribuiu para que o país superasse a grave crise de abastecimento de energiaelétrica, devido à falta de chuvas e ao conseqüente baixo volume de águas nosreservatórios das usinas hidroelétricas.

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1.1 OBJETIVOS DA ELETRONUCLEAR

1.1.1 VISÃO DA ELETRONUCLEAR

Estar comprometida com a melhoria da qualidade de vida da população, gerando umaenergia limpa, mantendo-se na vanguarda tecnológica e sendo reconhecida pelaexcelência do seu desempenho.

1.1.2 MISSÃO DA ELETRONUCLEAR

Produzir energia elétrica com elevados padrões de segurança e eficiência e custoscompetitivos, preservando a capacidade de projetar, construir e gerenciar seusempreendimentos.

1.1.3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA ELETRONUCLEAR

Otimizar a produção de Angra 1 e Angra 2, apresentando padrões desegurança e desempenho acima da média;

Implementar um programa de gerenciamento de rejeitos, com foco na reduçãodos volumes produzidos no armazenamento em caráter intermediário e naobtenção de solução para o armazenamento definitivo;

Retomar a construção de Angra 3;

Atuar, ativamente, na condução do Programa Nuclear Brasileiro e nadivulgação dos benefícios da energia nuclear para o país;

Dotar a empresa de instrumentos que permitam, continuamente, a realizaçãoprofissional de seus empregados, o desenvolvimento de seus processoscorporativos, o seu equilíbrio econômico-financeiro e o gerenciamento do seuconhecimento.

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1.2 CONSELHOS E DIRETORIA DA ELETRONUCLEAR

1.2.1 CONSELHOS DA ELETRONUCLEAR

1.2.2 DIRETORIA DA ELETRONUCLEAR

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1.3 POLÍTICA DE SEGURANÇA DA ELETRONUCLEARPor ocasião da sua fundação, em 1º de agosto de 1997, a Diretoria daELETRONUCLEAR implementou, de imediato, uma Política de Segurança a serseguida por toda a empresa. Em substituição a esta política, em07 de dezembro de 2004, foi aprovada uma revisão, agora denominada Política deGestão Integrada da Segurança, visando uma ampla integração de todas as suasações de segurança, conforme a seguir:

A segurança das usinas nucleares e da população que vive nas suas proximidades edo meio ambiente, sempre foi a principal preocupação da indústria nuclear. O projeto, aconstrução e a operação das usinas de Angra obedecem aos mais elevados padrõesde segurança, nacionais e internacionais.

1.3.1 A SEGURANÇA DAS USINAS CONSTRUÍDAS NO PAÍS

O projeto das usinas nucleares adotadas no país utiliza a estratégia de defesa emprofundidade, que consiste no estabelecimento de múltiplos níveis de proteção, ouseja, a construção de barreiras sucessivas que impedem a liberação de materialradioativo para o meio ambiente, que é o chamado sistema passivo de proteção.

Possuem ainda diversos dispositivos técnicos que constituem o sistema ativo desegurança. Em caso de ocorrências operacionais anormais, estes dispositivos atuampara desligar o reator de forma segura, remover o calor residual do núcleo, evitarescape de substâncias radioativas e fornecer alimentação elétrica de emergênciadestinada a suprir todos os circuitos de proteção de segurança, em caso de perda dealimentação externa.

Procedimentos rigorosos de acompanhamento, verificação e controle são adotadosdesde o início do projeto básico, durante as diversas etapas de fabricação doscomponentes, construção civil, montagem e testes dos equipamentos e sistemas, bemcomo ao longo da operação da usina, o que garante a sua segurança.

Para conceder a Autorização de Operação, a Comissão Nacional de Energia Nuclear -CNEN, órgão do Governo Federal responsável pelo licenciamento das instalaçõesnucleares, atua ao longo de todo este processo, avaliando os Relatórios de Análise deSegurança e demais documentos relativos ao empreendimento, verificando oatendimento às suas exigências e realizando inspeções e auditorias.

Organismos internacionais como a Agência Internacional de Energia Atômica - IAEA ea Associação Mundial de Operadoras Nucleares - WANO também supervisionam asatividades desenvolvidas na Central Nuclear de Angra. Além do atendimento aosrequisitos dos órgãos ligados à energia nuclear, o licenciamento de uma usina nuclearrequer também o cumprimento das exigências dos órgãos de licenciamento ambiental,como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA), a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e deentidades municipais

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1.3.2 POLÍTICA DE GESTÃO INTEGRADA DA SEGURANÇA

A ELETRONUCLEAR tem o compromisso de gerar energia elétrica limpa e comelevados padrões de segurança.

Para tal, é fundamental o comprometimento de sua força de trabalho em conduzir todasas atividades relacionadas à segurança de forma integrada, privilegiando a SegurançaNuclear, que inclui a Garantia da Qualidade e o Meio Ambiente, bem como aSegurança do Trabalho, a Saúde Ocupacional e a Proteção Física.

Os seguintes princípios devem ser considerados:1. A Segurança Nuclear é prioritária e precede a produtividade e a economia, não devendo

nunca ser comprometida por qualquer razão;

2. Os requisitos legais e outros requisitos relativos aos vários aspectos da segurança integradadeverão ser atendidos;

3. O treinamento para qualificação dos empregados e prestadores de serviço deverá asseguraros conhecimentos relativos aos diversos aspectos da segurança integrada necessários àexecução adequada de seus trabalhos;

4. A saúde e a segurança das pessoas, assim como os impactos ao meio ambiente, deverão terseus riscos preventivamente minimizados ou eliminados;

5. Os processos de comunicação interna e externa da Empresa deverão ser transparentes esuficientes, de modo a permitir que qualquer condição insegura seja prontamente informada;

6. A Empresa deve buscar o contínuo aperfeiçoamento de suas práticas relacionadas com aGestão Integrada da Segurança.

1.3.3 SEGURANÇA ACIMA DE TUDO

Procedimentos rigorosos de acompanhamento, verificação e controle, consolidadosatravés de um Programa de Garantia da Qualidade, abrangendo o projeto básico, asdiversas etapas de fabricação dos componentes, a construção civil e a montagem e arealização de testes funcionais de desempenho de equipamentos e sistemas, bemcomo, de testes periódicos de rotina, fazem parte das medidas adotadas para impedir aocorrência de acidentes com liberação de radioatividade.

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1.3.4 ESQUEMA DE SEGURANÇA NUCLEAR

SEGURANÇASEGURANÇA

Normas Nacionais e

Internacionais

Normas Nacionais e

Internacionais

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Rigoroso Controle de Qualidade

Rigoroso Controle de Qualidade

Treinamento dos Operadores

Treinamento dos Operadores

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Inspeções de Organismos

Internacionais

Inspeções de Organismos

Internacionais

SEGURANÇASEGURANÇASEGURANÇASEGURANÇA

Normas Nacionais e

Internacionais

Normas Nacionais e

Internacionais

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Rigoroso Controle de Qualidade

Rigoroso Controle de Qualidade

Treinamento dos Operadores

Treinamento dos Operadores

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Inspeções de Organismos

Internacionais

Inspeções de Organismos

Internacionais

Normas Nacionais e

Internacionais

Normas Nacionais e

Internacionais

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Sistemas de Segurança

Múltiplos com Redundâncias

Rigoroso Controle de Qualidade

Rigoroso Controle de Qualidade

Treinamento dos Operadores

Treinamento dos Operadores

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Licenciamento de Segurança

pela CNEN

Inspeções de Organismos

Internacionais

Inspeções de Organismos

Internacionais

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1.3.5 CONCEITO DE BARREIRAS MÚLTIPLAS PARA USINAS NUCLEARES

Absorção dos produtos de fissão pelo próprio combustívelAbsorção dos produtos de fissão pelo próprio combustível

Revestimento da vareta de combustívelRevestimento da vareta de combustível2

1

4

5

3 Blindagem Biológica de ConcretoBlindagem Biológica de Concreto

Envoltório de açoEnvoltório de aço

BARREIRAS CONTRA A LIBERAÇÃO DE PRODUTOS RADIOATIVOS

Envoltório de concretoEnvoltório de concreto

EDIFÍCIO DO REATOREDIFÍCIO DO REATOR

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1.3.6 PLANO DE EMERGÊNCIA

Plano de Emergência Externo (PEE) da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é umamedida adicional de segurança, pois, as usinas foram construídas seguindo o conceitode “defesa em profundidade”, isto é, possuem diversas barreiras protetoras sucessivase dispõem de vários sistemas redundantes de segurança, que impedem a liberação dematerial radioativo para o meio ambiente.

O PEE incorpora as recomendações da Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN), com base em estudos e normas internacionais. É importante observar queeste é um plano de caráter preventivo, isto é, as medidas previstas serãoimplementadas antes que ocorra qualquer liberação de material radioativo para o meioambiente.

O PEE abrange uma área com raio de 15 km em torno das usinas, denominada ZPE –Zona de Planejamento de Emergência. Esta área foi subdividida em setores anulares,com raio de 3, 5, 10 e 15 km, denominadas respectivamente ZPE-3, ZPE-5, ZPE-10 eZPE-15.

A população é informada periodicamente através das Campanhas de Esclarecimento e,anualmente, em apoio à Defesa Civil, a ELETRONUCLEAR distribui 40.000 calendáriosna região dos 15 km em torno da central nuclear, com informações sobre o Plano deEmergência, teste das sirenes e instruções de procedimento da população em caso deacidente.

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É prevista a notificação da população por meio das sirenes, que dispõem atualmentede sistema de transmissão de informações em viva-voz e de avisos transmitidos pelasestações locais de rádio e TV. Somente para as ZPE’s 3 e 5 estão previstasevacuações preventivas das populações. No restante da região, isto é, ZPE’s 10 e 15,a população deverá permanecer inicialmente abrigada em suas residências, locais detrabalho, etc., aguardando instruções da Defesa Civil.

A coordenação geral do PEE é de responsabilidade da Defesa Civil estadual, que contacom o apoio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Angra dos Reis e deoutros órgãos. A ELETRONUCLEAR é diretamente responsável pelas açõesemergenciais dentro de sua área de propriedade, bem como de algumas ações deapoio à CNEN e à Defesa Civil, nas ZPE’s 3 e 5.

Os meios necessários para a operacionalização do PEE encontram-se disponíveis naregião, tais como quartéis do Corpo de Bombeiros, unidades da Defesa Civil Municipal,Polícia Militar, Polícia Rodoviária. Os Órgãos envolvidos na operacionalização do PEEsão: Coordenação de Programas Técnico-Científicos e Nucleares, do MCT – Ministérioda Ciência e Tecnologia, CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, DEFESACIVIL Federal, Estadual e Municipal, ELETRONUCLEAR e diversos órgãos de apoiofederais e estaduais.

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1.4 INSTALAÇÕES DO PARQUE GERADOR DA ELETRONUCLEARAs principais instalações são as usinas Angra 1 e 2 e, futuramente, Angra 3.

1.4.1 CENTRAL NUCLEAR ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO

Situada na Praia de Itaorna, Município de Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro, aCentral Nuclear de Angra está próxima dos principais centros consumidores de energiado país. A escolha do local envolveu uma série de condicionantes, ligadas àscaracterísticas do sistema de geração nuclear, tais como abundância de água derefrigeração e facilidade de transporte e montagem de equipamentos pesados, sendoprecedida de inúmeros estudos desenvolvidos com o apoio de empresas de consultoriainternacionais, com ampla experiência em seleção de sítios para a construção deusinas nucleares. A proximidade dos grandes centros de consumo evita a construçãode dispendiosos sistemas de linhas de transmissão e a conseqüente elevação do custoda energia produzida.

A Central Nuclear de Angra recebeu o nome de Central Nuclear Almirante ÁlvaroAlberto em homenagem a este pioneiro pesquisador do campo da tecnologia nuclearno Brasil. Álvaro Alberto da Motta e Silva (1889–1976) impôs-se como o principalarticulador de uma política nacional de energia nuclear, sendo um dos incentivadoresda criação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1956. Foi também liderançaincansável na criação do Conselho Nacional de Pesquisas, cuja presidência exerceu de1951 até 1955. Membro de sociedades científicas nacionais e internacionais, presidiu aAcademia Brasileira de Ciências de 1935 a 1937.

A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é constituída pelas Usinas Angra 1, Angra 2e Angra 3 e suas instalações de apoio, dentre as quais destacam-se o Laboratório deMonitoração Ambiental, um Simulador para o treinamento dos operadores de Angra 2 etambém de outras instituições nacionais e estrangeiras e um Centro de Informações.

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1.4.2 USINA NUCLEAR ANGRA 1Em 1968, o Governo Brasileiro decidiu ingressar no campo da produção da energianucleoelétrica, com o objetivo primordial de propiciar ao setor elétrico a oportunidadede conhecer esta moderna tecnologia e adquirir experiência para fazer frente àspossíveis necessidades futuras. Como àquela época já estava prevista umacomplementação termelétrica na área do Rio de Janeiro, foi decidido que este aumentose fizesse mediante a construção de uma usina nuclear de cerca de 600 MW. Estaincumbência foi, então, confiada pela ELETROBRÁS à FURNAS CentraisElétricas S.A., que realizou uma concorrência internacional, vencida pela empresanorte-americana WESTINGHOUSE.A construção de Angra 1 foi iniciada em 1972 , a primeira reação em cadeia foiestabelecida em 1982 e a usina entrou em operação comercial em 1985. Desde entãojá gerou mais de 40 milhões de MWh, energia equivalente ao consumo aproximado de20 milhões de habitantes ao longo de um ano, ou de um milhão de habitantes ao longodos seus 20 anos de operação. Após a solução de alguns problemas surgidos nosprimeiros anos de sua operação, Angra 1 apresenta um excelente desempenho, tendooperado em 2001 com um fator de disponibilidade de 83%. Isto a coloca dentro dospadrões mundiais de desempenho, de acordo com os critérios da WANO e do INPO.A seguir e apresentada uma vista da usina Angra 1 e seus dados operacionais nosúltimos anos:

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A usina, com 657 MW de potência, é constituída pelos edifícios do Reator, deSegurança, do Combustível, do Turbogerador, Auxiliares Norte e Sul e daAdministração. e o Circuito de Captação e de Descarga de Água do Mar.

Edifício do Reator: o principal deles, pelas características especiais de suaconstrução, pois é em seu interior que ocorre a fissão nuclear. Repousandodiretamente sobre a rocha, é de forma cilíndrica e tem 58 m de altura e 36 m dediâmetro. Sua estrutura de concreto tem 75 cm de espessura. Em seu interior háum envoltório de contenção em aço, de 30 mm de espessura. Internamente aoenvoltório estão localizados os componentes principais do sistema nuclear geradorde vapor, tais como o vaso de pressão do reator, os geradores de vapor, e opressurizador.

Edifício de Segurança: nele, localiza-se a maioria dos componentes dos sistemasdestinados a garantir a segurança da usina, como o de Injeção de Segurança e o deRemoção de Calor Residual.

Edifício do Combustível: onde estão as áreas de armazenagem dos elementoscombustíveis novos e usados, bem como os equipamentos que possibilitam a suamovimentação na operação de recarga do reator nuclear, recebimento docombustível novo e remessa do combustível usado.

Edifício do Turbogerador: abriga o grupo Turbogerador, seus acessórios, oscondensadores e a maioria dos componentes dos sistemas auxiliaresconvencionais. A potência elétrica instalada em Angra 1 está concentrada em umúnico turbogerador.

Edifícios Auxiliares Sul e Norte: neles está a maioria dos componentes auxiliaresdo Sistema Nuclear de Geração de Vapor. Também se localizam os painéisauxiliares de controle, a Sala de Controle de Angra 1, a maioria dos sistemas deventilação, o ar condicionado e o grupo gerador diesel de emergência.

Edifício da Administração: onde são realizados serviços de apoio à operação dausina, localiza-se próximo ao Edifício Auxiliar Sul.

Circuito de Captação e de Descarga de Água do Mar: Angra 1 possui ainda umaestrutura independente que abriga o. Esta água é utilizada para refrigeração docondensador de vapor.

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1.4.3 USINA NUCLEAR ANGRA 2

Em junho de 1975, o Governo Brasileiro assinou com a República Federal daAlemanha o Acordo sobre Cooperação para Uso Pacífico da Energia Nuclear. Dentrodo âmbito deste acordo, em julho de 1975 foi concretizada a aquisição das usinasAngra 2 e 3 à empresa alemã Kraftwerk Union A.G. - KWU, subsidiária da SIEMENS.

As obras civis de Angra 2 foram contratadas à Construtora Norberto Odebrecht einiciadas em 1976. Entretanto, a partir de 1983, o empreendimento teve o seu ritmoprogressivamente desacelerado devido à redução dos recursos financeiros disponíveis.

Em 1991, o Governo decidiu retomar as obras de Angra 2 e a composição dos recursosfinanceiros necessários à conclusão do empreendimento foi definida ao final de 1994,sendo então realizada em 1995 a concorrência para a contratação da montagemeletromecânica da usina. As empresas vencedoras associaram-se formando oconsórcio UNAMON, o qual iniciou as suas atividades no canteiro em janeiro de 1996.

A primeira reação em cadeia ocorreu em 14 de julho de 2000. A "trial operation" (fasede teste em que a usina opera continuamente a 100%) foi concluída em 21 dedezembro de 2000. Durante o período de comissionamento e de testes (até 31 dedezembro de 2000), Angra 2 produziu 2.622,65 GWh.

Segue-se uma vista da usina Angra 2:

Angra 2 foi projetada com uma potência de 1.309 MW mas, graças à adoção demelhorias tecnológicas e ao excelente desempenho de seus sistemas e operadores,seu valor nominal foi revisto, passando para 1.350MW disponíveis para operação emregime contínuo, valor este homologado pela ANEEL e incorporado aos processos deplanejamento e programação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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1.4.4 SIMULADOR DE ANGRA 2

O Centro de Treinamento Avançado com Simulador (CTAS), tem por objetivo otreinamento das equipes de operação da central, condição fundamental para garantirsua segurança. O treinamento em simulador é um meio internacionalmente consagradocomo eficaz e econômico para a formação inicial e a manutenção da competência dasequipes de operação.

A sala de controle do simulador, uma réplica funcional da sala de controle de Angra 2,contém praticamente toda a sua instrumentação, reproduzindo o mesmocomportamento dinâmico observável na sala de controle da usina.

Além de treinar as equipes de operação da Angra 2, também são ministradostreinamentos para operadores e técnicos estrangeiros – de usinas da Alemanha,Espanha, Argentina, Suíça e Estados Unidos - e nacionais, da Comissão Nacional deEnergia Nuclear (CNEN), do Instituto de Pesquisas Energéticas(IPEN) e, ainda, daEletropaulo.

Segue-se uma vista do Simulador de angra 2

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1.4.5 LABORATÓRIO D MONITORAÇÃO AMBIENTALA ELETRONUCLEAR, na sua área de influência, prioriza ações voltadas à preservaçãoambiental e aos interesses das comunidades locais.O Laboratório de Monitoração Ambiental tem como objetivo principal elaborar,implementar e executar os programas e estudos necessários para permitir a avaliaçãodos possíveis impactos causados pela operação da Central Nuclear no meio ambientee na população da região. Criado em 1978, o Laboratório fica em Mambucaba, aaproximadamente 10 km da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA),desenvolvendo um trabalho ambiental permanente na região entre Angra dos Reis eParaty. Um grupo de 14 técnicos, entre biólogos, físicos e químicos, altamenteespecializados nas áreas de radiometria, radioquímica, química e biologia, executa osprogramas de monitoração ambiental, cumprindo as exigências dos órgãosfiscalizadores nacionais e internacionais.O controle de qualidade das análises de amostras ambientais é realizado peloLaboratório através da sua participação nos Programas de Intercomparação mantidospela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), pela Agência de ProteçãoAmbiental dos Estados Unidos(EPA/USA) e pelo Instituto de Radioproteção eDosimetria, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (IRD/CNEN).Entre as tarefas realizadas pelo laboratório, destacamos os estudos pré-operacionaisdesenvolvidos no período de julho de 1979 a outubro de 1981, para a medição dosníveis de radioatividade natural e artificial e estudos populacionais dos seres vivos -flora e fauna - que habitam o ambiente marinho local.Atualmente, faz parte das suas atividades a coleta de amostras ambientais como algas,microanimais, animais de fundo e peixes; registro e estocagem de amostrastestemunhos, análises físico-químicas e radiométricas de amostras, medidasinstantâneas de radiação e a avaliação da biomassa, onde é verificado o tamanho dapopulação de diversos organismos do ambiente marinho da região.Anualmente, os resultados destes estudos são comparados aos dados iniciais doPrograma Pré-operacional, com o objetivo de avaliar a influência da implantação dausina nos meios monitorados. Até o presente, as únicas variações - certa diminuição dadiversidade das algas pardas e aumento na população de moluscos - foramobservadas apenas nos pontos de coleta mais próximos da descarga de efluenteslíquidos da usina (aproximadamente 600m) e são devidas ao incremento térmicocausado por estes efluentes. As demais populações permanecem com as mesmascaracterísticas da fase pré-operacional.

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1.5 TRATAMENTO DE REJEITOSOs rejeitos radiativos são materiais ou substâncias (gases, líquidos ou sólidos)resultantes da operação de usinas e de outras atividades, cuja radiatividade excede oslimites estabelecidos pela CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, que nãopossam ser reaproveitados pela indústria nuclear. Estes limites foram criados visandogarantir a saúde do homem e a preservação do meio ambiente.

A geração nuclear é um das poucas atividades industriais, e certamente o único dossegmentos de geração de eletricidade, que tem controle total sobre seus resíduos erejeitos, podendo avaliar com exatidão o impacto ambiental do funcionamento de umausina.

O gerenciamento dos rejeitos nucleares envolve o tratamento e acondicionamento decada tipo de rejeito, tendo como principal objetivo a diminuição do volume eradiatividade iniciais. Para isso, emprega técnicas altamente sofisticadas, resultado detrabalhos desenvolvidos mundialmente ao longo de várias décadas. Cabe ressaltar quea destinação final dos rejeitos nucleares está equacionada a nível mundial, dispondo-sede processos seguros para seu controle e estocagem, de forma segura e sem riscospara o meio ambiente.

Os rejeitos gerados numa usina nuclear são classificados em categorias distintas.Rejeitos de baixa, média ou alta atividade, quanto ao nível de radiatividade, e de curta,média ou alta duração, quanto ao tempo de vida ativa. Materiais e equipamentos queforam expostos à radiação durante a operação das instalações nucleares, como luvas,panos de limpeza, plásticos e vestimentas de proteção, são de baixa ou médiaatividade e de vida curta, média ou longa.

O combustível usado, descarregado do reator, de alta atividade e longa duração, podeser armazenado em tanques especiais ou reprocessado. Os rejeitos de baixa e médiaradiatividade são compactados dentro de tambores de aço e transportados paradepósitos iniciais dentro da própria usina, junto ao prédio do reator. A movimentaçãodesses tambores é feita por controle remoto, com uso de um vagonete elétrico. Odepósito inicial, protegido por espessas paredes de concreto, que vedam a passagemde todo tipo de radiação, abriga esse material por dois ou três anos.

Após esse prazo, o material já apresenta uma perda considerável de sua radiatividade,sendo então transferido para depósitos intermediários, com paredes de concreto dequarenta centímetros de espessura, localizados na própria área da usina, econtinuamente monitorados. Finalmente pode ser transportado para depósitosdefinitivos conforme a norma da CNEN, construídos em locais apropriados.Determinados rejeitos de baixa atividade podem ser reavaliados após algum tempo,para que possam ser reaproveitados ou transformados em lixo comum, podendo serincinerados ou reciclados.

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1.5.1 ARMAZENAMENTO DE REJEITOS

Os rejeitos líquidos e sólidos, de baixa e média atividade, gerados durante a operaçãodas usinas de Angra, são processados de acordo com procedimentos específicos eacondicionados em tambores testados e qualificados segundo a Norma da CNEN,baseada em normas e requisitos internacionais.

Após devidamente lacrados e identificados, os tambores contendo os rejeitos deAngra 1, são enviados para o Depósito Intermediário de Rejeitos, localizado dentro daárea da CNAAA, próximo à Usina, e constituído por dois galpões construídosespecialmente com esta finalidade.

Os rejeitos produzidos por Angra 2 ficam estocados em uma área especial destinadapara esse fim, no subsolo da própria Usina. Todos esses rejeitos ficarão armazenadosna Central Nuclear até a construção do Depósito Definitivo de Rejeitos, de acordo coma legislação vigente, que será controlado pela CNEN.

Os rejeitos de alta atividade de uma usina nuclear são formados pelos elementoscombustíveis usados. Na verdade, não são propriamente rejeitos, pois possuem valorcomercial e são matéria prima para o reprocessamento. No caso das usinas de Angra,os elementos combustíveis usados são estocados em piscinas especiais próprias paraesse fim, em prédios da usina com acesso controlado, blindagem apropriada,ventilação especial, etc. Enfim, cercados de todos os requisitos de segurança exigidosinternacionalmente.

1.5.2 EFLUENTES

São resíduos do processo industrial que, decorrentes da Geração Nuclear, sãoclassificados em convencionais (não radioativos) e radioativos. O descarte destesefluentes obedece a controles específicos, sendo avaliados os elementos presentes emfunção dos limites adotados pela legislação em vigor. No caso dos efluentesradioativos, metas anuais de descarte são adotadas, de modo a diminuir a geração e oconseqüente descarte destes efluentes.

Efluentes ConvencionaisO descarte de efluentes é feito segundo as normas vigentes, sendo realizadas análisefisico-químicas em diversos sistemas antes do lançamento para o meio ambiente. Paraa melhoria deste processo está em fase final de construção um sistema paratratamento de todos os efluentes de Angra 2 (Sistema GN), com previsão deinterligação futura com Angra 1.

Efluentes RadioativosO descarte destes efluentes é contabilizado mensalmente e comparado com a projeçãoda meta anual. Este controle é efetuado separadamente por Usina. São classificadoscomo Efluentes Gasosos e Efluentes Líquidos

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1.5.3 REJEITOS SÓLIDOSSão materiais oriundos de manutenções especiais, processos de descontaminação,etc. Estes materiais, sempre que viável, têm seu volume reduzido através deprensagem, de modo a gerar a menor quantidade de embalados possível. Em algunscasos, em função da origem, natureza ou dimensões destes materiais, estes sãoacondicionados em embalagens especiais (caixas metálicas, tambores com camadasinternas de concreto), com armazenamento diferenciado.Uma vez que ainda não foi definido o local final para armazenamento de rejeitosradioativos sólidos, todos os depósitos da CNAAA são classificados comointermediários.

O rejeitos de Angra 1 são armazenados no Depósito Intermediário de Rejeitos,atualmente em operação, estando em curso um programa de ampliações e melhorias.

Para Angra 2, existe um local interno à Usina (Sistema KPE), no qual sãoacondicionados embalados com rejeitos radioativos.

1.5.4 CONTROLE DE ÁREAS DAS USINASAs áreas classificadas como radiologicamente controladas são monitoradasperiodicamente, no sentido de identificar quaisquer alterações em suas característicasradiológicas (níveis de radiação e de contaminação), sendo os compartimentossinalizados, com informações referentes ao atuais níveis de radiação e decontaminação presentes. A distribuição das áreas contaminadas em função datotalidade das áreas controladas é mantida dentro de um valor definido como meta(5%), sendo o perfil atual mostrado na figura abaixo:

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1.6 PROCESSOS DE LICENCIAMENTOO objetivo do licenciamento é assegurar que uma usina nuclear seja projetada,construída e operada com a máxima segurança para o pessoal da própria usina, para opúblico e para o meio ambiente.

1.6.1 LICENCIAMENTO NUCLEAR

A CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) é o órgão federal responsável pelaemissão de licenças, autorizações e fiscalização em conformidade com as normasemitidas por este órgão , no que se refere aos aspectos radiológicos de InstalaçõesNucleares.

O processo de licenciamento nuclear compreende várias etapas, nas quais a CNENanalisa a documentação pertinente a cada uma delas e, após sua aprovação, emite asrespectivas licenças ou autorizações, quais sejam: Aprovação do Local, Licença deConstrução, Autorização para Utilização de Material Nuclear, Autorização paraOperação Inicial e Autorização para Operação Permanente. Todas as atividadesdesenvolvidas durante estas etapas são fiscalizadas pela CNEN, que mantém fiscaisresidentes no local.

Angra 1 dispõe da Licença de Operação Permanente (AOP), concedida pela CNENapós o cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas na respectivaAutorização de Operação Inicial (AOI). A AOI de Angra 2 foi emitida em 24.03.2000 e asua AOP foi requerida pela ELETRONUCLEAR em 28.11.2002.

A Aprovação do Local de Angra 3, concedida originalmente em 1980, foi referendadapela Resolução CNEN nº 11/02, de 19.09.2002 e a ELETRONUCLEAR já enviouàquele órgão os documentos necessários para a obtenção da Licença de Construção.

1.6.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -é o órgão do Governo Federal responsável pelo licenciamento ambiental deempreendimentos industriais de grande porte.

De acordo com a legislação ambiental estabelecida em 1986 pelo CONAMA - ConselhoNacional do Meio Ambiente, a construção, instalação, ampliação e funcionamento dequaisquer estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes sobqualquer forma, de causar degradação ambiental, dependem de prévio licenciamento,caracterizado por três fases distintas: Licença Prévia - LP, Licença de Instalação - LI eLicença de Operação - LO.

O Licenciamento Ambiental de um empreendimento é baseado no seu EIA/RIMA e tempor objetivos identificar os possíveis impactos ambientais, socioculturais e econômicosque possam resultar da instalação do empreendimento, buscar minimizar essesimpactos e propor medidas mitigadoras, bem como compensatórias, na forma debenefícios para a comunidade.

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1.7 ANGRA 3: FUTURA UNIDADE GERADORAA usina Angra 3, projetada com 1309 MW, foi contratada em 1976, juntamente comAngra 2, visando uma redução de custos, devido a terem o mesmo projeto. Por seremusinas similares, e visto o excelente desempenho operacional de Angra 2, a potênciade Angra 3 será elevada para 1.435 MW.

Em 1984, deu-se início à mobilização do canteiro de obras, no mesmo sítio de Angra 1e Angra 2. Foram executados os serviços de cortes de rocha e de abertura de cavaspara os blocos de fundação, porém, as obras foram paralisadas por falta de recursos,em 1986. Grande parte do suprimento de equipamentos importados, entretanto, já estáconcluída. Os equipamentos estão armazenados no local e a ELETRONUCLEARmantém um sistema de preservação e inspeções técnicas que garantem as perfeitascondições de sua utilização.

Em agosto de 2001, a ELETRONUCLEAR submeteu ao CNPE - Conselho Nacional dePolítica Energética, proposta de retomada do empreendimento, cujo progresso atual éde 30 %. Em dezembro, a ELETRONUCLEAR foi autorizada pelo CNPE a seguir comas ações relativas ao empreendimento levando em conta a Moção 31 do CONAMA, denovembro de 2001, que recomenda a realização dos procedimentos relativos aoprocesso de licenciamento ambiental de Angra 3.

Em agosto de 2002, a ELETRONUCLEAR fez a apresentação da situação doempreendimento ao CNPE propondo o equacionamento econômico, financeiro eorçamentário, bem como ambiental e solução para armazenamento de rejeitosradioativos.

Para atender ao Plano Decenal de Expansão do Sistema Elétrico 2002-2011, o CNPE,através da resolução N° 8, de 17 de setembro de 2002, estabeleceu as condições paraa retomada do empreendimento, autorizando a ELETRONUCLEAR a adotar asmedidas necessárias, tendo novembro de 2008 como data de referência para entradaem operação da usina. O andamento dessas medidas, bem como o atendimento àsdisposições da Moção CONAMA n° 31, de novembro de 2001 e demais questõesreferentes à retomada do empreendimento, estão, no momento, sob apreciação doCNPE.

Segue-se uma vista da cava de fundação da usina Angra 3:

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1.7.1 PROCESSO DE APRECIAÇÃO DA RETOMADA DE ANGRA 3

A seguir são apresentadas as principais etapas e estudos correlatos ao processo deapreciação para a retomada de construção de Angra 3, processo esse iniciado emmeados de 2001 e ora ainda em curso no CNPE – Conselho Nacional de PolíticaEnergética.

MMA

Ciclo de Consultas à SociedadeFIRJAN/FIESP/COPPE/ONG’s

MOÇÃO CONAMA 031Condicionantespara Retomada

(Nov - 2001)

APROFUNDAMENTO DOS ESTUDOS (Grupo de Acompanhamento das Ações)

ESTUDOS DE VIABILIDADE (1998 a 2001)ELETRONUCLEAR / EDF (França)

IBERDROLA (Espanha) / EPRI (EUA)

CNPEApreciação Inicial

(Ago - 2001)

Proposta de EquacionamentoEconômico, Financeiro e

Orçamentário

Proposta deEquacionamento Ambiental

Solução paraArmazenamento

de Rejeitos

PORTARIA MME18-Maio-2004

NOMEAÇÃO DE GTANALISAR

GLOBALMENTE OEMPREENDIMENTO

ANGRA 3PRAZO: 180 DIAS

CNPE Resolução Nº5/02

(Dez - 2001)Autoriza a ETN

a Retomar as Ações relativas a Angra 3

CNPE Resolução Nº8/02

(Set - 2002)Estabelece Condições

para a Retomadade Angra 3

ESTUDOS ADICIONAIS

Orçamento: (FUSP)Competitividade (COPPETEC)Contratos Suprimentos Nacionais (FGV)Inserção Elétrica-Energética (FUSP)

CNPE Resolução Nº7/03

(Jul - 2003)Extingue Grupo de

Acompanhamento e Constitui Novo

Grupo de Trabalho

CNPECNPEPROCESSODECISÓRIO

MMA

Ciclo de Consultas à SociedadeFIRJAN/FIESP/COPPE/ONG’s

MOÇÃO CONAMA 031Condicionantespara Retomada

(Nov - 2001)

APROFUNDAMENTO DOS ESTUDOS (Grupo de Acompanhamento das Ações)

ESTUDOS DE VIABILIDADE (1998 a 2001)ELETRONUCLEAR / EDF (França)

IBERDROLA (Espanha) / EPRI (EUA)

CNPEApreciação Inicial

(Ago - 2001)

Proposta de EquacionamentoEconômico, Financeiro e

Orçamentário

Proposta deEquacionamento Ambiental

Solução paraArmazenamento

de Rejeitos

PORTARIA MME18-Maio-2004

NOMEAÇÃO DE GTANALISAR

GLOBALMENTE OEMPREENDIMENTO

ANGRA 3PRAZO: 180 DIAS

CNPE Resolução Nº5/02

(Dez - 2001)Autoriza a ETN

a Retomar as Ações relativas a Angra 3

CNPE Resolução Nº8/02

(Set - 2002)Estabelece Condições

para a Retomadade Angra 3

ESTUDOS ADICIONAIS

Orçamento: (FUSP)Competitividade (COPPETEC)Contratos Suprimentos Nacionais (FGV)Inserção Elétrica-Energética (FUSP)

CNPE Resolução Nº7/03

(Jul - 2003)Extingue Grupo de

Acompanhamento e Constitui Novo

Grupo de Trabalho

CNPECNPEPROCESSODECISÓRIO

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1.7.3 ORÇAMENTO PARA A RETOMADA DE ANGRA 3

(1) DEZ-2001: US$/R$ = 2,40 / EUR/US$ = 0,89 / EUR/R$=2,14

$ (EURO) MEUR 2.062 MEUR 1.803 (-13%)

ORÇAMENTO PARA CONCLUSÃO DO EMPREENDIMENTO (*)

BASE ORÇAMENTÁRIA(Relatório FUSP) (1)

ORÇAMENTO DEREFERÊNCIA

PERFIL DOSDISPÊNDIOS MOEDAS DE

ORIGEM

MUS$ 572

MR$ 3.031

MEUR 643

MUS$ 1.263MOEDA NACIONAL

MOEDA ESTRANGEIRA

TOTAL

$ (DÓLAR)

$ (REAL)

MUS$ 1.835

MR$ 4.405

MUS$ 2.209 (+ 20%)

ATUALIZAÇÃO DOORÇAMENTO (2)/(3)/(4)

ORÇAMENTO EFETIVO

MOEDAS DEORIGEM

MR$ 4.386 MR$ 4.386

MR$ 2.683 MEUR 671

MR$ 7.069 (+ 60%)

(2) JUL-2004: US$/R$ = 3,20 / EUR/US$ = 1,23 / EUR/R$=3,92(3) MOEDA NACIONAL: Cesta de Índices Específica para cada Rubrica (44,5%)(4) MOEDA ESTRANGEIRA: Inflação Alemã (aprox. 5,0%) + Variações Cambiais

( * ) Não Considera Carga Inicial de Combustível Nuclear, orçada em MR$ 462 (Base: Julho-2004)

(1) DEZ-2001: US$/R$ = 2,40 / EUR/US$ = 0,89 / EUR/R$=2,14

$ (EURO) MEUR 2.062 MEUR 1.803 (-13%)

ORÇAMENTO PARA CONCLUSÃO DO EMPREENDIMENTO (*)

BASE ORÇAMENTÁRIA(Relatório FUSP) (1)

ORÇAMENTO DEREFERÊNCIA

PERFIL DOSDISPÊNDIOS MOEDAS DE

ORIGEM

MUS$ 572

MR$ 3.031

MEUR 643

MUS$ 1.263MOEDA NACIONAL

MOEDA ESTRANGEIRA

TOTAL

$ (DÓLAR)

$ (REAL)

MUS$ 1.835

MR$ 4.405

MUS$ 2.209 (+ 20%)

ATUALIZAÇÃO DOORÇAMENTO (2)/(3)/(4)

ORÇAMENTO EFETIVO

MOEDAS DEORIGEM

MR$ 4.386 MR$ 4.386

MR$ 2.683 MEUR 671

MR$ 7.069 (+ 60%)

(2) JUL-2004: US$/R$ = 3,20 / EUR/US$ = 1,23 / EUR/R$=3,92(3) MOEDA NACIONAL: Cesta de Índices Específica para cada Rubrica (44,5%)(4) MOEDA ESTRANGEIRA: Inflação Alemã (aprox. 5,0%) + Variações Cambiais

( * ) Não Considera Carga Inicial de Combustível Nuclear, orçada em MR$ 462 (Base: Julho-2004)

EMPREENDIMENTO COM~ 30% DE PROGRESSO FÍSICO

EMPREENDIMENTO COM~ 30% DE PROGRESSO FÍSICO

EUR 1.800 Milhões

EUR 600 Milhões (*)

INVESTIMENTOS REALIZADOS

INVESTIMENTOS A REALIZAR

(*) Equivalente a MUS$ 750Base: Janeiro-1999

EUR 1.800 Milhões

EUR 600 Milhões (*)

INVESTIMENTOS REALIZADOS

INVESTIMENTOS A REALIZAREUR 1.800 Milhões

EUR 600 Milhões (*)

INVESTIMENTOS REALIZADOS

INVESTIMENTOS A REALIZAR

(*) Equivalente a MUS$ 750Base: Janeiro-1999

ORÇAMENTO PARA CONSTRUÇÃO DE ANGRA 3

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1.7.4 PROCESSO LICENCIATÓRIO PARA ANGRA 3

LICENCIAMENTO: NUCLEAR e AMBIENTALLICENCIAMENTO: NUCLEAR e AMBIENTAL

Licenciamento Nuclearcom bases bem definidas

(Angra 2 comoUsina de Referência)

Relatório Preliminar deAnálise de Segurançajá entregue à CNEN

Licença de Construçãojá Requerida

Licenciamento Nuclearcom bases bem definidas

(Angra 2 comoUsina de Referência)

Relatório Preliminar deAnálise de Segurançajá entregue à CNEN

Licença de Construçãojá Requerida

Incremento de Impacto Ambiental

Reduzido

Levantamentos de Dados Ambientais

concluídos

EIA/RIMA em Fase de Conclusão

Intervenção no Localjá Efetuada

Incremento de Impacto Ambiental

Reduzido

Levantamentos de Dados Ambientais

concluídos

EIA/RIMA em Fase de Conclusão

Intervenção no Localjá Efetuada

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1.7.4 LICENCIAMENTO NUCLEAR DE ANGRA 3

LICENCIAMENTO NUCLEARLICENCIAMENTO NUCLEAR

OBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃOOBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃO- Encaminhada, em Ago-2002, toda a documentação

requerida para a obtenção da Licença de Construção.• Relatório Preliminar de Análise de Segurança - RPAS• Plano Preliminar de Proteção Contra Incêndio• Plano Preliminar de Proteção Física

RISCO SÍSMICORISCO SÍSMICO- Análise Probabilística de Ameaça Sísmica para Angra 3.- Encaminhado Relatório de Risco Sísmico em Maio-2000.

EXCLUSÃO DO DBE EXCLUSÃO DO DBE -- Design Basis EarthquakeDesign Basis Earthquake- Encaminhada Instrução Técnica em Outubro-1999.

OBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃOOBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃO- Encaminhada, em Ago-2002, toda a documentação

requerida para a obtenção da Licença de Construção.• Relatório Preliminar de Análise de Segurança - RPAS• Plano Preliminar de Proteção Contra Incêndio• Plano Preliminar de Proteção Física

OBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃOOBTENÇÃO DA LICENÇA DE CONSTRUÇÃO- Encaminhada, em Ago-2002, toda a documentação

requerida para a obtenção da Licença de Construção.• Relatório Preliminar de Análise de Segurança - RPAS• Plano Preliminar de Proteção Contra Incêndio• Plano Preliminar de Proteção Física

RISCO SÍSMICORISCO SÍSMICO- Análise Probabilística de Ameaça Sísmica para Angra 3.- Encaminhado Relatório de Risco Sísmico em Maio-2000.

RISCO SÍSMICORISCO SÍSMICO- Análise Probabilística de Ameaça Sísmica para Angra 3.- Encaminhado Relatório de Risco Sísmico em Maio-2000.

EXCLUSÃO DO DBE EXCLUSÃO DO DBE -- Design Basis EarthquakeDesign Basis Earthquake- Encaminhada Instrução Técnica em Outubro-1999.EXCLUSÃO DO DBE EXCLUSÃO DO DBE -- Design Basis EarthquakeDesign Basis Earthquake- Encaminhada Instrução Técnica em Outubro-1999.

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1.7.5 LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ANGRA 3

LICENCIAMENTO AMBIENTALLICENCIAMENTO AMBIENTAL

EIA-RIMA DE ANGRA 3- Relatório concluído e encaminhado ao IBAMA

T A C - ANGRA 1- Continuam entendimentos com MPF para formalização do TCAC

T C A C - ANGRA 2- Requisitos cumpridos pela ELETRONUCLEAR- Aguardando posicionamento do MPF

AUTORIZAÇÃO PARA ATIVIDADES PREPARATÓRIAS- Autorização já solicitada ao IBAMA

EIA-RIMA DE ANGRA 3- Relatório concluído e encaminhado ao IBAMA

T A C - ANGRA 1- Continuam entendimentos com MPF para formalização do TCAC

T C A C - ANGRA 2- Requisitos cumpridos pela ELETRONUCLEAR- Aguardando posicionamento do MPF

AUTORIZAÇÃO PARA ATIVIDADES PREPARATÓRIAS- Autorização já solicitada ao IBAMA

Pág. 29 GPO.T / Maio-2005

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1.7.6 INVESTIMENTOS JÁ REALIZADOS PARA ANGRA 3

EUR 600 MILHÕES JÁ INVESTIDOS

Infra-estrutura

Projeto Básico e Engenharia de Detalhamento

Equipamentos Importados

Equipamentos Nacionais

Licenciamento

EUR 600 MILHÕES JÁ INVESTIDOS

Infra-estrutura

Projeto Básico e Engenharia de Detalhamento

Equipamentos Importados

Equipamentos Nacionais

Licenciamento

INVESTIMENTOSJÁ REALIZADOS

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1.7.7 INFRA-ESTRUTURA JÁ DISPONÍVEL PARA ANGRA 3

ANGRA 3

Subestações 138/500 kV

Canal de Descarga

AcessoRodoviário

Acesso Marítimo

InfraestruturaInstalada

Suprimento de Água

Plano de Emergência

Monitoração Ambiental

Cava de FundaçãoEscritórios, Galpões, Oficinas

ANGRA 3

Subestações 138/500 kV

Canal de Descarga

AcessoRodoviário

Acesso Marítimo

InfraestruturaInstalada

Suprimento de Água

Plano de Emergência

Monitoração Ambiental

Cava de FundaçãoEscritórios, Galpões, Oficinas

INFRAESTRUTURAJÁ DISPONÍVEL

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1.7.8 SITUAÇÃO DO PROJETO DE ENGENHARIA PARA ANGRA 3

ANGRA 2

ANGRA 3

Extensiva utilizaçãoda documentação de projeto

de Angra 2 (~70%)

Mais de 30 milhões MWh em 3 anos !!!

Usina de Referência

As-Built de Angra 2

Documentos Executivos de

Angra 3

Adequação do Projeto(fundações sobre rocha, I&C digital, modificações

em equipamentos)

ANGRA 2

ANGRA 3

Extensiva utilizaçãoda documentação de projeto

de Angra 2 (~70%)

Mais de 30 milhões MWh em 3 anos !!!

Usina de Referência

As-Built de Angra 2

Documentos Executivos de

Angra 3

Adequação do Projeto(fundações sobre rocha, I&C digital, modificações

em equipamentos)

PROJETO

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1.7.9 EQUIPAMENTOS JÁ ADQUIRIDOS PARA ANGRA 3

Cerca de 13.500 ton deequipamentos já entregues(70% do escopo importado)

Sistema Nuclear

de Geração

de Vapor

Grupo Turbo-Gerador

Grupos Diesel

Bombas

Válvulas

Tubulações

Equipamentos de Processo

Rigorosa preservação (técnicas comprovadas

em Angra 2)Cerca de 13.500 ton de

equipamentos já entregues(70% do escopo importado)

Sistema Nuclear

de Geração

de Vapor

Grupo Turbo-Gerador

Grupos Diesel

Bombas

Válvulas

Tubulações

Equipamentos de Processo

Rigorosa preservação (técnicas comprovadas

em Angra 2)

EQUIPAMENTOSJÁ ADQUIRIDOS

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1.7.10 PROGRESSO FÍSICO DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3

Item Progresso

Projeto Entre 70 e 75%

Suprimento Importado Entre 65 e 75%

Suprimento Nacional Cerca de 5%

Obra Civil Entre 4 e 6%

Montagem Eletromecânica 0%

Comissionamento 0%

Empreendimento 30%

Progresso Estimado de Angra 3

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1.7.11 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3

ANGRA 3ANGRA 3 –– CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃOCRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

PRIMEIRA OPERAÇÃO A QUENTE

APROVAÇÃO DO CNPE PARA A RETOMADA DO EMPREENDIMENTOAUTORIZAÇÃO GOVERNAMENTAL PARA A CONCLUSÃO DA CONSTRUÇÃO

AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DO IBAMA PARA AS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS

INÍCIO DAS ATIVIDADES PREPARATÓRIAS DE CANTEIRO

FASE DEATIVIDADES

PREPARATÓRIAS

FASE PRÉ-CONSTRUÇÃO

FASE DE CONSTRUÇÃOFASE DE CONSTRUÇÃO

MESES APÓS INÍCIO FORMAL DA CONSTRUÇÃO

SITE PREPARATION

(12 MONTHS)

INÍCIO DA CONCRETAGEM DO PRÉDIO DO REATOR

INÍCIO DA MONTAGEM DA ESFERA DE CONTENÇÃO

INÍCIO DA MONTAGEM ELETROMECÂNICA

INÍCIO DO COMISSIONAMENTO

CRITICALIDADE

INÍCIO DEOPERAÇÃOCOMERCIAL

9 17 46 56 63 661 2 3 4 5 6 7 8 9 101112 1 2 3 4 5 6

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1.7.12 SITUAÇÃO GERAL PARA A RETOMADA DO EMPREENDIMENTO ANGRA 3

Orçamento para conclusãoconfirmado por diferentes instituições

nacionais e estrangeiras

Usina com desempenhogarantido pela experiência operacional

de Angra 2

Cronograma de 66 meseslastreado pela experiência com montagem

e comissionamento de Angra 2

Estrutura de Gerenciamento,Engenharia e Operação com completodomínio técnico do empreendimento

Orçamento para conclusãoconfirmado por diferentes instituições

nacionais e estrangeiras

Usina com desempenhogarantido pela experiência operacional

de Angra 2

Cronograma de 66 meseslastreado pela experiência com montagem

e comissionamento de Angra 2

Estrutura de Gerenciamento,Engenharia e Operação com completodomínio técnico do empreendimento

SITUAÇÃO GERAL PARA A RETOMADA SITUAÇÃO GERAL PARA A RETOMADA

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2. CNEN - COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEARA União tem o monopólio da mineração de elementos radioativos, da produção e docomércio de materiais nucleares, sendo este monopólio exercido pela ComissãoNacional de Energia Nuclear (CNEN).

A CNEN é uma autarquia federal criada em 10 de outubro de 1956 e vinculada aoMinistério de Ciência e Tecnologia. Como órgão superior de planejamento, orientação,supervisão e fiscalização, estabelece normas e regulamentos em radioproteção elicencia, fiscaliza e controla a atividade nuclear no Brasil. A CNEN desenvolve aindapesquisas na utilização de técnicas nucleares em benefício da sociedade.

2.1 MISSÃO DA CNEN"Garantir o uso seguro e pacífico da energia nuclear, desenvolver e disponibilizartecnologias nuclear e correlatas, visando o bem estar da população".

A própria missão da CNEN traduz a preocupação com a segurança e odesenvolvimento do setor, orientando sua atuação pelas expectativas da sociedade,beneficiária de seus serviços e produtos.

2.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CNENO controle do material nuclear existente no País é de responsabilidade da CNEN, a fimde garantir seu uso somente para fins pacíficos, sendo que o transporte, o tratamentoe o armazenamento de rejeitos radioativos são regulamentados por normas técnicas eprocedimentos de controle.

2.2.1 ÁREA DE RADIOPROTEÇÃO E SEGURANÇA NUCLEAR

As áreas de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN visam a segurança dostrabalhadores que lidam com radiações ionizantes, da população em geral e do meioambiente. Com esse objetivo, atuam nos seguintes segmentos:

Licenciamento de instalações nucleares e radiativas. Fiscalização de atividades relacionadas à extração e à manipulação de matérias-primas eminerais de interesse para a área nuclear.

Estabelecimento de normas e regulamentos. Fiscalização das condições de proteção radiológica de trabalhadores nas instalaçõesnucleares e radiativas.

Atendimento a solicitações de auxílio, denúncias e emergências envolvendo fontes deradiações ionizantes.

Desenvolvimento de estudos e na prestação de serviços em metrologia das radiaçõesionizantes.

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2.2.2 ÁREA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTOA área de Pesquisa e Desenvolvimento investe no emprego da tecnologia nuclear emmedicina, agricultura, indústria e meio ambiente. Além da produção de radioisótopos eradiofármacos, amplamente utilizados em medicina nuclear, as atividades abrangemos seguintes processos:

Tecnologias em radiodiagnóstico e radioterapia. Fontes industriais de radiação. Tecnologia de reatores. Estudos sobre neutrônica. Operação e manutenção de reatores. Desenvolvimento de novos materiais. Instrumentação e controle. Tecnologia de esterilização e preservação de alimentos por meio da irradiação. Ensaios citogenéticos. Pesquisas de vacinas por meio da irradiação de venenos. Ensaios mecânicos não destrutivos. Processos de caracterização de bacias hidrológicas e de efluentes líquidos e gasosos. Processos para análise ambiental.

2.2.3 ÁREA DE APOIO LOGÍSTICO

A área de Apoio Logístico, além de assegurar a infra-estrutura necessária para asatividades de radioproteção, segurança nuclear e pesquisa e desenvolvimento, atua notreinamento e qualificação dos pesquisadores, tecnologistas, analistas e técnicos daCNEN e na disseminação de informações técnico-científicas para pesquisadores,profissionais e estudantes da área nuclear.

2.3 UNIDADES VINCULADAS À CNENPara executar suas atividades, a CNEN possui doze unidades localizadas em oitoestados brasileiros:

Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - CDTN, em Belo Horizonte (MG) Centro Regional de Ciências Nucleares - CRCN, no Recife (PE) Distrito de Angra dos Reis (RJ) Distrito de Caetité (BA) Distrito de Fortaleza (CE) Distrito de Goiânia (GO) Distrito do Planalto Central (DF) Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD, no Rio de Janeiro (RJ) Instituto de Engenharia Nuclear - IEN, no Rio de Janeiro (RJ) Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo (SP) Laboratório de Poços de Caldas (MG) Sede administrativa da CNEN, no Rio de Janeiro (RJ).

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2.4 PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA CNENA seguir são descritas, de forma resumida, as principais atividades desenvolvidas pelaCNEN.

2.4.1 ATIVIDADES DE LICENCIAMENTO

As atividades de licenciamento consistem em avaliações de segurança que levam emconta desde o projeto da instalação, passando por sua entrada em operação, até umafutura desativação (processo chamado de descomissionamento).

2.4.2 ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO

A CNEN exerce a fiscalização da construção e executa testes pré-operacionais. Com afiscalização, é possível verificar se as normas de garantia de qualidade estão sendopraticadas.

Nos trabalhos relacionados à prospecção, pesquisa, lavra, industrialização ecomercialização de minerais e minérios nucleares e outros de interesse para a áreanuclear, a CNEN exerce atividades de fiscalização e controle, já que as atividadesnucleares são monopólio da União.

Quando se trata de manipular materiais radioativos ou nucleares, as normaselaboradas pela CNEN regulam essas atividades. Referem-se a instalações nuclearese radiativas; posse, uso e manuseio de material nuclear; transporte e tratamento derejeitos radioativos; proteção individual, ocupacional e ambiental contra as radiações;medidas relacionadas à radiação, e tantos outros assuntos relevantes à questãosegurança.

2.4.3 ATIVIDADES RELACIONADAS ÀS SALVAGUARDAS NUCLEARES

Acordos internacionais assinados entre países que utilizam material nuclearestabelecem as chamadas salvaguardas. São medidas destinadas à proteção e aocontrole de material nuclear, existente em qualquer planta ou instalação do chamadociclo do combustível nuclear.

Através do envio de informações sobre produção e movimentação destes materiais, épossível identificar em tempo hábil eventuais desvios, o que possibilita impedir suautilização para fins não autorizados. Além das normas internacionais, as salvaguardasno Brasil são garantidas também pela Constituição Federal, que trata do usoexclusivamente pacífico da energia nuclear.

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2.4.4 ATIVIDADES RELACIONADAS A REJEITOS RADIOATIVOS

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) estabelece normas de controle quecobrem as atividades relativas ao gerenciamento de material radioativo, da origem aodestino final.Em 2001, entrou em vigor uma lei federal que determina detalhadamente osprocedimentos em relação aos rejeitos. Estes materiais são os que possuemradionuclídeos em quantidades superiores a limites estabelecidos pela CNEN. Sãooriginados em unidades que produzem combustível nuclear, usinas como Angra I eAngra II, instalações que usam materiais radioativos, como clínicas, hospitais,indústrias, universidades, centros de pesquisa, entre outros.

2.4.5 ATIVIDADES DE PESQUISA DE CENTRAIS NUCLEARES

Envolve as tecnologias e linhas de pesquisa relacionadas aos reatores de potênciaavançados e inovativos que possam ser licenciados, construídos e operados,produzindo energia a preços competitivos e atendendo satisfatoriamente os requisitossegurança nuclear, minimização de rejeitos, resistência à proliferação e aceitaçãopública.

Inclui, também, as tecnologias de P&D – Pesquisa e Desenvolvimento evolutivasvisando a modernização das centrais existentes, possibilitando um aumento dosfatores de disponibilidade, redução dos custos e aprimoramento da segurança.

As seguintes áreas são pesquisadas: Reatores Avançados Gerenciamento do Envelhecimento das Centrais Redução dos Custos Operacionais Modernização em Centrais Nucleares

2.4.6 ATIVIDADES DE PESQUISA DO CICLO DO COMBUSTÍVEL

Trata de todas as etapas do ciclo de combustível nuclear, especialmente do ciclo dourânio, desde a mineração até a fabricação dos elementos combustíveis e o seuarmazenamento após a queima, passando pelas etapas intermediárias, tais como:conversão, enriquecimento e reconversão.

São considerados também o desenvolvimento de combustíveis avançados, tanto parareatores de pesquisa como de potência. Inclui, ainda, as linhas de P&D relacionadas aaperfeiçoamentos nas várias etapas do ciclo.

Mineração e Beneficiamento Combustível Nuclear Reprocessamento

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2.4.7 ATIVIDADES DE PESQUISA DE INSTALAÇÕES NUCLEARESEstão incluídas as tecnologias e atividades de utilização, operação e manutenção dasgrandes instalações que servem de infra-estrutura para os diversos experimentos nasáreas de produção de radioisótopos, irradiação de materiais, termo hidráulica, física,química e radiobiologia.

Incluem-se também o projeto e construção de seções de teste, modificações nasinstalações existentes, bem como o de novas unidades de grande porte, tais comoreatores de pesquisa multipropósito, que servirão de apoio para novos experimentos edesenvolvimentos.

Reatores de Pesquisa Circuitos Térmicos Instalações de Irradiação Aceleradores

2.4.8 ATIVIDADES DE PESQUISA DE APLICAÇÕES NUCLEARES NO MEIO AMBIENTETrata de todas as tecnologias e desenvolvimentos relacionados com as aplicações deradioisótopos e da radiação ionizante nas áreas de monitoração do meio ambiente,quer seja, nos estudos de recarga de aqüiferos, movimentação de águas subterrâneas,fugas em barragens, manejo de águas em regiões semi-áridas, dispersão de efluentese sedimentos.

Outras linhas de pesquisa importantes dizem respeito ao acompanhamento e controlede poluentes no meio ambiente, utilizando biomonitores, e à determinação de materialparticulado no ar, especialmente nas grandes cidades.

Técnicas Nucleares em Hidrogeologia Subterrânea e em Hidrogeologia Sotópica Aproveitamento de Recursos Hídricos e Naturais Monitoração e Avaliação do Impacto Ambiental Transporte e Dispersão de Poluentes Tratamento de Efluentes e Rejeitos

2.4.9 ATIVIDADES DE PESQUISA DE APLICAÇÕES NUCLEARES NA ÁREA MÉDICANas aplicações nucleares na área médica destacam-se duas vertentes principais:diagnóstico e terapia. Para cada um dos dois casos são produzidos e utilizadosradioisótopos e radiofármacos específicos que permitem diagnosticar um grandenúmero de doenças em praticamente todos os órgãos do ser humano ou tratardiversas patologias (radioterapia), especialmente o câncer. Incluem-se, ainda, astecnologias e linhas de pesquisa relacionadas com a biotecnologia e radiobiologia.

Radiofármacos para Diagnóstico e Terapia Radiofármacos para Medicina Radioterapia Biotecnologia Radiobiologia Técnicas de Diagnóstico Irradiação de Materiais Biológicos

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2.4.10 ATIVIDADES DE PESQUISA DE MATERIAIS E PROCESSOS FÍSICOS/QUÍMICOS

Enquadram-se neste tema todas as tecnologias, os processos, as pesquisas e osdesenvolvimentos que servem de suporte para os demais atividades. Em geral,refletem-se na obtenção de produtos e prestação de serviços, tais como, análisesfísicas, químicas e caracterização de materiais.

Um grande número de processos químicos e de beneficiamento de minérios paraobtenção de materiais especiais de alta pureza, também são considerados neste tema.

Outra tecnologia importante incluída neste tema é aquela relativa à produção emanutenção de instrumentação nuclear para aplicações médicas e de proteçãoradiológica. Na linha mais moderna, incluem-se, ainda, os tópicos relativos aos fatoreshumanos, ergonomia, sistemas de suporte ao operador e interfaces homem-sistemaem geral.

Finalmente, estão incluídas as atividades fundamentais como a proteção radiológica eaquelas que envolvem o tratamento e gerenciamento de efluentes e rejeitos,especialmente os nucleares.

Processamento e Caracterização de Materiais Processos Físicos e Químicos Materiais Biocompatíveis Materiais Especiais Radioquímica Instrumentação, Controle e Confiabilidade Humana Proteção Radiológica Dados Atômicos e Nucleares Tratamento e Gerenciamento de Efluentes E Rejeitos Análise Probabilística e Determinística de Segurança

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3. INB – INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASILEmpresa de economia mista, vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN) e subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MME). Está presente nosestados da Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro, participando ativamente, juntoà sociedade brasileira, com o desenvolvimento de importantes projetos tecnológicospara geração de energia nucleoelétrica.

Responde pela exploração do urânio, desde a mineração e o beneficiamento primárioaté a produção e montagem dos elementos combustíveis que acionam os reatores deusinas nucleares. O conjunto dessas atividades constitui o Ciclo do CombustívelNuclear. Atua também na área de tratamento físico dos minerais pesados com aprospecção e pesquisa, lavra, industrialização e comercialização das areiasmonazíticas e obtenção de terras-raras.

3.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA INBCriada em 1988, a INB sucedeu a Nuclebrás e, em 1994, tornou-se uma única empresaao incorporar suas controladas - Nuclebrás Enriquecimento Isotópico S.A. (Nuclei);Urânio do Brasil S.A. e Nuclemon Mínero-Química Ltda, absorvendo suas atividades eatribuições.

Esta reestruturação institucional proporcionou à empresa aumento da suaprodutividade e diminuição dos custos de funcionamento, com a otimização dosprocessos administrativos e industriais.

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3.2 UNIDADES VINCULADAS À INB

INB Rio - Administração Central RJ

INB Caetité - mineração e beneficiamento de urânio - BA

INB Resende - RJ• Fábrica de Combustível Nuclear FCN - Reconversão• Fábrica de Combustível Nuclear FCN - Pastilhas• Fábrica de Combustível Nuclear FCN - Componentes e Montagem do Elemento

Combustível• Fábrica de Combustível Nuclear FCN - Enriquecimento (projeto em desenvolvimento)• Centro Zoobotânico• Administração

INB Buena - Tratamento Físico de Areias Monazíticas - RJ

INB Caldas - MG• Tratamento Químico da Monazita• Tratamento minerais contendo urânio

INB Santa Quitéria - CE

3.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DA INBNa INB a responsabilidade social corporativa começa com a preocupação de incorporarmodernas técnicas administrativas a iniciativas voltadas para a qualidade de vida e devalorização profissional e pessoal de cada colaborador da empresa.

A gestão de desenvolvimento de recursos humanos estimula a incorporação de novasposturas individuais e corporativas através de políticas de remuneração e benefícios,da execução de projetos permanentes de treinamento e reciclagem e de avaliaçõessobre qualidade de vida e novos aprendizados.

Consciente de sua responsabilidade social, a empresa concilia atividades na áreanuclear com atuação constante de incentivo à educação, cultura e bem-estar dascomunidades circunvizinhas às suas unidades operacionais.

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3.4 CULTURA DE SEGURANÇA DA INBA política adotada pela INB nesta área molda o ambiente de trabalho e condiciona ocomportamento individual. Portanto, toda e qualquer decisão de implantação deve serampla e contínua pois objetiva a criação da "Cultura de Segurança".

Tornar cada empregado consciente quanto ao atendimento às diretrizes e aosmétodos adotados, resultando em mudança nas condutas e nos procedimentos detrabalho. As atividades relacionadas à segurança nuclear recebem atenção especial naINB, tanto as previstas nos programas de radioproteção, voltadas basicamente paragarantir a segurança dos trabalhadores e dos procedimentos como as que avaliampotenciais impactos ambientais.

Em parceria com a Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA, investe naformação de técnicos com realização de programas e seminários para a disseminaçãoe consolidação desta cultura.

A política de Segurança da INB tem em sua base as normas e os procedimentos doProtocolo da Convenção de Segurança Nuclear, assinado pelo Governo Brasileiro, emViena, em 20 de setembro de 1994, ratificado pelo Decreto Nº 2.648, de 1º de julho de1998.

Os objetivos da Política de Segurança desta Convenção são: alcançar e manter um alto nível de segurança nuclear mundial através do fortalecimento demedidas nacionais e da cooperação internacional, incluindo, onde for apropriado, cooperaçãotécnica relacionada com segurança;

estabelecer e manter defesas efetivas em instalações nucleares contra danos radiológicospotenciais, de forma a proteger indivíduos, sociedade e meio ambiente dos efeitos nocivos daradiação ionizante originária dessas instalações;

prevenir acidentes com conseqüências radiológicas e mitigar tais conseqüências casoocorram.

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3.5 ATIVIDADES DE PRESERVAÇÃO AO MEIO AMBIENTEA Política Ambiental da INB constitui compromisso institucional não só com seusempregados mas também com a sociedade e o meio ambiente. Enquanto preserva anatureza em suas áreas de influência, a INB desenvolve suas atividades, contribuindopara o desenvolvimento do País e obedecendo as mais rigorosas normas de controleambiental impostas ao setor industrial. Mantém em todas as suas unidades áreas depreservação, recuperação e controle ambiental.

Todas as atividades desenvolvidas na empresa, são acompanhadas e fiscalizadaspelas autoridades reguladoras do setor ambiental e pela Comissão Nacional de EnergiaNuclear - CNEN, esta participante no que diz respeito aos procedimentos de proteçãoradiológica e licenciamento.

É assim que a INB, ao longo de sua existência, vem provando que é perfeitamenteviável a convivência harmônica da atividade nuclear com o meio ambiente.

3.5.1 INB RESENDE

Síntese da política ambiental da INB em Resende, o Centro Zoobotânico, é o seumelhor exemplo e está localizado na Fábrica de Combustível Nuclear no município deResende, ao sul Estado do Rio de Janeiro.

Formação de cultura ambiental é a principal meta deste Centro. Centraliza osconhecimentos zoobotânicos e de pesquisas sobre a biodiversidade na área daunidade: são 6 milhões de metros quadrados na região do Médio Paraíba.

Nesta região a mata atlântica encontra-se muito degradada por várias açõespredatórias tais como corte da vegetação original para produção de carvão, plantio eerradicação do café, fazenda para pastoreio de gado, industrialização e crescimentourbano desordenado. Contudo, possui uma biodiversidade apreciável e digna deestudos possibilitando preservar não só os remanescentes da fauna e flora comotambém proteger mananciais hídricos, dentre eles o rio Paraíba do Sul com o qualtemos 25 km de divisa.

Para atendimento às diversas propostas abriga os seguintes setores: Laboratório de biologia Herbário Insetário Banco de sementes Viveiro para produção de mudas nativas, frutíferas e medicinais Reflorestamento e recuperação de áreas historicamente degradadas Centro de triagem de animais silvestres

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Estes possibilitam os seguintes projetos: Educação ambiental e conscientização ecológica para empregados, visitantes e alunos daregião do Médio Paraíba.

Formação profissional para estagiários dos cursos de graduação em biologia , agronomia eveterinária.

Desenvolvimento de trabalhos orientados por consultores visando programas de iniciação epesquisa científica de recursos naturais.

Realização de inventários da mata remanescente, dos corpos hídricos e da fauna micro emacro, e, projetos de recomposição florística para abrigar a fauna regional.

O Centro Zoobotânico obteve resultados inéditos em suas pesquisas, e já conta comum expressivo banco de dados: são mais de 1.000 exsicatas da flora regional,85 espécimes diferentes de aves, 260 insetos de 10 ordens, 9 espécies de ofídios,15 espécies de anuros - neste caso, encontradas duas raridades -, 19 espécies demamíferos, 3 espécies de morcegos, 1 espécie de escorpião , 5 espécies de aranhas,1 espécie de réptil e 12 espécies de peixes.

Pelo Centro de Triagem para Animais Silvestres já passaram cerca de 2.875 animaisdas mais variadas espécies.

3.5.2 INB CALDAS

A INB Caldas, em Caldas, sul do Estado de Minas Gerais, promove um completolevantamento do meio ambiente (água, ar, solo, vegetação e fauna) com o objetivo demanter sob estrito controle as áreas sob sua influência e circunvizinhança. O Institutode Florestas de Minas Gerais declarou a área refúgio particular de animais silvestres - 70% das instalações desta Unidade são campos, florestas remanescentes de antigosdesmatamentos e lagoas. Desde o início de sua operação, ações de controle foramrealizadas para minimizar impactos ambientais. A reintegração e estabilização dopotencial de poluição dessas áreas foi feito através do desenvolvimento de umPrograma de Controle e Proteção do Meio Ambiente.

Esta unidade conta com um horto florestal, uma horta, viveiro de mudas de plantasnativas e realiza trabalhos de educação ambiental, preservação e restauração.

3.5.3 INB CAETITÉ

Na INB Caetité, no sudoeste da Bahia estão em andamento importantes projetosambientais para a região: horto florestal com viveiro de mudas nativas e medicinais,reflorestamento e recomposição de uma área de 800 hectares pertencentes à empresa- prevê o plantio, em cinco anos, de cinco milhões de mudas nativas da região - eeducação ambiental com atividades dirigidas às escolas e associações, além apoio nareciclagem e aproveitamento de materiais alternativos.

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3.5.4 INB BUENA

Em Buena, no Município de São Francisco de Itabapoana, ao norte do Estado do Riode Janeiro, a Unidade de Buena da INB realiza trabalhos de mineração ebeneficiamento físico de minerais pesados.

O impacto ambiental decorrente desta atividade é constantemente avaliado econtrolado através da execução de um Programa de Recuperação das ÁreasMineradas e de monitoração do ambiente nos locais de trabalho, circunvizinhos àsfrentes de lavra e às instalações de beneficiamento. As atividades de lavra erecomposição das áreas são feitas, concomitantemente, de tal forma que arecuperação total dos terrenos minerados se completa imediatamente após o términoda extração do minério. Atingimos dessa forma o objetivo principal que é o retornoimediato dessas áreas à sua atividade original - a prática agro-pastoril.

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3.6 A GARANTIA DA QUALIDADE NA INBÁrea de importância fundamental para todo o processo produtivo da INB, a Garantia daQualidade realiza, rotineiramente, auditorias para verificação do atendimento aosrigorosos padrões de qualidade exigidos Aos seus produtos. Estabelecido de maneira aatender principalmente as normas da Comissão de Energia Nuclear - CNEN-NN-1.16 eda Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR/ISO 9001.

Auditoria realizada pela BRTÜV/TÜV CERT, em agosto de 2.000, manteve acertificação pelo atendimento da norma ISSO 9001 da Fábrica de Combustível Nuclear- Componentes e Montagem do Elemento Combustível.

Na INB, a Diretoria Executiva firmou compromisso com a Segurança e a Garantia daQualidade, através da Declaração da Política e Objetivos da Qualidade, base doManual da Qualidade da Fábrica de Combustível Nuclear.

3.6.1 POLÍTICA E OBJETIVOS DA QUALIDADE"A Alta Direção da INB assume o compromisso de buscar continuamente a satisfaçãodos clientes, colaboradores e fornecedores, o respeito ao meio ambiente e interaçãocom a comunidade, a melhoria do desempenho operacional, financeiro e de segurançados seus processos, bem como estabelecer e atender aos requisitos do Sistema deGestão da Qualidade, melhorando continuamente sua eficácia."

Para assegurar o atendimento à Política de Segurança e da Qualidade, foramestabelecidos os seguintes objetivos, com relação as partes interessadas:

O COMPROMISSO DE TODOS É:

COM OS CLIENTES / FORNECEDORES / AUTORIDADES:• satisfazer os clientes, atendendo suas necessidades e expectativas;• criar um vínculo de parceria e confiança com clientes, fornecedores e autoridades;• fornecer aos clientes produtos e serviços confiáveis e de alta tecnologia, onde segurança,

qualidade e custo estejam presentes.

COMO COLABORADORES:• manter a motivação e promover a constante melhoria profissional;• trabalhar pela integração da empresa e pela satisfação individual;• promover atitude questionadora e responsável com relação aos processos produtivos,

buscando melhoria da produtividade e da segurança.

COM A SOCIEDADE:• comercializar produtos seguros quanto ao uso, com nível mínimo de impacto

ao meio ambiente;• aplicar processos e operar as instalações garantindo segurança aos colaboradores e

respeito ao meio ambiente;• buscar a interação com a comunidade através de um programa de visita.

COM OS ACIONISTAS:• suprir com informações transparentes, para facilitar a avaliação do

desempenho operacional e financeiro.

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3.7 A INB E OS PROCESSOS DE LICENCIAMENTOA construção e operação das instalações nucleares brasileiras, assim como otransporte de material nuclear estão sujeitas a um processo de licenciamento amplo edetalhado, junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e ao InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Estas duas instituições avaliam os eventuais impactos que aquelas atividades exercemsobre o trabalhador, o público em geral e o meio ambiente, permitindo às mesmasemitirem ou não as licenças e autorizações necessárias ao seu funcionamento, assimcomo estabelecer as condicionantes e as exigências a serem cumpridas pela empresa.

As licenças são concedidas com prazos de validade estabelecidos, e cabe a área delicenciamento verificar o cumprimento das suas exigências, de forma a garantir arenovação das mesmas.

3.8 ATIVIDADES DE RADIOPROTEÇÃO E MONITORAÇÃOGarantia de que, tanto as atividades de mineração, como as de caráter puramenteindustrial estão sendo desenvolvidas sem qualquer risco para o trabalhador, acomunidade e o meio ambiente. Os controles exercidos pela INB, através da utilizaçãode filmes dosimétricos, têm demonstrado que a empresa opera com níveis anuais20 vezes inferiores ao índices estabelecidos pela Comissão Nacional de EnergiaNuclear (CNEN).

Também excelentes são os resultados obtidos pelos programas de monitoraçãoambiental, que medem eventuais influências das atividades da INB na qualidade dosolo, do ar, das águas dos rios, lagos e chuvas, além de avaliar sistemática ocomportamento da flora e da fauna da região.

3.8.1 INB RESENDEControle, através de análises laboratoriais, que permite evitar e avaliar possíveisimpactos ambientais que as atividades da fábrica de elementos combustíveis possamprovocar no meio ambiente da região. Também é uma forma de garantir que aliberação dos efluentes líquidos e gasosos dessas unidades estejam sob controle,obedecendo aos padrões de lançamento da CNEN, FEEMA e CONAMA.

Como é feita ?Através de análises semanais, mensais, semestrais e anuais, controla-se a qualidadedo meio ambiente da região, num raio de 20 km, a partir da área de propriedade daINB, extensão que vai do município de Areias (SP), até o município de Resende (RJ),num total de 35 pontos de amostragem, sendo 15 dentro da área da fábrica e 20 naregião circunvizinha.

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Durante a fase pré operacional (2 anos), realizou-se um levantamento dos parâmetrosquímicos e físico-químicos das amostras ambientais. Na fase operacional as análisesconvencionais e radiométricas continuam sendo feitas de forma sistemática, definindoos níveis de radioatividade natural e avaliando a contribuição das atividades nestaradiação de fundo.As amostras são coletadas dentro da freqüência estabelecida para cada tipo de análisee são, posteriormente, analisadas no Laboratório de Monitoração Ambiental.

Quem controla ?O controle é feito por um grupo de especialistas da Coordenação de Licenciamento,Salvaguardas, Proteção Radiológica e Meio Ambiente.

Quais são os parâmetros analisados ?Todos os parâmetros analisados, com as matrizes correspondentes, as freqüências eas respectivas localizações, integram o Programa de Monitoração Ambiental dasinstalações, cujos limites de lançamento são estabelecidos em normas vigentes.Nas águas de chuva, potável, subterrânea e de superfície, diferentes parâmetros sãoanalisados.Análises Convencionais: Acidez, Alcalinidade, Amônia, Bicarbonato, Cálcio, Carbonato,Cloreto, Condutividade, Cor, DBO, DQO, Dureza, Ferro, Fluoreto, Fósforo, Magnésio,Níquel, Nitrato, Oxigênio_dissolvido, pH, Sólidos_dissolvidos, Sólidos_totais, Sulfato,Temperatura e Zinco.Análises Radiométricas : Urânio total (Fluorimetria)-Espectrometria alfa (U234, U235 eU238).No ar são analisados: fluoreto, urânio total e seus isótopos.No leite, sedimentos e lamas; no solo e vegetal, são analisados fluoreto, urânio total eseus isótopos.Também estão instalados em vários pontos da região, TLDs (dosímetros termo-luminescentes) que integram as doses de radiação gama do ambiente (radiaçãonatural) oriunda do solo, ar e radiação cósmica, bem como a contribuição na radiação defundo da FCN.Além dos controle acima a FCN está equipada com uma moderna torre de 60 metrosde altura com vários sensores meteorológicos. No nível de 10 metros mede-se adireção e velocidade do vento, umidade relativa e temperatura, à 60 metros mede-se adireção e velocidade do vento e temperatura. No nível do solo, pressão atmosférica,radiação solar e índice pluviométrico são medidos. As classes de estabilidadeatmosférica (Pasquill) são calculadas em função de gradiente de temperatura eradiação solar. Os dados meteorológicos alimentam modelos de cálculo para controledos efluentes gasosos.

ResultadosO histórico de 20 anos de monitoração ambiental na região da INB Resende mostraque as atividades da Fábrica de Combustível Nuclear não provocaram alterações nomeio ambiente.

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3.9 CICLO DO COMBUSTÍVEL NUCLEAR

Usina deenriquecimento

(UF6nat → UF6 enriq.)RESENDE

(em construção)

ANGRA 1/2/3Usnas PWR

Fábrica de elementoscombustíveisRESENDE

Usina de ConversãoU3O8 → UF6 nat

(a ser construída)

POÇOS DE CALDAS (em descomissionamento)LAGOA REAL (em operação)ITATAIA (a ser construída)

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INDÚSTRIAS NUCLEARES DOBRASIL S.A. (INB)

Mineração de Urânio e Produção de concentrado -U3O8

CICLO DOCOMBUSTÍVEL

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4. LEI SOBRE DEPÓSITO DE REJEITOS

SENADO FEDERALSECRETARIA-GERAL DA MESA

Dispõe sobre a seleção de locais, a construção, olicenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, aindenização, a responsabilidade civil e as garantias referentesaos depósitos de rejeitos radioativos, e dá outrasprovidências.

O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei estabelece normas para o destino final dos rejeitos radioativos produzidosem território nacional, incluídos a seleção de locais, a construção, o licenciamento, a operação, afiscalização, os custos, a indenização, a responsabilidade civil e as garantias referentes aosdepósitos radioativos.

Parágrafo único. Para efeito desta Lei, adotar-se-á a nomenclatura técnica estabelecida nasnormas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

Art. 2º A União, com base nos arts. 21, inciso XXIII, e 22, inciso XXVI, da ConstituiçãoFederal, por meio da CNEN, no exercício das competências que lhe são atribuídas pela Lei n°6.189, de 16 de dezembro de 1974, modificada pela Lei n° 7.781, de 27 de junho de 1989, éresponsável pelo destino final dos rejeitos radioativos produzidos em território nacional.

Art. 3º São permitidas a instalação e a operação dos seguintes tipos de depósitos derejeitos radioativos:

I - depósitos iniciais;

II - depósitos intermediários;

III - depósitos finais.

Art. 4º Os depósitos iniciais, intermediários e finais serão construídos, licenciados,administrados e operados segundo critérios, procedimentos e normas estabelecidos pela CNEN,vedado o recebimento nos depósitos finais de rejeitos radioativos na forma líquida ou gasosa.

§ 1° Os depósitos iniciais utilizados para o armazenamento de rejeitos nas instalações deextração ou de beneficiamento de minério poderão ser convertidos em depósitos finais, medianteexpressa autorização da CNEN.

§ 2° Nos casos de acidentes radiológicos ou nucleares, excepcionalmente, poderão serconstruídos depósitos provisórios, que serão desativados, com a transferência total dos rejeitospara depósito intermediário ou depósito final, segundo critérios, procedimentos e normasespecialmente estabelecidos pela CNEN.

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CAPÍTULO II

Da Seleção de Locais para Depósitosde Rejeitos Radioativos

Art. 5º A seleção de locais para depósitos iniciais obedecerá aos critérios estabelecidos

pela CNEN para a localização das atividades produtoras de rejeitos radioativos.

Art. 6º A seleção de locais para instalação de depósitos intermediários e finais obedeceráaos critérios, procedimentos e normas estabelecidos pela CNEN.

Parágrafo único. Os terrenos selecionados para depósitos finais serão declarados deutilidade pública e desapropriados pela União, quando já não forem de sua propriedade.

Art. 7º É proibido o depósito de rejeitos de quaisquer naturezas nas ilhas oceânicas, naplataforma continental e nas águas territoriais brasileiras.

CAPÍTULO III

Da Construção de Depósitos de Rejeitos Radioativos

Art. 8º O projeto, a construção e a instalação de depósitos iniciais de rejeitos radioativossão de responsabilidade do titular da autorização outorgada pela CNEN para operação dainstalação onde são gerados os rejeitos.

Art. 9º Cabe à CNEN projetar, construir e instalar depósitos intermediários e finais derejeitos radioativos.

Parágrafo único. Poderá haver delegação dos serviços previstos no caput a terceiros,mantida a responsabilidade integral da CNEN.

CAPÍTULO IV

Do Licenciamento e da Fiscalização dos Depósitos

Art. 10. A responsabilidade pelo licenciamento de depósitos iniciais, intermediários e finaisé da CNEN no que respeita especialmente aos aspectos referentes ao transporte, manuseio earmazenamento de rejeitos radioativos e à segurança e proteção radiológica das instalações, semprejuízo da licença ambiental e das demais licenças legalmente exigíveis.

Art. 11. A fiscalização dos depósitos iniciais, intermediários e finais será exercida pelaCNEN, no campo de sua competência específica, sem prejuízo do exercício por outros órgãos deatividade de fiscalização prevista em lei.

CAPÍTULO V

Da Administração e Operação dos Depósitos

Art. 12. Constituem obrigações do titular da autorização para operar a atividade geradorados rejeitos a administração e a operação de depósitos iniciais.

Art. 13. Cabe à CNEN a administração e a operação de depósitos intermediários e finais.

Parágrafo único. Poderá haver delegação dos serviços previstos no caput a terceiros,mantida a responsabilidade integral da CNEN.

CAPÍTULO VI

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Da Remoção dos Rejeitos

Art. 14. A remoção de rejeitos de depósitos iniciais para depósitos intermediários ou dedepósitos iniciais para depósitos finais é da responsabilidade do titular da autorização paraoperação da instalação geradora dos rejeitos, que arcará com todas as despesas diretas eindiretas decorrentes.

Parágrafo único. A remoção de rejeitos prevista no caput será sempre precedida deautorização específica da CNEN.

Art. 15. A remoção de rejeitos dos depósitos intermediários para os depósitos finais é deresponsabilidade da CNEN, que arcará com todas as despesas diretas e indiretas decorrentes.

Parágrafo único. Poderá haver delegação do serviço previsto no caput a terceiros, mantidaa responsabilidade integral da CNEN.

CAPÍTULO VII

Dos Custos dos Depósitos de Rejeitos Radioativos

Art. 16. O titular da autorização para a operação da instalação geradora de rejeitos arcaráintegralmente com os custos relativos à seleção de locais, projeto, construção, instalação,licenciamento, administração, operação e segurança física dos depósitos iniciais.

Art. 17. A CNEN arcará com os custos relativos à seleção de locais, projeto, construção,instalação, licenciamento, administração, operação e segurança física dos depósitosintermediários e finais.

Parágrafo único. A CNEN poderá celebrar com terceiros convênios ou ajustes de mútuacooperação relativos à efetivação total ou parcial do que trata o caput, não se isentando, comisso, de sua responsabilidade.

Art. 18. O serviço de depósito intermediário e final de rejeitos radioativos terá seusrespectivos custos indenizados à CNEN pelos depositantes, conforme tabela aprovada pelaComissão Deliberativa da CNEN, a vigorar a partir do primeiro dia útil subseqüente ao dapublicação no Diário Oficial da União.

§ 1º Para a elaboração da tabela referida no caput a Comissão Deliberativa levará em conta,entre outros, os seguintes fatores:

I - volume a ser depositado;

II - ativo isotópico do volume recebido;

III - custo de licenciamento, da construção, da operação, da manutenção e da segurançafísica do depósito.

§ 2º São dispensados do pagamento dos custos de que trata o caput os projetos vinculadosà Defesa Nacional.

CAPÍTULO VIII

Da Responsabilidade Civil

Art. 19. Nos depósitos iniciais, a responsabilidade civil por danos radiológicos pessoais,patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioativos neles depositados, independente deculpa ou dolo, é do titular da autorização para operação daquela instalação.

Art. 20. Nos depósitos intermediários e finais, a responsabilidade civil por danosradiológicos pessoais, patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioativos nelesdepositados, independente de culpa ou dolo, é da CNEN.

Art. 21. No transporte de rejeitos dos depósitos iniciais para os depósitos intermediários oude depósitos iniciais para os depósitos finais, a responsabilidade civil por danos radiológicos

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pessoais, patrimoniais e ambientais causados por rejeitos radioativos é do titular da autorizaçãopara operação da instalação que contém o depósito inicial.

Art. 22. No transporte de rejeitos dos depósitos intermediários para os depósitos finais, aresponsabilidade civil por danos radiológicos pessoais, patrimoniais e ambientais causados porrejeitos radioativos é da CNEN.

Parágrafo único. Poderá haver delegação do serviço previsto no caput a terceiros, mantidaa responsabilidade integral da CNEN.

CAPÍTULO IX

Das Garantias

Art. 23. As autorizações para operação de depósitos iniciais, intermediários ou finaiscondicionam-se à prestação das garantias previstas no art. 13 da Lei n° 6.453, de 17 de outubrode 1977.

Art. 24. Para a operação e o descomissionamento de depósitos iniciais e de intermediáriose finais, caso estes estejam sendo operados por terceiros, o titular da autorização para operaçãoda instalação deverá oferecer garantia para cobrir as indenizações por danos radiológicoscausados por rejeitos radioativos.

Art. 25. Nos depósitos intermediários e finais, caso sejam operados por terceiros,consoante o art. 13 desta Lei, o prestador de serviços deverá oferecer garantia para cobrir asindenizações por danos radiológicos.

CAPÍTULO X

Dos Direitos sobre os Rejeitos Radioativos

Art. 26. Pelo simples ato de entrega de rejeitos radioativos para armazenamento nosdepósitos intermediários ou finais, o titular da autorização para operação da instalação geradoratransfere à CNEN todos os direitos sobre os rejeitos entregues.

CAPÍTULO XI

Dos Depósitos Provisórios

Art. 27. Nos casos de acidentes nucleares ou radiológicos, a CNEN, a seu exclusivo critério,considerada a emergência enfrentada, poderá determinar a construção de depósitos provisóriospara o armazenamento dos rejeitos radioativos resultantes.

Art. 28. A seleção do local, projeto, construção, operação e administração dos depósitosprovisórios, ainda que executadas por terceiros devidamente autorizados, são de exclusivaresponsabilidade da CNEN.

§ 1° A fiscalização dos depósitos provisórios será exercida pela CNEN, no campo de suacompetência específica, sem prejuízo do exercício por outros órgãos de atividade de fiscalizaçãoprevista em lei.

§ 2° Os custos relativos aos depósitos provisórios, inclusive os de remoção de rejeitos edescomissionamento, são de responsabilidade da CNEN.

Art. 29. No caso de acidentes nucleares ou radiológicos que exijam a construção dedepósitos provisórios, o Poder Executivo deverá consignar crédito extraordinário à CNEN parafazer face às despesas decorrentes da construção dos depósitos provisórios.

Art. 30. O Estado em cujo território ocorrer o acidente e conseqüente instalação dodepósito provisório será responsável pelo fornecimento de guarda policial para a garantia dasegurança física e inviolabilidade do referido depósito.

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Art. 31. A responsabilidade civil por danos radiológicos pessoais, patrimoniais e ambientaiscausados por rejeitos nos depósitos provisórios ou durante o transporte do local do acidentepara o depósito provisório e deste para o depósito final é da CNEN.

Parágrafo único. A responsabilidade civil pelos danos radiológicos causados por rejeitosarmazenados em depósito provisório decorrente defalha na segurança física é do Estado.

CAPÍTULO XIIDisposições Gerais

Art. 32. A responsabilidade civil por danos decorrentes das atividades disciplinadas nestaLei será atribuída na forma da Lei n° 6.453, de 1977.

Art. 33. É assegurado à CNEN o direito de regresso em relação a prestadores de serviço nahipótese de culpa ou dolo destes.

Art. 34. Os Municípios que abriguem depósitos de rejeitos radioativos, sejam iniciais,intermediários ou finais, receberão mensalmente compensação financeira.

§ 1º A compensação prevista no caput deste artigo não poderá ser inferior a 10 % (dez porcento) dos custos pagos à CNEN pelos depositantes de rejeitos nucleares.

§ 2º Caberá à CNEN receber e transferir aos Municípios mensalmente os valores previstosneste artigo, devidos pelo titular da autorização para operação da instalação geradora de rejeitos.

§ 3º Nos depósitos iniciais e intermediários, onde não haja pagamentos previstos no § 1ºdeste artigo, o titular da autorização da operação da instalação geradora de rejeitos pagarádiretamente a compensação ao Município, em valores estipulados pela CNEN, levando emconsideração valores compatíveis com a atividade da geradora e os parâmetros estabelecidos no§ 1º do art. 18 desta Lei.

Art. 35. Os órgãos responsáveis pela fiscalização desta Lei enviarão anualmente aoCongresso Nacional relatório sobre a situação dos depósitos de rejeitos radioativos.

Art. 36. É proibida a importação de rejeitos radioativos.

CAPÍTULO XIIIDisposições Transitórias

Art. 37. A CNEN deverá iniciar estudos para a seleção de local, projeto, construção elicenciamento para a entrada em operação, no mais curto espaço de tempo tecnicamente viável,de um depósito final de rejeitos radioativos em território nacional.

Parágrafo único. Para atingir o objetivo fixado no caput, a CNEN deverá receber dotaçãoorçamentária específica.

Art. 38. É o Poder Executivo autorizado a enviar no prazo de 90 (noventa) dias projeto de leipara criação do Fundo de Gestão de Rejeitos Nucleares, visando a manutenção dos depósitos epagamentos de compensação a Municípios no período após o encerramento da operação dasinstalações geradoras de rejeitos.

Art. 39. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em de outubro de 2001

SENADOR RAMEZ TEBET

Presidente do Senado Federal