secretaria de estado de justiÇa e seguranÇa ...ocorrências policiais contra ele, devendo as...

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SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 0................../CSPJC/2008 O Conselho Superior de Polícia Judiciária Civil, considerando a competência de elaborar atos normativos pertinentes ao serviço policial civil do Estado, na forma dos Incisos III e IX do Art. 13 da Lei Complementar n° 155, de 14/01/04, CONSIDERANDO a publicação da Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação doméstica e familiar; CONSIDERANDO o ofício nº 1/2007-GVD, de 07 de novembro/07, do Grupo de Trabalho do Poder Judiciário e SEJUSP, solicitando priorizar ações visando maior celeridade e eficácia ao atendimento policial aos casos de violência doméstica e familiar; CONSIDERANDO a portaria n. 37/2007/DGPJC/INT, de 29 de novembro de 2007, que instituiu Comissão com o objetivo de analisar e instituir Instrução Normativa para padronizar o atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, nos moldes a Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006; RESOLVE, à unanimidade de seus membros, baixar a presente Instrução: Art. 1º - A autoridade policial adotará, de imediato, na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, após o registro da ocorrência, as seguintes providências: I – garantia de proteção policial, quando solicitada pela vítima, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, nos termos do Formulário Padrão definido nos Anexo I e II desta instrução, devendo as unidades policiais fora da circunscrição da Capital adequar os referidos formulários, buscando junto às autoridades municipais, a designação dos locais para onde será encaminhada a mulher vítima de violência, bem como seus dependentes; II - encaminhamento da ofendida a hospitais ou posto de saúde, independente de registro da ocorrência, e após o registro ao Instituto Médico Legal, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo III desta instrução, devendo as unidades policiais do Interior adequar o referido formulário a sua realidade; III – fornecimento de transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV – acompanhamento, se solicitado pela ofendida, para assegurar a retirada de seus pertences pessoais e documentos do local da ocorrência ou do domicílio familiar, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo IV desta instrução; V - informação à ofendida dos direitos a ela conferidos na Lei nº 11.340/06 e os seus serviços disponíveis, ouvindo-a em separado, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo V desta instrução.

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  • SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL

    CONSELHO SUPERIOR DE POLÍCIA

    INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 0................../CSPJC/2008

    O Conselho Superior de Polícia Judiciária Civil, considerando a competência de elaborar atos normativos pertinentes ao serviço policial civil do Estado, na forma dos Incisos III e IX do Art. 13 da Lei Complementar n° 155, de 14/01/04,

    CONSIDERANDO a publicação da Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006,

    que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação doméstica e familiar;

    CONSIDERANDO o ofício nº 1/2007-GVD, de 07 de novembro/07, do Grupo de Trabalho do Poder Judiciário e SEJUSP, solicitando priorizar ações visando maior celeridade e eficácia ao atendimento policial aos casos de violência doméstica e familiar;

    CONSIDERANDO a portaria n. 37/2007/DGPJC/INT, de 29 de novembro de 2007, que instituiu Comissão com o objetivo de analisar e instituir Instrução Normativa para padronizar o atendimento à mulher vítima de violência doméstica e familiar, nos moldes a Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006;

    RESOLVE, à unanimidade de seus membros, baixar a presente Instrução: Art. 1º - A autoridade policial adotará, de imediato, na hipótese da iminência

    ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, após o registro da ocorrência, as seguintes providências:

    I – garantia de proteção policial, quando solicitada pela vítima, comunicando

    de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, nos termos do Formulário Padrão definido nos Anexo I e II desta instrução, devendo as unidades policiais fora da circunscrição da Capital adequar os referidos formulários, buscando junto às autoridades municipais, a designação dos locais para onde será encaminhada a mulher vítima de violência, bem como seus dependentes;

    II - encaminhamento da ofendida a hospitais ou posto de saúde, independente

    de registro da ocorrência, e após o registro ao Instituto Médico Legal, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo III desta instrução, devendo as unidades policiais do Interior adequar o referido formulário a sua realidade;

    III – fornecimento de transporte para a ofendida e seus dependentes para

    abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV – acompanhamento, se solicitado pela ofendida, para assegurar a retirada de

    seus pertences pessoais e documentos do local da ocorrência ou do domicílio familiar, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo IV desta instrução;

    V - informação à ofendida dos direitos a ela conferidos na Lei nº 11.340/06 e

    os seus serviços disponíveis, ouvindo-a em separado, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo V desta instrução.

  • Art. 2º - A autoridade policial deverá adotar, ainda de imediato, em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

    I - ouvir a ofendida em separado e reduzir a termo suas declarações, após,

    lavrar o boletim de ocorrência, tomar sua representação, se apresentada, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo VI desta instrução;

    II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas

    circunstâncias, fazendo sua exibição e apreensão ao inquérito policial; III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao

    juiz com o pedido da ofendida, com cópia do boletim de ocorrência registrado, e demais provas relacionadas no inciso anterior, para a concessão de medidas protetivas de urgência, nos termos do Formulário Padrão definido nos Anexos VII e VIII desta instrução;

    IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e

    requisitar outros exames periciais necessários, nos termos do Formulário Padrão definido no Anexo III, devendo as unidades policiais do Interior adequar o referido formulário a sua realidade, sem prejuízo ao parágrafo 3º, do artigo 12 da referida lei;

    V – a vítima apresentando ou não representação, a autoridade policial ouvirá

    de imediato, o agressor e as testemunhas em termo próprio; VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de

    antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele, devendo as unidades policiais do Interior adequar o procedimento a sua realidade;

    VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao

    Ministério Público. § 1o O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial, de

    acordo com o Formulário Padrão definido no Anexo VIII desta instrução, e encaminhado a autoridade judicial conforme o Formulário Padrão definido no Anexo VII, onde contêm:

    I - qualificação da ofendida e do agressor; II - nome e idade dos dependentes; III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela

    ofendida. § 2o A autoridade policial deverá anexar no pedido de medidas protetivas,

    boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. I – Em caso de auto de prisão em flagrante delito o pedido de medidas

    protetivas, ante seu caráter cível, será encaminhado em autos apartados conforme Anexo VII e VIII.

    § 3o Em conformidade com a Lei nº 11.340/06, poderão servir como base e meios de prova, para as medidas protetivas e instrução do inquérito policial, os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

  • Art. 3º - Deverá a autoridade policial encaminhar a Gerência de Estatística e Informações da Coordenadoria de Execução Estratégica, respeitando a via hierárquica, os dados de ocorrências referentes a violência doméstica e familiar contra a mulher, para providências do art. 38 da Lei nº 11.340/2006.

    Art. 4º - Deverá a autoridade policial, nos casos em que a vítima não

    apresentar representação, ou em termo de declarações manifestar expressamente seu não interesse na instauração de procedimentos, tomar todas as medidas indicadas no art. 2º, I a V desta instrução, e encaminhar ao fórum no prazo decadencial, em autos nominados Procedimento de Controle Estatístico –PCE, conforme o Formulário Padrão definido no Anexo IX.

    Art. 5º - Visando a orientação e padronização de atendimento, em relação a

    vítimas e violência doméstica e familiar, sua interpretação e feitura de procedimentos, em casos de dúvidas, deverá ser seguido as orientações do Anexo X – padronização ao atendimento nos casos de violência doméstica.

    Art. 6º - Caso a unidade policial receba mulher vítima de violência

    encaminhada por órgão de apoio integral deverão ser tomadas às providências de pronto-atendimento previstas nesta instrução.

    Art. 7º - Após a mulher vítima de violência ser ouvida e, tomadas as

    providências policiais descritas nesta instrução, caso haja necessidade, deverá ser encaminhada a órgão de apoio integral.

    Art. 8º - A unidade policial deverá atender a mulher vítima de violência, tão

    logo terem sido prestados os cuidados médicos necessários, que serão de responsabilidade do órgão que a recebeu.

    Art. 9º - Os casos omissos serão avaliados e interpretados pelo Conselho

    Superior de Policia. Art. 10 - A presente instrução normativa entrará em vigor imediatamente após

    sua publicação no Diário Oficial, revogadas as disposições em contrário. Conselho Superior de Polícia em Cuiabá, de de 200.

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- IIIIIIII

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    Ofício nº /2008//MT de Janeiro de 2008

    Ao(À)

    Ilmo(a). Sr(a). Dr(a).

    MD. Diretor(a) da Casa de Amparo

    /MT

    MD. Diretora(a),

    Em atendimento ao art. 11, inciso I da Lei nº 11.340/06, visando a garantia da

    integridade física e moral da vítima, encaminhamos a Vossa Senhoria a vítima , e seus dependentes , para que permaneça(m)

    nesta casa, ante o noticiado no BO nº , natureza ,

    salientando que o encaminhamento será comunicado imediatamente ao Poder Judiciário e ao

    Ministério Público.

    Atenciosamente,

    Dr.(a)

    Delegada(o) de Polícia Judiciária Civil

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- IIIIIIIIIIIIIIII

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    Ofício nº /2008//MT de Janeiro de 2008

    Ao(À)

    Exmo(a). Sr(a). Dr(a).

    MM. Juiz(a) de Direito da Vara da Comarca

    /MT

    MM. Juiz(a),

    Em atendimento ao art. 11, inciso I da Lei nº 11.340/06, visando a garantia da

    integridade física e moral da vítima, informamos que encaminhamos à Casa de Amparo a

    vítima , e seus dependentes ,

    para que permaneça(m) naquela casa, ante o noticiado no BO nº , natureza

    , e de acordo com os termos do mesmo dispositivo legal, solicitamos seja

    dada ciência ao Ministério Público.

    Atenciosamente,

    Dr.(a)

    Delegada(o) de Polícia Judiciária Civil

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    REQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO DREQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO DREQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO DREQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO DE DELITOE DELITOE DELITOE DELITO

    Ao senhor Coordenador de Medicina Legal, faço apresentar o(a) vítima abaixo

    qualificada(o) para que seja submetida(o) a exame de Lesão Corporal:

    Nome....................:

    Data Nascimento..: /Janeiro/ Idade:

    RG........................:

    Estado Civil...........: Casado(a) Cor: Branco(a)

    Profissão...............: Marceneiro

    Nacionalidade.......: Brasileiro

    Naturalidade.........: Cuiabá/MT

    Filiação.................:

    Residência............:

    Natureza Exame....: LESÃO CORPORAL

    Flagrante..............:

    Quantos exames no mesmo auto ?

    Remeter para........:

    Cópia do exame.. ?

    Cartório de...........:

    Indiciado preso ou solto ?...............:

    Observação....................................:

    HISTÓRICO DO FATO: .

    Cuiabá/MT, de Janeiro de 2008.

    Dr.(a)

    Delegado(a) de Polícia Judiciária Civil

    Recebido em ____/____/_____. Recebido em ____/____/_____.

    Assinatura Vítima Assinatura C.M.L.

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- IIIIIIIIVVVVVVVV

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    AUTO DE ACOMPANHAMENTO PARA RETIRADA DE PERTENCENTESAUTO DE ACOMPANHAMENTO PARA RETIRADA DE PERTENCENTESAUTO DE ACOMPANHAMENTO PARA RETIRADA DE PERTENCENTESAUTO DE ACOMPANHAMENTO PARA RETIRADA DE PERTENCENTES

    (ART. 11, INCISO IV)(ART. 11, INCISO IV)(ART. 11, INCISO IV)(ART. 11, INCISO IV)

    Às horas do dia () do mês de

    Janeiro (01), do ano de dois mil e oito (2008), no endereço constante no

    BO/ n° no município de /MT, e na

    presença da vítima e moradora , bem como de

    testemunhas abaixo assinadas, declara necessitar retirar de sua casa os seguintes pertences::::

    e, em

    conformidade com art. 11, inciso IV, a Autoridade Policial assegurou a retirada dos

    pertences acima especificados, na presença de testemunhas abaixo assinadas.

    O presente auto não exclui o direito de propriedade da vítima em relação

    aos bens que porventura não estejam relacionados no presente.

    Nada mais havendo encerrou-se o presente termo que lido e achado

    conforme vai devidamente assinado.

    Autoridade Policial:

    Vítima:

    Testemunha:

    Testemunha:

    Escrivão(ã):

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- VVVVVVVV

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    NOTA DE CIÊNCIA DE GARANTIAS NOTA DE CIÊNCIA DE GARANTIAS NOTA DE CIÊNCIA DE GARANTIAS NOTA DE CIÊNCIA DE GARANTIAS DA LEI Nº 11.340/2006DA LEI Nº 11.340/2006DA LEI Nº 11.340/2006DA LEI Nº 11.340/2006 (Art. 11, inciso V)(Art. 11, inciso V)(Art. 11, inciso V)(Art. 11, inciso V)

    O(A) Sr.(a) Dr.(a) ,

    Delegado(a) de Polícia Judiciária Civil, da(o)

    , no uso de suas

    atribuições legais e regulamentares, etc.

    FAZ SABERFAZ SABERFAZ SABERFAZ SABER a , vítima de crime de , tipificado no(a) , ocorrido por volta das horas de /Janeiro/2008, no(a) , que o art. 11 e

    incisos da Lei nº 11.340/2006, lhe assegura os seguintes direitos:

    a) Garantia de proteção policial, quando necessário;

    b) Encaminhamento a Unidade Hospitalar e ao Instituto Médico Legal;

    c) Seu Transporte e de seus dependentes para local seguro, quando

    houver risco de vida;

    d) acompanhamento na retirada de seus pertences do local da

    ocorrência ou do domicílio familiar;

    e) Medidas protetivas em sua defesa e contra o agressor.

    Dada e lavrada nesta cidade de , Estado de

    Mato Grosso, no(a) , ao(s) () dia(s) do mês de

    Janeiro (01) do ano de dois mil e sete e (2008).

    Dr.(a)

    Delegado(a) de Polícia Judiciária Civil

    Às horas de /01/2008, recebi a 1ª

    via da Nota de Ciência das Garantias da Lei nº 11.340/2006.

    Vítima:

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- VVVVVVVVIIIIIIII

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    TTTTTTTTEEEEEEEERRRRRRRRMMMMMMMMOOOOOOOO DDDDDDDDEEEEEEEE RRRRRRRREEEEEEEEPPPPPPPPRRRRRRRREEEEEEEESSSSSSSSEEEEEEEENNNNNNNNTTTTTTTTAAAAAAAAÇÇÇÇÇÇÇÇÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOO ((AArrtt.. 1122,, II ddaa LLeeii 1111..334400//0066))

    Ao(s) () dia(s) do mês de Janeiro (01) do

    ano de dois mil e oito (2008), neste(a) , onde presente se achava

    o(a) Sr.(a) Dr.(a) , Delegado(a) de Polícia Judiciária Civil,

    comigo, , Escrivão(ã) de seu cargo, ao final assinado(a), aí

    compareceu a pessoa de , tendo a mesma manifestado o

    desejo de REPRESENTAR CRIMINALMENTEREPRESENTAR CRIMINALMENTEREPRESENTAR CRIMINALMENTEREPRESENTAR CRIMINALMENTE pelo crime de , praticado por

    , acerca das sofridas na data de /01/2008.

    Nada mais havendo pela Autoridade foi determinado que se lavrasse o

    presente termo, o qual, depois de lido e achado conforme, vai devidamente assinado por

    todos.

    Autoridade Policial:

    Representante:

    Escrivão(ã):

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- VVVVVVVVIIIIIIIIIIIIIIII

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    Ofício nº /2008//MT de Janeiro de 2008

    Ao(À)

    Exmo(a). Sr(a). Dr(a).

    MM. Juiz(a) de Direito da Vara da Comarca

    /MT

    MM. Juiz(a),

    Em atendimento ao art. 11, inciso I da Lei nº 11.340/06, visando a garantia da

    integridade física e moral da vítima, encaminho o PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS PROTETIVAS da

    vítima , ante o noticiado no BO nº , natureza

    , e de acordo com os termos do mesmo dispositivo legal, solicitamos seja

    dada ciência ao Ministério Público e demais providências legais.

    Atenciosamente,

    Dr.(a)

    Delegada(o) de Polícia Judiciária Civil

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO –––––––– VVVVVVVVIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII PPaagg.. 11--33

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS PROTETIVASPEDIDO DE PROVIDÊNCIAS PROTETIVASPEDIDO DE PROVIDÊNCIAS PROTETIVASPEDIDO DE PROVIDÊNCIAS PROTETIVAS

    IIII---- Qualificação da vítima: Qualificação da vítima: Qualificação da vítima: Qualificação da vítima:

    Nome:

    Nacionalidade: Estado Civil: Solteiro(a) Profissão:

    Escolaridade: Renda Mensal:

    Filiação:

    Documento:

    Endereço:

    Telefone:

    IIIIIIII---- Qualificação do agressor: Qualificação do agressor: Qualificação do agressor: Qualificação do agressor:

    Nome:

    Nacionalidade: Estado Civil: Casado(a) Profissão:

    Escolaridade: Renda Mensal:

    Filiação:

    Documento:

    Endereço:

    Telefone:

    IIIIIIIIIIII---- Qualificação dos dependentes: Qualificação dos dependentes: Qualificação dos dependentes: Qualificação dos dependentes:

    Nome:

    Nacionalidade:

    Filiação:

    Data de nascimento:

    IVIVIVIV---- Descrição sucinta dos fatos: Descrição sucinta dos fatos: Descrição sucinta dos fatos: Descrição sucinta dos fatos:

    A ofendida vem diante desta Autoridade Policial, requerer o

    encaminhamento a Autoridade Judiciária Competente, em conformidade com o art. 12, § 1º, da

    Lei 11.340/06, as seguintes medidas protetivas:

  • PPaagg.. 22--33

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    IVIVIVIV---- MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AUTOR DA VIOLÊNCIA: MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AUTOR DA VIOLÊNCIA: MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AUTOR DA VIOLÊNCIA: MEDIDAS PROTETIVAS QUE OBRIGAM O AUTOR DA VIOLÊNCIA:

    • Requeiro aplicação ao agressor, de imediato, a(s) seguintes medida(s) protetiva(s) de urgência(s):

    suspensão da posse/restrição do porte de armas;

    afastamento do lar, domicílio ou local de convivência

    • Seja cominada ao agressor a proibição da(s) seguinte(s) conduta(s): aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, no limite mínimo de

    metros;

    contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de

    comunicação;

    frequentação do seguinte local: ,,,, a fim de preservar a

    integridade física e psicológica da ofendida;

    restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores;

    prestação de alimentos provisionais ou provisórios de dois salário mínimos.

    VVVV---- MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA A OFENDIDA: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA A OFENDIDA: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA A OFENDIDA: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA A OFENDIDA:

    • Requeiro aplicação da(s) seguintes medida(s) protetiva(s) de urgência(s):

    Encaminhamento da ofendida e dependentes a programa oficial de proteção e

    atendimento

    Recondução da ofendida e dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do

    agressor

    Afastamento da ofendida, sem prejuízos dos direitos relativos a bens, guarda dos

    filhos e alimentos

    Separação de corpos

    • Requeiro, liminarmente, aplicação da(s) seguintes medida(s):

    Restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida;

    Proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação

    de propriedade comum;

    Estabelecimento de caução provisória mediante depósito judicial, por perdas e

    danos materiais decorrentes da violência doméstica sofrida;

  • PPaagg.. 33--33

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    É o que se pede.

    /MT, /Janeiro/2008.

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- IIIIIIIIXXXXXXXX

    ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

    POLÍCIA JUDICIÁRIA CIVIL UNIDADE DE ATENDIMENTO

    ENDEREÇO DA UNIDADE

    Ofício nº /2008//MT de Janeiro de 2008

    Ao(À)

    Exmo(a). Sr(a). Dr(a).

    MM. Juiz(a) de Direito da Vara da Comarca

    /MT

    MM. Juiz(a),

    Em atendimento a Lei nº 11.340/06, art. 26, III, dentro do prazo legal,

    encaminhamos a Vossa Excelência, o Procedimento de Controle Estatístico –PCE, onde consta

    como vítima , e seus dependentes , para ciência e encaminhamento ao Ministério Público.

    Atenciosamente,

    Dr.(a)

    Delegada(o) de Polícia Judiciária Civil

  • AAAAAAAANNNNNNNNEEEEEEEEXXXXXXXXOOOOOOOO -------- XXXXXXXX

    Padronização de entendimento à

    Lei 11.340/06.

    CEPAP e Comissão criada pela Portaria 37/2007/DGPJC/INT.

    VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Cuiabá, 2008

  • Após reuniões da comissão instituída pela Diretoria Geral para

    análise, estudos de impacto, e avaliação de instrução normativa, para atendimento à lei 11.340/06, e reuniões de grupo de trabalho com as Juízas das Varas Especializadas, apresenta-se as seguintes orientações para o atendimento das vítimas de violência doméstica e familiar:

    I – Conceitos Fundamentais:

    � A lei 11.340/06 , criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, dispondo sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e estabelecendo medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar;

    � CONSIDERA-SE violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, da família ou qualquer relação íntima de afeto, independente de orientação sexual;

    � ENTENDE-SE POR VIOLÊNCIA FÍSICA , qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;

    � ENTENDE-SE POR VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA , qualquer conduta que lhe cause:

    � dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;

  • � ENTENDE-SE POR A VIOLÊNCIA SEXUAL , qualquer conduta que a constranja a:

    � Presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

    � ENTENDE-SE POR VIOLÊNCIA PATRIMONIAL , qualquer conduta que configure:

    � Retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

    � ENTENDE-SE POR VIOLÊNCIA MORAL , entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.

    � ENTENDE-SE POR UNIDADE DOMÉSTICA , o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

    � ENTENDE-SE POR FAMÍLIA , a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

    � ENTENDE-SE POR RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO , aquela a qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação;

  • II– Do Atendimento da Ocorrência pela Autoridade Po licial:

    Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

    • Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;

    • Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;

    • Remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

    • Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;

    • Ouvir o agressor e as testemunhas; • Ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos

    autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;

    • Remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.

    A Autoridade Policial deverá além de outras providê ncias, ainda, de imediato :

    � Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

    � Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

    � Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;

    � Se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;

    � Informar à ofendida os direitos a ela conferida nesta Lei e os serviços disponíveis (inclusive das garantias protetivas de segurança a ofendida e contra o agressor).

    � Representar pela prisão preventiva do agressor, nos casos que a Autoridade entender de risco a vida da ofendida (Art. 20)

    � Confeccionar TCO de desobediência ao agressor nos casos de descumprimento de medida protetiva de urgência deferida;

  • III – Da Padronização de Procedimentos :

    Por intermédio de estudo realizado pela comissão criada no âmbito da Diretoria Geral, para estudo de impacto da lei de violência doméstica, apresentamos as seguintes padronizações de atendimento e documentos:

    a) Termo de Representação :

    Conforme o art. 12, I, da Lei 11.340/06, esta providência terá que ser tomada de imediato, bem como lavrado o Boletim de Ocorrência e ouvida a vítima.

    b) Garantia de Proteção Policial :

    Esta garantia esta prevista no art. 11, I da referida lei, e será devida quando requisitada pela vítima, devendo a autoridade policial fazer seu encaminhamento (oferecendo-lhe transporte a ela e seus dependentes) para a Casa de Amparo, ou no Interior a casa destinada para tal mister;

    c) Comunicação ao Juízo e MP do encaminhamento da v ítima a

    Casa de Amparo

    Dever estabelecido pela lei no final do inciso I do art. 11, devendo esta ser entregue imediatamente ao Juiz de Plantão do Fórum;

    d) Encaminhamento da Ofendida ao IML, hospital ou p osto de Saúde :

    Garantia prevista no art. 11, II, devendo a autoridade policial, caso haja necessidade, antes de requisitar o exame de corpo delito, encaminhe a ofendida para os primeiros socorros em hospitais ou postos de atendimento;

  • e) Assegurar a retirada de pertences da ofendida do local da

    ocorrência ou do domicílio familiar :

    Garantia prevista no art. 11, IV da referida lei, neste caso a autoridade assegurará a retirada dos pertences da ofendida, tomando o cuidado de antes, tomar por termo as declarações da vítima, e ressaltando que pertences são documentos e objetos pessoais ;

    f) Informar a ofendida os direitos a ela conferidos na lei e os

    serviços disponíveis;

    A Autoridade deverá informar, ou seja, dar atendimento preferencial, a mulher de todos os direitos e serviços disponíveis acerca da referida lei, quais sejam:

    � Garantia de proteção policial, quando necessário; � Encaminhamento a Unidade Hospitalar e ao Instituto Médico

    Legal; � Seu Transporte e de seus dependentes para local seguro,

    quando houver risco de vida; � Acompanhamento na retirada de seus pertences do local da

    ocorrência ou do domicílio familiar; � Medidas protetivas em sua defesa e contra o agressor.

    g) Pedido de medidas protetivas;

    A autoridade Policial deverá ter ciência que existe dois tipos de

    medidas protetivas: QUE OBRIGAM O AGRESSOR, e em DEFESA DA OFENDIDA, o formulário, trás em seu corpo todas as medidas previstas na referida lei, sendo estruturada da seguinte forma: (Qualificação da Ofendida e do agressor, nome e idade dos dependentes, descrição sucinta do fato e as medidas protetivas requeridas, art. 12, § 1, I, II e III) e ainda como preceitua o mesmo artigo, esta peça deverá ser feito em apartado, encaminhada no prazo de 48 horas, contendo o Boletim de Ocorrência, e demais documentos que puderem ser produzidos ou colhidos pela vítima;

    h) Encaminhamento das medidas protetivas a Autoridade Policial ;

    Depois de colhido o pedido da ofendida, autuado em apartado,

    juntado os documentos necessários previsto no art. 12, e §§, a autoridade deverá encaminhar no prazo máximo de 48 horas, a autoridade judiciária competente, ressalvando que prazo em hora é contado minuto a minuto, tendo como início o momento da confecção da pedido de medido protetiva.

  • IV – Contravenções Penais:

    a) Conceitos fundamentais :

    O art. 41 da lei 11.340/06, reza o seguinte:

    “Aos crimes praticados com violência doméstica e fam iliar contra a mulher, independentemente da pena prevista , não se aplica a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1996 ”

    A infração penal divide-se em crime e contravenção penal. Considera-se:

    � Crime : a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção quer isoladamente, quer alternativamente ou cumulativamente com a pena de multa;

    � “Contravenção: a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, o u ambas, alternativa ou cumulativamente”

    Na essência, não há diferença alguma entre crime e contravenção, pois ambas constituem em fato típico e antijurídico, a separação tem finalidade prática, no campo da aplicação de benefícios penais, e na identificação do procedimento correto a ser adotado.

    b) Procedimento que será adotado com o advento da nova Lei 11.340/06 :

    As contravenções penais, bem como os crimes cuja a pena máxima não ultrapassagem 2 (dois anos), eram consideradas pelo advento da lei dos Juizados Criminais, infração de menor potencial ofensivo.

    Contudo, após debates e estudos da Comissão criada e com as magistradas presidentes das varas especializadas de violência doméstica, ficou definido o seguinte:

    Contravenções Penais com vítimas de violência domés tica mulheres continua sendo considerado INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, aplicando-se a Lei 9.099/05, confeccionado Termo Circunstanciado , ou seja, adotando-se o procedimento sumaríssimo para a apuração da culpa, não se lavrando auto de prisão em flagrante , caso o autor da contravenção se comprometa a comparecer à audiência nos Juizados Especiais Criminais.

  • V– Fiança:

    a) Conceitos Fundamentais:

    � Princípio Constitucional : Art. 5º, LXVI, da CF, ninguém Será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória e a fiança;

    � Natureza Jurídica da Fiança : direito subjetivo constitucional do acusado ou réu;

    � O réu livra-se solto , no caso de infração a que não for, isolada, cumulativa ou alternativamente, cominada pena privativa de liberdade, ou quando o máximo dela não exceder a 3 (três) meses;

    � Art. 350 do CPP: SOMENTE O JUIZ (nunca a autoridade policial), nos casos que couber fiança, verificando ser impossível ao réu prestá-la, por motivo de pobreza, poderá conceder-lhe a liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações dos arts. 327 e 328 do CPP;

    � SALÁRIO DE REFERÊNCIA = SALÁRIO MÍNIMO (É a interpretação das Juizas da Vara Especializada de Violência Doméstica, e a que deverá ser aplicada pelos Delegados de Polícia)

    A fiança nos casos que a lei a admite, pode e deve ser concedida pela autoridade policial, após a lavratura do flagrante.

    De acordo com o art. 322 do CP P: a autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples;

    b) CASOS EM QUE NÃO SE CONCEDE FIANÇA :

    � Nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 (dois) anos – (Lembrando-se que o Delegado somente arbitra nos casos de prisão simples e detenção);

    � Nas contravenções tipificadas nos arts. 59 e 60 das Leis das Contravenções Penais;

    � Nos crimes dolosos punidos com a pena privativa da liberdade, se o réu já tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado;

    � Em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio;

    � Nos crimes punidos com reclusão, que provoquem clamor público OU QUE TENHAM SIDO COMETIDOS COM VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA OU GRAVE AMEAÇA (Os casos de violências domésticas (Ameaça), por exemplo);

  • � Aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança, anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações do art. 350 do CPP;

    � Em caso de prisão por mandado do juiz do cível, de prisão disciplinar, administrativa ou militar;

    � Ao que estiver no gozo de suspensão condicional da pena ou de livramento condicional, salvo se processado por crime culposo ou contravenção que admite fiança;

    � QUANDO PRESENTES (ART. 312) OS MOTIVOS QUE AUTORIZAM A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA (Art. 324, IV, que pode ser utilizado pelo Autoridade como fundamento para a não concessão de fiança nos casos de violência doméstica).

    c) DA CONCESSÃO DA FIANÇA NOS CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉS TICA:

    Após reunião, estudos e discussões da comissão instituída com as Magistradas presidentes nas Varas Especializadas de Violência Doméstica, quando ao valor da fiança a ser concedida pelo Delegado chegamos a seguinte conclusão:

    � Nos Casos de Lesão Corporal, Art. 129, § 9º do CP, temos o seguinte :

    A pena máxima prevista para este crime, com o advento da lei 11.340/06, passou a ser de detenção 3 (três) anos, portanto, em conformidade com o art. 325 do CPP, alínea “b”, temos:

    “Art. 325 (...)

    “(....)”

    b) de 5 (cinco) a 20 (vinte) salários mínimos de re ferência, quando se tratar de infração punida com pena privat iva de liberdade, no grau máximo de 4 (quatro) anos .

  • � Nos casos de Ameaça, Maus Tratos, Omissão de Socorro, Calúnia, Difamação, Injúria, Constrangimento Ilegal, Dano, Violação de Correspondência, Divulgação de Segredo (Tendo como vítima de violência doméstica mulher)

    As penas máximas previstas para estes crimes, não passam de dois anos, portanto, em conformidade com o art. 325 do CPP, alínea “a”, temos:

    “Art. 325 (...)

    “(....)”

    a) de 1 (um) a 5 (cinco) salários mínimos de referê ncia, quando se tratar de infração punida com pena privat iva de liberdade, até 2 (dois) anos .

    � Nos casos de Violação de Domicílio, O réu livra-se solto , pois o máximo da pena não excede a 3 (três) meses.

    d) DO CÁLCULO DO VALOR :

    De acordo com o artigo, 325, § 1º, se assim recomendar a situação econômica do réu, a fiança poderá ser;

    I- REDUZIDA ATÉ O MÁXIMO DE DOIS TERÇOS;

    II- AUMENTADA PELO JUIZ ATÉ O DÉCUPLO.

    Portanto a Autoridade policial poderá reduzir em do is terços o mínimo previsto no Art. 325 do CPP, entretanto seu aumento ao décuplo fica restrito apenas ao Juiz;

  • No caso de violência doméstica teremos:

    � Nos Casos de Lesão Corporal, Art. 129, § 9º do CP, temos o seguinte:

    * Tendo como referência o salário mínimo :

    FIANÇA MÍNIMA FIANÇA MÁXIMA REDUZIDA DE 2/3 Salário mínimo X 5 Salário mínimo X 20 Fiança mínima

    reduzida de 2/3

    � Nos casos de Ameaça, Maus Tratos, Omissão de Socorro, Calúnia, Difamação, Injúria, Constrangimento Ilegal, Dano, Violação de Correspondência, Divulgação de Segredo (Tendo como vítima de violência doméstica):

    * Tendo como referência o salário mínimo :

    FIANÇA MÍNIMA FIANÇA MÁXIMA REDUZIDA DE 2/3 Salário mínimo Salário mínimo X 5 Fiança mínima

    reduzida de 2/3

    VI– Procedimento de Controle Estatístico:

    Após reunião, estudos e debates da comissão com as Juizas Presidentes das Varas Especializadas de Violência Doméstica, e levantada a questão dos crimes dependentes de representação, chegamos a seguinte conclusão:

    Os crimes que dependem de representação, naturalmente não tem prosseguimento, caso a vítima não a manifeste, contudo, com o advento da lei 11.340/06, o procedimento há de ser adaptado, vejamos:

    O Art. 26, III da Lei 11.340/06, reza o seguinte:

    Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e fam iliar contra a mulher, quando necessário:

    III – cadastrar os casos de violência doméstica e f amiliar contra a mulher ;

  • Portanto, a autoridade policial tomará as seguintes providências, quando a vítima em declarações não manifestar interesse em representar:

    1) Determinar a Autuação dos documentos em autos com a seguinte denominação: PROCEDIMENTO DE CONTROLE ESTATÍSTICO –PCE;

    2) Ouvir a vítima, o agressor, e testemunhas se houver;

    3) Dar ciência dos direitos a ela reservada pela Lei 11.340/06 (Nota de Garantia);

    4) Encaminhar pedido de providências protetivas, se requeridas;

    5) e ao final encaminhar ao Juízo.