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SECRETARIA DE SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO
GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA
NOTA TÉCNICA Nº 01
ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE O
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE 2014-2017
Introdução:
O planejamento em saúde é uma função estratégica de gestão assegurada
pela Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelas Portarias GM nº 3.085,
de 01 de dezembro de 2006, que dispõe sobre o Sistema de Planejamento do
Sistema Único de Saúde (SUS) e GM nº 3.332, de 28 de dezembro de 2006, que
aprova as orientações gerais relativas aos instrumentos de planejamento.
Pressupõe que cada ente realize seu planejamento considerando as
especificidades do território, as necessidades, a definição das diretrizes, objetivos,
metas a serem alcançadas, bem como as programações de ações e serviços e a
conformação de redes de atenção à saúde, contribuindo para a melhoria da
qualidade do SUS local e impactando na condição de saúde da população.
Com a publicação do Decreto Presidencial 7.508/2011 o planejamento da
saúde é colocado na centralidade da agenda da gestão, apontando como grandes
desafios a necessidade de remodelagem e reordenamento dos instrumentos
vigentes bem como a consolidação de uma cultura de planejamento em saúde.
Esta Nota Técnica apresenta orientações gerais para construção do Plano
Municipal de Saúde (PMS), contendo estrutura mínima, fluxos e prazos, bem como
seu processo de programação, monitoramento e avaliação. Serão tratadas ainda,
questões relacionadas à articulação do PMS com o Plano Plurianual (PPA), o papel
dos Conselhos e das Conferências de Saúde no planejamento da saúde municipal,
de forma objetiva e atualizada a partir da legislação vigente.
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1. O que é o Plano de Saúde (PS)?
O Plano de Saúde, é o instrumento que a partir de uma análise situacional,
reflete as necessidades de saúde da população e apresenta as intenções e os
resultados a serem buscados no período de quatro anos. Configura-se como a
base para a execução, acompanhamento e avaliação da gestão do sistema de
saúde em cada esfera de governo.
Ele é resultante do processo de planejamento integrado e constitui base
para programações e previsão de proposta orçamentária, devendo orientar a
elaboração dos instrumentos de planejamento da administração pública como PPA,
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA),
compatibilizando as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de
recursos financeiros.
Instrumento dinâmico e flexível do processo de planejamento das ações e
serviços, o Plano de Saúde, deverá ser expresso em diretrizes, objetivos e metas e
conter a estimativa de recursos e de gastos, as estratégias de ação e
compromissos de governo para o setor, com a participação dos segmentos sociais
representados no Conselho Municipal de Saúde.
IMPORTANTE: No momento de construção do seu Plano de Saúde 2014-
2017, a gestão municipal da saúde deverá adotar como norte as Diretrizes Gerais
que regem a política de saúde já estabelecidas no âmbito nacional e estadual e
aprovadas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e pelo Conselho Estadual de
Saúde (CES) respectivamente.
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Diretrizes Nacionais para 2012-2015 aprovadas pelo Conselho Nacional de
Saúde:
1
•Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada
2 •Aprimoramento da rede de urgência e emergência, com expansão e adequação de unidades de pronto atendimento/UPA, de serviços de atendimento móvel de urgência/Samu, de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção
3 •Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da “Rede Cegonha”, com ênfase nas áreas e populações de maior vulnerabilidade
4 •Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas
5 •Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento das ações de promoção e prevenção
6
•Implementação do subsistema de atenção à saúde indígena, articulado com o SUS, baseado no cuidado integral, com observância às práticas de saúde e às medicinas tradicionais, com controle social, e garantia do respeito às especificidades culturais
7 •Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde
8 •Garantia da assistência farmacêutica no âmbito do SUS
9 •Aprimoramento da regulação e da fiscalização da saúde suplementar, com articulação da relação público-privado, geração de maior racionalidade e qualidade no setor saúde
10
•Fortalecimento do complexo produtivo e de ciência, tecnologia e inovação em saúde como vetor estruturante da agenda nacional de desenvolvimento econômico, social e sustentável, com redução da vulnerabilidade do acesso à saúde
11 •Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações do trabalho dos profissionais de saúde
12
•Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com foco em resultados, participação social e financiamento estável
13 •Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS
14
•Promoção internacional dos interesses brasileiros no campo da saúde, bem como compartilhamento das experiências e saberes do SUS com outros países, em conformidade com as diretrizes da política externa brasileira
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Diretrizes Estaduais para 2012-2105 aprovadas pelo Conselho Estadual de
Saúde:
No processo de planejamento integrado, cabe lembrar a importância do
Plano Municipal de Saúde para o planejamento regional. Dentro deste processo
tem sido discutido e implantado o Contrato Organizativo da Ação Pública da
Saúde (COAP), dispositivo criado pelo Decreto 7.508/2011. O COAP tem como
objetivo a organização e a integração das ações e dos serviços, em uma
determinada Região de Saúde1, com a finalidade de garantir a integralidade da
assistência aos usuários e que considera em suas prioridades as diretrizes
estaduais supracitadas. Neste sentido, é importante que o Plano Municipal de
Saúde também esteja alinhado para que componha o processo regional de
contratualização de forma integrada.
1 Espaço geográfico contínuo, constituído por agrupamento de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais,
econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a
organização, o planejamento e a execução de ações e serviços e saúde.
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A formulação do Plano de Saúde deve ser realizada de forma participativa e
ascendente e o encaminhamento deste documento para o Conselho de Saúde é de
competência exclusiva dos Gestores, sendo elaborado no primeiro ano da gestão,
com execução a partir do seu segundo ano até primeiro ano da gestão
subseqüente.
2. Qual é a estrutura mínima de um Plano de Saúde?
O processo de elaboração de um Plano de Saúde é desenvolvido em duas
etapas: uma que envolve a construção da análise situacional e outra etapa com a
definição das Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores. O seu conteúdo reflete
as necessidades de saúde da população e os componentes de promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação em saúde.
A análise situacional consiste na identificação, formulação e priorização de
problemas e necessidades de uma determinada realidade, com o objetivo de
orientar a definição de medidas a serem tomadas para o seu enfrentamento. Neste
caso, problema pode ser entendido como uma situação ou realidade insatisfatória
superável que afeta direta ou indiretamente a condição de saúde da população.
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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA A identificação dos problemas e necessidades deverá ser feita com base em
três eixos: Condições de Saúde da População, Determinantes e Condicionantes de
Saúde e de Gestão (ver Nota Técnica Nº 2).
O momento seguinte diz respeito à formulação das Diretrizes, Objetivos,
Metas e Indicadores que devem ser estabelecidos para o período de quatro
anos. Tal construção deverá ser feita tomando como base os problemas e
necessidades apontados na Análise Situacional (ver Nota Técnica 2).
3. Quais são os instrumentos de programação, monitoramento e
avaliação do Plano de Saúde?
O Plano de Saúde como dito anteriormente trata-se de um conjunto de
intenções que expressa políticas e compromissos com a saúde em uma
determinada esfera de gestão. Ele é de fato operacionalizado por meio da
Programação Anual de Saúde (PAS). Nela, as intenções apresentadas no PS são
expressas a partir do estabelecimento de metas anuais, ações, recursos,
responsáveis e parcerias que se pretende realizar para o alcance do Objetivo. Com
a publicação da Lei Complementar 141/2012 a análise e emissão de parecer por
parte do Conselho de Saúde tornaram-se obrigatórias.
O Monitoramento e Avaliação do PS e de sua programação anual deverão
ser realizados com base em dois instrumentos: por meio do Relatório
Quadrimestral Detalhado e do Relatório Anual de Gestão (RAG).
O Relatório Quadrimestral Detalhado, previsto na Lei Complementar
141/2012, trata-se de um instrumento que apresenta o montante e fonte de
recursos aplicados, auditorias realizadas ou fase de execução e suas
recomendações e determinações; bem como oferta e produção de serviços
públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada, cotejando esses
dados com os indicadores de saúde da população em seu âmbito de atuação, no
intuito de prestar contas e tornar públicos os resultados alcançados durante o
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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA quadrimestre. Este relatório deve compor, ao final de cada ano, o Relatório Anual
de Gestão (RAG).
O RAG é o instrumento que apresenta os resultados alcançados com a
execução da Programação Anual de Saúde, apurados com base no conjunto de
metas, ações e indicadores desta, e orienta eventuais redirecionamentos que se
fizerem necessários ao Plano de Saúde e às Programações seguintes.
Constitui-se, juntamente com o Sistema de Informações sobre Orçamentos
Públicos em Saúde (SIOPS), instrumento de comprovação da aplicação dos
recursos repassados do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos de Saúde dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios utilizado pelos órgãos de Controle
Interno e Externo.
Deve ser alimentado pelo Sistema de Apoio à Construção do Relatório de
Gestão (SARGSUS) e submetido à apreciação e aprovação do Conselho de Saúde
até o final do primeiro trimestre do ano subseqüente (até 30/03), sendo que cabe
aos entes disponibilizar aos órgãos de controle interno e externo, devendo guardá-
los pelo prazo estabelecido na legislação em vigor.
Ao final do período de vigência do Plano de Saúde, é importante que seja
feita a sua avaliação, retratando os resultados alcançados, de modo a subsidiar a
elaboração do novo Plano, com as correções de rumos que se fizerem necessárias
e a inserção de novos desafios.
Os Relatórios Anuais de Gestão configuram-se insumos privilegiados para
essa avaliação, que, além de contemplar aspectos qualitativos e quantitativos,
envolve a análise do processo geral de desenvolvimento do Plano, registrando os
avanços obtidos, os obstáculos que dificultaram o trabalho, bem como as medidas
que devem ser implementadas ou reordenadas para que se garanta a
transformação da realidade sanitária no território.
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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA 4. Como o Plano de Saúde se articula com o Plano Plurianual (PPA)?
O Plano de Saúde bem como sua programação anual, instrumentos
específicos do setor saúde, devem estar articulados com os outros instrumentos
gerais de planejamento e orçamento da administração pública. São eles: O Plano
Plurianual (PPA) que estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública para 4 anos, sendo 3 da atual gestão e o primeiro ano da gestão seguinte,
em especial aquelas relativas às despesas de capital e aos programas/atividades
de duração continuada. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que
compreende as metas e prioridades da administração pública, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração
da lei orçamentária anual e dispõe sobre as alterações na legislação tributária. A
Lei Orçamentária Anual (LOA) elaborada anualmente discrimina receita e
despesa por programa de trabalho do governo, fontes e dotações por órgãos do
governo e da administração.
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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA Assim como o PMS e o PPA, a PAS e os outros instrumentos anuais da
administração pública devem conter minimamente as mesmas prioridades,
diretrizes, objetivos e metas. Apesar dos instrumentos básicos de planejamento em
saúde e os instrumentos da administração pública apresentarem lógicas
diferenciadas, sendo um com foco nas necessidades de saúde e outro com foco
nas necessidades orçamentárias financeiras, devem conter também uma boa
aproximação entre a estrutura física e estrutura orçamentária. Ou seja, é
necessário que haja uma integração entre os programas, ações e subações
constantes no PPA e as diretrizes, objetivos e metas constantes no PS.
Com o objetivo de articular/integrar o Plano de Saúde com o PPA e
conseqüentemente com o orçamento municipal propõe-se que o período do Plano
seja igual ao período do PPA (3 anos da gestão atual e 1 da seguinte).
Quadro 1: Alinhamento das estruturas do PS e do PPA:
PLANO DE SAÚDE - PS PLANO PLURIANUAL - PPA
DIRETRIZ PROGRAMA
EX: Consolidação e Aperfeiçoamento
da Atenção Básica
EX: Consolidação e Aperfeiçoamento
da Atenção Básica
OBJETIVO AÇÃO
EX: Promover a Atenção à Saúde da
Mulher
EX: Promover a Atenção à Saúde da
Mulher
METAS QUADRIENAIS SUBAÇÃO
EX: Realizar 4 cursos de qualificação
em prevenção de Câncer de Mama para
50 profissionais de nível superior das
ESF.
EX: Qualificar profissionais de nível
superior das ESF em prevenção de
Câncer de Mama
Produto: Cursos realizados
Meta: 4
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Quadro 2: Alinhamento das estruturas da PAS e da LOA:
PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
OBJETIVO DO PS OBJETIVO
EX: Promover a Atenção à Saúde da
Mulher
Ex: Promover a Atenção à Saúde da
Mulher
AÇÃO ATIVIDADE/PROJETO
EX: Qualificar profissionais de nível
superior das ESF em prevenção de
Câncer de Mama
EX: Qualificar profissionais de nível
superior das ESF em prevenção de
Câncer de Mama
META ANUAL META
EX: Realizar 1 curso de qualificação em
prevenção de Câncer de Mama para 50
profissionais de nível superior das ESF.
EX:
Produto: Curso realizado
Meta: 1
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5. Quais os prazos de envio dos instrumentos de planejamento aos órgãos competentes?
QUADRO 2: Instrumentos de Planejamento e Orçamentários segundo periodicidade, legislação, órgão de competência e prazos.
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
PERIODICIDADE LEI QUE ESTABELECE PRAZOS ÓRGÃO DE
COMPETÊNCIA PRAZO LEGAL E OU
SUGERIDO
Plano de Saúde – PS 4 anos, sendo produzido no
primeiro ano da gestão
Lei Complementar nº 141/12
CMS
Até Julho do primeiro ano
gestão já deliberado pelo
CMS
Programação Anual de Saúde
PAS Anual
Lei Complementar nº 141/12
CMS
Até Julho do ano anterior à
sua vigência já deliberado
pelo CMS
Relatório Quadrimestral
Detalhado A cada 4 meses
Resolução CNS nº 459;
Lei Complementar nº 141/12
CMS e Câmara de
Vereadores Municipal
Maio e setembro do ano
vigente e fevereiro do ano
subseqüente.
Relatório Anual de Gestão
RAG Anual
Portaria MS nº 1.229/07;
Portaria GM/MS nº 3.176/08;
Acórdão TCU nº 1459/11;
Portaria MS nº 575/12;
Lei Complementar nº 141/12.
Câmara de Vereadores
Municipal e o CMS que
deve deliberar e anexar
resolução no SARGSUS
Até 30 de março do ano
posterior à sua vigência
Plano Plurianual – PPA 4 anos, sendo produzido no
primeiro ano da gestão Emenda Constitucional nº 31/08.
Art 124, § 1º, II
Câmara de Vereadores
Municipal
Até 05 de outubro do
primeiro ano de gestão
Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO Anual
Emenda Constitucional nº 31/08.
Art 124, § 1º, I
Câmara de Vereadores
Municipal
Até 01 de agosto do ano
anterior à sua vigência
Lei Orçamentária Anual -
LOA Anual
Emenda Constitucional nº 31/08.
Art 124, § 1º, III
Câmara de Vereadores
Municipal
Até 05 de outubro de cada
ano
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6. Qual a agenda prioritária em 2013 para o Planejamento Municipal da
Saúde?
Elaborar o Plano Municipal de Saúde 2014-2017 bem como sua
Programação Anual de Saúde 2014 e aprovar no Conselho Municipal de Saúde
como previsto na Lei Complementar 141/2012 (conforme quadro 2);
Elaborar o Plano Plurianual (PPA 2014-2017), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO 2014) e a Lei Orçamentária Anual (LOA 2014) para o 2º ano
de Gestão em consonância com os instrumentos básicos de planejamento
(conforme quadro 2).
Realizar a Conferência Municipal de Saúde que trará as necessidades de
saúde da população local, com prazo sugerido até outubro/2013.
Realizar revisão do Plano Municipal de Saúde e de sua programação
2014, com prazo sugerido até Dezembro/2013;
Construir e apresentar à Câmara dos Vereadores em Audiência Pública e
ao Conselho Municipal de Saúde o Relatório Detalhado Quadrimestral em Maio,
Setembro e Fevereiro do ano seguinte (conforme quadro 2).
7. Quais as formas de participação dos Conselhos de Saúde na elaboração
dos Instrumentos de Planejamento do SUS?
A Secretaria Estadual de Saúde adotou como estratégia a realização de
sessões plenárias específicas do conselho para deliberação das etapas de
elaboração do Plano Estadual de Saúde 2012/2015, onde os conselheiros de
saúde discutiram as seguintes etapas: a Análise Situacional de Saúde, Arcabouço
do Plano de Saúde, Diretrizes e Objetivos estratégicos, e em última etapa, as
Metas, sendo o PES aprovado em sessão específica.
Considerando que os demais instrumentos de planejamento como a
Programação Anual de Saúde, o Relatório Quadrimestral e Relatório Anual de
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Gestão são ferramentas de execução e prestação de contas anuais dos objetivos
e metas aprovados no Plano de Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde submete
ao Conselho Estadual de Saúde proposta para análise e deliberação dos referidos
instrumentos. Ressalta-se que tais instrumentos devem ter suas deliberações
expressas em Resolução do Conselho. Porém, no caso do Relatório Anual de
Gestão sua Resolução deve ser também anexada no SARGSUS.
Desta forma, o Estado registra sua experiência nesta Nota Técnica,
podendo o município adotar a melhor metodologia de trabalho junto ao respectivo
Conselho de Saúde.
8. Qual o papel das Conferências de Saúde na construção dos Planos
de Saúde?
A Constituição Federal de 1988 dentre as diretrizes do SUS, garante a
participação da população, expressa nos termos da Lei nº. 8.142/90, através da
realização de Conferências de Saúde e o funcionamento de Conselhos de Saúde
como órgãos deliberativos e fiscalizadores na execução das políticas de saúde.
A Conferência de Saúde é definida como um espaço de diagnóstico e
planejamento, uma vez que, a cada quatro anos, devem reunir representantes
dos vários segmentos sociais para avaliar a situação da saúde e propor diretrizes
para a formulação da política nos níveis correspondentes. Porém, considerando o
processo eleitoral para eleição de prefeitos nos municípios, é importante que
também aconteçam conferências municipais de saúde a cada eleição com o
objetivo de subsidiar o novo gestor na formulação da política de saúde local,
conforme Resolução do Conselho Nacional de Saúde Nº 453/2012.
Dessa forma, a Conferência Municipal de Saúde configura a participação
social na definição de objetivos de médio e longo prazos para o desenvolvimento
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GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA da saúde pública municipal, devendo, portanto, ter suas propostas incorporadas
no Plano Municipal de Saúde.
Para tanto, faz-se necessário que após a definição dos problemas e
prioridades municipais, a equipe de trabalho se debruce sobre o relatório da
Conferência Municipal para verificar se as propostas votadas e aprovadas na
plenária final estão contempladas dentre as Diretrizes, Objetivos e Metas
quadrienais.
Este ano, como dito anteriormente, por conta dos prazos estabelecidos na LC
141/2012, o gestor municipal deverá ter como foco principal no primeiro semestre
de 2013, a construção do Plano Municipal de Saúde 2014-2017 e da
Programação Anual de Saúde 2014. Orienta-se que a realização da Conferência
Municipal de Saúde aconteça no segundo semestre de 2013, podendo tomar
como norte o plano de saúde já construído previamente. Até Dezembro de 2013,
o Plano de Saúde e sua programação deverão ser revisados, levando em
consideração também as propostas trazidas da Conferência de Saúde.
9. Quais legislações regulamentam os Instrumentos de Planejamento
do SUS?
Portaria GM/MS nº 3.085, de 01/12/06 – Regulamenta o Sistema de
Planejamento do SUS;
Portaria GM/MS nº 3.176, de 24/12/08 - Aprova orientações acerca
da elaboração, da aplicação e do fluxo do Relatório Anual de
Gestão;
Acórdão TCU nº 1459/2011, de 03/06/11 – Dispõe sobre a
obrigatoriedade na alimentação do Relatório Anual de Gestão no
sistema SARGSUS a estados e municípios e permite o acesso aos
relatórios de gestão registrados no SARG-SUS por qualquer cidadão
via internet.
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Decreto GM/MS nº 7.508 de 28/06/11 – Regulamenta a Lei 8080/90
e dispõe sobre a organização do sistema público de saúde, o
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação
interfederativa;
Portaria GM/MS nº 575, de 29/03/12 - Institui e regulamenta o uso
do Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Portaria GM/MS nº 1239, de 14/06/12 - Dispõe sobre a ampliação
do prazo para a atualização do Sistema de Apoio ao Relatório Anual
de Gestão (SARGSUS) no ano de 2012;
Resolução CNS nº 459, de 10/10/12 - Aprova o Modelo
Padronizado de Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas
para os Estados e Municípios, conforme dispõe o parágrafo 4º do
artigo 36 da Lei Complementar nº 141/2012;
Lei Complementar nº 141 de 13/01/12 - Dispõe sobre os valores
mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde;
estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para
a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das
despesas com saúde nas três esferas de governo; e revoga
dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689,
de 27 de julho de 1993.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Manual Prático de
Apoio À elaboração de planos municipais de Saúde. Salvador, 2009.42 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS - Uma
Construção Coletiva – Instrumentos Básicos – Vol. 2.Brasília, DF, 2008.54 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e
Participativa. Caderno de Informações para a Gestão Interfederativa. Brasília,
DF, 2012.
BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo. Instrumento
de Planejamento da Gestão Municipal do SUS - Nota Técnica CIB. São Paulo,
SP, 2009. 40 p.
SANTA CATARINA. Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina.
Guia para elaboração do plano municipal de saúde. Florianópolis, SC,
2008.11p.
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LEGISLAÇÃO CONSULTADA
Portaria GM/MS nº 3.085, de 01/12/06 – Regulamenta o Sistema de
Planejamento do SUS;
Portaria GM/MS nº 3.176, de 24/12/08 - Aprova orientações acerca da
elaboração, da aplicação e do fluxo do Relatório Anual de Gestão;
Acórdão TCU nº 1459/2011, de 03/06/11 – Dispõe sobre a obrigatoriedade
na alimentação do Relatório Anual de Gestão no sistema SARGSUS a estados e
municípios e permite o acesso aos relatórios de gestão registrados no SARG-SUS
por qualquer cidadão via internet;
Decreto GM/MS nº 7.508 de 28/06/11 – Regulamenta a Lei 8080/90 e
dispõe sobre a organização do sistema público de saúde, o planejamento da
saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa;
Portaria GM/MS nº 575, de 29/03/12 - Institui e regulamenta o uso do
Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão (SARGSUS), no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS);
Portaria GM/MS nº 1239, de 14/06/12 - Dispõe sobre a ampliação do
prazo para a atualização do Sistema de Apoio ao Relatório Anual de Gestão
(SARGSUS) no ano de 2012;
Resolução CNS nº 459, de 10/10/12 - Aprova o Modelo Padronizado de
Relatório Quadrimestral de Prestação de Contas para os Estados e Municípios,
conforme dispõe o parágrafo 4º do artigo 36 da Lei Complementar nº 141/2012;
Lei Complementar nº 141 de 13/01/12 - Dispõe sobre os valores mínimos
a serem aplicados anualmente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios
em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de rateio dos
recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e
controle das despesas com saúde nas três esferas de governo; e revoga
dispositivos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de
julho de 1993.