segunda 12 de outubro de 2015

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Em uma união inédita da Ipsos, IVC (Instituto Veri- ficador de Comunicação) e Comscore, foi desenvol- vida nova metodologia que cruza os dados dos três institutos de pesquisa para se chegar a novos núme- ros de audiência dos jornais. A iniciativa é resultado de um pedido da ANJ (Associação Nacional de Jor- nais). O diretor-geral da Ipsos Connect, Flavio Ferrari (foto), fala que o objetivo é dar a real dimensão da audiência das publicações nas diversas plataformas. “A leitura vem aumentando exponencialmente, nun- ca se leu tanto jornal como agora”, ele diz. pág. 21 Jornais ganham nova métrica Talent Marcel se apresenta Arthur Sadoun (abaixado na foto), CEO global da Publicis Worldwide, e Paulo Giovanni, chairman da PWW no Brasil (à direita), participaram do lançamento da Talent Marcel. Nova agência tem José Eustachio (à esq.) como chairman e João Livi, ao lado de Giovanni, no cargo de CEO. pág. 16 Alê Oliveira EXECUTIVOS DA FIFA SÃO SUSPENSOS pág. 21 Marçal Neto MARCAS Pelo terceiro ano consecutivo, a Apple lidera o ranking Best Global Brands da Interbrand; a lista das cem empresas mais valiosas segue com Google e Coca-Cola pág. 7 R$ 9,50 ANO 51 - Nº 2568 - São Paulo, 12 de outubro de 2015 ÍNDICE Marketing Day ................................................................. 11 Beyond the Line.............................................................. 11 Madia .................................................................................... 14 Talent Marcel é apresentada...............................16 Jornais têm nova métrica ....................................... 21 Adobe Max ........................................................... 22 e 23 Supercenas....................................................................... 24 SBT prepara Teleton .................................................28 Ebap 2015 ..........................................................................29 Especial Dia das Crianças .......................... 30 e 31 Quem Fez ......................................................................... 32 Z+ cria campanha para HB20............................ 33 Marcas & Produtos.....................................................38 Cresce mercado de games....................................39 Breaks e afins ................................................................ 40 Editorial ................................................................................. 2 Dorinho.................................................................................. 2 Entrevista ............................................................................4 Hall da Fama do Marketing....................................6 Mundo.com.........................................................................6 Best Global Brands ...................................................... 7 Lula Vieira........................................................................... 8 Hall da Fama tem mais 38 Academia Brasileira de Marketing elegeu mais 38 profissionais para o Hall da Fama. Entre eles, está Sergio Gordilho (foto), da Africa. pág. 6 Divulgação Alê Oliveira ON E OFF DEVEM SE UNIR Federico Grosso (foto), da Adobe, fala que esta não é a hora de separar áreas on e offline. págs. 22 e 23 E o consumo consciente? Em homenagem ao Dia das Crianças, o propmark convidou seis agências para criar sobre consumo consciente, tema de uma matéria especial. Aci- ma, destaque para desenhos feitos no anúncio da Lew’Lara/TBWA. DM9DDB, Full Jazz, Matriz, Ogilvy e Publicis também participam. págs. 30 e 31 Divulgação DIA DAS CRIANÇAS

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Em uma união inédita da Ipsos, IVC (Instituto Veri-ficador de Comunicação) e Comscore, foi desenvol-vida nova metodologia que cruza os dados dos três institutos de pesquisa para se chegar a novos núme-ros de audiência dos jornais. A iniciativa é resultado de um pedido da ANJ (Associação Nacional de Jor-nais). O diretor-geral da Ipsos Connect, Flavio Ferrari (foto), fala que o objetivo é dar a real dimensão da audiência das publicações nas diversas plataformas. “A leitura vem aumentando exponencialmente, nun-ca se leu tanto jornal como agora”, ele diz. pág. 21

Jornais ganham nova métrica

Talent Marcel se apresenta

Arthur Sadoun (abaixado na foto), CEO global da Publicis Worldwide, e Paulo Giovanni, chairman da PWW no Brasil (à direita), participaram do lançamento da Talent Marcel. Nova agência tem José Eustachio (à esq.) como chairman e João Livi, ao lado de Giovanni, no cargo de CEO. pág. 16

Alê Oliveira

EXECUTIVOS DA FIFA SÃO SUSPENSOS

pág. 21

Marçal Neto

Marcas Pelo terceiro ano consecutivo, a Apple lidera o ranking Best Global Brands da Interbrand; a lista das cem empresas mais valiosas segue com Google e Coca-Cola pág. 7

R$ 9,50ANO 51 - Nº 2568 - São Paulo, 12 de outubro de 2015

Í N D I C EMarketing Day .................................................................11Beyond the Line ..............................................................11Madia ....................................................................................14Talent Marcel é apresentada ...............................16Jornais têm nova métrica .......................................21Adobe Max ........................................................... 22 e 23Supercenas .......................................................................24SBT prepara Teleton .................................................28Ebap 2015 ..........................................................................29Especial Dia das Crianças ..........................30 e 31Quem Fez .........................................................................32Z+ cria campanha para HB20 ............................33Marcas & Produtos .....................................................38Cresce mercado de games ....................................39Breaks e afins ................................................................ 40

Editorial .................................................................................2Dorinho ..................................................................................2Entrevista ............................................................................4Hall da Fama do Marketing ....................................6Mundo.com.........................................................................6Best Global Brands ...................................................... 7Lula Vieira ........................................................................... 8

Hall da Fama tem mais 38

Academia Brasileira de Marketing elegeu mais 38 profissionais para o Hall da Fama. Entre eles, está Sergio Gordilho (foto), da Africa. pág. 6

Divulgação

Alê Oliveira

on e off deveM se unirFederico Grosso (foto), da Adobe, fala que esta não é a hora de separar áreas on e offline. págs. 22 e 23

E o consumo consciente?

Em homenagem ao Dia das Crianças, o propmark convidou seis agências para criar sobre consumo consciente, tema de uma matéria especial. Aci-ma, destaque para desenhos feitos no anúncio da Lew’Lara/TBWA. DM9DDB, Full Jazz, Matriz, Ogilvy e Publicis também participam. págs. 30 e 31

Divulgação

DIa Das CrIaNças

*LIBERDADEA ANJ (Associação Nacional de Jornais) realiza na próxima sexta--feira (16) a entrega do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2015, em São Paulo. A premiação será entregue à ministra Cármen Lú-cia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, relatora da ação que considerou inconstitucional a exigência de autorização dos inte-ressados (biografados e seus legí-timos representantes) para publi-cação de biografia. Será apresen-tado ainda o relatório de liberdade de imprensa no Brasil. O evento contará ainda com a presença de Larry Kilman, secretário-geral da WAN-IFRA (Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias). Ele deve falar sobre a liberdade de imprensa pelo mundo.

*EMPREENDEDORESO Lide – Grupo de Líderes Empre-sariais realiza entre os dias 13 e 15 de novembro o 6º Fórum de Empreendedores, em Campos do Jordão (SP). O encontro vai reunir investidores e empresários.

*AGRICULTURAA revista Exame, da Editora Abril, promove, no próximo dia 26, em São Paulo, evento que vai discutir como será a agricultura

A matéria publicada no propmark, edição de 5 de outubro, nos dá uma ideia de como seria a vida do consumidor se ele tives-se de pagar pelos fantásticos custos de se fazer um meio de comunicação de qualidade, apenas com o conteúdo editorial, sem publicidade.

A matéria nos leva também a discernir sobre valores que até agora o consumidor comum não teve a menor curiosidade de avaliar. E por falar em consumidor comum, vale lembrar que também existem os consumidores supercomuns, aqueles que não pensam e nem têm a menor ideia de como foi possível colocar uma imagem de TV ou texto de jornal ou revista face a face com ele no aconchego de seu lar.

Comparativamente, é mais ou menos como abordar um religio-so, daqueles que acreditam cegamente nas promessas do diri-gente que lhes garante que já tem um lugar separado no céu exclusivamente para os que pagam um dízimo cada vez mais alto, que fica na contemplação de anjos e querubins tocando harpas e saboreando manjares celestiais, mesmo que à custa do sacrifício da própria família. A mulher quer dinheiro para comprar o leite das crianças, mas o pai entende que o dízimo é mais importante do que tudo.

Acreditar que é possível fazer um meio de comunicação sem contar como a participação de publicidade é mais ou menos a mesma coisa, miopia no mais alto grau.

Penso que seria mais importante estimular o uso de bloque-adores do mau gosto e da violência que grassa nos nossos meios de comunicação. Tem dois programas na televisão em

São Paulo, daqueles que ‘se espremer sai sangue’, nos quais seus apresentadores pleiteiam a pena de morte o tempo todo, quando todos sabemos que a maior parte da violência é fru-to da falta de educação. Poderíamos, bloqueando o que não presta na mídia, dar um passo importante para ajudar até o mais comum dos consumidores a refletir sobre sua vida, que é movida a livre arbítrio, liberdade de pensamento e, como bem ensinou Jean Paul Sartre, cada um é responsável por suas escolhas: “a vida é um permanente exercício de equilíbrio entre escolha e consequência...”

Voltando ao mundo sem publicidade, poderíamos fazer uma brincadeira na comparação do mundo que temos com aquele imaginado por alguns, felizmente poucos, que têm intolerância à publicidade. Quem sabe assim, eles entenderiam melhor o mundo em que vivemos.

Um mundo sem publicidade seria como um mundo sem as mulheres ou um mundo em que as mulheres perdessem o en-cantamento.

Seria como o futebol sem Pelé e Garrincha. Seria como o Brasil sem o Rio de Janeiro e a Bahia. Enfim, seria como se os nossos meios de comunicação perdessem a cor, completamente.

Seria um horror.

Por isso, proponho trocarmos o tal “ad block” por “bad taste blok”.

*VP executivo da Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda)

Mudanças

Nenhum tipo de mídia de massa desapareceu do mercado, mesmo as que surgiram em tempos imemoriais

O parlamentar identificou anúncios de programas co-mo o Mais Médicos, de slogans como “Pátria Educadora” e de empresas públicas, como a Caixa e os Correios, em sites pornográficos e de download ilegal de filmes e mú-sicas.

O deputado Sandro Alex, um dos sub-relatores da co-missão, diz ter feito um levantamento nos 50 maiores sites de conteúdo ilícito do Brasil, que, entre fevereiro e julho deste ano, tiveram um bilhão de visualizações. Segundo o parlamentar, ao patrocinar um site criminoso, você está financiando o ilícito. Você pode ser solidário ao crime, afirmou o deputado, para quem a presença do governo federal e de marcas importantes do Brasil nesses sites, co-mo Ford, TAM, Dell e Citröen, além da Caixa Econômica Federal e dos Correios, dão credibilidade ao ilícito.

Edinho Silva, da Secom, afirmou que o governo não tinha conhecimento dos fatos relatados na CPI, reconhe-cendo serem de extrema gravidade, mas qualificando o governo federal como vítima nesse imbróglio.

Edinho Silva prometeu que o governo tentará identifi-car e processar os responsáveis pela publicidade governa-mental nesses sites ilegais.

Segundo ele, a destinação das verbas é feita com base em critérios técnicos.

3. O projeto do senador Romário demorará para dar frutos, mas lá adiante fará com que os abusos diminuam tendo em vista um maior número de brasileiros passar a

conhecer melhor e mais detalhadamente os enunciados da Carta Magna.

O projeto de Romário, se transformado em lei, será o seu maior gol de placa.

4. Repercutiu intensamente no mercado o resultado da pesquisa do Instituto Nielsen, realizada em 60 países, dentre os de maior poder econômico, indicando que a publicidade na TV, e em outras mídias tradicionais, tem mais credibilidade em relação ao meio digital.

A pesquisa foi manchete da última edição do propmark, chamando o leitor para amplo esclarecimento sobre a sua metodologia em página interna dessa edição.

Aos poucos, a verdade vai sendo restabelecida: os no-vos meios não vieram para derrubar ninguém. Há espaço para todos e a convergência é o caminho natural de todos.

Já se disse aqui certa feita e pode ser repetido: nenhum tipo de mídia de massa desapareceu do mercado, mesmo as que surgiram em tempos imemoriais.

Não há dúvidas de que o novo, pela sua própria nature-za, tende a chamar mais atenção quando surge.

Logo depois, porém, as coisas se ajeitam, diante da oportunidade da comparação mais duradoura entre o que já estava dando certo e o que se apresenta com essa pro-messa. Que nem sempre se cumpre na intensidade com que foi oferecida.

1. O senador Romário, que tanto encantou os brasilei-ros com o seu futebol-arte, prossegue sendo um craque na vida política nacional.

Há pouco, acusado pela revista Veja de ter conta bancá-ria na Suíça, não fez por menos: tomou um avião e procu-rou o banco que teria emitido o extrato da “sua” conta-cor-rente no mesmo, cujo fac-símile foi reproduzido pela Veja.

Confiante de que era vítima de uma farsa, voltou com uma declaração do banco suíço de que aquele extrato era falso e ele, Romário, não possuía conta alguma no banco.

A revista Veja viu-se na obrigação de desmentir sua no-tícia e o fez com dignidade. Erros acontecem e algumas fontes, parecendo confiáveis, nem sempre assim são.

Pois esse mesmo senador Romário acaba de apresentar projeto de lei determinando que os jovens estudantes bra-sileiros tenham uma matéria a mais no seu aprendizado escolar: a Constituição Brasileira.

Achamos ótima a iniciativa do craque Romário, porque a maioria das pessoas em nosso país desconhece os dita-mes da Carta Magna e, por isso, se abstém de exigir mu-danças em dispositivos absurdos, como o que determina que os integrantes do STF sejam indicados pelo presidente da República, passando em seguida para o crivo do Parla-mento.

Se a própria Constituição abre seu texto estabelecendo que os Poderes da República são três: Executivo, Legis-lativo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si, como pode depois determinar que os integrantes da mais alta corte do Judiciário sejam escolhidos pelo chefe de Es-tado (Executivo), submetendo-se depois a uma confirma-ção do Legislativo?

Além da contradição que o dispositivo contém, há a desconfiança por ele provocada: no caso de o STF ter de julgar a todo chefe de Estado (Executivo), sempre perma-necerá a dúvida de que não haverá isenção suficiente para isso por parte no mínimo daqueles que foram nomeados pelo atual governante.

Temos a certeza que discutindo esses pontos controver-sos com os jovens em sala de aula, o futuro apresentará mudanças nessas disposições feitas propositalmente para servirem de válvulas de escape, como tem ocorrido em boa parte das decisões da Alta Corte ultimamente em nos-so país.

2. Além desse tipo de aprendizado, os estudantes per-ceberão também que, em muitos pontos, a nossa Carta Magna estabelece proteções e liberdades aos governantes, a ponto de eles se confundirem como proprietários do Es-tado brasileiro, quando na verdade são apenas servidores.

Trocando-se esse conceito, também tão comum nos dias que correm, passaremos a evitar situações esdrúxulas como a que foi denunciada em audiência pública na últi-ma semana na CPI dos Crimes Cibernéticos da Câmara dos Deputados.

Nessa ocasião, o deputado Sandro Alex (PPS-PR) apre-sentou dados que, em sua opinião, comprovam que o go-verno federal e empresas de diversas áreas anunciam em sites considerados piratas. A exposição foi feita na presen-ça do ministro-chefe da Secom, Edinho Silva.

Um mundo sem publicidadeHumberto Mendes*

D O R I N H O

estimulou empresários do seg-mento de agência de comunica-ção publicitária a fazer o mes-mo, tornando a disputa mais valiosa?

*FRASES1. “Confiando nas urnas eletrô-nicas, o sapo barbudo pavimen-ta a sua candidatura para 2018.”

(Leonel Brizola, se estivesse vivo)2. “Numa reunião ministerial, aquele tédio, e o Levy pegou no sono! Eu acho que ele pegou no sono há uns dez anos!” (José Si-mão, Folha, 6/10)3. “Não basta ser bem-sucedido. Os outros também precisam fra-cassar.” (Gore Vidal, no “Duailibi Essencial”, Editora Campus)

do futuro e quais inovações tec-nológicas ditarão as tendências do agronegócio brasileiro e aju-darão o campo a dar um salto de produtividade. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confir-mou presença. Ela deve debater sobre os entraves que impedem o agronegócio de avançar. Par-ticipam do fórum o biólogo Fer-nando Reinach, com a palestra “Como construir a agricultura do futuro”; e os presidentes da John Deer e da Accenture, Paulo Herr-mann e Roger Ingold, respectiva-mente, escalados ao lado do dire-tor da Precision Planning, José Carlos Carramate, para debater o impulso ao setor gerado por avanços tecnológicos que vão dos drones à computação em nuvem.

*MANDAMENTOSFrancisco Madia, presidente da MadiaMundoMarketing e da Abramark (Academia Brasileira de Marketing), prepara o lança-mento da nova edição, revista, atualizada e ampliada, de seu livro “Os 50 Mandamentos do Marketing”. A obra, editada pela M.Books, traz todas as referên-cias, inspirações e insights neces-sários sobre gestão e marketing para empresários, profissionais e estudantes de todos os setores. A primeira edição foi lançada em 2004 e conquistou dois Prêmios Jabuti, em 2005, nas categorias Melhor Livro de Administração e Melhor Livro Não-Ficção. O lan-çamento será no próximo dia 26, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.

*ELEIÇÕESAs eleições para a formação da nova diretoria da Ampro (Asso-ciação de Marketing Promocio-nal) para o biênio 2016-2017 já

estão em andamento. A assem-bleia geral que elegerá os novos integrantes está marcada para o dia 1º de dezembro e os asso-ciados que desejarem concorrer aos cargos já podem formar as chapas. As candidaturas deve-rão ser feitas até 3 de novembro. A Ampro é presidida hoje por Kito Mansano.

*HORÁRIO DE VERÃONo próximo fim de semana, começa o horário de verão de 2015, com início a partir da zero hora de 18 de outubro e duração até a zero hora de 21/02/16.O horário de verão brasileiro, es-tendido para as regiões Sul, Su-deste e Centro-Oeste, abrange o Distrito Federal e os estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Ge-rais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catari-na e São Paulo.

*COLUNISTAS SÃO PAULOO júri do Prêmio Colunistas S. Paulo, previsto para se realizar no dia 24/10, foi transferido pa-ra novembro, em data a ser ain-da determinada pela Abracomp.

*COLUNISTAS DESIGN BRASILA versão de 2014 do Colunistas Design Brasil terá vencedores re-lacionados na 6ª edição do Bra-sil Design Award 2015.Mais um importante reconhe-cimento do mercado à escolha anual dos jornalistas publicitá-rios.

*VOCÊ SABIA?Que, em palestra realizada em São Paulo na última quarta--feira, Nizan Guanaes lançou sua candidatura à presidência da Abap Nacional para 2018? E

editorialp+m

por Armando Ferrentini

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O Pro pa gan da & Mar ke ting é uma pu bli ca ção da Edi to ra Re fe rên cia Ltda. Rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP - CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766As ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria-men te a opi nião des te jor nal, po den do até mes mo ser con trá rias a ela.

Jor na lis ta res pon sá velAr man do Fer ren ti niDiretoresAr man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti niDiretor de redaçãoMarcello QueirozeditoresNeu sa Spau luc ciKelly Dores (Site)Alê Oliveira (Fotografia)editores-assistentes Cristiane MarsolaDaniel Milani Dotoli repórteresBárbara Barbosa (SP)Vinícius Novaes (SP)Mariana Zirondi (SP–Site)Rafael Vazquez (SP–Site)Ana Paula Jung (RS)Claudia Penteado (RJ)editor de arteAdu nias Bis po da Luzassistente Vanessa Franco de Bastossitewww.propmark.mobiwww.propmark.com.brredação Rua Fran çois Coty, 228 CEP 01524-030 – São Pau lo-SP Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766e- mail: re da cao@prop mark. com.brDepartamento ComercialDiretorRenato [email protected].: (11) 2065-0743 e (11) 94783-1208GerentesMonserrat Miró[email protected].: (11) 2065-0744Sergio [email protected].: (11) 2065-0750Departamento de MarketingGerente Máster: Tatiana Milani [email protected] JurídicoTiago A. Milani Ferrentini(OAB/SP nº186.504)[email protected] ComerciaisBrasíliaMeio e Mídia ComunicaçãoFernando [email protected]írito SantoDicape Representações e ServiçosDídimo [email protected] de São PauloHathor Business e MarketingLuciane Cristina [email protected]áRasera e Silva Representações LtdaPaulo Roberto Cardoso da [email protected] de JaneiroOriginal Carioca MídiaClaudia [email protected] CatarinaComtato NegóciosAnuar Pedro Jú[email protected]

2 j o r n A l p r o p A g A n d A & m A r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

3São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

“Queremos ser uma marca querida”ENTREVISTA Clovis TramonTina

Com 104 anos, a Tramontina tem como maior patrimônio a marca. De acordo com Clovis Tramontina, presidente da empresa, os produtos são todos iguais, o que os diferencia é a marca. "Só não compra a marca preferida quem não tem renda”, disse. Mesmo com o atual cenário, o empresário acredita que não dá para recuar. “Se achamos que a luz no fim do túnel está muito distante, é tempo de acelerar. Ou, quem sabe, inventar a própria lâmpada”. Nesta entrevista, ele também falou sobre a recente parceria com a australiana Breville para lançar eletroportáteis.

desafio. Por isso, nossa meta agora é fazer desta união um sucesso comercial no Brasil.Ultrapassamos os cem anos por-que nunca paramos de nos rein-ventar. Hoje estamos mais uma vez nos abrindo para a mudança, para uma nova experiência.

Qual é o conceito desta nova linha premium?Queremos atingir o mercado classe A. Antes tínhamos o Tramontina Design Colletion focado para este público, agora complementamos. É a primeira vez que entramos com a linha de eletroportáteis.

Qual é a estratégia de se manter na categoria premium, crescer em volume, sem popularizar seus produtos?Temos canais certos para dis-tribuição. A linha não vai ser vendida em todos clientes. São

mercado. Outra iniciativa, por exemplo, é que nós lançamos um tablóide para o fim do ano, porque os meses de outubro, novembro e dezembro são os melhores meses do ano. Fizemos parcerias com nossos forne-cedores e nossos clientes para reduzir margens e fazermos preços especiais em 50 linhas de produto, desde ferramentas, panelas, facas, móveis etc., com objetivo de mexer o mercado. Vai ser uma operação ganha--ganha. E uma forma de manter as fábricas trabalhando a pleno.

Como foi o ano de 2014? E quais as perspectivas de crescimento para 2015?Tínhamos projetado um cresci-mento de 17% para este ano com o cenário do ano passado. Só que estamos vendo o seguinte: se atingirmos o que fizemos no ano passado nós estamos satisfeitos.

p or Ana Pau la Jung

Depois de 104 anos, a Tramontina resolveu fazer um acordo de co-branding com a australiana Breville. É a primeira vez que faz uma parceria como esta. Como se deu o negócio?Foram dois anos de pesqui-sas nesta linha de produtos de eletroportáteis, quando descobrimos a Breville. Porém, eles queriam somente expor-tar e não vender com a marca Tramontina. Mas nós dissemos que só venderíamos se fosse com a nossa marca.

Vocês vão comercializar e fabricar no Brasil?Num primeiro momento, so-mente importar. A linha é 100% importada. Como a matéria--prima é o aço inox, isso vai possibilitar que a Tramontina seja, no futuro, fabricante da parte inoxidável e exporte para Breville. Então vamos fazer uma parceria mesmo. Vamos vender componentes para eles. Foi uma discussão, uma troca de ideias que durou dois anos para que as duas marcas assinassem em conjunto. Não foi fácil. Quando eles viram a força da distribui-ção da marca Tramontina, o serviço que nós temos e a força da marca eles disseram que en-contraram o melhor parceiro.

E a alta do dólar para a importação?Quando começamos a negociar este contrato com a Breville, o dólar estava no patamar de R$ 2,20. Mas não recuamos.

Vocês foram corajosos de fazer este lançamento no atual momento...Com certeza, não é uma decisão fácil ousar em um momento econômico tão delicado. Mas a Tramontina chegou até aqui não foi se escondendo das crises – e olha que já enfrentamos algumas nestes cem anos –, mas encaran-do cada uma delas, enfrentando as incertezas e ultrapassando nossos medos. Num momento em que já estamos esgotados de tantas notícias ruins, de tantos prognósticos negativos e de tanta indigestão política e econômica, é com muita alegria que anuncia-mos esta novidade tão positiva. Nós acreditamos no potencial e na força do mercado nacional. E no poder de superação dos brasileiros.

A crise econômica afetará os negócios?A gente não pode ser um avestruz que se esconde e não enxerga. Precisamos encontrar maneiras de tentar driblar. Este lançamento é uma das maneiras de entrar em outro nicho de

marca brasileira conseguem estar em terceiro lugar em vendas nos Estados Unidos? Porque é a Tramontina que tem a melhor panela do mundo. Sem medo de errar.

No Brasil, o maior vendedor de Tramontina hoje são as lojas Americanas. Como a marca está representada em todos os estados brasileiros? Vocês têm lojas próprias?Nós temos lojas próprias no Rio de Janeiro e em Salvador. Vamos colocar a segunda loja própria no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, e em Santiago do Chile. Temos lojas monomarcas que vendem só Tramontina no Rio Grande do Sul e em Santa Catari-na e os demais pontos de venda.

A Tramontina lança um produto novo a cada três dias? Como faz para ter tantas novidades?Estamos sempre inovando. Te-mos 18 mil itens.

A marca está iniciando no mundo digital com campanha de conteúdo. Por que somente agora? Quais são os planos nesta área?Nós entramos em televisão em 83. Por que não entramos antes? Porque foi quando surgiu a oportunidade. No meio digital, estamos entrando agora porque surgiu a oportunidade. Mas eu digo que esta é “mais uma” estratégia. Não é “a” estratégia. Eu entendo que o e-commerce é um canal de vendas e a loja física nunca vai desaparecer. Na propaganda, é a mesma coisa, a mídia digital é um canal, mas têm outras mídias que são tão importantes quanto.

A Tramontina está fazendo um trabalho de internacionalização da marca? Como está sendo feito este trabalho?Hoje nós temos 11 unidades próprias no exterior, um departamento de marketing, em Porto Alegre, que faz toda divulgação internacional da marca Tramontina, e, local-mente, fazemos atividades. Por

exemplo, estive na Nova Guiné e vi que a Tramontina está mui-to bem presente e bem divulga-da lá, principalmente no ponto de venda. Temos alguns países que Tramontina é sinônimo de faca, como na Argentina. A nossa mídia é mais o B2B no exterior do que B2C. É bem mais no ponto de venda, algu-mas revistas de bordo, alguma campanha de televisão. É muito localmente.

Através da JWT, a marca tem conquistado diversos prêmios, inclusive Leões em Cannes. Como vocês veem isso?A marca vê isso como uma ação bárbara. Mais do que uma marca industrial, nós queremos estar na mente e no coração das pes-soas. Eu sou fanático por marca. Somos a 11ª marca de prestígio pela revista Época no Brasil. No ranking aparecem só três marcas brasileiras. Somos a terceira em confiança, só perdemos para Nestlé e J&J. Imagina que coisa fantástica. A revista Exame publicou que a Tramontina é a marca número um no “Master Chef” mesmo sem comercial.

Como a marca quer ser reconhecida?Mais do que uma marca indus-trial que assina 18 mil itens, que-remos ser uma marca querida. E já estamos no caminho. O que vai fazer a diferença é a marca. Os produtos são iguais. A marca carrega valores. Que valores são esses? Valor de transparência. Isso é muito importante. A ju-ventude, por exemplo, não quer saber de uma empresa que mata bichinho, que desmata floresta, que polui rios. Eles escolhem uma marca que não faz isso. E a marca Tramontina carrega isso.Se alguém tiver opção de escolha entre comprar uma água mineral qualquer, sem marca nenhuma, ou uma água da Nestlé para dar ao filho pequeno, qual delas vai comprar? A Nestlé, é claro, mesmo que ela custe mais caro. A pessoa só não compra se não tiver renda. É aí que está o peri-go do desemprego.

“Eu entendo que o e-commerce é um canal de vendas e a loja física nunca vai desaparecer. Na propaganda, é a mesma coisa, a mídia digital é um canal, mas tem outras mídias

que são tão importantes quanto.”

Divulgação

clientes “ponto com” e lojas de presentes. São estas lojas, cerca de 300 pontos, que dão status para os produtos porque dão um direcionamento premium.

Qual foi o investimento na parceria com a Breville?Investimento de muito trabalho, de certificação dos produtos junto ao Inmetro, tradução dos manuais para o português. O maior investimento é o estoque. Nosso casamento é para sempre.

Quanto a Tramontina vai crescer com a nova linha de eletroportáteis?Isso é nicho de mercado. Para o volume total da Tramontina isso representa muito pouco.

Mesmo com a concorrência da China, que tem produtos mais baratos, como as panelas da

No ano passado, foram R$ 4 bilhões. Ou seja, vamos manter as fábricas.

Qual é o conselho que o senhor dá a outros empresários para enfrentar a crise?Onde há crise, há oportunidade. E se achamos que a luz no fim do túnel está muito distante, é tem-po de acelerar. Ou, quem sabe, de inventar a própria lâmpada.

Como vocês encaram este novo desafio?Para uma empresa com mais de um século dedicado quase que exclusivamente à fabrica-ção própria de seus produtos, juntar-se a outra marca é uma ousadia e tanto. Mas escolhemos bem o parceiro de jornada. Além do mais, nós gostamos de ousar e, principalmente, de inovar. E gostamos ainda mais de um bom

4 j o r N a l p r o p a g a N d a & m a r k E t i N g - São paulo, 12 de outubro de 2015

5São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

6 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

Se eu comprar na loja física, vindo de uma campanha com o dinheiro do e-commerce, isso vai valer para a meta dessa área? Como eu mediria e daria o crédito para a mídia do e-commerce neste caso?

Se a campanha no Google é responsabilidade da agência de performance, uma palavra que não tenha uma boa performance no e-commerce será sempre pausada?

Realmente a performance direta no celular não é boa, então devemos não aparecer para esse consu-midor em potencial?

A resposta atual para todas essas perguntas está longe de ser a ideal. Não só a busca, mas toda a disciplina de marketing digital, tem ficado cada vez mais apenas sob responsabilidade do e-commerce das empresas.

Durante todo este ano, tive essa mesma discussão, empresa após empresa, diretor após diretor. Entendo que está cada vez mais difícil estruturar as empresas para tentar atingir este consumidor omni-tudo. Mas esse problema precisa ser endereçado, e rápido!

A sensação que eu tenho é que todos os profissio-nais, que entendem de marketing digital, estão alo-cados no e-commerce.

Os departamentos de marketing ficaram restritos ao offline.

E suas agências se acomodaram, criando apenas pa-ra esse meio. Só que estamos falando de mais de cem milhões de pessoas. É muita gente para abor-darmos apenas no momento da compra.

Há muito ainda para entender e fazer...

Como parte desse processo de compreensão das melhores estratégias para performance, vale conferir conteúdo do evento do IAB Brasil no próximo dia 27, em São Paulo. O título é Branding & Performance.

[Continua na próxima edição...]

No fim de semana passado, estava no Shopping Mo-rumbi, precisando urgentemente comprar um tênis novo para meu filho (como pode o pé deles crescer tão rápido?).

Instintivamente, puxei meu celular e busquei: “Com-prar tênis infantil no Shopping Morumbi”. Esses fo-ram os meus resultados: - Tênis infantil marca 1- Tênis infantil marca 2- Tênis infantil marca 3

Ou seja, nem um anúncio sequer suprindo a minha necessidade. Comprar online é invariavelmente uma ótima opção – eu prefiro essa, é claro –, mas desta vez essa compra não tinha sido planejada.

Hora do contra-ataque. Não consegui evitar e pas-sei a procurar um culpado pela falta de anúncio dos meus clientes.

Liguei para a minha equipe, que atende a um cliente de roupas infantis da nossa carteira – que inclusive tem loja no Shopping Morumbi –, e obtive a seguinte resposta:

“Não cobrimos esse tipo de busca no celular porque não converte e o ROI da nossa campanha cai”.

Para mim, isso não faz sentido. Só porque eu não quero comprar via celular no e-commerce, não vou ser impactada pela marca que está a 200 metros de mim?

Sou a consumidora mais fácil de converter, estou ao lado da loja, dizendo exatamente o que eu preten-do comprar e, em vez de um cupom de desconto, não recebo nem um mero anúncio dizendo o piso da loja?

Inconformada, iniciei uma jornada de questionamen-tos, que precisam ser respondidos. Vamos lá!

Se eu estava buscando online e querendo comprar na loja física, quem precisa dar o budget para esse tipo de campanha: o e-commerce ou o marketing? *CEO da Blinks e integrante do Comitê de Performance do IAB Brasil

mundo.com

quem é responsável pelo digital na sua empresa?

Está cada vez mais difícil estruturar empresas para tentar atingir o consumidor

Pula Puppi* [email protected]

A Academia Brasileira de Marketing elegeu na se-mana passada mais 38 profissionais (veja lista

abaixo) para o Hall da Fama do Marketing Nacional. Entre os nomes estão Paulo Gregoraci, vice-chairman e COO da WMcCann Brasil; Walter Longo, presiden-te da Grey Brasil; Sergio Gordilho, copresidente e dire-

tor-geral de criação da Africa; e Luiza Helena Trajano, presidente da Magazine Luiza.

Com os novos integrantes, passam a ser 88 os hall of famers da Abramark, que reconhece profissionais e empresários por sua contribuição para a construção e o fortalecimento de um marketing moderno e ético.

Abramark elege novos nomes para o seu Hall da Fama

Mercado Entre os profissionais estão Marcio Oliveira e Luiz Leite

profissionais agência / empresa

os 38homenageados

profissionais agência / empresa

*Deixou a agência em 2008

**Entre 1976 a 2006

Mercado Google e Coca-Cola aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente, na pesquisa “Best Global Brands” deste ano

Apple lidera ranking da Interbrandp or C lau dia Pen tea do

Pelo terceiro ano consecutivo Apple, Google e Coca-Cola são

as marcas globais mais valiosas, de acordo com o ranking anual “Best Global Brands” da Inter-brand, que apontou uma lista das 100 mais (veja ao lado a lista das 50 mais). Nesta edição, a Apple está avaliada em US$ 170,276 bi-lhões, 43% a mais que no ranking anterior, enquanto o Google teve 12% de valorização, chegando a US$ 120,314 bilhões. A Cola-Cola perdeu 4% de valor e está avalia-da em US$ 78,423 bilhões.

As novidades ficam por conta da Amazon, que entrou pela pri-meira vez entre as dez primeiras – justamente na décima posição –, e o fato de a IBM ter sido “ul-trapassada” pela Microsoft, que passa a ocupar o quarto lugar no ranking, enquanto a IBM foi para o quinto, seguida de Toyota, Sam-sung, GE e McDonald’s.

Daniella Bianchi, diretora--geral da Interbrand, fala que este não foi um ranking de grandes surpresas. As marcas de tecno-logia continuam dominando, enquanto a Coca-Cola segue bra-vamente mantendo a terceira po-sição, com desafios bem maiores do que as demais. “Sua missão é mais complexa. As marcas de tec-nologia foram criadas no mundo digital, já nasceram inovadoras, surpreendendo. A Coca-Cola tem uma gestão de marca muito evo-luída e impecável, e o posiciona-mento da felicidade valoriza a experiência e é muito consistente. Sem falar nas demais ações da empresa focando a sustentabili-dade, por exemplo”, analisa.

André Matias, diretor de es-tratégia e avaliação de marcas da Interbrand em São Paulo, fala que a Amazon foi uma das marcas de maior crescimento neste ano por-que conseguiu expandir sua atua-ção – um bom exemplo que apon-ta a direção que as marcas de me-

lhor performance estão seguindo, procurando se tornar muito mais do que um produto ou um servi-ço. Outro bom exemplo é a Lego, que pela primeira vez figura no ranking (na 82ª posição), pois transcendeu os bloquinhos de plástico que lhe deram fama para uma empresa de entretenimento que virou game, filme e um mun-do de possibilidades. “A dominân-cia clara das marcas de tecnologia

no ranking deste ano reflete o su-cesso destas marcas em fazer par-te da vida das pessoas por meio de seus produtos e serviços”, ana-lisa Matias.

EscândAloVale destacar também a força das marcas de automóveis como Toyota e Nissan, que vêm conse-guindo se reinventar a partir da tecnologia e de automóveis ecolo-

gicamente corretos. A Toyota va-lorizou 16% neste ano, enquanto a Nissan subiu algumas posições no ranking ao crescer 19%. Já a Volkswagen desceu da 31ª para a 35ª posição, após viver um es-cândalo de fraude em motores que culminou na renúncia do CEO global e a abertura de in-vestigações nos Estados Unidos e na Alemanha. “Precisamos ob-servar como a Volks figurará no

ranking daqui para frente. Minha avaliação é que a empresa reagiu rapidamente às denúncias, ao contrário de outras que passaram por escândalos no passado, como a BP, mas foram lentas na reação e desapareceram por completo do ranking”, comenta Daniella.

O ranking da Interbrand não realiza pesquisas específicas, mas vale-se de informações disponí-veis no mercado, além de levan-

tamentos anteriores da própria empresa, e leva em conta três aspectos fundamentais: perfor-mance financeira, papel da marca na decisão de compra do consu-midor e indicadores de fôlego pa-ra continuar crescendo no futuro.

Este ano, além de Apple, Amazon e Nissan, as marcas que mais cresceram foram Facebook (+54%) e Hermés (+22%). “A Her-més apresenta uma performance consistente e está, como outras marcas de luxo como Moet & Chandon (que figura pela primei-ra vez no ranking) e Louis Vuit-ton (20ª posição), renovando seu posicionamento. O mercado asiá-tico certamente é responsável por boa parte do crescimento dessas marcas”, analisa Daniella.

Figuram pela primeira vez no ranking, além da Lego e da Mo-et & Chandom, as marcas PayPal (97ª posição), Mini (98ª) e a chi-nesa Lenovo, na lanterninha, com a 100ª posição e um valor de US$ 4,114 bilhões. É a segunda chine-sa a entrar no ranking, depois da marca de tecnologia Huawei, que já ocupa a 88ª posição.

As marcas brasileiras, mais uma vez, não figuram no ranking das 100 maiores globais. E, certa-mente, não figurarão por algum tempo, uma vez que os critérios são bastante desafiadores.

Daniella explica que é preciso ter presença consistente em pelo menos três continentes diferentes e 30% de seu faturamento vin-do de regiões diferentes de sua origem. A marca Itaú tem força internacional e fôlego financeiro, mas sua robustez ainda está con-centrada na América Latina. Em dezembro deste ano sai o ranking de marcas brasileiras. Um dos te-mas tratados com mais especifici-dade serão os patrocínios.

“Fizemos uma pesquisa AdHoc sobre o tema e vamos avaliar co-mo os patrocínios influenciam na prosperidade das marcas”, adian-ta Daniella.

posição2014 Marca valor

( em us$ bi ) cresciMento

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As 50 mAIs

posição2014 Marca valor

( em us$ bi ) cresciMento

26272829303132333435363738394041424344454647484950

7São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Fonte: Interbrand

vida estabelecendo enfoques e prioridades. Bem, antes de mais nada, seria bom eu saber o que tinha aconte-cido, já que à primeira vista eu estava completamente fodido.

Se alguém entrasse na sala eu não teria uma boa expli-cação. Ou melhor, não teria explicação. Nem o Cerveró tinha sido pego em situação mais constrangedora.

Dizer o quê? O clássico “não é nada disso que você está pensando?” “Só falarei em juízo”, “Isso é uma armação política!” Mas somente duas pessoas poderiam saber o que aconteceu. E uma delas estava com amnésia. A outra morta.

Bom, daí eu tomei uma decisão. Parar de escrever his-tórias de mistério, pois faz semanas que eu não consigo pensar em outra coisa.

Como sair dessa situação? Talento para criar a confusão eu tive. Mas não estou conseguindo resolver a embrulha-da que inventei.

Foi assim quando eu criei minha agência. Foi assim quan-do aceitei fazer palestras na Fundação Getúlio Vargas. Foi assim quando aceitei ser colunista da Rádio Estadão.

O que é pior, foi assim quando aceitei fazer crônicas se-manais aqui neste jornal.

Fiquei com a obrigação de escrever coisas inteligentes a cada sete dias. Mal sei escrever toda semana, imagine coisas inteligentes. Isso me lembra um pouco o que eu sentia quando conseguia convencer a namorada a ir para o motel.

No caminho eu ia pensando: e agora? Vai funcionar? Ela vai rir da minha cara? Vai rir do meu pinto? Não vai rir? Vai chorar? A grande vantagem é que, escrevendo fic-ção, você pode desistir de tudo e pedir penico. Na vida não.

E eu estou aqui na sala da cliente. Nua e morta. E – o que é pior – sem a conta. Também não consigo me lembrar do que aconteceu.

Me sinto meio Dilma. Será que existe saída?

Como se fazia nos folhetins de antigamente, começarei com um resumo dos dois capítulos anteriores. Meus mais fiéis leitores se recordam.

Eu acordei na sala de reunião de meu cliente, importante multinacional, com uma enorme de uma dor de cabeça, e encontrei a diretora de marketing morta sentada em sua mesa, nua, com um rio de sangue escorrendo de sua cabeça.

Na sala em que nos encontrávamos não havia ninguém, a não ser um busto de Napoleão de bronze manchado de sangue.

Eu não me lembrava de nada, a não ser que o início da reunião tinha sido terrível, com a diretora me comunican-do que decidira trocar de agência.

Depois havia um lapso e, como numa passagem de tem-po através de uma fusão rápida, eu me encontrara sen-tado no sofá de couro da sala.

E ela morta. E nua, como já repeti diversas vezes, mas acho que é um detalhe (detalhe?) muito importante nes-ta história.

Como o leitor se lembra também, logo após meu regres-so ao mundo consciente, recebi dois telefonemas pelo celular. Um de uma repórter de um jornal especializado em propaganda me perguntando sobre a campanha que eu tinha ido apresentar.

Eu contei a ela que estava na sala com a cliente morta e nua, mas ela precisava “fechar a matéria” e tudo que queria saber era o resultado da apresentação e a verba.

Como eu não tinha respondido o que interessava, tam-bém não ouviu o que eu tinha acabado de dizer e des-ligou. A outra ligação foi do Paulo Castro, o diretor de criação que achou que a cliente estava morta por puro entusiasmo e estava nua simplesmente porque eu tinha resolvido dar uma rapidinha na hora do expediente.

Agora eu continuava do mesmo jeito. Sozinho e sem nin-guém para dividir o problema.

Daí me lembrei do Bob Kinsey, lendário formador de pro-fissionais da Young&Rubicam e resolvi organizar minha

lul a v ie ir a

Cliente nua e morta - final

Não estou conseguindo resolver a embrulhada que inventei

[email protected]

p or A na Pau la Jung

A Zeppelin, em parceria com a Perestroika, lançou o Mission

Control. Segundo os fundadores, esse é o primeiro laboratório aber-to de visualização de dados para análise em tempo real do Brasil. Desenvolvido pelo cientista de dados Ricardo Cappra, o Mission Control funciona como uma plata-forma aberta para uso de agências e empresas de todo o Brasil.

Liderado pela consultora Letí-cia Pozza, o Mission Control está instalado em uma sala estilo high tech bunker, equipada com seis telões com diferentes dashboards para visualização dos dados. O trabalho começa com um briefing com perguntas bem específicas so-bre o que o cliente quer saber para ter o objetivo da missão. Depois de 24 horas é feita a reunião na qual o cliente pode ver o monitoramento das redes sociais.

A experiência do usuário dura em média quatro horas, com pes-quisas específicas sobre o seu ne-

gócio. “O cliente vê, ao vivo, tudo o que estão falando no ambiente digital sobre sua marca ou seu pro-duto e também da concorrência”, conta Letícia.

O Mission Control é um centro de comando orientado por esta-tísticas matemáticas que coleta dados e informações abertas em várias fontes, incluindo Google, Google Analytics, Facebook, Twit-ter e Instagram. As informações são apresentadas de forma visual para apoiar a tomada de decisão. “Criamos um algoritmo que orga-niza e transforma esses números em informações qualificadas”, ex-plica Cappra.

A ideia, segundo Letícia, é proporcionar meios para que as empresas consigam definir suas estratégias de comunicação e re-lacionamento com o mercado a partir do comportamento do seu consumidor. “As informações aju-dam de várias formas, desde ter insights de ação, como também montar projetos de inteligência competitiva, visualizar perfis de

consumo, realizar brainstorms orientados por dados, monitorar a reputação da marca e gerenciar crises”, diz. “Não temos as respos-tas certas e nem queremos ter. A gente quer evidenciar o que os da-dos mostram e facilitar a tomada de decisão. A partir daí, é uma co-criação. Depois da experiência, o cliente sai com os insights prontos para transformá-los em ações. Nós entregamos as ferramentas”, fala Letícia.

As informações são apresenta-das em seis produtos diferentes: exploratório, analítico, criativo, performance, audiência e crise.

Conforme a necessidade, o cliente pode optar entre quatro formatos: sessões avulsas, sema-nais, quinzenais e mensais. “As decisões passam a ser tomadas com base em números e dados ob-jetivos e não apenas por intuição”, reforça Letícia. “A informação é qualificada quando é entregue para pessoa certa. Ensinamos a empresa a gerar a cultura de olhar para os dados”, finaliza.

Zeppelin e Perestroika criam laboratório Mission Control

Divulgação

Cappra: “Criamos um algoritmo que organiza e transforma esses números em informações”

Digital Plataforma pretende ajudar marcas a traçar estratégias

p or Bá rba ra Ba rb osa

O Vale do Silício, centro mun-dial da inovação, é consi-

derado a região mais evoluída com relação ao uso de big data – até aí, nada que surpreenda ou espante. Despontando posi-tivamente neste mercado tam-bém estão Suíça e Alemanha, enquanto o mercado latino--americano segue com desafios na implementação de tecnolo-gias, com países como Argenti-na e Chile demonstrando mais eficiência do que o Brasil. As informações são de Stephen Brobst, CTO da Teradata, multi-nacional californiana de big da-ta, análise de dados e aplicações de marketing que patrocinou um relatório, em parceria com a McKinsey, com informações a respeito do impacto das iniciati-vas de big data sobre as práticas e culturas organizacionais.

Realizado globalmente com 316 tomadores de decisão das áreas de tecnologia e informação em empresas líderes – das pesso-as ouvidas, 43% são da América do Norte, 34% da Europa, 22% da Ásia e 1% do Oriente Médio –, o relatório é resultado de um questionário elaborado pela For-bs Insights e revela a eficiência no uso de big data nessas regiões e, consequentemente, mostra a América Latina fora desse pool.

A maioria dos entrevistados relatou não apenas um investi-mento considerável em big data analytics, mas um expressivo retorno sobre este investimento. Em todas as categorias de inves-timento, cerca de 90% das orga-nizações relatam níveis médio e alto de investimento, e cerca de um terço considera seus investi-mentos “muito significativos”.

Além disso, cerca de dois terços dos entrevistados rela-tam que big data e iniciativas de análise de dados tiveram um

Brasil perde para Argentina e Chile no uso de big data

BrAsilEspecificamente sobre o Brasil, onde a Teradata também está presente, Brobst acredita que o país esteja atrás de outros da região, como Argentina e Chile, não apenas por razões culturais, mas, possivelmente, devido ao momento econômico pelo qual o país passa. “As marcas e em-presas precisam entender que não é só sobre usar a tecnolo-gia, mas conhecer mais o seu potencial para entender melhor seu consumidor. Para o Brasil, o momento é desafiador, mas o uso de big data pode inclusive ajudar no momento de crise”, diz. “Em alguns casos já percebemos um bom uso. O Brasil já usa big data, por isso a questão não é saber quanto tempo vai levar para ele ter valor, mas sim quando as or-ganizações vão começar a pensar nele como ferramenta importan-te. Uma vez que isso aconteça, as pessoas passam a reconhecer seu valor”, reforça o executivo.

impacto expressivo e mensurá-vel sobre as suas receitas. Entre as áreas mais impactadas pelo uso de big data apareceram cria-ção de novos modelos de negó-cios (54%); descoberta de novas ofertas de produtos (52%); e mo-netização de dados a empresas externas (40%).

A pesquisa também revela desafios culturais no uso de big data. De acordo com Stephen Brobst, entender que o uso de dados ultrapassa estratégias di-gitais é um deles. O executivo lembra que esse tipo de tecno-logia é uma ferramenta para entender melhor o consumidor em diversos aspectos, ajudando a construir marcas, desenvolver produtos e fazer investimentos mais assertivos em diversas áre-as e mercados.

“Ter tecnologia não é o sufi-ciente para o bom uso de big da-ta. É preciso trabalhar a questão cultural das empresas e esse é um desafio”, comenta Brobst.

Divulgação

Brobst: “Ter tecnologia não é o suficiente para o bom uso”

Mercado Executivo da Teradata fala sobre desafios do país

8 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

9São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

10 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

Mídia Modelo adotado pela empresa coloca painéis publicitários acoplados a sistema de coleta seletiva de lixo em pontos da Infraero

Coletiva faz um ano em aeroportos

p or Bá rba ra Ba rb osa

Há um ano a Coletiva – Ideias para o Futuro surgia no mercado como a primeira empresa a desen-

volver um modelo de mídia aeroportuária que, além de comunicar, valorizava a sustentabilidade. De lá para cá, a união da publicidade a questões sustentá-veis vem sendo feita por meio da coleta seletiva de lixo realizada a partir dos mobiliários desenvolvidos pela empresa especialmente para dez aeroportos do Brasil, totalizando, hoje, 989 telas publicitárias ins-taladas em pontos comandados pela Infraero.

De acordo com o diretor-associado da Coletiva, Claudio Santos, o modelo é considerado uma “mídia sustentável”, pois atende a três pilares fundamen-tais da sustentabilidade: a ambiental, por contribuir com a coleta seletiva de lixo, garantindo o descar-te correto de resíduos; o social, pois todo o resíduo recolhido é entregue a cooperativas de catadores, que têm sua renda complementada; e o econômico, uma vez que o investimento financeiro nesta mídia garante o desenvolvimento dos demais aspectos da cadeia.

“Funcionamos como uma mídia sustentável, que tem uma equipe dedicada a cada aeroporto onde estamos presentes, coletando diariamente os resí-duos para serem destinados às cooperativas. Com isso, mais de 200 toneladas de resíduos já foram co-

Claudio Santos: modelo pioneiro no país atende a questões sustentáveis Painéis acompanham a coleta seletiva em dez aeroportos e veiculam marcas, como a do Multishow

Fotos: Alê Oliveira e Divulgação

Propaganda do SporTV veiculada em espaço da Coletiva, que ajuda 16 cooperativas de catadores

letadas e resultaram em mais de R$ 170 mil para as cooperativas”, conta o executivo, lembrando que o modelo desenvolvido pela Coletiva é exclusivo para a Infraero.

ParCeriasEmbora tenha sido fundada há um ano, a disponibi-lização de publicidade nos painéis da Coletiva teve início em janeiro. De lá para cá, mais de 30 marcas já anunciaram nos espaços, entre elas Gol Linhas Aé-reas, Hyundai, Netshoes, SporTV, Bradesco, Ariel, Citibank, Cinemark, CNA, Multishow, Correios e Heineken, entre outras.

Ao todo, mil pontos de publicidade administra-dos pela Coletiva, entre modelos horizontais, verti-cais, estáticos e móveis, estão distribuídos entre os aeroportos de Congonhas, Santos Dumont, Interna-cional de Salvador, Internacional de Porto Alegre, Internacional de Recife, Internacional de Curitiba, Internacional de Fortaleza, Internacional de Ma-naus, Internacional de Cuiabá e Aeroporto da Pam-pulha.

No ano passado, estima-se que o público impac-tado pelos anúncios nesses pontos tenha sido de 74 milhões de pessoas. Em relação às cooperativas de catadores auxiliadas pela Coletiva, são 16 parceiras até o momento, num total de 450 pessoas beneficia-das pelo sistema. “Além da exposição da marca, ge-ramos resultados mensuráveis ambientais e sociais”, ressalta Santos.

Mercado Fundação Getúlio Vargas abrigou Marketing Day; o engajamento entre as marcas e o consumidor foi um dos assuntos da pauta

Profissionais debatem tendências“O engajamento é algo que

vai além de um like, de um comentário ou de comparti-lhamento”. A frase é de Adriana Molari, gerente de conections da Ambev, durante o FGV Marketing Day – Tendências e Experiências, realizado na semana passada, em São Paulo. Para ela, engajamento não pode ser medido dessa for-ma. “A pessoa pode curtir algo que uma marca postou e depois se esquecer”, afirma.

De acordo com Adriana, para que ocorra um engajamento, é necessário que haja união entre a empresa, que entrega algo que ela chamou de “reason to believe”, e o consumidor. “A partir de então, o consumidor passa a advogar a fa-vor da marca”, explica. “Engajar é uma forma de conectar mundos”.

Adriana citou alguns cases que ilustram formas bem-sucedi-das de engajamento. Um deles foi o movimento #WeAllLoveBeer. A campanha instalou câmeras escondidas em bares nos Estados Unidos e gravou o momento em que casais pediam bebidas ao garçom. Nesses casos, as mulhe-res quiseram cerveja e os homens drinques. O funcionário, no en-tanto, sempre voltava oferecen-do a elas os drinques e a eles as cervejas. O vídeo, que já tem mais de um milhão de acessos, virou hit nas redes sociais e mostra de uma maneira simples e criativa o preconceito velado no universo cervejeiro. “Certamente, muitas mulheres se sentiram represen-tadas e passaram a advogar a fa-vor”, diz.

O “Movimento por um Futebol Melhor”, iniciativa que dá benefí-cios aos sócios-torcedores dos clu-bes participantes, foi outro exem-plo citado por Adriana. “A ‘reason to believe’, neste caso, é de que o futebol pode ser melhor, isso é um exemplo de engajamento”, ex-plica. Os frutos colhidos até aqui

“Movimento por um Futebol Melhor” já reuniu mais de 60 clubes brasileiros, além de redes de supermercados

Fotos: Divulgação

Ana Paula Andrade: marketing cada vez mais humano

já reuniram 66 clubes e 69 redes de supermercado parceiras.

LOJAS FÍSICASPara Henrique de Campos Jr., professor da Fundação Getúlio Vargas, o comportamento do consumidor mudou bastante nos últimos anos. “Hoje, nós sabemos que a loja está no bolso de cada pessoa graças a tudo que a tecno-logia pode proporcionar”, disse.

Campos, no entanto, afirmou que existe um abismo entre o que o consumidor deseja e o que lhe é oferecido. “O consumidor esco-lheu esse caminho da tecnologia. Agora, cabe a nós acharmos cami-nhos para se adaptar a ele”, diz.

O especialista ainda citou pes-quisas que apontam para este ca-minho. De acordo com um estudo

feito pela Nic.br, 60% dos consu-midores brasileiros consultam produtos pelo meio online antes de concretizar a compra. Já outra pesquisa apresentada, feita pelo Google neste ano, revelou que 74% dos usuários de smartpho-nes olham os produtos dentro da loja. “A tecnologia gera tráfego pa-ra a loja”, enfatiza Campos Jr.

Mariana Manita, gerente de marketing da Fnac, fez um con-traponto. Ela questionou o por-quê de o cliente ainda ir até as lojas físicas, mesmo neste cenário tecnológico. Os motivos são vá-rios, de acordo com ela. “O cliente ainda vai até a loja física porque ele quer questionar e ser surpre-endido”, destaca.

Outro ponto que ela destacou foi sobre a informação que o con-

sumidor possui. “Ele chega na loja muito bem informado e, du-rante todo o processo de compra, fica com o celular na mão para questionar, se for preciso”, diz.

Ana Paula Andrade, presiden-te do Comitê de Trade Marketing da Ampro (Associação de Marke-ting Promocional), foi a responsá-vel por fechar o primeiro painel. Segundo ela, “o futuro do marke-ting é ser cada vez mais humano”. “O consumidor já decidiu que não vai haver barreiras”, afirmou.

Ela também falou sobre a im-portância do ponto de venda. “O trabalho no PDV é o lugar onde a gente faz o link do consumidor com os outros canais de venda”, explicou Ana Paula.

E-COMMERCEO e-commerce também foi assun-to durante o FGV Marketing Day. Leandro Guissoni e Tânia Veludo, professores da instituição, foram os responsáveis pela apresenta-ção do assunto e dar uma dimen-são do segmento no país.

De acordo com os especialis-tas, o Brasil gastou no ano passa-do, por exemplo, US$ 13 bilhões em e-commerce, o que represen-tou um aumento de 25% em re-lação ao ano anterior. O país, no entanto, é responsável por 53,3% das vendas de comércio eletrôni-co da América Latina. “Um bom exemplo de índice de conversão no Brasil é o Uol, o que pode ser resultado da parceria que a em-presa fez com o Deezer, platafor-ma musical, recentemente”, lem-bra Tânia Veludo.

Já Leandro Guissoni resumiu a atual situação do e-commerce no país em três palavras. “Estamos vivendo atualmente três pontos importantes, que são o cresci-mento do segmento, a captação e a busca por rentabilidade”, diz. Pelo lado do consumidor, Guisso-ni afirmou que “existe uma busca por parte dele do que há de me-lhor em cada e-commerce”.

2015

2015

CANNESSÃO PAULO

O Cannes Lions Road Show vai passar por São Paulo. Embarque.

Uma apresentação de Patrícia Weiss. Cases, tendências e insightscom a análise de uma das maiores especialistas brasileiras em

Branded Content, que já participou do júri de Cannes e é fundadora e chairman da BCMA (Branded Content Marketing Association).

Data: 22/10 Welcome coffee: 9h00 – 9h30 Apresentação e Q&A: 9h30 –11h00 Local: Rooftop 5 & Centro de Convenções (Complexo Tomie Ohtake)

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RIN

O C

OM

de uma linha imaginária da comunicação. A propaganda seria o Above the Line e o marketing promocional, Be-low. O nome da coluna veio para questionar essa linha. Below coisa nenhum!

A comunicação, o marketing não deveria ter linhas se-paradoras. Seríamos, então, Beyond the Line. Além da linha. Aliás, dane-se a linha! Essa era a pegada que nós decidimos adotar. Se, na época, a abordagem era ino-vadora e questionadora, hoje é mais do que oportuna. Com o tempo, fui atuando de forma bem mais abran-gente, tornando-me gestor de marketing de empresas, passando para o lado de “cliente” e voltando às origens, lidando com comunicação e marketing de forma mais abrangente.

E o Beyond the Line passou a ser uma abordagem mais ampla. E o bacana é que o nome atende às demandas bastante atuais de se pensar comunicação e marketing de forma mais holística e integrada, rompendo linhas di-visórias. Mais do que nunca, devemos pensar Beyond the Line. Uma linha mais recente fez uma separação entre on e offline. Separação esta que vem sendo derrubada.

Embora ainda persistam especialistas do universo online – assim como persistem aqueles dedicados unicamente ao marketing promocional (ou Live Marketing) –, todos estão sendo impulsionados a pensar no todo, sem bar-reiras ou divisões.

Outra linha preconceituosa foi criada para separar a pro-paganda (dita tradicional) das soluções online. E mais esse muro de Berlim vem sendo derrubado. Há termos moderninhos que pregam a atuação disruptiva, tentan-do desvalorizar o que é tradicional.

Pura bobagem! Pesquisas recentes demonstram clara-mente que os meios ditos tradicionais continuam mais fortes que nunca. Enquanto alguns apregoam o fim da TV, ela mostra-se mais eficaz do que nunca. Já tenta-ram “matar” o rádio e ele se reinventa e continua sendo super-relevante.

“Nunca se leu tanto jornal como agora”, diz a campanha da ANJ. E é verdade! Os meios mudam, mas os hábitos permanecem. Pois é assim que este colunista se enche de orgulho em saber que essa coisa de linhas divisórias é algo para continuar sendo questionado.

Danem-se as linhas. Nós somos Beyond the Line!

Já faz mais de sete anos que me foi dada a oportunidade de colaborar com este jornal. Exatamente em maio de 2008 foi publicado o primeiro texto desta coluna. Na época, eu era sócio de uma agência. A princípio, era uma coluna mensal, mas rapidamente passou a sema-nal, estando presente em todas as edições do propmark. Fazendo uma conta rápida, são mais de 350 artigos es-critos nesse tempo. Wow!

Ter a “obrigação” de escrever um texto de tamanho de-finido (um pouco mais de 4 mil caracteres) toda semana passou a ser um exercício muito prazeroso, mas também bastante estressante. Não pode ser um texto qualquer. Tem de ser algo que reflita bem o momento, que traga uma abordagem que mereça destaque e – o mais difí-cil – carregue um pouco da opinião do autor, já que é uma coluna assinada. E, ainda, que seja bem escrito e relevante para os leitores do propmark. Que responsa-bilidade!

Isso me lembra um pouco a responsabilidade dos re-datores de agências, que, todas as semanas, recebem briefings com demandas exigindo uma sacada criativa, inusitada, capaz de contribuir com a performance de produtos, empresas e instituições. E quando se produz algo excepcional, nem dá tempo de comemorar porque na semana seguinte tem mais briefings e mais outros, mais outros e mais outros...

Mesmo os escritores de sucesso relatam o estresse que é terminar um livro. Lembro de uma declaração de Jor-ge Amado afirmando que cada livro era um sofrimento. Quantas vezes vimos personagens de filmes lidando com a dificuldade de se gerar textos que merecem ser publi-cados.

Aquela famosa cena de centenas de folhas de papel sen-do jogadas no lixo (dos tempos em que não havia com-putadores pessoais). Pois bem, cá estou eu às voltas com mais um texto para a coluna Beyond the Line. E o que me inspira desta vez é o nome da coluna: Beyond the Line.

A escolha deste nome se deu em parceria com Marcello Queiroz. Procurávamos um nome coerente com a minha atuação profissional à época. Eu era sócio de uma agên-cia de marketing promocional, trade marketing e even-tos, além de VP da Ampro (Associação de Marketing Pro-mocional). Portanto, eu atuava no setor Below the Line.

Sim, havia uma divisão um tanto quanto pejorativa para o setor de marketing promocional, colocando-o abaixo

beyond the line

InspIração

Pesquisas demonstram que os meios ditos tradicionais continuam fortes

Alexis Thuller Pagliarini* [email protected]

*Superintendente da Fenapro e VP da Ampro

11São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

13São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Inteligência

e criatividade

gerando

sucesso

através de

campanhas

famosas.

Uma das

agências

mais criativas

e inovadoras

do mundo,

nascida digital

e integrada.

Mais uma vez, a Talent traz uma proposta diferente para as marcas do mercado brasileiro.

Talent Marcel é tudo o que você conhece e gosta da Talent, junto com Marcel, a agência

que está surpreendendo o mundo com seu poder de inovar. Uma agência para uma época

de reinven ões. www.talentmarcel.com.br

12 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

13São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Inteligência

e criatividade

gerando

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Mais uma vez, a Talent traz uma proposta diferente para as marcas do mercado brasileiro.

Talent Marcel é tudo o que você conhece e gosta da Talent, junto com Marcel, a agência

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12 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

madia

O NOvO Brasil

“Eu faço da dificuldade a minha motivaçãoA volta por cima vem na continuação”.

Chorão

Em meio às turbulências de um ano de tristes, lamentáveis e incontáveis cons-tatações, um choque brutal de realidade que passamos décadas fingindo ou evitando ver, estamos agora aqui, em 2015, tentando encontrar uma saída para os nossos problemas. Uma saída para o Brasil. E, definitivamente, se pessoas desistem e se mandam por aeroportos, isso é uma impossibilidade absoluta para países...

Até onde se consegue ver, um processo político complexo em que réus, e, si-multaneamente, protagonistas – deputados, senadores e outros políticos –, têm o poder constitucional de encaminhar decisões e reformas, em que uma presidenta agoniza próximo de credibilidade zero, e há necessidade premente de demonstrarmos ao mundo que ainda temos um mínimo de responsabilidade e somos capazes de colocar a casa em ordem.

Mais ou menos como acontece hoje na quase totalidade das empresas. Não apenas pela crise conjuntural do país, mas principalmente pela crise estrutural decorrente de um tsunami tecnológico que mudou por completo o ambiente da vida e dos negócios e em que todas as empresas – sem exceção – precisam se reposicionar.

Como superar os dois desafios simultâneos? Separar os problemas em dois mesmo, porque são dois. Uma equipe para cuidar do dia a dia, do desempenho e dos resultados, garantindo a travessia e a sobrevivência, e outra exclusiva-mente dedicada a pensar, planejar e desenhar o mapa em direção ao futuro. E as duas trabalhando com igual intensidade.

Esse é o nó que precisamos desatar. Concentrando parcela das lideranças po-líticas, empresariais, sociais, institucionais, na busca de uma unidade nacional, uma espécie de pacto, que nos garanta minimamente uma travessia suportável. E uma outra parcela, pensando, planejando, desenvolvendo e encaminhando propostas sobre como será nosso país daqui para frente. Ou seja, precisamos ter uma espécie de constituinte permanente, que funcione em paralelo e de forma independente do Congresso e das necessidades do dia a dia.

A primeira providência da segunda equipe é equalizar de imediato todos os bra-sileiros no ambiente digital. Já que não temos condição de fazê-lo no analógico, vamos fazer já com o digital. Com um plano de Inclusão Digital Ampla, Total e Irrestrita, simultaneamente, vamos adotar a mesma solução de outros países, como a Estônia, e para onde caminham Reino Unido, Israel e Nova Zelândia, com a Identidade Digital.

Em que todos poderão fazer quase tudo, no curto prazo, e praticamente tudo, mais adiante, sem sair da casa, da propriedade rural, do escritório, da empresa. Vai ficar infinitamente mais fácil e possível consertarmos o analógico depois de termos nos estruturado e qualificado no digital. E, nesse sentido, o projeto Login Cidadão, criado e implementado pelo Governo do Rio Grande do Sul, é um benchmark a ser seguido e multiplicado.

É isso, amigos. Não obstante o tumulto, a falta de dinheiro, a situação precária que uma gestão temerária nos levou, não é suficiente cuidar do passado e do presente. Precisamos construir o futuro agora e simultaneamente.

[email protected]

Agências Empresa curitibana contrata Erick Machado, ex-Talent, para liderar expansão

Heads investe em SP

p or Bá rba ra Ba rb osa

Há 26 anos no mercado, a Heads Propaganda tem um

desafio pela frente: tornar-se conhecida. Com o objetivo bem claro e definido, a agência acaba de trazer para liderar seu plano Erick Machado, ex-Talent (atual Talent Marcel). O executivo as-sume o comando do escritório paulistano da Heads, que come-çou em Curitiba e hoje tem ainda operações em Brasília e no Rio de Janeiro.

Considerada uma das maio-res agências independentes do Brasil, com capital 100% nacio-nal, a Heads alterna a liderança desse ranking com a Artplan. No ranking geral do país, a agência aparece entre as 20 principais, impulsionada por seus escritó-rios regionais, principalmente os do Rio de Janeiro e o de Curitiba.

Para o escritório de São Pau-lo conquistar maior relevância, Machado tomou a frente das mudanças. E uma das primei-ras delas foi no escritório, que da Vila Olímpia passou para o Shopping Cidade Jardim. De lá, o time, ainda pequeno, prospecta clientes oferecendo um modelo fullservice que integra o digital às demais possibilidades da pu-blicidade e marketing, incluindo endomarketing.

De acordo com Machado, a Heads é a única agência brasilei-ra presente em quatro capitais, o que possibilita a oferta daquilo que eles consideram diferencial para quem contratar a agência em São Paulo: um trabalho de alcance nacional, mas com a pos-sibilidade de desdobramentos regionais conduzidos por uma única agência. “A Heads é uma

Erick Machado assume o comando da Heads Propaganda em SP

Divulgação

agência desburocratizada. Exis-te muita colaboração entre as equipes e os escritórios”, define Machado.

Considerado o centro do mercado publicitário brasileiro, São Paulo faz parte do plano de nacionalização da Heads. In-ternacionalização por meio de parcerias com grupos de comu-nicação, segundo Machado, está fora dos planos da agência. “Nos-so plano de internacionalização é São Paulo, é nos tornarmos

conhecidos, entrar no grupo de consideração, participar de con-corrências e ganhar clientes”, enumera o executivo.

Atualmente, estão na cartei-ra de clientes da Heads alguns veículos, como o Jornal El País, a revista Isto É e a TV Cultura. Marcas como O Boticário, Claro, que é atendida no Sul, Cerveja Therezópolis e Caixa Segurado-ra também são atendidas pela agência, que neste ano perdeu a conta da Cielo.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Heads foi eleita pela pesquisa Great Place to Work como uma das melhores empresas de co-municação para trabalhar do Brasil. Além da qualidade de vi-da e do ambiente de trabalho, a agência levanta como bandeira a equidade de gênero, tendo se tornado, em abril deste ano, a primeira empresa de publicida-de signatária dos princípios da ONU Mulheres na América Lati-na, com o objetivo de estimular a igualdade de gênero no mundo dos negócios e na mídia.

Entre suas ações envolvendo o empoderamento feminino, a agência acaba de publicar uma pesquisa de representatividade, intitulada “Um olhar crítico so-bre a publicidade brasileira”, que analisou, durante uma semana, 100% dos comerciais veiculados nacionalmente na Globo e no canal a cabo Megapix. Ao todo, mais de 2.823 inserções comer-ciais, 256 marcas, 42 segmentos de mercado, 242 programas de TV e 84.960 segundos de pu-blicidade foram analisados com a finalidade de identificar casos de sexismo na publicidade bra-sileira.

TrAjeTóriAAntes de entrar para a Heads Propaganda, Erick Machado era, desde 2011, diretor-geral de aten-dimento da Talent, onde estava desde 2006. Com 20 anos de ex-periência profissional, entre ges-tão de marketing em indústrias de bens de consumo e gestão de clientes e novos negócios, o executivo teve passagem por in-dústrias como Perdigão, Colgate e Kaiser. Além disso, atuou em outras agências de publicidade, como Y&R e Grey. Machado formou-se em administração de empresas pela PUC-SP, possui MBA em marketing pela FIA--USP e especialização na Univer-sidade de Riverside (Califórnia).

14 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

15São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

O maior prêmio de lembrança de marca do país completa 25 anos. Nenhum outro prêmio do gênero tem uma história com tanta importância para o mercado. Com a competência do Datafolha e a credibilidade da Folha de S.Paulo, o prêmio Folha Top of Mind revela as marcas mais lembradas em todos os Estados brasileiros. Vem aí a edição de 2015. Você vai conhecer as vencedoras, que não saíram da cabeça do consumidor, em mais de 40 categorias. A revista especial com os vencedores de 2015 circula dia 27/10, na Folha. Reservas até 14/10 - Material até 16/10. Para anunciar ligue: (11) 3224-3786/7734. Folha Top of Mind. Um prêmio de peso. E de memória.

Folha Top of Mind. O maior prêmio de lembrança de marca do país acaba de chegar à marca dos 25 anos.

Agências Empresa brasileira se junta à rede francesa em busca de troca de conhecimento e evolução para modernizar a publicidade

Talent Marcel mostra nova estrutura

p or Rafa e l Vazqu ez

“A sociedade está mudando e não podemos nos dar ao

luxo de não evoluir. Precisamos nos renovar todos os dias”. É as-sim que José Eustachio justificou a união da Talent com a agência francesa Marcel. Conforme a co-luna Supercenas, do propmark, já havia adiantado com exclusivida-de na edição de 28 de setembro, a agência brasileira confirmou a associação com a Marcel. A for-malização da união foi realizada na última terça-feira (6), com a presença de executivos do Publi-cis Worldwide, dono das duas marcas. Além de Paulo Giovanni, chairman do Publicis no Brasil, o CEO global do grupo, Arthur Sa-doun, veio ao país especialmente para oficializar a negociação e apresentar a nova Talent Marcel.

Com a união, que segundo os executivos não deve ser vista exa-tamente como fusão, houve uma mudança imediata na estrutura da parte brasileira. José Eusta-chio, até então CEO da Talent, dei-xa o cargo para assumir a posição de chairman da Talent Marcel. Em seu lugar, assume João Livi, que nos últimos anos já acumu-lava as funções de chief creative officer (CCO) e chief operating officer (COO). “É uma mudança que já estávamos preparando e achamos que esse era o momento adequado”, explica Eustachio.

A expectativa, tanto do grupo Publicis quanto da agência, é que a proposta apresente resultados mais criativos do que financei-ros. Chamada internamente de co-branding, a ideia é utilizar o conhecimento da Marcel em campanhas inovadoras de grande impacto no público para, primei-ramente, atender às necessidades atuais dos clientes e, consequen-temente, cutucar o mercado pu-blicitário brasileiro, que, segundo João Livi, está atrás em certos pontos.

“Hoje é besteira insistir na dis-cussão sobre qual mídia é melhor, digital ou TV, on ou offline. O que uma boa campanha precisa ter atualmente é a integração de todas elas. Onde, de fato, vemos o Brasil um pouco atrás é na falta de atenção da maioria das marcas em questões relevantes e públicos diferentes, como pessoas de mais idade, por exemplo. Considera-se pouco, aqui, as épocas da vida. Aí está o gap e não na escolha da mí-dia”, analisa Livi.

Um dos cases da Marcel cita-dos pelo novo CEO da Talent, que pode dar uma pista do caminho que a agência pretende tomar, é o premiado “Inglorious Fruits and Vegetables”, criado pela empresa francesa para a rede de supermer-cados Intermarché. A ação partiu da necessidade de reduzir o des-perdício de alimentos em países europeus e estimulou os consu-midores a comprarem frutas e ve-getais com aparência pouco atra-ente, porém com a mesma qua-lidade. O supermercado reduziu os preços dos alimentos “feios” em 30% e a agência comunicou a ação em uma integrada que en-volveu desde redes sociais a rádio e TV. Como resultado, as indese-jadas frutas e verduras foram to-das vendidas e o assunto ganhou importância no parlamento euro-peu, que acabou formulando uma lei para o desperdício de alimento no continente.

Eustachio (à esq.), que assume o cargo de chairman, e Livi, que se torna o CEO Arthur Sadoun (à esq.), CEO global do Publicis, e Paulo Giovanni, chairman no Brasil

Fotos: Alê Oliveira

AGÊNCIA ‘NOLINE’Apesar de a Talent já incentivar o pensamento de comunicação in-tegrada entre seus funcionários há pelo menos dois anos, com en-contros e debates frequentes por meio de um programa chamado “Digital Minds”, agora, com a Mar-cel, a agência assume de vez o po-sicionamento “Noline”. O conceito pressupõe comunicação e inovação aplicáveis em qualquer plataforma, seja on ou offline, respeitando as dinâmicas de cada meio.

As ideias e soluções têm como foco as pessoas com a intenção de entender quem são e o que querem. “As mídias podem mudar hábitos e maneiras de existir socialmente,

mas não criaram nenhuma das ne-cessidades elementares do ser hu-mano. Ajude as pessoas a viver e re-solver conflitos e você será sempre contemporâneo”, pontua João Livi.

NOvA EsTruTurAFora os deslocamentos de cargos de José Eustachio, que é um dos fundadores da Talent e agora chair-man, e João Livi, o novo CEO, a estrutura diretiva da Talent Marcel continua a mesma e Livi seguirá co-mandando o departamento de cria-ção da agência por recomendação de Arthur Sadoun. “Não queremos que ele pare de fazer o que sabe fa-zer de melhor”, diz o CEO global do Publicis Worldwide.

A sugestão foi bem aceita. “Pre-tendo ser um CEO criativo e não alguém que vira CEO e deixa de ser criativo”, completou Livi.

Nos demais cargos da direção, a equipe se mantém com Antonio Dudli, como CFO; Alex Isnenghi, como diretor-geral de atendimen-to; Jean Boechat, na função de diretor de estratégia digital; Paulo Stephan, como diretor-geral de Mídia; e Renata Serafim, como diretora-geral de planejamento.

Para absorver a cultura da Marcel, e também para que a Talent possa oferecer o seu co-nhecimento no mercado latino--americano, a materialização do novo modelo vai ocorrer pelo

intercâmbio de profissionais das duas agências, com troca de ex-periências, adoção de práticas de trabalho e metodologia.

Do lado da Marcel, um dos principais ganhos da associação é a expansão da marca, uma agên-cia originalmente francesa, para novos mercados. Além da Talent Marcel, agora em São Paulo, a empresa já está presente em No-va Iorque, na Cidade do México e em Shanghai. Segundo Arthur Sadoun, outras unidades devem ser abertas, principalmente no continente asiático, nos próximos anos. Nascida há cinco anos e considerada uma agência nativa da era digital, a Marcel, que atua

no modelo de agência boutique, atualmente conta com 250 fun-cionários e com clientes como Intermarché, Oasis, Renault, Ray Ban, Orange, Contrex e Uber.

A Talent Marcel recebeu, tam-bém no último dia 6, à noite, em São Paulo, profissionais do mer-cado para comemorar a nova so-ciedade e estrutura da agência.

Entre os presentes à festa esti-veram nomes como o de Glen Va-lente, diretor-comercial do SBT; Renato Pereira, diretor-executivo de relações com mercado da Rede Globo e vice-presidente da APP (Associação dos Profissionais de Propaganda); e Rafael Davini, VP de AdSales da ESPN.

Marcelo Duarte (Rede Globo), Glen Valente (SBT) e Paulo Giovanni, da Publicis Rogério Dezembro, diretor de negócios da WTorre, e Paulo Stephan, da Talent Marcel

Philipe Degen e Eduardo Martins, dupla de criação da Talent Marcel Rafael Davini, VP de AdSales da ESPN, e Douglas Ramos, diretor de contas da agência

Orlando Marques, do board da Publicis, e João Vassão, da Publicis Worldwide Renato Pereira e Maurício Andrade, da Rede Globo, prestigiaram a festa

16 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

17São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

MAIS INFORMAÇÕES:[email protected]

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO APOIO

“A experiência de assistir televisão está em transfor-mação diante de nossos olhos e se adapta para suprir às novas necessidades e hábitos dos espectadores.

A TV tem se tornado pessoal, permitindo que cada integrante da família desfrute de uma experiência diferente diante do mesmo aparelho. Imagine uma televisão que reconhece o espectador e oferece des-coberta pessoal de conteúdo com base no gosto pes-soal, seus programas favoritos, suas preferências e de seus amigos.

Ao utilizar ferramentas de crowd sourcing, cada te-lespectador encontra o mais relevante e personaliza-do conteúdo. A TV está em todo lugar – nos smartphones, tablets, web browser, set-top box e virtual em qualquer dis-positivo conectado. A próxima fronteira é a Cloud TV, na nuvem, que vai prover uma experiência perfeita e idêntica por meio de qualquer dispositivo e direcio-nada para nossa identidade, preferências e círculos sociais.

A Turner recentemente divulgou o TNTGO, a próxi-ma geração de solução em TV na América Latina, desenvolvida pela solução de OTT TV da Kaltura e hospedada na IBM Cloud.

O TNTGO inclui smartphone e aplicativos de tablet com conteúdo TNT (live e VOD) em português e es-panhol, integrado com MSO local para alcançar mais de 50 milhões de assinantes na região.

A Turner planeja expandir o serviço da Cloud TV para essa base e lançar um aplicativo similar para todas as 18 redes na região. Essa nova solução de Cloud TV foi oferecida para a Turner a partir da união de forças da Kaltura e da IBM Cloud e representa uma nova fronteira de recursos disponíveis na próxima geração de TV. O movimento da Turner vem na esteira da maioria de anúncios adicionais no setor de TV em qualquer lugar, com players globais como HBO, CBS e Kabel Deutschland, se firmando no topo de um caminho

que começa a ser trilhado. Ao focar especificamente no mercado latino-americano, a Turner está crescen-do demograficamente em uma região que é cada vez mais digital.

entre aspas

TV do fuTuro é pessoal, inTeligenTe e esTá na nuVem

Ido Wiesenberg*[email protected]

Superstock/Other Images

*VP de televisão e mídia da Kaltura

QUINTA - 17hHORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30

APRESENTAÇÃOMARIANA CARTIER

batalha criativaAgência Jr. do Mackenzie

realiza evento de criação

rock in rioAs ativações que foram destaque no Festival

festival of media latamBrasil conquista 2 ouros

O consumo, online e nos aparelhos mobile, está cres-cendo em um ritmo rápido, especialmente na África, Ásia, Latam e no Oriente Médio: 2013 registrou 42 milhões de espectadores de vídeo online somente na

Ásia e a penetração de OTT já está estimada em mais de 1 milhão em alguns países da América Latina.

De fato, um relatório recente aponta que 95% das famílias latino-americanas serão digitais em 2020, contra apenas 50% de hoje. E a Comissão de Banda Larga da ONU estima que, até o fim de 2014, 75% dos esperados 6,9 bilhões de assinantes de telefonia móvel em todo o mundo estarão em nações em de-senvolvimento.

Nuvem e big data são duas tendências adicionais que estão crescendo e jogam diretamente nesta mesma área. Especificamente, o Netflix tornou-se o maior aplicativo em nuvem no mundo e, em breve, servi-ços de consumo de massa semelhantes vão surgir e consumir uma quantidade enorme de recursos da nuvem.

Escalabilidade e elasticidade da nuvem são funda-mentais para apoiar as mudanças de hoje no consu-mo de dados.

A implantação de um serviço OTT completo, usando a plataforma de vídeo do Kaltura e a nuvem SoftLayer para Turner América Latina, foi realizada em tempo recorde de 3 meses. A plataforma presta um serviço personalizado em cada região, em vários idiomas, e, portanto, altamente escalável, que pode ser implan-tada facilmente em novos territórios.

As aplicações de frontend combinam personalização da experiência de visualização, interatividade por meio de redes sociais e ferramentas para uma melhor navegação e descoberta.

Esses recursos melhoram o engajamento dos usuá-rios finais e aumentam a penetração do serviço. A experiência junto à Turner mostra que, juntos, IBM e Kaltura figuram uma força de liderança na era das novas experiências de TV e conduzem a níveis de consumo em nuvem sem precedentes. Estamos muito satisfeitos de estar na vanguarda da mudança e estamos ansiosos para o que vem pela frente nos próximos meses e anos.”

18 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

19São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Making Of / Lançamento de Campanha no Programa Reclame/Multishow. São 6 exibições semanal.

Afinal, todo mundo quer saber quem participou e quem foi fundamental na concepção da campanha.

Consulte: 11 5644-8484

www.programareclame.com.br

Inclua já noPlano de Mídia

da sua campanha a veiculação que

vai fazer a diferença.

QUINTA - 17h

HORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30

APRESENTAÇÃOMARIANA CARTIER

Entrevistas: Gaston Legorburu e Marcelo Tripolisapientnitro

grupo de mídia rj

“roubadas”

making of neve

Fernando Muylaert e as gafes e “roubadas”

Campanha digital dos Lenços Umedecidos Neve Supreme.

Agência iris São Paulo

Leva 8 profissionais para Cannes

QUINTA - 17hHORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30

SKYMAKING OF

A ESCOLHA INTELIGENTEFCB BRASIL

POSTOS PETROBRASSEMPRE MAISBORGHI/LOWE

LOCAWEB

MAKING OF

APRESENTAÇÃOMARIANA CARTIER

JÁ IMAGINOU SE A DEBORAH SECCO BATE NA SUA PORTA E VOCÊ NÃO ATENDE? SAPIENTNITRO

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QUINTA - 17hHORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30

ARIEL LÍQUIDOMAKING OF

SHELL HELIX UTRAMAKING OF

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F/NAZCA SAATCHI & SAATCHI

SALLES CHEMISTRI

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QUINTA - 17h

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APRESENTAÇÃOMARIANA CARTIER

making of vivo “exagerado”

A análise do jornalista Luiz Marinho

Ação de branding content em homenagem ao artista Cazuza

Agência Africa

seminários cannes lions

O papel do anunciante é cada vez mais inspirar, conseguir

“brifar” menos e inspirar mais, para extrair o melhor das melhores pessoas

que estão nas agências”“

ca

”Se a dificuldade de venda é maior,

nós somos ainda mais necessários para uma marca...tudo que uma agência

pensa, agora em épocas mais difíceisé colocado à prova, a eficiência

precisa ser mostrada mais claramente

QUINTA - 17h

HORÁRIOS ALTERNATIVOS: SEXTA-FEIRA: 15H, SÁBADO: 8H, DOMINGO: 3H30, SEGUNDA-FEIRA: 7H30, QUARTA-FEIRA: 3H30

APRESENTAÇÃOMARIANA CARTIER

making of amanco

Cannes Lions 2015

os cases favoritos aos leões

“Usou Amanco ta fácil”

a crisee o mercado publicitário

na Barbosa, diretora de redação da revista Elle, e terá direção de Paulo Borges. Entre as mar-cas que desfilam estão Osklen, Lenny Niemeyer, Alexandre Herchcovich, Ellus, Patricia Vieira e Glória Coelho, entre ou-tras. Haverá atrações musicais internacionais e nacionais pós--desfile, realizadas no hangar do aeroporto: o duo Richard Col-burn & Chris Geddes, da banda escocesa Belle & Sebastian, fará um DJ Set. A cantora Anitta in-terpretará as principais músicas que marcaram o mundo da mo-da e o DJ Zeh Pretim receberá os convidados antes do desfile.

Carol afirma que o ano tem sido bom para a revista e para as revistas femininas de uma maneira geral, na Abril. “Temos nos reinventado”, disse.

Este ano a Elle criou o case da selfie na Capa (uma capa que refletia o rosto de quem olhava e, no iPad, permitia montagem com uma foto), que neste mês foi adotado pela El-le Austrália. E vem realizando experiências em novas plata-formas, como a transmissão de trechos de desfiles via Perisco-pe. Além das edições impressa, no iPad e no site M de Mulher da Abril, a Elle está nas redes sociais Facebook, Twitter, Ins-tagram e Periscope.

A Elle, da editora Abril, reali-za, nesta quarta (14), no Rio

de Janeiro, o evento mais impor-tante do ano: o Elle Fashion Pre-view, um desfile que antecipa as principais tendências de outo-no/inverno de 2016, que ganha a sua quarta edição. Nas edições anteriores, realizadas em São Paulo, o evento era voltado pa-ra os lançamentos de verão e se chamava Elle Summer Preview, mas a empresa decidiu mudar o nome para possibilitar a re-alização em diferentes épocas do ano, segundo Carol Bertelli, diretora de marketing das publi-cações femininas da Abril.

A chegada ao Rio será em uma locação inusitada: a pista de pouso do aeroporto Santos Dumont, onde 64 modelos des-filarão após o seu fechamento, às 23 horas, para cerca de 800 convidados, em sua maioria es-tilistas, profissionais de moda e formadores de opinião.

A produção geral é da Dream Factory e os principais patroci-nadores são Colgate e Natura, com apoio da Havaianas e da cerveja Itaipava. A Gol será a transportadora oficial e a Infra-ero entra com um apoio especial pela locação.

O evento foi criado por Susa-

Elle realiza Fashion Preview no Rio

Divulgação

Desfile organizado pela publicação será realizado no aeroporto

em 23 segundos, sete segundos além do pretendido. O filme começa com o humorista mos-trando o momento em que sua água foi abençoada pelo atleta como incentivo ao cumprimen-to da meta.

Para alcançar o objetivo, Marrom contará com ajuda de treinadores e nutricionistas, além dos 29 atletas e paratle-tas do Time Nissan e dos dois mentores da turma: a jogadora de basquete Hortência Marcari e o nadador Clodoaldo Silva. O treino inclui mudanças nos há-bitos alimentares e na rotina do humorista e as transformações serão exibidas na websérie. “Eu confesso que achei que era mais fácil correr 100 metros em 16 segundos. Eu estou na pri-meira semana de treinamento e não consigo baixar meu tempo por nada. Mas eu tenho a con-vicção de que vou conseguir porque eu sou atrevido e quem se atreve vai além”, finaliza o humorista.

Durante o episódio desta semana, o humorista vai con-versar com Hortência e Clodo-aldo sobre como se dar bem no mundo dos esportes.

O reality show é produzido pela Trampaê Produções e tem direção de Nil Agra e Marcus Vinicius.

Imagina ser desafiado pelo re-cordista mundial Usain Bolt a

correr 100 metros rasos, distân-cia que ele faz em menos de dez segundos. Foi o que aconteceu com o humorista Marcelo Mar-rom durante um evento interno da Nissan, patrocinadora dos Jogos Olímpicos e Paralímpi-cos Rio 2016. No encontro, que foi realizado no ano passado, o atleta sugeriu a Marrom que ele treinasse para cumprir a dis-tância em 16 segundos.

O desafio foi aceito e a brin-cadeira foi transformada no reality show “Desafio Nissan”, uma série em 14 episódios que será veiculada até abril do pró-ximo ano, com um novo capí-tulo por semana, no site www.quemseatreve.com.br, que re-úne todo o conteúdo referente ao patrocínio da marca. O rea-lity show está alinhado com a estratégia de comunicação da marca para os Jogos Olímpicos Rio 2016, que foca na “força do atrevimento”.

No primeiro episódio, que estreou na semana passada, o humorista apresenta o seu pro-jeto de atrevimento. Marrom conta que terá um tempo para se preparar para a corrida: até a Rio 2016. No momento, ele está percorrendo os 100 metros

Nissan transforma desafio em série

Divulgação

Os atletas Hortência e Clodoaldo incentivam Marrom (no centro)

Anunciantes Bolt incentiva MarromMídia Revista traz tendências da moda

PosIcIoNAMENto“Estamos há cinco anos nos preparando para entrar de vez no mercado internacional. Vimos construindo isso para evoluir e não ficar somente na publicidade. Vamos trabalhar com arte. A arte sempre é a referência para a publicidade”, conta Edu Santos, fundador e diretor-criativo da empresa. ModA E MúsIcAA chegada da Loop Reclame aos Estados Unidos será marca-da pelo lançamento do projeto Trim Sounds. Realizado em parceria com a organização do LA Fashion Week, principal evento da semana de moda de Los Angeles, o Trim Sounds é uma coleção de álbuns criados a partir da inspiração no tra-balho de designers, provando que, assim como a música ins-pira a moda, a moda também inspira a música.

FAshIoN IdA agência Ama montou o nú-cleo de fashion id, comanda-do pelo VP Bento Corbetta. O núcleo desenvolve coleções completas para marcas nacio-nais de moda. Além de criar estampas, sugerir novos pro-dutos e participar da seleção

INtERNAcIoNAl A produtora de som Loop Reclame, de Porto Ale-gre, que atua há 11 anos no mercado da música, passou, nos últimos dois anos, por um processo de reestruturação. Hoje é uma agência de música e trabalha a partir de quatro divisões: produção, estra-tégia & conteúdo, artística e novos negócios. Agora, a Loop abre escritório na Califórnia, em Beverly Hills. A unidade será co-mandada por Natalia Ara-novich (foto). A Loop vai buscar coproduções com produtoras de filmes para fazer trilhas, músicas e sound design.

sul online

Divulgação

[email protected]

Ana Paula Jung

de fabricantes licenciados e representantes comerciais, o núcleo realiza estudos. O pri-meiro trabalho é a coleção de alpargatas desenvolvidas para a marca Absurda, de Santa Ca-tarina. “Estampa é mídia”, afir-ma Zeca Honorato, fundador e presidente da Ama.

AMA EM são PAuloA Ama está abrindo, em no-vembro, uma unidade comple-ta em São Paulo para atender a Mais AD, operadora de telefo-nia móvel virtual voltada para o público evangélico. A Mais AD utiliza a rede da Vivo, mas é uma operadora independente que mira os 18 milhões de fiéis da Assembleia de Deus.

REgIoNAl PARANá Para comemorar os 40 anos da regional do Paraná do Prêmio Colunistas, a organização local está lançando um vídeo criado por André Prestes, Marcos Li-ma e Rafael Misuta, alunos da Redhook School. Foi realizado um concurso entre os alunos e o roteiro vencedor foi “Toda premiação tem dois lados”, que foi produzido com a colabora-ção da Deiró Moving Ideas e da Canja Audio Culture.

A dim & canzian reforçou a base de seu departamento de criação com a contratação do redator André Barreiros, que faz dupla com o diretor de arte Diogo Barbosa. Ex-Ampfy (agência digital), Barreiros tem passagens por ID/TBWA, Lew’Lara TBWA e Isobar. Já atendeu anunciantes como Nissan, Fiat, Suzuki, L’Oréal Paris, Garnier, MTV, GQ Magazine, Outback, Banco do Brasil, Sadia, Pernod Ricard, Ab-solut, Grupo RBS, Gatorade, TIM, Editora Abril, Sky, Ministério das Cidades, Ministério da Saúde, Ministério do Turismo e Ministério da Cultura. Barreiros é também responsável pelo Palavra Andante, um projeto que une educação e arte em oficinas.

RODA VIVA I N t E R V A l o I N t E R V A l o I N t E R V A l o I N t E RFotos: Divulgação

20 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

o senador Aloysio Nunes; o presidente do conselho executivo do Lide, João Doria; e o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (foto), participaram da abertura do 20º Meeting Internacional, em Montevidéu. O evento reúne, há duas décadas, líderes de grandes empresas e integrantes do setor público, com o objetivo de fortalecer relacionamentos e pro-mover oportunidades de negócios bilaterais.

A Africa é a primeira agência brasileira a assinar a campanha insti-tucional mundial da Lürzer’s Archive (foto). A edição global da pu-blicação, muito celebrada entre criativos de todo o mundo, começa a circular nesta semana. A campanha faz uso do layout clássico da Archive, com sua linha tracejada, como se fosse uma linha divisória que separa os anúncios que entram daqueles que não conseguem entrar na seleção da revista.

Mercado Nova metodologia, desenvolvida a pedido da ANJ, cruza dados da Ipsos, IVC e Comscore, para avaliar todas as plataformas

Alcance de jornais terá métrica única

p or Ke l l y D ores

O novo relatório Métrica Única de Audiência, que vai medir

a audiência dos jornais brasilei-ros cruzando dados de três fontes diferentes, é uma das melhores notícias nos últimos tempos para o meio, que atravessa um perío-do de dificuldades com queda de circulação impressa e receita pu-blicitária. A nova metodologia, desenvolvida em conjunto pela Ipsos, IVC (Instituto Verificador de Comunicação) e Comscore, a pedido da ANJ (Associação Na-cional de Jornais), quer dar a real dimensão da audiência dessa mí-dia acessada em diversas plata-formas e potencializar a percep-ção de que o jornal transcendeu o papel e vai muito além de uma mídia impressa.

A investida promete dar re-sultado. Afinal, uma visão unifi-cada vai deixar para trás a visão fragmentada da audiência, o que deve aumentar a consideração dos anunciantes pelos jornais no seu plano de mídia. Os números por si só falam melhor: atual-mente, o Estudo Geral de Meios (EGM) da Ipsos, que abrange no-ve regiões metropolitanas, indica que há 1,3 milhão de leitores das versões impressas, sendo que, a partir da união dos dados dos três institutos, o público leitor de jornais nas plataformas digitais e impressas, em nível nacional, pula para 14 milhões de pessoas, numa análise de 30 dias.

“A percepção de que os jor-nais estão perdendo espaço, de que as pessoas não leem mais jornais e revistas, fica absoluta-mente distante da realidade. Pelo contrário, a leitura vem aumen-tando exponencialmente, nunca se leu tanto jornal como agora. O jornal é uma marca de mídia na-cional, com a qual o consumidor pode entrar em contato através da plataforma que ele julgar con-veniente. Pode ser tablet, smar-tphone, site ou aplicativo. Quem define a forma de entrar em con-tato é o consumidor. E agora, o que estamos oferecendo para o mercado, com a unificação das informações, é a real dimensão da audiência”, analisa Flavio Fer-

Pedro Silva: “novidade é muito positiva para o mercado publicitário e benefício é grande” Flavio Ferrari: “leitura vem aumentando exponencialmente, nunca se leu tanto jornal como agora”

Fotos: Alê Oliveira e Marçal Neto

rari, diretor-geral da Ipsos Con-nect.

Ferrari fala que a sensação é de que “o anunciante está per-dendo uma enorme oportunida-de ao deixar de usar as marcas de mídias na forma de se co-municar com o consumidor por considerar apenas o impresso”. E completa: “em geral, vem tendo uma tendência em polarizar a verba publicitária entre TV e in-ternet, o que é um erro, porque o anunciante está olhando para o jornal apenas como uma mídia impressa”.

Para o diretor-geral da Ipsos Connect, com a consolidação dos dados, a percepção passa a ser realista. “O mercado está acos-tumado a olhar para a audiência de forma fragmentada, o que nós fizemos foi juntar os dados que já estavam no mercado. O fato de as informações estarem sepa-radas não passava o recado tão importante dessa mídia”, acres-centa.

Para chegar à nova metodolo-gia, as informações do Comscore sobre o ambiente digital foram unidas à base de dados do EGM

da Ipsos, que abrange nove re-giões metropolitanas, depois os números foram projetados para todo o Brasil a partir dos dados do IVC, que mede a circulação impressa dos jornais e também audita a audiência na internet. A entrega do primeiro relatório da Métrica Única de Audiência está prevista para a segunda quinze-na de outubro.

Ferrari conta que, recente-mente, a Ipsos desenvolveu uma pesquisa chamada de “Mídia motivation” para avaliar as moti-vações prioritárias que levam as

pessoas a entrarem em contato com as difentes mídias. E bingo! As três principais considerações foram: credibilidade, atualização e profundidade da informação. “Esse é extamente o território das marcas de jornais, que atendem a essas três motivações prioritárias para quem está buscando conte-údo ou informação nas mídias”.

DADOs MAis cOnfiáveisPedro Silva, presidente do IVC, reforça que a novidade é muito positiva para o mercado publi-citário. Segundo ele, de certa

maneira, algumas agências já faziam esse processo de combi-nação de dados, mas cada uma fazia do seu jeito. “Isso feito pe-los três institutos vai permitir que as agências não tenham esse trabalho e obtenham dados mais confiáveis, menos sujeitos a er-ros. É uma coisa nova, que não existia antes”, destaca o executi-vo. Segundo Silva, muitas vezes, as pessoas comparavam os dados de audiência de maneira errada, como somando a audiência do impresso e do digital. “Está er-rado, pois o mesmo leitor pode ver o conteúdo na internet e no impresso”.

Ele também cita que uma das técnicas sobre o uso da comuni-cação afirma que, quando você fala com uma pessoa por dife-rentes mídias, é mais efetivo do que passar a mensagem repetidas vezes num só meio. “Essa é a par-te interessante de trabalhar com diferentes meios. Na hora que en-tende a sobreposição, você conse-gue trabalhar melhor a distribui-ção da verba de mídia”, avalia.

A configuração da união dos três institutos de pesquisa – que na prática são concorrentes – também é um marco no Brasil. Ferrari conta que esse tipo de esforço existe em outros países, como Espanha, Inglaterra e Esta-dos Unidos, mas que o movimen-to também é novo no mercado internacional. “Longe de ser um discurso, o que observo é que cada vez tem mais informação sendo produzida, seja através de pesquisa ou redes sociais. Essas informações são mais ricas quan-to mais integradas forem. Nós sentamos na mesa para atender a uma demanda do cliente, no caso a ANJ, e acabamos de abrir uma porta que não deve fechar mais”.

Silva complementa: “Somos to-dos fornecedores da indústria pu-blicitária e a concorrência levava muitas vezes a não se trabalhar colaborativamente. É um esforço novo, traz um benefício grande. O ambiente colaborativo no meio dos negócios é uma novidade muito positiva para o mercado publicitário como um todo”.

A novidade também deve ser estendida em breve para as re-vistas. Segundo o diretor-geral da Ipsos Connect, existe uma negociação avançada com a Aner (Associação Nacional de Edito-res de Revistas) para se utilizar a mesma métrica para medir a audiência das revistas.

A vez do branded content

p or Ana Pau la Jung

seguindo tendência mundial, o branded content ganha

cada vez mais força na disputa pela atenção dos consumidores. Para acompanhar esse movi-mento, os jornais de grandes grupos de comunicação estão ampliando suas áreas de con-teúdo sob demanda. No Brasil surgiram iniciativas de branded content na Editora Abril, Grupo RBS, Infoglogo e Estadão. Ago-ra a Folha de S.Paulo e a Gaze-ta do Povo, do Paraná, também criaram núcleos específicos para atender à demanda ligada a pu-blicidade nativa, entretenimento e storytelling.

Segundo o BCMA (Branded Content Marketing Association), a tendência é que o branded content passe a fazer parte do coração da estratégia de marke-ting das marcas e exigir cada vez mais investimentos. Atendendo à nova demanda por parte dos anunciantes, esta também é uma forma de os veículos au-mentarem suas receitas. A previ-são do IAB é de que, em 2018, o conteúdo promovido movimen-tará US$ 21 bilhões nos EUA. A tendência é que o conteúdo de marca conviva com a publicida-de tradicional.

Para grandes grupos de co-municação, que já têm no seu co-

re business informação, cultura, entretenimento, marca, canais e negócios, por meio das multipla-taformas, o caminho fica fácil para desenvolver conteúdo sob demanda, com a vantagem de garantir a credibilidade do ve-ículo que o produz. Desde que fique claro que o conteúdo é pa-trocinado e não seja misturado ao do editorial.

No The New York Times, por exemplo, a publicidade nativa é umas das áreas comerciais crescentes e já representa quase 10% da receita com publicidade digital, que totalizou US$ 182 milhões no ano passado.

No jornal Gazeta do Povo, o objetivo é gerar engajamento do consumidor por meio do conteú-do atrativo. As primeiras marcas que usaram a estratégia foram Becel, Red Bull, Vivo e prefeitura de Curitiba. A Becel, por exem-

plo, fez uma ativação completa com objetivo de incentivar a re-dução de colesterol na capital do Paraná. Com a ação, a marca cres-ceu 44% em vendas no período.

PLATAfORMAsFazendo uso das diversas pla-taformas de comunicação da Gazeta do Povo, como gastro-nomia, agronegócio e moda, o grupo avança nas possiblidades comerciais. “É uma tendência da comunicação como um todo. É uma transformação do jeito de consumir informação. A comu-nicação das marcas baseada em discurso já não é tão eficaz. O conteúdo precisa ser cada vez mais relevante e a marca tem de participar do dia a dia do seu público para merecer o carinho”, diz Guilherme Krauss, head de planejamento de marketing da Gazeta do Povo.

Se a publicidade tem caráter invasivo, o conteúdo sob de-manda tem a premissa de não ser visto como publicidade, ser uma comunicação mais sutil e, dessa forma, conseguir se apro-ximar mais. A conquista vai ser pelo interesse no conteúdo, que deve ser relevante.

A Gazeta do Povo pretende produzir branded content para outros canais de comunicação, além dos seus. Com isso, além da atuação regional, amplia o mercado para o nacional. “A minha aposta é que a gente vai ser maior fora das nossas plata-formas do que dentro, por isso temos uma atuação nacional. Uma das áreas que estamos nos especializando é em web séries”, conta Krauss.

Já o núcleo de negócios da Folha de S.Paulo foi batizado de Estúdio Folha. A área visa atender à demanda de anun-ciantes e do mercado publicitá-rio por conteúdo patrocinado. Independente da Redação da Folha, mas seguindo os prin-cípios de qualidade editorial do jornal, o Estúdio vai criar conteúdo patrocinado. “A Folha é uma liderança e os anuncian-tes têm uma expectativa de que nós podemos auxiliar as mar-cas neste caminho. Podemos auxiliar com a nossa expertise em conteúdo e com as nossas audiências nas nossas plata-formas”, comenta a jornalista Cleusa Turra, que está à frente da nova área.

Becel fez ativação completa para incentivar redução de colesterol

Divulgação

Polêmica Após sequência de escândalos, situações constrangedoras e pressão de patrocinadores, executivos são afastados da Fifa

Blatter, valcke e Platini suspensos

p or Rafa e l Vazqu ez

Há anos pairam desconfianças sobre a idoneidade dos execu-

tivos que comandam as diretrizes do futebol mundial. O jornalista britânico Andrew Jennings, por exemplo, autor dos livros “Jogo Sujo” e “Um Jogo Cada Vez Mais Sujo”, que investigam os bastido-

res da entidade, afirma que a fal-ta de ética e os negócios obscuros na Fifa começaram há décadas, desde a gestão do brasileiro João Havelange, que presidiu a entida-de de 1974 a 1998, quando deu lugar ao atual presidente, Joseph Blatter. Em resumo, escândalos nunca foram exatamente uma no-vidade na organização.

No entanto, desde maio deste ano, quando o FBI invadiu o hotel em Zurich, na Suíça, para pren-der altos dirigentes que partici-pariam das eleições que elegeram Blatter para um novo mandato,

uma avalanche de denúncias e o surgimento de provas derruba-ram de vez a reputação da enti-dade que governa o esporte mais popular do mundo.

O fato mais recente aconteceu na semana passada. Após cin-co meses de agonia e momentos constrangedores, como quando um humorista britânico apro-veitou uma coletiva de imprensa para jogar dólares falsos em cima do presidente da Fifa, o comitê de ética da entidade finalmente pediu a suspensão de Blatter do cargo. O executivo terá de ficar

afastado por 90 dias e, se voltar, retornará aproximadamente um mês antes das próximas eleições, convocadas por ele mesmo ao re-nunciar ao cargo no meio da se-quência de escândalos – apesar de ter sido reeleito em maio, o executivo renunciou dias depois.

Vale ressaltar que a suspensão veio poucos dias após os patroci-nadores Coca-Cola e McDonald’s pedirem, publicamente, a saída imediata de Blatter da Fifa com o objetivo de “limpar o futebol” e absolver as marcas que possuem contratos com a Fifa.

Um mês antes, no entanto, após reunião dos patrocinadores com Blatter, as empresas haviam anunciado que pretendiam cola-borar calmamente com o proces-so de transição.

Entre o dia em que as compa-nhias prometeram colaboração e o dia em que foram a público pedir a cabeça de Blatter, o secre-tário-geral da Fifa, Jérôme Val-cke, também foi soterrado pelo aparecimento de provas que o en-volvem diretamente no esquema ilegal de ingressos durante as Co-pas do Mundo de 2010, na África

do Sul, e de 2014, no Brasil. Além disso, o próprio Blatter foi indicia-do pela Justiça suíça por ativida-des à frente da organização.

A suspensão foi aplicada para Blatter, Valcke e Michel Platini, candidato favorito para as próxi-mas eleições e presidente da Ue-fa, entidade que cuida do futebol europeu. Platini é investigado por receber dinheiro ilegal por meio do próprio Blatter, a quem se opõe politicamente. A questão agora é saber se os patrocinadores aguen-tarão mais um presidente envolto em denúncias de corrupção.

21São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

adobe max 2015

p or Ma r ia n a Zi ron di – de Los Ang e le s

“Se você pode imaginar, você pode criar”. Esta afirmação

é do presidente e CEO da Ado-be, Shantanu Narayen, durante a abertura do Adobe Max 2015, conferência criativa que foi reali-zada em Los Angeles, nos Estados Unidos, entre os dias 5 e 7 de ou-tubro. Com o objetivo de lançar as novidades do Creative Cloud, que inclui famosos softwares co-mo Photoshop, Illustrator e Inde-sign, o evento anunciou sua visão de “tela conectada”, cujos usuá-rios podem criar seus trabalhos em qualquer lugar, independente-mente do dispositivo.

Com quase sete mil pessoas, a conferência reuniu user experien-ces, designers gráficos e mobile, di-retores de criação, profissionais de vídeo, fotógrafos, além de estudan-tes, agências das principais compa-nhias ao redor do mundo. Todos, afirmou Narayen, unidos por uma única paixão: a criatividade.

“Estamos aqui todos os anos para sermos inspirados pela inovação, que é promovida pela tecnologia. Todos os momentos são propícios para criações, não havendo um momento certo para isso acontecer. Nós vemos coisas que nunca tínhamos visto antes e vamos a lugares que nunca fo-mos. Temos acesso ao inacessível e imaginamos o inimaginável. Fortes experiências que mudam a forma como nós pensamos, interagimos, entretemos, traba-lhamos e como nos relacionamos com o todo. Isso significa que, para ter uma boa experiência, ela precisa fluir assim como ser bonita. E precisa nos inspirar, transportar e transformar. O bom conteúdo tem a força para mover o mundo”, disse Narayen.

Bryan Lamkin, VP sênior e general manager de digital media da Adobe, falou sobre a pressão vivida pelos criativos, que pre-

Shantanu Narayen: “Todos os momentos são propícios para criações, não havendo um momento certo para isso acontecer”

Bryan Lamkin: “Ter as melhores ferramentas não é o suficiente”

Fotos: Divulgação

cisam ter as melhores ideias de forma cada vez mais rápida. É por isso que Lamkin reafirmou o compromisso da companhia em conectar todas as ferramentas em um mesmo lugar, recurso promo-vido pela tecnologia na nuvem.

“Ter as melhores ferramentas não é o suficiente. Você precisa escolher as que combinam com você, e o que pode ajudar seu trabalho a fluir melhor. E essas ferramentas precisam trabalhar quando e onde você quiser, se mo-vendo do desktop para o mobile”. Essas funcionalidades, ressaltou Lamkin, são permitidas com o Connected Workflows, Creatives Libraries e Adobe Stock, banco de imagens da companhia.

Ele ainda destacou três ten-

dências para o design. A primeira delas é a importância conquista-da pela área, em que a qualidade do design é tão relevante quanto a sua função e experiência e o pro-duto precisa ter aceitação. A se-gunda está relacionada ao “mun-do multitelas”. “Estamos vivendo um momento de muitas telas e os consumidores esperam ter os conteúdos em qualquer uma delas. É aí que entra a terceira tendência, pois querem isso com uma experiência personalizada quando, onde e como quiser. A demanda por criatividade cresce à medida em que os usuários se tornam mais críticos e exigentes”.

NovidadeSDois novos aplicativos foram

adicionados à família Creative Cloud: o Photoshop Fix e o Cap-tura CC, que permitem o retoque rápido e a captura de ativos em movimento, respectivamente. Além disso, dois novos recursos touch foram incluidos aos apli-cativos Photoshop CC, Illustra-tor CC e Premiere Pro CC para desktop. Os criativos podem cap-turar qualquer inspiração com o Adobe Capture CC, combinando Adobe Brush, Adobe Shape, Ado-be Color e Adobe Hue em um único aplicativo. Já estão disponí-veis, também, atualizações para outros aplicativos móveis, como Photoshop Mix, Photoshop Ske-tch, Illustrator Draw, Comp CC e Premiere Clip.

A solução que vai sincronizar os aplicativos móveis e o desktop também foi apresentada. Trata--se do Creative Sync, que conec-ta os ativos usados diariamente por profissionais criativos, como fotos, fontes, gráficos de vetor, pincéis, configurações, metada-dos etc. Todos os ativos criados com os aplicativos móveis da Adobe conseguem ser armaze-nados nas Creatives Cloud Li-braries, bibliotecas que podem ser acessadas de qualquer lugar, facilitando a integração entre equipes.

Outra novidade é que o Adobe Stock receberá conteúdo de vídeo em breve. O banco de imagens oferecerá suporte para baixar e comprar conteúdo de vídeo, am-pliando a sua coleção de fotos, imagens e gráficos.

O Adobe Portfólio também foi lançado como uma nova maneira de criar sites com portfólio sim-ples. O profissional criativo po-derá personalizar seu site criado, que inclui suporte para designs interativos garantindo visual pa-ra telas de qualquer tamanho. Os sites do Portfolio podem incluir um URL personalizado, proteção por senha e fontes Typekit de alto impacto.

Brasil divide experiênciasFotos: Alê Oliveira e Divulgação

Em parceria com o Instituto Ayrton Senna, a Azul criou arte para o avião que homenageia o piloto

Há 22 anos trabalhando com propaganda, Atila Francucci

passou grande parte do tempo como redator, contando histó-rias. Mas, com o passar dos anos, sentiu que precisava se renovar e encontrar um novo caminho pa-ra continuar no mercado publici-tário. Foi então que trouxe para o Brasil a Co:Collective, agência de storydoing lançada há dois meses em São Paulo e a primeira da rede fora dos Estados Unidos.

Como um dos clientes da Adobe, Francucci compartilhou, durante uma sessão latino-ame-ricana do Adobe Max, na última terça-feira (6), suas experiências com a criação da nova agência, que se define atuando com solu-ções criativas para o desenvolvi-mento de negócios. “Praticamos o storydoing acreditando que é preciso fazer e não só dizer. Ho-je as marcas não são construídas pelo que dizem, mas pelo que re-almente são. Assim as histórias são vividas e as pessoas compar-tilham isso de graça”.

Além disso, a agência trabalha com um quest, que significa cau-sa, que são as razões que vão além do que é produzido e como suas missões mobilizam a empresa pa-ra algo que será vivido por todos os colaboradores. “A Co:Collective fez um estudo com 42 empresas e mostrou que o doing é mais negó-cio, pois as receitas crescem mais e a propaganda via redes sociais é maior a partir de um volume maior. Tudo isso gastando me-nos dinheiro em mídia”, analisou Francucci.

Outro parceiro da Adobe, a rede educacional Kroton tem co-mo um dos principais projetos o desenvolvimento de um livro di-gital que vai além de um material didático em PDF. Emanuel San-tana, gerente-sênior de produção de material didático da Kroton, explicou que para estruturar es-se projeto se basearam no design thinking, com a experiência do aluno em primeiro lugar, um ma-terial didático disponível para to-dos os alunos, além de qualidade e foco no aprendizado.

“Escolhemos a Adobe para ser nossa parceira e utilizamos o Cre-ative Cloud por ser um projeto que está na nuvem, e ainda com as ferramentas DPS desenvolve-mos o aplicativo que disponibi-liza o material para os alunos. Nosso objetivo agora é fragmen-tar cada vez mais o conteúdo com pílulas de conhecimento e aplicar a oferta dos materiais em outros devices”.

Ainda uma criança na história da aviação brasileira, a Azul foi fundada em 2008, mas já se tor-nou uma das maiores malhas no Brasil, com mais de cem destinos, quatro deles internacionais.

Designer gráfico responsável por toda a identidade visual da marca, desde a sua função, Nemo Sampaio participou do encon-tro latino durante o Adobe Max e revelou que começou sozinho a desenvolver o material gráfico da companhia. “Nascemos com o foco na experiência de voar e em ser diferente das nossas concorrentes. Criamos muitos anúncios que falavam das nossas vantagens, como avião de dois

lugares, assentos de couro, moni-tores individuais, serviço de bor-do à vontade. Tínhamos o slogan ‘Tudo Novo, Tudo Azul’”, contou Sampaio.

O designer compartilhou quais ferramentas do Creative Cloud utiliza para a criação de cada peça e elemento gráfico da companhia. Ressaltou ainda a integração en-tre desktop e mobile, que facilita

o trabalho da equipe e eliminou alguns procedimentos, como a digitalização. “Nós demos nomes para cada aeronave e brincamos com as pinturas de cada uma. No ano passado, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, fizemos uma arte em homenagem ao pilo-to. Esse foi um dos trabalhos que tive mais orgulho de fazer”, reve-lou Sampaio. MZ

Átila Francucci inaugurou a primeira Co:Collective fora dos EUA

Brandon Stanton valoriza diferença

a inspiração anda de mãos dadas com a criatividade.

Uma não é nada sem a outra e é com esse propósito que o segundo dia do Adobe Max, realizado em 6 de outubro, trouxe personalidades que se dedicam diariamente em ‘fa-zer diferente’.

A conferência global da companhia, que reúne quase sete mil pessoas no Staples Center, mistura seus lança-mentos do Creative Cloud, que inclui os populares Pho-toshop, Illustrator, Indesign e Premier, com atrações que tentam, de alguma forma, transpor suas experiências criativas com os presentes.

Entre as atrações, o fotó-grafo Brandon Stanton, cria-dor do site Humans of New York, compartilhou sua his-tória à frente do site, que, ba-sicamente, fotografa pessoas nas ruas de Nova York e faz perguntas básicas sobre as suas vidas.

Os materiais são compar-tilhados no blog de Stanton, assim como no Facebook e no Instagram.

Com mais de 15 milhões de seguidores, o jovem fotó-grafo conta que decidiu fazer o que gostava quando ainda morava em Chicago.

“Eu passava os meus dias trabalhando e pensando co-mo poderia mudar a minha situação, porque eu estava o tempo todo preocupado se ia ser demitido ou não. E um dia isso acabou acontecendo:

eu perdi o meu emprego e foi, inesperadamente, um óti-mo dia”.

Stanton contou que, por dois anos, todos os seus pen-samentos estavam em como manter esse emprego. Foi então que percebeu que, com a demissão, poderia fazer o que queria e imaginava.

“Antes de ser demitido, quando o meu trabalho co-meçou a ir mal, eu comprei uma câmera e comecei a andar por Chicago, todos os dias depois do trabalho, foto-grafando todas as coisas que eu via. Então eu decidi que ia ter o dinheiro suficiente para organizar meu tempo”, contou.

“O Humans of New York se tornou o melhor da minha vida, porque comecei a parar as pessoas na rua e pedir para elas contarem, da melhor ma-neira possível, um pouco das suas vidas. Eu tento aprender algo com elas, coisas que fa-zem as pessoas serem únicas. Todas as histórias são indivi-dualmente únicas. Eu come-ço perguntando ‘qual é o me-lhor momento da sua vida?’, qual a sua maior fraqueza?, qual é o seu maior medo?. E as respostas vêm com muita emoção, porque misturam comédia, felicidade ou triste-za”, comenta Stanton.

Em fevereiro deste ano, Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, foi per-sonagem do seu blog.

“Isso me fez pensar que há cinco anos eu nunca ti-nha pegado em uma câmera e hoje tenho 15 milhões de seguidores. Isto porque eu fui capaz de superar os meus medos e tentei alguma coisa nova. Acredite que você po-de fazer algo diferente, mes-mo que ninguém acredite ou aposte em você. Imagine e se torne o que você quer se tor-nar”, finalizou. MZ

Debate reforça visão de tela conectada

22 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

Eficiência está em unir on e offline

dando visibilidade para aos por-tfólios. Existem, também, vários planos de licenciamento. Tivemos sete mil pessoas no Max e o nosso foco é o usuário final, o freelancer ou o criativo. O usuário, indepen-dentemente de estar em uma com-panhia, pode baixar vários apli-cativos de graça com a Adobe ID.

Pirataria“O que a gente pode fazer é, através do nosso produto oficial, oferecer algo que não pode ser oferecido de qualquer outra for-ma. Essa questão do compartilha-mento de espaço, de ter todos os aplicativos ligados em um mesmo lugar, no final das contas, está re-lacionada com a experiência em comprar o serviço. A pirataria é um fenômeno que existe, mas a gente acredita que oferecer a ex-periência é o melhor caminho”.

Publicidade“A gente participa da nossa comu-nidade organicamente. Este ano não fizemos campanhas oficiais, porque não temos um problema de marca para resolver. É mais a questão de evangelizar e chegar aos lugares certos. As redes so-ciais ajudam nisso e tentamos fo-mentar a própria comunidade de usuários com o que sabemos. Não queremos criar a conversa, a gen-te cria um espaço para as pessoas dialogarem”. Futuro“Queremos ter papel de liderança intelectual sobre o tema da trans-formação digital e essa é a nossa prioridade. É saber que quando uma empresa tem um problema de transformação digital ela pen-sa na Adobe como o lugar para onde ir, trocar ideias e escutar. E a outra grande tendência que a gente vai ver em 2016 é esse en-contro, cada vez mais forte, entre mundos que se unem e essa forte onda de criatividade. Se a gente consegue ajudar as empresas a fa-zer isso, fornecendo ferramentas para isso, a gente vai ter um ano extremamente interessante”.

Alê Oliveira

Federico Grosso: “A Adobe tem atuação no Brasil há mais de 18 anos e está vivendo um novo momento”

p or Ma r ia n a Zi ron di– de Los Ang e le s

carreira“Eu sou italiano e, em 1997, traba-lhei no Yahoo, quando ele estava começando. Ninguém sabia direi-to o que seria a internet, porque ela era extremamente escrita e pouco visual. Eu vi o impacto da inovação americana chegar à Eu-ropa. Formei-me em ciências polí-ticas, sociologia e jornalismo ele-trônico, com isso foi fácil entrar nessa área. Na época, o Yahoo já estava grande, mas eu tinha a sensação de startup, porque no escritório da Itália éramos só qua-tro pessoas. O que a gente estava fazendo era incrível, se pensar-mos nos dias de hoje. O meu tra-balho era tipo um ‘monge digital’. Eu achava um site e o colocava em uma taxonomia, criando as-sim a árvore do Yahoo. Era uma curadoria humana da internet, possível quando ela era pequena. Depois fui para Londres com a empresa e fiquei por lá durante sete anos. Então criei uma startup sobre busca de vídeo na internet, em que a tecnologia tinha capaci-dade não só metadata, mas tam-bém com o que estava sendo dito e falado. Depois, cheguei ao Brasil trazendo uma outra empresa in-glesa, que foi adquirida pela HP, e há 15 meses estou na Adobe”.

Mercado“Estamos começando a ver que to-das as tendências – como design thinking, creative data, digital marketing, mobilidade e nuvem – estão começando a se juntar. Den-tro das empresas pioneiras e de inovação, elas conseguem se co-nectar e é aí que entra nosso desa-fio. A presença da Adobe ajuda a criar essa conexão, em que a pes-soa de criação vai conversar com a parte de analytics ou mídia pro-gramática e todos vão trabalhar na mesma plataforma. Eu acho incrível porque esses mundos es-tão se encontrando e o Brasil não está tão atrasado. O brasileiro tem uma forte curiosidade, com forte

adoção tecnológica. A gente tem um atraso natural de maturidade, mas não é mais aquele abismo que você tinha antigamente”.

adobe“É incrível estar na Adobe porque, de um lado, temos a parte criativa, que é extramente forte e é o orgu-lho da Adobe. Há reconhecimen-to pela estabilidade e continuida-de do nosso trabalho, que cresce e melhora a cada ano. Do outro, temos o marketing digital, que é recente, com aquisição em 2013, e está começando a se encontrar. O que me fez ir para a Adobe é que ela é uma marca icônica. Se você vê as marcas do Vale do Silício, é uma das mais fortes. Acabaram de publicar brands mais valorio-sas do mundo pela Interbrand e ela está posicionada em 68º lugar. A Adobe é muito forte na inova-ção e tem essa capacidade de se reinventar. O que hoje se chama Adobe.com foi a passagem pela nuvem, abandonando as licenças e as caixinhas. Mudaram o mode-lo de negócio e expandiram. São poucas as empresa que vivem o cruzamento entre comunicação, tecnologia e criatividade dessa forma. Nossos produtos criaram padrão, viraram verbo”. AdobE no brAsil“A Adobe tem atuação no Brasil há mais de 18 anos e está vivendo um novo momento. Com a minha entrada, mudamos o escritório de Miami para São Paulo. Brasil é o país onde vemos uma capacidade muito grande e fomento digital pelas grandes empresas brasi-leiras com o trabalho que estão fazendo. Com isso, mudamos a operação para o Brasil e estamos focados em atender os clientes brasileiros. Percebemos um ama-durecimento na conversa digital, que está entrando no vocabulário digital, e isso é um desafio. Se pensar em uma empresa estabe-lecida, não é fácil transformar o seu negócio, tem sempre aquele trade off para proteger algo que já se tem e carregá-lo para o futu-

ro. O Brasil está se destacando no mapa como um dos grandes entre os emergentes. A gente tem um trabalho bacana na Europa e na Austrália. Faltava colocar o Brasil no circuito”. MobilE no brAsil“O Brasil tem potencial para se tornar um grande exemplo de mobilidade. O que estamos vendo aqui é que, com a melhora da con-dição social e a forte adoção de tecnologias, alguns usuários pu-lam do desktop e vão direto para o mobile. Então eu acho que esses são fenômenos extremamente in-teressantes por causa de questões que são macroeconômicas e es-tão acontecendo. Mas é fato que estamos vendo uma aceleração do negócio digital pela eficiência que ele pode trazer. Existe uma busca em saber como os budgets podem ser aproveitados melhor, assim como os fluxos criativos. Com isso, vem uma questão que estamos pensando muito, que é como utilizar a colaboração, como customizá-la, e temos visto exemplos fortes de como os pro-dutos da Adobe conseguem redu-zir os valores”.

AMéricA lAtinA“É impressionante a quantidade de coisas que nós conseguimos ver em dois dias de evento. Isso é o que a Adobe gosta, mostrar não só como é possível ter novas tec-nologias, mas também como ins-pirar seus clientes a serem cada vez mais criativos. Para a Améri-ca Latina nós levamos tudo o que vemos aqui para melhorar as suas atuações. Sem os nossos clientes, sem as pessoas que trabalham com os produtos da Adobe, não seria possível ter esse diálogo e o feedback sobre o que estamos fazendo. Estamos falando de tendências, colaboração, proces-sos que estão vindo por aí. Tudo o que falamos durante o evento está disponível para a América Latina. Esta inovação é o que le-vamos para os países em que atu-amos. Fizemos uma sessão com

grandes clientes brasileiros, um espaço para que eles pudessem compartilhar suas metas e con-quistas. Este é um momento espe-cial para o trabalho criativo e es-tão aptos a fazer coisas incríveis, se tornando cada vez mais fluidos e cada dia mais transparentes. Todos os clientes têm a possibi-lidade de mudar seus negócios e melhorá-los, o que talvez fosse quase impossível há cinco anos. E o impacto que nós queremos ter na nossa instituição, da qual trabalhamos com educação e bu-siness, é grande.

AdobE MAxNo Adobe Max tivemos duas tendências muito fortes. Uma é apoiar o processo criativo não só através de ferramentas específi-cas. É claro que o Photoshop tem sua estrela e está evoluindo, mas ele faz parte de uma plataforma muito mais abrangente. E não é só dar uma ferramenta que aju-da a melhorar a imagem, mas a otimizar o tempo. Raramente a criatividade acontece em frente à tela. As ideias são capturadas no dia a dia com os nossos apli-cativos, disponibilizadas na nu-vem e compartilhadas com toda a equipe. A contribuição maior é se tornar cada vez mais transpa-rente. Estamos tirando o proces-so, o mouse, colocando intuição, caneta, pincel, o dedo, tudo para liberar a criatividade”. Físico x VirtuAlEstamos fomentando a conver-sa de transformação digital. E quando os clientes querem essa mudança, eles pensam na Adobe como uma empresa importan-te por fornecer tudo isso. Você tem um benefício no digital, com medição e eficiência mais rápidas e pode cruzar modelos tradicionais com o digital. Não é o momento de pensar só em digital, mas fazer essa mistu-ra entre virtual e físico. Então esses mundos estão se encon-trando e talvez a eficiência está em fazer tudo isso se encontrar.

dEsAFios“A transformação digital é um fenômeno extremamente interes-sante e somos catalizadores des-sas mudanças. Precisamos juntar essas várias peças do quebra-ca-beça, que mistura a parte tecno-lógica com o elemento humano, fomentando ideias, criatividade e projetos. Ainda há certa resistên-cia, que é uma barreira cultural, mas o processo de transformação não é fácil e vem com algumas dores. O desafio é o equilíbrio entre o tático e o estratégico. As suas ações táticas e medíveis se conectam a algo estratégico de longo prazo. E a gente está mui-to focado em dizer: vamos ter projetos em que a gente pode medir, pode demonstrar, pode rapidamente dizer ‘aqui funcio-na’. E tem algumas áreas em que a gente precisa experimentar e os resultados têm sido, muitas vezes, surpreendentes. Eu, pessoalmen-te, fico surpreendido pela adoção, pelo interesse e pela curiosidade que vejo no Brasil. E falo isso com o meu olhar de gringo, porque o entusiasmo que tem no mercado e o interesse na conversa e a sua energia são bem positivos”.

AçõEsA gente tem no nosso calendá-rio dois eventos grandes: um é o Max, o outro é o Summit. O que a gente tenta fazer é usar esses dois eventos como centro de gravidade para dar energia ao pré e ao pós, e replicar esses conteúdos. O de-sign Matter, realizado em agosto, foi especial porque foi realizado em Nova York, Cidade do Méxi-co e São Paulo, num intervalo de três semanas, então três nervos da América foram tocados nesse es-paço de tempo. usuáriosNosso objetivo é dar acesso maior e criar uma colaboração que não seria possível sem a nuvem. E a colaboração é o ‘x’ da questão. Es-tamos melhorando as ferramen-tas que precisamos para geren-ciar a vida profissional. Inclusive

Motivada pela necessidade de se reinventar, a Adobe vem concentrando, a cada ano, um número maior de produtos e ferramentas baseados em sua tecnologia cloud, ou seja, na nuvem. Ao sair do formato de licenças e "caixinhas", como era conhecida a venda de seus pacotes no passado, a empresa revolucionou a forma como integra seu portfólio e passou a oferecer seus softwares pela internet, pagando taxas mensais ou anuais. A companhia promove dois grandes eventos por ano. No primeiro semestre, o Adobe Summit, dedicado ao Adobe Marketing Cloud, conjunto de soluções de marketing digital que ajuda os clientes a criarem campanhas e a gerenciar conteúdos. Já o Adobe Max, recentemente realizado entre os últimos dos dias 5 e 7, em Los Angeles, nos Estados Unidos, reuniu mais de sete mil pessoas para debater criatividade e inovação. O evento trouxe as novidades da companhia para o Adobe Creative Cloud, que tem como protagonista o já consagrado Photoshop, que neste ano completa 25 anos. No entanto, a Adobe quer mais. Federico Grosso, head da Adobe na América Latina, afirma que hoje os trabalhos da companhia estão em fornecer ferramentas que ultrapassam os desktops e chegam aos dispositivos móveis fazendo fluir a criatividade onde quer que ela esteja. Ele ainda reforça o compromisso da companhia em ser o catalizador de tecnologias para fazer o mercado brasileiro crescer. E que, apesar da forte presença mobile, este não é o momento de separar on e offline, mas em fazer estes dois se encontrarem e trabalharem juntos, de forma eficiente. Veja a seguir os principais trechos da entrevista que mostra o compromisso da Adobe em ser um fomentador da transformação digital.

adobe max 2015

23São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Sidney Araujo/Divulgação

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Profissionais da Sky e da FCB no cenário da nova campanha da operadora de TV: lares paradisíacos

Dani Calabresa (de vermelho) com Álvaro, Sofia e Federica: PedidosJá

“Loira do Banheiro” com profissionais da Mar, Bacardi, Matel e Tumpats

Felipe Andreoli e Antonio Tabet em websérie da Neogama/BBH para Renault

MARCELLO [email protected]

ORIGINALIDADEEla é a qualidade mais impor-tante para o sucesso de uma campanha de mídia social, se-gundo um estudo do Warc. Su-pera fatores como “utilidade” e “incentivo”

MOBILEOs investimentos publicitários nessa área tiveram aumento de 51% no primeiro semestre entre os anunciantes do Reino Unido. Movimentaram £ 1,08 bilhão (R$ 6,21 bilhões), segun-do a PwC

MENSAGEM INSTANTÂNEAUso de plataformas como WhatsApp e Facebook Messen-ger cresceu 12% no último ano, ultrapassando o tempo dedi-cado aos sites de redes sociais, segundo estudo global da TNS

MÍDIA PROGRAMÁTICA Apesar do aumento de inves-timentos, ela está cercada de ameaças, principalmente dos softwares de bloqueio de publi-cidade, concluiu um seminário sobre o assunto em Londres, na semana passada

COMÉRCIONo Brasil, o índice de confiança de empresários do setor caiu 4,1%, entre agosto e setembro deste ano, e 26%, entre setem-bro de 2015 e o mesmo mês do ano passado, segundo a CNC

INDÚSTRIANo último mês de agosto, em comparação a julho, a produ-ção do setor caiu em 10 dos 14 mercados pesquisados pelo IB-GE. Maior recuo foi no Ceará

VIVO ESCOLHEA Vivo pré-agendou para a primeira semana de novembro o resultado da concorrência de sua conta publicitá-ria. O processo movimentou – e mui-to – algumas das principais agências do mercado semana passada, nos dias 6 e 7. Na disputa estão Havas, Africa, DPZ&T, DM9DDB e Y&R, que fizeram apresentações nessa ordem. Atualmente, a marca é atendida por quatro das cinco convidadas, exceto a Havas, que teria entrado na dispu-ta a partir de uma determinação do grupo francês Vivendi, que vendeu a GVT para a Vivo. Houve uma exi-gência do anunciante para que no máximo sete profissionais de cada agência participassem dos painéis de avaliação. Do lado da operadora, segundo uma fonte, estavam “apro-ximadamente” dez pessoas. “Houve muitas perguntas e detalhes porme-norizados de muitos itens”, contou um dos participantes. Há informa-ções no mercado de que a Vivo, com esse processo de concorrência, passaria a trabalhar apenas com du-as agências a partir de 2016. Mas há fontes afirmando que o anunciante deverá escolher três.

AS CASAS DA SKYA operadora de TV Sky está com nova campanha criada pela FCB. Trabalho traz o conceito “Sky – sua casa é o paraíso” e conta com a par-ticipação de Gisele Bündchen, a ga-rota-propaganda da marca. Durante as filmagens, no fim de agosto, com produção da 02 e direção de Nan-do Olival, profissionais da agência e do anunciante ocuparam o cenário feito em um estúdio paulistano pa-ra endossar a ideia dos múltiplos e paradisíacos lares onde a Sky está presente. O visual remete ao case “Voyeur”, da BBDO de Nova York para a HBO, de 1984.

STORYTELLING DA RENAULTCom direção geral de Criação de Alexandre Gama e direção de cria-ção de Márcio Ribas e Fabio Mozeli, a Neogama/BBH criou uma websé-rie para o lançamento do Sandero R.S 2.0, da Renault. O trabalho es-treou no último dia 8 e conta com um total de cinco episódios, que serão lançados semanalmente. Duas equipes, cada uma formada por um piloto, um humorista, um repórter esportivo e um consumidor, explo-ram o novo carro em provas grava-das em três autódromos. Entre os participantes estão Felipe Andreoli, Antonio Tabet, Tarso Marques e An-tonio Pizzonia.

TRADIÇÃO MEXICANAExecutivos da Bacardi e da agência Mar Comunicação acompanharam os bastidores da campanha “Dia de Los Muertos”, criada para a tequila Sauza. O trabalho, com a atriz Lui-tha Miraglia, que interpreta a “Loira do Banheiro”, brinca com uma tra-dição mexicana. A produção é da Matel Comunicações com trilha da Tumpats.

FOME E SOBRENOMESDani Calabresa e Marcos Mion estão na campanha criada pela We para a PedidosJá, plataforma online para entrega de comida. A empresa atua em dez países da América Latina e conta com opções de 6 mil restau-rantes brasileiros que têm serviço de delivery. O roteiro faz, com humor, associação de celebridades com so-brenomes de comidas. Álvaro Gar-cia, CMO e fundador da empresa, diz ter expectativa de crescer 700% no Brasil até o fim de 2016. Ele acompanhou a produção da Senti-mental Filme com Federica Hampe, diretora de comunicação da marca, e Sofia Tavares, da Delivery Hero.

24 j O R n A L p R O p A g A n d A & M A R k E t I n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

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Produtoras Sócio da Cine assina o longa “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos”; Marcello Serpa cria cartazes de divulgação

Diretor mostra universo rodrigueano

A parceria de Clovis Mello, da Cine, e Marcello Serpa,

vista nos vídeos de Havaianas produzidos ao longo da traje-tória do publicitário na Alma-pBBDO, segue firme. Nesta segunda-feira (12), o Rio de Ja-neiro terá a pré-estreia de “Nin-guém ama ninguém... por mais de dois anos”, longa-metragem inspirado em contos de Nelson Rodrigues que tem direção de Mello e cartazes de divulgação assinados por Serpa.

Com lançamento nacional previsto para o dia 12 de novem-bro, “Ninguém ama ninguém... por mais de dois anos” marca a estreia de Mello, que é um dos mais premiados diretores de publicidade do Brasil, com um longa-metragem no cinema.

Para divulgar o filme, os car-tazes, que já estão presentes nos principais cinemas do Brasil, trazem ilustrações inspiradas na estética das pin-ups. “Em vez de usarmos imagens do filme, Serpa trouxe essa ideia genial que quebra o paradigma atual dos cartazes de cinema para instigar o público já nos corre-dores”, comenta Mello sobre o trabalho de Serpa, que em 2011 já havia criado cartazes para divulgar o filme “Quebrando o tabu”, de Fernando Grostein An-drade.

Em “Niguém ama ninguém... por mais de dois anos”, o públi-co vai ter acesso a contos de Nel-son Rodrigues que são inéditos no formato audiovisual. A pro-

Cena do filme produzido pela Cine, que reúne contos de Nelson Rodrigues e tem participação especial da atriz Luana Piovani

Estética pin-up está presente nos cartazes de divulgação do longa-metragem, que levam a assinatura de Marcello Serpa

Fotos: Divulgação

dução investiga a intimidade de cinco casais, que têm as suas histórias contadas paralelamen-te, no Brasil do início dos anos 1960.

A produção é de Raul Doria e Nelson Rodrigues Filho, com finalização da Cine e Cinecolor e distribuição da Europa Filmes.

Em tom tragicômico, o filme discute a fragilidade dos relacio-namentos. “Se você nunca foi traído, é comédia. Se já foi traí-do, é drama”, descreve Mello.

A reflexão sobre o desejo hu-mano, aliás, já rondava o diretor há algum tempo. Antes da in-vestigação no legado de Nelson Rodrigues, Mello lançou o cur-ta-metragem “Sildenafil” (2009), baseado em conto de Reinaldo Moraes. Bem-humorado, o fil-me focaliza um casamento em crise e recebeu vários prêmios, incluindo festivais de cinema do Rio de Janeiro, de Miami e de Toronto.

Em “Ninguém ama nin-guém... por mais de dois anos”, Mello adapta para o cinema os contos “Coroa de Orquídeas”, “Rainha de Sabá”, “Despeito”, “Infidelidade” e “Vendida”, que integram a série “A vida como ela é...”.

ElEncoNa pele da audaciosa Elvira, Ga-briela Duarte dá início a uma nova fase da carreira, que já contabiliza 32 anos dedicados à atuação. A atriz, que já en-cenou personagens de Nelson Rodrigues na TV, no teatro e no cinema, é um dos destaques do elenco, estrelado ainda por Zezeh Barbosa, Julia Lund, Lidi Lisboa, Julianne Trevisol, Bran-ca Messina e Luana Piovani, em participação especial. A trama também conta com Marcelo Faria, Ernani Moraes, Michel Melamed, Pedro Brício, Antônio Fragoso, Thelmo Fernandes e Paulo Reis.

25São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

19º Prêmio APP

Contribuição Profissional

A união do Talento

com a Garra.

PATROCÍNIO

A APP atua a favor da constante valorização do profissional de propaganda.Criou o Prêmio APP Contribuição Profi ssional e o Troféu Garra do Galo, como forma de reconhecimento

aos profi ssionais que se destacam com ideias inovadoras ou ações que benefi ciam a atividadeda indústria da Comunicação.

Essa é a nossa maneira de unir o talento com a garra.

Vencedores

CARLOS RIGHIPAULO GREGORACI

GUSTAVO LEME

VP da FOX International Channels BrasilProfi ssional de Veículo

ALÊ OLIVEIRA

Editor de Fotografi a do Jornal Propmark e das Revistas Propaganda e Marketing Profi ssional de Imprensa Especializada

EDUARDO TRACANELLA

Superintendente de Marketing do ItaúProfi ssional de Anunciante

LUIZ RITTON

VP de Mídia e Operações da Lew’Lara\TBWAProfissional de Mídia

Presidente daEditora ReferênciaPrêmio EspecialContribuição Histórica

ARMANDO FERRENTINI

Vice-Chairman e COO da WMcCannProfi ssional Dirigente de Agência

CELINA ESTEVES

VP de Atendimentoda AfricaProfi ssional de Atendimento

Sócio-diretorda Cia de CinemaProfi ssional de Criação

CEO da ZoégasComunicaçãoProfissional de Planejamento

PAULO ZOÉGA

IGOR PUGA

VP de Integração eInovação da DM9DDBProfi ssional deEspecialização Digital

PEDRO MARTINS SILVA

Presidente Executivo do IVCProfi ssional de Serviços Especializados

SPARTACO PUCCIA FILHO

Diretor Presidente SPBComunicaçãoProfi ssional DestaqueRegional Capítulo APP Londrina

26 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

GTEC cria série em formato branded content para TV

Alê Oliveira

p or Bá rba ra Ba rb osa

Com mais de 35 anos de traje-tória, a GTEC Videocomuni-

cação, que já foi do Grupo Globo sob o nome de Globotec, segue um caminho de inovação guiado pela produção de programas de TV com viés em branded content. Nessa linha, a produtora, hoje co-mandada pelos irmãos e sócios Gabriel e Felipe Ribeiro, assina o projeto “A Estilista”, no ar pela Fox Life.

A produção mostra o dia a dia da estilista Lethicia Bronstei, que, ao final de 13 episódios, terá criado uma coleção para a Ria-chuelo. “Essa foi uma ideia ori-ginal nossa, que teve início após

áreas de esporte e life style. “O mercado de esporte, esse

lado mais fitness, cresce muito e estamos nos mobilizando para trazer isso do digital para a TV, algo que ainda não tem”, comen-ta Felipe. “Temos alguns projetos em andamento. A GTEC possui estrutura de uma produtora nor-mal, mas temos também esse braço criativo. A gente desenvol-ve conteúdo e buscamos as parce-rias”, acrescenta Gabriel.

Além de branded content, a GTEC tem uma área digital já consolidada, que permite oferecer aos clientes e parceiros soluções em transmissões ao vivo via saté-lite e Web TV, além de vídeos de educação a distância e produções customizadas para TV aberta e fechada. Em sua história, a pro-dutora já assinou mais de 5 mil comerciais, 1,6 mil programas para TV aberta, 2,6 mil peças de comunicação corporativa e mil horas de transmissão ao vivo pa-ra TV aberta, fechada e web.

conversas no ano passado, duran-te um trabalho que fizemos com a Lethicia no período da Copa do Mundo. Juntos, fomos construin-do o projeto, até chegarmos na Riachuelo como marca parceira”, conta Gabriel, responsável pela área de criação da produtora.

À frente da área comercial da GTEC, Felipe afirma que es-se formato de branded content é muito procurado pelas marcas e tem atenção especial da produto-ra, que, além de produzir sob de-manda, busca desenvolver e criar modelos atraentes para os clien-tes. “A gente identificou no proje-to que as marcas estão buscando muito além dos 30 segundos na TV. Elas querem trabalhar um conteúdo especial, que tem uma cauda longa e desdobramentos, além de possibilitar a construção da marca de um modo muito pró-ximo do consumidor”, destaca.

Segundo os irmãos, projetos semelhantes estão no radar da produtora, com destaque para as

Irmãos Gabriel e Felipe Ribeiro: novos projetos de branded content em andamento

Produtoras “A Estilista”, do canal Fox Life, promove a Riachuelo

Segurança é o quesito que mais preocupa o consumidor

Fotos: Other Images

p or V in íc iu s Nova es

A segurança ainda é o quesito que mais preocupa os consu-

midores que usam o e-commerce. De acordo com levantamento fei-to pelo Ibope Conecta e divulga-do pela MasterCard, a segurança do site é o item que impede a con-clusão da compra para 56% dos entrevistados. O segundo aspecto mais importante é o tempo de espera do produto, com 22% dos respondentes. Em terceiro lugar, opções de pagamento (poucas ou não atrativas), com 15%, seguido do formulário para preenchimen-to das informações pessoais.

“O consumidor de hoje está muito mais exigente, tanto no que diz respeito à segurança quanto à conveniência. Se o prazo de entre-ga excede suas expectativas, isso afeta negativamente a percepção. O mesmo acontece quando a ex-periência no momento da compra não é satisfatória”, analisa Mar-celo Theodoro, diretor-sênior e

vestuário (64%). Eletrodomésticos (60%), cosméticos (43%), viagem e turismo (35%) e brinquedos (34%) vêm em seguida. Apenas 27% da classe C consome turis-mo, percentual que revela poten-cial de consumo no Brasil, quan-do comparado às classes A/B.

Em relação à frequência de compra, 38% afirmam comprar uma vez por mês, 21% compram uma vez a cada dois meses, 9% compram uma vez por semana, 8% compram de duas a três ve-zes por semana e 24% compram com menor frequência que as ci-tadas. Já em relação ao meio uti-lizado para a compra, o notebook é o principal, com 69% da prefe-rência, seguido de desktop, com 52%, e smartphone, com 29%.

Os tablets representam 12%. Os jovens são os que mais prefe-rem comprar pelo smartphone, com 42%. A pesquisa foi realiza-da em julho de 2015, com 1.012 internautas de todas as regiões do Brasil.

responsável pela área de produ-tos digitais da MasterCard para o Brasil e o Cone Sul.

Na percepção dos consumi-dores, segundo o estudo, alguns atributos oferecem mais seguran-ça para que eles forneçam seus dados pessoais no momento do pagamento de uma compra onli-ne: certificações de segurança em primeiro lugar; a credibilidade do estabelecimento, em segundo; e as marcas das bandeiras de car-tão e/ou carteiras digitais para pagamento, em terceiro.

Theodoro cita algumas alter-nativas criadas pela MasterCard para aumentar a confiança na hora de comprar via internet. Um desses exemplos é o MasterPass. “As empresas precisam construir produtos que possam dar mais se-gurança, além de precisarmos in-vestir na educação do consumidor por meio de campanhas”. Os ele-trônicos lideram entre as catego-rias mais adquiridas no meio on-line, com 77%. Em segundo lugar,

Web Ibope Conecta aponta que 56% têm medo de finalizar compra

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Nº 4 / 2015 INFORME PUBLICITÁRIO

No período de 14 a 30 de Outubro, na sede da Av. Angélica, 1900, os Professores da área de Design de Interiores, apresentarão alguns de seus projetos profissionais em uma mostra coletiva, onde mostram a relação entre ensino e sua atuação no mercado de trabalho, diz o coordenador Eduardo Rodrigues.

Portfólio Rewiew

Exposição dos Professores deDesign de Interiores

SCA é a nova parceria do nosso Job TrainingA SCA e Panamericana, fecham parceria, para realização de Job Training voltada a área de Design de Interiores, com a criação de um ou mais ambientes residenciais para o show room da loja SCA Jardim Paulista. O objetivo do Job é proporcionar ao aluno trabalhar profissionalmente.

A Panamericana realizou no mês Setembro, o 1º ArteScambo com a participação de mais 400 pessoas e 200 imagens trocadas. O evento que recebeu fotógrafos e artistas amadores e profissionais para que trocassem seus trabalhos de forma anônima com o objetivo de fomentar o colecionismo e o apreço pela imagem. O encontro promoveu interação entre pessoas. Devido ao grande sucesso, estamos planejando o 2º ArteScambo para o ano de 2016. Informações do evento e participantes, podem ser conferidos em nosso site.

Alunos selecionados, tiveram a oportunidade de apresentar seu portfólio à 5 grandes profissionais da área de fotografia: Alexandre Belém, Cássio Vasconcelos, Georgia Quintas, Juliana Arruga e Lucas Lenci. Foi uma experiência valiosa aos alunos da Panamericana.

56% dos entrevistados se preocupam com a segurança

na hora de efetuar uma compra via internet

80% fazem as compras com cartão de crédito

38% das pessoas afirmaram que compram

pela internet uma vez por semana

77% de todos os produtos comprados

via e-commerce são eletrônicos

69% dos entrevistados utilizam o notebook

como dispositivo para efetuar as compras

27São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

29São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 28 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

Mercado Encontro de agências de publicidade, que ocorre no dia 27 de outubro, terá palestrantes internacionais para debater o tema

Ebap aborda força da mídia de massa

Orlando Marques defende a ideia do uso combinado das mídias

Alê Oliveira

p or C lau dia Pen tea do

O próximo Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade

(Ebap), que será realizado no dia 27 de outubro, no Maksoud Plaza, em São Paulo, será inteiramente dedicado às mídias “de massa” ou “tradicionais” – embora Orlando Marques, presidente da Asso-ciação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), organizadora do evento, não goste dessa última nomenclatura.

“A entidade defende as boas qualidades das mídias que ajuda-ram a construir grandes marcas e seguem fortes, sem desconsi-

derar, naturalmente, a força do digital. Acreditamos na força de todas as mídias usadas de manei-ra combinada, não adianta ficar só no digital”, comenta Marques, que abrirá o encontro ao lado de Rafael Sampaio, hoje consultor da entidade, para falar das lições aprendidas no Cannes Lions e no encontro da 4A’s, em Austin.

Dois palestrantes internacio-nais estão convidados. O primei-ro é o jornalista Michael Wolf, que recentemente esteve no Fes-tival of Media Latam 2015 falan-do da força da televisão e falará justamente sobre “O inesperado triunfo da TV” durante o Ebap.

O outro palestrante interna-cional é George Ivie, CEO do MRC – Media Rating Council, que discorrerá sobre o tema “Sem

precisão das informações de audi-ência, não há qualidade de plane-jamento e compra de mídia”.

Um dos destaques é o painel com três anunciantes que conta-rão suas histórias, mediados pelo jornalista William Waack. São eles: Luiz Eduardo Falco, diretor--presidente da CVC; Márcio Uts-ch, CEO da Alpargatas; e Wesley Batista, CEO global da JBS.

“São histórias de grandes marcas construídas antes da era digital, que vão contar como se valeram das mídias de massa e hoje são grandes anunciantes em todas as plataformas”, comenta Marques.

O Grupo Consultores divulga-rá, durante o Ebap, uma pesquisa que comprova a contribuição das mídias de massa para a força das

O Centro Universitário Senac passa a oferecer uma pós-

-graduação em planejamento es-tratégico e concepção de branded content. O curso tem curadoria de Patrícia Weiss, executiva de planejamento estratégico com ex-periência no mercado de publici-dade e marketing, e vai explorar as diversas formas de criar e pro-duzir um conteúdo de marca ori-ginal e relevante, para informar, entreter e engajar o consumidor.

O lançamento oficial será com o evento “Branded Content”, que acontece às 8h, do dia 20, na uni-dade Lapa Scipião, em São Pau-lo. O tema central do encontro é “Desvendando mitos e segredos do branded content – as histó-rias que as marcas estão crian-do”. A curadora do curso fará a moderação dos debates entre os profissionais de marketing e criativos. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site www.sp.senac.br.

Serão dois principais temas debatidos: “O que o branded content representa para as mar-cas hoje?”, com apresentação de Daniela Gavranic Cachich,

VP de marketing da Heineken, e Thiago Cesar Silva, gerente de planejamento, conteúdo e digital do Marketing Institucional Itaú; e “Criativos e realizadores – des-mistificando o branded content pelo ponto de vista de quem cria e realiza narrativas para as mar-cas”, com palestras dos diretores de criação João Caetano Brasil, da Leo Burnett Tailor Made; Marcelo Nogueira, da Almap/BBDO; e Fa-bio Pinheiro, da Hungry Man.

O público-alvo da pós-gradu-ação são os profissionais gradu-ados nas áreas de comunicação, marketing, entretenimento e ad-ministração. O curso tem o obje-tivo de oferecer a oportunidade para alcançar alta performance na condução, administração e conhecimento da relação marca e consumidores.

Patrícia Weiss, que já tra-balhou em grandes empresas e atuou em importantes agên-cias do Brasil, é consultora es-tratégica de branded content & entertainment e narrativas de marca, coprodutora executiva dos projetos de conteúdo e entre-tenimento da Asas e fundadora e chairman do BCMA (Branded Content Marketing Association) para a América do Sul.

Senac oferece pós em branded content

Alê Oliveira

A executiva de planejamento estratégico Patrícia Weiss é a curadora

Palestras Lançamento do curso terá debate

Anunciantes Estrelada por dois rappers, campanha da Full Jazz tem o objetivo de reduzir o abandono da escola pelos jovens

Campanha deverá ser estendida para

escolas públicas de todo o estado de

São Paulo

Divulgação

p or V in íc iu s Novaes

Por ano, mais de um 1,5 mi-lhão de crianças abandonam

a escola no Brasil. Esse é um da-do divulgado pelo último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o prin-cipal motivo pelo qual a Full Jazz, ao lado da Fundação Pro 120, criaram o Movimento Pros-seguir, uma iniciativa inovado-ra em parceria com o Governo

do Estado de São Paulo, que tem como objetivo combater o aban-dono escolar.

Com o conceito “A escola está presente em tudo, inclusive nas coisas que você mais gosta”, o movimento pretende mostrar aos alunos que o ensino é a ba-se de tudo e, diferentemente do que a maioria deles pensa, mui-tas coisas que eles mais amam têm muita relação com a escola, como, por exemplo, uma mano-bra de skate que, para ser bem realizada, tem bastante física empregada, ou uma letra de rap que depende de o MC saber de história, ciência, política e co-nhecimentos gerais.

Marcelo Fróes, diretor de criação da FullJazz, contou que a campanha é um teste. “A ação,

que já foi aprovada pela Secre-taria de Estado da Educação, é um pré-teste que está sendo aplicado em 92 escolas públicas da capital e, depois, será esten-dido para as escolas de todo o estado”, diz.

Igor Ota, diretor de criação da agência, comentou os resulta-dos alcançados até aqui. “A cam-panha está implementada há um mês e já temos bons resulta-dos: muitas pessoas decidiram não abandonar a escola”, revela.

Além de embaixadores do movimento, os MCs Rashid e Max B.O. criaram duas músicas exclusivas, que serão os hinos dessa iniciativa: “Viver ago-ra”, de Rashid, e “Novo apren-dizado”, de Max B.O. Os dois também são as estrelas de um

marcas mais valiosas. O painel que fecha o evento

une profissionais da mídia im-pressa para comentar as novas múltiplas fronteiras dessa mídia, com moderação do diretor de con-teúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Participam da conversa Carlos Lindenberg Neto, presi-dente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Rede Gazeta de Comunicações; Frederic Kachar, presidente da Associação Nacio-nal de Editores de Revistas (Aner) e diretor-geral da Infoglobo e da Editora Globo; e Pedro Silva, pre-sidente-executivo do Instituto Ve-rificador de Comunicação (IVC).

O encontro tem patrocínio da Rede Globo de Televisão e apoio da Federação Nacional das Agên-cias de Propaganda (Fenapro).

videoclipe, em que um mash up com as músicas dos dois ra-ppers serve de pano de fundo para contar a história de um aluno que resolve abandonar a escola, mas que pensa melhor e desiste a tempo de seguir em frente com os estudos.

Os rappers também marcam presença em cartazes e mate-rial de divulgação colocados em mais de 90 escolas públicas da cidade de São Paulo, atingindo mais de cem mil alunos.

O projeto tem como platafor-ma principal as redes sociais e, em sua página no Facebook, é possível fazer o download de todo o conteúdo exclusivo, co-mo as músicas e o videoclipe da campanha.

Ação quer diminuir evasão escolar

Veículos Programa, que acontece em 23 e 24 de outubro, na sede do SBT, em São Paulo, tem meta de arrecadar cerca de R$ 26 milhões

Agências Design Thinking Propaganda reuniu cerca de 30 profissionais em debate sobre a busca de soluções para empresas

Teleton escolhe gratidão como tema

A apresentadora Eliana e o cantor Daniel foram escolhidos como padrinhos da edição deste ano

Geraldo de Brito: “Este é um momento de achar soluções”

Lourival Ribeiro/Divulgação

Divulgação

O Teleton deste ano chega à sua 18ª edição, contando com

mais de 200 artistas, além de Ge-túlio, criança símbolo de 2015, para atingir a desafiadora meta de arrecadar R$ 26 milhões, que serão revertidos para a AACD. O programa acontece em 23 e 24 de outubro, no SBT, em São Paulo.

O total arrecadado nesta edi-ção será destinado à manutenção e à sustentabilidade das unidades da instituição, presentes em sete estados brasileiros, e para inves-timentos em pesquisas de reabi-litação que agreguem tecnologia e conhecimento, permitindo a capacitação de profissionais. Em 2014, foram realizados cerca de 1,4 milhão de atendimentos.

Para Angelo Franzão, su-perintendente de marketing e captação de recursos da AACD, gratidão talvez seja uma das pa-lavras que mais representam o evento, uma vez que a institui-ção, por ser filantrópica e sem fins lucrativos, depende da doa-ção. “Qualquer doação, indepen-dentemente do valor, é de extre-ma importância. Somos gratos pela ajuda dada à instituição, por meio do Teleton, há 18 anos e, especialmente neste ano, pre-cisamos ainda mais da ajuda de todos”, afirma Franzão.

Nomes como os dos padrinhos Eliana e Daniel, Patricia Abrava-nel, Carlos Nascimento, MC Gui-mê, Paula Fernandes, Padre Ales-sandro Campos, Ivete Sangalo e Ratinho, entre outros, são presen-

ças garantidas ao vivo no progra-ma. “O auxílio de todos os artistas no Teleton é essencial para nós. Passamos por um ano desafiador para cumprir nosso orçamento. A divulgação da nossa instituição e da excelência no trabalho rea-lizado em prol do deficiente físi-co, por meio de figuras com alta credibilidade da TV, potencializa cada vez mais as doações”, diz o CEO da AACD, Valdesir Galvan.

Nas redes sociais do Teleton, diversas celebridades que apoiam a causa da AACD e a maratona te-levisiva têm fotos e vídeos divul-gados. Por lá, o internauta apren-de de forma simples e descontra-ída como ajudar a AACD. Qual-quer pessoa pode interagir com a instituição nas redes sociais com a hashtag #somostodosteleton.

p or Cr i s t ia ne Ma rso la

A Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda)

reuniu representantes do merca-do de São Paulo, na semana pas-sada, para mais uma edição do Design Thinking Propaganda. O evento, em parceria com o Sina-pro-SP (Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo), tem como objetivo discutir o modelo das agências de publicidade e pensar em soluções para o negó-cios no futuro próximo.

“Reunimos profissionais de 25 agências para discutir o modelo do nosso negócio. Este momento de crise influencia os problemas,

as dificuldades são potencializa-das. Em comum, essas agências têm a dificuldade de se mostrar relevante para se tornar melhor remunerada. Este é um momen-to de achar soluções”, afirmou Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP. A técnica do design thinking está sendo utilizada co-mo uma facilitadora para levan-tar as ideias.

De acordo com Brito, o grupo reunido foi bem variado, com representantes de agências de to-dos os tamanhos, da capital e do interior do estado. “O resultado vai ser um trabalho de conscien-tização para todos. Cada um que sai daqui, já faz uma grande refle-xão”, falou Brito.

Esta é a segunda edição do De-sign Thinking Propaganda, que

em agosto reuniu os profissionais do Rio de Janeiro. Até o fim do ano, a intenção é levar a discus-são para mais quatro praças: Por-to Alegre, Recife, Belo Horizonte e Florianópolis. “A gente está, há dois anos, falando sobre a neces-sidade de desenvolver uma per-cepção de relevância maior para o negócio. Na crise, a discussão sobre a relevância do que a gente faz é ainda maior”, disse Glaucio Binder, presidente da Fenapro, que participou do primeiro en-contro no Rio.

A intenção da entidade é di-vulgar, no Dia Mundial da Pro-paganda, comemorado em 4 de dezembro, um documento com os insights levantados a partir dos seis encontros. “O Design Thinking Propaganda ajuda a le-

var para dentro da agência uma discussão positiva”, falou Binder. No evento do Rio, por exemplo, um dos temas discutidos foi o nome agência de propaganda, já que o negócio é muito mais do que isso. “Precisamos valorizar o que temos de mais relevante no negócio, que são as ideias trans-formadoras”, contou o presidente da Fenapro.

Segundo o presidente da fede-ração, o modelo atual usado pelas agências está sendo questionado não apenas no Brasil. “O mundo inteiro está buscando um modelo para a relação de clientes e agên-cias”, explicou Binder.

Também em dezembro, a Fe-napro deve divulgar uma pesqui-sa que está fazendo um raio-x do perfil das agências do Brasil.

O último trimestre do ano, con-siderado o mais aguardado

pelo comércio, chega com baixa expectativa para os brasileiros. Nem as compras de Natal, tradi-cionais para o período, consegui-ram elevar a intenção de compra. Segundo pesquisa realizada pelo Provar (Programa de Administra-ção do Varejo) e pela FIA (Funda-ção Instituto de Administração), em parceria com o Ibevar (Ins-tituto Brasileiro de Executivos de Varejo) e com a Felisoni Consul-tores Associados, o índice de con-sumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis de outubro a dezembro é de 34,4%. O indicador é dez pontos percen-tuais menor do que o registrado no terceiro trimestre do ano e apresenta queda de seis pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, a intenção de compra na internet também di-minuiu: passou de 86,6% no tri-mestre passado para 82,5% neste trimestre.

De acordo com o diretor do

Ibevar, professor Nuno Fouto, o resultado é explicado pela “dete-rioração” das condições de com-pra. “De fato, no quarto trimestre do ano passado, depois de descon-tadas as despesas e o pagamento das dívidas, sobravam 10,8% do orçamento das famílias para no-vas compras. No entanto, para o mesmo período deste ano, so-bram apenas 6,5%”, informa o professor, que conduziu a apre-sentação da pesquisa na última semana, em São Paulo.

Os dados foram obtidos a par-tir de uma pesquisa de campo que ouviu de 500 consumidores de varejo e 4.448 e-consumido-res, no mês passado. Nas aborda-gens, realizadas na rua, os parti-cipantes foram indagados sobre os produtos que pretendiam com-prar nos próximos três meses, em relação às seguintes categorias de produtos: linha branca, mó-veis, eletroeletrônicos, material de construção, informática, cine e foto, telefonia e celulares, cama, mesa e banho, eletroportáteis, vestuário, calçados, viagens de turismo, automóveis e motos, e imóveis.

Vendas devem cair no último trimestre

Divulgação

Professor Nuno Fouto, diretor no Ibevar: orçamento familiar para o fim deste ano será menor

Mercado Bens de consumo serão afetados

Fenapro discute modelo de negócio

29São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g 28 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

Mercado Encontro de agências de publicidade, que ocorre no dia 27 de outubro, terá palestrantes internacionais para debater o tema

Ebap aborda força da mídia de massa

Orlando Marques defende a ideia do uso combinado das mídias

Alê Oliveira

p or C lau dia Pen tea do

O próximo Encontro Brasileiro de Agências de Publicidade

(Ebap), que será realizado no dia 27 de outubro, no Maksoud Plaza, em São Paulo, será inteiramente dedicado às mídias “de massa” ou “tradicionais” – embora Orlando Marques, presidente da Asso-ciação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), organizadora do evento, não goste dessa última nomenclatura.

“A entidade defende as boas qualidades das mídias que ajuda-ram a construir grandes marcas e seguem fortes, sem desconsi-

derar, naturalmente, a força do digital. Acreditamos na força de todas as mídias usadas de manei-ra combinada, não adianta ficar só no digital”, comenta Marques, que abrirá o encontro ao lado de Rafael Sampaio, hoje consultor da entidade, para falar das lições aprendidas no Cannes Lions e no encontro da 4A’s, em Austin.

Dois palestrantes internacio-nais estão convidados. O primei-ro é o jornalista Michael Wolf, que recentemente esteve no Fes-tival of Media Latam 2015 falan-do da força da televisão e falará justamente sobre “O inesperado triunfo da TV” durante o Ebap.

O outro palestrante interna-cional é George Ivie, CEO do MRC – Media Rating Council, que discorrerá sobre o tema “Sem

precisão das informações de audi-ência, não há qualidade de plane-jamento e compra de mídia”.

Um dos destaques é o painel com três anunciantes que conta-rão suas histórias, mediados pelo jornalista William Waack. São eles: Luiz Eduardo Falco, diretor--presidente da CVC; Márcio Uts-ch, CEO da Alpargatas; e Wesley Batista, CEO global da JBS.

“São histórias de grandes marcas construídas antes da era digital, que vão contar como se valeram das mídias de massa e hoje são grandes anunciantes em todas as plataformas”, comenta Marques.

O Grupo Consultores divulga-rá, durante o Ebap, uma pesquisa que comprova a contribuição das mídias de massa para a força das

O Centro Universitário Senac passa a oferecer uma pós-

-graduação em planejamento es-tratégico e concepção de branded content. O curso tem curadoria de Patrícia Weiss, executiva de planejamento estratégico com ex-periência no mercado de publici-dade e marketing, e vai explorar as diversas formas de criar e pro-duzir um conteúdo de marca ori-ginal e relevante, para informar, entreter e engajar o consumidor.

O lançamento oficial será com o evento “Branded Content”, que acontece às 8h, do dia 20, na uni-dade Lapa Scipião, em São Pau-lo. O tema central do encontro é “Desvendando mitos e segredos do branded content – as histó-rias que as marcas estão crian-do”. A curadora do curso fará a moderação dos debates entre os profissionais de marketing e criativos. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site www.sp.senac.br.

Serão dois principais temas debatidos: “O que o branded content representa para as mar-cas hoje?”, com apresentação de Daniela Gavranic Cachich,

VP de marketing da Heineken, e Thiago Cesar Silva, gerente de planejamento, conteúdo e digital do Marketing Institucional Itaú; e “Criativos e realizadores – des-mistificando o branded content pelo ponto de vista de quem cria e realiza narrativas para as mar-cas”, com palestras dos diretores de criação João Caetano Brasil, da Leo Burnett Tailor Made; Marcelo Nogueira, da Almap/BBDO; e Fa-bio Pinheiro, da Hungry Man.

O público-alvo da pós-gradu-ação são os profissionais gradu-ados nas áreas de comunicação, marketing, entretenimento e ad-ministração. O curso tem o obje-tivo de oferecer a oportunidade para alcançar alta performance na condução, administração e conhecimento da relação marca e consumidores.

Patrícia Weiss, que já tra-balhou em grandes empresas e atuou em importantes agên-cias do Brasil, é consultora es-tratégica de branded content & entertainment e narrativas de marca, coprodutora executiva dos projetos de conteúdo e entre-tenimento da Asas e fundadora e chairman do BCMA (Branded Content Marketing Association) para a América do Sul.

Senac oferece pós em branded content

Alê Oliveira

A executiva de planejamento estratégico Patrícia Weiss é a curadora

Palestras Lançamento do curso terá debate

Anunciantes Estrelada por dois rappers, campanha da Full Jazz tem o objetivo de reduzir o abandono da escola pelos jovens

Campanha deverá ser estendida para

escolas públicas de todo o estado de

São Paulo

Divulgação

p or V in íc iu s Novaes

Por ano, mais de um 1,5 mi-lhão de crianças abandonam

a escola no Brasil. Esse é um da-do divulgado pelo último Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o prin-cipal motivo pelo qual a Full Jazz, ao lado da Fundação Pro 120, criaram o Movimento Pros-seguir, uma iniciativa inovado-ra em parceria com o Governo

do Estado de São Paulo, que tem como objetivo combater o aban-dono escolar.

Com o conceito “A escola está presente em tudo, inclusive nas coisas que você mais gosta”, o movimento pretende mostrar aos alunos que o ensino é a ba-se de tudo e, diferentemente do que a maioria deles pensa, mui-tas coisas que eles mais amam têm muita relação com a escola, como, por exemplo, uma mano-bra de skate que, para ser bem realizada, tem bastante física empregada, ou uma letra de rap que depende de o MC saber de história, ciência, política e co-nhecimentos gerais.

Marcelo Fróes, diretor de criação da FullJazz, contou que a campanha é um teste. “A ação,

que já foi aprovada pela Secre-taria de Estado da Educação, é um pré-teste que está sendo aplicado em 92 escolas públicas da capital e, depois, será esten-dido para as escolas de todo o estado”, diz.

Igor Ota, diretor de criação da agência, comentou os resulta-dos alcançados até aqui. “A cam-panha está implementada há um mês e já temos bons resulta-dos: muitas pessoas decidiram não abandonar a escola”, revela.

Além de embaixadores do movimento, os MCs Rashid e Max B.O. criaram duas músicas exclusivas, que serão os hinos dessa iniciativa: “Viver ago-ra”, de Rashid, e “Novo apren-dizado”, de Max B.O. Os dois também são as estrelas de um

marcas mais valiosas. O painel que fecha o evento

une profissionais da mídia im-pressa para comentar as novas múltiplas fronteiras dessa mídia, com moderação do diretor de con-teúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour. Participam da conversa Carlos Lindenberg Neto, presi-dente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Rede Gazeta de Comunicações; Frederic Kachar, presidente da Associação Nacio-nal de Editores de Revistas (Aner) e diretor-geral da Infoglobo e da Editora Globo; e Pedro Silva, pre-sidente-executivo do Instituto Ve-rificador de Comunicação (IVC).

O encontro tem patrocínio da Rede Globo de Televisão e apoio da Federação Nacional das Agên-cias de Propaganda (Fenapro).

videoclipe, em que um mash up com as músicas dos dois ra-ppers serve de pano de fundo para contar a história de um aluno que resolve abandonar a escola, mas que pensa melhor e desiste a tempo de seguir em frente com os estudos.

Os rappers também marcam presença em cartazes e mate-rial de divulgação colocados em mais de 90 escolas públicas da cidade de São Paulo, atingindo mais de cem mil alunos.

O projeto tem como platafor-ma principal as redes sociais e, em sua página no Facebook, é possível fazer o download de todo o conteúdo exclusivo, co-mo as músicas e o videoclipe da campanha.

Ação quer diminuir evasão escolar

Veículos Programa, que acontece em 23 e 24 de outubro, na sede do SBT, em São Paulo, tem meta de arrecadar cerca de R$ 26 milhões

Agências Design Thinking Propaganda reuniu cerca de 30 profissionais em debate sobre a busca de soluções para empresas

Teleton escolhe gratidão como tema

A apresentadora Eliana e o cantor Daniel foram escolhidos como padrinhos da edição deste ano

Geraldo de Brito: “Este é um momento de achar soluções”

Lourival Ribeiro/Divulgação

Divulgação

O Teleton deste ano chega à sua 18ª edição, contando com

mais de 200 artistas, além de Ge-túlio, criança símbolo de 2015, para atingir a desafiadora meta de arrecadar R$ 26 milhões, que serão revertidos para a AACD. O programa acontece em 23 e 24 de outubro, no SBT, em São Paulo.

O total arrecadado nesta edi-ção será destinado à manutenção e à sustentabilidade das unidades da instituição, presentes em sete estados brasileiros, e para inves-timentos em pesquisas de reabi-litação que agreguem tecnologia e conhecimento, permitindo a capacitação de profissionais. Em 2014, foram realizados cerca de 1,4 milhão de atendimentos.

Para Angelo Franzão, su-perintendente de marketing e captação de recursos da AACD, gratidão talvez seja uma das pa-lavras que mais representam o evento, uma vez que a institui-ção, por ser filantrópica e sem fins lucrativos, depende da doa-ção. “Qualquer doação, indepen-dentemente do valor, é de extre-ma importância. Somos gratos pela ajuda dada à instituição, por meio do Teleton, há 18 anos e, especialmente neste ano, pre-cisamos ainda mais da ajuda de todos”, afirma Franzão.

Nomes como os dos padrinhos Eliana e Daniel, Patricia Abrava-nel, Carlos Nascimento, MC Gui-mê, Paula Fernandes, Padre Ales-sandro Campos, Ivete Sangalo e Ratinho, entre outros, são presen-

ças garantidas ao vivo no progra-ma. “O auxílio de todos os artistas no Teleton é essencial para nós. Passamos por um ano desafiador para cumprir nosso orçamento. A divulgação da nossa instituição e da excelência no trabalho rea-lizado em prol do deficiente físi-co, por meio de figuras com alta credibilidade da TV, potencializa cada vez mais as doações”, diz o CEO da AACD, Valdesir Galvan.

Nas redes sociais do Teleton, diversas celebridades que apoiam a causa da AACD e a maratona te-levisiva têm fotos e vídeos divul-gados. Por lá, o internauta apren-de de forma simples e descontra-ída como ajudar a AACD. Qual-quer pessoa pode interagir com a instituição nas redes sociais com a hashtag #somostodosteleton.

p or Cr i s t ia ne Ma rso la

A Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda)

reuniu representantes do merca-do de São Paulo, na semana pas-sada, para mais uma edição do Design Thinking Propaganda. O evento, em parceria com o Sina-pro-SP (Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo), tem como objetivo discutir o modelo das agências de publicidade e pensar em soluções para o negó-cios no futuro próximo.

“Reunimos profissionais de 25 agências para discutir o modelo do nosso negócio. Este momento de crise influencia os problemas,

as dificuldades são potencializa-das. Em comum, essas agências têm a dificuldade de se mostrar relevante para se tornar melhor remunerada. Este é um momen-to de achar soluções”, afirmou Geraldo de Brito, presidente do Sinapro-SP. A técnica do design thinking está sendo utilizada co-mo uma facilitadora para levan-tar as ideias.

De acordo com Brito, o grupo reunido foi bem variado, com representantes de agências de to-dos os tamanhos, da capital e do interior do estado. “O resultado vai ser um trabalho de conscien-tização para todos. Cada um que sai daqui, já faz uma grande refle-xão”, falou Brito.

Esta é a segunda edição do De-sign Thinking Propaganda, que

em agosto reuniu os profissionais do Rio de Janeiro. Até o fim do ano, a intenção é levar a discus-são para mais quatro praças: Por-to Alegre, Recife, Belo Horizonte e Florianópolis. “A gente está, há dois anos, falando sobre a neces-sidade de desenvolver uma per-cepção de relevância maior para o negócio. Na crise, a discussão sobre a relevância do que a gente faz é ainda maior”, disse Glaucio Binder, presidente da Fenapro, que participou do primeiro en-contro no Rio.

A intenção da entidade é di-vulgar, no Dia Mundial da Pro-paganda, comemorado em 4 de dezembro, um documento com os insights levantados a partir dos seis encontros. “O Design Thinking Propaganda ajuda a le-

var para dentro da agência uma discussão positiva”, falou Binder. No evento do Rio, por exemplo, um dos temas discutidos foi o nome agência de propaganda, já que o negócio é muito mais do que isso. “Precisamos valorizar o que temos de mais relevante no negócio, que são as ideias trans-formadoras”, contou o presidente da Fenapro.

Segundo o presidente da fede-ração, o modelo atual usado pelas agências está sendo questionado não apenas no Brasil. “O mundo inteiro está buscando um modelo para a relação de clientes e agên-cias”, explicou Binder.

Também em dezembro, a Fe-napro deve divulgar uma pesqui-sa que está fazendo um raio-x do perfil das agências do Brasil.

O último trimestre do ano, con-siderado o mais aguardado

pelo comércio, chega com baixa expectativa para os brasileiros. Nem as compras de Natal, tradi-cionais para o período, consegui-ram elevar a intenção de compra. Segundo pesquisa realizada pelo Provar (Programa de Administra-ção do Varejo) e pela FIA (Funda-ção Instituto de Administração), em parceria com o Ibevar (Ins-tituto Brasileiro de Executivos de Varejo) e com a Felisoni Consul-tores Associados, o índice de con-sumidores que pretendem efetuar uma compra de bens duráveis de outubro a dezembro é de 34,4%. O indicador é dez pontos percen-tuais menor do que o registrado no terceiro trimestre do ano e apresenta queda de seis pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, a intenção de compra na internet também di-minuiu: passou de 86,6% no tri-mestre passado para 82,5% neste trimestre.

De acordo com o diretor do

Ibevar, professor Nuno Fouto, o resultado é explicado pela “dete-rioração” das condições de com-pra. “De fato, no quarto trimestre do ano passado, depois de descon-tadas as despesas e o pagamento das dívidas, sobravam 10,8% do orçamento das famílias para no-vas compras. No entanto, para o mesmo período deste ano, so-bram apenas 6,5%”, informa o professor, que conduziu a apre-sentação da pesquisa na última semana, em São Paulo.

Os dados foram obtidos a par-tir de uma pesquisa de campo que ouviu de 500 consumidores de varejo e 4.448 e-consumido-res, no mês passado. Nas aborda-gens, realizadas na rua, os parti-cipantes foram indagados sobre os produtos que pretendiam com-prar nos próximos três meses, em relação às seguintes categorias de produtos: linha branca, mó-veis, eletroeletrônicos, material de construção, informática, cine e foto, telefonia e celulares, cama, mesa e banho, eletroportáteis, vestuário, calçados, viagens de turismo, automóveis e motos, e imóveis.

Vendas devem cair no último trimestre

Divulgação

Professor Nuno Fouto, diretor no Ibevar: orçamento familiar para o fim deste ano será menor

Mercado Bens de consumo serão afetados

Fenapro discute modelo de negócio

30 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

Nova programação A TV Cultura aproveita a data para colocar no ar novida-des voltadas aos pequenos. Um dos destaques é “Era Uma Vez no Quintal – O Homem das Cavernas” (foto), exibido de segunda a sexta, às 11h e às 17h15

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Brinquedos vivos A Fundação Abrinq convocou os brinquedos para defender os direitos das crianças na campanha (foto) criada pela Neogama/BBH e produzida pela Shinjitsu Filmes. As peças ganham vida enquanto o narrador explica que há varias possibilidades para defender uma causa, como criar um exército ou fazer greve de fome

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80 anos Em homenagem às oito décadas de Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica, durante um ano, Ce-bolinha e seus amigos vão estampar uma aeronave Airbus 320 da Avianca (foto). “Queríamos fazer uma homenagem ao grande cartunista com personagens brasileiros”, diz Flávia Zulzke, gerente de marketing e comunicação da Avianca

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Ação promocional A Renault dará bônus de até R$ 1.500 na compra de um carro da marca para as crianças que forem com os pais às concessionárias e do-arem um carrinho. A campanha de divulgação é assinada pela Neogama/BBH

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Às compras Em um clima Toy Story, os brinquedos aparecem passeando pelo Shopping Center Norte (foto) na campanha para o Instagram criada pela Bold. São 14 fotos que mostram a perspectiva de bonecos e carrinhos

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especial dia das crianças

Fotos: Divulgação

Paula, do Gloob: “Procuramos demonstrar e indicar os caminhos” Nickelodeon chama a atenção para a economia de água

Nascimento, do Discovery Kids: política comercial é rigorosa Costa, do Nickelodeon: criar dia sem TV está sendo estudado

p or Cr i s t ia ne Ma rso la

O Dia das Crianças é uma da-quelas datas em que a mídia

é tomada por ações temáticas. São peças divulgando produtos e ser-viços voltados aos pequenos. No entanto, nos últimos anos, a pu-blicidade infantil tem mostrado cada vez mais uma preocupação com a ética. Anunciantes, agên-cias e veículos tomam cuidado ao apresentar uma campanha, já que a autorregulamentação é a princi-pal arma que têm.

Uma das bandeiras que po-dem ser verificadas em muitas ocasiões é a da relação da criança com o consumo consciente, tema do especial de Dia das Crianças do propmark neste ano (veja mais abaixo). “Se pararmos para pen-sar, algumas iniciativas de proi-bição à publicidade e ao mundo do consumo me parecem anti-consumo consciente”, contou João Matta, professor de publicidade e propaganda do curso MBA em ci-ências do consumo aplicadas. De acordo com o professor, antes de falar em marcas, é preciso enten-der o que é o consumo conscien-te. “É o uso de bens e serviços de maneira pensada, que tenha pre-ocupação com a criança e com a sua constituição”, falou.

Matta destacou também que algumas marcas têm o cuidado de ajudar na educação das crian-ças, mas ainda são ações pontu-ais. “No mundo do politicamente correto, as empresas ficam com medo de ser ousadas”, disse.

Para o professor, mais que a comunicação, os produtos preci-sam ser para crianças. “O próprio produto tem de ser pensado de uma forma adequada, algo que construa uma identidade, sem adultização. As grandes marcas já fazem isso”, disse.

EducAçãOO Instituto Akatu, que tem o consumo consciente em seu slo-gan, desenvolveu a plataforma Edukatu, uma rede de aprendi-zagem que visa o compartilha-mento de experiências entre alu-nos, professores e a entidade. No site, é possível ver as diferentes iniciativas voltadas ao tema de-senvolvidas em diversas escolas pelo país. “As crianças são muito importantes porque é difícil um adulto mudar o comportamento. Quando o filho aprende o consu-mo consciente, eles incentivam os pais”, disse Silvia Sá, geren-te de educação da entidade. De acordo com Silvia, a ideia não é ensinar as crianças a não consu-

água e da energia elétrica. “Es-sa conscientização das crianças é parte de um projeto maior, o Together for Goods, patrocinado globalmente pelo Nickelodeon”, explicou Raul Costa, gerente-ge-ral da Viacom.

O veículo também tem outros projetos, sempre com o foco na formação da criança como um in-divíduo inserido na comunidade. Um dos projetos é a restauração de praças e, em parceria com al-gumas marcas, ocorre a Roda de Leitura Nickelodeon. “Para o ano que vem, queremos trazer para o Brasil o dia sem TV. O canal in-terrompe a transmissão por um dia para estimular as crianças a saírem de casa”, contou Costa.

O Discovery Kids tem preocu-pação sobre o que é exibido no meio da programação e nos bre-aks. “O canal trabalha com pré--escolar, crianças de 4 a 8 anos, por isso tomamos muito cuidado com tudo o que é comercial. Te-mos uma política interna muito rigorosa”, explicou Roberto Nas-cimento, VP de vendas publici-tárias da Discovery Networks. O canal mantém, por exemplo, uma balança nutricional interna e só aceita anunciantes de alimentos que estejam de acordo com esse padrão. Além disso, há um traba-lho de curadoria para agências e anunciantes. “Entregamos um caminho. Cada vez mais a gente tem sido demandado para expli-car o posicionamento do canal”, comentou.

O Gloob também tem usado o tema do consumo consciente. A questão da sustentabilidade apare-ce nas séries do canal, por exem-plo. “Em ‘Detetives do Prédio Azul’, temos um episódio que aborda a importância de separar o lixo or-gânico. Já em ‘Gaby Estrella’, temos um episódio em que as crianças pegam a sucata oriunda do lixo da fazenda, como latas e garrafas pet, e constroem vários brinquedos re-ciclados. Procuramos conscientizar sobre a importância do consumo consciente de maneira leve, sem-pre com muito humor e diversão”, disse Paula Taborda, gerente de conteúdo e programação do Gloob.

A intenção do veículo é susci-tar discussões importantes para as crianças. “É essencial que elas já comecem a criar olhares críti-cos sobre o mundo. Para isso, não acreditamos em uma forma de ensinar que seja impositiva. Cos-tumamos dizer que o Gloob não procura ser um canal didático. Procuramos demonstrar e indicar os caminhos, principalmente atra-vés da inspiração”, falou Paula.

mirem, mas realmente fazê-las ter mais consciência sobre o ato. “Não é fazer sacrifício, é obser-var. Valorizar o que é realmente importante”, contou.

O Akatu trabalha com em-

presas parceiras, mas se preocu-pa em como coloca a marca nos projetos. “Parte do trabalho é ex-plicar para a criança o papel do marketing no mercado e apresen-tar as opções. Você sabe se essa

empresa investe na comunidade local? Os produtos que ela vende fazem mal?”, afirmou.

VEículOsOs canais infantis também têm

incentivado o consumo conscien-te, tanto na publicidade como no conteúdo.

No Nickelodeon, por exemplo, foram feitas algumas campanhas de conscientização do uso da

Em homenagem ao Dia das Crianças, comemorado em

12 de outubro, o propmark con-vidou seis agências para criar anúncios com o tema “Criança e consumo consciente”. As peças podem ser conferidas nas pági-nas 31, 32, 33, 35, 39 e 40 desta edição.

O anúncio da Full Jazz busca o resgate da infância usando o próprio jornal como brinquedo. A peça incentiva o consumo consciente quando sugere que o

leitor use o anúncio para fazer um barquinho de papel. O pas-so-a-passo da dobradura ajuda quem já esqueceu como se faz.

A Lew’Lara/TBWA incentiva a troca do presente, que poderia ser da nova geração de algum dispositivo, pela companhia, criando assim uma nova gera-ção de pessoas.

Na peça da Ogilvy, a agência usa um conselho de seu funda-dor, David Oglivy, de 1982. A frase lembra aos criativos que

os comerciais que eles escrevem serão vistos por seus filhos.

A Publicis lembrou que, mais que um anúncio a respeito do consumo consciente, eles já cria-ram uma agência inteira, em referência à Publicis Kids, uma das réplicas de empresas que es-tão no parque KidZania, no Sho-pping Eldorado, em São Paulo. No espaço, a criançada conhece o dia a dia de várias profissões, entre elas a de publicitário, po-dendo vivenciar os diferentes

trabalhos. A agência Matriz usou em

seu anúncio a notícia sobre um casal norte-americano que deci-diu ficar um ano sem comprar brinquedos e eletrônicos. A de-cisão nem foi percebida pelos filhos deles, de 5 e 7 anos.

No trabalho da DM9DDB, o destaque é um gigantesco “Não”. A peça aborda os limites que os pais devem impor às crianças se querem formar adultos mais conscientes.

consumo consciente ganha espaço

Agências entram no debate

Aquele rosto bonitinho, olhando para você e falando de um jeito bem meigo “eu quero”, aperta qualquer coração. Por mais duro na queda que você seja, a sua

Neste Dia das Crianças, o seu filho merece ganhar um não.

vontade é atender cegamente a todas as vontades daquele pequeno na hora. Mas não. E é justamente este o segredo: o não. Falar nãoa uma criançacausa esperneio, chilique e choro. Faz pessoas em volta lançarem olhares de julgamento a você sem direito a um argumento de defesa. Não importa. Não volte atrás,

bata o pé mais forte. Faça ainda mais birra. Porque não é não. O não educa. E o não a histéricos “eu quero” e “me dá”, que parece limitar a criança, na verdade, amplia as suas possibilidades no futuro. Para que ela possa dizer “sim, eu sei quanto o meu pai trabalhou para comprar este brinquedo”. “Sim, um docinho é suficiente, mamãe”. E “sim, eu aprendi o real valor das coisas”.

Por isso, se você quer ajudar a

formar um adulto e um consumidor mais consciente, neste Dia das Crianças, dê um não de presente ao seu filho.

especial dia das crianças

p or Ana Pau la Jung

Max Steel, Homem-Aranha, Peppa Pig, Minions, Mi-

ckey e Galinha Pintadinha lide-ram o ranking dos personagens preferidos, no momento, pelas crianças e seus pais. Como estão em alta, segundo Diego Senise, diretor da consultoria Ilumeo, estes são os personagens que têm maior potencial de gerar re-sultados de licenciamento para as empresas. A Ilumeo, empresa de pesquisa de mercado e con-sultoria em marketing, realizou uma pesquisa para avaliar a imagem que pais e filhos fazem de 60 personagens. Foram 16 mil entrevistas.

No portfólio da Ilumeo já existe a pesquisa de celebridades chamada Persona. Este estudo dos personagens infantis prefe-ridos é uma derivação do méto-do para análise de celebridades em comunicação, que pesquisa centenas de artistas quadrimes-tralmente desde 2011. “Criamos este produto, para saber qual imagem que os pais têm de per-sonagens infantis. Através dos personagens, bem como das ce-lebridades, é um caminho mais curto para promover o consumo principalmente de produtos in-fantis”, diz Senise.

“Desenvolvemos um método para ajudar empresas, agências, licenciadores e varejistas a to-marem decisões mais embasa-das, que tragam melhor retorno. A ideia surgiu em uma reunião com o Maurício de Sousa”, conta o diretor. “Como o mercado de licenciamento tem crescido mui-to e, provavelmente, passará ile-so à crise, os dados da pesquisa se tornam relevantes para toma-da de decisão”, diz Senise.

Graças à carga emocional que os personagens podem gerar so-bre um produto, esse mercado de licenciamento tem sido pro-missor e movimenta bilhões por Diego Senise e Otávio Freire, diretores da consultoria Ilumeo

ano, sobretudo no Brasil. Dados divulgados pela Abral (Associa-ção Brasileira de Licenciamen-to) mostram que, só no ano de 2014, o faturamento no setor de varejo referente a esse mercado de licenciamento foi de 13,2 bi-lhões de reais, representando um crescimento de 6% em rela-ção ao ano de 2013.

Para o ano de 2015, a Abral prevê que o mercado de licencia-mento tenha resultados positi-vos, mesmo em tempos difíceis para a economia brasileira. As previsões indicam um aumento de 4%, o que elevará o fatura-mento do setor para aproxima-damente R$ 13,7 bilhões.

Segundo a associação, o Brasil já faz parte do grupo dos princi-pais países com maior faturamen-to em licenciamento de marcas do mundo. Nesta lista também aparecem Estados Unidos, Japão, Inglaterra, México e Canadá.

Peppa Pig, Minions, Homem- -Aranha, Ben 10 e Bob Espoja são os que se destacam nas mé-tricas de preferência e intenção de compra, quando analisadas as respostas de pais com filhos de até dez anos de idade. O su-cesso dos Minions, por exemplo, fez com que mais de 50 empre-sas licenciassem esta franquia, de acordo com a Abral.

Por outro lado, os monstri-nhos japoneses Pokemons, por exemplo, não conseguem man-ter o mesmo sucesso que faziam anos atrás. Ainda nas últimas colocações, Tartarugas Ninjas, um clássico do universo infantil com grande sucesso em outra época, já não consegue manter a sua identidade, conexão e fama com as novas gerações. Os resul-tados da pesquisa mostram Ra-phael, Donatello e Michelangelo nas últimas colocações.

A pesquisa foi realizada, de 8 de julho a 6 de agosto de 2015, nos 26 estados brasileiros. No to-tal, foram 16.204 respostas.

Fotos: Divulgação

Galinha Pintadinha coloca pais e filhos para cantar

O Homem-Aranha é bem cotado entre

os entrevistados pela pesquisa

A porquinha Peppa Pig faz

sucesso entre os pequeninos

Estudo mostra personagens preferidos

31São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Título: Loira do Banheiro - Dia de Los Muertos 2015; produto: institucional; direção de criação: Jader Rossetto; redação: Gabriel Duarte; direção de arte: Guilherme Penachio; atendimento: Guilherme Miller; mídia: Rodrigo Roccasecca Sampaio; produtora do filme: Matel Comunicacões; direção de cena: Hermes Bruchmann; maquiagem: Escola Madre Conhecimento Criativo; produtora de áudio: Tumpats; aprovação do cliente: Veridiana Carvalho

No Dia da Criança, se for pra ter excesso, que seja de criatividade.Use a folha deste jornal para montar um brinquedo junto com seu fi lho e ensine o valor do consumo consciente.

1- Pegue umafolha do jornale dobre ao meio.

2- Com a folha dobrada ao meio, pegue as pontas e dobre para dentro, sem encostar na borda.

3- Dobre as bordasrestantes para dentro, em ambos os lados.

4- Levante o meioe empurre oslados juntos.

5- Junte aspontas de baixo com as pontas de cima.

6- Levante o meioe empurre oslados juntos.

7- Separe os ladose forme um barco.

fulljazz.com.br • (11) 3054 6262

Quem não conhece a lenda da Loira do Banhei-ro? A mulher que vem do mundo dos mortos para assombrar através do espelho está no filme da Sauza Tequila, assinado pela Mar Comunica-ção. A personagem lendária é interpretada na campanha pela apresentadora do MTV Móv3l, Luitha Miraglia, maquiada pelos profissionais da Escola Madre Conhecimento Criativo espe-cialmente para a ocasião. A campanha começou com um teaser divulgado nas redes sociais da marca. No vídeo, a loira interage com um rapaz quando ele vai ao banheiro e o espaço é trans-formado em balada. A comunicação foi oficial-mente lançada com um filme de apresentação da personagem, que convida as pessoas a inte-ragirem com ela nas redes sociais.

Loira do Banheiro

Mar CoMuniCação/Sauza TequiLa

Foto

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Título: Cai-Cai; produto: internet; diretor de arte: Silvio Medeiros; redator: Marcio Fritzen e Renato Barreto; produtora: Vetor Zero/Lobo; direção de cena: Mateus de Paula Santos; produção de áudio: Satélite Áudio; aprovação do cliente: Rodrigo Vidigal, Cristina Bandiera, Magda Cani, Carolina Saito e Lia Palacios

ogiLvy & MaTher BraSiL CLaro

O novo filme da Claro, criado pela Ogilvy & Mather Brasil, brinca com o apelido que o jogador Neymar recebeu. Na peça, durante uma entre-vista, um jornalista questiona o fato de o craque ter fama de cai-cai, mas Neymar o desafia a mostrar em vídeo. O problema é que a inter-net do lesma chip do repórter cai o tempo todo.

Lesma

A realização do sonho de viajar cozinhando do chef Olivier Anquier é o tema da nova campanha do Vitasay Stress, criada pela house da Hypermarcas, My Agência. O apresentador do “Cozinheiros em Ação” comenta que para aguentar as mudanças de clima conta com a ajuda do polivitamínico. A produção do filme é da Paranoid.

Título: Para Sempre; produto: Vitasay Stress; produtora do filme: Paranoid; direção de cena: Paulo Vainer; produtora de áudio: Zeeg; aprovação do cliente: Vesper Trabulsi

My agênCia hyperMarCaS

Sonhos

No filme da Amanco, os assuntos discutidos durante uma partida de futebol são descobertos graças ao recurso da leitura labial. Em vez de acertos sobre o jogo, os rapazes conversam sobre Josias, o instalador que só usa Amanco. Além do filme para a TV, a campanha tem mate-rial de PDV, peças online, spots de rádio e anúncios em revista.

Título: Leitura Labial; produto: institucional; diretor de criação: Marcelo Fedrizzi; criação: Marcos Abrucio; Pablo Fernández Russo e Maurício Perussi; produtora do filme: Cine; diretor de cena: Clovis Melo; produtora de áudio: Play It Again

arTpLan aManCo

Discussão

Pior que ser condenado à prisão é ficar sem sobremesa. Essa é a men-sagem do filme “Tribunal”, da FCB Brasil para Chandelle Chantilly. A ação também tem o filme “Casal”, que insinua que ficar sem o doce é pior do que ser abandonado pela mulher. Além do filme, a campanha tem ações promocionais e patrocínios a programas da TV paga.

Título: Tribunal; produto: Chandelle Chantilly; criação: Ricardo Silveira e Marcelo Jun Sato; produtora do filme: Barry Company; direção de cena: Mariana Youssef; produtora de som: Timbre; aprovação do cliente: Maria Carolina Odon, Silvia Rodrigues e Priscilla Oliveira

FCB BraSiL neSTLé

Castigo

quem fez Crist iane [email protected]

32 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - são paulo, 12 de outubro de 2015

33São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

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das 9h às 21h, e aos sábados, das 9h às 12h. Não abre domingos e feriados.

www.escola-panamericana.com.br

Anunciantes Campanha de lançamento é assinada pela Z+ e tem quatro fases; a última etapa integra todos os meios de comunicação

Hyundai apresenta seu novo HB20

A Z+ assina a campanha inte-grada do HB20, da Hyundai,

sob o conceito “Novo HB20. A Hyundai fez de novo”. Segundo Rodrigo Cerveira, diretor-executi-vo da Z+, o modelo revolucionou o mercado. “É uma referência de design, desejo e de quebrar para-digmas na categoria”.

Ainda conforme o diretor, a es-tratégia para o lançamento partiu primeiro da ideia de que o carro é um ícone e, portanto, deve ser valorizado independentemente de sua geração. “Ter um HB20 sig-nifica fazer parte de um grupo de aficionados, fãs mesmo. Olhando para o novo HB20, essa tradição em subir a barra se mantém. A partir daí, a estratégia foi dividi-da em quatro fases e atinge o ápi-ce com a chegada do novo carro e a campanha de lançamento”.

A primeira ação valorizava o modelo atual. Para comemorar a marca de 500 mil unidades ven-didas, a Hyundai ofereceu um ano a mais de garantia, passando

Cena da campanha que explora toda a viagem que um carro novo desperta no imaginário; filme traz ainda características que mostram as mudanças do novo HB20, como o design e a tecnologia embarcada

Na peça “Omelete”, a apresentadora desiste de degustar seu prato graças a informações do colega

Divulgação

de cinco para seis anos. Na se-gunda foi utilizado o conceito do storytelling para desenvolver três vídeos que contassem a trajetória do HB20 desde o lançamento até hoje. A terceira ação foi o lança-mento do teaser viral. Por meio da tecnologia screen to screen foi possível integrar a tela do compu-tador à do celular para ver deta-lhes do novo carro, sem revelar o modelo completo. A quarta fase é a campanha de lançamento. Com foco em todos os meios de comu-nicação, de forma integrada: digi-tal, social media, marketing diri-gido, TV e mídia impressa.

A campanha explora toda a viagem que um carro novo des-perta no imaginário. O filme traz as características marcantes que mostram as mudanças do novo HB20 por meio dessa viagem, como a evolução do design, os bancos em couro marrom e mais tecnologia através da central Blue media, que traz conectividade e interatividade com smartphone. Além do novo motor e do câmbio automático de 6 velocidades.

Ruivo encontra Sabrina SatoPara divulgar o Vivo Tudo,

que contempla internet 4G, ligações e SMS por menos de R$ 1 por dia, o novo filme da ope-radora, criado pela Y&R, traz o personagem Ruivo, interpreta-do por João Côrtes, interagindo com a apresentadora Sabrina Sato. Este é o 20º filme com a presença do personagem, que já contracenou com Grazi Massa-fera e Fábio Jr., entre outros.

No filme “Omelete”, Sabri-na se prepara para degustar seu prato, quando é abordada pelo jovem. Ele a avisa que leu na internet que ovo engorda. Quando ela desiste da refeição, ele volta atrás contando que en-controu outro estudo dizendo o contrário.

Fotos: Divulgação

28º PRÊMIO MARKETING BESTPARA OS MELHORES CASES, A FAMA VEM A CAVALO

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MARKETING BEST é um Prêmio da Editora Referência e MadiaMundoMarketing

Realização: MadiaMundoMarketing0Rua Padre João Manuel, 755 - 13 Andar, Cj. 132 - CEP 01411-001

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34 j o r n a l p r o p a g a n d a & m a r k e t i n g - São paulo, 12 de outubro de 2015

Mercado Jon Bond criou a Tomorro\\\, desenvolveu o marketing de guerrilha e o conceito de “pop-up store” e participará do ABA Summit

Mercado tem momento Uber+airbnbtecnologias que viabilizam esta visão. Daí também deriva um ou-tro componente, que é a transpa-rência. Mas toda grande mudan-ça traz receios e compulsão de segurar-se ao passado. Quando as novas agências tiverem a coragem e as marcas a ousadia de compar-tilhar riscos e retornos, a mensu-ração do ROI florescerá por todas as estratégias.

BENEFÍCIOSComo enfatizei, o principal deles é a precisão baseada na tecnologia e no direcionamento exato das men-sagens. Essa inteligência de com-preender o ‘timing’ dos consumido-res é a solução para a equação. Os consumidores só vão ver os anún-cios publicitários que realmente querem ver. Eles também vão de-terminar quando e onde queremos vê-los. É uma mudança radical nos preceitos de abordagem. É o con-sumidor quem manda. Gostamos de tratar isso como ‘people ma-rketing’ ou ‘precision marketing’. Acreditamos que este processo se incorporará em todas as mídias de forma muito rápida. Até a TV deixará de existir como conhece-mos – os ‘tablets’ crescerão e serão pendurados nas paredes. Mas esta relevância tem sua consequência. A possibilidade de alta mensurabi-lidade das ações exigirá das marcas ter acesso a um controle ‘real time’ das ações e resultados. E das agên-cias, transparência no processo. E, talvez pela primeira vez na história da administração, o retorno sobre investimento em publicidade será não apenas claro, mas granular ao nível do indivíduo. Isto é revolucio-nário. Um consumidor como um centro de custo e receita, constan-temente alimentando dados e exi-gindo alterações de comunicação individualizada. Um exemplo é nossa ferramenta de customização de vídeos em que o filme que veio da TV é personalizado com dados, mapas e ofertas para cada pessoa, de forma individual.

Divulgação

Jon Bond: agências inovadoras valorizam tecnologias

p or Pau lo Macedo – Espec ia l pa ra o p ropm a rk

TOMORRO\\\O universo do marketing atingiu uma complexidade nunca antes vista e importância vital nas em-presas. Até os tradicionais gigan-tes corporativos estão incomoda-dos pela nova fragilidade do seu negócio devido ao potencial de ruptura do marketing digital. A concorrência é desconhecida, rápi-da e pode estar nascendo hoje num dormitório de faculdade. Marcas e agências perdem tempo e dinhei-ro procurando ferramentais. Sem contar que faltam recursos para operar neste novo universo alta-mente veloz e fragmentado. Nossa essência é esta: originar e identi-ficar empresas de ‘ad tech’ mais inovadoras e com visão de futuro, agregando-as na nossa “caixa de ferramentas”, e assim apresentar soluções para os desafios que re-têm a indústria hoje. Oferecemos um ‘marketplace’ entre as marcas

e as agências de um lado, as tec-nologias do outro. O resultado é uma abordagem objetiva, escalá-vel e eficiente, que adiciona valor a agências e marcas, conectando--as às melhores tecnologias de pu-blicidade e marketing emergentes. Em essência somos uma ‘holding company’, só que virtual. Da mes-ma forma que a empresa mais famosa de aplicativos para táxis não possui nenhum carro (Uber), a maior empresa de acomodação não possui quarto (airbnb) e que uma das maiores empresas de mídia não produz conteúdo (Face-book), queremos ser uma empresa global de serviços de tecnologia em marketing que não possui ne-nhuma agência.

MODELO Fala-se muito sobre o rompimento do modelo de agências de comuni-cação por plataformas de ‘crowd-sourcing’, pelo Facebook, pelo Goo-gle, pelo Salesforce, pela Oracle, pelas empresas de consultoria, e do

crescente volume de trabalho que clientes estão levando para serem realizados ‘in-house’, por uma série de motivações que norteiam orça-mentos, conhecimento e velocida-de. Enquanto tudo isso muda com uma rapidez incrível, o modelo de ‘holding companies’ continua pra-ticamente inalterado por décadas.

EXPECTATIVAO Brasil é um enorme mercado, com muito valor, hoje reprimido devido às circunstâncias políticas e econômicas. Olhamos o longo prazo e chegamos para investir e criar bases sólidas. Nossa escala global possibilita identificar inova-ções rapidamente e viabilizar aces-so às mais eficientes tecnologias e serviços de marketing, agregando inteligência e soluções às marcas e agências brasileiras. A economia americana também viveu recente-mente momentos inóspitos, que trouxeram grande apreensão ao mundo empresarial. Mas sobre-vivemos à intempérie. Estamos

chegando ao país para oferecer soluções capazes de facilitar a vida das agências de publicidade e dos anunciantes. Uma das nossas solu-ções de varejo, por exemplo, utiliza--se dos sinais de wi-fi das lojas para medir pessoas e funcionários por hora do dia, ajudando varejistas a otimizar escalas de funcionários e até mesmo o posicionamento de produtos em gôndolas e vitrines. Quem não quer isso num momento da crise econômica?

MERCADO BRASILEIROConheço bem, embora com as li-mitações de não estar presente no dia a dia. Mas é suficiente para acreditar. Eu tenho trabalhado com as agências do WPI no merca-do, como a The Group, por alguns bons anos para Avon e também com a Heads Propaganda.

CONTRIBUIÇÃOAs inovações, tecnologias e produ-tos que surgem hoje, na maioria, nascem da necessidade de resolver

problemas. Acreditamos que po-demos ser úteis neste processo de auxiliar a identificar, selecionar, estruturar e entregar soluções que possam ser instrumentais para solucionar um problema, gerando uma nova demanda ou até, quem sabe, um novo mercado.

FUTUROAs agências eram coadjuvantes no processo. Recebiam a estratégia de produto e formatavam a comunica-ção. Hoje o marketing transbordou as fronteiras internas nas empre-sas. Nenhum departamento tem tamanho ‘accountability’ quanto o marketing. No futuro acreditamos que não existirá mais o departa-mento de marketing, mas sim o ‘revenue department’. Neste novo cenário, as agências precisam agre-gar muita, mas muita, inteligência em sua entrega. São proficiências e capacidades inimagináveis nas agências tradicionais. Este é hoje o desafio dos tradicionais gigantes da publicidade: escalar rapidamen-te este conhecimento e suprir uma demanda enorme e crescente no mercado. Em outras palavras, elas precisam se tornar menos tradicio-nais. Essa é uma decisão urgente, que não pode ser adiada. Caso con-trário, vão morrer.

MÍDIA PROGRAMÁTICAMuito se tem falado a respeito da técnica programática que envolve compra de espaços no ambiente digital em tempo real e através de lances. Mas, o que é necessá-rio contemporizar é que o ROI (Retorno Sobre Investimentos) vai ser o pilar chave e não mais o CPM (Custo por Mil). Aquilo que não tiver realmente relevância comprovada será identificado e devidamente cortado.

RETORNOQuanto mais próximos estiver-mos do ato da compra, mais claro fica o ROI. As agências verdadei-ramente inovadoras valorizam

O quadro sombrio da economia assusta alguns. Mas há quem aposte no Brasil para expandir os negócios. A Tomorro\\\, empresa norte-americana que conecta agências de publicidade, live marketing, marketing direto e relações públicas com startups de tecnologia em comunicação, é exemplo dessa crença. Criada por Jon Bond, eleito em 2010 o 4º executivo da década pela pesquisa da revista Ad Week nos Estados Unidos, fundou em 1987 a KPB, agência que criou o marketing de guerrilha e o conceito de “pop-up store”. Bond, que compara a atuação de sua empresa a marcas como Uber e airbnb, estará no Brasil no dia 22 para o ABA Summit, onde vai falar sobre “The Holding Company Disruptors”. A Tomorro\\\ será dirigida no Brasil por Fernando Teixeira, ex-Grey. Bond contou sobre a atuação da empresa ao propmark. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

35São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

37São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

EDUCAÇÃO DE HOJE.

INOVAÇÃO DE AMANHÃ.

Um amplo debate com educadores, líderesempresariais, autoridades públicas e especialistas

sobre a educação como ferramenta estratégica para o desenvolvimento da inovação.

Investir no setor é construir um país melhor.

2º FÓRUM NACIONAL DE EDUCAÇÃOSomando lideranças.

Multiplicando conhecimento.

Quem é líder, participa.

21 de outubroHotel Grand Hyatt – São Paulo – SP

www.forumnacionaldeeducacao.com.br

INICIATIVA: REALIZAÇÃO:

PATROCÍNIO: APOIO: COLABORAÇÃO: MÍDIA PARTNERS: FORNECEDORES OFICIAIS:

saúdeinformar

36 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

37São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

EDUCAÇÃO DE HOJE.

INOVAÇÃO DE AMANHÃ.

Um amplo debate com educadores, líderesempresariais, autoridades públicas e especialistas

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Investir no setor é construir um país melhor.

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36 j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g - São Paulo, 12 de outubro de 2015

Marcas & produtos Neusa [email protected]

EconômicaA cerveja Glacial, da Brasil Kirin,

lançou a garrafa de 300 ml. Ela é retornável e a empresa acredita que o produto fique

mais econômico, prático e na medida certa para o

consumo. A marca também renovou as embalagens

da garrafa de 600 ml e da lata de 350 ml.

Foto

s: Di

vulg

ação

ArtesanalProduzida pelas irmãs Isabel e Luciana Botter, a Twins Granola Artesanal

ganhou nova logomarca, assinada pelo designer Ricardo Nucci, que também foi responsável pelo novo visual do site. O produto agora está presente nas prateleiras da Casa Santa Luzia, em São Paulo.

ÍconeA linha de preservativos Olla também se

renovou e apresenta novas embalagens, com cores mais vibrantes e ícones

específicos para cada variante; apresenta ainda o Olla Ultra, além de migrar sua

linha de aromatizados para flavorizados, que, agora, além de aroma, tem sabor.

Olla traz ainda logomarca repaginada, com mais destaque para o dragão.

38 j o r N a l p r o p a g a N d a & m a r k e t i N g - são paulo, 12 de outubro de 2015

39São Paulo, 12 de outubro de 2015 - j o r n a l P r o P a g a n d a & m a r k e t i n g

Mercado descobre gamesEntretenimento Internet é um dos principais canais usados em campanhas pelo segmento

Divulgação

João Valim e Eduardo Trenck: tendência é transformar as plataformas de games em mídia

p or Rafa e l Vazqu ez

A Brasil Game Show 2015, maior feira de games da Amé-

rica Latina, começou na última sexta-feira (9), em São Paulo, e reúne as maiores companhias de-senvolvedoras de jogos do mun-do. Se em primeira impressão parece ser somente mais uma das inúmeras feiras que são realiza-das durante todo o ano na capital paulista, uma observação mais profunda sobre o tema desmente o equívoco.

Segundo números do setor, o mercado de games tem obtido um faturamento maior que o cinema nos últimos anos. Em 2013, por exemplo, foram US$ 52 bilhões contra US$ 50 bilhões no mundo. Além disso, no mesmo ano, o jo-go Grand Theft Auto V quebrou o recorde de lucro de todos os seg-mentos ao faturar mais de US$ 1 bilhão em apenas três dias após o lançamento.

A tendência de crescimento é a mesma no Brasil. Dados do instituto de pesquisa NewZoo apontam que o país já é o quarto maior em número de gamers – como são chamados os jogadores de videogames – e o 11º maior em termos de faturamento. Em 2014, o segmento movimentou mais de US$ 1,28 bilhão.

Apesar dos números atraen-tes, principalmente em relação à quantidade de potenciais consu-midores que habitam esse uni-verso, poucas marcas e agências de publicidade se aventuram no negócio. Em geral, as propagan-das vistas, sobretudo em jogos online, seja de PC ou de aplicati-vos mobile, ainda são feitas pelas próprias empresas de games. “É um mercado que se retroalimen-

ta, mas grandes marcas como Nissan e Nike, por exemplo, já estão começando a entender o potencial desse mercado”, conta Marcelo Tavares, idealizador e di-retor da Brasil Game Show.

Para Tavares, é questão de tempo até que os anunciantes co-mecem a contemplar plataformas de games em suas estratégias de comunicação. Ao contrário do que muitos pensam, o público do segmento ultrapassa os limites da infância e da adolescência e abrange pessoas de ambos os se-xos desde os 7 até os 35 anos, com uma concentração ainda maior na faixa entre 18 e 35 anos. “No-tamos que o público envelheceu no sentido de que quem come-çou a jogar Atari nos anos 1980 não parou mais e continua sendo um gamer. Esse mercado oferece um consumidor com grande po-tencial tanto de renda como de capacidade de engajamento, mas ainda tem sido pouco explorado por empresas de produtos que não são games”, diz.

A observação é reforçada por

Eduardo Trench, fundador e só-cio da agência de publicidade FTA Brasil, uma das poucas es-pecializadas em games no país. “O público de games é diferente e não existe igual no mundo. São pessoas interadas, superconecta-das e engajadas, que geram um tsunami de informações. O boca a boca é incrível”, diz. “Quando um jogo é lançamento, espon-taneamente as pessoas que co-nhecem o produto começam a compartilhar informações pela internet que se espalham por to-do o mundo”, acrescenta Trench, ressaltando que esse perfil dos gamers funciona para o bem e para o mal. “Se o jogo tem algum defeito ou algo que não gostam, também comentam”.

gAMEs nA MídiA Segundo Trench, há razões que explicam a ausência das marcas de games nos espaços publicitá-rios da mídia tradicional como TV, jornais e rádio. “O público está lá, mas os clientes são bas-tante severos em relação a perso-

nagens e tudo o que envolve os jogos. Isso muitas vezes impossi-bilita adaptações para a comuni-cação local. Além disso, no caso de filmes de TV, principalmente no Brasil, o preço para produzir um comercial com características para o mercado brasileiro é proi-bitivo. No final, acabam optando por campanhas digitais e rodam os vídeos produzidos nos países de origem”.

De acordo com o publicitário, a internet e os pontos de venda são os principais canais usados pelas companhias do setor para divul-gar os produtos.

Trench ainda observa uma forte tendência na transforma-ção das plataformas de games em mídia. Um dos exemplos é o YouTube Gaming, lançado recen-temente pelo Google para abrigar somente vídeos referentes a jogos eletrônicos. “Pode ter certeza que, nos próximos anos, as empresas que não são de games passarão a investir nisso. Vai ser um boom muito maior do que já é hoje”, conclui.

HoMEnAgEM“Emocionante cada linha do texto sobre o Waldir Siqueira, na coluna as-sinada por Lula Vieira (edição 2567, de 5 de outubro de 2015). Demonstra mais uma vez que esta dupla não só contribuiu significativamente para a evolução profissional da nossa publicidade, como reuniu duas pessoas muito especiais.”J. Roberto Whitaker PenteadoDiretor-presidente da ESPMSão Paulo - SP

“Parabéns Lula Vieira pela homenagem a Waldir Siqueira. O artigo apre-senta aos mais jovens quem ele foi e a importância que teve para a publi-cidade brasileira.”Roberto GouveiaSão Paulo - SP

conexões@

Divulgação

i n T E R V A L o i n T E R V

Empresa especializada em projetos cenográficos para o mercado corporativo, a ViaBR Cenografia expandiu os seus negócios para a América do Norte. Estabelecida em 2015 em Miami, a ViaAméricas é proprietária do evento e está à frente de todos os detalhes do Brazi-lian Fest of Pompano Beach (foto), que leva um pouco do Brasil para quem está fora do país. A festa será realizada no Pompano Beach Community Park, no próximo dia 17. O Brazilian Fest of Pompano Beach é um festival de música e cultura brasileira realizado na cida-de de Pompano Beach, na Flórida, a maior concentração de brasilei-ros fora do Brasil. A Loducca mudará sua marca nos próximos meses e se chamará LDC. A decisão faz parte do processo de transição iniciado em agosto quando Celso Loducca, fundador da agência, anunciou que deixará a sociedade e a presidência da empresa. O novo pre-sidente será Guga Ketzer.

são Paulo deve ganhar nova categoria de táxi, o “táxi preto”. O de-creto foi publicado no último dia 9, no Diário Oficial, que divulgou também a obrigação da regulamentação de novos serviços de trans-porte individual de utilidade pública em um prazo de 60 dias, de acordo com a PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana). As medidas foram comemoradas pelos taxistas e discutidas pelo aplica-tivo Uber. Em nota, o Uber disse que “os motoristas parceiros pres-tam o serviço de transporte individual privado previsto na PNMU”.

Fotos: Divulgação

A websérie Collections, da Tok&Stok, tem episódio com o criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, que fala um pouco sobre os produtos da loja com sua marca

DesenhosA websérie Collections, da Tok&Stok, que apresenta os par-ceiros da varejista, ganha mais um episódio. No vídeo, o dese-nhista Maurício de Sousa conta um pouco sobre sua trajetória ao longo de seus 80 anos. O criador da Turma da Mônica fala sobre um dos primeiros nãos que rece-beu profissionalmente, quando, aos 17 anos, foi aconselhado a dei-xar a ideia de ser desenhista para lá porque isso não dava dinheiro. No filme, divulgado em seu canal do YouTube, a Tok&Stok também mostra alguns dos produtos co-mercializados na loja e conta co-mo esse trabalho emociona seus fãs. A criação é da DM9DDB, com produção da Dreambox e direção de cena da Ariela Dorf.

PreParaPara divulgar os cursos de pós--graduação Master e Master Pre-mium da Faculdade São Lucas, a Fess’Kobbi criou a campanha “O melhor reconhecimento é aquele que marca”. No vídeo, um profis-sional bem-sucedido fala que pa-ra ter reconhecimento é preciso buscar o melhor caminho e mos-tra que, na faculdade em questão, é possível escolher o conteúdo melhor adaptável às necessidades profisisonais do aluno. Além do filme, que foca na importância de se preparar para o mercado de trabalho, a campanha contem-pla ações e peças para Facebook, YouTube e Google, spots de rádio, além de peças para mídia indoor e outdoors. A criação da campa-nha é de Graziella Pereira e Sid-ney Luzio.

ConheCimentoPara reforçar os diferenciais do Sedex, que são rapidez na en-trega, segurança e capilaridade, a Propeg criou uma campanha com foco na interação do público com o carteiro. O primeiro filme, “Rogério”, usa uma linguagem bem-humorada para mostrar o conhecimento do carteiro, que questiona a expressão “do Oia-poque ao Chuí”, já que o ponto mais ao norte do país é o monte Caburaí. Outros três filmes estre-

A Fess’Kobbi assina a campanha da Faculdade São Lucas

Propeg aposta em linguagem bem-humorada na campanha dos Correios Klabin investe em conscientização na estrada para evitar atropelamento de animais silvestres

arão em breve. Um com foco na segurança na entrega, um tercei-ro sobre a rapidez na entrega e o quarto com curiosidades sobre os Correios. Além dos filmes para TV aberta e fechada, a campanha tem spot para rádio, anúncios de

revista, mídia exterior e peças pa-ra o ambiente online.

naturezaA agência Maiorino assina a cam-panha criada para a Klabin com o objetivo de previnir atropela-

mento de animais silvestres na estrada PR-160, no Paraná. Com o mote “menos velocidade, mais vida”, a campanha conta com placas de sinalização na rodovia para conscientizar os motoristas a respeito do problema. Também

foi realizada uma blitz, no Dia Nacional do Trânsito, comemo-rado em 25 de setembro, em par-ceria com as Polícias Ambiental e Rodoviária Estadual. Na ocasião, foram distribuídas máscaras in-fantis de papel, representando

os bichos que são os mais ame-açados. Os motoristas também receberam adesivos para carros e folders com informações sobre os animais que circulam na região e correm o risco de ser atropelados, como o gato-maracujá.

breaks e Afins CRIST IANE [email protected]

40 j O R N A L p R O p A g A N d A & M A R k E T I N g - São paulo, 12 de outubro de 2015