secretaria estadual de educaÇÃo do paranÁ … · do enfrentamento à violência na escola,...
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SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO
COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE ROOSEVELT - ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PPC
ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO
GUAÍRA – PR
2017
2
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE TOLEDO
COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE ROOSEVELT - ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E NORMAL
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PPC
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO
Proposta Pedagógica Curricular, elaborada atendendo as Bases legais da Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 e Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Sendo parte do Projeto Político Pedagógico, para ser apresentado e aprovado pela SEED-PR e revisado em 2017.
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2017
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
SUMÁRIO
1 ARTE ..............................................................................................................
1.1 Justificativa ................................................................................................
1.2 Objetivos ....................................................................................................
1.3 Conteúdos ..................................................................................................
1.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .........................................................
1.5 Ensino Médio .............................................................................................
1.6 Metodologia da Disciplina ........................................................................
1.7 Avaliação ....................................................................................................
1.8 Recuperação ..............................................................................................
2 BIOLOGIA ......................................................................................................
2.1 Justificativa ................................................................................................
2.2 Objetivos ....................................................................................................
2.3 Conteúdos ..................................................................................................
2.3.1 Organização dos seres vivos ................................................................
2.3.2 Mecanismos Biológicos ........................................................................
2.3.3 Biodiversidade ........................................................................................
2.3.4 Manipulação Genética ...........................................................................
2.4 Ensino Médio .............................................................................................
2.5 Metodologia da Disciplina ........................................................................
2.6 Avaliação ....................................................................................................
2.7 Recuperação ..............................................................................................
3 CIÊNCIAS ......................................................................................................
3.1 Justificativa ................................................................................................
3.2 Objetivo ......................................................................................................
3.3 Conteúdos ..................................................................................................
3.3.1 Astronomia .............................................................................................
3.3.2 Matéria .....................................................................................................
3.3.3 Sistemas Biológicos ..............................................................................
3.3.4 Energia ....................................................................................................
3.3.5 Biodiversidade ........................................................................................
3.4 Ensino Fundamental .................................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
3.5 Metodologia da Disciplina ........................................................................
3.6 Avaliação ....................................................................................................
3.7 Recuperação ..............................................................................................
4 EDUCAÇÃO FISICA ......................................................................................
4.1 Justificativa ................................................................................................
4.2 Objetivos ....................................................................................................
4.3 Conteúdos ..................................................................................................
4.3.1 Esporte ....................................................................................................
4.3.2 Jogos e Brincadeiras .............................................................................
4.3.3 Ginástica .................................................................................................
4.3.4 Lutas ........................................................................................................
4.3.5 Dança .......................................................................................................
4.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .........................................................
4.5 Ensino Médio .............................................................................................
4.6 Metodologia ...............................................................................................
4.7 Avaliação ....................................................................................................
4.8 Recuperação ..............................................................................................
5 ENSINO RELIGIOSO .....................................................................................
5.1 Justificativa ................................................................................................
5.2 Objetivos ....................................................................................................
5.3 Conteúdos ..................................................................................................
5.3.1 Paisagem Religiosa ................................................................................
5.3.2 Universo Simbólico Religioso ...............................................................
5.3.3 Texto Sagrado ........................................................................................
5.4 Metodologia da Disciplina ........................................................................
5.5 Avaliação ....................................................................................................
5.6 Recuperação ..............................................................................................
6 FILOSOFIA ....................................................................................................
6.1 Justificativa ................................................................................................
6.2 Objetivos ....................................................................................................
6.3 Conteúdos ..................................................................................................
6.4 Ensino Médio .............................................................................................
6.5 Metodologia da Disciplina ........................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
6.6 Avaliação ....................................................................................................
6.7 Recuperação ..............................................................................................
7 FÍSICA ............................................................................................................
7.1 Justificativa ................................................................................................
7.2 Objetivos ....................................................................................................
7.3 Conteúdos ..................................................................................................
7.3.1 Movimento ..............................................................................................
7.3.2 Termodinâmica .......................................................................................
7.3.3 Eletromagnetismo ..................................................................................
7.4 Ensino Médio .............................................................................................
7.5 Metodologia da Disciplina ........................................................................
7.6 Avaliação ....................................................................................................
7.7 Recuperação ..............................................................................................
8 GEOGRAFIA ..................................................................................................
8.1 Justificativa ................................................................................................
8.2 Objetivos ....................................................................................................
8.3 Conteúdos ..................................................................................................
8.3.1 A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico .................................
8.3.2 A Dimensão Política do Espaço Geográfico ........................................
8.3.3 A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico ..........................
8.3.4 A Dimensão Cultura Demográfica do Espaço Geográfico .................
8.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .........................................................
8.5 Ensino Médio .............................................................................................
8.6 Metodologia da Disciplina ........................................................................
8.6.1 Recursos Didáticos ................................................................................
8.7 Avaliação ....................................................................................................
8.8 Recuperação ..............................................................................................
9 HISTÓRIA ......................................................................................................
9.1 Justificativa ................................................................................................
9.2 Objetivos ....................................................................................................
9.3 Conteúdos ..................................................................................................
9.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .........................................................
9.5 Ensino Médio .............................................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
9.6 Metodologia da Disciplina ........................................................................
9.7 Avaliação ....................................................................................................
9.8 Recuperação ..............................................................................................
10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS .......................................
10.1 Justificativa ..............................................................................................
10.2 Objetivos ..................................................................................................
10.3 Conteúdos ................................................................................................
10.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .......................................................
10.5 Ensino Médio ...........................................................................................
10.6 Metodologia da Disciplina ......................................................................
10.7 Avaliação ..................................................................................................
10.8 Recuperação ............................................................................................
11 LÍNGUA PORTUGUESA .............................................................................
11.1 Justificativa ..............................................................................................
11.2 Objetivos ..................................................................................................
11.3 Conteúdos ................................................................................................
11.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .......................................................
11.5 Ensino Médio ...........................................................................................
11.6 Metodologia da Disciplina ...................................................................
11.6.1 Prática da Oralidade .............................................................................
11.6.2 Prática da Escrita .................................................................................
11.6.3 Prática da Leitura .................................................................................
11.6.4 Literatura ...............................................................................................
11.6.5 Análise Linguística .............................................................................
11.7 Avaliação ..................................................................................................
11.8 Recuperação ............................................................................................
12 MATEMÁTICA .............................................................................................
12.1 Justificativa ..............................................................................................
12.2 Objetivos ..................................................................................................
12.3 Conteúdos ................................................................................................
12.3.1 Números e Álgebras ............................................................................
12.3.2 Grandezas e Medidas ...........................................................................
12.3.3 Geometrias ............................................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
12.3.4 Funções .................................................................................................
12.3.5 Tratamento da Informação ..................................................................
12.4 Ensino Fundamental – Anos Finais .......................................................
12.5 Ensino Médio ...........................................................................................
12.6 Metodologia da Disciplina ......................................................................
12.6.1 Resolução de Problemas .....................................................................
12.6.2 Etnomatemática ....................................................................................
12.6.3 Modelagem Matemática ......................................................................
12.6.4 Mídias Tecnológicas ............................................................................
12.6.5 História da Matemática ........................................................................
12.6.6 Investigações Matemáticas .................................................................
12.6 Articulando as diferentes tendências ..................................................
12.7 Avaliação ..................................................................................................
12.8 Recuperação ............................................................................................
13 QUÍMICA ......................................................................................................
13.1 Justificativa ..............................................................................................
13.2 Objetivos ..................................................................................................
13.3 Conteúdos ................................................................................................
13.3.1 Matéria e sua Natureza ........................................................................
13.3.2 Biogeoquímica ......................................................................................
13.3.3 Química Sintética .................................................................................
13.4 Metodologia da Disciplina ......................................................................
13.5 Ensino Médio ...........................................................................................
13.6 Avaliação ..................................................................................................
13.6.1 Critérios de Avaliação...........................................................................
13.7 Recuperação ............................................................................................
14 SOCIOLOGIA ..............................................................................................
14.1 Justificativa ..............................................................................................
14.2 Objetivos ..................................................................................................
14.3 Conteúdos ................................................................................................
14.4 Ensino Médio ...........................................................................................
14.5 Metodologia da Disciplina ......................................................................
14.6 Avaliação ..................................................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
14.7 Recuperação ............................................................................................
15 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA –
BÁSICO ............................................................................................................
15.1 Justificativa ..............................................................................................
15.2 Objetivos ..................................................................................................
15.3 Conteúdos ................................................................................................
15.3.1 Discurso como prática social .............................................................
15.4 Espanhol Básico – 1ª Serie ....................................................................
15.5 Espanhol Básico – 2ª Serie ....................................................................
15.6 Metodologia da Disciplina ......................................................................
15.7 Avaliação ..................................................................................................
15.8 Recuperação ............................................................................................
16 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA –
AVANÇADO ......................................................................................................
16.1 Justificativa ..............................................................................................
16.2 Objetivo ....................................................................................................
16.3 Conteúdos ................................................................................................
16.4 Aprimoramento ........................................................................................
16.5 Metodologia .............................................................................................
16.6 Avaliação ..................................................................................................
16.7 Recuperação ............................................................................................
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1 ARTE
1.1 Justificativa
Estudar arte proporciona o desenvolvimento do pensamento artístico, onde
visa buscar um jeito particular de dar sentido às experiências das pessoas: por meio
dela, o educando amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a linguagem.
Aprender a arte não envolve somente fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir
sobre eles; envolve, também, conhecer, refletir sobre as formas da natureza e sobre
as produções artísticas individuais e coletivas de distintas épocas e culturas.
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. (DCE, 2008, p.46).
O ensino da arte é capaz de desenvolver o aprendizado do individuo não
somente para o ambiente educacional, mas também o capacita para os demais
meios sociais que está inserido.
O papel da arte na educação é propiciar uma aproximação e uma reflexão
sobre a diversidade de manifestações culturais que foram produzidas pelo homem
para dar significado às suas ações e ao mundo que o rodeia e envolve, de forma a
possibilitar à articulação dos valores ditos universais com as especificidades
culturais.
Aprender arte é uma práxis criadora: é um fazer pensado e um pensamento
feito, concretizado. Isto é, produto resultante do movimento dialético
ação/pensamento/ação que se concretiza em objetos artísticos. Dessa forma, torna-
se importante explicitar como o ser humano transformou o mundo construindo
simultaneamente a história, a sociedade e a si próprio através do processo do
trabalho que constitui o universo simbólico composto pela linguagem, pela filosofia,
pelas ciências e pela arte. Tudo isso, no conjunto, compõe algo que é
exclusivamente humano, o mundo da cultura.
10
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Deste modo, o Colégio Estadual Presidente Roosevelt, visa respeitar as
normativas vigentes em relação ao ensino da arte, buscando objetivar as Diretrizes
Curriculares do Ensino da Arte, assim como o Projeto Político Pedagógico,
juntamente com o Regimento Escolar e o Caderno de Expectativas de
aprendizagem, uma vez que o ensino da arte envolve a construção de um espaço
privilegiado para restaurar e conquistar territórios tanto na esfera artística como
estética. Respeitar a realidade do educando, compreender a vivência da
comunidade escolar é garantir um ensino aprendizado não somente da arte, mas de
todas as disciplinas.
O ensino da arte justifica-se, por possibilitar aos alunos ampliar sua visão de
mundo; visão esta que está atrelada as concepções, princípios, espaços, tempos e
vivências. A relação com a arte de diversos tempos históricos e de outros lugares e
regiões, faz ampliar a visão de mundo e com isso enriquece o repertório estético,
favorecendo conexões com varias realidades. A definição de arte é complexa,
sugere-se a abordagem conceitual historicamente produzida sobre ela, sendo o
conhecimento estético e o conhecimento da produção artística. (DCEs, p. 52).
O ensino da arte é fundamental para a formação dos sujeitos, valorizando o
desenvolvimento cognitivo dos aprendizes, pois o conhecimento em arte amplia as
possibilidades de compreensão do mundo e colabora para um melhor entendimento
dos conteúdos relacionados a outras áreas, tais como matemática, línguas, história
e geografia.
A Arte é um meio de conhecimento da vida humana, de humanização ou
enriquecimento dos sentidos humanos. Saber ver uma obra de arte pressupõe o
domínio do conhecimento artístico necessário à compreensão dos seus sentidos ou
daquilo que pretende exprimir. Daí a importância da escola para que o conhecimento
da arte produzida em sua própria cultura permite ao sujeito conhecer-se a si mesmo,
percebendo-se como ser histórico que mantém conexões com o passado, que é
capaz de intervir modificando o futuro, que toma consciência de suas concepções e
ideias, podendo escolher criticamente seus princípios, superar preconceitos e agir
socialmente para transformar a sociedade da qual faz parte.
O ensino da arte possibilita formas de expressar a criatividade do aluno de
acordo com o seu conhecimento obtido no contexto da disciplina. Buscam-se
realizar discussões, atividades interpretativas e reflexivas com as produções
artísticas realizadas, contemplando os desafios sócio educacionais: a História e
11
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08). Serão trabalhados
assuntos sobre a vida e sociedade da cultura brasileira e a História do Paraná (Lei
n°13.381/01), Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02),
Música (Lei n° 11.769/08) e a lei que contempla o Direito da Criança e do
Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07) via textos para leitura, reflexão, produção e
dramatizações.. Além de outros Temas do Programa Socioeducacional que tratam
do Enfrentamento à Violência na Escola, Educação Fiscal, Educação Tributária,
Sexualidade humana, incluindo gênero e diversidade sexual, prevenção ao uso
indevido de drogas e educação para o envelhecimento digno e saudável serão
temas abordados para que os alunos relacionem a arte aos diferentes desafios.
Neste contexto a disciplina de Arte trabalha com a teoria e a prática ao
mesmo tempo, pois uma não pode ser destituída da outra, afinal além de criações
serão trabalhadas dentro da sala de aula o estudo e análise dos conteúdos
necessários à expressão artística.
1.2 Objetivos
O ensino da Arte no Colégio Estadual Presidente Roosevelt assume a
concepção adotada nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, cabendo ao
professor na sua prática pedagógica considerar:
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região,
as várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística
como produção cultural;
As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto
de partida para a ampliação dos saberes em arte;
As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas;
A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse
componente curricular, levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.
12
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1.3 Conteúdos
Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área e
de forma seriada. Devido ao fato da disciplina de Arte ser composta por quatro áreas
artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o
desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua formação. A partir de
sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e experiências artísticas, será
possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas (DCE, 2008, p. 88)
O fato da disciplina de Arte ser composta por várias áreas de formação
implica em uma compreensão da relação que existe entre os diversos campos do
conhecimento, segundo Kosik “(...) quanto mais a ciência se especializa e se
diferencia, quanto maior o número de novos campos que ela descobre e descreve,
tanto mais transparente se torna a unidade material interna dos mais diversos e mais
afastados campos do real.” Discorre ainda que: “De outro lado, esta compreensão
mais profunda da unidade do real representa uma compreensão também mais
profunda da especificidade de cada campo do real e de cada fenômeno.” (2002. P.
45)
1.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
Os conteúdos apresentados nas tabelas a seguir, abrangem as quatro
linguagens artísticas que devem estar presentes no ensino da arte: artes visual,
teatro, dança e música. São conteúdos básicos que devem ser contemplados nos
anos finais do Ensino Fundamental e Médio.
A tabela a seguir é composta pela divisão das linguagens artísticas,
movimentos e períodos, elementos formais que as compõem e os anos do Ensino
Fundamental e Médio.
6° ANO
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas:
diatônica,
pentatônica,
cromática
Técnica:
improvisação;
Gêneros: erudito
e popular.
Greco- romana
Oriental
Ocidental
Arte Africana
Artes
visuais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica,
simetria
Técnicas: pintura,
escultura,
arquitetura
Gêneros:
paisagem, cenas
da mitologia
Arte Pré-histórica
Arte Greco-romana
Arte Oriental
Arte Africana.
Teatro Personagem
(expressões
Enredo, roteiro
Espaço cênico,
Greco-Romana
Teatro Oriental
14
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais)
Ação
Espaço
adereços
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
indireto e direto,
improvisação,
manipulação,
máscara
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo
Teatro Medieval
Renascimento
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos
articulares
Fluxo (livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto,
médio e baixo)
Deslocamento
(direto e indireto)
Dimensões
(pequeno e
grande)
Técnica:
improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
15
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
7° ANO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros:
folclórico,
indígena, popular,
étnico
Técnica: vocal,
instrumental e
mista,
improvisação
Música Popular e
étnica (ocidental e
oriental)
Artes
visuais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: pintura,
desenho (baixo e
alto relevo),
escultura,
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
16
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Luz. modelagem e
gravura;
Gêneros:
paisagem, retrato,
natureza morta.
Teatro Personagem
(expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais)
Ação
Espaço
Representação,
Leitura Dramática,
cenografia
Técnicas: Jogos
teatrais, mímica,
improvisação,
formas animadas
Gêneros: Rua e
arena,
caracterização
Comédia Dell’ arte
Teatro popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (livre e
pesado)
Fluxo (livre,
interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e
moderado
Níveis (alto,
médio e baixo)
Formação
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
17
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Direção
Gênero:
Folclórica, popular
e étnica
8° ANO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a
fusão de ambos
Técnica: vocal,
instrumental e
mista
Indústria cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Artes
visuais
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Semelhanças
Contrates
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas:
Indústria cultural
Arte no século XX
Arte
Contemporânea
18
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Luz
desenho,
fotografia, áudio-
visual e mista
Teatro Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação no
Cinema e Mídias
Teatro dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos
teatrais, sombra,
adaptação cênica
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente,
atrás, direita e
esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria
cultural e
espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
19
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
9° ANO
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e
mista
Gêneros:
folclórico, popular,
indígena e étnico.
Música Engajada
Música Popular
Brasileira
Música
Contemporânea
Artes
visuais
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo visual
Técnicas: pintura,
grafite,
performance
Gêneros:
paisagem urbana,
cenas do
cotidiano
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte
Latino-Americana
Hip Hop
Teatro Personagem: Técnicas: Teatro Engajado
20
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Monólogo, jogos
teatrais, direção,
ensaio, Teatro-
Fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
Dança Movimento
corporal
Tempo
Espaço.
Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e
longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero:
Performance e
moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
21
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1.5 Ensino Médio
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Música Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade.
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escalas
Modal, Tonal e
fusão de ambos
Gêneros: erudito,
clássico, popular,
étnico, folclórico,
Pop
Técnicas: vocal,
instrumental,
eletrônica,
informática e
mista
Improvisação
Música Popular;
Brasileira
Paranaense
Popular;
Indústria Cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
Artes
visuais
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Simetria
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Popular
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte
Contemporânea
22
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Volume
Cor
Luz
Deformação
Estilização
Técnica: Pintura,
desenho,
modelagem,
instalação,
performance,
fotografia, gravura
e esculturas,
arquitetura,
história em
quadrinhos;
Gêneros:
paisagem,
natureza-morta,
Cenas do
Cotidiano,
Histórica,
Religiosa, Da
mitologia.
Arte Latino-
Americana.
Teatro Personagem:
expressões
corporais,
vocais,
gestuais e
faciais;
Ação
Espaço.
Técnicas: jogos
teatrais, teatro
direto e indireto,
mímica, ensaio,
Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação e
leitura dramática
Gêneros:
Tragédia,
Comédia, Drama
e Épico;
Teatro Greco-
Romano;
Teatro Medieval;
Teatro Brasileiro;
Teatro Paranaense;
Teatro Popular;
Indústria Cultural;
Teatro Engajado;
Teatro Dialético;
Teatro Essencial;
Teatro do Oprimido;
Teatro Pobre;
23
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Dramaturgia;
Representação
nas mídias;
Caracterização;
Cenografia,
sonoplastia,
figurino e
iluminação;
Direção;
Produção.
Teatro de
Vanguarda;
Teatro
Renascentista;
Teatro Latino-
Americano;
Teatro Realista;
Teatro Simbolista.
Dança Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Fluxo
Peso
Eixo
Salto e Queda
Giro
Rolamento
Movimentos
articulares
Lento, rápido e
moderado
Aceleração e
desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Improvisação
Coreografia
Gêneros:
Espetáculo,
indústria cultural,
Pré-história
Greco-Romana
Medieval
Renascimento
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria Cultural
Dança Moderna
Vanguardas
Dança
Contemporânea
24
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
étnica, folclórica,
populares e salão
1.6 Metodologia da Disciplina
O ensino da arte busca contextualizar o processo de ensino-aprendizagem,
sendo-o um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança do
aluno.
Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica (DCE, 2008, p. 69).
Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três
momentos da organização pedagógica sendo:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar
conceitos artísticos.
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte.
A prática artística - o trabalho criador- é expressão privilegiada, é o exercício
da imaginação e criação. De fato, o processo de produção do aluno acontece
quando ele inferioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus
sentidos.
Nas Artes Visuais, além da produção pictórica de conhecimento universal e
artistas consagrados, o cinema, televisão, videoclipe, também são formas artísticas,
constituídas pelas quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência
fundamental. Portanto, é importante analisar a produção de trabalhos artísticos
relacionados a conteúdos de composição em artes visuais, tais como:
Imagens bidimensionais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografia,
propaganda visual;
25
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, produções
arquitetônicas;
Para o ensino da Dança busca-se no encaminhamento das aulas a relação
dos conteúdos próprios da área com os elementos culturais que a compõem. A
Dança tem como elemento central o movimento corporal, por isso o trabalho
pedagógico pode basear-se em atividades de experimentação do movimento,
improvisação, em composições coreográficas e processos de criação (trabalho
artístico).
Ao trabalhar uma música, é importante contextualizá-la, apresentar suas
características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos
misturam-se em diversas composições musicais, desenvolver no aluno hábito de
ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possam identificar os seus
elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são
distribuídos e organizados em uma composição musical.
Entre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação
destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o
encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para que o
educandos exercite a criatividade. Pode-se iniciar o trabalho com exercícios de
relaxamento, aquecimento e com os elementos formais do teatro: personagem –
expressão vocal, gestual, corporal e facial, Composição: jogos teatrais,
improvisações e transposição de texto literário para texto dramático, com pequenas
encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos (trabalho artístico).
Assim, a metodologia utilizada deverá fornecer aos alunos a oportunidade de
descobertas, idéias, sentimentos, atitudes, ao observar os mais variados pontos de
vistas, relacionando o individual e o coletivo desenvolvendo a socialização.
As artes fornecem um dos mais potentes sistemas simbólicos das culturas e auxiliam os alunos a criar formas únicas de pensamento. Em contato com as artes e ao realizarem atividades artísticas, os alunos aprendem muito mais do que pretendemos, extrapolam o que poderiam aprender no campo específico das artes. E, como o ser humano é um ser cultural, essa é a razão primeira para a presença das artes na educação escolar (FERREIRA, 2001, p.32).
O encaminhamento metodológico da disciplina se realizará através do
desenvolvimento de atividades artísticas bem como: desenho, cartazes, dobraduras,
teatro, danças, músicas e o uso de recursos como rádio, televisão, textos e a leitura
de imagens e discussão de textos variados. Participação em projetos artísticos para
26
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o desenvolvimento da expressividade. Portanto, cabem aos professores a partir dos
conteúdos, estimularem a memória, a percepção e as possíveis associações com a
realidade e o cotidiano do aluno.
1.7 Avaliação
A avaliação em arte será diagnóstica e processual.
É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos alunos. (DCE, 2008, p. 81)
De acordo com a DCE supra citada, na disciplina de Arte a avaliação busca
propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo que, “ao ser
processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discute
dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que
leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais
efetiva da realidade.” (2008, p. 81)
O método de avaliação deverá incluir a observação e registro do processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. Neste sentido cabe ao professor avaliar como o aluno
soluciona e interage com os problemas apresentados e com os colegas nos debates
em grupo. O aluno deverá elaborar seus registros de forma sistematizada. Todas as
propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno
apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.
Para a avaliação é importante que nos primeiros dias de aula seja realizado
um levantamento das formas artísticas que os alunos já possuem como
conhecimento e habilidade. Também durante o ano letivo podemos observar
tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais dimensão da arte. Para
possibilitar esta avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar instrumentos de
avaliação como: o diagnostico inicial, durante o percurso e o final da atividade, do
aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas, práticas, entre
outras.
27
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A avaliação nesta perspectiva visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vista às mudanças necessárias para
que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
Para se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários
vários instrumentos de verificação tais como:
Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
Pesquisas bibliográficas e de campo;
Debates em forma de seminários e simpósios;
Provas teóricas e práticas;
Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros. (DCE, 2008, p.82)
Através de tais instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário
para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,
visando às seguintes expectativas de aprendizagem:
A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;
A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. (DCE, 2008, p.82)
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
28
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc.),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
1.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia Arruda. Historia da Educação. São Paulo: Moderna. BARBOSA, A. M. B. (org) Inquietações e mudanças de ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1985. BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996.
29
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. CONDAU, V.M. (org). Sociedade, educação e cultura(s): questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. FERREIRA, A.B.M. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. FERREIRA, Sueli (Org). O Ensino das Artes: Construindo Caminhos. Campinas: Papirus, 2001, 224p. JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus 2001 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Arte. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PILLAR, A.D. (org) A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 1999. RICHTER, I.M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. SANTOS, J.L. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense 6ª Ed. 1987
VIGOTSKI, L. S. Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 377p.
30
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2 BIOLOGIA
2.1 Justificativa
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao
longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,
buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências
religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.
A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a concepção
de ciência presente nas relações sociais de cada momento histórico, bem como as
interferências que tal concepção sofre e provoca no processo de construção de
conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado como objeto de estudo da Biologia.
Como construção, o conhecimento é sempre um processo inacabado. Assim,
a uma ideia atribui-se valor quando ela pode ser frequentemente usada como
resposta a questões postas. No processo de ensino-aprendizagem, quando uma
resposta do aluno exponha suas hipóteses, sua formulação de resposta à questão,
também podemos considerá-la como um obstáculo à aprendizagem.
No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia
contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que
ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua
complexidade de relações, ou seja:
Na organização dos seres vivos;
No funcionamento dos mecanismos biológicos;
No estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas;
Na análise da manipulação genética
As Diretrizes Curriculares valorizam a construção histórica dos conhecimentos
biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada.
31
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto consolida-se por
meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar
concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os
alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do
fenômeno VIDA.
Levar o aluno a compreensão dos pensamentos que contribuíram para
construção das diferentes concepções sobre o fenômeno da vida, que é o objeto de
estudo da Biologia, os referidos fenômenos em toda sua diversidade de
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um individuo, ou ainda, de
organismos no seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitos a
transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,
transformadoras do ambiente, impulsionando o aluno a compreensões conceituais,
mudanças de atitudes em relação à natureza num todo, bem como, desenvolvendo
a necessidade de garantir a sobrevivência da espécie humana.
Considerando as leis que versam sobre os conteúdos obrigatórios e temas
contemporâneos: História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°
11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas; Sexualidade humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal;
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e
Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99,
Portaria nº 413/02) e Educação para o envelhecimento humano digno e saudável e
de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais - DCE de Biologia para o Ensino
Médio (DCE, 2008, p.67), bem como, a instrução nº 009/2011 - SUED os mesmos
serão trabalhados através de debates e vídeo, poderão ser ainda por confecção de
cartazes. Ainda no decorrer do curso, perpassando todos os demais com sugestão
de leitura e interpretação de gráficos.
2.2 Objetivos
O objetivo geral da disciplina de Biologia é:
32
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Compreender e relacionar a vida e seus fenômenos influenciados por um
pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de
ciência de cada época e a maneira de conhecer a natureza e relacioná-la
com seu cotidiano no sentido de melhoria de qualidade de vida além de
propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no qual as informações
e os conhecimentos obtidos se transformem em instrumentos de
compreensão, interpretação das mudanças e previsão da realidade.
2.3 Conteúdos
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo
disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo
pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de
cada época e à maneira de conhecer a natureza (método).
Os conteúdos estruturantes de Biologia foram assim definidos:
Organização dos Seres Vivos;
Mecanismos Biológicos;
Biodiversidade;
Manipulação Genética.
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados
nem hierarquizados. Os conteúdos serão abordados de forma integrada, com ênfase
nos aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionados a conceitos
oriundos das diversas ciências de referência da Biologia. Tais relações deverão ser
desenvolvidas ao longo do ensino médio, num aprofundamento dos conceitos e
refletidas, com vistas a dotar o aluno das significações dos conteúdos em sua
formação neste nível de ensino.
2.3.1 Organização dos seres vivos
33
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que
propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência de
características comuns entre estes e sua origem única (ancestralidade comum).
Para tanto será abordada a classificação dos seres vivos como uma tentativa
de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e
categorizar as espécies extintas e existentes. Além desses aspectos, também
considera a representatividade de conceitos científicos do momento histórico atual,
tais como os avanços da Biologia no campo celular, no funcionamento dos órgãos e
dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da biologia molecular.
Essa abordagem possibilita a análise e proposição de outros modelos de
classificação dos seres vivos.
Um dos sistemas mais adotados no ensino da Biologia distribui os seres em
cinco reinos, baseados na proposta de Robert Whittaker (1920-1980). Nesse
sistema, o estudo dos organismos – vírus, bactérias, protozoários, fungos, animais e
vegetais – possibilita compreender a vida como manifestação de sistemas
organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico.
Contudo, pesquisas recentes com base na análise de sequências do ácido
ribonucléico ribossomal propõem uma distribuição diferente, organizada em três
grandes domínios: Bactéria, Archaea e Eukarya. Tal proposta é também usada no
ensino de Biologia, porém em menor medida.
O propósito deste conteúdo é partir do pensamento biológico descritivo para
conhecer, compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no
entanto, desconsiderar a influência dos demais conteúdos estruturantes,
introduzindo-se o estudo das características e fatores que determinaram o
aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.
2.3.2 Mecanismos Biológicos
É voltado para o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas
orgânicos dos seres vivos funcionam.
34
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Será abordado desde o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos até o estudo dos componentes celulares e suas
respectivas funções.
De acordo com a DCE (2008) para compreender o funcionamento das
estruturas que compõem os seres vivos, fez-se necessário, ao longo da construção
do pensamento biológico, pensar o organismo de forma fragmentada, separada,
permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob uma visão
microscópica do mundo natural.
Pretende-se, assim, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos,
analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de
organização destes seres - do celular ao sistêmico.
2.3.3 Biodiversidade
Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a análise e a indução para a
busca de novos conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito
biodiversidade.
Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como
os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de compreender
e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres vivos, sua
anatomia e sua fisiologia, chega-se à necessidade de compreender como as
características e mecanismos biológicos estudados se originam. Tal necessidade
pode ser traduzida pelo seguinte problema: como explicar o aparecimento e/ou
extinção de seres vivos ao longo da história biológica da VIDA?
Essa necessidade de construir um modelo que possa explicar a organização
natural dos seres vivos, situando-os no ambiente real, relacionando sua origem com
suas características específicas e o local onde vivem, introduz o pensamento
biológico evolutivo.
Com os conhecimentos da genética, novos caminhos foram abertos, os quais
permitiram melhorar a compreensão acerca dos processos de modificação dos seres
vivos ao longo da história. De igual modo, as contribuições da ecologia foram e
continuam sendo fundamentais para entender a diversidade biológica.
35
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Pesquisas indicam que as informações genéticas representaram um ponto
notável no desenvolvimento do saber e promoveram enorme avanço tecnológico na
ciência com a reabertura de debates sobre as implicações sociais, éticas e legais
que existem, e que possivelmente ainda surgirão, em consequência dessas
pesquisas. Desse modo, a proposição da teoria da evolução consiste num modelo
teórico que põe à prova as ideias sobre a imutabilidade da vida, constituindo assim,
o paradigma do pensamento biológico evolutivo.
Entende-se, então, que o trabalho pedagógico neste conteúdo estruturante,
deve abordar a biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos
biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a
variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos evolutivos pelos
quais os seres vivos têm sofrido transformações.
2.3.4 Manipulação Genética
Refere-se às implicações dos conhecimentos da biologia molecular sobre a
VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o
material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA
como fato natural, independente da ação do ser humano.
Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade, chega-se à
necessidade de compreender e explicar como determinadas características podem
ser inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e
transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos que
garantem sua perpetuação.
Ao propor este conteúdo estruturante, ampliam-se as explicações sobre como
novos sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e
modifica o conceito biológico VIDA.
Neste conteúdo estruturante, deverão ser abordados os avanços da biologia
molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços
biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a
interferência do ser humano na diversidade biológica. Permitindo perceber como a
36
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o contexto de vida da
humanidade, e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela
VIDA.
2.4 Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos seres
vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos seres vivos: critérios
taxonômicos e filogenéticos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e
fisiologia
Mecanismos de desenvolvimento
embriológico
Mecanismos celulares biofísicos e
bioquímicos
Teorias evolutivas
Transmissão de características hereditárias
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os
seres vivos e interdependência com o ambiente
Organismos geneticamente modificados
2.5 Metodologia da Disciplina
Na escola é importante o educador conhecer e respeitar a diversidade social,
cultural e as ideias primeiras do aluno, como elementos que também podem
37
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
construir obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levam à
compreensão do conceito Vida.
Como recurso para diagnosticar as ideias primeiras do aluno é recomendável
favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para
formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e
compreender a realidade. Dizer que o aluno deva superar suas concepções
anteriores implica promover ações pedagógicas que permitam tal superação.
Portanto, neste caso, conteúdos específicos de Biologia, necessita apoiar-se
num processo pedagógico em que ocorra:
A prática social
A problematização
A instrumentalização
A experimentação
A cartase
O retorno à prática social
Os encaminhamentos metodológicos nas aulas de biologia envolverão
realizações de pesquisas, estudo do meio, aulas expositivas dialogadas, atividades
individuais e em grupo, atividades experimentais, leitura de textos, aplicações dos
conhecimentos em situações reais do cotidiano, análise e discussão de temas
variados que favorecem informações, espírito investigativo e estimulam o
desenvolvimento de comunicação buscando atingir o objetivo de compreender o
fenômeno da vida e sua complexidade de relações associadas à história da ciência,
ao cotidiano e as conquistas tecnológicas e suas implicações éticas.
Os recursos tecnológicos disponíveis na escola como: TV Multimídia, projetor
de multimídia, retroprojetor, microscópios e laboratório de informática serão
utilizados nas aulas de biologia.
2.6 Avaliação
Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter
informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela
38
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma
tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de
sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias (PARANÁ, 2008, p.
69).
A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio diagnostico do processo
ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação da pratica
pedagógica.
Para cumprir esta função a avaliação deve possibilitar o trabalho com um
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva ensino e aprendizagem,
visando contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos
alunos, com vistas ás mudanças necessárias para que esta aprendizagem se
concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um
todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.
Os critérios avaliativos a serem utilizados terão pautas na avaliação diagnóstica
cognitiva e cumulativa, sendo utilizada como instrumento de intervenção e
reformulação dos processos de aprendizagem, a avaliação em Biologia feita através
de trabalhos, debates, seminários, provas, produção e análise de textos que levarão
em consideração os seguintes pontos: uso da modalidade padrão da língua
portuguesa, capacidade argumentativa, compreensão de leituras e pesquisas
realizadas extraclasse e durante a aula, produção de análises críticas (neste ponto
serão observados os seguintes critérios: embasamento teórico de fontes fidedignas,
coerência, senso comum, conhecimento cientificamente e historicamente construído
e validado e ordem formal do uso da escrita). Nesse sentido, pautar-se-á por
instrumentos e critérios claramente definidos no Plano de Trabalho Docente para
cada série, a partir da Proposta Curricular para o Ensino de Biologia.
É preciso valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o
contexto interativo. Escola é ambiente de interação.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Para o processo avaliativo será utilizada
a Média Somatória, com os seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
2.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. São Paulo: FTD, 1998. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. FAVARETTO, Arnaldo José & MERCADANTE, Clarinda. Biologia. São Paulo: Moderna, 2003.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FONSECA, Albino. Biologia. São Paulo:..., 2000.
KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. LOPES, Sonia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2003. MORANDINI, Clézio. Biologia. São Paulo: Atual, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Biologia. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PAULINO, W. R. Biologia. São Paulo: Ática, 2004.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
3 CIÊNCIAS
3.1 Justificativa
O conhecimento da história das ciências naturais propicia uma visão de
evolução ao apresentar seus limites e possibilidades temporais, onde relacionam a
história das ciências com as práticas sociais, com as quais está diretamente
vinculado, visto que a ciência está incorporada à cultura e integrada como
instrumento tecnológico.
O conhecimento dessa disciplina é importante para que o aluno tenha
condições de vivenciar o que denominava método científico, onde poderá
estabelecer relações com as diversas áreas de conhecimento a partir das
observações, levantamentos de hipóteses, testá-las refutá-las e abandoná-las
quando necessário, trabalhando de forma a redescobrir conhecimentos.
De acordo com a DCE (2008, p. 40):
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina de Ciências.
O processo de relação existente entre os seres humanos com os demais
seres vivos e com a Natureza acontecem em busca de condições favoráveis de
sobrevivência. No entanto faz-se necessário que tal relação aconteça de forma o
mais harmoniosa possível,
Pode-se, assim, conceituar ciência como:
[...] um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica) (FREIRE-MAIA, 2000, p. 24 apud DEC, 2008, p. 41).
42
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A disciplina de Ciências abordará a formação de conceitos sistematizados
sobre os saberes que constituem o seu objeto de estudo. Neste sentido, a formação
de conceitos apresenta-se como um processo complexo que envolve as funções
psicológicas superiores, dentre elas a memória, o pensamento, a linguagem, o
raciocínio, a abstração, o estabelecimento de relações, a atenção voluntária e a
concentração, dentre outras.
No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, considerando se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY, 1991b), descrita anteriormente em um processo de interação social em que o professor de Ciências “é o participante que já internalizou significados socialmente compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz também venha a compartilhá-los” (MOREIRA, 1999, p. 109 apud DCE, 2008, p. 63).
O aprendizado das ciências naturais propicia aos alunos o desenvolvimento
de uma compreensão do mundo para processar informações, desenvolver sua
comunicação, espírito científico, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação
positiva e crítica em seu meio social.
Dessa forma a ciência contribui para a percepção da integridade pessoal e
para a formação da autoestima, contribuindo para o desenvolvimento de uma
consciência social, científica e planetária. Assim sendo, cabe ainda à disciplina de
ciências naturais levar o aluno ao conhecimento e estudo da História do Paraná (Lei
n° 13.381/01); História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°
11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº
4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável.
3.2 Objetivo
Possibilitar o conhecimento científico da disciplina de ciências que provém da
investigação da natureza, como uma construção coletiva produzida por grupos de
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pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num cenário
socioeconômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando creditar
seus resultados e supostos cientistas geniais.
3.3 Conteúdos
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a
partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999 apud DCE, 2008).
A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências considerou a relevância dos
mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico do conhecimento
cientifico que resulta da investigação da natureza, para a constituição da identidade
da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a
integração conceitual dos saberes científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos
de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de
referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras.
O ensino de Ciências buscará a integração conceitual de forma a estabelecer
relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos
estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos
estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações
interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de
produção do conhecimento científico (relações contextuais).
De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008) os cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental são:
Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O professor irá trabalhar com os cinco conteúdos estruturantes em todas as
séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências
adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho
pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotando uma
linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades
da região do Colégio, além de considerar os limites e possibilidades dos livros
didáticos de Ciências.
3.3.1 Astronomia
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma
das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos
celestes. Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem
e a evolução do Universo.
Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o
entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo
da disciplina de Ciências (DCE, 2008) são:
Universo;
Sistema solar;
Movimentos celestes e terrestres;
Astros;
Origem e evolução do universo;
Gravitação universal.
3.3.2 Matéria
Propõe-se a abordagem que privilegiem o estudo da constituição dos corpos,
entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à
nossa percepção (RUSS, 1994 apud DCE, 2008). Sob o ponto de vista científico,
permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também
45
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,
sentimos ou tocamos.
Os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o
entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a compreensão do
objeto de estudo da disciplina de Ciências (DCE, 2008) são:
Constituição da matéria;
Propriedades da matéria.
3.3.3 Sistemas Biológicos
Abordará a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas
características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e
suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a
respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-
se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres
vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que
formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
Neste conteúdo estruturante, a DCE (2008) apresenta os conteúdos básicos
que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões
sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
Níveis de organização;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética.
3.3.4 Energia
46
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Propõe a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se
considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir
de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava as
mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em
substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais
importantes da ciência: a lei da conservação da energia.
Nesta proposta pedagógica destaca-se que a ciência não define energia.
Assim, tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa
de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações,
como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia
luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma
forma em outra (DCE, 2008).
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a
conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências (DCE, 2008):
Formas de energia;
Conservação de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia.
3.3.5 Biodiversidade
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além
da mera diversidade de seres vivos. Desta forma, pensar o conceito biodiversidade
na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de
espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em diferentes
ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um
contexto evolutivo (WILSON, 1997 apud DCE, 2008).
Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos
científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a
diversidade de espécies atuais e extintos; as relações ecológicas estabelecidas
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem;
e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações
(DCE, 2008).
Desta forma, para este conteúdo estruturante a DCE (2008) apresenta alguns
conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento de
questões sobre a biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da
disciplina de Ciências:
Organização dos seres vivos;
Sistemática;
Ecossistemas;
Interações ecológicas;
Origem da vida;
Evolução dos seres vivos.
3.4 Ensino Fundamental
6° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Níveis de organização
Energia Formas de energia
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Conversão de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celeste
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia Formas de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Origem e evolução do universo
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
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Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astronomia Astros
Gravitação universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
Energia Formas de energia
Conservação de energia
Biodiversidade Interações ecológicas
3.5 Metodologia da Disciplina
A partir da concepção da ciência, propõe-se que os conteúdos básicos sejam
encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada, segundo uma
perspectiva crítica e histórica que orientem o encaminhamento metodológico nesta
proposta considerando a articulação entre os conhecimentos. O tratamento dos
conteúdos na escola exige conhecimentos cientifico de outras ciências para explicar
os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo.
O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a
um único método. Nesse sentido aspectos importantes a saber: a história da ciência,
a divulgação científica e atividade experimental. Tais aspectos não se dissociam
mas, complementam-se na prática pedagógica.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos tecnológicos como: laboratório de informática, dando ênfase
50
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à pesquisa e atualidades científica e histórica, bem como o laboratório de ciências
físicas, química e biológicas com realização de atividades práticas com materiais
laboratoriais referente ao conteúdo ministrado e a utilização de recursos de
multimídias como a TV, data Show, DVD e recursos naturais (raízes, folhas, frutos,
sementes, caules, flores, etc), palestrantes nas mais diversas áreas.
3.6 Avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo ensino-aprendizagem,
possibilitando ao professor verificar em que medida os alunos se apropriam dos
conteúdos básicos tratados nesse processo.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
Tendo como base o Caderno de Expectativas de Aprendizagem (2012), os
critérios de avaliação deverão estar articulados com as concepções teóricas da
disciplina de cada ano, conforme apresentado a seguir:
6º ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Astronomia Entenda as ocorrências astronômicas como
fenômenos da natureza.
Conheça sobre os modelos científicos que abordam
a origem e a evolução do universo.
Conheça e diferencie as características básicas dos
astros.
Conheça a história da ciência, a respeito das
Teorias Geocêntrica e Heliocêntrica.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Compreenda os movimentos de Rotação e
Translação dos planetas constituintes do Sistema
Solar
Matéria Reconheça a constituição e as propriedades da
matéria e suas transformações, como fenômenos da
natureza.
Compreenda a constituição do planeta Terra, no que
se refere à atmosfera, litosfera e hidrosfera.
Sistemas Biológicos Reconheça as características gerais dos seres
vivos.
Conheça os níveis de organização celular.
Compreenda a origem e a discussão a respeito da
teoria celular como modelo de explicação da
constituição dos organismos.
Entenda a constituição dos sistemas orgânicos e
fisiológicos como um todo integrado.
Energia Interprete a ideia de energia por meio de suas
manifestações e conversões.
Identifique e reconheça as diversas manifestações
de energia.
Conheça o conceito de transmissão de energia.
Diferencie as particularidades relativas à energia
mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz
respeito a possíveis fontes.
Entenda as formas de energia relacionadas aos
ciclos de matéria na natureza.
Biodiversidade Reconheça a diversidade das espécies.
Diferencie ecossistema, comunidade e população.
Identifique as principais espécies ameaçadas de
extinção.
Conheça a formação dos fósseis, sua relação com
os seres vivos e a produção de energia.
Compreenda a ocorrência de fenômenos
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meteorológicos, catástrofes naturais e sua relação
com os seres vivos.
7º ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Astronomia Compreenda os movimentos celestes a partir do
referencial do planeta Terra.
Identifique o movimento aparente do céu com base
no referencial Terra.
Reconheça os padrões de movimentos terrestres,
as estações do ano e os movimentos celestes em
relação à observação de regiões do céu e
constelações.
Matéria Entenda a composição físico-química do Sol e os
processos de transmissão de energia solar.
Compreenda a constituição do planeta Terra
primitivo, antes do surgimento da vida.
Sistemas Biológicos Relacione a constituição da atmosfera terrestre
primitiva aos componentes essenciais para o
surgimento da vida.
Entenda os fundamentos da estrutura química da
célula.
Conheça a constituição da célula e as diferenças
entre os tipos celulares.
Compreenda o fenômeno da fotossíntese e dos
processos de conversão de energia na célula.
Compreenda as relações entre os órgãos e
sistemas animais e vegetais a partir do
entendimento dos mecanismos celulares
Energia Conceba a energia luminosa como uma das formas
53
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de energia.
Entenda a relação entre a energia solar e sua
importância para os seres vivos.
Identifique o espectro solar.
Relacione o calor com os processos endotérmicos e
exotérmicos
Biodiversidade Entenda o conceito de biodiversidade e sua
amplitude de relações, como os seres vivos, os
ecossistemas e os processos evolutivos.
Conheça a classificação dos seres vivos, as
categorias taxonômicas e filogenia.
Entenda as interações e sucessões ecológicas.
Conheça as eras geológicas e as teorias a respeito
da origem da vida, geração espontânea e
biogênese.
8º ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Astronomia Compreenda os modelos científicos que abordam a
origem e a evolução do universo.
Relacione as teorias e a sua evolução histórica.
Conheça a classificação cosmológica.
Matéria Compreenda o conceito de matéria e sua
constituição, com base nos modelos atômicos.
Compreenda o conceito de átomo, íons, elementos
químicos, substâncias, ligações químicas, reações
químicas.
Conheça a Lei de Conservação da Massa.
Conheça os compostos orgânicos, inorgânicos e as
relações destes com a constituição dos organismos
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vivos.
Sistemas Biológicos Compreenda os mecanismos celulares e suas
estruturas, de modo a estabelecer um entendimento
de como esses mecanismos se relacionam no trato
das funções celulares.
Conheça a estrutura e compreenda o funcionamento
dos tecidos.
Entenda o funcionamento dos sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor, urinário e a
integração entre eles
Energia Compreenda os fundamentos da energia e suas
fontes, modos de transmissão e armazenamento.
Relacione os fundamentos básicos da energia
química com a célula.
Entenda os fundamentos da energia mecânica,
elétrica, magnética, nuclear e química, suas fontes,
modos de transmissão e armazenamento.
Biodiversidade Compreenda as teorias evolutivas
9º ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
EXPECTATIVA DE APRENDIZAGEM
Astronomia Interprete os movimentos dos planetas e de suas
órbitas a partir do conhecimento das Leis de Kepler.
Interprete os fenômenos físicos a partir do
conhecimento da Lei da Gravitação Universal.
Matéria Compreenda as propriedades gerais e específicas
da matéria.
Sistemas Biológicos Entenda o funcionamento dos sistemas nervoso,
locomotor, sensorial, reprodutor e endócrino e a
integração entre eles.
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Entenda os conceitos e mecanismos básicos da
genética e dos processos de divisão celular.
Energia Compreenda as fontes de energia e suas formas de
conversão.
Compreenda as relações entre sistemas
conservativos.
Relacione os conceitos físicos aos processos de
transformação e transferência de energia
Biodiversidade Entenda os ciclos biogeoquímicos, bem como as
relações ecológicas.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc.),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Devemos também levar em consideração que cada aluno tem modos distintos
e consistentes de organização e percepção do assunto. Por essa razão, devemos
considerar os conhecimentos alternativos dos alunos, construídos no cotidiano, nas
atividades experimentais, ou partir de diferentes estratégias que envolvam recursos
pedagógicos e instrumentos diversos, sendo elas a avaliação escrita (objetivas e
subjetiva) e a avaliações diversificadas (trabalho escrito/oral, individual ou em grupo,
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apresentação de cadernos, correção de tarefas, projetos, etc). Não deixando de
retomar os conteúdos por meio de instrumentos diversos de ensino, quando o
diagnosticado.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
3.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ciências. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PROJETO ARARIBÁ – CIÊNCIAS, Editora Moderna 1ª ed. São Paulo – 2006. VALLE, Cecília: Coleção Ciências. 1º Ed. Positivo. Curitiba: 2004
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4 EDUCAÇÃO FISICA
4.1 Justificativa
Atualmente, coexistem, na área da Educação Física, diversas concepções sobre qual deve ser o papel da Educação Física na escola. Essas concepções têm em comum a tentativa de romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional. São elas: Humanista; Fenomenológica; Psicomotricidade, baseada nos Jogos Cooperativos; Cultural; Desenvolvimentista; Interacionista-Construtivista; Crítico-Superadora; Sistêmica; Crítico-Emancipatória; Saúde Renovada. (DARIDO, s/a, p. 34)
O ensino da educação Física sofreu diversas transformações desde a sua
implantação, no século XIX, quando se tornou componente obrigatório nos currículos
escolares até os dias atuais.
Segundo Darido (s/a, p. 44):
A Educação Física trata na escola de transmitir às novas gerações um rico
patrimônio cultural da humanidade ligado aos jogos e esportes, às danças e
ginásticas que demoraram séculos para serem construídos. Ou seja, trata-se de
ensinar práticas e conhecimentos que merecem ser preservadas e transmitidas às
novas gerações. A Educação Física possui uma tradição e um conhecimento ligado
ao jogo, ao esporte, à luta (que inclui a capoeira), à dança, à ginástica, às práticas
circenses, às práticas corporais alternativas, às atividades físicas de aventura e aos
exercícios físicos. Esses podem ser considerados os conteúdos da Educação Física
na escola.
Considerando os Parâmetros Curriculares Nacionais, podem-se elencar
quatro grandes tendências pedagógicas, sendo elas:
- PSICOMOTORA: nessa tendência, a educação física está envolvida com o desenvolvimento da criança, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, buscando garantir a formação integral do aluno. O conteúdo predominantemente esportivo é substituído por um conjunto de meios para a reabilitação, readaptação e integração que valoriza a aquisição do esquema motor, da lateralidade e da coordenação viso-motora. A principal vantagem dessa abordagem é a maior integração com a proposta pedagógica da educação física. Porém, abandona completamente os conteúdos específicos dessa disciplina, como se o esporte, a dança, a ginástica fossem inapropriados para os alunos. - CONSTRUTIVISTA: a intenção dessa tendência é a construção do conhecimento a partir das interações da pessoa com o mundo. Para cada criança a construção do conhecimento exige uma elaboração, uma ação sobre o mundo. A proposta teve o mérito de considerar o conhecimento que a criança já possui e alertar o professor sobre a participação dos alunos na solução dos problemas.
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- CRÍTICA: passou a questionar as atitudes alienantes da educação física na escola, sugerindo que os conteúdos selecionados para a aula devem propiciar uma melhor leitura da realidade pelos alunos e possibilitar, assim, sua inserção transformadora nessa realidade. - DESENVOLVIMENTISTA: busca nos processos de aprendizagem e desenvolvimento uma fundamentação para a educação física escolar. Grande parte do modelo dessa abordagem relaciona-se com o conceito de habilidade motora, pois é por meio dela que as pessoas se adaptam aos problemas do cotidiano. Para essa abordagem, a educação física deve proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido pela interação entre o aumento da variação e a complexidade dos movimentos
1.
A disciplina de Educação Física, como parte integrante do processo
educacional, tem o compromisso de estar alinhada com o Projeto Político
Pedagógico do Colégio e comprometida com uma transformação social que
perpassa os limites do mesmo. Desta forma, partindo de seu objeto de estudo e de
ensino “Cultura Corporal”, a Educação Física se insere como disciplina ao garantir o
acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações e práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade. Na busca de contribuir com
um ideal de formação do ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como
sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento
produzido pela humanidade, relacionando as práticas corporais, ao contexto
histórico, político, econômico e social.
A disciplina tem o compromisso de desenvolver um projeto educativo que
amplie a visão do aluno sobre a cultura corporal, as noções de corporalidade e a
humanização das relações sociais substituindo o individualismo pela solidariedade,
enfatizando a cooperação e a liberdade de expressão dos movimentos, negando a
dominação e submissão do homem pelo homem.
Enquanto ciência a Educação Física tem no corpo em movimento as suas
diferentes formas de manifestações. Vale destacar que entende-se que o movimento
humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo conjunto
das relações que compõem uma determinada sociedade e dos saberes
sistematizados pela classe dominante sobre essa consciência corporal.
Portanto, é necessário como ponto de partida, a concepção do corpo que a
sociedade tem produzido historicamente, levando os seus alunos a se situarem na
contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o conhecimento do seu
1 EDUCACIONAL. Uma nova concepção de Educação Física. Gilson Brun. Disponível em:
http://www.educacional.com.br/educacao_fisica/educadores/educadores.asp> Acesso em: Nov 16.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o tipo de sociedade onde este
saber é produzido, proporcionando-lhes condições de análise e reflexão para a
reelaboração do seu saber e consequentemente a reelaboração da consciência e
cultura corporal.
4.2 Objetivos
A disciplina de Educação Física apresenta os seguintes objetivos:
Trabalhar os vários aspectos que constituem o bem-estar pessoal, o
desenvolvimento físico na relação do indivíduo consigo mesmo, com o
meio-ambiente e com o outro: saúde, meio-ambiente, sexualidade, ética,
pluralidade cultural, consumo e trabalho.
Integrar a disciplina no processo pedagógico como elemento fundamental
para o processo de formação humana do aluno.
Propiciar através dos conteúdos da educação física, o maio número de
informações e experiências corporais a fim de auxiliar o aluno a expressar-
se criticamente através das diferentes culturas corporais de movimento.
4.3 Conteúdos
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica
devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos
níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao
conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de
ensino/aprendizagem. A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura
Corporal, deve, ainda, ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se
enriquecer os conteúdos com experiências corporais das mais diferentes culturas,
priorizando as particularidades de cada comunidade.
Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física são os
seguintes:
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Ginástica;
Lutas;
Dança.
DESAFIOS SÓCIOEDUCACIONAIS / LEGISLAÇÕES OBRIGATÓRIAS:
História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08 e
10.639/03);
Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Enfrentamento a violência contra a criança e do adolescente (Lei nº
11.525/07);
Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02);
Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99, Decreto nº 4.201/02 e Lei
Estadual nº 17.505/13);
Prevenção ao uso indevido de drogas (Lei nº 11.343/06);
Gênero e diversidade sexual (Lei nº 16.454/10, de 10 de maio de 2010;
Resolução nº 12, de 16 de janeiro de 2016);
Educação para o envelhecimento digno e saudável (Lei nº 11.863/1997);
Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03);
Deliberação nº 02/2015 – CEE-Pr;
Programa de Combate ao Bullying (Lei nº 17.335/12);
Educação para o Trânsito (Lei nº 9503/97 – Código de Trânsito Brasileiro);
Programa Nacional de Direitos Humanos – PNHD 3 (Decreto nº 7.037/09)
Observação:
Os conteúdos que envolvem os desafios sócioeducacionais/legislações
obrigatórias serão trabalhados conforme consta nas Diretrizes Curriculares da
educação Básica – Educação Física, através dos Elementos Articuladores, quando
serão estabelecidas relações e nexos entre os conteúdos estruturantes e específicos
da Educação Física e os conteúdos que envolvem os desafios contemporâneos
anteriormente citados.
62
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
4.3.1 Esporte
Visa garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas
esportivas. A prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao fazer
corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,
destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
De acordo com a DCE (2008), o esporte é entendido como uma atividade
teórico-prática e um fenômeno social que, em suas várias manifestações e
abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer, para o
aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.
O ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve contemplar o
aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, mas
não se limitar a isso.
4.3.2 Jogos e Brincadeiras
De acordo com a DCE (2008), os jogos e as brincadeiras são pensados de
maneira complementar, mesmo cada um apresentando as suas especificidades.
Compondo um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a
interpretação da realidade.
Além de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o
professor discuta as possibilidade de flexibilização das regras e da organização
coletiva.
Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o
desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do
real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à
escola fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos. Não
obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal.
Tanto os jogos quanto as brincadeiras serão abordados de acordo com a
realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização
das manifestações corporais próprias desse ambiente cultural. Os jogos também
63
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para que sejam
adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as
possibilidades das ações humanas.
Através do brincar (jogar) o aluno estabelece conexões entre o imaginário e o
simbólico.
Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação
Física, os jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que
ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a
curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes
atividades.
4.3.3 Ginástica
De acordo com as DCE (2008) entende-se que a ginástica deve dar
condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de
ensino desse conteúdo serão as diferentes formas de representação das ginásticas.
Deve, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação
espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para
suas práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques
entre outros.
Por meio da ginástica, os alunos poderão se movimentem, bem como
descobrir e reconhecer as possibilidades e limites do próprio corpo. Com efeito,
trata-se de um processo pedagógico que propicia a interação, o conhecimento, a
partilha de experiências e contribui para ampliar as possibilidades de significação e
representação do movimento.
4.3.4 Lutas
As lutas devem fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais
variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
repletas de simbologias. Ao abordar esse conteúdo, procurar-se-á valorizar
conhecimentos que permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o
lugar onde as lutas foram ou são praticadas.
O desenvolvimento do mesmo pode propiciar além do trabalho corporal, a
aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano.
Assim como os alunos espera-se que eles possam perceber e vivenciar essa
manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que
possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive.
Os jogos de oposição podem aproximar os combatentes, mantendo contato
direto (corpo a corpo); podem manter o colega à distância; ou até mesmo ter um
instrumento mediador.
4.3.5 Dança
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e
suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se
concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais),
danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.
De acordo com a CE (2008) as discussões em relação à dança podem
ocorrer depois de experimentações de improvisação, sobre a supervalorização da
coreografia, fruto do esforço humano em produzir meios rápidos e eficientes para a
realização de determinadas ações, por meio da criação de técnicas, sejam elas
mecânicas ou corporais, como é o caso das inúmeras coreografias de danças, cujo
interesse central está no fazer ou na prática pela prática, sem qualquer reflexão
sobre as mesmas.
Não significa dizer que a coreografia é essencialmente prejudicial ou negativa.
O professor poderá aliar aos aspectos culturais e regionais específicos, vivências
desses diferentes estilos de dança, possibilitando a liberdade de recriação
coreográfica e a expressão livre dos movimentos.
É importante que o professor reconheça que a dança se constitui como
elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois
contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a
65
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância
para refletir criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso
comum.
4.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Ginástica Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
7° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
66
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
8° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Ginástica Geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
9° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica Rítmica
Ginástica Geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
4.5 Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro
68
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de salão
Dança de rua
Ginástica Ginástica Artística/Olímpica
Ginástica de Condicionamento Físico
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Lutas que mantêm à distancia
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
4.6 Metodologia
Será adotada a metodologia crítico-superadora, em que o conhecimento é o
elemento de mediação entre o aluno e o seu apreender (no sentido de construir,
demonstrar, compreender e explicar para poder intervir) da realidade social
complexa em que vive, privilegiando uma dinâmica curricular que valoriza, na
constituição do processo pedagógico, a intenção dos diversos elementos e
segmentos sociais permitindo ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da
cultura corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
esportivização das práticas corporais.
Tal ação pedagógica tem no conhecimento sobre a realidade, manifesta pelo
aluno, o seu ponto de partida. Como seu horizonte de trabalho pedagógico, tem o de
qualificar o conhecimento do aluno sobre aquela mesma realidade no sentido de
dotá-lo de maior complexidade, de tal forma que ela, realidade, é a mesma... e é
diferente!
As aulas de Educação Física deverão ser trabalhadas com atividades
variadas que permitam entender o corpo em sua complexidade, ou seja, sob uma
69
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política,
justamente por sua constituição interdisciplinar.
A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele e
adquirir mais expressividade corporal consciente.
Para contextualizar as práticas corporais sem preconceito e sem
discriminação étnico-raciais, o professor deve respeitar as diferenças culturais e
sociais do educando, proporcionando uma educação igualitária e democrática.
As aulas teóricas serão desenvolvidas com a utilização de recursos variados,
como por exemplo: exposição oral diagnóstica, pesquisas bibliográficas, pesquisas
em materiais disponíveis on-line, apresentações individuais e/ou em grupo. Tais
aulas partirão do pressuposto do que os educandos sabem, estimulando-os a
conhecerem mais sobre o conteúdo a ser trabalhado contextualizando-o, ainda,
historicamente. Também serão realizados projetos relacionados a eventos
esportivos, como: Copa do Mundo, Olimpíadas, Jogos Paraolímpicos, entre outros.
As aulas práticas serão desenvolvidas de maneira sistemática, iniciando com
atividades de aquecimento ou brincadeiras. Em seguida será explicado sobre o
jogo/esporte e seus fundamentos para então demonstrar na prática os fundamentos
aprendidos de maneira teórica, simulando os movimentos, sendo os mesmos
repetidos pelos alunos tendo acompanhamento do professor para eventuais
correções e/ou orientações. Após as explicações, orientações, demonstrações,
correções de gestos motores e técnicos a turma será dividia em grupos para a
prática da atividade.
Para o desenvolvimento das aulas serão utilizados os recursos didáticos e
tecnológicos disponíveis como: Aparelho de Multimídia, aparelho de som, quadro
branco, canetões, apagadores, Laboratório de Informática – Paraná Digital ou
ProInfo, Computadores, televisão, filmes em DVD ou on-line, máquina fotográfica e
filmadora digital, biblioteca, quadra de esportes, bolas, redes, cordas, textos,
tabuleiros, mesas, salas e ambientes ao ar livre.
4.7 Avaliação
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
De acordo com as especificidades da disciplina de Educação física, a
avaliação está vinculada ao projeto político-pedagógico da escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade do ensino.
Deve ser diagnóstica, proporcionando ao professor e ao aluno revisitar o
trabalho realizado até então, para identificar lacunas no processo pedagógico,
planejar e propor encaminhamentos que superem as dificuldades constatadas;
contínua, identificando os progressos do aluno durante o ano, de modo que
considere o que preconiza a LDB pala chamada avaliação tradicional, qual seja
somativa ou classificatória, com vistas a diminuir desigualdades sociais e construir
uma sociedade justa e mais humana.
Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o
professor organizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais cujo
horizonte é a conquista de maior consciência corporal e senso crítico em suas
relações interpessoais e sociais.
Como critérios de avaliação, serão adotados:
Assimilação do conteúdo;
Capacidade de resolver de maneira criativa, situações problemas sem
desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo,
propondo soluções para as divergências de forma harmoniosa;
Entendimento, assimilação e compreensão dos conteúdos propostos;
Entrega de atividades propostas;
Estabelecer as características e especificidades de cada atividade ou
modalidade esportiva;
Observações do comprometimento e envolvimento do aluno no
desenvolvimento da disciplina;
Reconhecer as diferenciações em relação as regras das modalidades
esportivas;
Resolução de problemas teóricos e práticos.
Também poderão ser utilizados instrumentos como dinâmicas de grupo,
pesquisas, trabalhos escritos e instrumento de auto avaliação e a recuperação dos
estudos em deficiência, aplica-se a retomada dos mesmos concomitante às
atividades de sala.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
4.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. EDUCACIONAL. Uma nova concepção de Educação Física. Gilson Brun. Disponível em: <http://www.educacional.com.br/educacao_fisica/educadores/educadores.asp> Acesso em: Nov 16. KISHIMOTO, Tizuko M. Jogo, Brinquedo, brincadeira e a Educação. São Paulo: Editora Cortez, 1996. MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, Educação e Educação Física. Ijuí: Unijui, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Educação Física. Curitiba: SEED/DEB, 2008. UNESP. DARIDO, Suraya Cristina. Diferentes concepções sobre o Papel da Educação Física na Escola. Disponível em: <http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/41548/1/01d19t02.pdf> Acesso em Nov 2016.
FLOR, Ivan e outros. Manual de Educação Física. São Paulo: Grupo Cultural.
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5 ENSINO RELIGIOSO
5.1 Justificativa
O Ensino Religioso visa superar a visão restrita do ser humano, permitindo
uma abordagem ampla na concepção do divino.
Tem por finalidade desenvolver a autoestima, a liberdade religiosa e dar uma
formação capaz de respeitar as diferentes religiões. Tendo em vista as novas
normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, foram
obtidos notáveis avanços a partir da deliberação, que destacam:
O repensar do objeto de estudo da disciplina;
O compromisso com a formação continuada dos docentes;
A consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação das
tradicionais aulas de religião;
A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes
leituras do Sagrado na sociedade;
O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das
diferentes manifestações culturais e religiosas.
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois,
constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais, sociais,
econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso deve
orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e organizações
religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento.
Os desafios contemporâneos: História do Paraná (Lei n° 13.381/01); História
e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08) Música (Lei n°
11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas; Sexualidade humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal;
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e
Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99,
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Portaria nº 413/02) e Educação para o envelhecimento humano digno e saudável,
serão trabalhados no decorrer do 6° e 7° anos.
5.2 Objetivos
São objetivos da disciplina de Ensino Religioso:
Contribuir para a construção e produção do conhecimento;
Desenvolver o conceito de Ética para conviver em seu meio;
Debater a hipótese divergente – movimentos religiosos;
Compreender a ampla da diversidade religiosa, cultural, social, política e
econômica.
5.3 Conteúdos
O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio por estar presente
no desenvolvimento histórico da humanidade. Legalmente, é instituído como
disciplina escolar a fim de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem
capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas e para que o
elemento religioso colabore na constituição do sujeito.
Desta forma o Ensino Religioso é uma disciplina que contribui para o
desenvolvimento humano, além de possibilitar o respeito e a compreensão de que a
nossa sociedade é formada por diversas manifestações culturais e religiosas.
O trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso será organizado a
partir de seus conteúdos estruturantes, sendo que para a disciplina de Ensino
Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a saber:
Paisagem Religiosa;
Universo Simbólico Religioso;
Texto Sagrado.
75
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
5.3.1 Paisagem Religiosa
Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e
naturais que remetem a experiência com o Sagrado e a uma série de
representações sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas
tradições culturais e religiosas. Assim, a paisagem religiosa é parte do espaço social
e cultural construído historicamente pelos grupos humanos, é uma imagem social.
Ela se dá pela representação do espaço, da história e do trabalho humano. São as
paisagens religiosas que remetem às manifestações culturais e nelas agrega um
valor que conduz o imaginário à consagração.
Pode ser constituída, predominantemente, por elementos naturais (astros;
montanhas; florestas; rios; grutas, etc.) ou por elementos arquitetônicos (templos;
cidades sagradas; monumentos, etc.) e está, essencialmente, carregada de um valor
Sagrado.
Para a maioria das manifestações religiosas, a paisagem religiosa se
expressa em determinados lugares, consagrados pelo homem para manifestar a sua
fé. A ideia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições lhe
permite suportar suas dificuldades diárias.
Para as religiões, os lugares não estabelecem somente uma relação concreta,
física, entre os povos e o Sagrado; neles, há também uma relação pré-estabelecida
entre ações e práticas. Nessa simbologia, não podem ser ignorados o imaginário e
os estereótipos de cada civilização, impregnados de seus valores, identidade, etc.
Assim, os lugares podem ser compostos por paisagens religiosas e
identificados como Sagrados o tempo todo, mas também podem ser tomados
temporariamente para reverenciar o divino. Por sua vez, em lugares Sagrados são
realizados, regularmente, ritos, festas e homenagens em prol da manifestação de fé
do grupo.
5.3.2 Universo Simbólico Religioso
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem
que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões no mundo.
A complexa realidade que configura o Universo Simbólico Religioso tem como
chave de leitura as diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, cujas
significações se sustentam em determinados símbolos religiosos que têm como
função resgatar e representar as experiências das manifestações religiosas.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações
humanas cuja função é comunicar ideias.
Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da
comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente,
do mundo extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos
importantes porque estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e
também no cotidiano das pessoas.
5.3.3 Texto Sagrado
Os Textos Sagrados expressam ideias e são o meio de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras.
O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo de
que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que favorece
uma aproximação entre os adeptos e o Sagrado. Ao articular os Textos Sagrados
aos ritos – festas religiosas, situações de nascimento e morte –, as diferentes
tradições e manifestações religiosas buscam criar mecanismos de unidade e de
identidade do grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos
sejam consolidados e transmitidos às novas gerações e novos adeptos. Tais
ensinamentos podem ser retomados em momentos coletivos e individuais para
responder a impasses do cotidiano e para orientar a conduta de seus seguidores.
Algumas tradições e manifestações religiosas são transmitidas apenas
oralmente ou revividas em diferentes rituais. Por sua vez, os Textos Sagrados
registram fatos relevantes da tradição e manifestação religiosa, sendo entre eles: as
77
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato social de
seus seguidores e lhes orientam as práticas.
Os Textos Sagrados são uma referência importante para a disciplina de
Ensino Religioso, pois permitem identificar como a tradição e a manifestação
atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou
estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações
da vida e morte.
SAGRADO
Conteúdos Estruturantes
PAISAGEM
RELIGIOSA
UNIVERSO
SIMBÓLICO
RELIGIOSO
TEXTO
SAGRADO
Conteúdos
Básicos
6° ano 7° ano
· Organizações Religiosas
· Lugares Sagrados
· Textos Sagrados orais ou
escritos
· Símbolos Religiosos
· Temporalidade Sagrada
· Festas Religiosas
· Ritos
· Vida e Morte
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5.4 Metodologia da Disciplina
Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,
mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados
em sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse
trabalho, pois, uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente,
a novos métodos de investigação, análise e ensino.
O trabalho pedagógico para a disciplina de Ensino Religioso ancora-se na
perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que marcaram o ensino
escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada,
a partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em
seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.
Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por
uma visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como
natural, como afirma Saviani (1991, p. 80).
O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao
conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sociocultural. Assim, exercerá o papel
de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem
trabalhados em sala de aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que usos fazem
Secretaria de Estado da Educação do Paraná desse conhecimento em sua prática
social cotidiana.
Sugere-se que o professor faça um levantamento de questões ou problemas
envolvendo essa temática para que os alunos identifiquem o quanto já conhecem a
respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica. Evidencia-se, assim, que
qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma forma, presente na
prática social dos alunos.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.
Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de
detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e, em
consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa
etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à
79
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vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do
conhecimento.
A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua
contextualização, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto
histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na
sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos
estruturantes.
A interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização do
conteúdo, pois se articulam os conhecimentos de diferentes disciplinas
curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de
estudo do Ensino Religioso.
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se
necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não
religioso. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao
universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico-social
e patrimônio cultural da humanidade. Nestas Diretrizes, repudiam-se, então,
quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa.
Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para as aulas, torna-se
recomendável que se dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva
manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação
comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é
importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio
de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar
seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade
sociocultural.
Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino
Religioso, propõem-se trabalhos com: aulas expositivas e demonstrativas com o uso
da TV multimídia, estudo do livro didático, pesquisa no laboratório Paraná digital,
apresentar trabalhos, desenhos, redações, etc.
80
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5.5 Avaliação
No processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os
instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do
conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras
disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,
fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui
para a transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem
ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe
que têm opções religiosas diferentes da sua?
o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e
de identidade de cada grupo social?
o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do Sagrado?
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, o professor registra o processo avaliativo por
meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou
responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de
concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,
pluralidade, amplitude e profundidade.
Devemos também levar em consideração que cada aluno tem modos distintos
e consistentes de organização e percepção do assunto. Por essa razão, deve-se
considerar os conhecimentos alternativos dos alunos, construídos no cotidiano, nas
atividades experimentais, ou partir de diferentes estratégias que envolvam recursos
pedagógicos e instrumentos diversos, sendo elas a avaliação escrita (objetivas e
subjetiva) e a avaliações diversificadas (trabalho escrito/oral, individual ou em grupo,
81
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apresentação de cadernos, correção de tarefas, projetos, etc). Não deixando de
retomar os conteúdos por meio de instrumentos diversos de ensino, quando o
diagnosticado.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os seguintes
instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
5.6 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
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A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
CISALPINO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Paulinas, 1992. HINNELS, John R. Dicionário das Religiões. São Paulo: Culbux, 1989. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Ensino Religioso. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Religioso – Diversidade Cultural e Religiosa. Curitiba: SEED/DEB, 2013.
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6 FILOSOFIA
6.1 Justificativa
A partir da LDB nº 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a
ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de
manter a Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Essa
posição está expressa no veto de 2001 do então presidente Fernando Henrique
Cardoso ao projeto de lei que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como
disciplinas obrigatórias no Ensino Médio.
O veto apoiava-se em três argumentos constantemente identificáveis no
discurso contrário à Filosofia como disciplina obrigatória:
Precariedade na formação de professores;
Elevação dos gastos dos Estados com a contratação de professores;
Redução da Filosofia a um discurso puramente pedagógico, o que
descaracterizaria suas peculiaridades.
É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é
próprio: o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia
procura tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência
buscando no diálogo e no embate entre as diferenças a sua convivência e a
construção da sua história. É importante aqui ressaltar a dimensão política do
filosofar.
Para que Filosofia?
Qual Filosofia ensinar?
Filosofar para quê?
A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia
sem compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma
contradição insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a
Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de
indagação e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor
conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição
84
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para levantar novas questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além
da sua defesa radical da emancipação humana, do pensamento e da ação, livres de
qualquer forma de dominação. Não se pode deixar de observar que tais
características desautorizam qualquer aproximação entre a Filosofia e certas
perspectivas messiânicas ou salvíficas, por mais sedutoras que possam parecer.
Juntando a isto, a disciplina contempla também os conteúdos obrigatórios e
temas contemporâneos: História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°
11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº
4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável. Os mesmos serão trabalhados em todas
as séries do Ensino Médio, devido à relação com os conteúdos específicos da
filosofia.
6.2 Objetivos
Desenvolver o pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos
6.3 Conteúdos
De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), a organização do ensino de
Filosofia se dará por meio dos seguintes conteúdos estruturantes:
Mito e Filosofia;
Teoria do Conhecimento;
Ética;
Filosofia Política;
Filosofia da Ciência;
85
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Estética.
Tais conteúdos estruturantes estimulam o trabalho da mediação intelectual, o
pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações históricas, em
oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência do
conhecimento e as ações dela resultantes.
De acordo com a DCE (2008) o currículo de Filosofia coloca-se frente a duas
exigências que emergem da fundamentação desta proposta:
O ensino de Filosofia não se confunde com o simples ensino de
conteúdos;
Como disciplina análoga a qualquer outra, tem nos seus conteúdos
elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o
caráter específico do ensino de Filosofia: problematizar, investigar e criar
conceitos.
A aprendizagem de conteúdos por meio de textos está articulada
necessariamente à atividade reflexiva do sujeito, que aprende enquanto interroga e
age sobre sua condição.
O ensino de Filosofia não se dá no vazio, no indeterminado, na generalidade,
na individualidade isolada, mas requer do estudante compromisso consigo, com o
outro e com o mundo.
Como mediadores do ensino de Filosofia, os conteúdos deverão estar
vinculados à tradição filosófica, de modo a confrontar diferentes pontos de vista e
concepções, para que o estudante perceba a diversidade de problemas e de
abordagens. Num ambiente de investigação, análise e descobertas podem-se
garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora,
suas próprias questões e tentativas de respostas.
6.4 Ensino Médio
1° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
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Mito e Filosofia Saber mítico;
Saber Filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Teoria do Conhecimento Possibilidades do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
2° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ética Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas.
Filosofia Política Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa.
3° ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS
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ESTRUTURANTES
Filosofia da Ciência Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
Estética Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas: feio, belo, sublime,
trágico, cômico grotesco, gosto etc.;
Estética e sociedade.
6.5 Metodologia da Disciplina
De acordo com a DCE (2008, p. 60), a disciplina de Filosofia terá seus
conteúdos estruturantes pautados em quatro momentos, sendo eles:
A mobilização para o conhecimento;
A problematização;
A investigação;
A criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento. (DCE, 2008, p. 60)
No ensino de Filosofia, deve haver, ainda, uma reflexão acerca da atualidade,
com uma abordagem que remeta o estudante à sua própria realidade. Partindo do
conhecimento de temas atuais da História da Filosofia, do estudo dos textos
clássicos e de sua abordagem contemporânea. A abordagem teórico-metodológica
ocorrerá mobilizando os estudantes para o estudo da filosofia sem doutrinação,
dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da
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pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus
comentadores. Será através de:
Exibição de filme ou de imagem;
Leitura de textos jornalístico, literários e filosóficos;
Audição de música;
Debates, observações, questionamentos e relatos escritos;
Análise de textos;
Investigação;
Pesquisas e investigação para a criação de conceitos.
6.6 Avaliação
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a
capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade
de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio
de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
Qual discurso tinha antes;
Qual conceito trabalhou;
Qual discurso tem após;
Qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa
após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
Será avaliado através de:
Mudanças de atitudes;
Questionamentos;
Apresentação de trabalhos:
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Capacidade de argumentação;
Criar e recriar conceitos;
Criatividade na exposição dos conceitos.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante
todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento
escolar, tomado na sua melhor forma.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
6.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Ática, 2012. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Filosofia. Curitiba: SEED/DEB, 2008. SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 2007. Revistas e Jornais.
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7 FÍSICA
7.1 Justificativa
O contexto histórico-social discutindo a construção científica como um produto
da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época.
Uma análise histórica da Física tem por objetivo buscar um quadro conceitual
de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua
evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.
Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos
de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do
século XIX:
A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton na obra: Pilosophiae
naturalis principia mathematica (os Principia);
A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule,
Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros;
O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos
de homens como Ampére e Faraday.
O estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente nos trabalhos de
Newton e desenvolvida posteriormente por outros cientistas, como Lagrange,
Laplace e Hamilton. Centra-se nas leis do movimento dos corpos materiais, sua
descrição e suas causas. Com esses estudos, o Universo passou a ser explicado a
partir de entidades como o espaço e o tempo, e as causas dos movimentos
explicadas pela ação das forças.
Os conceitos de massa, espaço e tempo se fizeram presentes desde que os
homens iniciaram seu contato com a natureza, mas foi Newton que elaborou a
primeira “concepção científica”.
O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria
natureza, flui uniformemente sem relação com qualquer coisa externa e é também
chamado de duração; o tempo relativo, aparente e comum é alguma medida de
duração perceptível e externa (seja ela exata ou não uniforme) que é obtida através
do movimento e que é normalmente usada no lugar do tempo verdadeiro, tal como
92
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uma hora, um dia, um mês, um ano. [...] O espaço absoluto, em sua própria
natureza, sem relação com qualquer coisa externa [...] (NEWTON, 1990, p. 07).
Os conceitos explicitados por Newton são considerados entidades no estudo
dos movimentos porque eles são fundamentais para a sustentação da teoria. A
Física newtoniana ampara-se em ideias mecanicistas e deterministas de mundo e
sustenta-se na ideia de que se conhecêssemos a posição inicial, o momentum da
partícula e sua massa, todo o seu futuro poderia ser determinado.
Em 1865, Rudolf Clausius (1822-1888) ter, demonstrado matematicamente
esta lei [da conservação da energia] foi que o termo energia recebeu significado
preciso sendo admitido como uma “função de estado”, estando em tal gênese um
forte vínculo com as relações entre calor e trabalho, dois conceitos que hoje tidos
como “processos transferência-transformação de energia”.
Destaca-se ainda que Joule e Clausius assumiram que o calor estava
relacionado com uma certa energia cinética das partículas que constituem os
corpos, passando a se estruturar cada vez mais uma Teoria Cinética baseada nas
leis de Newton, que permitirá, inclusive, a compreensão das Leis da Termodinâmica.
A Física chegou ao final do século XIX com um quadro conceitual de
referência constituído nestes três campos: Movimento (mecânica e gravitação),
Termodinâmica e Eletromagnetismo. Esse conjunto teórico e a visão de mundo
deles decorrente ficaram conhecidos como Física Clássica. Muitos pesquisadores
desta época acreditavam que todos os problemas relacionados a questões físicas
resolver-se-iam com essa teoria clássica.
Esse quadro, contudo, apresentou alguns problemas de abrangência,
especialmente certos aspectos do Eletromagnetismo, que não se harmonizavam
com a mecânica newtoniana. Um exemplo é a radiação emitida por estrelas e corpos
aquecidos, fenômeno não compreendido pela Termodinâmica nem pelo
Eletromagnetismo. Outras questões, que permaneceram em aberto (e algumas
ainda permanecem), nos mostram quão longe se estava da compreensão do
Universo. Entre elas:
Qual a origem da matéria?
Que forças agem sobre os componentes da matéria?
Como explicar as propriedades térmicas e químicas da matéria?
Qual a natureza da força de gravitação?
93
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Assim, a descrição dos fenômenos eletromagnéticos passava pelos conceitos
básicos de carga e campo, designados, nestas diretrizes, entidades fundamentais do
Eletromagnetismo. A revisão dos conceitos de espaço e tempo nos leva ao golpe
final desferido na visão mecanicista. Para o surgimento da teoria da relatividade, era
necessário que os últimos bastiões de uma visão mecanicista de mundo – a saber, o
espaço e o tempo – fossem postos abaixo. [...] A teoria da relatividade restrita
incorpora princípios aos quais tem que se sujeitar tanto a mecânica quanto o
eletromagnetismo. Esse é mais um golpe na visão mecanicista. A teoria da
relatividade geral completa a demolição, na medida em que o próprio espaço-tempo,
a própria geometria do universo; se identifica com o campo gravitacional. O último
resquício da imagem mecanicista da natureza e de ciência se foi.
Para entender o processo de construção desse quadro conceitual da Física e
dos conceitos fundamentais que o sustentam, é imperativo que a pesquisa faça
parte do processo educacional, ou seja, que cada professor, ao preparar suas aulas,
estude e se fundamente na História e na Epistemologia da Física. Trilhar esse
caminho é imprescindível para se repensar currículo para a disciplina.
Como princípio educativo, o conhecimento, que tem como fonte a pesquisa,
está na base do processo emancipatório, que sempre começa com a tomada de
consciência crítica e a capacidade de dizer não: ato que inaugura o processo político
questionador e que jamais se conclui. O confronto de ideias, o embate entre
posições, o reconhecimento do conflito, a constatação da desigualdade, são
fundamentais para a organização política dos desiguais no sentido da emancipação
(BARRETO, 2007, p. 10).
Ao voltar-se para os estudos teóricos e epistemológicos da Física o professor
vai além dos manuais didáticos e estabelece relações entre essa ciência e outros
campos do conhecimento, de modo que os estudantes também percebam essas
relações.
Uma primeira possibilidade é um novo reconhecimento da disciplinaridade.
Isso significa demarcar o espaço da física, explicar seu campo de legislação. Não só
ensinar, mas, além disso, mostrar o que é a física. Mostrar qual sua maneira de
olhar, o que ela não é capaz de olhar, onde é preciso olhar de outra maneira e onde
ela pode se compor com outros olhares. Quer dizer, não só o conteúdo da física,
mas qual seu ponto de vista e seus limites. A idéia de disciplinaridade é importante
para demarcar e para compor (KAWAMURA, 1997. In: ALMEIDA, 2004, p. 64).
94
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Desse modo o professor planeja e controla o trabalho pedagógico de maneira
consciente, responsável pela aprendizagem de seus alunos. Para isso, serão
objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docentes e estudantes), os
processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de
avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos.
Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a
sociedade e o contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer
considerar as ideias de um cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar
histórias ou lendas.
Discutir a construção do saber científico como um produto da cultura humana,
sujeita ao contexto de cada época pode auxiliar o educador a apresentá-la de
maneira crítica aos seus alunos e contribuir para transpor os conhecimentos
científicos para a sala de aula. Conhecer uma proposta alternativa àquela trazida
pelos livros didáticos fornece ao professor um embasamento útil para esse desafio
(FORATO In: SILVA, 2006, p. 192).
Tomar o pressuposto da ciência como uma produção histórica e os conteúdos
escolares vinculados a interesses sociais, econômicos, culturais e políticos, significa
indagar:
Quais eram as relações de produção na sociedade onde o conhecimento
em estudo foi produzido?
Quais ideias predominavam no tempo histórico em que esse
conhecimento foi produzido?
Como o cientista/pesquisador desenvolveu sua teoria científica?
Que interesses orientam as instituições que apoiam e sustentam a
pesquisa?
Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica
não é uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas
uma construção racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o
comportamento da natureza. Assim:
O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o
conhecimento trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida
em suas relações sociais. Interessam, em especial, as concepções
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alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a
aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;
A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de
ensino que contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos,
proporcionando melhor interação entre professor e estudantes, e isso
propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente escolar;
Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta
para essa disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-
requisito para aprender Física. É preciso que os estudantes se apropriem
do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos conceituais sem, no
entanto, descartar o formalismo matemático.
Segundo a DCE (2008, p. 56), ao levar em conta o conhecimento prévio dos
estudantes, o professor deve considerar que a ciência atual rompe com o imediato, o
perceptível, o que pode ser tocado e que, para adentrar ao mundo da ciência, é
preciso um processo de enculturação no qual o estudante apropria-se das teorias
científicas.
Esse rompimento tem que começar em relação ao real imediato. Para o
senso comum, a realidade é aquilo que pode ser tocado, manejado; mas, para
aprender o conhecimento científico atual é necessária a ruptura com essa realidade
imediata e adentrar num mundo onde o real é uma construção e não se constitui
num mundo dado (CARVALHO FILHO, 2006, p. 04).
Ao propor um currículo de física para o Ensino Médio é preciso considerar
que a educação científica é indispensável à participação política e capacita os
estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida
e do meio que o cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera
compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos.
Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física
aborde os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de
uma ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É
importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações
e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção
científica.
Considerando os conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos: História
do Paraná (Lei n° 13.381/01); História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena
96
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
(Lei n° 11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº
4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável perpassando todos os demais conteúdos
da seguinte forma:
Incentivar á atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para
uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as barreiras
estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminação
que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre
outro, de um povo sobre o outro.
Incentivar a utilização das faculdades mentais na aquisição do
conhecimento em favor do bem comum, tendo como ferramentas
diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos.
Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, industrial e rural.
Relacionar aspectos do cotidiano com a Física.
Destacar a importância da Física como resposta a indagações do ser
humano.
7.2 Objetivos
Abordar os fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais
são as de uma ciência em construção, porém com uma respeitável consistência
teórica.
Compreender a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas
influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica.
7.3 Conteúdos
97
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Nos fundamentos teórico-metodológicos apresentaram-se as três grandes
sínteses que compunham o quadro conceitual de referência da Física no final do
século XIX e início do século XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica
e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas “conteúdos estruturantes”.
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e
definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria.
Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas
pedagógicas curriculares das escolas.
Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações
interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas
da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em
construção.
Os conteúdos estruturantes podem apresentar, eventualmente, uma relação
de interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho
pedagógico com um determinado conteúdo básico ou específico, envolva
referenciais teóricos de mais de um estruturante.
A proposta pedagógica curricular deve ser composta de conteúdos básicos,
derivados dos três estruturantes (movimento, termodinâmica e eletromagnetismo) de
forma a garantir uma cultura científica o mais abrangente possível, do ponto de vista
da Física.
7.3.1 Movimento
No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de
conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e
leis de conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia, desenvolvida
nos estudos da termodinâmica, no século XIX, e considerada uma das mais
importantes leis da Física.
Os conceitos de momentum e impulso carregam as ideias fundamentais de
espaço, tempo e matéria (massa). Um sistema físico que evolui conduz aos
conceitos de momentum e impulso e é formado por essas entidades – espaço,
98
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
tempo e massa. Nesse contexto, também são fundamentais os conceitos de
referenciais da mecânica clássica e da relativística. Ainda, a concepção de matéria,
tanto da mecânica clássica como da mecânica relativística e quântica, deve ser
considerada porque a evolução do conceito de interação depende dessa concepção.
Outro importante conceito a ser trabalhado é o de força, definido a partir da
variação temporal da quantidade de movimento, que constitui a segunda lei de
Newton.
Ainda no contexto do estudo do Movimento, é importante a abordagem da
gravitação universal. A Teoria da Gravitação Universal de Newton partiu das Leis de
Kepler, mas ao invés de considerar as órbitas planetárias como elípticas, assumiu-
as como circulares. Isso levou à elaboração da lei dos quadrados – aceleração
inversamente proporcional ao quadrado da distância. Essa lei tem validade para o
cálculo e a compreensão das órbitas de qualquer planeta.
7.3.2 Termodinâmica
No campo da Termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir
das Leis da Termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor
(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de
energia, sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs.
A Termodinâmica estudará:
Lei Zero da Termodinâmica
Primeira Lei da Termodinâmica
Segunda Lei da Termodinâmica
Terceira Lei da Termodinâmica
7.3.3 Eletromagnetismo
Estudar o Eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que
pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao
99
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo
leva à ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo
magnético, o que leva às equações de Maxwell.
O trabalho sobre o Eletromagnetismo enseja, ainda, tratar conteúdos
relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da
eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da
eletricidade em nossas casas.
7.4 Ensino Médio
1° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Fundamentos de Ciência Física e Cinemática
Escalar;
Momentum e Inércia;
Conservação de quantidade de movimento
(momentum);
Variação da quantidade de movimento =
impulso;
1ª Lei de Newton;
2ª Lei de Newton;
3ª Lei de Newton;
Energia e o Princípio da Conservação da
energia;
Gravitação;
Estática e Hidrostática.
2° ANO
100
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Termodinâmica Termometria e Dilatação Térmica;
Calorimetria;
Estudo dos Gases;
Lei zero da Termodinâmica;
1ª Lei da Termodinâmica;
2ª Lei da Termodinâmica;
Ondulatória: ondas e acústica.
3° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Eletromagnetismo Eletricidade estática, carga, corrente elétrica,
campo e ondas eletromagnéticas;
Força eletromagnética;
Trabalho, campo elétrico e potencial elétrico;
Circuito elétrico;
Lei de Ohm;
Medidores elétricos;
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para
eletrostática;
Lei de Coulomb;
Lei de Ampére;
Lei de Gauss magnética;
Lei de Faraday;
A natureza da luz e suas propriedades;
Relatividade especial;
101
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Física quântica e Física nuclear.
7.5 Metodologia da Disciplina
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas
ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções
espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos
objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu
processo de aprendizagem.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído
e sistematizado, que requer metodologias específicas no ambiente escolar. A escola
é, por excelência, o lugar onde se lida com esse conhecimento científico,
historicamente produzido.
Porém, uma sala de aula é composta de pessoas com diferentes costumes,
tradições, pré-conceitos e ideias que dependem de sua origem cultural e social e
esse ponto de partida deve ser considerado.
Na realidade, toda aquisição de conhecimento deve superar um
conhecimento pré-existente, que pode funcionar como obstáculo à aquisição do
novo saber. A cristalização de verdades revela-se como impedimentos ao avanço do
saber, (pois) a crença em uma verdade definitiva não é uma vantagem para o
avanço da ciência, porque se torna um grave entrave, por impedir o aparecimento de
ideias e conceitos que neguem o saber estabelecido.
O tratamento dado, pelo professor, ao conhecimento existente e prévio dos
estudantes deve ser bastante relativizado, para permitir a aquisição dos novos. O
professor deve, na realidade, trabalhar a formação de seus alunos de tal modo que
os leve a perceberem que não há um conhecimento definitivo e que o saber que eles
trazem não se constitui numa verdade pronta e acabada, mas que pode funcionar
como uma barreira a formulações de novos saberes (CARVALHO FILHO, 2006, p.
12 apud DCE, 2008).
No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia
escolhida, é importante que o professor consiga problematizar o conhecimento já
102
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
construído pelo aluno que ele deve ser apreendido pelo professor; para aguçar as
contradições e localizar as limitações desse conhecimento, quando cotejado com o
conhecimento científico, com a finalidade de propiciar um distanciamento crítico do
educando ao se defrontar com o conhecimento que ele já possui e, ao mesmo
tempo, propiciar a alternativa de apreensão do conhecimento científico
(DELIZOICOV. In: PIETROCOLA, 2005, p. 132 apud DCE, 2008).
Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não
conhecem? Ou ainda, como eles podem explicitar questões que os inquietam, mas
não sabem como perguntar? Nesses casos, torna-se imprescindível que o professor
cumpra a função de uma espécie de “informante científico”. Para ir além do limite da
informação e atingir a fronteira da formação, é preciso uma mediação não-aleatória,
feita pelo conhecimento físico, num processo organizado e sistematizado pelo
professor.
O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está
pronto e acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já
foram consideradas pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se
constitui, originalmente, em uma verdade absoluta e definitiva.
A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e
aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para
transformar a nova informação em conhecimento. Então, qualquer que seja a
metodologia, o professor deve buscar uma avaliação cujo sentido seja verificar a
apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou mudança de
postura metodológica.
Serão utilizados os seguintes recursos e instrumentos:
Livros didáticos do ensino de física;
Resolução de problemas;
Experimentação;
Leituras científicas;
Tecnologias – TV multimídia, vídeos, laboratório de informática.
7.6 Avaliação
103
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A avaliação será feita de uma forma contínua, global e focada no processo de
ensino-aprendizagem e não apenas no aluno. Espera-se que o estudante:
Formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do
século XIX e compreenda a visão de mundo dela decorrente.
Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos
de partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros
princípios (entre eles o da Incerteza).
Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de
redefinir o conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como
consequência, um conceito básico da mecânica clássica: trajetória.
Na avaliação do processo de ensino-aprendizagem serão considerados:
A avaliação dos próprios alunos sobre o quanto aprenderam e sobre
suas dificuldades nesse aprendizado.
A avaliação sobre o desenvolvimento das atividades de cada aluno,
efetuada conforme as particularidades de cada atividade.
A realização de atividades individuais e em grupo e a participação
efetiva do aluno nas atividades.
A entrega de tarefas e trabalhos individuais e em grupo conforme os
critérios estabelecidos para cada tarefa. e a atualização do material
(cadernos, atividades, etc.).
A evolução global do aluno no decorrer do bimestre.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
104
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
7.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
BONJORNO, José Roberto; BONJORNO, Regina Azenha; BONJORNO, Valter; RAMOS, Clinton Marcico. Física. São Paulo: Editora FTD. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. HERSKOWICZ, Gerson; SCOLFARO, Valdemar; RAMALHO JÚNIOR, Francisco. Elementos de Física. São Paulo: Editora Moderna. PENTEADO, Paulo Cesar M.; TORRES, Carlos Magno A. Física Ciência e Tecnologia - Volume 2. São Paulo: Editora Moderna.
105
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Física. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
106
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
8 GEOGRAFIA
8.1 Justificativa
O conhecimento Geográfico possibilita tornar o mundo compreensível para os
alunos, explicável e passível de transformações, possibilitando o desenvolvimento
de uma nova mentalidade, dando condições através do ensino da conquista para a
cidadania.
O estudo da Geografia proporciona aos alunos a possibilidade de
compreender em sua posição no conjunto de interações a sociedade e natureza,
como e por suas ações individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou
a natureza, tendo consequências tanto para si quanto para sociedade. Permite
também que se adquiram conhecimentos para compreender as atuais redefinições
dos arranjos do espaço geográfico em que está inserido. Oportunizando ao discente
à percepção da relevância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento
com o destino das futuras gerações.
Na atualidade discute-se o estudo geográfico onde a palavra “homem” é
entendida como sociedade e este é um indivíduo que atua e desenvolve o papel de
sujeitos da história. O saber geográfico aborda o espaço geográfico como produto e
produtor das relações sociais, políticas, econômicas e culturais. Os conceitos de
sociedade e homem não podem ser tratados separadamente, mas sim como par
dialético e esta concepção acrescenta que a produção do espaço é realizada pela
sociedade por meio do trabalho.
Concomitantemente com os conteúdos propostos serão abordados os
conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos: História do Paraná (Lei n°
13.381/01); História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08)
Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de drogas; Sexualidade
humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02);
Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente; Direito
das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07); Educação Tributária
(Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o envelhecimento
humano digno e saudável Os mesmos serão abordados em todas as séries do
107
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Ensino Fundamental e Médio, devido à relação íntima de todos com os conteúdos
específicos da geografia.
8.2 Objetivos
Fornecer ao aluno dados que lhe permitam analisar, compreender e participar
da construção da realidade do espaço geográfico e da realidade local, regional e
global.
8.3 Conteúdos
Os conteúdos estruturantes da Geografia devem considerar, em sua
abordagem teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas
geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,
sociais e culturais que marcam o atual período histórico.
De forma que os conteúdos estruturantes da Geografia são:
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
8.3.1 A Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
Enfatiza a apropriação do meio natural pela sociedade, por meio das relações
sociais e de trabalho, para a construção de objetos técnicos que compõem as redes
de produção e circulação de mercadorias, pessoas, informações e capitais, o que
tem causado uma intensa mudança na construção do espaço.
108
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Pode ser considerado uma importante forma de análise para entender como
se constitui o espaço geográfico. Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-
histórica das relações de produção capitalista, para que ele reflita sobre as questões
socioambientais, políticas, econômicas e culturais, materializadas no espaço
geográfico. Sob tal perspectiva, considera-se que o aluno é agente da construção do
espaço e, portanto, é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir
conscientemente na realidade.
A dimensão econômica do espaço geográfico se articula com os demais
conteúdos estruturantes, pois a apropriação da natureza e sua transformação em
produtos para o consumo humano envolvem as sociedades em relações
geopolíticas, ambientais e culturais, fortemente direcionadas por interesses
socioeconômicos locais, regionais, nacionais e globais.
Por isso, diz-se que a dimensão econômica da produção do espaço envolve e
afeta todas as outras dimensões de análise do espaço geográfico.
8.3.2 A Dimensão Política do Espaço Geográfico
A dimensão política do espaço geográfico engloba os interesses relativos aos
territórios e às relações de poder, que os envolvem. É o conteúdo estruturante
originalmente constitutivo de um dos principais campos do conhecimento da
Geografia e está relacionado de forma mais direta ao conceito de território.
O aluno deverá compreender o espaço onde vive a partir das relações
estabelecidas entre os territórios institucionais e entre os territórios que a eles se
sobrepõem como campos de forças sociais e políticas. Bem como entender as
relações de poder que os envolvem e de alguma forma os determinam, sem que
haja, necessariamente, uma institucionalização estatal, como preconizado pela
geografia política tradicional. Considerando recortes que enfoquem o local e o
global, sem negligenciar a categoria analítica espaço-temporal, ou seja, a
interpretação histórica das relações geopolíticas em estudo.
109
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
8.3.3 A Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
A questão socioambiental é um subcampo da Geografia e, como tal, não
constitui mais uma linha teórica dessa ciência/disciplina. Permite abordagem
complexa do temário geográfico, porque não se restringe aos estudos da flora e da
fauna, mas à interdependência das relações entre sociedade, elementos naturais,
aspectos econômicos, sociais e culturais.
8.3.4 Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
Assim, os estudos sobre os aspectos culturais e demográficos do espaço
geográfico contribuem para a compreensão desse momento de intensa circulação
de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e modos de vida. Em meio a essa
circulação está a construção cultural singular e também a coletiva, que pode
caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas manifestações
culturais de resistência.
Mais do que estudar particularidades, este conteúdo estruturante preocupa-se
com os estudos da constituição demográfica das diferentes sociedades; as
migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas
territorialidades, e com as relações político-econômicas que influenciam essa
dinâmica.
8.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
110
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens
naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações
socioespaciais da diversidade cultural.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
7° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
As diversas regionalizações do espaço
brasileiro.
As manifestações socioespaciais da
111
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
do espaço geográfico diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações.
8° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios do continente
americano.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações
socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades
112
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
As manifestações sociespaciais da
diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
9° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico
Dimensão política do
espaço geográfico
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico-científico-informacional e
os novos arranjos no espaço da produção.
O comércio mundial e as implicações
socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
113
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
população.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas
motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a
transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicações na atual configuração
territorial.
8.5 Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do
espaço geográfico.
Dimensão política do
espaço geográfico.
Dimensão cultural e
demográfica do espaço
geográfico.
Dimensão socioambiental
do espaço geográfico.
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e
os novos arranjos no espaço da produção.
114
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O espaço rural e a modernização da
agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e
comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das
mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a
reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na
sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a
dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição
espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas
motivações.
As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço
geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de
mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado
8.6 Metodologia da Disciplina
115
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Usar de procedimentos que permitam colocar o aluno em diferentes situações
de vivência com os lugares, de modo, que possa construir a partir daí o seu próprio
conhecimento.
Criar e planejar situações de aprendizagem em que os alunos possam
conhecer e utilizar os procedimentos de estudos geográficos, dando ênfase à
observação, descrição, analogia e síntese. Levar problemas e compreender as
soluções propostas, tendo como ponto de partida o espaço vivido pelo aluno.
Abordar os conteúdos de maneira que possam favorecer a compreensão do
aluno, de que o homem é parte integrante do ambiente e também é agente ativo e
passivo das transformações da paisagem terrestre.
Realização de trabalhos interdisciplinares lançando mão de diversas fontes de
informação.
Oferecer oportunidades, por meio de tarefas organizadas para a aula,
permitindo ao aluno um posicionamento autônomo, favorecendo assim a sua
autoestima, atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho intelectual.
Abordar os conteúdos de maneira que possam favorecer a compreensão do
aluno, de que ele está inserido dentro do mundo e que é parte integrante e agente
ativo e passivo das transformações do espaço geográfico. Através dos seguintes
procedimentos:
1. Exposições orais do professor, com a utilização de mapas mundi, Brasil,
Europa, África, Ásia, Oceania e América (físico, político);
2. O emprego de transparências no retroprojetor para auxiliar a compreensão
de fenômenos Geográficos (naturais e sociais), através de imagens que se
processam na realidade do aluno;
3. Organizar painéis comparativos, a partir de reportagens que retratem o
Brasil e o mundo retirados de jornais e revistas atuais;
4. Utilizar os meios de comunicação (jornais, revistas, programas jornalísticos,
documentários televisivos, entre outros), como fonte de pesquisa, a fim de
que o aluno reconheça o Brasil e o mundo contemporâneos;
5. Leituras orientadas da apostila e/ou textos, com dinâmica de grupo e
debates;
6. Pesquisas através de questionários junto aos setores componentes da
sociedade local – Comércio, indústria, prefeitura, câmara de vereadores,
116
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
proprietários e trabalhadores rurais ou algum fato relevante que esteja
ocorrendo na comunidade;
7. Construção de maquetes – modelagem de diferentes tipos de materiais
(argila, gesso, massa de vidraceiro, barro e massa de papel) e a confecção
de objetos essências para transformar um conceito em dado concreto;
8. Gravuras ou ilustrações – dar atividades em que o aluno busque gravuras
ou ilustrações que complementam o texto estudado ou partindo de uma foto,
desenho, ilustração, devendo orientar o aluno para realizar uma analise
escrita da realidade representada na figura;
9. Trabalho em grupo
10. Recursos áudio–visuais – o uso de filmes: É importante ressaltar que o
uso de filmes deve ocorrer de forma integrada aos conteúdos da disciplina. O
professor deverá assistir ao filme previamente, para elaborar um roteiro de
elementos a serem explorados com a exibição do filme. – posteriormente
explicações e debates.
11. Questões dirigidas a partir do conteúdo do livro texto.
12. Pesquisas bibliográficas e seminários, levantamento de dados: IBGE,
SEMA, IAP e Prefeitura Municipal.
8.6.1 Recursos Didáticos
Serão utilizados os seguintes Recursos Didáticos:
A utilização de mapas mundi, Brasil, Europa, África, Ásia, Oceania e
América (físico, político);
O emprego de transparências no retroprojetor;
O uso de reportagens de jornais e revistas;
Utilizar os meios de comunicação (jornais, revistas, programas
jornalísticos, documentários televisivos, entre outros), como fonte de
pesquisa;
O uso do livro didático e paradidáticos;
Construção de maquetes – modelagem de diferentes tipos de materiais
(argila, gesso, massa de vidraceiro, barro e massa de papel);
117
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Recursos audiovisuais – o uso de filmes, data show, TV Multimídia,
Laboratório de informática.
8.7 Avaliação
A LDB determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de
ensino-aprendizagem, que se constituem num dos elementos de interação entre
professor/aluno/conhecimento.
A avaliação deve ser contínua, observando-se o desenvolvimento diário dos
alunos, não só em termos de assimilação de conteúdos como também as posturas
ou atitudes sociais que serão por eles desenvolvidos. Os conteúdos são meios para
atingir um fim maior, que é o desenvolvimento de atitudes sociais.
Assim, far-se-á avaliações através do aprimoramento das expressões oral e
escrito dos alunos, trabalhos em grupos, com a participação de todos os integrantes
e também por avaliações diversas, interpretações de cartografia, fotos, imagens,
gráficos, tabelas e outros, selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de
ensino.
A DCE para a disciplina de Geografia destaca que os principais critérios de
avaliação referem-se a
(...) formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas. (2008, p. 86)
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
118
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
8.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012.
119
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FILIZOLA, Roberto. Geografia: volume único: ensino médio. São Paulo: IBEP, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998. KRAJEWSKI, Ângela Corrêa; GUIMARÃES, Raul Borges; RIBEIRO, Wagner Costa. Geografia Pesquisa e Ação: volume único, 2 ed. São Paulo: Moderna, 2003. LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve, Em Primeiro Lugar, Para Fazer A Guerra. 11. ed. Campinas-SP: Papirus, 2005. LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – Ensino Médio. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003. MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Série Novo Ensino Médio. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2003. MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1998. MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil: volume único. São Paulo: Scipione, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Geografia. Curitiba: SEED/DEB, 2008. PIFFER, Osvaldo. Geografia no ensino médio: volume único – São Paulo: IBEP, 2001. VESENTINI, José William. Brasil – sociedade e espaço: geografia do Brasil – São Paulo: Ática, 2002. _______, José William. Sociedade & Espaço: geografia geral e do Brasil – São Paulo: Ática, 2002.
120
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
9 HISTÓRIA
9.1 Justificativa
O ensino da História busca suscitar reflexões a respeito dos aspectos
políticos, econômicos, culturais e sociais possibilitando a construção de um
conhecimento que preserva a memória e contribuindo para o desenvolvimento da
consciência individual e social.
Estudando as ações humanas no tempo a História valoriza a construção de
uma sociedade de desenvolvimento, e preserva os valores humanistas; observando
as permanências e mudanças, construindo um conhecimento que alarga a
compreensão do aluno enquanto ser que constrói seu tempo e assim percebe que
pode manter ou alterar a sociedade que deseja para si e para seus futuros, o que
caracteriza a formação da consciência histórica como elemento de cidadania.
Apresenta-se assim a importância social da História, e por consequência a
importância do estudo da disciplina no currículo escolar uma vez que é elemento
fundamental no conjunto de disciplinas, que por suas especificidades e conteúdos,
aliadas aos processos metodológicos próprios, é a única que diretamente propicia a
formação direta da consciência de sociedade e de indivíduo, em como de suas
potencialidades do indivíduo na construção do mundo que deseja, inserindo os
conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos: Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e
Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e
o adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável
Quanto aos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da
população brasileira, a História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°
11.645/08) serão apresentados buscando resgatar suas contribuições nas áreas
social, econômica e política.
121
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Sobre a aprendizagem dos conteúdos curriculares da História do Paraná (Lei
n° 13.381/01) deverão oferecer abordagens e atividades, promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do
estudo das comunidades, municípios e microrregiões do Estado, baseada em
bibliografia especializada.
9.2 Objetivos
Desenvolver a autonomia intelectual através da formação do pensamento
histórico, desenvolvimento e aprimoramento da consciência histórica para que os
diferentes sujeitos produzam narrativas históricas sobre sua própria existência e a
de outro, bem como, propiciar condição básica para a compreensão e interpretação
crítica das construções humanas no passado.
9.3 Conteúdos
De acordo com as DCEs (2008) consideram-se Conteúdos Estruturantes da
disciplina de História:
Relações de trabalho;
Relações de poder;
Relações culturais.
Tais conteúdos apontam para o estudo das ações e relações humanas que
constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Assim como as relações
culturais, de trabalho e de poder são consideradas recortes deste processo histórico.
Através dos Conteúdos Estruturantes o professor deverá
(...) discorrer acerca de problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas, destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-brasileira, da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino. (DCE, 2008, p. 64)
122
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
9.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: Os diferentes sujeitos e suas culturas, suas
Histórias.
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no
tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
7° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: A Constituição Histórica do Mundo Rural e
Urbano e a Formação da Propriedade em
Diferentes Tempos e Espaços.
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e
do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural
campo/cidade.
8° ANO
123
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência.
História das relações da humanidade com o
trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direitos.
9° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
9.5 Ensino Médio
1° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o
Trabalho Livre.
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
124
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas
e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressá-las por meio de
narrativas histórica.
Tema: Urbanização e Industrialização.
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas
e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressá-las por meio de
narrativas histórica.
125
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: O Estado e as relações de poder
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas
e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressá-las por meio de
narrativas histórica.
Tema: Cultura e religiosidade.
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
126
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes
formularem ideias históricas próprias e expressá-las
por meio de narrativas histórica.
3° ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações culturais
Tema: Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas
e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressá-las por meio de
narrativas histórica.
Tema: Movimentos sociais, políticos e culturais e as
guerras e revoluções.
127
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio
deverão ser problematizados como temas
históricos por meio da contextualização
espaço-temporal;
Deverão ser considerados os contextos
ligados à história local, do Brasil da América
Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver
a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e
recorrências) e das periodizações;
O confronto de interpretações historiográficas
e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressá-las por meio de
narrativas histórica.
9.6 Metodologia da Disciplina
A metodologia de investigação a partir da História temática é procedimento
metodológico essencial e escolhido por se apresentar como melhor alternativa por
possibilitar a busca, selecionamento, análise e crítica das experiências vividas (mais
distantes ou mais próximos) para que o aluno melhor compreenda o presente e
entenda poder ser ele mesmo o agente transformador na sociedade em que vive.
Nesse sentido, a busca de documentos a investigação histórica é o meio de
acesso às informações disponíveis sobre as diferentes organizações e
temporalidades para a problematização e produção do conhecimento que apresente
os caminhos possíveis de solução, considerando as realidades atuais do grupo
social e do indivíduo.
128
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise
crítica sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de
sua compreensão. Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:
Os limites do livro didático;
As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;
A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor
diferentes contextos;
A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento
histórico para compreensão do passado;
Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode
ser complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo
trabalho de investigação do historiador.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento
histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:
Do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
Da fundamentação na historiografia;
Da problematização do conteúdo;
Essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas
pelos sujeitos.
Como recursos didáticos e tecnológicos, citamos os recursos mais usados
como quadro-negro, bem como Datashow, a TV multimídia, músicas e vídeos
relacionados ao tema, assuntos atuais, e livros didáticos e paradidáticos.
9.7 Avaliação
Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,
essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza
que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos precisam
entender que os pressupostos da avaliação, tais como finalidades, objetivos,
critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que
129
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
já foi apreendido. Segundo Luckesi (2002), o professor poderá lançar mão de várias
formas avaliativas, tais como:
Avaliação diagnóstica – a que permite ao professor identificar o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades
didáticas que possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem
trabalhados;
Avaliação formativa – a que ocorre durante o processo pedagógico e tem
por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos
mesmos,
Identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao momento
avaliado;
Avaliação somativa – a que permite ao professor tomar uma
amostragem de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se
eles estão em consonância com o perfil dos alunos e com os
encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos
conteúdos. Esta avaliação é aplicada em período distante um do outro,
como, por exemplo, o bimestre, trimestre ou semestre.
A avaliação do ensino-aprendizagem em História deve considerar os objetivos
e as metodologias que propões um trabalho reflexivo e produtivo e possibilidades de
mudanças e inserção do aluno no processo de construção da sociedade que ele
pretende.
Os instrumentos da avaliação devem ser plurais, isto é, deverão considerar as
atividades realizadas nos eu desenvolvimento diário individualmente ou em grupo,
bem como as diversas possibilidades de expressão oral, textual, icnográfica, lúdica,
crítica em situações formais e infirmais do processo de ensino-aprendizagem, para
que venha ao encontro da formação integral do aluno, observando um processo
contínuo e diagnóstico de aproveitamento, para que o educador retome os conceitos
básicos e conteúdos trabalhados.
Nesse sentido a avaliação deverá ter como recursos a observação do
professor em relação à participação e envolvimento do aluno nas atividades
propostas e nos conteúdos trabalhados, observando o crescimento pessoal do
aluno, suas atitudes de solidariedade, comprometimento, responsabilidade, amizade
e respeito, bem como a assimilação de conteúdos básicos teóricos e práticos,
utilizando-se de também de instrumentos práticos como atividades objetivas,
130
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
individuais e em grupos; observação da produção oral e escrita, da apresentação de
compreensão de textos; projetos e pesquisas; Debates; trabalhos resultados de
apresentações audiovisuais entre outros...
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
9.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
131
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1989. ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Martins Fontes, 1991. BLOCH, Leon. Lutas Sociais na Roma Antiga. Lisboa: Europa-América, 1974. CARDOSO, Ciro Flamarion. O Trabalho Compulsório na Antiguidade. RJ: Grade, 1984. ______________________. Escrevo ou Camponês. O Protocampesinato Negro nas Américas. São Paulo: Brasiliense, 1987. CHAÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1997. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. FAUSTO, Boris. Pequenos ensaios da História da República (1989-1945). São Paulo: CEBRAP, 1990. LOPEZ, Luis Roberto. História da América Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. História. Curitiba: SEED/DEB, 2008. SECRETARIA ESTADAL DA EDUCAÇÃO. Livro didático: História, Ensino Médio. Vários Autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
132
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
10 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
10.1 Justificativa
“Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico, não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico, é heterogênea, ideológica e opaca”
(DCEs, 2008, p. 53)
Nessa perspectiva, a língua é repleta de sentidos a ela conferidos por nossas
culturas, nossas sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção
do mundo e estabelece entendimentos possíveis.
“A língua estrangeira apresenta-se como um espaço para ampliar o contato
com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de
construção da realidade” (DCEs, 2008, p. 53).
“Em outras palavras, a língua concebida como discurso, não como estrutura
ou código a ser decifrado constrói significados e não apenas o transmitem, o sentido
da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico”
(DCEs, 2008, p. 53).
Deste modo, “a escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar
regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam
ser modificadas” (DCEs, 2008, p. 52).
No ensino de língua estrangeira, o Inglês, objeto de estudo, contempla as
relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade. Então o que se
pretende é ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de construir sentidos é formar subjetividades independentemente
do grau de proficiência atingido.
Para tanto, propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que
o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-
o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. O aluno poderá compreender que os
significados são social e historicamente construídos e passíveis de transformação na
prática social.
133
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A língua estrangeira pode ser propiciadora da construção das identidades dos
sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel
exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama
internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.
Desta forma, desenvolve-se a competência para o uso da Língua Estrangeira,
tendo como ênfase a atenção do aluno para construção de enunciados organizados,
coerentes, coesos tanto na fala como na escrita. Atentando-se para a
pluriculturalidade e a necessidade garantir o direito de aprender e ampliar
conhecimentos, sem ser obrigados a negar a si mesmo e ao grupo étnico/racial a
que pertencem.
Deve-se, também, contemplar as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito
e a identidade, para que os alunos possam analisar as questões da nova ordem
global e suas implicações. No sentido de desenvolverem uma consciência crítica a
respeito do papel das línguas na sociedade; considerando as relações que podem
ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social, a consciência do
papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural (Afro
brasileira e a Educação do Campo), valorização da cultura e das singularidades
regionais.
Assim, a importância do ensino de língua inglesa torna-se irrefutável como
saber escolar dentro da nossa escola, contribuindo para a formação/transformação
de nossos alunos, levando-os a conhecer e valorizar cada vez mais a nossa própria
cultura.
Buscando dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
consequentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no
princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas
essenciais ao processo de ensino-aprendizagem de uma língua, sendo elas: leitura,
escrita e oralidade.
Isso implica superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como externos aos sujeitos. (DCE, 2008, p. 53)
134
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Ofertando possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a
diversidade cultural e linguística presente na aprendizagem da língua e,
consequentemente construa significados em relação ao mundo em que vive
10.2 Objetivos
A partir dessas considerações, caberá ao professor selecionar um conjunto de
textos diversos, dentro do vasto roll de gêneros textuais, para o trabalho em sala de
aula, tendo como referência os fundamentos teórico-metodológicos da disciplina,
bem como os objetivos do ensino da língua estrangeira, de modo que o aluno possa:
Utilizar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Desenvolver a competência para o uso da Língua Estrangeira, focalizando
a atenção para construção de enunciados organizados, coerentes, coesos
tanto na fala como na escrita;
Contemplar as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a
identidade, visto que, aprender línguas é também ensinar e aprender
percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, e formar
subjetividades independentemente do grau de proficiência atingido.
10.3 Conteúdos
135
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
Discurso como prática social, sendo a partir dele que advêm os conteúdos básicos:
os gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita.
Os desafios sócioeducacionais: História e Cultura Afro-brasileira, africana e
indígena (Lei n° 11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02);
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente; Direito das Crianças e
Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07) e Educação para o envelhecimento humano
digno e saudável serão contemplados dentro dos vários gêneros textuais
trabalhados dentro do Discurso como prática social, em todas as séries do Ensino
Fundamental e Médio.
10.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de
diversas esferas sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa
etária e o grau de complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Identificação do tema;
o Intertextualidade;
o Intencionalidade;
o Léxico;
o Coesão e coerência;
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o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia.
Escrita:
o Tema do texto;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Intencionalidade do texto;
o Intertextualidade;
o Condições de produção;
o Informatividade (informações necessárias para a coerência do
texto);
o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Ortografia;
o Acentuação gráfica.
Oralidade:
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Pronúncia.
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7° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de
diversas esferas sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa
etária e o grau de complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Identificação do tema;
o Intertextualidade;
o Intencionalidade;
o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia.
Escrita:
o Tema do texto;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Intencionalidade do texto;
o Intertextualidade;
o Condições de produção;
o Informatividade (informações necessárias para a coerência do
texto);
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o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação;
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Ortografia;
o Acentuação gráfica.
Oralidade:
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Pronúncia.
8° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de
diversas esferas sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa
etária e o grau de complexidade.
Conteúdos Básicos:
Oralidade:
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
139
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o Vozes sociais presentes no texto;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
o Adequação da fala ao contexto;
o Pronúncia.
9° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de
diversas esferas sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa
etária e o grau de complexidade.
Conteúdos Básicos:
Oralidade:
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
o Adequação da fala ao contexto;
o Pronúncia.
10.5 Ensino Médio
140
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Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho com as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de
diversas esferas sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa
etária e o grau de complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Identificação do tema;
o Intertextualidade;
o Intencionalidade;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Marcadores do discurso;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Discurso direto e indireto;
o Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
o Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia.
Escrita:
o Tema do texto;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Intencionalidade do texto;
o Intertextualidade;
o Condições de produção;
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o Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
o Vozes sociais presentes no texto;
o Vozes verbais;
o Discurso direto e indireto;
o Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos( figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Ortografia;
o Acentuação gráfica.
Oralidade:
o Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc .;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
o Adequação da fala ao contexto;
o Pronúncia.
10.6 Metodologia da Disciplina
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
142
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A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. (DEC, 2008, p. 63)
É importante trabalhar a partir de temas referentes às questões sociais
emergentes, favorecendo a utilização de textos como unidade de linguagem em uso,
ou seja de comunicação verbal, escrita, oral e visual, abordando assuntos relevantes
presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial, pertinentes a
questões como saúde, meio ambiente, vida familiar e social.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la. (DCE, 2008, p. 63)
O professor precisa criar estratégias para que os sujeitos alunos percebam a
heterogeneidade da língua, cujos sentidos possíveis atribuíveis, e que ele perceba
as varias possibilidades de leitura, assumindo assim uma posição mais crítica em
relação a tais textos, poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir desse universo de
sentido, dando-lhe coerência ao construir significados.
Na disciplina de Inglês, mais do que disponibilizar textos, é “necessário
provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto
de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão
importante para o trabalho na escola” (DCE, 2008, p. 63).
Para o cumprimento dos objetivos aqui expostos, não poderemos utilizar-nos
de um único método. A tendência atual é adotar uma abordagem eclética dos
principais métodos de ensino da língua inglesa, fazendo uso de ideias e práticas de
diferentes origens, atuais, eficazes, flexíveis, sendo adaptáveis às diversas
situações de ensino, de forma criativa, tais como: pesquisa, debates, aulas
expositivas, textos informativos e de atividades variadas, priorizando sempre que
possível o uso de TV, de gravadores, de apostilas, de vídeos, slides e programas de
data show, etc. Destaca-se, ainda, a ideia que nenhuma língua é neutra e pode
representar diversas culturas e maneiras de viver, devendo ser o professor criativo,
sem uma metodologia fixa, mas sim flexível.
143
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Através da abordagem discursiva é possível construir novos conhecimentos a
partir dos já existentes na memória do leitor e, com isso, as experiências dos alunos
e o conhecimento do mundo poderão ser valorizados.
Já a produção de texto deve ser concebida como “um processo dialógico
ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma
representação” (DCE, 2008, p. 65).
O estudo gramatical, por sua vez, relaciona-se ao entendimento de
procedimentos para construção de significados usados na Língua Estrangeira.
Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos. (DCE, 2008, p. 65)
As estratégias específicas da oralidade visam expor os alunos a textos orais,
pertencentes aos diferentes discursos, através do uso funcional da língua, de forma
a utilizá-la mesmo que com limitações, levando-o a familiarizar-se com sons
específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita:
(...) ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como um sujeito (DCE, 2008, p. 66).
Enquanto que nos textos de literatura, “as reflexões sobre a ideologia e a
construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial,
complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder” (DCE,
2008, p. 67).
Segundo a DCE (2008), nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou
não-verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c) Variedade Linguística: formal ou informal; d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. (...)
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e) Atividades: • Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado. Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideradas pesquisas. • Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. • Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.
Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em
diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
Embora muitos estudos tenham sido feitos sobre a eficácia ou não dos
diversos métodos de Ensino da Língua Estrangeira, não se pode desconsiderar que
os resultados dependem também de fatores alheios ao método, tais como as
qualidades individuais de cada professor e sua habilidade de entrosamento com os
alunos, passando a centralizar o ensino no educando, ajustando-se às necessidades
de cada grupo, de suas expectativas e fazendo uso da bagagem de conhecimento
que cada aluno traz a comunidade escolar.
10.7 Avaliação
A avaliação se constitui num instrumento facilitador - não dos conteúdos, mas
sim do processo de ensino e aprendizagem - uma vez que também é construtor de
conhecimento. O aluno deve ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais
como: um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro como integrante
da aprendizagem na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se
atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do
processo, de forma que os objetivos propostos sejam alcançados.
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Esse instrumento também reflete a abordagem mais centrada no aluno e
em seu papel ativo na construção de seu conhecimento.
A avaliação é vista como parte do processo da construção do conhecimento
individual e coletivo e de mudanças atitudinais e processuais do aluno. A mesma
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será contínua e sistemática, oferecendo uma avaliação qualitativa construtiva, e que
para isso aconteça não pode ser um fato isolado e sim contínua, sendo formativa
com o objetivo de ajudar o educando no seu processo de desenvolvimento através
de trabalhos, expressão oral, participação em sala, provas escritas, trabalhos
expositivos, elaboração de pareceres, relatórios, projetos e pesquisas possibilitando
a construção do desenvolvimento no processo ensino-aprendizagem.
De acordo com a DCE (2008), na disciplina de Língua estrangeira Moderna –
Inglês, os critérios a serem adotados pelo professor referem-se ao que se espera do
aluno e, de maneira geral, apresenta-se da seguinte forma:
Leitura:
o Identificar o tema;
o Realizar leitura compreensiva do texto;
o Localizar informações explícitas no texto;
o Ampliar seus horizontes de expectativas;
o Ampliar seu léxico;
o Identificar a idéia principal do texto.
Escrita:
o Expressar as idéias com clareza;
o Elaborar/ reelaborar textos de acordo com o encaminhamento do
professor, atendendo às situações de produção proposta e a
continuidade temática;
o Diferenciar o uso da linguagem formal e informal;
o Usar recursos textuais como coesão e coerência, uniformidade,
etc;
o Utilizar adequadamente recursos lingüísticos como pontuação,
uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
Oralidade:
o Utilizar o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
o Apresentar suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na
língua materna;
o Utilizar adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.
o Respeitar os turnos de fala.
146
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Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
10.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1998.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
__________. Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 1992. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto de 1996. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. GUAÍRA. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. 2016. GUAÍRA. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. 2012. CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995. GIMENEZ, T.; JORDÃO, C. M.; ANDREOTTI, V. (org.) Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua Estrangeira Moderna - Inglês. Curitiba: SEED/DEB, 2008. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989a.
148
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11 LÍNGUA PORTUGUESA
11.1 Justificativa
A disciplina de Língua Portuguesa incorpora e atualiza conteúdos decorrentes
do movimento das relações de produção e dominação que determinam relações
sociais, geram pesquisas científicas e trazem para o debate questões políticas e
filosóficas emergentes. Além disso, prescinde de um trabalho com o discurso,
efetivado na prática social, objeto de estudo deste componente curricular.
Assim, o ensino da língua Portuguesa é importante por desenvolver
capacidade argumentativa e compreensiva diante dos problemas histórico-sociais,
tornando a educação capaz de atuar diretamente na transformação de seu saber por
meio da interpretação e compreensão da realidade em que está inserido. Uma vez
que o uso adequado da linguagem faz com que o aluno perceba seu papel como
sujeito ativo e reflexivo diante das contextualizações de outras disciplinas que ele
vivencia na escola. O conhecimento dessa língua amplia a capacidade discursiva,
no interpretar, escrever, criticar e apontar soluções; quer seja em seu ambiente
escolar ou profissional, sendo possível favorecer o desenvolvimento de habilidades
que permitam ao estudante circular pelos variados contextos de uma sociedade
letrada.
O Ensino de Língua Portuguesa baseia-se na concepção interacionista, que
centraliza o ensino da língua em três eixos norteadores: leitura, oralidade e escrita.
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros. (DCE, 2008, p. 57)
Destaca-se, também, a Literatura, como arte que transforma e humaniza o
homem e a sociedade.
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11.2 Objetivos
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de
língua, busca:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, além do contexto de produção;
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o
aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão
lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos
diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.
11.3 Conteúdos
A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento
histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de
linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo
assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o
discurso como prática social.
A Língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que
é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina
150
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção
àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.
Segundo a DCE (2008), na abordagem de cada gênero, é preciso considerar
a sua relativa estabilidade no que se refere ao tema (conteúdos temáticos), a forma
composicional e o estilo (marcas linguísticas e enunciativas).
Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, será propiciado ao aluno a
análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionando conteúdos
específicos, seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que
explorem discursivamente o texto, nas suas intenções, finalidades, situcionalidade,
vozes sociais, entre outros.
A forma composicional dos gêneros será analisada pelos alunos no intuito de
compreenderem algumas especificidades e similaridades das relações sociais numa
dada esfera comunicativa.
As marcas linguísticas também devem ser abordadas no trabalho com os
gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os sentidos
estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento linguístico.
Para o aluno observar e refletir sobre esses usos da língua, serão
selecionados conteúdos específicos que explorem os recursos linguísticos e
enunciativos do texto. Nessas abordagens, as práticas de leitura, oralidade, escrita e
a análise linguística serão contempladas.
Considerando os desafios socioeducacionais e as leis obrigatórias: História e
Cultura Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08); Prevenção ao uso
indevido de drogas; Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente;
Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável, a disciplina de Língua Portuguesa
oportunizará o trabalho com as respectivas temáticas, sempre a partir dos conteúdos
básicos, que são os gêneros discursivos.
11.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
151
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Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de diversas esferas
sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa etária e o grau de
complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Identificação do tema;
o Intertextualidade;
o Intencionalidade;
o Léxico;
o Coesão e coerência;
o Funções das classes gramaticais no texto;
o Elementos semânticos;
o Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
o Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
o Variedade linguística;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia.
Escrita:
o Contexto de produção;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Informatividade;
o Argumentatividade;
o Discurso direto e indireto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Divisão do texto em parágrafos;
152
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
o Processo de formação de palavras;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia;
o Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
o Tema do texto;
o Finalidade;
o Argumentos;
o Papel do locutor e interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
7° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de diversas esferas
sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa etária e o grau de
complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Tema do texto;
o Interlocutor;
153
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Finalidade do texto;
o Argumentos do texto;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade;
o Informações explícitas e implícitas;
o Discurso direto e indireto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Repetição proposital de palavras;
o Léxico;
o Ambiguidade;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem.
Escrita:
o Contexto de produção;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Informatividade;
o Discurso direto e indireto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito), figuras de linguagem;
o Processo de formação de palavras;
o Acentuação gráfica;
o Ortografia;
o Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
o Tema do texto;
o Finalidade;
o Papel do locutor e interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
154
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Semântica.
8° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de diversas esferas
sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa etária e o grau de
complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Intencionalidade do texto;
o Argumentos do texto;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito);
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Sentido figurado;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
155
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Escrita:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Intencionalidade do texto;
o Informatividade;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade
o Vozes sociais presentes no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
o Concordância verbal e nominal;
o Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Significado das palavras;
Sentido figurado;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade:
o Conteúdo temático;
o Finalidade;
o Argumentos;
o Papel do locutor e interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Elementos semânticos;
156
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9° ANO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de diversas esferas
sociais de circulação social. Será observada nesta seleção, a faixa etária e o grau de
complexidade.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Intencionalidade do texto;
o Argumentos do texto;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade;
o Discurso ideológico presente no texto;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
o Partículas conectivas do texto;
o Progressão referencial no texto;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Polissemia;
157
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Intencionalidade do texto;
o Informatividade;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
o Partículas conectivas do texto;
o Progressão referencial no texto;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,
etc.;
o Sintaxe de concordância;
o Sintaxe de regência;
o Processo de formação de palavras;
o Vícios de linguagem;
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Polissemia.
Oralidade:
o Conteúdo temático ;
o Finalidade;
o Argumentos;
o Papel do locutor e interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
158
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
o Semântica;
o Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
11.5 Ensino Médio
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Gêneros Discursivos:
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de diversas esferas
sociais de circulação social, em especial da Esfera Literária/Artística (Autobiografia,
Biografias, Contos, Contos de Fadas, Contos de Fadas Contemporâneos, Crônicas
de Ficção, Escultura, Fábulas, Fábulas Contemporâneas, Haicai, Histórias em
Quadrinhos, Lendas, Literatura de Cordel, Memórias, Letras de Músicas, Narrativas
de Aventura, Narrativas de Enigma, Narrativas de Ficção Científica, Narrativas de
Humor, Narrativas de Terror, Narrativas Fantásticas, Narrativas Míticas, Paródias,
Pinturas, Poemas, Romances, Tankas, Textos Dramáticos) que ganham uma
sistematização periodológica historiográfica e dos gêneros propostas pelos exames
vestibulares e ENEM.
Conteúdos Básicos:
Leitura:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto ;
o Intencionalidade;
o Argumentos do texto;
o Contexto de produção;
159
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Intertextualidade;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Discurso ideológico presente no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Contexto de produção da obra literária;
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
o Progressão referencial;
o Partículas conectivas do texto;
o Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem.
Escrita:
o Conteúdo temático;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Intencionalidade;
o Informatividade;
o Contexto de produção;
o Intertextualidade;
o Referência textual;
o Vozes sociais presentes no texto;
o Ideologia presente no texto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Progressão referencial;
o Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
o Semântica:
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Figuras de linguagem;
160
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos
como aspas, travessão, negrito, etc.;
o Vícios de linguagem;
o Sintaxe de concordância;
o Sintaxe de regência.
Oralidade:
o Conteúdo temático;
o Finalidade;
o Intencionalidade;
o Argumentos;
o Papel do locutor e interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
o Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
o Elementos semânticos;
o Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
11.6 Metodologia da Disciplina
11.6.1 Prática da Oralidade
A prática da oralidade é a mais utilizada no dia a dia da maioria das pessoas
de forma que as atividades orais precisam:
(...) oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
161
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a entonação. (DCE, 2008, p. 65)
O professor deverá planejar e desenvolver o trabalho da oralidade de maneira
gradual, de forma que permita ao aluno não apenas conhecer, mas também utilizar a
variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados
contextos sociais.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação. (DCE, 2008, p. 66)
É importante que o professor:
Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto;
Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto;
Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes
fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de
perceber a ideologia dos discursos dessas esferas;
Selecione discursos de outras esferas para análise dos recursos da
oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
162
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
De acordo com a DCE (2008, p. 68) “o trabalho com os gêneros orais visa ao
aprimoramento linguístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades
orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro”.
11.6.2 Prática da Escrita
O trabalho do exercício da escrita considera a “relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e
os gêneros discursivos são construções coletivas” (DCE, 2008, p.68)
O aluno deverá compreender o funcionamento de um texto escrito, a partir de
elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções,
interlocutor(es), dentre outros.
Além disso, “[…] a escrita apresenta elementos significativos próprios,
ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos
pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente
representados.” (MARCUSCHI, 2005, p. 17 apud DCE, 2008, p. 68)
A prática da escrita requer primeiramente o planejamento do que será
produzido, escrever a proposta apresentada e então revisar, reestruturar e
reescrever o texto. Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas durante o
trabalho.
De acordo com a DCE (2008, p. 68 – 69) na prática da escrita, há três etapas
interdependentes e intercomplementares sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas
às propostas da Diretriz, que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o
contexto, sendo elas:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as ideias; • em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
163
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação.
É importante que o professor:
Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
do gênero, da finalidade;
Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
Acompanhe a produção do texto;
Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao
contexto
Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;
Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes
na organização, retomadas e sequenciação do texto;
Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia,
observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se
a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade,
etc.).
Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
Vale destacar que, quando necessário, tais atividades devem ser retomadas,
analisadas e avaliadas (diagnosticadas) durante o processo.
11.6.3 Prática da Leitura
Segundo a DCE (2008, p. 71):
164
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
(...) a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
O ato de ler permite familiarizar-se com diferentes textos produzidos em
diversas esferas sociais, assim como considerar as linguagens não-verbais.
Espera-se desenvolver no aluno uma atitude crítica que permita ao mesmo
perceber os sujeitos apresentados nos textos, bem como tomar uma atitude
responsiva diante deles. Neste contexto, o professor atua como mediador ao
provocar os alunos a realizarem leituras significativas.
Ao trabalhar a prática de leitura, dever-se-á considerar o texto para então
realizar o planejamento das atividades.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade). (DCE, 2008, p. 73)
É importante que o professor:
Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
Relacione o tema com o contexto atual;
Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigue à identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou
expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e
humor;
Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto.
165
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
11.6.4 Literatura
A DCE (2008) apresenta que a partir dos pressupostos teóricos apresentados
na Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória
Bordini e Vera Teixeira de Aguiar elaboraram o Método Recepcional, o qual é
sugerido, nas Diretrizes, como encaminhamento metodológico para o trabalho com a
Literatura.
Optou-se por esse encaminhamento devido ao papel que se atribui ao leitor, uma vez que este é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em seu contexto. Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas. (DCE, 2008, p. 74)
Tal proposta tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas;
ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas
em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de
expectativas, bem como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social.
Tais objetivos são imprescindíveis para o sucesso das atividades, sendo que
tal trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de
aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho docente e com
a as características da turma.
A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando o dia a dia da sala de aula. Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a partir de discussões de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc. Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado, percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores consagrados da literatura, de obras clássicas. Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera, suas certezas podem ser abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor trabalhar com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa ampliado, consequentemente, o entendimento do evento estético. Neste momento, o leitor tenta encaixar o texto literário dentro de seu horizonte de valores, porém, a obra pode “confirmar ou perturbar esse horizonte, em termos das expectativas do leitor, que o
166
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
percebe, o julga por tudo que já conhece e aceita” (BORDINI e AGUIAR, 1993, p. 87). Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma auto-avaliação a partir dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus horizontes. A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos. (DCE, 2008, p. 74 – 75)
O professor ao aplicar o referido método deverá considerar as diferenças
existentes entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Destacando-se que, no
Ensino Médio, há uma maior preocupação no que se referem aos estudos das
Escolas Literárias.
Através da Literatura, espera-se formar um leitor capaz de sentir e de se
expressar o que sentiu com condições de reconhecer nas aulas de literatura um
envolvimento de subjetividade entre obra/autor/leitor, por meio de uma interação que
está presente no ato de ler.
11.6.5 Análise linguística
Conforme a DCE: “A análise linguística é uma prática didática complementar
às práticas de leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar”. (2008, p.
77)
A análise linguística poder ser feita a partir das noções de três tipos básicos
de gramática:
Gramática normativa: que considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e obedecidas.
Gramática descritiva: como conjunto de regras que são seguidas e não se atém na ação das variantes linguísticas a partir do seu uso.
Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante tanto em nível fonético como sintático e semântico, possibilitando entendimento entre os falantes de uma mesma língua. (DCE, 2008, p. 78)
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos
e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso
167
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
da norma padrão. Assim, um texto se faz a partir de elementos como organização,
unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros.
O aluno precisa ampliar sua capacidade discursiva em atividade de uso da
língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação da linguagem
como, por exemplo, argumentação, situacionalidade, intertextualidade,
informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade e informalidade.
Considerando-se que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por
meio das práticas de oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns
encaminhamentos, partindo da seleção do gênero a ser trabalhado para depois de
discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/ circulação, preparar
atividades sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas, entre elas:
Oralidade: • as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo; • os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros; • as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; • os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do gênero, etc. Leitura: • as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro informal; • a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido; • o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambigüidade, exagero, expressividade, etc); • léxico; • progressão referencial no texto; • os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto. (...) Escrita: Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos: • discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero); • textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação); • estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto, estruturação de parágrafos); • normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, complemento, regência, vícios da linguagem...); Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística, partindo das sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto como parte da atividade discursiva, tais como análise:
168
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado, parênteses, etc.; • da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto; • do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo; • do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.); • da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência pretendidas; • dos procedimentos de concordância verbal e nominal; • da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto. (DCE, 2008, p. 78 a 80)
O professor ao planejar as atividades deverá priorizar ações que possibilitem
aos alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, com atividades de revisão,
reestruturação ou refacção, de análise coletiva, entre outras.
11.7 Avaliação
Deve ser contínua e que de prioridade à qualidade e ao processo de
aprendizagem, ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Deve ser formativa, pois assim é mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula
e por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo temp.
O aluno terá direito à Recuperação paralela, nela entendendo-se uma
retomada dos conteúdos que não foram por ele assimilados. O educando será
avaliado por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados,
compreendendo avaliações escritas, produções textuais e trabalhos expositivos
(individual e grupos) para que ele possa sanar suas lacunas de domínio de
conteúdos e de aprendizagem ao mesmo tempo e espaço dos demais possibilitando
a continuidade dos estudos com sucesso.
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa
troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as
exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
169
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará
a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que
ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação
que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve
se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como:
noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias
falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para
a compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas
entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação
dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das
informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre
outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz
inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais
lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o
repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de
expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do
texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa
ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero
solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a
elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a
organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se
posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por
170
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes
do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é
necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se
manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais.
Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos
diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e
contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o
uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos
efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre
as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos
estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações
linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são
avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a
linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes
permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os seguintes
instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
171
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
11.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
BORGATTO, Ana e outros. Tudo é Linguagem (6° ao 9° ano). 2 ed. São Paulo: Ática, 2011. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
GERALDI, J. W. Concepções de Linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de aula. 5. Ed. Cascavel: Assoeste,1990. KOCH, I. G. V. Desenvolvendo os segredos do texto. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2003. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. SARMENTO, Leila Lauar e TUFANO, Douglas. Português – Literatura, Gramática, Produção de texto (volumes 1, 2, 3). 1 ed. São Paulo: Moderna, 2010. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
173
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
12 MATEMÁTICA
12.1 Justificativa
A matemática é instrumento importante para a resolução e compreensão dos
problemas e necessidades sociais. Os conhecimentos matemáticos são utilizados
como instrumentos de compreensão e intervenção para transformação da sociedade
nas relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.
Através do conhecimento matemático o homem quantifica , geometriza, mede e
organiza informações, contribuindo para o desenvolvimento do senso crítico,
proporcionando condições necessárias para uma análise mais apurada das
informações da realidade que o cerca, na medida em que esse conhecimento se
inter-relaciona com as demais áreas do conhecimento.
A matemática tem valor formativo, que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio relativo, porém desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas. Nesse sentido, é preciso que o aluno perceba a matemática como um sistema de códigos e regras que a torna uma linguagem de comunicação de ideias e permitem modelar a realidade a interpretá-la.
2
Assim, os números e a álgebra como sistema de códigos, a geometria na
leitura e na interpretação de espaço, a estatística e a probabilidade na compreensão
de fenômenos em universos finitos, são subáreas da matemática que farão do aluno
um vencedor de barreiras em outras áreas, além da matemática: um vencedor na
sua vida.
Em análise ao processo histórico do surgimento e evolução da disciplina de
Matemática, bem como suas aplicações e modalidades para suprir as necessidades
do tempo histórico, observamos e constatamos que neste inicio de século XXI, há
uma mescla da maioria das tendências anteriores, onde os docentes desta disciplina
2 PIOVESAN, Sucileiva Baldissera; ZANARDINI, João Batista. O ensino e a aprendizagem da matemática por
meio da metodologia de resolução de problemas: algumas considerações. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_sucileiva_baldissera_piovesan.pdf> Acesso em Nov de 2016.
174
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
buscam desenvolver nos educandos a matemática como conceito pratico, fazendo
com que eles consigam atribuir sentido e significado a certos conteúdos e assim
tornar-se capaz de estabelecer relações, analisar, discutir e criar.
Em contra partida, também nos deparamos com um sistema que ainda é
cobrado o conhecimento estanque e cumulativo presentes em vestibulares e
concursos, fazendo com que o docente desenvolva com seus educandos conteúdos
não tão aplicativos em seu cotidiano, mas que desenvolva, e com igual importância,
o caráter cientifico.
Valoriza-se muito o processo e não apenas o produto final, enfatizando a
relação professor-aluno como via de acesso essencial para que todo esse processo
de aprendizagem aconteça.
Na disciplina de Matemática serão trabalhados todos os conteúdos
obrigatórios, Considerando os conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos:
História do Paraná (Lei n° 13.381/01); História e Cultura Afro-brasileira, africana e
indígena (Lei n° 11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e
Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e
o adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável, serão trabalhados de forma a mostrar
aos alunos a importância da conscientização da sociedade em relação a todos estes
conteúdos que serão abordados com palestras, filmes/vídeos educativos, debates,
pesquisas, jogos, confecções de cartazes, gibis instrutivos, atividades diversificadas,
livro didático, ECA e outros conforme momentos oportunos.
12.2 Objetivos
Identificar a Matemática como instrumento para a compreensão, a
investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de
modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de
conhecimentos técnico, levando ao processo de discernimento político;
175
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Desenvolver de estratégias que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e
significado às ideias matemáticas e, sobre essas ideias, torna-se capaz de
estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar;
Melhorar a qualidade do ensino da aprendizagem fazendo com que o
estudante compreenda e se aproprie da própria matemática como
instrumento para melhoria de vida, mercado de trabalho, etc.;
Fazer com que o educando construa, por intermédio de conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação
integral do ser humano e particularmente, do cidadão.
12.3 Conteúdos
São conteúdos estruturantes de Matemática:
Números e Álgebra;
Grandezas e Medidas;
Geometrias;
Funções;
Tratamento da Informação.
12.3.1 Números e Álgebra
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobra nos seguintes conteúdos:
Conjuntos numéricos e operações;
Equações e inequações;
Polinômios;
Proporcionalidade.
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobra nos seguintes conteúdos:
176
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Números reais;
Números complexos;
Sistemas lineares;
Matrizes e determinantes;
Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares;
Polinômios.
12.3.2 Grandezas e Medidas
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
englobam os seguintes conteúdos:
Sistema monetário;
Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de tempo;
Medidas derivadas: áreas e volumes;
Medidas de ângulos;
Medidas de temperatura;
Medidas de velocidade;
Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações
trigonométricas nos triângulos
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
aprofunda e amplia os conteúdos do Ensino Fundamental:
Medidas de massa;
Medidas derivadas: área e volume;
Medidas de informática;
Medidas de energia:
Medidas de grandezas vetoriais;
Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e
a trigonometria na circunferência.
177
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12.3.3 Geometrias
Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias se
desdobra nos seguintes conteúdos:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Noções básicas de geometrias não-euclidianas.
12.3.4 Funções
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os
seguintes conteúdos:
Função afim;
Função quadrática.
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os
conteúdos:
Função afim;
Função quadrática;
Função polinomial;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Função trigonométrica;
Função modular;
Progressão aritmética;
Progressão geométrica.
12.3.5 Tratamento da Informação
178
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Tratamento da
Informação engloba os seguintes conteúdos:
Noções de probabilidade;
Estatística;
Matemática financeira;
Noções de análise combinatória.
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação
engloba os conteúdos:
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Estatística;
Probabilidade;
Matemática financeira.
12.4 Ensino Fundamental – Anos Finais
6° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números fracionários;
Números decimais.
Grandezas e medidas Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
179
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Medidas de ângulos;
Sistema monetário.
Geometria Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da informação Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
7° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples.
Grandezas e medidas Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
Geometria Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas
Tratamento da informação Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
8° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Números e Álgebra Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações do 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
Grandezas e medidas Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos
Geometria Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não-euclidianas
Tratamento da informação Gráfico e Informação;
População e amostra.
9° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2º grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regras de Três Compostas.
Grandezas e medidas Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função quadrática.
181
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Geometria Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da informação Noções de Análise Combinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juros Compostos.
12.5 Ensino Médio
1° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Números Reais;
Equações e inequações exponenciais,
logarítmicas e modulares.
Grandezas e medidas Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Informática;
Medidas de Energia;
Trigonometria.
Funções Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométrica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
182
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Sistemas lineares;
Matrizes e Determinantes.
Grandezas e medidas Medidas de Área;
Medidas de Volume.
Geometria Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da
Informação
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Estudos das Probabilidades.
3° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra Números complexos;
Polinômios.
Geometria Geometria Analítica;
Geometria não-Euclidiana.
Tratamento da
Informação
Estatística;
Matemática Financeira.
12.6 Metodologia da Disciplina
De acordo com a DCE
(...) propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo
183
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos, afinal, “[...] o significado curricular de cada disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do modo como se articulam” (MACHADO, 1993, p. 28 apud DCE, 2008. p. 62).
Assim, os conteúdos propostos devem ser abordados através das tendências
metodológicas da Educação Matemática onde se destacam:
Resolução de Problemas;
Modelagem Matemática;
Mídias Tecnológicas;
Etonomatemática;
História da Matemática;
Investigações Matemáticas
12.6.1 Resolução de Problemas
Os conteúdos voltados para a resolução de problemas são considerados um
dos desafios do ensino da Matemática.
Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta (DANTE, 2003). O professor deve fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como exposição oral e resolução de exercícios. Isso torna as aulas mais dinâmicas e não restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem (SCHOENFELD, 1997 apud DCE, 2008, p. 63)
O professor de matemática deverá contemplar, em sua metodologia, ações
que contemplem a resolução de problemas de forma a compreendê-lo, destacando
as informações, levantando dados importantes, elaborando um plano, executando
um plano chegando a um resultado para então conferir os resultados e, se
necessário, estabelece
12.6.2 Etnomatemática
184
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A etnomatemática visa reconhecer e registrar questão de relevância social
que produzem o conhecimento matemático.
Leva em conta que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. As manifestações matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais: “reconhecer e respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro, mas, num processo de síntese, reforçar suas próprias raízes” (D`AMBROSIO, 2001, p. 42), tendo em vista aspectos como “memória cultural, códigos, símbolos, mitos e até maneiras específicas de raciocinar e inferir” (D’AMBROSIO, 1998, p. 18 apud DCE, 2008, p. 64).
O trabalho pedagógico na etnomatemática deverá relacionar o conteúdo
matemático com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações
de produção e trabalho.
12.6.3 Modelagem Matemática
O estudo da Modelagem Matemática tem como pressuposto a
problematização de situações do cotidiano, propondo a valorização do aluno no
contexto social, buscando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
as situações de vida.
A modelagem matemática é
(...) o processo que envolve a obtenção de um modelo. Este, sob certa óptica, pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um modelo, além de conhecimento de Matemática, o modelador precisa ter uma dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas (BIEMBENGUT & HEIN, 2005, p. 12 apud DCE, 2008, p. 65).
Buscar-se-á um modelo matemático compatível com o conhecimento do
aluno, levando em conta as novas oportunidades de aprendizagem, para que ele
possa sofisticar a matemática conhecida a priori.
185
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
12.6.4 Mídias Tecnológicas
No contexto da Educação Matemática, os ambientes gerados por aplicativos
informáticos dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
pedagógico. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em relação
ao currículo, à experimentação matemática, às possibilidades do surgimento de
novos conceitos e de novas teorias matemáticas (BORBA, 1999 apud DCE, 2008, p.
65).
A utilização de recursos tecnológicos favorecem as experimentações
matemáticas e potencializam as formas de resolução de problemas. O trabalho com
as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o
processo de produção de conhecimentos.
12.6.5 História da Matemática
É importante que os alunos entendam a história da Matemática no contexto
da prática escolar, compreendendo sua natureza e a relevância na vida da
humanidade.
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. (DCE, 2008, p. 66)
A história deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos
porquês da Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois
propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (MIGUEL &
MIORIM, 2004 apud DCE, 2008, p. 66).
186
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
12.6.6 Investigações Matemáticas
De acordo com a DCE (2008, p. 67): “A prática pedagógica de investigações
matemáticas tem sido recomendada por diversos estudiosos como forma de
contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em questão”.
“As investigações matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos,
procedimentos e representações matemáticas, mas o que mais fortemente as
caracteriza é este estilo de conjectura-teste-demonstração” (PONTE, BROCARDO &
OLIVEIRA, 2006, p.10 apud DCE, 2008, p.67).
Desta forma os alunos precisam verificar qual é conjectura mais adequada a
questão investigada, realizando, assim, provas e refutações, discutindo e
argumentando com seus colegas e professor.
12.6.7 Articulando as diferentes tendências
Pensar numa pratica docente a partir da educação matemática, portanto,
implica pensar na sociedade em que vivemos, constituindo-se, assim o ato de
ensinar numa ação reflexiva e política.
12.7 Avaliação
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades
diversificadas para que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades
devem incluir manifestação escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e
calculadora.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
187
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Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
Elabora um plano que possibilite a solução do problema;
Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
Realiza o retrospecto da solução de um problema. (DCE, 2008, p. 69)
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
Partir de situações-problema interna ou externas à matemática;
Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006, p. 29 apud DCE, 2008, p. 70).
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da
sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas
aulas de Matemática.
A avaliação será contínua, processual, diagnóstica e formativa, priorizando os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados pelo professor
durante o período letivo, observando os avanços e as necessidades detectadas,
para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória a anotação
no Livro Registro de Classe Online – RCO.
188
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12.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
Andrini, Álvaro e Maria José Vasconcelos. Praticando Matemática. São Paulo: Brasil, 2002. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012. Giovani & Bonjorno. Matemática Completa. São Paulo: Brasil, 2005. Malveira, Linaldo. Matemática Fácil. São Paulo: Brasil, 1987. Mori, Iracema. Matemática: Ideias e desafios. São Paulo: Saraiva, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Matemática. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
189
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
PIOVESAN, Sucileiva Baldissera; ZANARDINI, João Batista. O ensino e a aprendizagem da matemática por meio da metodologia de resolução de problemas: algumas considerações. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_sucileiva_baldissera_piovesan.pdf> Acesso em Nov de 2016.
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13 QUÍMICA
13.1 Justificativa
É objeto de estudo da Ciência Química: As substâncias e os materiais, além
dos efeitos relacionados a tais transformações e dos modelos explicativos desses
processos. (DCE, 2008, p.52)
Os conhecimentos químicos são importantes para que o educando possa
construir uma visão de mundo mais articulada, entre teoria e prática , estabelecer
relações dos conhecimentos com sua prática diária como: os problemas ambientais,
fome, obtenção de água potável, controle de natalidade, efeito estufa, aquecimento
global, desequilíbrio ecológico e outros e refletir criticamente sobre o meio que está
inserido e, devem contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e
questionem a ciência do seu tempo.
Os experimentos nas aulas de química também fornecem a apropriação
efetiva de conceitos levando a reflexão das situações, a investigação, discussão na
significação dos conceitos químicos.
Para o educando compreender o objeto de estudo da Química as substâncias
e os materiais, é necessário planejamento e direcionamento de ações educativas,
partindo dos conteúdos estruturantes: Materiais e sua natureza, Biogeoquímica e
Química Sintética.
O conhecimento prévio do aluno deve ser levado em consideração para
explicar o comportamento da matéria e suas transformações, experimentos para
melhorar a compreensão dos fenômenos químicos e físicos levando em
consideração a dimensão histórica do conteúdo, podendo usar textos científicos no
auxílio do ensino aprendizagem.
Também que estes conhecimentos despertem no educando a curiosidade, a
pesquisa, a busca dos conhecimentos químicos historicamente construídos e
percebam que a ciência não se fundamenta apenas em fatos concretos e algo
pronto e acabado e inquestionável mas, também em hipóteses e na imaginação.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A Escola, no contexto atual deve trabalhar no sentido de formar cidadãos
atuantes no meio onde vivem, de maneira que possam interferir de forma positiva e
consciente.
No cenário educacional as disciplinas escolares podem ser apontadas como
grandes potenciais para que o respeito à natureza e a vida humana seja cultivado e
para que isso aconteça as diretrizes curriculares de Química (2008,p.54), ¨Cabe ao
professor criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais
criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas ambientais¨.
Desse modo, tendo como ponto de partida os conteúdos estruturantes de
Química: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética o professor
poderá trabalhar considerando os conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos:
História do Paraná (Lei n° 13.381/01); História e Cultura Afro-brasileira, africana e
indígena (Lei n° 11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e
Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e
o adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável.
13.2 Objetivos
Descrever as transformações químicas em linguagem discursivas;
Compreender os códigos e símbolos da Química Atual;
Utilizar a representação simbólica das transformações Químicas e
reconhecer suas modificações ao longo do tempo;
Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;
Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas relações
proporcionais presentes na Química;
Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;
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Produzir textos adequados para relatar experiências, formular hipóteses
ou apresentar conclusões;
Formular conclusões a partir de situações reais e compreender aquelas já
anunciadas;
Fazer uso dos conhecimentos da Química para exemplificar o mundo
natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas;
Utilizar elementos e conhecimentos científico-tecnológicos para
diagnosticar e equacionar questões ambientais;
Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu
papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de
transformar o meio;
Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais, na
sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do
conhecimento.
13.3 Conteúdos
De acordo com o objeto do estudo da Química (DCE, 2008) as “Substâncias e
Materiais” são apontados os Conteúdos Estruturantes da Química para Ensino
Médio, estes devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as
relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos tratados no dia-a-
dia da sala de aula nas diferentes realidades regionais.
São conteúdos estruturantes de química:
Matéria e sua natureza;
Biogeoquímica;
Química sintética.
13.3.1 Matéria e sua Natureza
193
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
De acordo com a DCE (2008, p. 59):
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes.
Faz-se necessária a abordagem referente a história da Química visando a
compreensão de teorias e, em especial, dos modelos atômicos.
Outro conteúdo específico que pode ser abordado neste conteúdo estruturante é o diagrama de Linnus Pauling. Deve ser abordado, porém, dentre outras possibilidades como um mecanismo para o entendimento da tabela periódica, para que promova um aprendizado significativo, pois o uso isolado do diagrama permite apenas uma memorização temporária. A tabela periódica pode ser considerada um grande mapa que permite explorar características importantes sobre a matéria e sua natureza. (DCE, 2008, p. 60)
O trabalho pedagógico deverá possibilitar que o aluno a construção de
conceitos científicos.
13.3.2 Biogeoquímica
É a parte da Geoquímica que “estuda a influência dos seres vivos sobre a
composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre
hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos
biogeoquímicos.” (RUSSEL, 1986, p. 02 apud DCE, 2008)
Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos. (DCE, 2008, p. 61)
Vale destacar que as abordagens referentes aos ciclos globais – do carbono,
enxofre, oxigênio e nitrogênio suas interações na hidrosfera, atmosfera e litosfera –
são imprescindíveis para explorar as funções químicas e permitir a
descaracterização da dicotomia entre Química Orgânica e Inorgânica. (DCE, 2008)
13.3.3 Química Sintética
194
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Segundo a DCE (2008, p. 63) a Química Sintética “Tem sua origem na
síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos
farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes,
edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos”.
O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros. Outros conhecimentos químicos usados no preparo de medicamentos eficazes, como o ácido acetilsalicílico (AAS, primeiro fármaco sintetizado), os antibióticos, os anti-histamínicos e os anestésicos são produtos da Química Orgânica. Na Medicina, muitos remédios têm metais em suas composições, ou seja, elementos da Química Inorgânica. Metais como ferro, cobre, bismuto, zinco, magnésio, lítio, entre outros, são considerados primordiais para a manutenção equilibrada das funções do corpo humano. (DCE, 2008, p. 64)
Desta forma a Química Sintética assume papel importante a cumprir, uma vez
que a síntese de novos materiais e o aperfeiçoamento dos que já foram sintetizados
surgem como alternativas nas atividades humanas.
13.4 Metodologia da Disciplina
Tendo como base a DCE (2008), a abordagem teórico metodológica
mobilizará para o estudo da Química presente no cotidiano dos alunos, evitando que
ela se constitua meramente em uma repetição de fórmulas, números e unidades de
medidas.
Sendo assim, quando a abordagem for com o conteúdo estruturante
Biogeoquímica é preciso dialogar com a atmosfera, hidrosfera e litosfera; na
abordagem com o conteúdo estruturante Química sintética o foco é a produção de
novos materiais e como conteúdo Matéria e sua natureza deve-se relacionar o
comportamento macroscópico e microscópio da matéria.
Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética a
sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica,
195
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
sociológica, ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos.
Mas para o conteúdo estruturante Matéria e sua natureza tais abordagens são
limitadas, pois, pela sua origem, apenas a abordagem representacional como as
fórmulas químicas, modelos podem ser exploradas amplamente, tudo isso através
das seguintes práticas pedagógicas:
Aulas expositivas ;
Pesquisa;
Atividades com textos científicos;
Seminários;
Aulas práticas em campo e em laboratório de Química;
Uso frequente de Tabela periódica;
Uso de recursos tecnológicos como: TV Multimídia; Lab. e informática;
data show, Internet.
13.5 Ensino Médio
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria e sua natureza MATÉRIA:
o Constituição da matéria
o Estados de agregação
o Natureza elétrica da matéria
o Modelos atômicos (Rutherford,
Thomson, Dalton, Bohr...)
o Estudo dos metais
o Tabela Periódica.
SOLUÇÃO:
o Substância: simples e composta
o Misturas
o Métodos de separação
o Solubilidade
196
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Concentração
o Forças intermoleculares
o Temperatura e pressão
o Densidade
o Dispersão e suspensão
o Tabela Periódica.
Biogeoquímica VELOCIDADE DAS REAÇÕES:
o Reações químicas
o Lei das reações químicas
o Representação das reações químicas
o Condições fundamentais para
ocorrência das reações químicas.
(natureza dos reagentes, contato entre
os reagentes, teoria de colisão)
o Fatores que interferem na velocidade
das reações (superfície de contato,
temperatura, catalisador, concentração
dos reagentes, inibidores)
o Lei da velocidade das reações
químicas
o Tabela Periódica.
Química Sintética EQUILÍBRIO QUÍMICO:
o Reações químicas reversíveis
o Concentração
o Relações matemáticas e o equilíbrio
químico (constante de equilíbrio)
o Deslocamento de equilíbrio (princípio
de Le Chatelier): concentração,
pressão, temperatura e efeito dos
catalisadores
o Equilíbrio químico em meio aquoso
(pH, constante de ionização, Ks )
o Tabela Periódica
197
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Matéria e sua natureza LIGAÇÃO QUÍMICA:
o Tabela periódica
o Propriedade dos materiais
o Tipos de ligações químicas em relação
as propriedades dos materiais
o Solubilidade e as ligações químicas
o Interações intermoleculares e as
propriedades das substâncias
moleculares
o Ligações de Hidrogênio
o Ligação metálica (elétrons semi-livres)
o Ligações sigma e PI
o Ligações polares e apolares
o Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS:
o Reações de Oxi-redução
o Reações exotérmicas e endotérmicas
o Diagramas das reações exotérmicas e
endotérmicas
o Variação de entalpia
o Calorias
o Equações termoquímicas
o Princípios da termodinâmica
o Lei de Hess
o Entropia e energia livre
o Calorimetria
o Tabela Periódica.
Biogeoquímica RADIOATIVIDADE:
o Modelos Atômicos (Rutherford)
o Elementos químicos (radioativos)
198
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Tabela Periódica
o Reações químicas
o Velocidades das reações
o Emissões radioativas
o Leis da radioatividade
o Cinética das reações químicas
o Fenômenos radiativos (fusão e fissão
nuclear).
Química Sintética GASES:
o Estados físicos da matéria
o Tabela periódica
o Propriedades dos gases (densidade/
difusão e efusão, pressão x
temperatura, pressão x volume e
temperatura x volume)
o Modelo de partículas para os materiais
gasosos
o Misturas gasosas
o Diferença entre gás e vapor
o Leis dos gases
FUNÇÕES QUÍMICAS:
o Funções Orgânicas
o Funções Inorgânicas
o Tabela Periódica
13.6 Avaliação
13.6.1 Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
199
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos
na área da Química;
Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
Problematize a construção dos conceitos químicos;
Tome posições frente as situação sociais e ambientais desencadeadas
pela produção do conhecimento químico.
A avaliação em seu contexto compõe-se de:
Avaliação diagnóstica através da observação e acompanhamento do
aluno;
Avaliação continua das dificuldades apresentadas.
Avaliação escrita objetiva e subjetiva (testes e provas);
Avaliação de trabalhos em grupo ou individual (pesquisas diversas,
seminários, produção de textos, relatórios e outras atividades).
Levando em conta o conhecimento nos diferentes níveis de compreensão do
aluno, trabalhar os conteúdos programáticos de forma que o aluno possa
desenvolver comportamentos necessários para uma efetiva aprendizagem dentro de
suas possibilidades. Para isso serão utilizados os seguintes instrumentos avaliativos,
conforme a abordagem de cada conteúdo, como: provas escrita e oral, pesquisas,
exercícios, debates, seminários, relatórios de aula de laboratório ou informática,
jogos didáticos e outros.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
200
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o
estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória a anotação no Livro
Registro de Classe Online – RCO.
13.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% indicando a área de estudos e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Química. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
201
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
14 SOCIOLOGIA
14.1 Justificativa
A importância da disciplina Sociologia está sustentada no pressuposto de que
pode desenvolver a perspectiva sociológica através da problematização da realidade
próxima dos educandos a partir de diferentes perspectivas, bem como, pelo
confronto com realidades culturalmente distantes e sua reinserção nos currículos em
um cenário de abertura democrática. Reforça a idéia de que a disciplina também
pode ajudar na consolidação da democracia, uma vez que contribui para a formação
de um sujeito crítico e consciente.
A Sociologia possibilita ao aluno o acesso a instrumentos que o estimulam a
agir de forma crítica e transformadora no seu cotidiano.
Do ponto de vista dos conteúdos, elaboramos a proposta com o objetivo de
oferecer ao aluno, linhas gerais do conhecimento como atividade humana, da origem
da Sociologia e de seu papel enquanto ciência no estudo da realidade social.
Colocamos ainda como elementos necessários para o currículo, a apropriação pelos
alunos das contribuições sociológicas básicas de Émile Durkheim, Max Weber e Karl
Marx. A partir destas linhas gerais, complementaremos nossa proposta curricular
com o estudo de textos sobre a realidade social importantes para sua compreensão
e elaboração de uma visão crítica. Estes textos estão distribuídos nas áreas que
compõem as Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia e Política), versando sobre
assuntos de importância fundamental para discernimento do funcionamento, dos
interesses e dos conflitos existentes na sociedade. Estão contempladas as questões
sobre a cultura e ideologia, instituições sociais e poder, trabalho, Cidadania e
Movimentos Sociais. E concomitantemente com os conteúdos propostos serão
abordados os conteúdos obrigatórios e temas contemporâneos: História e Cultura
Afro-brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas; Sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99 e
Decreto nº 4.201/02); Educação Fiscal; Enfrentamento a violência contra a criança e
o adolescente; Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07);
202
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Educação Tributária (Decreto nº 1.143/99, Portaria nº 413/02) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável. Os mesmos serão trabalhados em todas
as séries do Ensino Médio, devido à relação íntima de todos com os conteúdos
específicos da sociologia.
14.2 Objetivos
A disciplina de Sociologia tem como premissa compreender a sociedade em
todas as suas dimensões, desta forma apresentam-se os seguintes objetivos:
Compreender o papel da Sociologia relacionada às questões históricas,
políticas e sociais;
Contextualizar as raízes históricas das culturas afro e indígena, bem como
a importância das mesmas para a sociedade brasileira;
Desenvolver o senso crítico no educando para melhor compreender os
fatos sociais que ocorrem na sociedade;
Entender como as sociedades se estruturam, quais são seus
componentes essenciais, como se modificam e suas diferenças individuais
ou coletivas.
Identificar, analisar, comparar os diferentes discursos sobre a realidade e
as teorias sociais;
Oportunizar situações para que ele compare realidades distantes e
culturalmente diferentes;
Possibilitar aos alunos, através da instrumentalização teórica, a
compreensão reflexiva da sociedade na sua atuação e dinâmica;
Preparar o educando para que o mesmo aja como elemento crítico e
participativo, exercendo sua cidadania.
14.3 Conteúdos
203
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
De acordo com a DCE (2008), as grandes polarizações temáticas das
Ciências Sociais e, em especial, da Sociologia, têm liames com a cultura
hegemônica de diferentes momentos históricos.
As temáticas sociológicas se transformam conforme as relações que se
estabelecem na sociedade, além de se pautarem pelo avanço da epistemologia.
Ciência e sociedade são realidades históricas e se influenciam mutuamente.
No atual estágio da Sociologia, no Brasil, depara-se o professor de Ensino
Médio com pelo menos três ordens de problemas, que se mesclam (DCE, 2008, p.
72):
Problemas teórico-clássicos: partir do conhecimento produzido pela Sociologia dos clássicos, fonte de onde emana parte considerável da produção e, inclusive, dos limites de algumas explicações sobre aspectos da realidade social contemporânea;
Problemas metodológicos: compreender as diferenças e similitudes entre os métodos compreensivo (Weber), funcionalista (Durkheim) e dialético (Marx), dimensionando dificuldades na produção de uma teoria sociológica única e alargando a capacidade de análise para abordagens mais recentes de autores estrangeiros ou brasileiros;
Problemas pedagógicos: precisar os problemas sociológicos e sociais na perspectiva epistemológica e empírica, respectivamente, adequando o uso de teorias e vertentes explicativas à necessidade de trabalhar exemplos sempre contextualizados da realidade de hoje, sobretudo a brasileira.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia propostos nas
Diretrizes Curriculares (2008, p. 72) são:
O processo de socialização e as instituições sociais;
Cultura e indústria cultural;
Trabalho, produção e classes sociais;
Poder, política e ideologia;
Direitos, cidadania e movimentos sociais.
14.4 Ensino Médio
1° ANO
CONTEÚDO CONTEÚDOS BÁSICOS
204
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
ESTRUTURANTE
O surgimento da
Sociologia e Teorias
Sociológicas
Formação e consolidação da sociedade
capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte,
Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
O processo de
Socialização e as
Instituições Sociais
Processo de Socialização;
Instituições sociais: Familiares; Escolares;
Religiosas;
Instituições de Reinserção (prisões,
manicômios, educandários, asilos, etc).
2° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cultura e Indústria
Cultural
Desenvolvimento antropológico do conceito
de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Culturas indígenas.
Trabalho, produção e
classes sociais
Trabalho;
O conceito de trabalho e o trabalho nas
205
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
diferentes sociedades;
Desigualdades sociais: estamentos, castas,
classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades
capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo;
Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
3° ANO
CONTEÚDO
ESTRUTURANTE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Poder, política e ideologia Formação e desenvolvimento do Estado
Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas.
Direito, cidadania e
movimentos sociais
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais no Brasil;
A questão ambiental e os movimentos
ambientalistas;
A questão das ONG’s.
206
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
14.5 Metodologia da Disciplina
Na busca dos objetivos propostos acreditamos que não é possível
estabelecermos uma proposta de educação transformadora se nossa ação é de
filantropia ou de imposição do saber, aliás, os conteúdos da própria disciplina, nos
impulsionam a questionar tais atitudes. A proposta é mediar a aquisição de
conhecimentos sociológicos pelos alunos num processo contínuo de participação e
diálogo, sem perder a direção e o rumo. Atentando para que a responsabilidade com
relação ao conhecimento seja mútua e não individual, ou seja, no processo de
conhecimento o aluno e o professor têm responsabilidade para que o objetivo
proposto seja alcançado.
Partindo do que foi colocado acima e insistindo na premissa de que o sujeito
do processo ensino-aprendizagem é o próprio aluno e que o papel do professor é o
de facilitador e como tal deve se pautar por procedimentos democráticos e
interativos, o princípio da ação pedagógica é o DIÁLOGO. Sendo assim, o professor
deve estar sempre aberto, frente aos sujeitos do processo, o que sugere que as
atividades propostas poderão ser mudadas caso o conjunto julgue necessário.
Abaixo listamos as principais:
Desenvolvimento de trabalhos (em forma escrita, peças teatrais, musicais,
dinâmicas, poesias etc.) sempre em grupos com apresentação para toda a
classe, salientando necessidade de colaboração e participação entre os
membros;
Aulas expositivas dialogadas como forma de esclarecimento dos
conteúdos;
TV Multimídia;
Apresentação de vídeos;
Utilização do laboratório de informática;
Utilização de músicas, revistas e jornais como aliados.
14.6 Avaliação
207
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
A avaliação é uma prática presente em todos os contextos históricos: está
presente em atitudes cotidianas, em ações organizadas, normatizadas pelas
diferentes instituições sociais. Avaliar não é um “ritual” presente apenas na escola, e
sim, encontra-se em todos os contextos sociais. O que deve ser pensado então não
é o avaliar e sim como avaliar. Destarte, propomos que as atividades de avaliação
sejam processuais, ou seja, que a cada conteúdo trabalhado seja estabelecido quais
práticas sociais quer desenvolver nos alunos, tais como: oralidade, escrita,
capacidade de argumentação, capacidade de relacionar fenômenos-conceitos-
teorias, capacidade de pesquisar, entre outras.
No caso da Sociologia podemos diversificar as atividades de avaliação,
verificando-se:
Participação em debates propostos;
Verificação de aprendizagem de forma escrita (individual e em grupo);
Apresentação de seminário em grupo;
Entrega de trabalho escrito;
Verificação, através da observação, do desenvolvimento da oralidade,
contextualização e senso crítico do aluno.
A ideia aqui proposta é a de que este ato – avaliar - não deve se tornar um fim
em si mesmo, mas deve servir como um meio para aperfeiçoar a educação.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o
período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,
tomado na sua melhor forma.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
208
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
s resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
14.7 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Ana M.ª. de; DIAS, E. Fernandes. (orgs.). Introdução ao Pensamento sociológico: coletânea de textos de Durkheim, Weber, Marx e Parsons. 9.ª ed. São Paulo: Moraes, 1992. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012.
209
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. São Paulo: Petrópolis, RJ: Vozes, 1977. MICELI, Sérgio (org.). História das Ciências Sociais no Brasil (Volume 1). São Paulo: Vértice, Editora Revista dos Tribunais: IDESP, 1989 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Sociologia. Curitiba: SEED/DEB, 2008. SILVA, Ileizi L. F. Sociologia: Conteúdos e Metodologias de Ensino. (Proposta Preliminar Para Discussão Na Semana Pedagógica Do Núcleo De Educação De Londrina – 2003/2004). Londrina: Laboratório de Ensino de Sociologia; Depto. Ciências Sociais da UEL, 2003.
210
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
15 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA – BÁSICO
15.1 Justificativa
“Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico, não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código linguístico, é heterogênea, ideológica e opaca”
(DCEs, 2008, p. 53)
Nessa perspectiva, a língua é repleta de sentidos a ela conferidos por nossas
culturas, nossas sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção
do mundo e estabelece entendimentos possíveis.
“A língua estrangeira apresenta-se como um espaço para ampliar o contato
com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de
construção da realidade” (DCEs, 2008, p. 53).
“Em outras palavras, a língua concebida como discurso, não como estrutura
ou código a ser decifrado constrói significados e não apenas o transmitem, o sentido
da linguagem está no contexto de interação verbal e não no sistema linguístico”
(DCEs, 2008, p. 53).
Assim, a língua se apresenta como espaço de construções discursivas, de
produção de sentidos, indissociável dos contextos em que ela adquire sua
materialidade, inseparável das comunidades interpretativas que a constroem e são
construídas por ela. A língua deixa de lado sua suposta neutralidade e transparência
para adquirir uma carga ideológica intensa e passa a ser vista como um fenômeno
carregado de significados culturalmente marcados.
Deste modo, a escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar
regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam
ser modificadas.
Para tanto, propõe-se fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que
o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-
o a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. O aluno poderá compreender que os
211
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
significados são sociais e historicamente construídos e passíveis de transformação
na prática social.
O ensino de uma língua estrangeira, pelas escolas, deve fazer parte do
processo de inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e
complexa através do comprometimento mútuo (DCE, 2008, p.57).
O Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio tem
como objetivo inserir seus alunos no processo ensino-aprendizagem de uma
segunda língua estrangeira, através do CELEM, visto que o Inglês já faz parte do
currículo. Pela importância política, econômica e estratégica, optou-se pelo ensino
do Espanhol, já que todos os países que compõem o Mercosul falam essa língua,
exceto o Brasil.
O ensino de CELEM no Município de Guaíra - PR é de suma importância,
devido a sua fronteira o Paraguai. De forma que o ensino da língua auxilia na
comunicação ao mesmo tempo que, para os alunos, jovens adolescentes que
futuramente estarão à procura de emprego, o domínio e conhecimento da língua
será um requisito importante na conquista do primeiro emprego, seja no Brasil ou no
Paraguai.
15.2 Objetivos
De acordo com a DCE (2008, p. 56) “O ensino de Língua Estrangeira
Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou
instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina”.
Os objetivos em relação a aprendizagem são:
Saber utilizar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
212
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
15.3 Conteúdos
Serão trabalhados os conteúdos presentes nas DCEs de Língua Estrangeira
Moderna, bem como os desafios sócioeducacionais: História e Cultura Afro-
brasileira, africana e indígena (Lei n° 11.645/08) Música (Lei n° 11.769/08);
Prevenção ao uso indevido de drogas; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99
e Decreto nº 4.201/02); Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente;
Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Federal nº 11.525/07) e Educação para o
envelhecimento humano digno e saudável. Tais conteúdos serão abordados ao
longo de todo o curso, adequando-os aos conteúdos básicos propostos, levando-se
em conta a abordagem dos gêneros textuais.
15.3.1 Discurso como prática social
Em primeiro lugar, é preciso levar em conta o principio da continuidade, da
manutenção de uma progressão entre séries, considerando as especificidades da
língua estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto
político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil
dos alunos.
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os
conteúdos básicos que pertencem às práticas da oralidade, leitura e escrita. Por
serem conhecimentos fundamentais para o curso, não podem ser suprimidos nem
reduzidos.
213
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
15.4 Espanhol Básico – 1ª Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Esfera Social de Circulação e seus Gêneros Textuais:
o Esfera cotidiana de circulação:
Bilhete;
Carta pessoal;
Cartão felicitações;
Cartão postal;
Convite;
Letra de música;
Receita culinária.
o Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**;
Comercial para radio*;
Folder;
Paródia;
Placa;
Publicidade Comercial;
Slogan.
o Esfera produção de circulação:
Bula;
Embalagem;
Placa;
Regra de jogo;
Rótulo.
o Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados;
Cartum;
Charge;
214
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Entrevista**;
Horóscopo;
Reportagem**;
Sinopse de filme.
o Esfera artística de circulação:
Autobiografia;
Biografia.
o Esfera escolar de circulação:
Cartaz;
Diálogo**;
Exposição oral*;
Mapa;
Resumo.
o Esfera literária de circulação:
Conto;
Crônica;
Fábula;
História em quadrinhos;
Poema.
o Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail);
Mensagem de texto (SMS);
Telejornal*;
Telenovela*;
Videoclipe*.
Prática Discursiva: Oralidade
o Fatores de textualidades centradas no leitor:
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
215
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
o Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e
informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Prática Discursiva: Leitura
o Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do gênero;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
o Fatores de textualidades centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (aspas, travessão, negrito);
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Partículas conectivas básicas do texto.
Prática Discursiva: Escrita
o Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
o Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,
polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens
implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da
língua.
217
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15.5 Espanhol Básico – 2ª Série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos Básicos:
Esfera Social de circulação e seus Gêneros Textuais
o Esfera cotidiana de circulação:
Comunicado;
Curriculum Vitae;
Exposição oral*;
Ficha de inscrição;
Lista de compras;
Piada**;
Telefonema*.
o Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**;
Comercial para televisão*;
Folder;
Inscrições em muro;
Propaganda**;
Publicidade Institucional;
Slogan.
o Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem;
Instrução de uso;
Manual técnico;
Regulamento.
o Esfera jornalística de circulação:
Artigo de opinião;
Boletim do tempo**;
Carta do leitor;
218
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Entrevista**;
Notícia**;
Obituário;
Reportagem**;
o Esfera jurídica de circulação:
Boletim de ocorrência;
Contrato;
Lei;
Ofício;
Procuração;
Requerimento.
o Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo*;
Ata de reunião;
Exposição oral;
Palestra*;
Resenha;
Texto de opinião.
o Esfera literária de circulação:
Contação de história*;
Conto;
Peça de teatro*;
Romance;
Sarau de poema*.
o Esfera midiática de circulação:
Aula virtual;
Conversação chat;
Correio eletrônico (e-mail);
Mensagem de texto (SMS);
Videoclipe*.
Prática Discursiva: Oralidade
o Fatores de textualidade centradas no leitor:
219
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas.
o Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e
informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
Prática Discursiva: Leitura
o Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
220
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
o Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (aspas, travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto;
Elementos textuais: levantamento lexical de palavras
italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos
próprios;
Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre
itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
Prática Discursiva: Escrita
o Fatores de textualidade centradas no leitor:
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
o Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Partículas conectivas básicas do texto;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,
polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
221
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens
implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da
língua.
16 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA ESPANHOLA – AVANÇADO
Conteúdos Básicos: seleção de gêneros textuais em nível de
Aprimoramento: Práticas discursivas de oralidade, leitura e escrita.
Conhecimento de si e do outro, meio ambiente e natureza, cultura local e
global, temas trabalhados nos gêneros que circulam nas esferas sociais:
Cotidiana: álbum de família, bilhetes, cantigas de roda, carta pessoal,
cartão, cartão postal, causos, diário, músicas, fotos, exposição oral, receitas,
relatos de experiências vividas;
Literária/artística: biografia, autobiografia, teatro, pequenas
encenações, letras de músicas, narrativas de aventuras e humor;
Científica: artigos, conferência, debate, palestra, pesquisa, relatório,
resumo;
Escolar: cartazes, diálogo/discussão argumentativa, relatório,
exposição oral, mapas;
Imprensa: agenda cultural, artigo de opinião, classificados, entrevista
(em jornais e com pessoas mais experientes ou falantes nativas de Língua
Espanhola), notícia, reportagens, sinopses de filmes, tiras;
Publicitária: anúncio, comercial para TV, folder;
222
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
Midiática: blog, chat, e-mail, reality show, video clip.
Estes gêneros discursivos serão trabalhados através das práticas:
Leitura e escrita:
o Tema do texto;
o Interlocutor;
o Finalidade do texto;
o Informatividade;
o Intertextualidade;
o Temporalidade;
o Referência textual;
o Partículas conectivas do texto;
o Discurso Direto e Indireto;
o Elementos composicionais do gênero;
o Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
o Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
o Polissemia;
o Marcas linguísticas; análise linguística;
o Léxico.
Oralidade:
o Conteúdo temático;
o Finalidade;
o Informatividade;
o Papel do locutor e do interlocutor;
o Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...
o Adequação do discurso ao gênero;
o Turnos de fala;
o Variações linguísticas;
o Marcas linguísticas;
o Adequação da fala ao contexto;
o Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
223
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
15.6 Metodologia da Disciplina
A partir do Conteúdo Estruturante “Discurso como prática social” será
trabalhada a linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas bem como as
práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna – LEM - será o
texto, verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso. Esses textos devem
abordar uma prática reflexiva e crítica, fazendo com que o aluno perceba as
implicações sociais, históricas e ideológicas presentes nos mesmos.
Serão abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações, o grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos
coesivos, a coerência e por fim as questões gramaticais.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isto não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento das
demais práticas no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há
uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e
oralidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por
finalidade o uso efetivo da língua e não da memorização de conceitos. Serão
selecionados a partir dos erros resultantes das atividades e das dificuldades dos
alunos. Ao trabalhar com textos que enfoquem as diferentes culturas é importante
que o aluno, ao contrastar a sua cultura com a do outro, se perceba como sujeito
histórico e socialmente constituído e assim elabore a consciência da própria
identidade.
Na prática da leitura será propiciado o acesso a textos com diferentes
gêneros, levando em conta os conhecimentos prévios dos alunos para que estes
formulem questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto e que também
oportunize discussões sobre o tema, intenções e intertextualidade, bem como a
socialização das ideias dos alunos sobre o mesmo.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como
224
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
uma atividade sócio interacional, ou seja, significativa. Essa prática deve permitir a
produção de textos atendendo as circunstâncias de produção propostas, diferenciar
a linguagem formal da informal, estabelecer relações entre partes do texto,
identificar repetições ou substituições, estimular a ampliação de leituras sobre o
tema e o gênero proposto, conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e normativos.
Os textos literários serão apresentados aos alunos de modo que provoquem
reflexão e façam com que os percebam como uma prática social de um determinado
contexto sociocultural particular.
Na oralidade a ênfase se dará na apresentação aos alunos de textos
produzidos pelos meios de comunicação levando em consideração a aceitabilidade,
a informatividade e a finalidade do mesmo e a estimulação da contação de histórias
de diferentes gêneros, utilizando os recursos extralinguísticos, como: entonação,
expressões facial, corporal e gestual, pausa, etc.
O ensino de Língua Estrangeira estará articulado com as demais disciplinas
do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que conteúdos e disciplinas distintas podem muitas vezes
estar relacionados entre si.
A Língua Estrangeira será trabalhada de maneira a propiciar a inclusão social,
o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades
transformadoras. Os alunos, nesta abordagem de ensino, são encorajados a
reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural nos textos que lhes
são apresentados, envolvendo-os em atividades críticas e problematizadoras que se
concretizam por meio da língua como prática social.
15.7 Avaliação
A avaliação se constitui num instrumento facilitador na busca de orientações e
intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas
225
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os objetivos propostos
sejam alcançados.
Esse critério também reflete a abordagem mais centrada no aluno e em seu
papel ativo na construção de seu conhecimento.
A avaliação é vista como parte do processo da construção do conhecimento
individual e coletivo e de mudanças atitudinais e processuais do aluno.
A avaliação será contínua e sistemática, oferecendo uma avaliação qualitativa
construtiva, e que para isso aconteça não pode ser um fato isolado, sendo formativa
com o objetivo de ajudar o educando no seu processo de desenvolvimento através
de trabalhos, expressão oral, participação em sala, provas escritas, trabalhos
expositivos, elaboração de pareceres, relatórios, projetos e pesquisas possibilitando
a construção do desenvolvimento no processo ensino-aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados das avaliações dos
alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas
a regularidade e autenticidade de sua vida escolar.
Para o processo avaliativo será utilizada a Média Somatória, com os
seguintes instrumentos de avaliação:
1º - Avaliações (provas escrita ou oral), as quais terão no total valor 6,0 (seis
vírgula zero) pontos, sendo obrigatória aplicar no mínimo 01 (zero uma) por
bimestre. Fica a critério de cada docente distribuir os 6,0 (seis vírgula zero)
pontos em quantas avaliações julgar necessárias.
2º- Trabalho(s) Diversificado(s) (pesquisas, exercícios, apresentações etc),
o(s) qual(is) terão no total valor de 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas sendo obrigatória
a anotação no Livro Registro de Classe Online – RCO.
Ao aluno serão oportunizadas atividades de retomadas de conteúdos. No
âmbito da leitura será realizada uma leitura compreensiva do texto para a
localização de informações explícitas e implícitas no mesmo, o posicionamento
argumentativo, a percepção do ambiente no qual circula o gênero, identificação da
ideia principal do texto, análise das intenções do autor, identificação do tema,
226
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo e o reconhecimento de palavras e/ou expressões
que estabelecem a referência textual.
Para a escrita serão avaliadas a expressão de ideias com clareza, elaboração
de textos atendendo as situações de produção propostas, a continuidade temática,
diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal, o uso de recursos
textuais como coesão e coerência, uso adequado de recursos linguísticos,
pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos,
entre outros.
Em relação à oralidade, será observada a utilização do discurso de acordo
com a situação de produção, apresentação das ideias com clareza, a exposição
objetiva de argumentos, organização e respeito aos turnos de fala, participação ativa
em diálogos, relatos, discussões, utilização consciente de expressões faciais,
corporais e gestuais, entre outros encaminhamentos que visem a superação das
dificuldades que por ventura se apresentem.
15.8 Recuperação
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível
de apropriação dos conhecimentos básicos. Dar-se-á de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. Vale ressaltar que a
recuperação é de 100% do conteúdo e de forma somativa, prevalecendo sempre à
maior nota. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos
e os conteúdos da disciplina.
A recuperação será substitutiva, sendo aplicado no mínimo 02 (zero dois)
instrumento de recuperação por bimestre, prevalecendo sempre a maior nota, sendo
obrigatória sua inserção no Registro de Classe Online.
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Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal
REFERÊNCIAS
Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Projeto Político Pedagógico. Guaíra, 2017. Colégio Estadual Presidente Roosevelt – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Regimento Escolar. Guaíra, 2012.
LEFFA, V. Metodologias do Ensino de Línguas. In: Bohn, H.I; VANDRESEN, P. Tópicos em Linguística Aplicada: o Ensino de Línguas Estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem. Curitiba: SEED/DEB, 2012. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares Orientadoras da Educação básica para a Rede Pública Estadual do Paraná. Língua Estrangeira Moderna - Espanhol. Curitiba: SEED/DEB, 2008. SANTILLANA. Livro Español Esencial - obra coletiva. São Paulo: Ed. Santillana, 2008.