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Denise Colin Secretária Nacional de Assistência Social Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS A Polí’ca de Assistência Social e o SUAS Brasília – Março de 2013 I ENCONTRO NACIONAL DA REDE NACIONAL DE CAPACITAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE

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Denise Colin Secretária Nacional de Assistência Social

Secretaria Nacional de Assistência Social – SNAS

A  Polí'ca  de  Assistência  Social  e  o  SUAS  

Brasília – Março de 2013

I ENCONTRO NACIONAL DA REDE NACIONAL DE CAPACITAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE

• A Constituição Federal reconheceu a Assistência Social como política pública que integra o Sistema de Seguridade Social, de responsabilidade do Estado e direito daqueles que dela necessitam.

• Em 1993, a Lei Orgânica de Assistência Social criou uma nova matriz para a política de assistência social, que a insere no sistema de proteção social articulada com as outras políticas do campo social, voltadas à garantia de direitos e de condições dignas de vida.

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

 Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS

“A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política

de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais,

realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa

pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades

básicas.” (art. 1º)

Assistência Social no Brasil: Mudança de paradigma

Assistência Social Pré-Constituição Federal

ASSISTENCIALISMO

•  Ligada à filantropia; •  Concepção culpabilizadora dos indivíduos; •  E v e n t u a l , i n c e r t a , fragmentada. •  Com fim em si mesma; •  Sem capacidade para provocar mudanças na vida dos cidadãos.

Assistência Social Pós-Constituição Federal

DIREITO •  Ligada ao direito social e dever estatal; •  De responsabilidade do Estado na Proteção Social; •  Concepção contextualizada das situações em uma dada realidade social, histórica, econômica,cultural e política; •  Voltada ao desenvolvimento individual, familiar e coletivo; •  Contínua e transformadora;

RECONHECIMENTO: ü Do papel da família e de suas potencialidades; ü Reconhece as necessidades individuais e coletivas e o papel do Estado na promoção do acesso a direitos e no apoio à família em situação de vulnerabilidade e risco social; ü De que a família é espaço de cuidado e proteção, mas também é o espaço de conflito e até mesmo violações.

   

•  Constituição Federal de 1988 •  1993: Lei Orgânica de Assistência Social (Alterada pela Lei 12.435/2011

insere o SUAS na LOAS, pela Lei 12.470/ 2011 que altera a LOAS no que se

refere à relação do BPC com a situação de trabalho e pela Lei 12.101/2009

CEBAS)

•  2012: Decreto nº 7.788, de 15 de agosto de 2012 (novo Decreto do FNAS)

•  Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004);

•  Norma Operacional Básica do SUAS (NOB/SUAS/2012); •  Norma Operacional Básica de Recursos Humanos (NOB-RH/SUAS/2006);

•  Tipificação dos Serviços Socioassistenciais (2009);

•  Resolução CNAS nº 17/2011 (ratifica equipes de referência e reconhece categorias profissionais do SUAS);

•  Resolução CNAS º 4/2013 (Política Nacional de Educação Permanente do SUAS).

NORMATIVAS E LEGISLAÇÕES QUE ESTABELECEM AS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL  

MARCOS NORMATIVOS DO SUAS

q   A Assistência Social é política pública de Seguridade Social, não-contributiva, estruturada em Sistema Único de Assistência Social - SUAS, que oferta serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais para a população em situação de vulnerabilidade social e risco pessoal e social.

 

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

A proteção social de Assistência Social busca materializar as chamadas seguranças socioassistenciais:

v  segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); v  segurança de acolhida; v  segurança de convívio ou vivência familiar e comunitária.

Objetivos da Assistência Social: v  proteção social: garantia de proteção, redução de danos e

prevenção da incidência de riscos; v  vigilância socioal: análise territorial da capacidade protetiva das

famílias e a ocorrência de vulnerabilidades, ameaças, vitimizações e danos;

v  defesa de direitos: garantia do pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.

SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

SUAS tem como objetivos, dentre outros (A Lei 12.435/2011 inseriu o SUAS na LOAS)

v  consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os entes federativos;

v  integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social;

v  estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na assistência social;

v  definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais;

v  implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social;

v  estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e

v  afiançar a vigilância social e a garantia de direitos.

O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) organização a oferta de programas, serviços, projetos e benefícios, assegurando comando único da área no país.

Instâncias de Gestão

Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate

à Fome

Secretarias Estaduais

Secretarias Municipais

Instâncias de Negociação e

Pactuação

Comissão Intergestora

Tripartide

Comissão Intergestora

Bipartide

Instâncias de Deliberação e

Controle Social

Conselho Nacional

Conselhos Estaduais

Conselhos Municipais

Instâncias de Financiamento

Fundo Nacional

Fundos Estaduais

Fundos

Municipais

Rede de Serviços Governamentais e não Governamentais de Assistência Social

Destinatários / Usuários

Sistema Único de Assistência Social

O SUAS conta com: §  Unidades públicas que ofertam serviços para a população;

§  Serviços de natureza pública-estatal e pública não-governamental (entidades de assistência social);

§  Programas que articulam ações intersetoriais;

§  Benefícios Socioassistenciais, que materializam direitos;

§  Projetos voltados à melhoria das ações.

!

SUAS - ORGANIZAÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL

q  Proteção Social Básica q  Proteção Social Especial de Média Complexidade q  Proteção Social Especial de Alta Complexidade

Proteção Social Básica

q  Centro de Referência de Assistência Social – CRAS q  Unidades Referenciadas ao CRAS (Ex: Centros de Convivência) q  Benefícios (Benefício de Prestação Continuada, benefícios eventuais) q Programa Acessuas Trabalho

Proteção Social Especial

q  Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS

q  Unidades Referenciadas ao CREAS (Ex: Centro Dia de Referência para Pessoa Com Deficiência)

q  Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro POP

q  Unidades de Acolhimento q  Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI)

SUAS – Organização por Proteção

 GESTÃO  DO  TRABALHO    

 Avanços

•  Norma Operacional Básica de Recursos Humanos – NOB-RH/SUAS 2006;

•  Lei 12.435/2011: autorizou a utilização de recursos do cofinanciamento federal para o pagamento de servidores públicos que compõem as equipes de referência, assunto já regulamentado pelo CNAS (Resolução CNAS nº 32, de 28 de novembro de 2011);

•  Rede Nacional de Instituições de Ensino Superior;

•  Política Nacional de Educação Permanente;

•  Programa Nacional de Capacitação do SUAS - CapacitaSUAS;

•  Resolução CNAS no 17, de 20 de junho de 2011.

•  VIII Conferência Nacional de Assistência Social /2011 – Consolidar o SUAS e valorizar seus trabalhadores.

NOB-RH/SUAS ü  Marco para a área da gestão do trabalho no SUAS; ü  Estabelece equipes de referência para os serviços socioassistenciais; ü  Apresenta as diretrizes para a Política Nacional de Capacitação, tendo

como fundamento a EDUCAÇÃO PERMANENTE e propondo processos de capacitação sistemáticos e continuados, considerando as diversidades regionais e locais;

ü  Estabelece princípios e diretrizes para a gestão do trabalho no SUAS.

Resolução CNAS no 17, de 20 de junho de 2011

ü  Ratifica a equipe de referência definida pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Sistema Único de Assistência Social – NOB-RH/SUAS e reconhece 14 categorias profissionais, de nível superior, que integram as equipes de referência e a na gestão do SUAS.

VIII Conferência Nacional de Assistência Social/2011 – Consolidar o SUAS e Valorizar os Trabalhadores Traz para o debate nacional, com governo e sociedade civil, o tema dos trabalhadores do SUAS e sua valorização.

Lei nº 8.742/93 alterada pela Lei 12.435, de 6 de julho de 2011

Art. 6º - Insere entre os objetivos do SUAS a implementação da gestão do trabalho e da educação permanente na assistência social;

Art. 6o-E - Autoriza a utilização dos recursos do cofinanciamento do governo federal, destinados à execução das ações continuadas de assistência social, que poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS.    

Política Nacional de Educação Permanente – Resolução CNAS 4/2013

•  Marco no processo de profissionalização da Assistência Social; •  Basilar para o aprimoramento da gestão e a qualificação da oferta

de serviços, programas e benefícios, propostos pela NOB SUAS 2012;

•  Reconhece que o trabalho diário dos gestores e trabalhadores é que dá concretude à política de assistência social;

A Política tem Nacional de Educação Permanente tem um papel estratégico neste novo estágio de d e s e n v o l v i m e n t o d o S U A S j u n t o à institucionalização da cultura da educação permanente, bem como das estratégias necessárias para viabilizar sua operacionalização.

ü  Após sete anos de implantação e estruturação, o Sistema encontra-se em um novo estágio de desenvolvimento, marcado pelos desafios do aprimoramento da gestão e a qualificação da oferta de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais (NOB/SUAS 2012) .

ü A cobertura de atendimento nos últimos anos foi além dos CRAS e CREAS. Ampliamos de forma significativa o apoio a diversos serviços tipificados e o trabalho de busca ativa da população em situação de extrema pobreza (Equipes Volantes, Lanchas, Abordagem Social).

ü Os avanços nos anos recentes consolidam, no país, uma mudança de paradigma no atendimento às famílias em situação de pobreza, incluindo aquelas que vivem mais isoladas, à população em situação de rua e às pessoas com deficiência.

Esse novo estágio de desenvolvimento do SUAS exigirá, dentre outros aspectos:

q A constituição das equipes de referência com servidores públicos, que se mantenham nas unidades e construam vínculos com a população;

q O fortalecimento das equipes que atuam também junto à gestão do SUAS; q Investimentos na qualificação/educação permanente, considerando que o Sistema é relativamente novo, complexo e exige saberes interdisciplinares, a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e atitudes necessários à modernização da gestão e à oferta de atendimento de qualidade aos cidadãos propostos pela NOB/SUAS 2012.

Considerando o cenário atual, a Rede Nacional de

Educação Permanente tem um papel estruturante e

estratégico para materializar o aprimoramento da

gestão e a qualificação da oferta dos serviços,

programas, projetos e benefícios socioassistenciais,

consolidando no país uma concepção amadurecida da

política de assistência social que a coloca,

definitivamente, no patamar de política orientada pela

ótica do direito de cidadania.

PSB: CENÁRIO REDE COFINANCIADA

PROTEÇÃO SOCIAL BASICA – Dez/2012 q  7.446 CRAS EM 5.460 MUNICÍPIOS

q  1.205 EQUIPES VOLANTES EM 1.038 MUNICÍPIOS q  108 MUNICÍPIOS COM ACEITE PARA LANCHA q  ACESSUAS TRABALHO: 292 MUNICÍPIOS

BOLSA-FAMÍLIA: Cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias * * (FONTE: RI/MDS - DEZ/2012)

q  BPC (fevereiro de 2013) 3.794.546 beneficiários, sendo: 2.035.640 PCD(%) e 1758.906 idosos(%) q  BPC Escola: 2.464 municípios com adesão (fevereiro de 2013)

CENÁRIO    REDE  COFINANCIADA  MDS  -­‐  2012  

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL – Dez 2012

q   2.216  CREAS  em  2.303  MUNICÍPIOS  

q   153  CENTRO  POP  EM  117  MUNICÍPIOS  

q 19  CENTROS-­‐DIA  E  40  RESIDÊNCIAS  INCLUSIVAS  (em  implantação)  

q   19.525  VAGAS  DE  ACOLHIMENTO  PARA  POP  RUA  EM  119  MUNICÍPIOS  

TRABALHADORES  DO  SUAS  CENSO  2012    Gestão  municipal  e  DF:  241.353  Gestão  Estadual:  16.742  Total:  258.095    No  censo  SUAS  2011,  foram  iden'ficados  535.055  trabalhadores  na  rede  privada  

   

OBRIGADA! 0800 707 2003

Secretaria Nacional de Assistência

Social Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome