segurança física em organizações governamentais

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Segurança Física em Organizações Governamentais Monografia apresentada ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília Curso de Especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações 30/6/2010 Ana Rosa Carvalho de Abreu 1

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Segurança Física em Organizações Governamentais. Monografia apresentada ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília Curso de Especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações. A guerra dos carneiros e das flores. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1

Segurança Física em Organizações Governamentais

Monografia apresentada ao Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília

Curso de Especialização em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações

30/6/2010

Page 2: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2

- Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores?

(Antoine de Saint-Exupery)

30/6/2010

A guerra dos carneiros e das flores

Page 3: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 3

Se, apesar de todo um aparato de equipamentos de segurança física, para proteger os seus bens, os bancos continuam sendo alvo de furtos, não seria importante descobrir porque eles continuam a se comportar do mesmo modo? Onde estarão falhando? Quais as relações de causa e efeito entre as variáveis que influenciam a concretização de um evento negativo?

30/6/2010

A guerra dos bancos

Page 4: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 4

Verificar a aplicabilidade e a efetividade das normas de segurança da informação da ABNT, no que concerne aos aspectos de segurança física, na

Administração Pública Federal.

30/6/2010

Objetivo do trabalho

Page 5: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 5

Análise das normas técnicas: NBR ISO/IEC 27001:2006,NBR ISO/IEC 27002:2005 e NBR ISO/IEC 27005:2008

Análise de variáveis de segurança apontadas nas normas.

Validar a utilização dos requisitos de segurança apontados na NBR ISO/IEC 27001:2006, junto a especialistas em Gestão da Segurança da Informação.

Identificadas inter-relações e relações causais entre as variáveis estudadas.

30/6/2010

Etapas do trabalho

Page 6: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 6

Descrição de Situação Problema Revisão da Literatura especializada sobre

o assunto Estudo de normas pertinentes. Coleta de Dados com utilização da Técnica

Delphi com especialistas em Gestão da Segurança da Informação

Entrevista semi-estruturada com Gerente da Área de Segurança do BCB.

30/6/2010

Instrumentos Utilizados

Page 7: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 7

A) Uma visão sistêmica, não somente de dentro da organização, mas do macro-sistema que a envolve, torna-se necessária, para se definir a política de segurança de uma instituição;

B) Seguir todos os itens de segurança física, de forma isolada, não garante a segurança física das organizações;

30/6/2010

As hipóteses

Page 8: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 8

C) Funcionários treinados em normas de segurança são necessários para diminuir a vulnerabilidade nas organizações governamentais;

D) Um planejamento estratégico, com respaldo da Administração Superior, fundamentado em uma Política de Segurança da Informação elaborada de forma participativa e editada pela autoridade maior da organização forma o pilar central para a segurança física das organizações.

30/6/2010

As hipóteses

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Ana Rosa Carvalho de Abreu 930/6/2010

Variáveis e suas inter-relações

Area Segura

Perímetro desegurança

Proteção contra ameaçasexternas e do meio ambiente

Acesso ao público, áreasde entrega e carregamento

+

+

+

+ -

-

Page 10: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1030/6/2010

História das Normas NBR ISO/IEC 27001:2006 e NBR ISO/IEC 27002:2005

Page 11: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1130/6/2010

NBR ISO/IEC 27001:2006 e NBR ISO/IEC 27002:2005

metodologia estruturada, reconhecida

internacionalmente, dedicada à

segurança da informação;

processo definido para avaliar, implementar,

manter e gerenciar a segurança da

informação;

grupo completo de controles contendo

as melhores práticas para segurança da informação.

Page 12: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1230/6/2010

As normas ISO(continuação)

NBR ISO/IEC

27001:2006

apresenta requisitos de sistema

utilizada como padrão para a realização de auditorias

de certificação

NBR ISO/IEC

27002:2005

código de práticas

utilizada para orientação durante o desenvolvimento e implantação do sistema

de gestão de segurança da informação

Page 13: Segurança Física em Organizações Governamentais

30/6/2010Ana Rosa Carvalho de Abreu 13

As normas ISO(continuação)

NBR ISO/IEC 27001: 2006

processo sistemático para fortalecimento do

controle interno de segurança da

informação. Cobre todos os tipos de

organizações;

especifica os requisitos para

estabelecer, implementar,

operar, monitorar, analisar

criticamente, manter e melhorar

um SGSI documentado;

especifica requisitos para a

implementação de controles de segurança

personalizados para as

necessidades individuais de

organizações ou suas partes;

orienta como elaborar uma

matriz de riscos e identificar e

implantar controles para minimizar

estes riscos

Page 14: Segurança Física em Organizações Governamentais

30/6/2010Ana Rosa Carvalho de Abreu 14

As normas ISO(continuação)

NBR ISO/IEC 27002:2005

estabelece diretrizes e princípios gerais para iniciar, implementar, manter e melhorar a gestão de segurança

da informação em uma organização;

Os objetivos de controle e os controles têm como finalidade ser implementados para atender aos

requisitos identificados por meio da

análise/avaliação de riscos;

apresenta 11 cláusulas de controle de

segurança de A5 a A15 e 133 controles;

considera segurança física, técnica,

procedimental e em pessoas.

Page 15: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1530/6/2010

Fundamentos da segurança da informação

Confidencialidade• garantir que

apenas as pessoas que devam ter conhecimento a respeito de uma informação possam ter acesso a ela.

Integridade• proteger as

informações contra alterações em seu estado original. Essas alterações podem ser tanto intencionais quanto acidentais.

Disponibilidade• garantir que a

informação possa ser acessada por aqueles que dela necessitarem, no momento em que dela precisarem.

Page 16: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1630/6/2010

Legislação sobre segurança física no Brasil

Artigo 144 da Constituição Federal de 1988• A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos,

é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Lei nº. 7.102, de 20 de junho de 1983• Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece

normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores

Lei nº. 8.863, de 28 de março de 1994

• Altera o artigo n. 10 de da Lei nº 7.102 e define a categoria do vigilante.

Page 17: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1730/6/2010

Aspectos do Risco

Evento desfavorá

vel

Probabilidade de

ocorrência

Elementos que

definem o risco

Período de tempo

Page 18: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 1830/6/2010

Gestão de risco NBR ISO/IEC 27005:2008

Definição do Contexto

• Objetivos, políticas e estratégia

• Processos e estrutura• Requisitos legais e

normativos• Política de segurança e

ativos de informação• Abordagem da Gestão de

risco• Características geográficas• Restrições que afetam a

organização e expectativas das partes interessadas

• Ambiente sociocultural e interfaces (ou seja, a troca de informações com o ambiente).

Análise/Avaliação de Riscos

• Identificação de riscos

• Identificação dos ativos

• Identificação das ameaças

• Identificação dos controles existentes

• Identificação das vulnerabilidades

• Identificação das conseqüências

• Estimativa de riscos• Avaliação de riscos

Page 19: Segurança Física em Organizações Governamentais

24/06/2010Ana Rosa Carvalho de Abreu 19

Pesquisa com especialistas - Enunciado

Como as organizações governament

ais entendem a atividade de segurança da informação?

Como a adoção das normas de segurança da informação da ABNT podem

contribuir para o aperfeiçoamento das atividades de segurança física

nessas instituições?

Page 20: Segurança Física em Organizações Governamentais

24/06/2010Ana Rosa Carvalho de Abreu 20

Dados sobre a pesquisa - Técnica Delphi de Coleta de Dados

Pessoas selecionadas 21

1ª rodada2ª rodada3ª rodada

19 pessoas15 pessoas13 pessoas

Entidades APF 14

Datas das rodadas 19 a 26 de abril de 201003 a 11 de maio de 2010 12 a 17 de maio de 2010

Page 21: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2130/6/2010

Respostas que confirmam as hipóteses A e B – Visão sistêmica

Questionou-se se o mecanismo de câmeras de segurança poderia ter sido uma vulnerabilidade no caso do furto ocorrido nas dependência do BCB em Fortaleza.

Exemplo de resposta que representa a maioria dos respondentes:“Deve ser avaliado o processo como um todo: análise do ambiente externo, análise do ambiente interno, escolha do equipamento, monitoração, gravação, análise, auditagem. A ineficiência está nas análises compartimentalizadas.

Page 22: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2230/6/2010

Respostas que confirmam as hipóteses – Treinamento e conscientização

Questionou-se se: “uma estrutura de proteção adequada das instalações, impedindo o acesso a pessoas não autorizadas ao recinto, impediria o incidente de segurança física no BCB em Fortaleza. E obteve-se respostas como:

“O que evita incidentes realmente são políticas de segurança bem implantadas, com os respectivos procedimentos formalizados, auditados e atualizados.”“É importante fortalecer, além da estrutura das instalações, os laços de confiança entre as pessoas e a organização. O indivíduo preciso ter ‘noção de pertencimento’ clarificada da sua empresa, como um sistema social que o considera”.

O que confirma as hipóteses A, B e C

Page 23: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2330/6/2010

Confirmação da hipótese C – Treinamento

Questionou-se se “falta de treinamento e conscientização dos funcionários pode ter sido uma das causas do desencadeamento do incidente de segurança”.

Obteve-se as respostas:“Não é possível cobrar ou até mesmo responsabilizar funcionários não treinados, e em um ambiente sem programa de conscientização. O treinamento e a conscientização devem fazer parte de um programa maior de segurança da informação.”“A segurança é formada por várias áreas que têm que ser modeladas e gerenciadas. É a eficácia harmônica das diversas áreas que torna o sistema eficaz. Não adiantaria ter excelência em uma das áreas de segurança e ser negligente com as outras áreas relacionadas."

Page 24: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2430/6/2010

Confirmação das hipóteses

Após a análise dos resultados da pesquisa observou-se a confirmação das hipóteses, ou seja: Há a necessidade de planejamento estratégico, com respaldo na Administração Superior, fundamentada em uma Política de Segurança da Informação, elaborada com a participação de funcionários

treinados e conscientes da sua importância para a segurança da informação da organização.

Page 25: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 25

• Criação de uma área estruturada como departamento na sede, com gerências técnicas nas praças onde atua;

• Troca de experiências com organismos de outros países.

Visão Sistêmica

• Definição dos perfis mínimos de competência que devem ser detidos pelos servidores;

• Estabelecimento do plano de desenvolvimento para os servidores;

• Alocação de um quadro de pessoal adequadamente dimensionado.

Funcionários Treinados

• Reformulação dos Planos da área de segurançaPlanejamento Estratégico

30/6/2010

Resposta a um incidente de segurança física no BCB

Page 26: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2630/6/2010

BCB – Diretrizes

As atividades de segurança devem ter caráter permanente;O enfoque deve ser

sistêmico e preventivo, sem prejuízo de medidas

necessárias para a resposta e controle de

incidentes;As atividades/ações devem ser desenvolvidas

sempre numa perspectiva integrada e

corporativa.

Page 27: Segurança Física em Organizações Governamentais

Ana Rosa Carvalho de Abreu 2724/06/2010

Utilização das técnicas de cenários e sistemas dinâmicos para estudar um

melhor aproveitamento, aplicabilidade e efetividade das normas NBR ISO/IEC

27001:2006, NBR ISO/IEC 27002:2005:2005 e NBR ISO/IEC

27005:2008 na Administração Pública Federal Brasileira.

Trabalhos futuros