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Secretaria Nacional de Segurança Pública

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Secretaria Nacional de Segurança

Pública

Mulheres da Paz

Conceito do Mulheres da Paz

O Projeto MULHERESDAPAZ é uma iniciativa do Ministério da Justiça, instituída pela Lei n° 11.530/2007 e pelo Decreto n° 6.490/2008, que objetiva em linhas gerais, a capacitação de mulheres atuantes na comunidade para promover o empoderamento feminino e para que se constituam, institucionalmente, como articuladoras sociais a fim de fortalecer as práticas políticas e socioculturais desenvolvidas pelas e para as mesmas, além de construir e fortalecer redes de prevenção da violência contra mulheres e jovens.

As MULHERESDAPAZ são mulheres da própria comunidade, capacitadas em temas como gênero e direitos da mulher, direitos humanos e cidadania, violências, fatores de risco e protetivos e prevenção a drogadição, para agirem como multiplicadoras do Programa, tendo como incumbência prevenir a violência que envolva jovens e a violência contra as mulheres. Essas mulheres atuam na mobilização social, articulando, em parceria com a equipe multidisciplinar do Projeto, a rede de proteção social local, mantendo a interlocução e encaminhando esses jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade para que sejam atendidos pelos serviços públicos e por Projetos de Formação e capacitação, em especial, o Protejo.

Tripé de Atuação – Mulheres da Paz

MULHERESDAPAZ

Prevenção da

violência juvenil

Prevenção da

violência

doméstica e de

gênero

Mobilização

comunitária

e articulação

com a rede local

de atendimento

Ter idade mínima de dezoito anos completos,

comprovada pela apresentação de documento pessoal

de identidade;

Ter renda familiar de até dois salários mínimos;

Comprovar capacidade de leitura e escrita; e

Residir em área que constitua foco territorial do

PRONASCI.

A candidata ao Projeto Mulheres da Paz deverá possuir

um perfil voltado à liderança, ou ao menos ter condições

para que sejam desenvolvidas tais características.

Condicionalidades para Participação

Capacitação

Para atuarem junto à comunidade as Mulheres da

Paz são capacitadas com 224 h/a distribuídas em

temas como: gênero e direitos da mulher, direitos

humanos e cidadania, violências, fatores de risco

e protetivos e prevenção a drogadição.

Capacitação Hora / Aula

Inicial

1º mês após a seleção das mulheres 48 h/a

Continuada

Do 2º ao 12º mês 176 h/a

Atividades

Após o período de capacitação, as Mulheres da Paz passam a desempenhar algumas atividades junto à sua comunidade, tais como:

• Mapear as famílias do seu território, buscando identificar situações de conflito e vulnerabilidade social;

• Realizar palestras, oficinas ou troca de experiências que promovam práticas de direitos humanos, de proteção da vida e estimulem a cultura da paz;

• Propor medidas de resolução não-violenta de conflitos, buscando auxiliar na solução de problemas de forma pacífica e justa, além de divulgar projetos e práticas voltadas para evitar a judicialização de demandas, como o Projeto Justiça Comunitária;

• Mapear as redes locais de atendimento psicológico e social;

• Fortalecer as práticas políticas e socioculturais desenvolvidas pelas mulheres na sua comunidade, auxiliando na consolidação da sua autonomia numa perspectiva metodológica transformadora e permanente, contribuindo para que elas se organizem em defesa de seus direitos;

• Orientar a comunidade sobre seus direitos básicos de cidadania;

Atividades

• Orientar mulheres vítimas de violência sobre a proteção da Lei Maria da Penha, que criou instrumentos para prevenir, coibir, punir e erradicar a violência doméstica e familiar contra a mulher e sobre a rede local de atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar;

• Identificar as principais demandas individuais e coletivas junto à mulheres da comunidade e aos jovens em situação de risco social e em conflito com a lei, encaminhando, em conjunto com a equipe multidisciplinar, mulheres e jovens vítimas da violência doméstica e urbana à Rede Protetiva Local e aos projetos sociais do governo federal, em especial, no caso dos jovens, o PROTEJO;

• Divulgar ações voltadas para a formação de uma cultura de paz, e que orientem a comunidade na prevenção e redução da violência, criando condições para o resgate dos jovens vulneráveis ao agenciamento pelo crime ou que já estão envolvidos em práticas criminosas;

• Fortalecer uma rede de serviços de apoio jurídico, psicológico e social capacitada para o atendimento dos jovens em situação de risco social e em conflito com a lei, visando a ampliação ao acesso e à informação e aos recursos de apoio para os familiares dos jovens em situação de risco social e em conflito com a lei;

MULHERES DA PAZ

Mapa Mulheres da Paz – Convênios 2008 a 2013

- 19.564 mulheres

Para fazerem jus ao pagamento do benefício, as Mulheres da Paz

devem ter uma frequência mínima nas capacitações, além de

realizarem as demais atividades previstas no projeto.

O valor do benefício é de R$ 190,00 / mês pagos diretamente à

beneficiária através do agente pagador Caixa Econômica Federal

Benefícios das Mulheres

PROTEJO Proteção de Jovens em

Território Vulnerável

O PROTEJO foi instituído pelo governo federal no ano de 2007, através da Lei n° 11.530, e integra as iniciativas do Ministério da Justiça no âmbito das políticas de Segurança Pública articuladas com ações sociais, priorizando a prevenção à violência do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci.

Este Programa, desenvolvido pelo Ministério da Justiça, marca uma iniciativa inédita no enfrentamento à violência no país, pois articula políticas de segurança com ações sociais, prioriza a prevenção e busca atingir as causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de ordenamento social e segurança pública.

O PROTEJO

Conceito

O projeto tem como objetivo geral identificar, acolher e acompanhar jovens entre 15 e 24 anos,

em situação de risco, vulnerabilidade social ou exposição a violências, como egressos do

sistema prisional, cumpridores de medidas socioeducativas, em situação de rua, ou

moradores de aglomerados urbanos com altos índices de homicídios e crimes violentos, por

meio de um percurso socioformativo, com vistas à reconfiguração de suas trajetórias de vida.

O Percurso Social Formativo inclui: qualificação profissional inicial, informática e tecnologia,

formação cidadã e sociojurídica, resolução não-violenta de conflitos, ampliação do letramento,

educação ambiental e sustentabilidade, prevenção à drogadição, introdução ao mundo do

trabalho, reflexões sobre violências, sexualidade, auto-estima, além de atividades culturais e

esportivas.

Através do projeto, o(a) jovem é motivado(a) a reconhecer-se como sujeito de fato e de direito,

com capacidade para analisar e avaliar suas trajetórias e perceber a realidade que o envolve,

identificando possibilidades para desenvolver seu projeto de vida, para além do envolvimento

com a violência, o crime e as drogas. O PROTEJO pretende despertar nos jovens suas

potencialidades, incentivando convivências solidárias e práticas cooperativas, aprimorando

conhecimentos e habilidades, oportunizando o acesso a tecnologias e apresentando

alternativas para seu crescimento social e pessoal. Visa também a sua participação político-

social mais ativa e seu protagonismo em ações que busquem sua emancipação e contribuam

para a transformação do quadro social de vulnerabilidades e de criminalidade.

Fortalecimento da cidadania – Formação para o conhecimento dos

direitos e deveres do cidadão e para uma participação social ativa, a

partir de orientações fundamentadas nos direitos humanos;

Proteção ao jovem – Implementação de um sistema de

acompanhamento e proteção dos jovens, expostos à violência

doméstica ou urbana, residentes nas áreas de atuação do Pronasci;

Pacificação Social – Implementação de ações estruturais e

territoriais que garantam a segurança, o desenvolvimento saudável e

convivência juvenil pacífica;

Emancipação juvenil – Inserção do jovem em um percurso social

formativo que lhe garanta a oportunidade de acessar a educação e o

trabalho;

Formação de redes – Integração entre os entes federativos,

movimentos sociais e entidades de apoio da sociedade civil

organizada para o atendimento ao jovem.

Protagonismo Juvenil – Fomentar o empoderamento do jovem

acerca do seu papel social enquanto sujeito de direitos, facilitando

sua intervenção nos diferentes contextos: pessoal, social,

comunitário e institucional;

Empreendedorismo Juvenil - Estimular os jovens, no decorrer do

processo formativo, à construção de novas idéias e ideais que

possibilitem a consecução progressiva da autonomia e

independência, buscando o exercício da cidadania ativa.

Ter idade entre 15 e 24 anos;

Estar exposto em pelo menos uma das situações a

seguir: exposição à violência doméstica e / ou

urbana, à situação de rua; egressos do sistema

prisional, em cumprimento de medidas sócio-

educativas ou de penas alternativas; e vítimas da

criminalidade ou com familiar nesta condição;

Residência em território vulnerável.

Condicionalidades para Participação

Entende-se por Percurso Social Formativo (PSFO) o período de

inclusão dos jovens selecionados em práticas sociais saudáveis,

desenvolvendo um circuito formativo com forte eixo sócio-cultural,

formação cidadã e de qualificação. São quesitos do PSFO:

Carga horária de 600 horas-aula. Executada em 12 meses. Durante

4 turnos por semana. Intervalo às quartas-feiras. Ciclo único;

Cada hora-aula deve ter a duração de no mínimo 50 minutos;

Para que seja possível a continuidade da formação dos jovens

após o fim da vigência do convênio celebrado, deve ser priorizada

a qualificação dos espaços onde foram desenvolvidas as

atividades do PSFO.

Percurso Social Formativo - PSFO

PROTEJO

Mapa Protejo – Convênios 2008 a 2013

- 34.429 jovens

Para fazer jus ao pagamento do benefício, o jovem deve ter uma

frequência mínima nas atividades desenvolvidas mensalmente,

comprovada a partir das assinaturas em listas de presença.

O valor do benefício é de R$ 100,00 / mês pagos diretamente ao

jovem através do agente pagador Caixa Econômica Federal

Benefícios dos Jovens

Desde 2012, são abertos editais para seleção de

propostas de forma integrada, ou seja, que contemplem

os projetos Mulheres da Paz e Protejo, ambos fazendo

parte de um único termo de convênio. Nesta perspectiva,

os projetos são metas do mesmo convênio firmado. Tal

orientação visa, além de buscar a qualificação e maior

eficácia no desenvolvimento dos projetos, atender o que

determina a Lei 11.530 de 24 de outubro de 2007, em

seu artigo 8º-D, além de otimizar os recursos investidos.

MULHERES DA PAZ & PROTEJO – Ação Conjunta

Neste moldes, já foram investidos:

No financiamento de projetos Mulheres da Paz & PROTEJO

R$ 157.207.574,15

No pagamento de benefícios (até dez/2013)

R$ 47.551.387,00

Total Geral (até dez/2013) R$ 204.758.961,15

MULHERES DA PAZ & PROTEJO – Em números

Em 2014 foi lançado um novo edital para seleção de

novas propostas.

Encontram-se em fase final de avaliação para

formalização de convênios, 14 projetos.

A perspectiva é que se possa atender aproximadamente

1.000 Mulheres e 1.500 Jovens.

MULHERES DA PAZ & PROTEJO – Perspectivas