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Segunda fase do modernismo Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos

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Segunda fase do modernismo

Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos

Características

Introdução"Os camaradas não disseram que havia

uma guerrae era necessáriotrazer fogo e alimento."(Carlos Drummond de Andrade)

Recebendo como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do Modernismo brasileiro se estende de 1930 a 1945.

Período extremamente rico tanto em termos de produção poética quanto de prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, incorporando preocupações relativas ao destino dos homens e ao "estar-no-mundo".

.

Em 1945, ano do fim da guerra, das explosões atômicas, da criação da ONU e, no plano nacional, da derrubada de Getúlio Vargas, abre-se um novo período na história literária do Brasil

Prosa

A prosa de 1930 é chamada de Neo-Realismo pela retomada de alguns aspectos do Realismo- Naturalismo, contudo, com características particulares preservadas. 

A literatura estava voltada para a realidade brasileira como forma de manifestar as recentes crises sociais e inquietações da implantação do Estado Novo do governo Vargas e da Primeira Guerra Mundial. 

As romancistas observam com olhos críticos a realidade brasileira, as relações entre o homem e a sociedade. Pelo fato dos romancistas deste período adotar como componente o lado emocional das personagens, faz com que esta fase se diferencie do Naturalismo, onde este item foi descartado. 

A produção literária desta fase pode ser dividida em três tipos de prosa: 

Regionalista Urbana Intimista

• Regionalista: tendência originada no Romantismo e adotada pelos naturalistas e pré-modernistas, na qual o tema é o regionalismo do nordeste, a miséria, a seca, o descaso dos políticos com esse estado. Esta propensão tem início com o romance A bagaceira, de José Américo de Almeida, em 1928. Os principais autores regionalistas são: José Lins do Rego, Jorge Amado, Rachel de Queiroz e Graciliano Ramos. 

• Urbana: tendência na qual a temática é a vida das grandes cidades, o homem da cidade e os problemas sociais, o homem e a sociedade, o homem e o meio em que vive. O principal autor é Érico Veríssimo no início de sua carreira. 

• Intimista: tendência influenciada pela teoria psicanalítica de Freud e de outras correntes da psicologia e tem como tema o mundo interior. É também chamada de prosa “de sondagem psicológica”. Os principais autores são: Lúcio Cardoso, Clarice Lispector, Cornélio Pena, Otávio de Faria e Dionélio Machado. 

Poesia

A poesia da Geração de 30 demonstra tanto uma liberdade formal que cultivava tanto os versos brancos e livres quanto as formas tradicionais. 

Surgem novos poetas e os autores da primeira fase literária apresentam uma obra mais madura. 

Podemos destacar como características das poesias desta segunda fase literária: a ironia, a reflexão sobre o destino do ser humano, a poesia lírica, o regionalismo, verso livre em paralelo a formas fixas, como o soneto. 

Os temas das poesias são universais, pois os olhares estavam voltados às vivências da sociedade a respeito das crises sociais que aconteciam no mundo, das guerras, da luta pela supremacia econômica. 

Os principais poetas dessa fase são: Carlos Drummond de Andrade, Jorge de Lima, Vinícius de Moraes, Cecília Meireles e Murilo Mendes. 

Veja um trecho da poesia “José” do poeta Carlos Drummond de Andrade: 

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José? 

Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José? 

E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, 

seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora?

Panorama de Linguagens Literarias Africanas

Cultura de Cabo Verde Cultura de Guine bissal Cultura de Moçambique Cultura de Angola

Introdução Cultivada muitas vezes por Portuguêses ou

por filhos de Portuguêses que viviam na Africa,a literatura produzida nos paises Africanos de lingua portuguêsa foi durante muito tempo considerada mera extensão da literatura portuguêsa. Contudo , embora seja difícil traçar a linha divisória entre a literatura portuguesa e as literaturas Africanas em nossa lingua, pode se dizer que o florescimento dessas literaturas se deu concomitantemente ao início da discussão sobre a identidade nacional.

Rachel de Queiroz

Biografia

Professora, jornalista, romancista, cronista e teatróloga brasileira nascida em Fortaleza, CE, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras (1977). E uma das mais importantes romancistas do movimento regionalista contemporâneo do Nordeste. Filha de proprietários rurais do Ceará, foi para o Rio de Janeiro (1915), em companhia dos pais que procuravam nessa migração fugir dos terríveis horrores da seca.

Mais tarde a romancista iria aproveitar como tema de O quinze, seu livro de estréia (1930). viajando logo a seguir para Belém do Pará, onde residiu por dois anos.

Regressando a Fortaleza, matriculou-se no Colégio da Imaculada Conceição, onde fez o curso normal, diplomando-se aos 15 anos (1925). Estreou no jornalismo (1927), com o pseudônimo de Rita de Queluz, publicando trabalhos no jornal O Ceará, de que se tornou afinal redatora efetiva. Ali publicou seus primeiros poemas à maneira modernista e iniciou sua carreira literária com o romance O quinze, tratando sobre o drama dos flagelados da seca, na extrema pobreza e sem ter quem os oriente sobre o cultivo da terra, romance que lhe trouxe a consagração com o Prêmio da Fundação Graça Aranha (1931). 

Seguiram-se vários outros sucessos até fixar residência no Rio de Janeiro, RJ (1939), passando também a se dedicar ao teatro e à crítica literária em revistas e jornais como no Diário de Notícias, em O Cruzeiro e em O Jornal. Membro do Conselho Federal de Cultura, desde a sua fundação até sua extinção (1967-1989), participou da 21a Sessão da Assembléia Geral da ONU (1966), onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem.

Iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S. Paulo e no Diário de Pernambuco (1988).

 Ainda foi laureada com os seguintes prêmios e honrarias: Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de obra (1957), Prêmio Nacional de Literatura de Brasília para conjunto de obra (1980); e várias outras.

Seu último grande sucesso literário foi Memorial de Maria Moura (1992) que se tornou minissérie de televisão. Sofrendo de diabetes, morreu enquanto dormia em sua casa no bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro, 13 dias antes de completar 93 anos (17/11), vítima de um infarto do miocárdio. A escritora cearense já havia sofrido um derrame (1999), tinha dificuldades de locomoção e era acompanhada por uma enfermeira, e o corpo dela foi velado no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio, e enterrado no mausoléu de sua família no Cemitério São João Batista, em Botafogo, ao lado de seu segundo marido, Oyama de Macedo, com quem viveu 42 anos. 

Algumas importantes obras de Rachel de Queiroz

Resumo do livro As Três Marias

Em seu quarto romance,As Três Marias a escritora Cearense Rachel De Queiroz foi ainda mais fundo em o tema que já estava presente em todas as suas obras anteriores;o papel da mulher da sociedade. A história tem início nos patios e salas de aula de um cólegio interno dirigido por freiras Maria Algusta , Maria Da Glória e Maria José são amigas inseparavéis que ganham de seus colegas e professores o apelido de “As Três Marias”.

As Três Marias,publicado originalmente em 1939,conquistou o cobiçado premio da sociedade Felipe de Oliveira e, décadas depois,foi adaptada como uma novela para a televisão. De eitura agil, o romance e o importate marco na literatura Brasileira e um dos mais populares em toda a obra de Rachel de Queiroz.

Outra lição que se pode tirar destas considerações é que a vida sem sonhos é muitíssimo mais fácil. Sonhar custa caro. E não digo só em moeda corrente do País, mas daquilo que forma a própria substância dos sonhos,Rachel de Queiroz

Graciliano Ramos

Biografia

Nascido a 27 de Outubro de 1892, no povoado Quebrangulo, no Estado de Alagoas, Graciliano Ramos tornou-se, desde cedo, um sertanejo de uma peça só, uma única formação literária.

Aos 13 anos inicia a sua formação, no colégio do Professor Agnelo, em Maceió, publicando já os seus primeiros sonetos. Mais tarde muda-se para o Rio de Janeiro, fazendo uma curta passagem por Palmeira dos Índios  onde trabalha na revisão de vários jornais e na publicação de artigos. Em 1915 regressa a Palmeira do Índios, onde casa e se estabelece como comerciante. A partir de 1927, é eleito Perfeito, altura em que se faz notar pela elegância da linguagem com que descreve as ações municipais.

Considerado integrante do movimento de 30, que escapa à superficialidade do academismo para denunciar e criticar o sistema vigente, Graciliano Ramos, que sempre buscou apreender o homem brasileiro e os seus problemas  na sociedade, é considerado um comunista. Passa dois anos na cadeia como preso político, mas é posto em liberdade em 1937, depois de obter da Revista Académica o Prêmio Lima Barreto.

O tempo que passou na prisão foi o suficiente para tomar notas do que viria a ser a obra mais notável no género escrito em língua portuguesa e o mais sério depoimento sobre a realidade brasileira relacionada com o comunismo: Memórias do Cárcere, obra publicada no ano da sua morte, em 1952.

Algumas Obras de Graciliano Ramos

Resumo do livro São Bernardo

A prosa de Graciliano Ramos reproduz algumas qualidades do próprio universo que ele critica.São Bernardo e narrado em Primeira pessoa o retrado de Paulo Honório um fazendeiro amargo e solitario que aos cinquentas anos decide escrever suas autobiografia Paulo tenta obter a ajuda de amigos que conheçam melhor a parte da escrita,mas o desentendimento quanto ao tom e ao estilo o levam a assumir narrativa sua intencão repassa e entende a propria vida,buscando sentido de uma existência frustada,que se revela após o suicidio de sua esposa,Madalena.

Sua trajetória social foi a de um lutador que sobrevivel ao sertão e soube se servir de bom negócios .Porém o espirito da esposa sempre com os empregados da fazenda choca-se frontalmente com os metádos brutais do marido que chega a suspeitá-la de “Comunista””Subeversiva e “adultera”.São Bernardo e um grande romance sobre a dúvida e o ciúme. São Bernardo é certamente um grande romance a consciência limitada e angustada de Paulo Honório,que busca em vão compreender o seu drama com Madalena,não se casa bem com a escrita culta e refinada de Ramos.

Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a presença,

não é necessário mais nada.Graciliano Ramos

Comidas Típicas Africanas

Danças Africanas

Trabalho de PortuguêsEquipe:

Aliane,Tamara,Roseane,Gessica,Núbia,Dinorá,Marli,Vitor,Phablo,Gisele.

3º ano I