1350-tese ccd dias nelson aranha 2005

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    Nelson Aranha Dias

    ESTUDO SISTEMTICO DA REDUO DE NITRATO POR

    HIDRAZINA PARA DETERMINAO DE NITRATOS EM

    GUAS E ADITIVOS ALIMENTCIOS, EM FLUXO.

    Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em

    Cincias da Coordenadoria de Controle de Doenas da

    Secretaria de Estado da Sade de So Paulo, para obteno

    do ttulo de Mestre em Cincias.

    rea de concentrao: Pesquisas Laboratoriais em Sade

    Pblica

    Orientador: Prof. Dr. Jaim Lichtig

    SO PAULO

    2005

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    FICHA CATALOGRFICA

    Preparada pelo Centro de Documentao Coordenadoria de Controle de Doenas/SESreproduo autorizada pelo autor

    Dias, Nelson AranhaEstudo sistemtico da reduo de nitrato por hidrazina para determinao de nitratos emguas e aditivos alimentcios, em fluxo / Nelson Aranha Dias So Paulo, 2005.

    Dissertao (mestrado)Programa de Ps-Graduao em Cincias da Coordenadoria deControle de Doenas da Secretaria de Estado da Sade de So Paulo.

    rea de concentrao: Pesquisas Laboratoriais em Sade PblicaOrientador: Jaim Lichtig

    1. Nitratos/anlise 2. Nitritos/anlise 3. Aditivos alimentares 4. gua 5. Cdmio6.Anlise de injeo de fluxoSES/CCD/CD-090/05

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    SUMRIO

    1. INTRODUO...............................................................................................

    1.1. OCORRNCIA NATURAL...........................................................................

    1.2. UTILIZAO DOS NITRITOS E NITRATOS COMO ADITIVOS

    ALIMENTCIOS...................................................................................................

    1.2.1. Sabor..............................................................................................

    1.2.2. Cor ................................................................................................

    1.2.3. Atividade antibacteriana.................................................................

    1.3 ASPECTOS TOXICOLGICOS DOS NITRATOS E NITRITOS.............

    1.3.1. Metemoglobinemia.........................................................................

    1.3.2. Nitrosaminas..................................................................................

    2. OBJETIVOS...................................................................................................

    2.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................

    2.2. OBJETIVO ESPECFICO............................................................................

    3. REVISO DA LITERATURA..........................................................................

    3.1. MTODOS PARA A DETERMINAO DE NITRITOS E NITRATOS........

    3.2. O MTODO ESPECTROFOTOMTRICO..................................................

    3.2.1 Reao de diazotao...................................................................

    3.2.2. Reao de copulao....................................................................

    3.3. AS ETAPAS ................................................................................................

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    3.3.1. As reaes colorimtricas..............................................................

    3.3.1.1. Reao de diazotao com sulfanilamida........................

    3.3.1.2. Reao de copulao com NED......................................

    3.3.1.3. A nitrosao do cido sulfanlico......................................

    3.3.1.4. A nitrosao do 1-naftilamina..........................................

    3.3.2. As reaes de reduo de ons nitrato..........................................

    3.3.3. As interferncias............................................................................

    3.3.3.1. Nas reaes colorimtricas..............................................

    3.3.3.2 Nas reaes de reduo...................................................

    4. MATERIAIS E MTODOS..............................................................................

    4.1. MTODO COM O USO DA COLUNA DE CDMIO....................................

    4.1.1. Reagentes e solues....................................................................

    4.1.2. Aparelhos e materiais acessrios..................................................

    4.1.3. Coluna de Cdmio.........................................................................

    4.1.3.1. Preparo da Coluna de Cdmio........................................

    4.1.4. Determinao da capacidade redutora da coluna de cdmio .......

    4.1.5. Regenerao da coluna de cdmio...............................................

    4.1.6. Curva de calibrao do nitrito........................................................

    4.1.7. Determinao do nitrito em amostras de aditivos..........................

    4.1.8. Determinao do nitrato em amostras de aditivos.........................

    4.2. MTODO COM SULFATO DE HIDRAZINA................................................

    4.2.1. Reagentes e Solues...................................................................

    4.2.2. Aparelhos e materiais acessrios..................................................

    4.2.3. Programa FIA LAB for windows-nitrito...........................................

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    4.2.4. Programa FIA LAB for windows-nitrato..........................................

    4.2.5. Curva de calibrao do N- nitrito (N-NO2-).....................................

    4.2.6. Curva de calibrao do N-nitrato(N-NO3-)......................................

    4.2.7. Avaliao da taxa de converso....................................................

    4.2.8. Determinao do N-nitrito (N-NO2-)...............................................

    4.2.9. Determinao do N- nitrato (N-NO3-).............................................

    4.2.10. Amostras......................................................................................

    4.2.10.1. guas (AG).....................................................................

    4.2.10.2. Aditivos (AD - sais de cura) formulaes declaradas

    pelos fabricantes...........................................................................

    5 - RESULTADOS E DISCUSSO....................................................................

    5.1. OTIMIZAO DO MTODO.......................................................................

    5.2. INFLUNCIA DA TEMPERATURA NA PORCENTAGEM DE

    CONVERSO.....................................................................................................

    5.3. ESTABILIDADE DA SOLUO REDUTORA.............................................

    5.4. DETERMINAO DA CAPACIDADE REDUTORA DA COLUNA DE

    CDMIO.............................................................................................................

    5.5. DETERMINAO DA TAXA DE CONVERSO DE NITRATO A NITRITO

    COM SULFATO DE HIDRAZINA/ SULFATO DE COBRE.................................

    5.6. CURVAS DE CALIBRAO........................................................................

    5.6.1 Curva de calibrao do nitrito de sdio Mtodo com a coluna

    de cdmio ................................................................................................

    5.6.2. Curvas de calibrao mtodo com sulfato de hidrazina/sulfato

    de cobre (SIA)..........................................................................................

    5.6.2.1. Curva de calibrao do N-NO2-em condies no

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    redutoras.......................................................................................

    5.6.2.2. Curva de calibrao do N-NO2-em condies redutoras

    5.6.2.3 Curva de calibrao do N-NO3-em condies redutoras

    5.7. LINEARIDADE, LIMITE DE DETECO E LIMITE DE QUANTIFICAO

    5.7.1. Linearidade....................................................................................

    5.7.2.Limite de Deteco (LD) e Limite de Quantificao (LQ)...............

    5.8 DETERMINAO DE NITRATO E NITRITO EM GUAS..........................

    5.9. DETERMINAO DE NITRATO E NITRITO EM ADITIVOS......................

    5.10.ESTUDO DE RECUPERAO..................................................................

    6. CONCLUSES...............................................................................................

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..............................................................

    8. ANEXOS.........................................................................................................

    ANEXO 1: SIAGRAMA DA CURVA DE CALIBRAO DO N-NO2- NO

    PROGRAMA FIALAB FOR WINDOWS

    NITRITO...........................................

    ANEXO 2:PARTE 1- SIAGRAMA DA CURVA DE CALIBRAO DO N-NO2-

    NO PROGRAMA FIALAB FOR WINDOWS

    NITRATO....................................

    ANEXO 2:PARTE 2- SIAGRAMA DA CURVA DE CALIBRAO DO N-NO3-

    NO PROGRAMA FIALAB FOR WINDOWS NITRATO..

    ................................

    ANEXO 3: FOTOS ILUSTRATIVAS DA APARELHAGEM DE ANLISE

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    POR INJEO SEQENCIAL (SIA).

    .........................................................................

    Foto ilustrativa do aparelho de anlise por injeo seqencial

    (SIA), destacando o aparelho, o espectrofotmetro, o registrador

    e acima o computador .

    ............................................................................................

    Foto ilustrativa do aparelho de anlise por injeo seqencial

    (SIA), destacando o pisto, a seringa e a vlvula rotatr ia seletora.

    ................

    Foto ilustrativa do computador destacando na tela do monitor o

    programa FIALAB for

    windows................................................................

    Foto ilustrativa da coluna de cdmio........................................................

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    Lista de Tabelas

    Tabela 1: Limites mximos permitidos de nitritos e nitratos em alimentos,

    segundo a legislao brasileira. ........................................................................

    Tabela 2:Variao da absortividade acom o pH no intervalo 1,0 -

    4,4.......................................................................................................................

    Tabela 3: Variao da porcentagem de converso de nitrato a nitrito com o

    tempo de reao, por SIA ..................................................................................Tabela 4: Aumento na porcentagem de converso de nitrato a nitrito em

    relao ao tempo inicial de 40s (em.%)..............................................................

    Tabela 5: Comparao da altura de pico para avaliao do desempenho do

    mtodo por SIA a dois tempos de reao;40 e 60 s...........................................

    Tabela 6: Variao da porcentagem de converso de nitrato a nitrito com o

    tempo de reao por SIA....................................................................................

    Tabela 7: Aumento na porcentagem de converso de nitrato a nitrito em

    relao ao tempo inicial de 40s (em %).............................................................

    Tabela 8: Acrscimo da porcentagem de converso de nitrato a nitrito com o

    tempo de reao por SIA....................................................................................

    Tabela 9: Variao da porcentagem de converso de nitrato a nitrito com o

    tempo de reao entre 39,5oe 40,5oC por SIA.................................................

    Tabela 10: Avaliao da estabilidade da soluo redutora de sulfato de

    hidrazina/ sulfato de cobre com o tempo por SIA...............................................

    Tabela 11:Avaliao da capacidade redutora das colunas de

    cdmio..................................................................................................................

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    Tabela 12:Avaliao da taxa de converso de nitrato a nitrito com sulfato de

    hidrazina/ sulfato de cobre por SIA.....................................................................

    Tabela 13:Anlise de Varincia para modelo de regresso da

    concentrao de nit rito total e absorbncia

    lida.........................................................................

    Tabela 14:Concentraes, respectivas absorbncias e desvios padres

    uti lizados na curva de calibrao da Figura

    4.....................................................

    Tabela 15:Anlise de Varincia para modelo de regresso da

    concentrao de ni trognio/nitrito (mg.L-1)e absorbncia

    lida..................................................

    Tabela 16: Concentraes, respectivas absorbncias e desvios padres

    uti lizados na curva de calibrao da Figura

    5.....................................................

    Tabela 17:Anlise de Varincia para modelo de regresso da

    concentrao de nitrognio /nitrito (mg.L-1) e absorbncia

    lida.................................................

    Tabela 18: Concentraes, respectivas absorbncias e desvios padres

    utilizados na curva de calibrao da Figura 6.....................................................

    Tabela 19:Anlise de Varincia para modelo de regresso da concentrao

    de nitrognio /nitrato (mg.L-1) e absorbncia lida................................................

    Tabela 20: Concentraes, respectivas absorbncias e desvios padres

    utilizados na curva de calibrao da Figura 7.....................................................

    Tabela 21:Concentraes, respectivas absorbncias e desvios padres

    utilizados na curva de calibrao da Figura 8.....................................................

    Tabela 22: Limites de deteco e quantificao calculados para o mtodo

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    com sulfato de hidrazina/ sulfato de cobre (SIA)................................................

    Tabela 23:Limites de deteco e quantificao calculados para o mtodo

    com a coluna de cdmio......................................................................................

    Tabela 24: Teores de N-NO2- total nas amostras de guas (AG) obtidos pelos

    2 mtodos : coluna de cdmio e hidrazina(SIA)..................................................

    Tabela 25: Teores de N-NO2- total nas amostras de aditivos (AD) obtidos

    pelos 2 mtodos : coluna de cdmio e sulfato de hidrazina (SIA).......................

    Tabela 26: Teores de N-NO2-nas amostras de aditivos (AD) obtidos pelos 2

    mtodos: coluna de cdmio e sulfato de hidrazina (SIA)....................................

    Tabela 27: Teores de N-NO3-nas amostras de aditivos (AD) obtidos pelos 2

    mtodos: coluna de cdmio e sulfato de hidrazina (SIA)....................................

    Tabela 28: Resultados dos estudos de recuperao..........................................

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    Lista de Figuras

    Figura 1: Diagrama esquemtico do Sistema de Injeo Sequencial (SIA)........

    Figura 2: Representao grfica do aumento na porcentagem de converso

    de nitrato a nitrito segundo a Tabela 4.................................................................

    Figura 3: Representao grfica do aumento na porcentagem de converso

    de nitrato a nitrito segundo a Tabela 7. ...............................................................

    Figura 4: Curva de calibrao da concentrao de nitrito em mg.L-1e

    absorbncia com seus respectivos intervalos de confiana (IC) e predio (IP)

    Figura 5: Curva de calibrao da concentrao de nitrognio/nitrito em mg.L-1

    e absorbncia com seus respectivos intervalos de confiana (IC) e predio

    (IP)........................................................................................................................

    Figura 6: Curva de calibrao da concentrao de nitrognio/nitrito em mg.L-1

    e absorbncia com seus respectivos intervalos de confiana (IC) e predio

    (IP).......................................................................................................................

    Figura 7: Curva de calibrao da concentrao de nitrognio/nitrato em mg.L-1

    e absorbncia com seus respectivos intervalos de confiana (IC) e predio

    (IP)........................................................................................................................

    Figura 8: Curva de calibrao da concentrao de nitrognio/nitrato em mg.L-1

    e absorbncia com seus respectivos intervalos de confiana (IC) e predio

    (IP)........................................................................................................................

    Figura 9: Representao grfica da correlao entre os resultados de N/nitrito

    total obtidos dos mtodos com a coluna de cdmio e com sulfato de hidrazina

    para amostras de guas......................................................................................

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    Figura 10: Representao grfica da correlao entre os resultados de

    N/nitrito total obtidos dos mtodos com a coluna de cdmio e com sulfato de

    hidrazina para amostras de

    aditivos.....................................................................

    Figura 11: Representao grfica da correlao entre os resultados de

    N/nitrito obtidos dos mtodos com a coluna de cdmio e com sulfato de

    hidrazina para amostras de

    aditivos.....................................................................

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    AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

    Agradeo a Deus pela vida

    a meus pais por terem-na continuado

    e aos que me cercam por terem-na enriquecido.

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    Agradecimentos

    s bancas de qualificao e defesa, pelas excelentes sugestesapresentadas

    que, na medida do possvel, foram aqui incorporadas.

    Ao meu orientador, Prof. Dr. Jaim Lichtig pelo tema, por ter acreditado nele

    nos momentos mais difceis, que no foram poucos e por seu imenso

    conhecimento transmitido.

    Ao diretor da Diviso de Bromatologia e Qumica do IAL, Prof. Dr. OdairZenebon

    e ao diretor do Servio de Qumica Aplicada, mestre Paulo Tiglea, peloinsistente

    incentivo, sem o qual esta dissertao provavelmente no existiria.

    Ao Prof. Dr. Jorge C. Masini da USP, pela cesso de seu laboratrio,

    equipamentos e todo seu conhecimento sobre FIA/SIA, partes integrantesdeste

    trabalho.

    chefe da Seo de guas do IAL, Maria Anita Scorsafava, pelofornecimento

    das amostras de gua empregadas nesta dissertao, evitando assim otrabalho

    da coleta.

    chefe e s colegas da Seo de leos do IAL, pelo emprstimo de umacoluna

    de cdmio, o que permitiu fazer as replicatas simultaneamente.

    chefe da Seo de Laticnios do IAL, mestra Marilda Duarte, pelofornecimento

    de farto material sobre validao de metodologias.

    colega Dra. Cristiane Bonaldi Cano, pelo espontneo e muito til auxlio

    no

    tratamento estatstico dos dados.

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    s mestras Maria de Ftima Henriques Carvalho e Viviane Emi Nakano

    Fukasawa, muito mais que colegas do IAL, pelo auxlio no trabalho dedigitao,

    formatao de tabelas e grficos que deixaram a apresentao, no mnimo,

    muito

    bonita.

    colega Iracema de Albuquerque Kimura, tambm mestra, pelo auxlio no

    espectrofotmetro e no computador, toda vez que a urgncia exigiu.

    s bolsistas Alexandra Hissae Rocha Shoshima e Priscila Martin Biegun por

    terem dedicado com eficincia vrios sbados, domingos e feriados sanlises

    das amostras pelo mtodo da coluna de cdmio, o que apressou muito a

    concluso da parte prtica.

    colega Clia Maria Pompeu Mome, chefe da Seo de Desenho, peloexcelente

    e paciente trabalho de computao grfica nos siagramas das curvas de

    calibrao.

    Finalmente, sem citar nomes, a todos os colegas do IAL que incentivaram,

    torceram e acreditaram na existncia desta dissertao, s vezes contraminhas

    prprias expectativas.

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    Resumo

    Os nitratos e nitritos so substncias que entram no corpo

    humano atravs de alimentos de origem animal, vegetal ou da gua.Tambm so introduzidos como aditivos alimentcios (conservadores)

    que, apesar de evitarem o desenvolvimento do Clostridium botulinum

    em produtos crneos, apresentam os riscos de ocorrncia de

    metemoglobinemia e formao de nitrosaminas cancergenas. Isto tudo

    just if ica o seu contro le analt ico pelas autoridades sanitrias.

    O mtodo oficial (AOAC) recomenda o uso da reao de

    diazotao/copulao de Griess com deteco colorimtrica para o

    nitrito, sendo o nitrato reduzido a nitrito em coluna de cdmio e

    detectado como on nitrito. Este mtodo gera ons Cd+2 altamente

    txicos com implicaes sade ocupacional e ambiental.

    O mtodo proposto visa substituir o redutor Cd pelo sulfato de

    hidrazina/sulfato de cobre. A tcnica empregada com o redutor

    invest igado fo i a anlise por injeo seqencial (SIA).

    Foram analisadas amostras de guas e aditivos alimentcios para

    a comparao da eficincia dos dois mtodos de reduo.

    Os resultados analticos mostraram boa correlao entre os dois

    mtodos tanto para as amostras de guas como para os aditivos.

    Os estudos de eficincia da reduo revelaram equivalncia

    entre os redutores Cd e sulfato de hidrazina.

    Alm desses resultados, foram realizados estudos de

    recuperao do mtodo proposto em guas e aditivos, com valores

    prximos de 100 %.

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    O mtodo apresentou linearidade at 3,5 mg.L -1 de N-NO3- e

    limites de deteco (L.D.) 0,06 e 0,08 mg.L -1 para o N-NO2- e N-NO3

    -

    respectivamente. Os limites de quantificao (L.Q.) foram 0,08 e 0,25

    mg.L-1para o N-NO2-e N-NO3

    -respectivamente.

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    Abstract

    Nitrate and nitrite ons are present in the human bodies through

    foods and water, and as additives, added to some foods with the

    purpose to avoid the development of Clostridium botulinum in meats

    products, but they bring the risk of nitrosamines formation and of

    methemoglobinemie. Considering these factors, there is the need of an

    analytical control of nitri te and nit rate ions added to the foods.

    The official method recommends the use of the diazotization

    (Griess method), using cadmium as reductor of ni trate, resulting nitri te,

    which is determined.

    Our method has the purpose to use hydrazine sulfate as reductor

    instead of cadmium which results Cd+2 extremely toxic to human

    beings and to the environment.

    The use of hydrazine sulfate was made by SIA (sequential

    injection analysis) in waters and food additives. The analyses were

    compared with those using cadmium reductor and the results showed

    good correlation between the two methods.

    The reduction step with cadmium column and hydrazine sulfate

    showed good efficiency. The recovery tests showed results near 100 %

    for both methods.

    The method using SIA showed linearity to 3.5 mg.L -1N-NO3-and

    detection limits 0.06 and 0.08 mg.L -1for N-NO2-and N-NO3

    -, respectively.

    The quantification limits found were 0.08 and 0.25 mg.L -1for N-NO2-and

    N-NO3-, respectively.

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    1 - INTRODUO

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    1. INTRODUO

    A determinao de nitritos e nitratos realizada quase sempre conjuntamente

    devido a suas propriedades qumicas estarem muito ligadas, ou seja, um raramente

    encontrado sem o outro. De fato, a sua interconverso, particularmente a reduo

    qumica do nitrato ao mais reativo nitrito freqentemente o nico modo no qual o

    relativamente inerte on nitrato pode ser detectado. A deteco e especiao

    simultnea desses ons tm ganho crescente interesse em processos ambientais.

    1.1 OCORRNCIA NATURAL

    Os nitratos e nitr itos presentes em nossa dieta podem se originar

    de vrias fontes, entrando na cadeia alimentar atravs de alimentos de

    origem vegetal, animal ou da gua.

    Com relao aos produtos de origem vegetal, a concentrao de nitratos em

    vegetais como repolho, couve-flor, espinafre, cenoura, alface, etc., alta, atingindo

    at 5800 mg.Kg-1, enquanto que o teor de nitritos normalmente encontrado bem

    menor, alcanando at 100 mg.Kg-1 (1).

    Entre os produtos de origem animal, o leite outra fonte de nitrato, embora

    com valores baixos, normalmente no ultrapassando 5 mg.L-1. A concentrao de

    nitrato em soros bem maior que a do leite atingindo 2800 mg.L -1, podendo ocorrer

    tambm a presena de nitritos chegando a 140 mg.L-1; nos queijos os nitratos e

    nitritos aparecem como aditivos (2).

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    A adio de nitritos e nitratos em queijos evita o chamado estufamento tardio,

    defeito este que aparece depois de duas ou trs semanas de fabricao. causado, nagrande maioria, por Clostridium tyrobutyricum cuja presena causa a fermentao do

    lactato na massa do queijo produzindo cido butrico, gs carbnico e hidrognio,

    alterando, tambm, o odor e o sabor.

    A gua tambm outra fonte destes dois nions, sendo a gua de poos a que

    contm os maiores teores de nitratos atingindo concentraes maiores que 200 mg.L-

    1 (3). O nvel de nitrato em gua poder ser um indicativo de poluio, pois sua

    presena est condicionada ao estgio final da oxidao de compostos orgnicos

    nitrogenados, sugerindo que ela esteve em contacto com material protico em

    decomposio.

    Quanto gua tratada, apenas nitrato pode ser encontrado, uma vez que o

    nitrito destrudo pela adio do cloro.

    1.2 UTILIZAO DOS NITRITOS E NITRATOS COMO ADITIVOS

    ALIMENTCIOS

    So tambm utilizados como aditivos alimentcios (categoria conservadores)

    na forma de seus sais de sdio ou potssio em produtos crneos curados e em

    queijos.

    O emprego usual como aditivo alimentcio se d como sais de cura simples

    que so formados por cloreto de sdio, nitrito e nitrato de sdio, ou misturas destes

    sais, estabilizantes (fosfatos, polifosfatos) e antioxidantes (cido ascrbico, seus

    ismeros ou seus sais).

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    De acordo com a legislao brasileira, os limites mximos permitidos em

    alimentos encontram-se na Tabela 1:

    Tabela 1: Limites mximos permitidos de nitritos e nitratos em alimentos, segundo alegislao brasileira.

    Alimentos em que podem ser tolerados Limite mximo (mg.Kg-1)/(mg.L-1)

    Produtos crneos curados (4) 150 NO2-em NO 2

    -

    300 NO3- em NO 2

    -

    Queijos (5) 50 em NO 3-

    guas (6) 10 NO3-em N

    1 NO2-em N

    A adio de nitratos e nitritos em alimentos est relacionada com a obteno

    de sabor, cor, e tambm com a atividade antibacteriana.

    1.2.1 Sabor

    A base qumica do sabor de carnes curadas ainda desconhecida. Acredita-se

    que a inibio de oxidao dos lipdeos, que ocorre na presena de nitritos, seja

    importante no sabor caracterstico de carnes curadas.

    1.2.2 Cor

    Com a adio de nitrito a carnes, a mioglobina (vermelho prpura) que d a

    colorao caracterstica de carnes frescas, transformada em nitrosomioglobina

    (vermelha), responsvel pela cor caracterstica das carnes curadas.

    A nitrosomioglobina insolvel em gua. O aquecimento converte a

    nitrosomioglobina em nitroso-hemocromo (rosa), responsvel pela colorao rsea

    caracterstica de carnes cozidas (7).

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    1.2.3 Atividade antibacteriana

    Os nitritos so de grande importncia na conservao de alimentos porque eles

    podem ajudar a evitar o crescimento da bactria que causa o botulismo (Clostridium

    botulinum) freqentemente fatal. O nitrato, por si s no tem nenhuma ao inibitria

    contra estas bactrias, tendo um papel incerto. Acredita-se que possa ser um

    reservatrio de nitrito proveniente da reduo do nitrato pelos microorganismos

    presentes em alimentos.

    O mecanismo preciso da inibio de bactrias por nitritos desconhecido: sabe-

    se que no evita a germinao dos esporos, mas evita o crescimento dos esporos

    germinados (7).

    1.3 ASPECTOS TOXICOLGICOS DOS NITRATOS E NITRITOS

    Os maiores riscos provenientes da ingesto dos nitratos e nitritos so de

    ocorrncia da metemoglobinemia e a formao de nitrosaminas.

    1.3.1 Metemoglobinemia

    O nitrito, ingerido ou formado no intestino por bactrias, pode

    passar para a corrente sangunea, convertendo a hemoglobina das

    clulas sanguneas metemoglobina (por oxidao do on ferroso

    frrico), que incapaz de transportar oxignio. A proporo normal de

    metemoglob ina e hemoglobina no sangue humano de 1:99%

    respectivamente. Com a absoro dos nitri tos, ocorre um aumento no

    teor de metemoglobina. Atingindo 10% pode aparecer cianose

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    assintomtica, entre 20% e 30% h o aparecimento de cianose, com

    sinais de hipoxia, astenia, dispnia de esforo, cefalia, taquicardia e

    inconscincia. Concentraes superiores a 50% podem ser fatais.

    As crianas so bem mais susceptveis a metemoglobinemia do que os

    adultos, devido a menor acidez gstrica que favorece a proliferao de

    microrganismos redutores de nitratos a nitritos (7).

    1.3.2 Nitrosaminas

    O cido nitroso formado em meio cido pode reagir com aminas secundrias

    que ocorrem naturalmente em alimentos. As reaes so as seguintes:

    H+ H +

    NO2-

    HNO 2 R2NH + HNO2 R 2N N = O + H 2O

    Nitrito cido nitroso amina secundria nitrosamina

    Muitas das nitrosaminas so carcinognicas. Algumas podem induzir a

    formao de tumor, mesmo aps uma nica dose. Outras so teratognicas, isto ,

    podem cruzar a barreira da placenta, produzindo tumores em fetos. Traos de

    nitrosaminas foram detectados em carnes curadas, peixes curados e bacon frio.

    Pesquisas em vrios laboratrios estabeleceram que a adio de antioxidantes como

    tocoferol, cido ascrbico e seus sais ismeros, podem inibir a formao de

    nitrosaminas(4).

    A Organizao Mundial de Sade (FAO/WHO)(8) fixou uma ingesto diria

    aceitvel (IDA) de 0-5 mg.Kg-1 de peso corpreo para o NaNO 3 e de 0-0,2 mg.Kg-1

    peso corpreo para o NaNO2 .

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    Tendo em vista os riscos apontados, da ingesto de nitritos e nitratos, os

    valores relativamente baixos dos limites mximos de uso, permitidos pela legislao

    brasileira e os valores igualmente baixos de suas IDAs, pode-se perceber a

    importncia da fiscalizao pelos rgos pblicos competentes.

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    2 - OBJETIVOS

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    2. OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    O presente trabalho tem por objetivo o estudo da reduo de ons nitrato por

    hidrazina em substituio ao uso da coluna de cdmio.

    2.2 OBJETIVO ESPECFICO

    Implementao desta substituio atravs da determinao de nitratos e

    nitritos em aditivos alimentcios e guas, validao e comparao dos resultados

    analticos dos mtodos de reduo com coluna de cdmio e com hidrazina.

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    3 - REVISO DA LITERATURA

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    3. REVISO DA LITERATURA

    3.1 MTODOS PARA A DETERMINAO DE NITRITOS E NITRATOS

    Diversos mtodos foram desenvolvidos para a determinao de nitritos e

    nitratos em alimentos e outras matrizes.

    As tcnicas mais utilizadas foram:

    EspectrofotometriaUV/VIS (9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23)

    Cromatografia gasosa (24,25,26,27)

    Cromatografia lquida de alto desempenho (HPLC)

    (28,29,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41,42,43)

    Cromatografia de ons (44,45,46,47)

    Potenciometria (eletrodo seletivo) (48,49,50,51,52,53)

    Eletroforese capilar (54,55,56)

    Amperometria (57,58,59,60)

    Anlise por injeo em fluxo (FIA) (61,62,63,64,65,66,67,68,69,70,71)

    Anlise por injeo seqencial (SIA) (72,73,74)

    A tcnica mais amplamente utilizada dentre estas, a espectrofotometria na

    regio do visvel, devido aos excelentes limites de determinao obtidos, a facilidade

    de procedimentos e baixo custo, havendo cerca de 52 mtodos utilizando esta tcnica

    (75).

    O mtodo espectrofotomtrico no UV empregado na anlise de sais de cura

    simples, formados por cloretos, nitritos e nitratos, nos quais os primeiros no

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    absorvem nos mesmos comprimentos de onda dos ltimos (23). de fcil e rpida

    execuo, porm limitado s amostras citadas.

    A cromatografia gasosa (CG) tambm utilizada, recorre etapa da derivao,

    atravs da reao do nitrato com benzeno formando o nitrobenzeno (24), ou com 2,4-

    xilenol formando o 6-nitro-2,4-xilenol (27). O nitrito oxidado a nitrato atravs da

    reao com permanganato de potssio ou perxido de hidrognio e submetido

    mesma derivao. O derivado produzido extrado com solvente orgnico

    apropriado e injetado no cromatgrafo.

    Outra variao desta tcnica a reao do nitrito com hidralazina (1-

    hidroxiftalazina) para formar a tetrazolftalazina (25,26), tambm extrada com

    solvente orgnico e injetada. Nesses casos o nitrato reduzido nitrito antes da

    derivao.

    Alm da introduo da etapa da derivao, a cromatografia gasosa tem a

    desvantagem da necessidade de uso de detectores muito especficos, como captura de

    eltrons (ECD) (24,25,27) ou analisador de energia trmica (TEA) (24).

    A cromatografia lquida de alta eficincia (HPLC) comparada ao mtodo

    espectrofotomtrico, apresenta as seguintes vantagens:

    embora a deteco seja no UV, o risco de interferncias de outras

    espcies absorventes menor devido separao dos picos.

    o tempo de anlise menor por HPLC; numa nica corrida determina-se

    simultaneamente nitrito e nitrato, no havendo a necessidade da etapa de

    reduo, o que ocorre na espectrofotometria onde so determinados

    individualmente em anlises separadas.

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    a cromatografia lquida aplicvel para rotina com grande nmero de

    amostras; a espectrofotometria limitada ao nmero de colunas redutoras

    disponveis.

    na espectrofotometria, a coluna de cdmio perde a eficincia aps a

    passagem de vrias amostras, necessita ser regenerada e testada com

    padres, o que consome tempo. Na cromatografia basta lavar a coluna

    com a prpria fase mvel.

    As desvantagens que a cromatografia lquida apresenta so a utilizao de um

    aparelho de alto custo e reagentes de alta pureza, grau HPLC, mais caros.

    Outra variante cromatogrfica, a cromatografia de ons (CI), emprega colunas

    de troca inica (46,47)no processo de separao, e deteco no UV (44,46,47), com

    seletividade e sensibilidade comparveis anlise por injeo em fluxo (FIA). A

    sensibilidade ser alta, especialmente se for acrescentada coluna pr-concentradora.

    A vantagem da cromatografia de ons sobre a gasosa est em no requerer

    qualquer pr-tratamento de derivao da amostra; a desvantagem est no emprego de

    colunas muito caras e tempo de corrida maior que o de outras tcnicas, como por

    exemplo a eletroforese capilar (EC).

    A potenciometria faz uso de eletrodos que, embora chamados seletivos,

    tambm respondem ao on cloreto, um interferente comum. O eletrodo cerca de 100

    vezes mais sensvel ao nitrato do que ao cloreto; ocorre que s vezes esta

    sensibilidade insuficiente para baixos teores de nitrato, sendo necessrio adicionar

    sulfato de prata para precipitar o cloreto. O eletrodo cerca de 100.000 vezes menos

    sensvel ao on sulfato introduzido. O on nitrito tambm interfere e eliminado com

    adio de cido sulfmico (50,52).

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    Pode ser efetuada a determinao simultnea de nitrato e nitrito; o potencial

    da soluo medido antes e depois do nitrito ser oxidado a nitrato com

    permanganato de potssio (53). A tcnica apresenta simplicidade, maior rapidez que

    o mtodo colorimtrico com a coluna de cdmio, requerendo apenas um tratamento

    prvio da amostra. A interferncia do on cloreto ocorre para concentraes maiores

    que 50 g.m L-1, quando aplicado o mtodo em guas minerais (49).

    A eletroforese capilar (EC) uma tcnica de separao baseada na migrao

    diferenciada de compostos inicos ou ionizveis, em um campo eltrico. Utiliza

    coluna capilar de slica fundida, soluo de eletrlitos, modificador de fluxo

    eletrosmtico e deteco no UV. Sua alta resoluo resulta em um tempo de anlise

    menor, sendo mais rpido que a cromatografia de ons (CI).

    Apresenta ainda um custo muito mais baixo, tanto do equipamento quanto da

    coluna e dos reagentes.

    Porm, apresenta falta de sensibilidade e especificidade, no sendo indicado

    na presena de concentraes altas de cloretos, que nesses casos necessita ser

    removido (54,56).

    Na amperometria o mtodo baseado na oxidao do on iodeto pelo on

    nitrito formando o on I3- (58,59,60), sendo a corrente proporcional quantidade do

    on I3-formado, conforme a equao:

    2 HNO2 + 3 I-+ 2 H + 2 NO + I 3

    -+ 2 H 2O

    A deteco pode ser biamperomtrica em fluxo, com dois eletrodos de platina

    polarizados a 100 mV em excesso de iodeto (58), ou amperometricamente em fluxo

    com eletrodos de grafite teflonizado ou fio de platina polarizada com voltagem de

    100 mV (60).

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    O on nitrato pode ser fotoreduzido pela radiao UV com lmpada de

    mercrio (58), e o nitrito total (inicial + fotoreduzido) empregado na reao acima.

    Pode ser tambm reduzido a nitrito em coluna de cdmio cobreado (60)e detectado

    da mesma forma. O mtodo simples, de baixo custo e seletivo.

    O grande interferente neste mtodo o oxignio, que pode reagir com o

    monxido de nitrognio segundo a equao:

    2 NO + O2 2 NO2

    O dixido de nitrognio formado pode desproporcionar em cido nitroso

    (HNO2) e cido ntrico (HNO3) ou reagir, posteriormente, com excesso de iodeto

    formando, outra vez, o monxido de nitrognio, segundo a equao:

    2 NO2 + 6 I-+4 H + 2 I3

    - + 2 NO +2 H2O

    Em vista disso, as condies precisam ser estritamente controladas.

    Um outro modo de deteco emprega eletrodo de carbono vtreo revestido

    com um filme eletrostaticamente preparado de cobalto porfirina tetrarutenada / meso-

    tetra(sulfonatofenil)porfirinato de zinco(II) (57). O revestimento impede o

    envenenamento da superfcie do eletrodo e a estabilidade dura vrias semanas. O

    mesmo detector utilizado para a determinao do nitrato aps a reduo a nitrito

    em coluna redutora de cdmio cobreado. Os maiores interferentes neste eletrodo

    modificado para nitrito so os nions capazes de serem oxidados neste potencial de

    trabalho, entre eles, brometo e iodeto. Uma vez que o nitrato e o oxignio no so

    eletroatrativos nas condies do mtodo, no causam interferncia na anlise do

    nitrito.

    A anlise por injeo em fluxo (FIA) um mtodo baseado na injeo de uma

    amostra lquida em um fluxo contnuo no segmentado de um lquido adequado. A

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    amostra injetada forma uma zona, que , ento, transportada por meio de um detector

    que, continuamente, registra a absorbncia, o potencial de eletrodo ou qualquer outro

    parmetro fsico, que muda, continuamente, como resultado da passagem da

    amostra pela clula de fluxo. Utiliza, na maioria dos casos, a reao de reduo do

    nitrato a nitrito com coluna de cdmio cobreado. O nitrito total (inicial + reduzido)

    determinado, colorimetricamente, pela reao de desenvolvimento de cor ou de

    decrscimo de cor.

    Como exemplos do primeiro caso, temos a clssica reao de diazotao e

    copulao de Griess (65,66), reao do nitrito com o floroglucinol(67), a nitroanilina

    (70), o sulfato de proflavina (71).

    Como exemplos do segundo caso, temos o efeito cataltico do nitrito na

    oxidao do violeta cristal pelo bromato de potssio, cujo decrscimo da absorbncia

    monitorado espectrofotometricamente (68) ou pelo mesmo efeito do nitrito na

    oxidao da galocianina pelo mesmo bromato (61), do verde de naftol B com o

    bromato (62)ou do nitrito com o molibdnioVI (69). A frequncia varia de 20 a 90

    amostras por hora, dependendo do mtodo, com amostras de guas, carnes, farinhas e

    queijos.

    A anlise por injeo seqencial (SIA), mantm os mesmos princpios do

    FIA, como controle da disperso, controle do tempo e injeo da amostra, porm, o

    sentido do fluxo pode ser programadamente invertido. Tambm emprega a reao de

    reduo do nitrato e o nitrito total (inicial + reduzido) determinado atravs da

    clssica reao de Griess.

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    O mtodo de reduo emprega a coluna de cdmio cobreado (72,73) ou

    reduo com sulfato de hidrazina/sulfato de cobre (74), que o tema central deste

    trabalho, ou seja, a comparao da eficincia dos dois mtodos de reduo.

    Com relao ao redutor utilizado, a coluna de cdmio cobreado pode ser

    recondicionada durante o processo para a redeposio do cobre sempre que

    necessrio.

    Porm, apresenta problemas de desativao devido ao envenenamento da

    coluna pelos componentes de algumas amostras como gua de esgoto (matria

    orgnica, on fosfato,etc.), recomendando-se outros redutores (73).

    O redutor sulfato de hidrazina/sulfato de cobre alm de no necessitar

    manuteno da coluna, no tem problemas de interferncia de alguns componentes

    da amostra como o on fosfato, apresentando boa recuperao at com gua de

    esgoto (74).

    As vantagens da injeo seqencial (SIA) sobre a injeo em fluxo (FIA) so

    a reduo do consumo de reagentes, estimado em um dcimo, reduo conseqente

    do volume de descarte, importante no caso de produtos qumicos caros e/ou txicos.

    Pode ser automatizado, sendo empregado para diferentes anlises sem

    necessidade de mudana na configurao fsica do sistema; para alterar os volumes

    dos reagentes ou da amostra basta mudar o percurso do pisto e, para alterar a

    seqncia da mistura ou da reao, basta mudar a posio da vlvula seletora, que

    controlado por computador.

    Uma aparente desvantagem apresentada que a injeo seqencial (SIA)

    possui freqncia de amostragem inferior injeo em fluxo (FIA), mas, mesmo

    assim, bem atraente.

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    3.2 O MTODO ESPECTROFOTOMTRICO

    O mtodo clssico para a determinao colorimtrica de nitrito deve-se a

    Griess (76), por meio da reao deste on com o cido sulfanlico (cido 4-amino-

    benzenosulfnico) e naftilamina (1-aminonaftaleno) em cido sulfrico. O mtodo

    foi modificado posteriormente por Ilosvay (77) com a substituio do cido sulfrico

    por cido actico, que aumenta muito a velocidade de desenvolvimento de cor.

    As reaes envolvidas podem ser representadas pelas seguintes equaes:

    3.2.1 Reao de diazotao

    NH2

    SO3H

    + NO2- + 2H+

    N+ N

    SO3H

    cido sulfanlico on diaznio

    3.2.2 Reao de copulao

    + NH2 SO3H

    NN

    NH2

    + H+

    on diaznio -naftilamina azocomposto

    N+ N

    SO3H

    (cido alfa-naftilamina- p-azobenzeno-p-

    sulfnico)

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    O conjunto dessas duas reaes chamado de diazoconjugao. Vrios pares

    de reagentes, seguindo ou no o modelo de diazoconjugao de Griess-Ilosvay,

    foram testados conforme levantamento realizado por Sawicki et al. (75).

    Reagentes como o -naftol e -naftilamina por serem carcinognicos (78)

    tem sido substitudos por outros reagentes.

    Bratton e Marshall (79), investigando novos reagentes para a

    diazoconjugao encontraram o par sulfanilamida (4-amino-benzenosulfonamida) e

    NED [dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina] como o mais satisfatrio, sendo

    este ltimo (NED) citado por Sen e Donaldson (80) por no ter sido encontrado

    nenhum relato sobre efeitos txicos dos mesmos.

    Este par, sulfanilamida/NED, o adotado pela Comunidade Europia (81) e

    tambm foi o utilizado no presente trabalho.

    3.3 AS ETAPAS

    A quantificao de nitritos e nitratos passa por duas etapas igualmente

    importantes, as reaes de reduo de ons nitrato e as reaes colorimtricas.

    3.3.1 As reaes color imtr icas

    O mecanismo de reao de Griess a nitrao do cido sulfanlico para

    formar o sal de diaznio do cido sulfanlico o qual copula com -naftilamina para

    formar o azo composto rosa brilhante, conforme mostram as equaes dos itens 3.2.1

    e 3.2.2.

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    Substituindo o par cido sulfanlico/ -naftilamina pelo par sulfanilamida/NED,

    as equaes das reaes ficam assim escritas:

    3.3.1.1 Reao de diazotao com sulfanilamida

    NH 2

    SO2NH2

    + NO2-

    + 2H+

    N+

    N

    SO2NH2

    + 2 H2

    O

    3.3.1.2 Reao de copulao com NED

    N+ N

    SO2 NH2

    +

    H-N-CH2-CH2-NH2-2HCl

    + H+

    NN

    SO2NH2 H-N-CH2-CH2-NH2-2HCl

    Como podemos verificar, apesar dos radicais serem diferentes, o mecanismo da

    reao o mesmo e nele vemos a importncia do pH.

    Alta acidez aumenta a velocidade de diazotao e diminui a velocidade de

    copulao. Baixa acidez diminui a velocidade de diazotao e aumenta a velocidade

    de copulao. Este fato previsto pela lei da ao das massas na primeira equao na

    qual o on H+ um reagente e na segunda equao o mesmo um dos produtos.

    Rider e Mellon (82)estudaram detalhadamente esta reao de diazoconjugao

    para determinar o efeito de vrios fatores, como concentrao dos reagentes, ordem

    de adio dos reagentes, pH, temperatura, luz, concentrao de nitrito, alm de ons

    interferentes. Eles chegaram a quatro concluses principais:

    I. A diazotao deve ser efetuada em soluo fortemente cida (pH=1,4).

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    II. A diazotao deve ser efetuada em soluo to fria quanto praticvel (~20C).

    III. A copulao no deve ser tentada antes da diazotao estar completada.

    IV. A copulao deve ser efetuada em uma acidez to baixa (pH=2,0-2,5) quanto

    for consistente com a estabilidade colorimtrica.

    Davis et al. (81)estudaram especificamente o efeito do pH na absorbncia do

    azo corante formado na reao entre o nitrito e o par sulfanilamida/NED.

    A justificativa do estudo foi que vrios corantes indicadores so dependentes

    do pH, ento o azo composto tambm deveria ser. Assim sendo, poderiam surgir

    resultados errados se a curva padro fosse desenvolvida em um determinado pH e

    empregada na anlise de uma amostra em um pH diferente.

    Foi desenvolvida, por estes autores, uma equao que relaciona absortividade e

    pH:

    a= B + C . 10E . (pH D)

    1 + 10 E . (pH D)

    onde a= absortividade efetiva mxima, B, C, D e E so constantes para um dado

    comprimento de onda cujos valores so: B= 0,7818; C= 0,3568; D= 2,713 e E=

    1,164.

    Com esses dados foi construda a Tabela 2 a seguir:

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    Tabela 2: Variao da absortividade a com o pH no intervalo 1,0 - 4,4 (81).pH a pH a pH a pH a pH a1,0 0,778 1,7 0,755 2,4 0,654 3,1 0,468 3,8 0,3791,1 0,776 1,8 0,748 2,5 0,628 3,2 0,447 3,9 0,3741,2 0,775 1,9 0,739 2,6 0,601 3,3 0,430 4,0 0,3701,3 0,772 2,0 0,727 2,7 0,573 3,4 0,415 4,1 0,3671,4 0,770 2,1 0,713 2,8 0,545 3,5 0,403 4,2 0,3651,5 0,766 2,2 0,696 2,9 0,517 3,6 0,393 4,3 0,3631,6 0,761 2,3 0,676 3,0 0,491 3,7 0,385 4,4 0,361

    Davis et al (81) sugeriram ento: a) medir o pH da soluo colorida final eutilizar a absortividade a correspondente para calcular a concentrao de nitrito. b)

    ajustar o pH da soluo colorida final no intervalo 1,2-1,3 para a mxima

    sensibilidade. A segunda alternativa por ser mais simples foi a recomendada.

    Nicholas e Fox (83) tambm investigaram essa reao para determinar se a

    adio de nitrito aos reagentes de Griess separadamente ou em mistura produziria

    resultados diferentes.

    Mostramos abaixo as duas possibilidades de primeira etapa de reao, por eles

    considerada:

    3.3.1.3 A nitrosao do cido sulfanlico

    NH3+ + HONO -O3S- O 3S N N+ + 2 H2O

    on diaznio

    3.3.1.4 A ni trosao do 1-naftilamina

    NH3+

    + HONO

    N N+

    + 2H2O

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    A prxima etapa seria a copulao do on diaznio com 1-naftilamina para

    formar, ou 1-sulfanilazonaftilamina ou 1-naftilazonaftilamina. O primeiro um

    produto colorido rosa com um mximo de absoro a 525 nm; o segundo insolvel

    em gua. Desde que ou o cido sulfanlico ou 1-naftilamina podem reagir com nitrito

    na mistura, a quantidade relativa de intermedirios e conseqentemente, os produtos

    finais, dependem da velocidade relativa de reao e da concentrao.

    Se a segunda opo fosse predominante, a quantidade do produto rosa deveria

    ser reduzido, isto a segunda reao deveria interferir com o desenvolvimento

    normal de cor. Tal interferncia deveria ser reduzida pela pr-incubao do cido

    sulfanlico com nitrito seguido pela adio de 1-naftilamina.

    O nitrito foi adicionado ao cido sulfanlico e a mistura foi deixada em

    repouso por 20 minutos antes de ser adicionado a 1-naftilamina. A quantidade

    resultante de azo corante foi a mesma que aquela formada quando o nitrito foi

    adicionado mistura de cido sulfanlico e 1-naftilamina.

    Ficou claro que a velocidade da reao do item 3.3.1.3 muito mais rpida

    que a reao do item 3.3.1.4 nas condies de anlise dos reagentes de Griess.

    Esta constatao importante foi aplicada na determinao de nitritos e nitratos

    atravs da anlise por injeo seqencial (SIA) em que os reagentes sulfanilamida e

    NED so adicionados na forma de soluo nica.

    Nicholas e Fox (83) estudaram tambm o efeito da diluio do reagente de

    Griess adotada no mtodo oficial. Nesta diluio, 1:25, para uma concentrao acima

    de 5g N-NO-2/50 mL (7,14 M) onde ainda havia absoro a concentrao de cido

    sulfanlico era 326M (~45vezes) e a de 1-naftilamina era 87,2M (~12vezes).

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    Os mesmos autores observaram, experimentalmente, que nesta diluio a

    reao era incompleta, alm de requerer mais tempo e havendo o risco do azo

    composto descolorir. Sugeriram, ento, a diluio 1:10, com maior rendimento e

    menor tempo de reao.

    Fox Jr., (84) estudando a cintica e mecanismo da reao de Griess,

    enumerou uma seqncia de reaes crticas para a formao do produto final, aqui

    apresentada:

    a.

    R*

    +HNO2

    R*

    N N+

    b.

    NN

    R

    +

    +

    NH2

    R R

    NH2

    N N

    R

    c.

    HNO2 + RdH RdNO (nitroso)

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    d.

    +

    +

    R

    N N

    Rd H OxRd +

    R

    NHNH

    e.

    NH2

    R

    + HNO2

    N

    NH2

    R

    O

    f.

    +

    R

    N N

    +

    N

    R

    H2 H2

    R

    N

    N N

    R

    Onde R= -SO2H; SO2NH2; Cl; NH2OH e qualquer combinao deles, Rd=redutor,

    OxRd= forma oxidada.

    Fox Jr.(84) concluiu que a quantidade de diazopigmento formado da

    reao de uma variedade de anilinas e derivados da anilina com nitrito

    dependente de uma srie de fatores, a saber:

    I. Tipo e concentrao dos reagentes usados, incluindo a posio dos

    substituintes do anel.

    II. Combinaes especficas e concentraes relativas das espcies nitrosveis e

    reagentes copulantes.

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    III. Reao do nitrito com outros substituintes do anel alm do grupo amino.

    IV. Reao do nitrito com o reagente copulante.

    V. Formao de mais de um pigmento.

    VI. Oxidao do on diaznio intermedirio.

    VII. Oxidao do pigmento.

    VIII. xidos de nitrognio no ar.

    IX. Reduo do on diaznio pelos redutores residuais.

    X. Formao de intermedirios nitroso-redutores semiestveis.

    XI. Pr reao da espcie nitrosada e o nitrito.

    A reao de diazoconjugao para o on nitrito tem sido indicada como tendo

    especificidade qumica, minimizando o efeito de interferncias, sendo deste modo

    explicada a grande popularidade do mtodo de Griess.Todas as referncias at aqui foram para o nitrito, no tendo sido considerado

    o on nitrato. Este por sua vez, por falta de uma reao to especfica e sensvel, tem

    sido determinado como nitrito, aps uma reao de reduo.

    3.3.2 As reaes de reduo de ons nitrato

    O mtodo espectrofotomtrico para a determinao simultnea de nitritos e

    nitratos baseia-se em trs etapas:

    I. Reao direta do nitrito presente na amostra com os reagentes colorimtricos

    e leitura espectrofotomtrica contra um branco, utilizando-se a curva de

    calibrao.

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    II. Reduo do nitrato por ao de um redutor e determinao

    espectrofotomtrica do nitrito total (nitrito inicialmente presente + nitrito

    proveniente do nitrato reduzido).

    III. Determinao do nitrato por diferena (nitrito total- nitrito inicialmente

    presente = nitrato).

    Do exposto percebe-se que estamos determinando sempre nitrito, que o nion

    que desenvolve cor com os reagentes colorimtricos, uma vez que o nitrato no reage

    com eles.

    comum nos trabalhos consultados expressar o resultado em nitrognio

    colocando-se ao lado a sua fonte, como N-NO-3 e N-NO2-evitando-se assim fatores de

    converso.

    Embora, no caso do nitrato, a etapa da reduo preceda a determinao

    espectrofotomtrica, deixamos este item para depois em virtude de ser o ponto

    central deste trabalho, isto , a substituio do agente redutor.

    O mtodo oficial para a determinao de nitrato {AOAC(1984)24.044-24.045}

    baseia-se nas trs etapas j descritas (I, II, III) atuando como redutor a coluna de

    cdmio, preparada pela reao entre o sulfato de cdmio em soluo e o zinco em

    basto.

    As reaes do item II so:

    Cd - 2e- Cd 2+

    H2O + NO3-+ 2e - NO 2

    - + 2 OH-

    H2O + Cd + NO 3- Cd 2++ NO 2

    - + 2 OH-

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    Durante o funcionamento esta coluna libera ons Cd2+, altamente txicos,

    alm de problemas com o descarte.

    Estes ons permanecem em soluo, j que o mtodo oficial recomenda a

    adio de EDTA para complexar os ons Cd2+,evitando que reaja com os ons OH -

    provenientes da reduo do nitrato e conseqentemente precipitao de Cd(OH)2 na

    superfcie da coluna, reduzindo a sua eficincia (85).

    A reao pode ser assim representada:

    NO3- + H2O + (EDTA)

    -4 + Cd NO 2- + 2 OH- + Cd(EDTA) -2 (EDTA) -4

    =(OOCCH2)-2N(CH2)2N(CH2COO)

    -2

    (EDTA) -2=(HOOCCH 2)2N(CH2)2N(CH2COO)-2

    A produo de ons Cd2+ na coluna redutora muito maior que aquela

    causada somente pela reduo do nitrato.

    Nydall (85) chamou a ateno para o fato de que o oxignio dissolvido rpida e

    quantitativamente reduzido de acordo com a reao:

    2Cd + O2 + 4H+ 2Cd+2 + 2H2O

    De acordo com o autor, mesmo a uma elevada vazo na coluna de 33

    volumes-leito por minuto, 98,5% do oxignio reduzido.

    Como visto na equao desta reao, a reduo do oxignio deve remover

    dois ons H+ para cada tomo de oxignio. Isto corresponde adio de 1 meq de

    base por litro de soluo, assim deve ocorrer um aumento do pH em solues no

    tamponadas.

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    Ento, deve-se tambm considerar que a reduo do nitrato dependente do

    pH.

    Isto pode ser verificado atravs das equaes:

    a. NO3- + 2H + + 2e - NO 2

    - + H 2O

    b. HNO2 + 5H+ + 4 e - NH 3OH

    + + H 2O

    hidroxilamina

    c. HNO2 + 7H+ + 6 e - NH 4

    + + 2H 2O

    Uma certa concentrao hidrogeninica necessria para a reduo

    quantitativa do nitrato a nitrito (reao a); concentraes hidrogeninicas muito

    elevadas podem causar a reduo do nitrito formado (reaes b e c).

    Segundo experimentos do mesmo autor, o nitrato rapidamente reduzido pelo

    cdmio a hidroxilamina e pequenas quantidades de amnia a baixo pH (1,0-3,0). No

    intervalo de pH 3,0 a 5,0 a velocidade desta reao decresce ntida e rapidamente e a

    reduo tende a parar na formao do nitrito.

    Com respeito ao pH adequado, Nydall (85) cita vrios outros autores que

    observaram que o pH do tampo cloreto de amnio empregado podia variar entre 5,0

    e 10,0 sem efeito na reduo do nitrato a nitrito. Alguns recomendam o pH 9,6(86).

    A reduo do nitrato a nitrito pode ser obtida pelo emprego de vrios agentes

    redutores, tais como cobre, zinco, cdmio em p, cdmio esponjoso, cdmio

    cobreado, cdmio prateado, cdmio amalgamado, cdmio eletroliticamente

    precipitado e sulfato de hidrazina (78,85).

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    O cdmio eletroliticamente precipitado, devido ao seu mtodo de preparao,

    tem porcentagem baixa de impurezas metlicas; o cdmio em p e o esponjoso tm

    essa porcentagem de impurezas maior.

    Quando o cdmio preparado pela reao de precipitao entre uma soluo

    de sulfato de cdmio e zinco metlico h a possibilidade de formao de clulas

    galvnicas pelos metais mais nobres que podem estar presentes no zinco (impurezas)

    e no so removidos.

    Este fato foi aproveitado para intencionalmente tratar o cdmio com uma

    soluo de sulfato de cobre; este precipitado e parcialmente adere ao cdmio como

    uma camada porosa. Uma cela galvnica formada com o cobre como ctodo.

    O potencial padro de reduo do par Cd/Cd2+ 0,403V, o do par Cu/ Cu2+

    +0,337V e o potencial da cela resultante ser 0,740V; seu poder redutor muito

    maior que o do cdmio sozinho.

    Cerd et al (73)utilizaram uma coluna de cdmio cobreado na determinao

    de nitratos e nitritos empregando a tcnica de anlise por injeo seqencial (SIA).

    Se a coluna redutora contm partculas de diferentes tamanhos, as menores,

    empacotadas nos interstcios entre as maiores, so consumidas primeiro e a rea

    superficial do leito redutor diminuda. Esta pode ser uma causa que contribui para o

    decrscimo gradual de eficincia da coluna observada por vrios autores. Outra causa

    e provavelmente a principal pode ser a precipitao de partculas de hidrxido de

    cdmio na superfcie.

    Alm de homogeneidade das partculas, para um bom rendimento da coluna

    redutora necessrio um controle da vazo ou tempo de escoamento.

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    Quando a coluna utilizada em vrias redues sucessivas e assumindo que o

    sistema deve ser lavado com duas vezes seu volume livre entre as amostras, o tempo

    t em minutos, requerido por cada amostra, obtido pela equao:

    t = (1/ F) x (Vs/Vb + 2Vf/Vb)

    Onde

    F= velocidade de fluxo em volume-leito/min.

    Vs=volume da amostra

    Vb=volume do leitoVf=volume livre da coluna

    Bajic e Jaselkis (87)empregaram uma coluna redutora de zinco amalgamado

    (redutor de Jones) para determinar nitratos e nitritos em guas. O mtodo baseia-se

    na formao de hidroxilamina, resultante da reduo inicial do nitrato ou nitrito, a

    qual reage com o Fe3+ e ferrozina [sal disdico do cido 3-(2-piridil)5,6-difenil-

    1,2,4-triazinap,p-disulfnico, trihidratado] para formar o complexo fortemente

    colorido Fe2+ -ferrozina cuja intensidade proporcional quantidade de nitrato ou

    nitrito.

    A absortividade molar aparente do complexo 4,21 x104 L.mol-1.cm-1. No

    intervalo de pH 3,2-3,5 tanto nitrato como nitrito so reduzidos primariamente a

    hidroxilamina e em alguma extenso amnia. A hidroxilamina, nesta determinao,

    oxidada pelo Fe3+ a xido nitroso enquanto que a amnia no oxidada. Em pH

    elevado a reduo do nitrato incompleta, em pH baixo a formao de amnia

    favorecida; por esta razo o pH tem que ser mantido no intervalo citado.

    Para a determinao do nitrato adicionado azida sdica amostra para

    eliminao do nitrito e este obtido por diferena.

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    Lambert e Zitomer (88)tambm utilizaram o zinco para a reduo do nitrato.

    A reao efetuada em soluo amoniacal de pH 10,8 em presena de hidrxido

    manganoso.

    De acordo com esses autores, menos de 70% de recuperao obtida quando

    a reao efetuada na ausncia de hidrxido manganoso. Provavelmente, a poro

    no recuperada posteriormente reduzida estados de oxidao mais baixos do

    nitrognio e possivelmente amnia.

    A funo do hidrxido manganoso pode ser a de formar um complexo de

    nitrito que estvel a posterior reduo nesta temperatura. A reduo a temperaturas

    maiores, evidentemente, vai alm do estgio nitrito.

    Para a determinao colorimtrica emprega-se a reao de diazoconjugao

    com o on (4-aminofenil) trimetil amnio como diazotante e N, N-dimetil-1-

    naftilamina como copulante. A absortividade molar do corante formado 26,2 x103.

    As reaes so as seguintes:

    NO3- + Zn + 4NH3 + H2O NO2

    - + Zn (NH3)42+ + 2 OH-

    HNO + H+ + (CH3 )3 N+ NH2 (CH3)3N+ N N+ + 2H2O2

    +N N (CH 3)3 N + +

    N (CH3)2

    (CH3)3N+ N N N (CH3 )2 + H2O

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    A injeo de um lquido redutor na amostra pode parecer intuitivamente ser

    prefervel ao contato da amostra com um slido redutor, cuja atividade poderia

    mudar com o tempo e com a composio da amostra.

    Um promissor lquido redutor encontrado foi a soluo de hidrazina. Mullin e Riley

    (89)mostraram que a hidrazina em soluo alcalina produzia um bom rendimento de

    nitrito a partir do nitrato.

    Quando este reagente foi aplicado na determinao de nitrato em gua

    destilada, verificou-se que o rendimento de nitrito variava de dia para dia. Esta

    conduta irregular foi investigada e verificou-se a presena de quantidades variveis

    de ons cobre na gua destilada utilizada.

    O efeito do cobre na reduo foi investigado realizando a reao na presena

    de quantidades conhecidas de ons cobre.

    Os resultados indicaram que na ausncia de cobre no ocorria a produo de nitrito.

    A presena de somente 0,025 mg. L-1 de cobre era suficiente para iniciar a reao.

    Com concentraes de cobre superiores a 0,5 mg.L-1 ocorria visvel precipitao de

    xido cuproso.

    Kamphake et al. (90) tambm verificaram experimentalmente que o on cobre

    necessrio para a reao de reduo.

    A reduo baseada na converso do nitrato a nitrito pelo sulfato de

    hidrazina, na presena de Cu2+,sob condies alcalinas e a temperaturas elevadas.

    As reaes provveis do item 3.3.2. II, so:

    N2H4.H2SO4 + 6OH- N2 + SO 4

    -2 + 6H 2O + 4e-

    4Cu+2

    + 4e-

    4Cu+

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    N2H4.H2SO4 + 6OH- + 4Cu+2 N 2 + SO 4

    -2 + 6H 2O + 4Cu+

    4Cu+ 4Cu +2 + 4e -

    2NO3- + 2H2O + 4e

    - 2NO 2- + 4OH -

    2NO3- + 2H2O + 4Cu

    + 2NO2- + 4OH - + 4Cu+2

    Uma vez que a reduo deve ser efetuada em meio alcalino, torna-se obvio

    que essencial controlar o pH, j que o on H+ liberado do sulfato de hidrazina

    durante a reao pode diminuir o pH para abaixo de 7, nessas condies o nitrito

    rapidamente destrudo pela hidrazina (90).

    O primeiro uso da hidrazina para reduo do nitrato foi o relatado por Mullin

    e Riley (89). Aps este, vrios outros autores, entre eles Kamphake et al (90),

    desenvolveram e automatizaram o mtodo manual original para diminuir a

    inconfiabilidade da reao devido s variaes de rendimento acima citadas.

    Os fatores responsveis por essas variaes tais como concentrao dos

    reagentes, o pH, tempo de reduo e temperatura, que influenciam fortemente a taxa

    de converso, foram examinados por vrios pesquisadores tendo sido encontradas

    grandes variaes entre eles.

    Segundo Cerd et al. (73, 74) os resultados na determinao de ons nitrato

    com hidrazina e Cu ++ foram bons para amostras de guas. Porm, no foram

    reprodutveis em nosso laboratrio.

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    3.3.3 As interferncias

    3.3.3.1 Nas reaes colorimtricas

    As reaes colorimtricas so comuns a ambos os mtodos. Norwitz e

    Keliher (91) realizaram um estudo com 82 possveis interferentes na determinao

    espectrofotomtrica utilizando 3 pares de reagentes: sulfanilamida/NED, cido

    sulfanlico/NED e 4-nitroanilina/NED. Evidentemente, o de maior interesse o

    primeiro par por ter sido o empregado neste trabalho.

    Os autores classificaram as substncias inorgnicas segundo o limite de

    tolerncia (limite alm do qual a substncia produzia um erro maior que 0,015

    unidades de absorbncia) em 5 tipos de interferncias:

    Interferncia devido ao efeito salino:

    A razo para o efeito dos sais vem ser as diferentes dependncias das

    velocidades de diazotao e copulao com a fora inica.

    Interferncia pela mudana da acidez da soluo (hidrlise) ou pela sua ao

    tamponante:

    A interferncia calculada na base do sal total ao invs do nion.

    Interferncia pela precipitao:

    Prata e mercrio (I), interferem pela precipitao como cloretos. A fonte de

    cloreto o cido clordrico do reagente sulfanilamida que dissovido neste

    cido. O bismuto (III) tambm precipita como oxicloreto.

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    Interferncia de ons coloridos

    Cromo (III), nquel e especialmente cobalto interferem em razo da cor de seus

    ons. Este efeito pode ser eliminado pela adio destes ons ao branco, na mesma

    quantidade que contem a amostra, o que pode ser problemtico.

    Interferncia de substancias oxidantes e redutoras.

    Embora este efeito seja complexo, certamente deve envolver a oxidao ou

    reduo do nitrito.

    Todavia a oxidao ou a reduo do nitrito usualmente no ocorre em soluo

    neutra; requer a presena de cido ou base. possvel que no ocorra em grande

    extenso at que os reagentes sulfanilamida e NED sejam adicionados.

    Norwitz e Keliher (92)realizaram tambm o mesmo estudo com interferentes

    orgnicos, agrupados em aminas alifticas, aminas aromticas, compostos fenlicos e

    miscelnea de compostos orgnicos.

    Destes ltimos, o que mais tem merecido ateno o cido ascrbico, em

    razo de ser comumente empregado em sais de cura com a inteno de reduzir a

    quantidade de nitrito necessrio para a cura e diminuir a probabilidade de formao

    de nitrosaminas carcinognicas (93).Norwitz e Keliher (93) publicaram um trabalho especialmente dedicado a

    interferncia do cido ascrbico na determinao do nitrito.

    Citando outros autores que investigaram a reao do cido ascrbico e o

    nitrito no intervalo de pH 0,1-5, eles estabeleceram que dentro desta faixa de pH,

    ocorre a reao:

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    O C

    C

    C

    CH2OH

    HO

    HO

    HOCH

    HC

    O + 2 HNO2 O

    HC

    HOCH

    CH2OH

    C

    C

    CO

    O

    O

    cido L-ascrbico cido L-dehidroascrbico

    A pH 0,1, a etapa determinante da velocidade envolve o cido ascrbico no

    dissociado e o on H2NO2+ (HNO2 + H

    + H2NO2+)

    A pH 2 a etapa determinante a reao de uma concentrao de equilbrio de

    trixido de dinitrognio (2HNO2 N2O3 + H2O) com cido ascrbico no

    dissociado e o on ascorbato, sendo este ltimo muito mais reativo.

    No intervalo de pH 35, a etapa determinante da velocidade de reao a

    formao de trixido de dinitrognio e a velocidade independente da concentrao

    de cido ascrbico, predominantemente na forma de nion.

    Riise e Berg-Nielsen (94)propuseram a adio de enzima ascorbato oxidase

    para diminuir a interferncia deste cido na determinao do nitrito.

    3.3.3.2 Nas reaes de reduo

    A principal interferncia em ambos os mtodos de reduo de ons nitrato o

    oxignio do ar. O redutor cdmio reage com o oxignio segundo a reao:

    2Cd + O2 + 4H+ 2Cd+2 + 2H2O

    Alm de o oxignio consumir o cdmio necessrio para a reduo do nitrato,

    competindo com ele, ocorre uma interferncia no pH pelo consumo de H+.

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    Kempers e Luft (95)tambm investigaram a possibilidade de interferncia do

    oxignio na reduo do nitrato pela hidrazina.

    Segundo os autores, em solues aquosas a hidrazina reage com o oxignio

    para formar perxido de hidrognio o qual ento reduzido:

    N2H4+ 2O 2 2 H 2O2 + N 2

    N2H4+ 2H 2O2 N 2 + 4H 2O

    A presena de ons metlicos catalisa esta reao (96).

    4 - MATERIAIS E MTODOS

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    4. MATERIAIS E MTODOS

    4.1 MTODO COM O USO DA COLUNA DE CDMIO

    4.1.1 Reagentes e solues

    Utilizar reagentes grau analtico.

    Utilizar gua destilada (destilador Marconi MA 078/5) ou desionizada

    no preparo das solues a seguir:

    Soluo de tetraborato de sdio decahidratado (Na2B4O7.10H2O) (Riedel-

    de Han ou Merck) a 5% m/v.

    Soluo de EDTA (C10H14N2Na2O8.2H2O) (Mallinckrodt) a 5% m/v.

    Soluo tampo pH 9,6-9,7.

    Diluir 20 mL de cido clordrico em 500 mL de gua. Adicionar 50 mL de

    hidrxido de amnio, acrescentar gua at prximo de 1000 mL e homogeneizar.

    Medir o pH ajustando para 9,6-9,7 com HCl ou NH4OH se necessrio e completar

    o volume para 1000,0 mL com gua destilada ou desionizada.

    Soluo tampo pH 9,6-9,7 diluda (1+9)

    Tomar 100,0 mL da soluo tampo pH 9,6-9,7 e diluir para 1000,0 mL.

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    Soluo de sulfanilamida (C6H8N2O2) (Mallinckrodt) a 5% m/v

    Dissolver 1,25 g de sulfanilamida em soluo de HCl (1:1) completando para

    250,0 mL com esta ltima. A soluo estvel por 1 a 2 meses.

    Soluo de dicloridrato de N-(1-naftil) etilenodiamina (NED)

    (C12H16Cl2N2) (Merck) a 5% m/v

    Dissolver 0,5 g de NED em gua suficiente para 100,0 mL. Armazenar em

    frasco mbar sob refrigerao. Desprezar quando apresentar alterao de colorao.

    A soluo estvel pelo menos por uma semana.

    Soluo padro de nitrito de sdio (NaNO2) (Merck)

    Pesar, exatamente, 0,2000 g de nitrito de sdio previamente seco por 1hora a

    105C, transferir para balo volumtrico de 1000,0 mL e completar o volume. Esta

    soluo estvel pelo menos por 2 semanas se mantida a 4C.

    Soluo de trabalho de nitrito de sdio

    Transferir 10,0 mL da soluo padro de nitrito de sdio para balo

    volumtrico de 250,0 mL e completar o volume; 1,0 mL desta soluo contem 8,0 g

    de NaNO2.

    Soluo padro de nitrato de sdio (NaNO3) (Merck)

    Pesar, exatamente, 0,1000 g de nitrato de sdio previamente seco por 1h a

    105C, dissolver em gua, adicionar 50 mL da soluo tampo pH 9,6-9,7 e

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    completar para 100,0 mL. Esta soluo estvel pelo menos por 2 semanas se

    mantida a 4C.

    Soluo de trabalho de nitrato de sdio.

    Transferir 1,0 mL da soluo padro de nitrato de sdio para balo volumtrico

    de 100,0 mL e completar o volume; 1,0 mL desta soluo contm 10,0 g de NaNO3.

    Preparar no momento da anlise.

    Soluo de cido clordrico 0,1 M.

    Diluir 8,3 mL de cido clordrico d=1,19 a 37% em gua e completar o volume

    at 1000,0 mL.

    Soluo de cido clordrico 2,0 MDiluir 166 mL de cido clordrico d=1,19 a 37% em gua e completar o volume

    at 1000,0 mL.

    Soluo de sulfato de cdmio (3CdSO4.8H2O) a 20% m/v.

    Zinco metlico em basto.

    4.1.2 Aparelhos e materiais acessrios

    Espectrofotmetro UV/VIS Hitachi U2000

    pHmetro Micronal B474 com solues tampo para acerto de pH

    Balana analtica Mettler AE 200

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    Balana semi-analtica Mettler P-1200

    Estufa Fanem 315/2

    Coluna de vidro afilada na extremidade inferior (110 x 11 mm)

    Funil de separao de 60 mL com haste comprida e rolha de silicone

    afilada

    Peneira de 20-40 mesh

    Liquidificador

    Papel de filtro qualitativo 18,5cm de dimetro

    Balo volumtrico de 50,0; 100,0; 200,0; 250,0 e 1000,0 mL

    Pipeta volumtrica de 1,0; 2,0; 3,0; 5,0; 10,0 e 20,0 mL

    Bureta de 10,0 mL

    Provetas de 25 e 50 mL

    Bquer de 100 e 200 mL

    Erlenmeyer de 250 e 500 mL

    Funil

    Pipeta graduada de 5 mL

    4.1.3 Coluna de Cdmio

    4.1.3.1 Preparo da Coluna de cdmio

    Colocar trs bastes de zinco em um bquer de 250 mL contendo 100 mL

    da soluo de sulfato de cdmio.

    Remover o depsito esponjoso de cdmio que se forma aps 2 a 3 horas

    de imerso, com um basto de vidro ou esptula plstica, transferindopara outro bquer contendo gua destilada.

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    Transferir o cdmio formado com 200 mL de gua destilada para um

    liquidificador e triturar por aproximadamente 5 segundos.

    Passar o triturado em peneira de 20 a 40 mesh, tomando o cuidado de

    mante-lo sempre em contato com gua.

    Transferir o cdmio para um bquer com cido clordrico 2,0 M e deixar

    repousar por 2 minutos.

    Retirar o cido clordrico e substituir por gua destilada.

    Colocar um chumao de l de vidro na extremidade afilada da coluna,

    seguido de 1 cm de areia.

    Transferir o cdmio com gua at que este atinja a altura de

    aproximadamente 6 cm. Completar at o topo com gua.

    Adaptar imediatamente o funil de separao de 60 mL coluna atravs da

    rolha de silicone, evitando a entrada de ar na coluna e mantendo-a sempre

    com gua.

    4.1.4 Determinao da capacidade redutora da coluna de cdmio

    Misturar em bquer de 100 mL; 20,0 mL da soluo de trabalho de

    nitrato de sdio (10 g/mL), 5 mL da soluo tampo pH 9,6-9,7 e 2

    mL da soluo de EDTA a 5%.

    Passar pela coluna de cdmio a uma vazo no superior a 5 mL/minuto

    recolhendo diretamente em balo volumtrico de 100,0 mL.

    Lavar o bquer com 3 pores consecutivas de 15 mL de gua, passando-

    as pela coluna de cdmio.

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    Continuar a passagem de gua pela coluna at completar o volume de

    100,0 mL no balo. Homogeneizar.

    Pipetar 10,0 mL para um balo volumtrico de 50,0 mL.

    Adicionar ao balo 5,0 mL da soluo de sulfanilamida a 0,5% e agitar.

    Aps 3 minutos adicionar 3,0 mL da soluo de NED a 0,5% e completar

    o volume com gua. Homogeneizar.

    Aps 15 minutos fazer a leitura espectrofotomtrica a 542nm contra um

    branco dos reagentes, utilizando a curva de calibrao.

    Se a recuperao for inferior a 90%, deve-se rejeitar a coluna de cdmio.

    Se a recuperao for inferior a 95%, deve-se regenerar a coluna de

    cdmio.

    4.1.5 Regenerao da coluna de cdmio

    Regenerar a coluna de cdmio no incio de cada dia de utilizao e aps at 4

    redues.

    Adicionar coluna, com vazo aproximada de 10 mL/minuto, pela ordem:

    25 mL de HCl 0,1 M

    50 mL de gua destilada

    25 mL de soluo tampo pH 9,6-9,7 diluda (1+9)

    Reavaliar a capacidade redutora da coluna de cdmio como no item anterior

    (4.1.4).

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    4.1.6 Curva de calibrao do ni tri to

    Tomar com bureta, alquotas de 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 e 6,0 mL da soluo de

    trabalho de nitrito de sdio a 8,0 g/mL para bales volumtricos de 50,0 mL.

    Adicionar a cada um, 5,0 mL de solues de sulfanilamida a 0,5% e agitar.

    Aguardar 3 minutos e adicionar 3,0 mL de soluo de NED a 0,5%, completar o

    volume com gua e homogeneizar.

    Aps 15 minutos, ler espectrofotometricamente a 542nm contra um branco dos

    reagentes.

    Construir a curva de calibrao absorbncia x concentrao (g/50,0 mL).

    Figura 4.

    4.1.7 Determinao do ni tri to em amostras de adit ivos

    Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g se for aditivo formulado, dissolver em gua e

    completar para 200,0 mL.

    Retirar uma alquota de 10,0 mL para balo volumtrico de 50,0 mL.

    Adicionar 5,0 mL de soluo de sulfanilamida a 0,5% e deixar reagir por 3

    minutos.

    Adicionar 3,0 mL de soluo de NED a 0,5%. Completar o volume com gua e

    homogeneizar.

    Deixar em repouso por 15 minutos e ler no espectrofotmetro a 542nm contra

    um branco dos reagentes, utilizando a curva de calibrao. Se a absorbncia

    obtida estiver fora do intervalo da curva de calibrao, efetuar as diluies

    necessrias.

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    4.1.8 Determinao do ni trato em amostras de aditivos

    Retirar uma alquota de 20,0 mL do balo volumtrico de 200,0 mL do item

    anterior (4.1.7) para um bquer de 100 mL.

    Adicionar 5,0 mL da soluo tampo pH 9,6-9,7 e 2,0 mL de soluo de EDTA

    a 5%.

    Passar pela coluna de cdmio a uma vazo no superior a 6 mL/minuto

    recolhendo diretamente em balo volumtrico de 100,0 mL.

    Lavar o bquer com 3 pores consecutivas de 15 mL de gua, passando as

    pela coluna de cdmio.

    Continuar a passagem de gua pela coluna at completar o volume de 100,0 mL

    no balo. Homogeneizar.

    Pipetar 10,0 mL para um balo volumtrico de 50,0 mL.

    Adicionar ao balo 5,0 mL da soluo de sulfanilamida a 0,5% e agitar.

    Aps 3 minutos adicionar 3,0 mL da soluo de NED a 0,5% e completar o

    volume com gua. Homogeneizar.

    Aps 15 minutos fazer a leitura espectrofotomtrica a 542nm, contra um branco

    dos reagentes, utilizando a curva de calibrao. Se a absorbncia obtida

    estiver fora do intervalo da curva de calibrao, efetuar as diluies

    necessrias.

    O resultado refere-se ao teor de nitritos totais e deste deve ser subtrado o teor

    de nitrito encontrado no item anterior (4.1.7) para obter-se o teor de nitrato.

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    4.2 MTODO COM SULFATO DE HIDRAZINA

    4.2.1 Reagentes e solues

    Utilizar reagentes grau analtico.

    Utilizar gua destilada ou desionizada no preparo das solues a seguir:

    Soluo de hidrxido de sdio NaOH 0,1 M (20 g.L-1)

    Soluo de sulfato de hidrazina/sulfato de cobre

    Pesar, exatamente, 0,0200 g de sulfato de cobre CuSO4.5H2O em um bquer

    de 250 mL adicionando gua destilada ou desionizada suficiente para sua dissoluo.

    Pesar em outro bquer de 250 mL, 3,0 g de sulfato de hidrazina N2H4.H2SO4

    e adicionar gua destilada ou desionizada suficiente para sua dissoluo.

    Juntar as duas solues para um balo volumtrico de 1000,0 mL. Completar

    o volume com gua e homogeneizar. Manter em geladeira e utilizar dentro de 30

    dias.

    Soluo de sulfanilamida/NED

    Pesar 10 g de sulfanilamida (C6H8N2O2) em um bquer de 250 mL, adicionar

    50 mL de gua e em seguida 62 mL de cido clordrico (HCl) agitando at dissoluo

    total. Acrescentar 0,25 g de dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina (NED)

    (C12H16Cl2N2) levar para um balo volumtrico de 500,0 mL, completar o volume e

    homogeneizar.

    Soluo padro de nitrito de sdio (NaNO2) 25 mg.L-1 expresso em

    N

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    Pesar, exatamente, 0,1232 g de nitrito de sdio

    previamente seco por 1h a 105C, transferir para um

    balo volumtrico de 1000,0 mL, completar o volume

    com gua e homogeneizar. Manter em geladeira e

    utilizar dentro de 30 dias.

    Solues de trabalho de nitrito de sdio

    Transferir, com pipetador automtico, 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0,9 e 1,1 mL da

    soluo padro de nitrito de sdio para bales volumtricos de 25,0 mL,

    completar o volume com gua e homogeneizar. Estas solues contm,

    respectivamente, 0,10; 0,30; 0,50; 0,70; 0,90 e 1,10 mg.L-1 de nitrito de sdio

    expresso em N. Conservar e utilizar como na soluo padro.

    Soluo padro de nitrato de sdio (NaNO3) 25,0 mg.L-1 expresso

    em N.

    Pesar, exatamente, 0,1518 g de nitrato de sdio previamente seco por 1h a

    105C, transferir para um balo volumtrico de 1000,0 mL, completar o volume

    com gua e homogeneizar. Manter em geladeira e utilizar dentro de 30 dias.

    Solues de trabalho de nitrato de sdio

    Transferir, com pipetador automtico, 0,1; 0,3; 0,5; 0,7; 0,9 e 1,1 mL da

    soluo padro de nitrato de sdio para bales volumtricos de 25,0 mL,

    completar o volume com gua e homogeneizar. Estas solues contm,

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    respectivamente, 0,10; 0,30; 0,50; 0,70; 0,90 e 1,10 mg.L-1 de nitrato de sdio

    expresso em N.

    4.2.2 Aparelhos e materiais acessrios

    Sistema automatizado FIALAB 3500(Alitea USA, Medina,WA) para

    anlise por injeo seqencial (SIA)

    Espectrofotmetro UV/VIS Micronal modelo B382

    Registrador XT Hitachi modelo 56

    Balana analtica Mettler AE 200

    Balana semi-analtica Mettler P-1200

    Estufa Fanem 315/2

    Balo volumtrico de 25,0; 500,0 e 1000,0 mL

    Pipetador automtico de 1000 e 5000 L com respectivas ponteiras.

    Proveta de 100 mL

    Bquer de 250 mL

    Balo volumtrico de 500,0 e 1000,0 mL.

    4.2.3 Programa FIA LAB for windows-nitrito

    Para a determinao de nitritos, a amostra analisada na ausncia do agente

    redutor e, a concentrao deste analito calculada pela curva de calibrao. O

    programa FIA LAB for windows-nitrito consiste em mistura sandwich dos

    reagentes e amostra, programada por computador, na seqncia a seguir:

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    Fixar vazo (L.seg-1) 200

    Aspirar (L) 2500

    Fixar posio da vlvula 3

    Fixar vazo (L.seg-1) 200

    Aspirar (L) 500

    Fixar posio da vlvula 6

    Dispensar (L) 1000

    Fixar vazo (L.seg-1) 100

    Fixar posio da vlvula 5

    Aspirar (L) 100

    Fixar posio da vlvula 3

    Aspirar (L) 50

    Fixar posio da vlvula 5

    Aspirar (L) 100

    Fixar posio da vlvula 1

    Fixar vazo (L.seg-1) 100

    As posies da vlvula correspondem aos seguintes terminais:

    Posio Terminal

    1 Espectrofotmetro UV/VIS

    2 Sol. Sulfato de hidrazina/sulfato de cobre

    3 gua, ou solues de trabalho de nitrito

    ou amostra

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    4 Sol. de hidrxido de sdio 0,5 M

    5 Sol. de sulfanilamida/NED

    6 Bobina reatora

    8 Descarte

    Figura 1: Diagrama esquemtico do Sistema de Injeo Sequencial (SIA).

    4.2.4 Programa FIA LAB for w indows-ni trato

    Para a determinao de nitratos, a amostra analisada na presena do agente

    redutor e a concentrao deste analito calculada pela curva de calibrao. O

    programa FIA LAB for windows-nitrato consiste em uma mistura sandwich dos

    reagentes e amostra, programada por computador, na seqncia a seguir:

    Fixar vazo(L.seg-1) 200

  • 7/24/2019 1350-Tese CCD Dias Nelson Aranha 2005

    70/126

    76

    Aspirar (L) 4300

    Fixar posio da vlvula 3

    Fixar vazo (L.seg-1) 100

    Aspirar (L) 400

    Fixar posio da vlvula 8

    Dispensar (L) 1000

    Fixar posio da vlvula 2

    Aspirar (L) 40

    Fixar posio da vlvula 3

    Aspirar (L) 20

    Fixar posio da vlvula 4

    Aspirar (L) 40

    Fixar posio da vlvula 2

    Aspirar (L) 40

    Fixar posio da vlvula 3

    Aspirar (L) 20

    Fixar posio da vlvula 4

    Aspirar (L) 40

    Fixar posio da vlvula 2

    Aspirar (L) 40

    Fixar posio da vlvula 3

    Aspirar (L) 20

    Fixar posio da vlvula 4

    Aspirar (L) 40

  • 7/24/2019 1350-Tese CCD Dias Nelson Aranha 2005

    71/126

    77

    Fixar posio da vlvula 6

    Dispensar (L) 350

    Espera (seg.) 60

    Fixar posio da vlvula 5

    Aspirar (L) 160

    Fixar posio da vlvula 6

    Aspirar (L) 300

    Fixar posio da vlvula 5

    Aspirar (L) 160

    Fixar posio da vlvula 1

    Dispensar (L) 2500

    Fixar posio da vlvula 8

    Fixar vazo (L.seg-1) 250

    As posies das vlvulas correspondem aos mesmos terminais do programa

    FIA LAB for windows-nitrito.

    4.2.5 Curva de calibrao do N-nitrito (N-NO2-)

    Esta curva de calibrao realizada dentro do programa FIA LAB for

    windows-nitrito atravs da introduo no aparelho, p