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SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA NOTA TÉCNICA Nº 01 ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE O PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014-2017 Introdução: O planejamento em saúde é uma função estratégica de gestão assegurada pela Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Portarias GM nº 3.085, de 01 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e GM nº 3.332, de 28 de dezembro de 2006, que aprova as orientações gerais relativas aos instrumentos de planejamento. Pressupõe que cada ente realize seu planejamento considerando as especificidades do território, as necessidades, a definição das diretrizes, objetivos, metas a serem alcançadas, bem como as programações de ações e serviços e a conformação de redes de atenção à saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade do SUS local e impactando na condição de saúde da população. Com a publicação do Decreto Presidencial 7.508/2011 o planejamento da saúde é colocado na centralidade da agenda da gestão, apontando como grandes desafios a necessidade de remodelagem e reordenamento dos instrumentos vigentes bem como a consolidação de uma cultura de planejamento em saúde. Esta Nota Técnica apresenta orientações gerais para construção do Plano Municipal de Saúde (PMS), contendo estrutura mínima, fluxos e prazos, bem como seu processo de programação, monitoramento e avaliação. Serão tratadas ainda, questões relacionadas à articulação do PMS com o Plano Plurianual (PPA), o papel dos Conselhos e das Conferências de Saúde no planejamento da saúde municipal, de forma objetiva e atualizada a partir da legislação vigente.

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SECRETARIA DE SAÚDE

SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO

GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

NOTA TÉCNICA Nº 01

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE O

PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014-2017

Introdução:

O planejamento em saúde é uma função estratégica de gestão assegurada

pela Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Portarias GM nº 3.085,

de 01 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Sistema de Planejamento do

Sistema Único de Saúde (SUS) e GM nº 3.332, de 28 de dezembro de 2006, que

aprova as orientações gerais relativas aos instrumentos de planejamento.

Pressupõe que cada ente realize seu planejamento considerando as

especificidades do território, as necessidades, a definição das diretrizes, objetivos,

metas a serem alcançadas, bem como as programações de ações e serviços e a

conformação de redes de atenção à saúde, contribuindo para a melhoria da

qualidade do SUS local e impactando na condição de saúde da população.

Com a publicação do Decreto Presidencial 7.508/2011 o planejamento da

saúde é colocado na centralidade da agenda da gestão, apontando como grandes

desafios a necessidade de remodelagem e reordenamento dos instrumentos

vigentes bem como a consolidação de uma cultura de planejamento em saúde.

Esta Nota Técnica apresenta orientações gerais para construção do Plano

Municipal de Saúde (PMS), contendo estrutura mínima, fluxos e prazos, bem como

seu processo de programação, monitoramento e avaliação. Serão tratadas ainda,

questões relacionadas à articulação do PMS com o Plano Plurianual (PPA), o papel

dos Conselhos e das Conferências de Saúde no planejamento da saúde municipal,

de forma objetiva e atualizada a partir da legislação vigente.

SECRETARIA DE SAÚDE

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

1. O que é o Plano de Saúde (PS)?

O Plano de Saúde, é o instrumento que a partir de uma análise situacional,

reflete as necessidades de saúde da população e apresenta as intenções e os

resultados a serem buscados no período de quatro anos. Configura-se como a

base para a execução, acompanhamento e avaliação da gestão do sistema de

saúde em cada esfera de governo.

Ele é resultante do processo de planejamento integrado e constitui base

para programações e previsão de proposta orçamentária, devendo orientar a

elaboração dos instrumentos de planejamento da administração pública como PPA,

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA),

compatibilizando as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de

recursos financeiros.

Instrumento dinâmico e flexível do processo de planejamento das ações e

serviços, o Plano de Saúde, deverá ser expresso em diretrizes, objetivos e metas e

conter a estimativa de recursos e de gastos, as estratégias de ação e

compromissos de governo para o setor, com a participação dos segmentos sociais

representados no Conselho Municipal de Saúde.

IMPORTANTE: No momento de construção do seu Plano de Saúde 2014-

2017, a gestão municipal da saúde deverá adotar como norte as Diretrizes Gerais

que regem a política de saúde já estabelecidas no âmbito nacional e estadual e

aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Conselho Estadual de

Saúde (CES) respectivamente.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

Diretrizes Nacionais para 2012-2015 aprovadas pelo Conselho Nacional de

Saúde:

1

•Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada

2 •Aprimoramento da rede de urgência e emergência, com expansão e adequação de unidades de pronto atendimento/UPA, de serviços de atendimento móvel de urgência/Samu, de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção

3 •Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da “Rede Cegonha”, com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade

4 •Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas

5 •Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção

6

•Implementação do subsistema de atenção à saúde indígena, articulado com o SUS, baseado no cuidado integral, com observância às práticas de saúde e às medicinas tradicionais, com controle social, e garantia do respeito às especificidades culturais

7 •Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde

8 •Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS

9 •Aprimoramento da regulação e da fiscalização da saúde suplementar, com articulação da relação público-privado, geração de maior racionalidade e qualidade no setor saúde

10

•Fortalecimento do complexo produtivo e de ciência, tecnologia e inovação em saúde como vetor estruturante da agenda nacional de desenvolvimento econômico, social e sustentável, com redução da vulnerabilidade do acesso à saúde

11 •Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do trabalho dos profissionais de saúde

12

•Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e financiamento estável

13 •Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS

14

•Promoção internacional dos interesses brasileiros no campo da saúde, bem como compartilhamento das experiências e saberes do SUS com outros países, em conformidade com as diretrizes da política externa brasileira

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

Diretrizes Estaduais para 2012-2105 aprovadas pelo Conselho Estadual de

Saúde:

No processo de planejamento integrado, cabe lembrar a importância do

Plano Municipal de Saúde para o planejamento regional. Dentro deste processo

tem sido discutido e implantado o Contrato Organizativo da Ação Pública da

Saúde (COAP), dispositivo criado pelo Decreto 7.508/2011. O COAP tem como

objetivo a organização e a integração das ações e dos serviços, em uma

determinada Região de Saúde1, com a finalidade de garantir a integralidade da

assistência aos usuários e que considera em suas prioridades as diretrizes

estaduais supracitadas. Neste sentido, é importante que o Plano Municipal de

Saúde também esteja alinhado para que componha o processo regional de

contratualização de forma integrada.

1 Espaço geográfico contínuo, constituído por agrupamento de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais,

econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a

organização, o planejamento e a execução de ações e serviços e saúde.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

A formulação do Plano de Saúde deve ser realizada de forma participativa e

ascendente e o encaminhamento deste documento para o Conselho de Saúde é de

competência exclusiva dos Gestores, sendo elaborado no primeiro ano da gestão,

com execução a partir do seu segundo ano até primeiro ano da gestão

subseqüente.

2. Qual é a estrutura mínima de um Plano de Saúde?

O processo de elaboração de um Plano de Saúde é desenvolvido em duas

etapas: uma que envolve a construção da análise situacional e outra etapa com a

definição das Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores. O seu conteúdo reflete

as necessidades de saúde da população e os componentes de promoção,

prevenção, recuperação e reabilitação em saúde.

A análise situacional consiste na identificação, formulação e priorização de

problemas e necessidades de uma determinada realidade, com o objetivo de

orientar a definição de medidas a serem tomadas para o seu enfrentamento. Neste

caso, problema pode ser entendido como uma situação ou realidade insatisfatória

superável que afeta direta ou indiretamente a condição de saúde da população.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA A identificação dos problemas e necessidades deverá ser feita com base em

três eixos: Condições de Saúde da População, Determinantes e Condicionantes de

Saúde e de Gestão (ver Nota Técnica Nº 2).

O momento seguinte diz respeito à formulação das Diretrizes, Objetivos,

Metas e Indicadores que devem ser estabelecidos para o período de quatro

anos. Tal construção deverá ser feita tomando como base os problemas e

necessidades apontados na Análise Situacional (ver Nota Técnica 2).

3. Quais são os instrumentos de programação, monitoramento e

avaliação do Plano de Saúde?

O Plano de Saúde como dito anteriormente trata-se de um conjunto de

intenções que expressa políticas e compromissos com a saúde em uma

determinada esfera de gestão. Ele é de fato operacionalizado por meio da

Programação Anual de Saúde (PAS). Nela, as intenções apresentadas no PS são

expressas a partir do estabelecimento de metas anuais, ações, recursos,

responsáveis e parcerias que se pretende realizar para o alcance do Objetivo. Com

a publicação da Lei Complementar 141/2012 a análise e emissão de parecer por

parte do Conselho de Saúde tornaram-se obrigatórias.

O Monitoramento e Avaliação do PS e de sua programação anual deverão

ser realizados com base em dois instrumentos: por meio do Relatório

Quadrimestral Detalhado e do Relatório Anual de Gestão (RAG).

O Relatório Quadrimestral Detalhado, previsto na Lei Complementar

141/2012, trata-se de um instrumento que apresenta o montante e fonte de

recursos aplicados, auditorias realizadas ou fase de execução e suas

recomendações e determinações; bem como oferta e produção de serviços

públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses

dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação, no

intuito de prestar contas e tornar públicos os resultados alcançados durante o

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA quadrimestre. Este relatório deve compor, ao final de cada ano, o Relatório Anual

de Gestão (RAG).

O RAG é o instrumento que apresenta os resultados alcançados com a

execução da Programação Anual de Saúde, apurados com base no conjunto de

metas, ações e indicadores desta, e orienta eventuais redirecionamentos que se

fizerem necessários ao Plano de Saúde e às Programações seguintes.

Constitui-se, juntamente com o Sistema de Informações sobre Orçamentos

Públicos em Saúde (SIOPS), instrumento de comprovação da aplicação dos

recursos repassados do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios utilizado pelos órgãos de Controle

Interno e Externo.

Deve ser alimentado pelo Sistema de Apoio à Construção do Relatório de

Gestão (SARGSUS) e submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde

até o final do primeiro trimestre do ano subseqüente (até 30/03), sendo que cabe

aos entes disponibilizar aos órgãos de controle interno e externo, devendo guardá-

los pelo prazo estabelecido na legislação em vigor.

Ao final do período de vigência do Plano de Saúde, é importante que seja

feita a sua avaliação, retratando os resultados alcançados, de modo a subsidiar a

elaboração do novo Plano, com as correções de rumos que se fizerem necessárias

e a inserção de novos desafios.

Os Relatórios Anuais de Gestão configuram-se insumos privilegiados para

essa avaliação, que, além de contemplar aspectos qualitativos e quantitativos,

envolve a análise do processo geral de desenvolvimento do Plano, registrando os

avanços obtidos, os obstáculos que dificultaram o trabalho, bem como as medidas

que devem ser implementadas ou reordenadas para que se garanta a

transformação da realidade sanitária no território.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA 4. Como o Plano de Saúde se articula com o Plano Plurianual (PPA)?

O Plano de Saúde bem como sua programação anual, instrumentos

específicos do setor saúde, devem estar articulados com os outros instrumentos

gerais de planejamento e orçamento da administração pública. São eles: O Plano

Plurianual (PPA) que estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração

pública para 4 anos, sendo 3 da atual gestão e o primeiro ano da gestão seguinte,

em especial aquelas relativas às despesas de capital e aos programas/atividades

de duração continuada. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que

compreende as metas e prioridades da administração pública, incluindo as

despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração

da lei orçamentária anual e dispõe sobre as alterações na legislação tributária. A

Lei Orçamentária Anual (LOA) elaborada anualmente discrimina receita e

despesa por programa de trabalho do governo, fontes e dotações por órgãos do

governo e da administração.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA Assim como o PMS e o PPA, a PAS e os outros instrumentos anuais da

administração pública devem conter minimamente as mesmas prioridades,

diretrizes, objetivos e metas. Apesar dos instrumentos básicos de planejamento em

saúde e os instrumentos da administração pública apresentarem lógicas

diferenciadas, sendo um com foco nas necessidades de saúde e outro com foco

nas necessidades orçamentárias financeiras, devem conter também uma boa

aproximação entre a estrutura física e estrutura orçamentária. Ou seja, é

necessário que haja uma integração entre os programas, ações e subações

constantes no PPA e as diretrizes, objetivos e metas constantes no PS.

Com o objetivo de articular/integrar o Plano de Saúde com o PPA e

conseqüentemente com o orçamento municipal propõe-se que o período do Plano

seja igual ao período do PPA (3 anos da gestão atual e 1 da seguinte).

Quadro 1: Alinhamento das estruturas do PS e do PPA:

PLANO DE SAÚDE - PS PLANO PLURIANUAL - PPA

DIRETRIZ PROGRAMA

EX: Consolidação e Aperfeiçoamento

da Atenção Básica

EX: Consolidação e Aperfeiçoamento

da Atenção Básica

OBJETIVO AÇÃO

EX: Promover a Atenção à Saúde da

Mulher

EX: Promover a Atenção à Saúde da

Mulher

METAS QUADRIENAIS SUBAÇÃO

EX: Realizar 4 cursos de qualificação

em prevenção de Câncer de Mama para

50 profissionais de nível superior das

ESF.

EX: Qualificar profissionais de nível

superior das ESF em prevenção de

Câncer de Mama

Produto: Cursos realizados

Meta: 4

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Quadro 2: Alinhamento das estruturas da PAS e da LOA:

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

OBJETIVO DO PS OBJETIVO

EX: Promover a Atenção à Saúde da

Mulher

Ex: Promover a Atenção à Saúde da

Mulher

AÇÃO ATIVIDADE/PROJETO

EX: Qualificar profissionais de nível

superior das ESF em prevenção de

Câncer de Mama

EX: Qualificar profissionais de nível

superior das ESF em prevenção de

Câncer de Mama

META ANUAL META

EX: Realizar 1 curso de qualificação em

prevenção de Câncer de Mama para 50

profissionais de nível superior das ESF.

EX:

Produto: Curso realizado

Meta: 1

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5. Quais os prazos de envio dos instrumentos de planejamento aos órgãos competentes?

QUADRO 2: Instrumentos de Planejamento e Orçamentários segundo periodicidade, legislação, órgão de competência e prazos.

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

PERIODICIDADE LEI QUE ESTABELECE PRAZOS ÓRGÃO DE

COMPETÊNCIA PRAZO LEGAL E OU

SUGERIDO

Plano de Saúde – PS 4 anos, sendo produzido no

primeiro ano da gestão

Lei Complementar nº 141/12

CMS

Até Julho do primeiro ano

gestão já deliberado pelo

CMS

Programação Anual de Saúde

PAS Anual

Lei Complementar nº 141/12

CMS

Até Julho do ano anterior à

sua vigência já deliberado

pelo CMS

Relatório Quadrimestral

Detalhado A cada 4 meses

Resolução CNS nº 459;

Lei Complementar nº 141/12

CMS e Câmara de

Vereadores Municipal

Maio e setembro do ano

vigente e fevereiro do ano

subseqüente.

Relatório Anual de Gestão

RAG Anual

Portaria MS nº 1.229/07;

Portaria GM/MS nº 3.176/08;

Acórdão TCU nº 1459/11;

Portaria MS nº 575/12;

Lei Complementar nº 141/12.

Câmara de Vereadores

Municipal e o CMS que

deve deliberar e anexar

resolução no SARGSUS

Até 30 de março do ano

posterior à sua vigência

Plano Plurianual – PPA 4 anos, sendo produzido no

primeiro ano da gestão Emenda Constitucional nº 31/08.

Art 124, § 1º, II

Câmara de Vereadores

Municipal

Até 05 de outubro do

primeiro ano de gestão

Lei de Diretrizes

Orçamentárias – LDO Anual

Emenda Constitucional nº 31/08.

Art 124, § 1º, I

Câmara de Vereadores

Municipal

Até 01 de agosto do ano

anterior à sua vigência

Lei Orçamentária Anual -

LOA Anual

Emenda Constitucional nº 31/08.

Art 124, § 1º, III

Câmara de Vereadores

Municipal

Até 05 de outubro de cada

ano

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6. Qual a agenda prioritária em 2013 para o Planejamento Municipal da

Saúde?

Elaborar o Plano Municipal de Saúde 2014-2017 bem como sua

Programação Anual de Saúde 2014 e aprovar no Conselho Municipal de Saúde

como previsto na Lei Complementar 141/2012 (conforme quadro 2);

Elaborar o Plano Plurianual (PPA 2014-2017), a Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO 2014) e a Lei Orçamentária Anual (LOA 2014) para o 2º ano

de Gestão em consonância com os instrumentos básicos de planejamento

(conforme quadro 2).

Realizar a Conferência Municipal de Saúde que trará as necessidades de

saúde da população local, com prazo sugerido até outubro/2013.

Realizar revisão do Plano Municipal de Saúde e de sua programação

2014, com prazo sugerido até Dezembro/2013;

Construir e apresentar à Câmara dos Vereadores em Audiência Pública e

ao Conselho Municipal de Saúde o Relatório Detalhado Quadrimestral em Maio,

Setembro e Fevereiro do ano seguinte (conforme quadro 2).

7. Quais as formas de participação dos Conselhos de Saúde na elaboração

dos Instrumentos de Planejamento do SUS?

A Secretaria Estadual de Saúde adotou como estratégia a realização de

sessões plenárias específicas do conselho para deliberação das etapas de

elaboração do Plano Estadual de Saúde 2012/2015, onde os conselheiros de

saúde discutiram as seguintes etapas: a Análise Situacional de Saúde, Arcabouço

do Plano de Saúde, Diretrizes e Objetivos estratégicos, e em última etapa, as

Metas, sendo o PES aprovado em sessão específica.

Considerando que os demais instrumentos de planejamento como a

Programação Anual de Saúde, o Relatório Quadrimestral e Relatório Anual de

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Gestão são ferramentas de execução e prestação de contas anuais dos objetivos

e metas aprovados no Plano de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde submete

ao Conselho Estadual de Saúde proposta para análise e deliberação dos referidos

instrumentos. Ressalta-se que tais instrumentos devem ter suas deliberações

expressas em Resolução do Conselho. Porém, no caso do Relatório Anual de

Gestão sua Resolução deve ser também anexada no SARGSUS.

Desta forma, o Estado registra sua experiência nesta Nota Técnica,

podendo o município adotar a melhor metodologia de trabalho junto ao respectivo

Conselho de Saúde.

8. Qual o papel das Conferências de Saúde na construção dos Planos

de Saúde?

A Constituição Federal de 1988 dentre as diretrizes do SUS, garante a

participação da população, expressa nos termos da Lei nº. 8.142/90, através da

realização de Conferências de Saúde e o funcionamento de Conselhos de Saúde

como órgãos deliberativos e fiscalizadores na execução das políticas de saúde.

A Conferência de Saúde é definida como um espaço de diagnóstico e

planejamento, uma vez que, a cada quatro anos, devem reunir representantes

dos vários segmentos sociais para avaliar a situação da saúde e propor diretrizes

para a formulação da política nos níveis correspondentes. Porém, considerando o

processo eleitoral para eleição de prefeitos nos municípios, é importante que

também aconteçam conferências municipais de saúde a cada eleição com o

objetivo de subsidiar o novo gestor na formulação da política de saúde local,

conforme Resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº 453/2012.

Dessa forma, a Conferência Municipal de Saúde configura a participação

social na definição de objetivos de médio e longo prazos para o desenvolvimento

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA da saúde pública municipal, devendo, portanto, ter suas propostas incorporadas

no Plano Municipal de Saúde.

Para tanto, faz-se necessário que após a definição dos problemas e

prioridades municipais, a equipe de trabalho se debruce sobre o relatório da

Conferência Municipal para verificar se as propostas votadas e aprovadas na

plenária final estão contempladas dentre as Diretrizes, Objetivos e Metas

quadrienais.

Este ano, como dito anteriormente, por conta dos prazos estabelecidos na LC

141/2012, o gestor municipal deverá ter como foco principal no primeiro semestre

de 2013, a construção do Plano Municipal de Saúde 2014-2017 e da

Programação Anual de Saúde 2014. Orienta-se que a realização da Conferência

Municipal de Saúde aconteça no segundo semestre de 2013, podendo tomar

como norte o plano de saúde já construído previamente. Até Dezembro de 2013,

o Plano de Saúde e sua programação deverão ser revisados, levando em

consideração também as propostas trazidas da Conferência de Saúde.

9. Quais legislações regulamentam os Instrumentos de Planejamento

do SUS?

Portaria GM/MS nº 3.085, de 01/12/06 – Regulamenta o Sistema de

Planejamento do SUS;

Portaria GM/MS nº 3.176, de 24/12/08 - Aprova orientações acerca

da elaboração, da aplicação e do fluxo do Relatório Anual de

Gestão;

Acórdão TCU nº 1459/2011, de 03/06/11 – Dispõe sobre a

obrigatoriedade na alimentação do Relatório Anual de Gestão no

sistema SARGSUS a estados e municípios e permite o acesso aos

relatórios de gestão registrados no SARG-SUS por qualquer cidadão

via internet.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

Decreto GM/MS nº 7.508 de 28/06/11 – Regulamenta a Lei 8080/90

e dispõe sobre a organização do sistema público de saúde, o

planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação

interfederativa;

Portaria GM/MS nº 575, de 29/03/12 - Institui e regulamenta o uso

do Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no

âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Portaria GM/MS nº 1239, de 14/06/12 - Dispõe sobre a ampliação

do prazo para a atualização do Sistema de Apoio ao Relatório Anual

de Gestão (SARGSUS) no ano de 2012;

Resolução CNS nº 459, de 10/10/12 - Aprova o Modelo

Padronizado de Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas

para os Estados e Municípios, conforme dispõe o parágrafo 4º do

artigo 36 da Lei Complementar nº 141/2012;

Lei Complementar nº 141 de 13/01/12 - Dispõe sobre os valores

mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito

Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde;

estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para

a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das

despesas com saúde nas três esferas de governo; e revoga

dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689,

de 27 de julho de 1993.

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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Manual Prático de

Apoio À elaboração de planos municipais de Saúde. Salvador, 2009.42 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS - Uma

Construção Coletiva – Instrumentos Básicos – Vol. 2.Brasília, DF, 2008.54 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e

Participativa. Caderno de Informações para a Gestão Interfederativa. Brasília,

DF, 2012.

BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial da

República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990.

SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Instrumento

de Planejamento da Gestão Municipal do SUS - Nota Técnica CIB. São Paulo,

SP, 2009. 40 p.

SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina.

Guia para elaboração do plano municipal de saúde. Florianópolis, SC,

2008.11p.

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LEGISLAÇÃO CONSULTADA

Portaria GM/MS nº 3.085, de 01/12/06 – Regulamenta o Sistema de

Planejamento do SUS;

Portaria GM/MS nº 3.176, de 24/12/08 - Aprova orientações acerca da

elaboração, da aplicação e do fluxo do Relatório Anual de Gestão;

Acórdão TCU nº 1459/2011, de 03/06/11 – Dispõe sobre a obrigatoriedade

na alimentação do Relatório Anual de Gestão no sistema SARGSUS a estados e

municípios e permite o acesso aos relatórios de gestão registrados no SARG-SUS

por qualquer cidadão via internet;

Decreto GM/MS nº 7.508 de 28/06/11 – Regulamenta a Lei 8080/90 e

dispõe sobre a organização do sistema público de saúde, o planejamento da

saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;

Portaria GM/MS nº 575, de 29/03/12 - Institui e regulamenta o uso do

Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no âmbito do

Sistema Único de Saúde (SUS);

Portaria GM/MS nº 1239, de 14/06/12 - Dispõe sobre a ampliação do

prazo para a atualização do Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão

(SARGSUS) no ano de 2012;

Resolução CNS nº 459, de 10/10/12 - Aprova o Modelo Padronizado de

Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas para os Estados e Municípios,

conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 36 da Lei Complementar nº 141/2012;

Lei Complementar nº 141 de 13/01/12 - Dispõe sobre os valores mínimos

a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios

em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos

recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e

controle das despesas com saúde nas três esferas de governo; e revoga

dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de

julho de 1993.