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Secretaria de Estado de Fazenda MAIO DE 2013 A S C ONTAS DO E STADO DO R IO DE J ANEIRO AO ALCANCE DA SOCIEDADE PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA ANO REFERÊNCIA: 2012

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Secretar ia de Estado de Fazenda

MAIO DE 2013

AS CONTAS DO ESTADO DO R IO DE JANEIRO AO ALCANCE DA SOCIEDADE

PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA

ANO REFERÊNCIA: 2012

GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral Filho

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Luiz Fernando Pezão

SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA

Renato Villela

SUBSECRETÁRIO-GERAL

Paulo Sérgio Braga Tafner

SUBSECRETÁRIO DE POLÍTICA FISCAL

George André Palermo Santoro

SUPERINTENDENTE DE PROGRAMAÇÃO

FINANCEIRA

Josélia Castro de Albuquerque

EQUIPE TÉCNICA

Alexandre Emilio Zaluar

Ana Paula Quedinho

Creusa Mattoso de Almeida

Daniela de Melo Faria

Fabio Souza Pontes

Flávia Augusta Melgaço Rocha Lima

Gustavo Franco Corrêa

Karine de Souza Vargas

Leandro Diniz Moraes Pestana

Leila Klein

Maria Helena Pitombeira de Azevedo

Pedro Bastos Carneiro da Cunha

SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA

Subsecretaria de Polí t ica Fisca l - SUPOF Avenida Presidente Vargas, nº. 670, 16° andar, Centro, Rio de Janeiro.

Tel: 2334-4929 / 4630

Mês de Produção:

MAIO DE 2013

Em 2008, com o intuito de propor-cionar melhor compreensão aos cidadãos do Estado do Rio de Ja-neiro, a Secretaria de Fazenda, por meio da Subsecretaria de Política Fiscal e da Subsecretaria de Fi-nanças, elaborou a primeira versão do Boletim de Transparência Fiscal – um instrumento social de extre-ma importância que vai além do registro de cifras macroeconômi-cas ou da análise de metas de equilíbrio fiscal.

Dando continuidade a esse pensa-mento, a Subsecretaria de Política Fiscal elaborou o presente docu-mento – A Prestação de Contas Simplificada do Estado do Rio de Janeiro.

Página 3

V I S Ã O G E R A L

APR ES E NTAÇ ÃO

É parte do Estado

Democrático de

Direito a

obrigação do

administrador

público de prestar

contas à

sociedade,

demonstrando a

adequabilidade da

aplicação dos

recursos às

demandas

econômicas e

sociais.

MAIO DE 2013

O controle social é um termo designado den-tro das políticas públicas como uma forma de participação democrática nos processos de gestão das instituições/organizações no Bra-sil. Caracteriza-se pela participação da socie-dade nas funções de planejamento, monito-ramento, acompanhamento e avaliação de resultados das políticas públicas.

Para ser plena, a democracia precisa de uma prática intensiva de cidadania, com maior participação da sociedade, a partir da contri-buição do “novo cidadão”, mais exigente, mais participativo e com uma nova percep-ção da administração pública.

Os indivíduos que participam deste processo reforçam a cidadania, dando fôlego ao papel e aos direitos do cidadão, resgatando a liber-dade, rompendo com o passado, abrindo espaço a um novo modelo de processo co-municativo no ambiente produtivo, com ques-tões entre a democracia desejável e a possí-vel.

Este entendimento pode ser considerado fundamental para democratizar a sociedade: um concentrado de atitudes, em que se in-cluem a conversa limpa, honesta e sincera, a renúncia a ser o dono da verdade e, final-mente, as boas maneiras.

Este documento tem por finalidade tornar mais acessíveis as informações sobre

as contas do Estado, abrangendo de forma simplista suas fontes de recursos

(originárias e derivadas) assim como as principais realizações (despesas) ocorri-

das ao longo do último exercício.

As informações são apresentadas em três blocos. O primeiro procura, numa lin-

guagem clara e natural, mostrar à sociedade o orçamento do Estado em 2012:

seus objetivos; processo de elaboração; sua composição; bem como a evolução

nos últimos anos.

O segundo contém informações sobre as receitas e despesas: quantificação dos

recursos obtidos e executados no intuito de atender as demandas da sociedade.

Por fim, o último bloco traz os principais destaques do ano em áreas estratégicas

de atuação do Ente Público, tais como Saúde, Educação, Segurança Pública,

Infraestrutura e Assistência Social.

Procura-se, assim, apresentar à população como foram aplicados os recursos

obtidos junto à ela.

A origem dos orçamen-tos públicos está relacio-nada ao desenvolvimen-to do processo democrá-tico, opondo-se ao Esta-do antigo, em que o mo-narca considerava-se soberano e detentor do patrimônio originário da coletividade.

Em sua concepção mais moderna, o orçamento público é o instrumento de execução que con-templa a previsão de receitas e despesas, programando a vida econômica e financeira do Estado, por um certo período. O conceito está intima-

mente ligado à estimati-va arrecadatória do Es-tado e à fixação das despesas públicas para o exercício a que se re-fere, que, no Brasil, coincide como o ano civil.

Em nosso ordenamento, a natureza jurídica atri-buída à lei orçamentária é no sentido formal, pos-to que tem a natureza de ato-condição, que, aprovado pelo Legislati-vo, circunscreve-se a autorizar a realização de despesa e a prever o montante da receita, sem criar direitos subjeti-vos para terceiros.

Mantem-se, assim, o caráter meramente auto-rizativo das despesas públicas ali previstas.

Nesse sentido, os orça-

mentos constituem fonte

importantíssima no pro-

cessos de satisfação do

bem comum, ou seja, o

atendimento das neces-

sidades públicas.

Página 4

P R O C E S S O D E E L A B O R A Ç Ã O

O OR Ç AMEN TO D O ES TAD O

guridade Social e pelo de Orçamento de Inves-timento das Empresas Estatais.

De acordo com o artigo 48 da Lei de Responsa-bilidade Fiscal (LRF), o orçamento é um dos instrumentos de trans-parência da gestão fis-cal, sendo necessária a sua ampla divulgação, inclusive por meio de audiências públicas du-rante os processos de elaboração e discussão.

Assim, a LOA procura disciplinar a execução de todas as ações do Governo do Estado, existindo princípios bási-

Todo ano, até 30 de se-tembro a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG), com a colaboração da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ), pre-para um documento com uma proposta de orça-mento a ser encaminha-do pelo Chefe do Poder Executivo Estadual (Governador) à Assem-bléia Legislativa.

Por ser o documento que após aprovação virará lei, a proposta é conhecida como Projeto de Lei.

Na casa legislativa, os Deputados Estaduais discutem e aprovam o conteúdo da proposta de orçamento, transforman-do-a em lei.

A peça orçamentária é um único documento, porém dividido em três partes: Orçamento Fis-cal, Orçamento da Se-

O controle do

cidadão sobre os

gastos públicos

deriva do próprio

Direito Natural.

cos que devem ser se-guidos para sua elabora-ção, execução e contro-le.

Com o advento da LRF, o orçamento deixou de ser um mero documento de caráter contábil e administrativo, para es-pelhar toda a vida eco-nômica da nação.

CICLO ORÇAMENTÁRIO

MAIO DE 2013

O planejamento das ações governamentais caracteriza um processo contínuo, dinâmico e flexível de responsabili-dade do Governo, que traduz em termos finan-ceiros, para determinado exercício, os planos e programas de trabalho. Nesse sentido, a LOA compreende a progra-mação das ações a se-rem executadas, visan-do à viabilização das diretrizes e metas pro-gramadas no Plano Plu-rianual, buscando a sua concretização em conso-nância com as diretrizes estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentá-rias.

No Estado do Rio de Janeiro, a Lei N.º 6.125 de 28 de dezembro de 2011 procurou estimar as receitas e fixar as despesas para o exercí-cio financeiro de 2012, nos termos do § 5º do artigo 209 da Constitui-ção Estadual e disposto na Lei Estadual nº 6.010, Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A receita total estimada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social foi de R$ 64.032 milhões, sendo R$ 52.591 mi-lhões do Orçamento Fis-cal e R$ 11.440 milhões do Orçamento da Segu-ridade Social.

Cabe destacar que o Orçamento de Investi-mento das Empresas Estatais, no valor de R$ 79 milhões, foi destaca-da da Lei Orçamentária, uma vez que as fontes de receitas estimadas para cobertura das des-pesas fixadas decorre-ram da geração de re-cursos próprios das em-presas.

Assim, a despesa total fixada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social respeitou o princí-pio do equilíbrio orça-mentário, ou seja, o total das despesas não supe-rou o total das receitas, sendo, assim, igual à estimativa de arrecada-ção discriminadas na peça orçamentária.

Comparativamente ao exercício anterior, 2011, a LOA do ERJ apresen-tou um considerável crescimento, 14% (R$ 7.819 milhões), sendo sua maior parte, 70%, no Orçamento Fiscal (R$ 5.462 milhões).

O gráfico abaixo apre-senta a evolução da ca-pacidade financeira do Estado nos últimos três exercícios financeiros.

Cabe entretanto desta-car que, apesar do pes-simismo existente nas análises técnicas sobre o cenário econômico

Página 5

A L E I O R Ç A M E N T Á R I A (LOA) 2012

MAIO DE 2013

Por meio do

controle social

crescente, será

possível garantir

serviços de

qualidade.

A participação

social permite a

experiência em

uma gestão

democrática e

participativa.

mundial, o Governo do Estado conseguiu ampli-ar de maneira notável sua capacidade arreca-datória, permitindo não só atender aos interes-ses sociais com rapidez e qualidade ao longo do ano como também o de realizar importantes in-vestimentos em todo Estado, sempre respei-tando seu compromisso na correta gestão fiscal.

As receitas e despesas realizadas serão melhor discriminadas nos tópi-cos que se seguem.

0

10

20

30

40

50

60

70

2010 2011 2012

Bilh

ões Evolução

Orçamento Fiscal Orçamento de Seguridade Social LOA

Orçamento Fiscal82%

Orçamento de Seguridade

Social18%

LOA 2012

O desempenho arreca-datório obtido ao longo do último exercício pos-sibilitou que o Estado cumprisse plenamente as Metas de Receitas traçadas no início do ano por meio do Anexo I da Resolução SEFAZ Nº 477.

No acumulado, tanto as Receitas Correntes quanto as Receitas de Capital conseguiram superar a meta estipula-da.

A primeira ficou 5% aci-ma da meta (+ R$ 2.868 milhões), já a segunda apresentou uma peque-na variação, 1%, ou se-ja, superação em R$ 44 milhões).

Com isso, a Secretaria

de Estado de Fazenda

obteve os recursos indis-

pensáveis para o funcio-

namento das funções do

governo e desenvolvi-

mento de programas

estratégicos.

dação do ICMS, fruto da recuperação econômica e das ações de fiscaliza-ção realizadas incessan-

Ainda que tenha sofrido queda no último bimes-tre do ano, em decorrên-cia, principalmente, à redução no valor das Transferências Corren-tes (consequência direta das Políticas Fiscais Expansionistas aplica-das pelo Governo Fede-ral à base de desonera-ção tributária em alguns setores produtivos), as Receitas Correntes apresentaram notável crescimento no exercício (5%), impulsionadas pelo aumento na arreca-

temente pela Secretaria de Fazenda.

As Receitas de Capital

também apresentaram

um bom desempenho em

2012 (incremento de

88%), principalmente por

conta da efetivação das

Operações de Crédito

previstas, apenas possí-

veis em decorrência da

gestão fiscal responsável

do Estado.

Página 6

“O Orçamento

Nacional deve ser

equilibrado. As

Dívidas Públicas

devem ser

reduzidas, a

arrogância das

autoridades deve

ser moderada e

controlada. Os

pagamentos a

governos

estrangeiros

devem ser

reduzidos, se a

Nação não quiser

ir à falência. As

pessoas devem

novamente

aprender a

trabalhar, em vez

de viver por conta

pública.”

Marcus Tullius

Cícero – Roma, 55

A.C.

R E C E I TA S AR R E C A DA DA S E M 2012

0

10

20

30

40

50

60

Receitas Correntes(RC)

Receitas de Capital(RK)

55

6

58

6M

ilhõ

es

Meta Realização

R E C E I T A S P O R N A T U R E Z A

Valores incluem Receitas Intraorçamentárias.

2011 (A) 2012 (B)

TRIBUTÁRIA 32.556 35.142 8%

CONTRIBUIÇÕES 1.177 1.313 12%

PATRIMONIAL 10.004 9.661 -3%

AGROPECUÁRIA 0 0 -1%

INDUSTRIAL 2 30 1788%

DE SERVIÇOS 342 363 6%

TRANSF. CORR. 5.743 5.732 0%

OUTRAS CORR. 2.640 2.819 7%

REC. CORR. 52.464 55.060 5%

REC. CAPITAL 2.939 5.515 88%

REC. INTRAORÇ. 2.051 3.016 47%

TOTAL 57.454 63.590 11%

DISCRIMINAÇÃO Var %

(B/A)

EXERCÍCIO

TRIBUTÁRIA64%

CONTRIBUIÇÕES

2%

PATRIMONIAL18%

AGROPECUÁRIA0%

INDUSTRIAL0%

DE SERVIÇOS1%

TRANSF. CORR.10% OUTRAS CORR.

5%

Participação

Receita Corrente 55.060

Receita Tributária 35.142

Impostos 33.368

ICMS 26.662

Adicional do ICMS 2.545

IPVA 1.744

ITD e ITBI 525

IRRF 1.893

Taxas 1.774

Receita Patrimonial 9.661

Petróleo 7.765

Royalties 2.717

Part. Especial 5.044

DISCRIMINAÇÃO EXERCÍCIO

2012

Meta Realização Variação

Receitas Correntes (RC) 54.928.514 57.796.684 105%

Receitas de Capital (RK) 5.749.788 5.793.782 101%

LOA 2012 60.678.302 63.590.465 105%

Receitas do EstadoArrecadação

Valores em R$ mil. Incluem as Receitas Intraorçamentárias.

R$ milhões R$ milhões

MAIO DE 2013

No início do exercício,

nos termos do artigo 8º

da LRF, foram divulga-

das as Metas de Arreca-

dação e o Cronograma

Mensal de Desembolso.

Em 2012, o Cronograma

foi divulgado pela Reso-

lução SEFAZ nº

478/2012, publicada no

mês de Janeiro.

Sua análise mostra que

ao final do exercício o

ERJ atingiu R$ 63 bi-

lhões de despesas pa-

gas, aí considerado o

pagamento de Restos a

Pagar de 2011, ultrapas-

sando ao que fora pre-

visto no início do ano

(R$ 58 bilhões).

Tal aumento se deu por

conta do crescimento

das Despesas Correntes

do Estado, em 14%, que

foi impulsionada, em

grande parte, pela varia-

ção positiva na arreca-

dação das Receitas do

Estado.

Apesar da LOA 2012 ter

fixado as despesas do

ERJ em R$ 64 bilhões,

no decorrer do ano,

ocorreram acréscimos

num total de R$ 8 bi-

lhões por meio de crédi-

tos adicionais.

No final do exercício, o

orçamento totalizou R$

72 bilhões.

Dívida foi de R$ 3 bi-lhões.

A maior parte das Ou-tras Despesas Correntes foi destinada às áreas da Educação e da Saú-de para programas co-mo Nutrição Escolar, Manutenção da Rede Escolar e Operacionalização Geral da Gestão de Saúde.

Na análise da execução orçamentária, observa-se que a despesa liqui-dada alcançou as cifras de R$ 64 bilhões dos quais as Outras Despe-sas Correntes requere-ram R$ 37 bilhões, o grupo de Pessoal e En-cargos Sociais somou R$ 16 bilhões, as despe-sas de Capital represen-taram R$ 8 bilhões e os Juros e Encargos da

Os Investimento e Inver-sões Financeiras realiza-das concentram-se em áreas estratégicas para o Estado: Infraestrutura e Transporte.

A Declaração dos

Direitos do

Homem e do

Cidadão de 1789

em seu artigo 15

definiu que a

sociedade tem o

direito de solicitar

contas a todo

agente público de

sua

administração.

D E S P E S A S L I Q U I DA DA S E M 2012

D E S P E S A S P O R N A T U R E Z A

2011 (A) 2012 (B)

Pessoal 14.264 16.426 15%

Pessoal Executivo 10.397 12.063 16%

Pessoal Outros

Poderes3.529 3.873 10%

Outras 339 489 45%

Outras Despesas Correntes 33.234 36.720 10%

Custeio 9.373 10.645 14%

Inativos e

Pens ionis tas9.069 10.268 13%

Transf. e Encargos 14.022 15.015 7%

Outras 769 792 3%

Investimentos e Inversões

Financeiras4.955 5.814 17%

Juros e Amortização da

Dívida4.100 4.859 19%

TOTAL GERAL 56.553 63.819 13%

DISCRIMINAÇÃOEXERCÍCIO Var %

(B/A)

Pessoal26%

Custeio17%

Inativos e Pensionistas

16%

Transf. e Encargos23%

Outras Encargos1%

Investimentos e Inversões Financeiras

9%

Juros e Amortização da Dívida

8%Participação

Meta (A) RealizaçãoRP 2011

Pago

Despesa

Total (B)

Variação

(B/A)

Despesas Correntes (DC) 48.383.999 53.695.633 1.383.442 55.079.076 114%

Despesas de Capital (DK) 9.551.208 7.502.025 673.270 8.175.295 86%

TOTAL GERAL 57.935.207 61.197.659 2.056.713 63.254.371 109%

Despesas do Estado

Execução

Valores das Despesas Pagas em R$ mil.

Exclui CEDAE e Imprensa Oficial. Inclui Despesas Intra-orçamentárias.

Valores das Despesas Liquidadas, incluindo as Intraorçamentárias.

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60

Despesas Correntes(DC)

Despesas de Capital(DK)

48

10

55

8

Milh

õe

s

Meta Despesa Total

Valores incluem Despesas Intraorçamentárias.

R$ milhões

MAIO DE 2013 Página 7

O Resultado Orçamentá-

rio é a demonstração

contábil pública que dis-

crimina o saldo das con-

tas de receitas arrecada-

das e despesas realiza-

das no fim do exercício.

Em 2012, mesmo com o

tímido crescimento da

economia, o Estado do

Rio de Janeiro conse-

guiu ampliar sua capaci-

dade financeira, possibi-

litando a realização de

importantes investimen-

tos em todo o Estado.

Entretanto, as despesas

totais realizadas supera-

ram as receitas arreca-

dadas em R$ 229 mi-

lhões, consolidando,

assim, um resultado de-

ficitário.

Página 8

RE SU LTADO ORÇ AMEN T ÁR I O

MAIO DE 2013

É no Orçamento

que o cidadão

identifica a

destinação dos

recursos que o

governo recolhe

sob a forma de

impostos.

Nenhuma despesa

pública pode ser

realizada sem

estar fixada no

Orçamento.

TOTAL DE RECEITAS CORRENTES:

R$ 55.059,67

- ICMS: R$ 26.661,53- ADIC. ICMS: R$

2.544,94- IRRF: R$ 1.892,77- IPVA: R$ 1.743,61- TAXAS: R$ 1.773,81

- PETRÓLEO: R$ 7.764,88- APLICAÇÕES FINANCEIRAS:

R$ 555,78- DEMAIS REC. PATR.: R$

638,82

- TRANS. DA UNIÃO: R$ 3.092,22

- FUNDEB: R$ 2.467,70- CONVÊNIOS: R$ 171,52

CONTRIBUIÇÕES

AGROPECUÁRIA

SERVIÇOS

OUTRASRC

INDUSTRIAL

TRIBUTÁRIA

PATRIMONIAL

TRANSFERÊNCIAS

CORRENTESR$ 35.141,72 R$ 1.312,76 R$ 9.660,78 R$ 0,14 R$ 30,39 R$ 362,79 R$ 2.819,13

R$ 5.731,96

TOTAL DE RECEITAS DE CAPITAL:

R$ 5.515,05

ALIENAÇÃO DE BENS

OUTRASRK

R$ 23,11 R$ 523,13

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

R$ 4.755,17

AMORTIZAÇÃO DE

EMPRÉSTIMOS

TRANSFERÊNCIAS DE

CAPITALR$ 0,19R$ 213,45

TOTAL DE DESPESAS CORRENTES:

R$ 53.085,01

TOTAL DE DESPESAS DE CAPITAL:

R$ 7.746,77

- PODER EXECUTIVO: R$ 10.603,47- DEMAIS PODERES: R$ 3.507,45- OUTRAS DESPESAS: R$ 300,10

OUTRAS DESPESAS

CORRENTES

R$ 36.040,53

JUROS E AMORTIZAÇÃO

DA DÍVIDA

R$ 4.859,28

- CUSTEIO E OUTRAS DESP. CORRENTES: R$ 10.757,40

- INATIVOS E PENSIONISTAS: R$ 10.267,75

- TRANSF. E ENCARGOS: R$ 15.015,38

INVESTIMENTOS E INVERSÕES FINANCEIRAS

R$ 5.520,95

PESSOAL E ENCARGOS

SOCIAISR$ 14.411,02

Valores em R$ milhões sem Intraorça-mentárias.

RECEITA TOTAL 63.590

Receita Corrente 55.060

Receita de Capita l 5.515

Receita Intraorçam. 3.016

DESPESA TOTAL 63.819

Despesa Corrente 53.085

Despesa de Capita l 7.747

Despesa Intraorçam. 2.987

RESULTADO ORÇAMENTÁRIO -229

DISCRIMINAÇÃOEXECUÇÃO

EM 2012

R$ milhões

ano, abordaremos os temas dando grande enfoque

à evolução das despesas realizadas.

Busca-se, assim, proporcionar condições para o

melhor entendimento das informações passadas à

você, contribuinte, consumidor, cidadão.

Nesta seção, apresentaremos o orçamento público

do Estado separado por funções orçamentárias, ou

seja, grandes áreas de despesas, com destaque às

programações mais importantes realizadas pelo Po-

der Executivo e que tenham considerável impacto

na vida da sociedade fluminense, como saúde, edu-

cação e segurança pública.

Para melhor visualização e entendimento das me-

lhorias realizadas pelo Governo do Estado no último

DE S TAQU ES - ÁR E AS ES TR ATÉ GI C AS

RE SU LTADO PR IM ÁR IO

O Resultado Primário é

um importante instrumen-

to para a adequada ges-

tão fiscal do Estado, pois

procura avaliar a susten-

tabilidade da Política Fis-

cal (administração das

receitas, do orçamento e

da despesa pública), ou

seja, a capacidade dos

governos em gerar recei-

tas em volume suficiente

para pagar as suas contas

usuais (despesas corren-

tes e investimentos), sem

que seja comprometida

sua capacidade de admi-

nistrar a dívida existente.

Em síntese, o resultado

representa a diferença

entre as receitas e as des-

pesas primárias, permitin-

do avaliar se o governo

está ou não atuando den-

tro de seus limites orça-

mentários, ou seja, contri-

buindo para a redução ou

elevação do endividamen-

to do setor público. É um

indicativo do grau de difi-

culdades que o governo

terá para financiar suas

despesas, ou para manter

a economia sob controle.

O resultado do Estado

em 2012 manifestou uma

melhora nas receitas pri-

márias (+ 4%, +R$ 2.256

milhões). Porém, tal cres-

cimento não foi suficiente

para suprir o acréscimo

das despesas primárias (+

11%, +R$ 5.765 milhões).

Tal cenário impactou no

resultado primário, acarre-

tando em déficit de R$

909 milhões.

55

56

54

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56

RECEITA PRIMÁRIA DESPESA PRIMÁRIA

Milh

ares

RECEITA PRIMÁRIA DESPESA PRIMÁRIA

2011 2012 Var

RECEITA TOTAL 57.454 63.590 11%

Receita Financeiras 2.632 5.548 111%

Receita Intraorçam. 2.051 3.016 47%

RECEITA PRIMÁRIA (A) 52.771 55.027 4%

DESPESA TOTAL 56.553 63.819 13%

Despesa Financeiras 4.192 4.896 17%

Despesa Intraorçam. 2.190 2.987 36%

DESPESA PRIMÁRIA (B) 50.171 55.936 11%

RESULTADO PRIMÁRIO (A-B) 2.600 -909 -135%

DISCRIMINAÇÃOEXERCÍCIO

R$ milhões

Página 9 MAIO DE 2013

Transporte público e coletivo é todo aquele meio de

transporte que é proporcionado pelo poder público e

que atende a todos os cidadãos, sem qualquer distin-

ção.

O Estado tem obrigação de prestar esse serviço e é

responsável por ele mesmo quando não o opera dire-

tamente e utiliza a prestação de serviços de empre-

sas privadas.

Seu funcionamento adequado envolve uma série de

princípios básicos que devem ser garantidos para que

funcionem adequadamente.

Em 2012, o Governo do Estado destinou R$ 2.448

milhões dos recursos obtidos para essa importante

função estatal. No triênio, foram R$ 6.237 milhões já

disponibilizados para a melhoria do sistema de trans-

porte.

O Bilhete Único, importante projeto implementado

pelo Governo do Estado, gera à sociedade diversos

benefícios, tais como: economia financeira para o

cidadão, ampliação das oportunidades de trabalho e

a melhoria no nível de qualidade de vida da popula-

ção.

O Bilhete é um benefício tarifário realizado a partir da

redução das tarifas praticadas nos serviços de trans-

porte intermunicipal, po-

dendo ser utilizado em

ônibus, barcas, trens, me-

trô e vans (regularizadas)

desde que haja integração

intermunicipal entre eles.

De acordo com estudo feito pela FGV, o projeto contri-

bui diretamente para o crescimento no índice da em-

pregabilidade no Grande Rio: os empregadores deixa-

ram de selecionar seus funcionários a partir do local

onde moram, gerando um equilíbrio na distribuição de

empregos entre moradores de diferentes regiões.

O Bilhete Único foi o 4º projeto mais dispendioso no

ano de 2012, com um custo de R$ 445 milhões (22%

maior do que no ano anterior).

Houve uma elevação de 18% no número de transa-

ções realizadas entre um ano e outro, passando a ter

uma média de 32 milhões de transações realizadas

por mês no ano de 2012.

Diante da importância e do impacto direto proporciona-

do pelo projeto, o Bilhete Único foi eleito pela Associa-

ção Internacional de Transporte Público como o me-

lhor programa de transporte da América Latina, na ca-

tegoria “Introdução a Política de Transporte”.

0

5

10

15

20

25

30

35

40Milh

ões

PASSAG. TRANSP / MÊS

83,8%

6,9%

2,6%

2,8%3,9%

PARTICIPAÇÃO POR SUBSÍDIO

ÔNIBUS VANS METRÔ TREM BARCAS

-

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2010 2011 2012

172

364

445

Milh

ões

OPERACIONALIZAÇÃO DO BILHETE ÚNICO

Fonte: Secretaria de Estado de Transporte - SETRANS

IN FR AES TRUTU R A - TRANSPORTE

Página 10 MAIO DE 2013

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

2010 2011 2012

1.814 1.975

2.448

Milh

ões

TRANSPORTE NO ESTADO DO RJ

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

Com capacidade de transportar mais de 300 mil pes-soas por dia, a Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro promete escoar o trânsito das Zonas Sul e Oeste e elevar a qualidade de vida de milhares de pessoas.

Iniciadas em junho de 2010 e com prazo para conclu-são em dezembro de 2015, as obras da Linha 4 se estendem por 16 km de extensão, que ligará a Zona Oeste às Zonas Sul, Norte e Central da cidade, reú-nem profissionais das cinco regiões brasileiras para a realização deste importante projeto para a sociedade fluminense.

A ligação subterrânea, com mais de dois quilômetros de rocha já escavada, contará com seis estações, pas-sando pelos bairros de Ipanema, Leblon, Gávea, São Conrado, até a Barra da Tijuca.

As obras do metrô, meio de transporte alimentado por

energia não poluente, acontecem em sintonia com

uma série de atividades voltadas para a preservação

do meio ambiente. Transtornos inevitáveis, porém,

necessários para um futuro melhor

Do total já investido no projeto (R$ 375 milhões), R$

142 milhões foram ao longo do exercício de 2012.

Destes, 95% (R$ 135 milhões) são referentes à etapa

de construção da Linha 4, e R$ 6,5 milhões com as

obras de expansão do metrô que ocorrem na estação

General Osório em Ipanema.

Iniciado em 1999, o PROGRAMA ESTADUAL DE TRANSPORTES (PET) foi concebido para a melhoria da qualidade dos serviços de transportes urbanos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro mediante o desenvolvimento de um sistema integrado de transpor-tes urbanos. O sistema ferroviário urbano do Grande Rio atravessa 12 municípios, ao longo de 99 estações espalhadas por 270 km de trilhos. Todo o sistema se encontra em franco processo de modernização, desde a reforma das estações até a compra de 120 novos trens elétri-cos. Ao todo estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões pelo Governo do Estado e pela concessionária Super-Via na revitalização da rede ferroviária, responsável pelo transporte de uma média de 525 mil pessoas dia-riamente. Em 2009, o Governo do Estado comprou 30 novos trens para o sistema, que começaram a ser entregues no final de 2011. Grande parte da nova frota já está em operação, sendo utilizada pela população. Além dos novos trens adquiridos, o Estado está comprando mais 60 composições que começarão a ser entregues já para a Copa do Mundo, em 2014. Toda despesa já realizada, tanto pelo Estado e como pela concessionária, faz parte do audacioso programa de reformas de estações, que estão sendo equipadas com novos sistemas de sinalização, comunicação, acessibilidades, iluminação, além de novos banheiros públicos. Um dos destaques da modernização é o no-vo Centro de Controle Operacional, o mais moderno do Brasil, capaz de acompanhar com detalhes, e em tempo real, toda a movimentação operacional.

IN FR AES TRUTU R A - TRANSPORTE

-

20

40

60

80

100

120

140

160

2010 2011 2012

8 14

142

Milh

õe

s

PROGRAMA DE EXPANSÃO DO METRÔ

-

50

100

150

200

250

300

2010 2011 2012

18

92

264

Milh

ões

PROGRAMA ESTADUAL DE TRANSPORTES

Página 11 MAIO DE 2013

Os municípios contemplados com esta ação foram: Queimados, Laje de Muriaé, Duque de Caxias, Casimi-ro de Abreu, Três Rios, Aperibé, Levi Gasparian, Pi-nheiral e a Região Serrana.

Outra marcante ação que vale destaque é a Recupera-

ção e Melhoria de Unidades Habitacionais, também

desenvolvida pela CEHAB. Com a despesa realizada,

R$ 44 milhões, 692 conjuntos habitacionais - dos mu-

nicípios de Três Rios, São João de Meriti, São Gonça-

lo, Petrópolis, Mesquita e Campos dos Goytacazes -

puderam ser recuperados e melhorados.

A moradia é um local fundamental para a vivência e convivência humana e a habitação possui um papel essencial tanto para o indivíduo quanto para a socie-dade em geral.

Tamanha importância faz desta função estatal uma imprescindível forma de participação do Governo do Estado junto à sociedade. Assim, o Estado procura planejar, coordenar e integrar a política estadual de habitação com o atendimento à demanda habitacional em todo seu território.

Nos últimos anos, o montante direcionado pelo Estado para a referida função chegou à ordem dos R$ 655 milhões, dos quais, 32% (R$ 209 milhões) foram reali-zados no último exercício financeiro.

Principal ação desenvolvida ao longo de 2012, a Pro-dução de Unidades Habitacionais, realizada pela Com-panhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (CEHAB), foi responsável por uma execução total de R$ 103 milhões, ou seja, 49% do quantitativo gasto pelo Governo, proporcionando à sociedade 1.438 uni-dades novas, todas concebidas dentro do padrão acei-tável de infraestrutura, sendo algumas inclusive proje-tadas para atender portadores de necessidades espe-ciais.

IN FR AES TRUTU R A - HABITAÇÃO

-

20

40

60

80

100

120

140

2010 2011 2012

51

79

132

113

85

27

Milh

õe

s

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Habitação Urbana Infraestrutura Urbana

200

205

210

215

220

225

2010 2011 2012

221

225

209

Milh

õe

s

HABITAÇÃO NO ESTADO DO RJ

Modelos de moradias contemplados pelo histórico Projeto Habitacional desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com os governos Municipal e Federal na cidade de Três Rios, Centro-Sul fluminense.

Página 12 MAIO DE 2013

todos os municípios flu-

minenses fechem seus

lixões até 2014. Sua

execução tem sido im-

portante para se avan-

çar na melhoria da quali-

dade das águas da Baía

de Guanabara, reforçando as iniciativas do Estado

para se atingir a meta de saneamento assumida com o

Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização

das Olimpíadas do Rio. No último triênio, o Governo

do Estado direcionou R$ 43 milhões para a execução

das ações do programa, sendo 38% no último ano.

Outro importante programa, o Projeto Igua-

çu, que tem como objetivo principal o contro-

le de inundações e a recuperação ambiental

das bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí,

que deságuam na Baía de Guanabara, con-

tou, nos últimos anos, com um grande apor-

te financeiro, tanto do Governo Estadual co-

mo do Governo Federal: R$ 339 milhões,

dos quais R$ 81 milhões foram executados

em 2012.

Concomitantemente, o Estado tem executa-

do outro relevante Programa: a Prevenção e o Contro-

le Ambiental de Inundações. Realizado pela SEA, o

programa também objetiva a recuperação de rios a

partir da dragagem, canalização e a implementação de

parques fluviais como forma de controle de inunda-

ções e a recuperação ambiental em todo o Estado,

com destaque para a Região Serrana. Em 2012, o Es-

tado direcionou R$ 48 milhões para esta ação, 35% do

investimento feito no último triênio.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

IN FR AES TRUTU R A - MEIO AMBIENTE

A interferência do homem no meio ambiente em virtu-

de do crescimento econômico tem causado sérios da-

nos ecológicos. A degradação deste meio manifesta-

se de várias maneiras e representa uma ameaça à

qualidade de vida humana e exclusão do futuro.

Foi em razão destas externalidades negativas que sur-

giu um novo Estado, que tem plena consciência desse

processo, e que aspira novos valores como o uso raci-

onal e solidário dos recursos naturais e o equilíbrio

ecológico. Construiu-se, assim, um novo conceito de

desenvolvimento cuja finalidade não destaca somente

o crescimento econômico, mas a melhoria e garantia

de bem-estar social, baseada no equilíbrio do patrimô-

nio ecológico, uma vez que a sustentabilidade ambien-

tal não consiste em redução do impacto da

atividade econômica, mas da adoção de

medidas que possibilitem o uso racional

dos recursos naturais.

Nesse percurso, o Governo do Estado tem

implementado diversas ações com o objeti-

vo de formular e coordenar a políticas de

proteção e conservação do meio ambiente

e de gerenciamento dos recursos hídricos,

visando ao desenvolvimento sustentável da

sociedade fluminense. Nos últimos anos, a

Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) tem desem-

penhado importantes ações de preservação e conser-

vação ambiental em todo o Estado.

O Programa Lixão Zero, desenvolvido em grande parte

com os recursos do Fundo Estadual de Conservação

Ambiental e Desenvolvimento Urbano (FECAM), prevê

a instalação progressiva de aterros sanitários ou cen-

trais de tratamento de resíduos que permitirão que

-

100

200

300

400

500

600

700

2010 2011 2012

604

481 532

Milh

õe

s

GESTÃO AMBIENTAL NO ESTADO DO RJ

-

50

100

150

200

2010 2011 2012

173

85 81

15 12 16

42 47 48

Milh

õe

s

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Projeto Iguaçu

Lixão Zero

Prevenção e Controle Ambiental de Inundações

Página 13 MAIO DE 2013

Todos têm o direito de viver com dignidade, logo, é

dever do Estado garantir a todos uma qualidade de

vida compatível com a dignidade da pessoa humana,

assegurando o saneamento básico.

Como coordenadora do Pacto pelo Saneamento, a

Secretaria de Estado do Ambiente tem atuado junto

aos municípios por meio de diversas iniciativas que

visam ampliar a infraestrutura dos sistemas de esgota-

mento sanitário, perseguindo

os objetivos do programa Rio

Mais Limpo.

Concebido pelo Governo do

Estado, o Pacto foi instituído

no Estado, em abril de 2011,

pelo Decreto nº 42.930, com o

objetivo de universalizar o

acesso a sistemas de sanea-

mento básico, minimizando os impactos negativos de-

correntes da inexistência desses sistemas sobre a sa-

úde da população, o meio ambiente e as atividades

econômicas.

O programa é uma iniciativa que envolve basicamente

três programas já em desenvolvimento no Estado -

Lixão Zero, Rio Mais Limpo e Guanabara Limpa - e

que envolve o trabalho em conjunto com as Secretari-

as Estaduais do Ambiente, de Agricultura e Pecuária e

de Obras, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos

(Cedae) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O programa tem como principal meta a coleta e o tra-

tamento de 80% do esgoto de todo o Estado até 2018.

De 2006 a 2010, já foram investidos cerca de R$ 500

milhões no programa, ampliando-se de 20% para 30%

o percentual de esgoto tratado. Em 2011 e 2012, o

Governo destinou ao programa R$ 64 milhões, sendo

R$ 44 milhões em 2012.

Esses planos são a base para a gestão adequada dos

serviços de saneamento prestados pelo Estado à sua

sociedade, e que devem prever não somente as metas

e ações para universalização

do acesso aos serviços de for-

ma gradual e progressiva, mas

especialmente definições do

modelo e dos responsáveis

pela prestação, fiscalização e

regulação desses serviços.

Em 2012, o Estado investiu R$

282 milhões em saneamento

básico, dos quais R$ 106 milhões, 38%, foram direcio-

nados à ação de Abastecimento de Água no Estado,

R$ 84 milhões, 30%, para o Saneamento nas bacias

da Baía de Guanabara, e R$ 59 milhões, 21%, para a

Recuperação de Áreas Degradadas.

Isso mostra o comprometimento do Governo do Esta-

do com o bem estar social e com um dos mais impor-

tantes aspectos da saúde pública mundial.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

IN FR AES TRUTU R A - SANEAMENTO

-

50

100

150

200

250

300

2010 2011 2012

178

240

282

Milh

õe

s

SANEAMENTO NO ESTADO DO RJ

-

20

40

60

80

100

2010 2011 2012

8

60

-

26

56

84

15 12 16

-

20

44

Milh

ões

AÇÕES DESENVOLVIDAS

Saneam Entorno Baía de GB Saneam nas Bacias da Baía de GBLixão Zero Rio Mais Limpo

Página 14 MAIO DE 2013

Assim, é preciso aplicar políticas públicas que se con-

vertam também em inclusão social, redução da desi-

gualdade, ordenamento urbano, enfim, melhoria da

qualidade de vida da sociedade fluminense.

O desafio chave é assegurar que o desenvolvimento

não só satisfaça os requisitos espaciais da transforma-

ção econômica como também forneça uma melhor

qualidade de vida, protegendo o meio ambiente, dimi-

nuindo o risco de desastres ambientais e oferecendo

um crescimento inclusivo, atendendo às necessidades

de habitação e oportunidades econômicas do segmen-

to mais pobre da população.

Nos últimos três anos, o Estado, na busca por ampliar

a infraestrutura com inclusão social e econômica, dire-

cionou R$ 5.476 milhões para a realização de impor-

tantes ações em todo seu território.

Em 2012, foram investidos R$ 2.103 milhões, que cor-

respondem a um aumento de 24% frente ao montante

concedido no ano anterior.

Uma obra pública é qualquer intervenção espacial,

urbana ou rural, empreendida pelo Poder Público e

que possua, em geral, o interesse da população, cons-

tituindo-se em uma das principais funções da adminis-

tração pública.

No aspecto jurídico, segundo a Lei nº 8.666/93, que

rege as licitações e contratações públicas, obra públi-

ca é toda construção, reforma, fabricação, recupera-

ção ou ampliação de um bem público, a ser realizada

pelo Ente Público, nesse caso, o Estado.

O Governo do Estado do RJ, por meio da Secretaria

de Obras, procura planejar, organizar, coordenar e

avaliar suas ações setoriais relativas ao desenvolvi-

mento viário, urbano e saneamento básico que propici-

arão à sociedade fluminense as condições ideias para

um salto na qualidade da infraestrutura desejada.

O poder público procurou, nos últimos anos, atuar de

maneira a prover o território com oportunidades para

novos empreendimentos que possam proporcionar

para sua população o desenvolvimento econômico

desejado.

Com o objetivo de enfrentar os desafios na área de

infraestrutura, o Governo do Estado do Rio de Janeiro

vem adotando políticas voltadas para fortalecer o pla-

nejamento e a gestão do crescimento, por meio dos

programas e ações propostas no seu PPA. Acredita-se

que o conjunto de programas propostos constitui um

esforço coerente e sustentável para apoiar o desenvol-

vimento econômico e social do Estado do Rio de Ja-

neiro.

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

2010 2011 2012

1.679 1.694

2.103

Mil

es

INFRAESTRUTURA NO ESTADO DO RJ

-

100

200

300

400

500

600

700

2010 2011 2012

Mil

es

PRINCIPAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS 2010 - 2012

Abastecimento de Água

Delegacias Legais

Desenvolvimento Local eMunicípiosArco Metropolitano

Projetos de Infraestrutura

Reg. Serrana e Locais AtingCatástrofesMaracanã

Urbanização de Comunidades

IN FR AES TRUTU R A - OBRAS

-

100

200

300

400

500

600

Mil

es

PRINCIPAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS EM 2012

Página 15 MAIO DE 2013

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

IN FR AES TRUTU R A - OBRAS

Palco da grande final da Copa do Mundo de 2014 e

um dos principais cartões postais do Brasil, o Maraca-

nã está passando por obras de reforma que vão dar

mais conforto, segurança e visibilidade ao torcedor.

Para contemplar as recomendações da FIFA, o Gover-

no do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secreta-

ria de Estado e Obras e a Empresa de Obras Públicas

(EMOP), elaborou um projeto de modernização do

estádio, com alto nível de sofisticação de engenharia.

Do total investido em 2012, R$ 485 milhões, uma par-

cela significativa foi financiada com recursos de Ope-

rações de Crédito: R$ 356 milhões (73%) provenientes

do BNDES - PROCOPAS ARENA MARACANÃ e R$

87 milhões (18%) do Banco de Desenvolvimento da

América Latina – CAF.

Outro importante projeto realizado, a Ur-

banização de Comunidades, conta com

obras de urbanização e infraestrutura em

comunidades carentes, como construção

de unidades habitacionais, complexos de

saúde, escolas, áreas de lazer e esporti-

va, sistema de água e esgoto, teleférico,

planos inclinados, além de alargamento

de vias, totalizando, no último triênio,

mais de R$ 1 bilhão de investimentos.

Vale destacar também o projeto Imple-

mentação do Arco Metropolitano. Importante obra de

melhoria do sistema viário do Rio de Janeiro, o Arco

vai ligar o município de Itaboraí ao Porto de Itaguaí,

atravessando diversos municípios do Estado, permitin-

do o rápido escoamento das indústrias aqui localiza-

das, gerando maior competitividade e aquecimento

econômico para o Estado. No total serão 145 quilôme-

tros de extensão, sendo, aproximadamente, 71 quilô-

metros a ser construído pelo Estado. Somente em

2012, o Governo do Estado investiu R$ 335 milhões

no projeto, 43% do total já realizado nos últimos 3

anos para a concretização dessa importante ação.

Outro importante projeto realizado, a Urbanização de

Comunidades, conta com obras de urbanização e in-

fraestrutura em comunidades carentes, como constru-

ção de unidades habitacionais, complexos de saúde,

escolas, áreas de lazer e esportiva, sistema de água e

esgoto, teleférico, planos inclinados, além de alarga-

mento de vias, totalizando, no último triênio, mais de

R$ 1 bilhão de investimentos.

Por fim, outro projeto de destaque realizado em 2011 e

2012, a Recuperação da Região Serrana e de locais

atingidos por catástrofes, movimentou um total de R$

322 milhões em obras e assistência às famílias alcan-

çadas por desastres naturais, sendo 63% (R$ 203 mi-

lhões) executados somente no último ano.

No final de 2012, o Estado iniciou a

instalação de 150 casas pré-moldadas

para a atender às famílias desabriga-

das em Nova Friburgo.

Ao todo, serão montadas quase 700

casas nos seis municípios mais abala-

dos pela maior enchente já acontecida

na região.

Página 16 MAIO DE 2013

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

A educação foi, durante a maior parte da história, um

assunto explorado no âmbito privado, e não no públi-

co.

A ingerência do Estado nesse setor social começou a

ganhar vulto com a ideia do desenvolvimento de siste-

mas nacionais de educação. O Estado, em seu pro-

cesso de constituição histórica, ultrapassou o âmbito

do monopólio da força e da coação, ampliando seu

poder, através da sociedade civil e de suas institui-

ções, tais como as escolas, de modo a não atuar ape-

nas coercivamente, mas também consensualmente.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esta-

do de Educação (SEEDUC), desempenha um papel

relevante no cumprimento das políticas educacionais

do Governo Federal, executando a política estadual de

Educação, a qual busca elevar o patamar de cultura

da sociedade e fazendo uma escola pública democráti-

ca e de qualidade.

A missão da Secretaria é assegurar

uma educação em todo o estado

que garanta o acesso, permanência

e sucesso dos alunos dentro de

sala de aula.

Todo o trabalho dos profissionais

que gerenciam a educação está

voltado para esse importante desa-

fio de não só de garantir o acesso

de crianças e jovens em idade es-

colar e de jovens e adultos, como

também propiciar condições para o seu desenvolvi-

mento integral.

EDUCAÇÃO

Assim, o objetivo a ser atingido pelas programas esti-

mulados pelo Governo é a promoção de uma escola

pública de qualidade em todo o Estado.

As ações desenvolvidas que norteiam esta função es-

tatal estão voltadas para o funcionamento eficaz das

escolas, pelo estímulo ao aperfeiçoamento dos profes-

sores, os recursos materiais necessários ao dia a dia

da comunidade escolar e a orientação de todo o pro-

cesso pedagógico, incluindo a valorização do magisté-

rio.

Em 2012, o Estado destinou R$

8.184 milhões para a execução dos

projetos orientados para o aprimo-

ramento do setor educacional, o

maior volume orçamentário já reali-

zado pela educação estadual: 28%

superior ao de 2011.

No último triênio, foram gastos R$

22.074 milhões com o sistema edu-

cacional da sociedade fluminense.

Abaixo, para proporcionar maior

transparência à sociedade, apre-

sentamos os principais programas realizados no perío-

do 2010 - 2012. Juntos, são responsáveis, em média,

por 92% do total de recursos gastos na função.

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

2010 2011 2012

6.633 7.257

8.184

Mil

es

EDUCAÇÃO NO ESTADO DO RJ

- 500

1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500

Mil

es

PRINCIPAIS PROGRAMAS 2010 - 2012

2010

2011

2012

Página 17 MAIO DE 2013

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Edu-

cação Básica (Fundeb), iniciativa do Ministério da Edu-

cação, é um fundo especial, de natureza contábil e de

âmbito estadual formado, na quase totalidade, por re-

cursos provenientes dos impostos e transferências dos

Estados, Distrito Federal e Municípios, vinculados à

educação por força da Constituição Federal.

Com o objetivo de distribuir os recursos obtidos, levan-

do em consideração o desenvolvimento social e eco-

nômico de cada região, o Fundo é um importante com-

promisso governamental com a educação básica (da

creche ao ensino médio), na medida em que aumenta

em dez vezes o volume anual dos recursos. Além dis-

so, materializa a visão sistêmica da educação, pois

financia todas as etapas da educação

básica e reserva recursos para os pro-

gramas direcionados a jovens e adul-

tos.

Desde a promulgação da Constituição

Federal, 25% das receitas dos impos-

tos e transferências dos Estados, Dis-

trito Federal e Municípios se encon-

tram vinculados à Educação.

Com a Emenda Constitucional nº 14, 60% desses re-

cursos da educação passaram a ser sub-vinculados ao

Ensino Fundamental, sendo que parte dessa sub-

vinculação passava pelo Fundef, cuja partilha dos re-

cursos, entre o Governo Estadual e seus municípios,

tinha como base o número de alunos do ensino funda-

mental atendidos em cada rede de ensino.

Com a Emenda Constitucional nº 53, essa sub-

vinculação passou para 20% e sua utilização foi ampli-

ada para toda a Educação Básica, por meio do Fun-

deb, que promove a distribuição dos recursos com

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

EDUCAÇÃO

base no n.º de alunos da educação básica pública, de

acordo com dados do último Censo Escolar, sendo

computados os alunos matriculados nos respectivos

âmbitos de atuação prioritária. Ou seja, os Municípios

receberão os recursos do Fundeb com base no núme-

ro de alunos da educação infantil e do ensino funda-

mental e os Estados com base nos alunos do ensino

fundamental e médio.

Assim, a aplicação desses recursos, pelos gestores

estaduais e municipais, deve ser direcionada levando-

se em consideração a responsabilidade constitucional

que delimita a atuação dos Estados e Municípios em

relação à educação básica.

Em 2012, a aplicação de tais recursos no Estado do

RJ foi equivalente a R$ 4,8 bilhões,

dos quais R$ 2,5 bilhões foram aplica-

dos diretamente via SEEDUC – o Go-

verno do Estado utiliza recursos do

Fundo devido ao número de matrícu-

las da rede de ensino pertencentes ao

ente, recursos esses denominados de

Retorno do Fundeb.

A outra parcela dos recursos dirigidos

ao Estado, R$ 2,3 bilhões, valor este equivalente à

diferença entre o que o Estado envia ao Fundo e o que

este repassa para a aplicação direta (também denomi-

nada de Perda Líquida do Fundeb), foi repassada aos

municípios fluminenses para que houvesse o investi-

mento necessário na educação municipal.

Vale esclarecer que o valor do retorno do fundo, incluí-

dos os rendimentos da aplicação financeira, é destina-

do principalmente para a gestão da função, possibili-

tando que o Governo do Estado conceda diversos be-

nefícios para os profissionais desta área.

-

1.000

2.000

3.000

Milh

õe

s

PRINCIPAIS PROJETOS EM 2012

Página 18 MAIO DE 2013

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

De acordo com o Artigo 4º do Estatuto da Criança e do

Adolescente, é dever da família, da sociedade em ge-

ral e do poder público assegurar, com absoluta priori-

dade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à

saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao la-

zer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao

respeito, à liberdade e à convivência familiar e comuni-

tária da criança e do adolescente.

O Novo Degase (Departamento Geral de Ações Socio-

educativas) é um órgão vinculado a SEEDUC, que tem

a responsabilidade de acolher, cuidar, aten-

der e tratar o adolescente em conflito com a lei, bem

como seus familiares, por meio de medidas socioedu-

cativas, objetivando sua reinserção na sociedade.

Sua criação ocorreu a partir da interlocução do Gover-

no Estadual com o Centro Brasileiro para Infância e

Adolescência - CBIA, em consonância com as diretri-

zes político-governamentais de promoção, defesa e

garantia de direitos de proteção legal com a absorção

integral dos adolescentes atendidos pela CBIA.

Com diversos projetos socioeducativos sendo aplica-

dos pelo Departamento (Projeto Lego, Projeto Aprendi-

zes da Liberdade, Projeto Liberdade Digital, Projeto

Significando Vidas, Projeto Mão dos Futuro, Projeto

Empregabilidade, Projeto Emplacando Vidas), o Go-

verno do Estado, diante da relevante função social,

destinou, em 2012, R$ 32 milhões para a continuidade

das ações do programa.

Nos últimos três anos, o Estado manteve o nível de

recursos concedidos: já foram executados R$ 89 mi-

lhões com atividades que favorecem a formação de

pessoas autônomas, cidadãos solidários e profissio-

nais competentes, possibilitando, assim, a construção

de projetos de vida e a convivência familiar e comuni-

tária.

O programa conta com 17 unidades de semi-liberdade,

4 unidades de internação, 4 de internação provisória, 1

unidade de acolhimento e 1 hospital para tratamento

de dependência química. Em 2012 foram 22 mil aten-

dimentos realizados. Uma média de 2.500 adolescen-

tes por mês.

EDUCAÇÃO

Outro importante projeto executado pelo Estado, a

Nutrição Escolar teve seu início em 1975, com a fusão

do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Ja-

neiro, o que possibilitou a criação da Coordenação de

Nutrição Escolar no Estado do Rio de Janeiro.

Ao longo dos anos, o projeto recebeu diferentes deno-

minações e, atualmente, atende como Coordenação

de Alimentação Escolar.

Atualmente, a Coordenação é o setor responsável pelo

planejamento, orientação e supervisão do Programa

de Alimentação Escolar do Estado do Rio de Janeiro.

Este Programa tem por objetivo garantir a suplementa-

ção das necessidades nutricionais dos escolares, con-

tribuindo para menor evasão e melhor rendimento es-

colar.

As refeições são oferecidas diariamente, durante todo

o ano letivo, abrangendo todos os turnos das Unida-

des Escolares.

A partir de 1983, o Governo do Estado do Rio de Ja-

neiro implantou o processo de descentralização da

alimentação escolar, tendo como objetivo dar autono-

mia administrativa às operações pertinentes à aquisi-

ção, estocagem e distribuição de alimentos nas esco-

las estaduais. Os recursos financeiros passaram a ser

transferidos diretamente para as Unidades Escolares,

pela SEEDUC.

Mensalmente, a Coordenação publica os cardápios

para a merenda escolar elaborados pelas Nutricionis-

tas da Coordenação, visando atender todas as neces-

sidades nutricionais dos alunos durante o tempo de

permanência na escola, respeitando-se os hábitos ali-

mentares, a cultura alimentar da localidade, a diversi-

dade agrícola da região e a alimentação saudável e

adequada.

De 2010 a 2012, o Governo aplicou, em média, R$

236 milhões no programa nutricional dos alunos da

rede pública estadual. Em 2012, foram R$ 232 milhões

destinados para a alimentação dos estudantes da rede

estadual.

Página 19 MAIO DE 2013

Outra importante ação desenvolvida pelo Governo do

Estado merece especial atenção: o processo de valori-

zação dos professores da rede estadual.

O sistema educacional do estado tem apresentado

números satisfatórios nos últimos anos: até dezembro

de 2011, o Estado contava com 1.357 escolas e

60.829 profissionais do corpo docente, possibilitando o

atendimento de 1.043.555 alunos – numa razão de 17

alunos por professor.

Atualmente o Estado conta com 1.312 escolas estadu-

ais, 72 mil profissionais do corpo docente e 930.799

alunos nas escolas públicas - consequência direta do

processo de municipalização de algumas escolas, ten-

do em vista a priorização, pelo Estado, do ensino mé-

dio, conforme normativos da Lei de Diretrizes e Base

da Educação Nacional.

Diante da necessidade do contínuo investimento do

corpo educacional, o Estado tem direcionado um

quantitativo ainda mais expressivo para o setor: diver-

sos benefícios foram concedidos aos profissionais da

educação. Essa ação demonstra a valorização do se-

tor educacional, uma das prioridades do Governo.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

EDUCAÇÃO

Desde 2011, os professores já recebem auxílio-

transporte; o pagamento do antigo programa Nova

Escola, que era para terminar só em 2015, foi liquida-

do em 2012; reajustes salariais todos os anos. O pa-

gamento do auxílio-qualificação, uma medida inédita

na rede estadual, no valor de R$ 500, está entre as

ações que visam à valorização da categoria.

Abaixo, são listados alguns dos benefícios concedidos

pelo Estado.

BENEFÍCIO 2010 2011 2012

Auxílio Qualificação e Bolsa Auxílio 26.864.137 35.276.923

Auxílio Transporte 64.969.939 64.783.115

DESPESAS DE CUSTEIO - 91.834.076 100.060.038

Adicional de Titulação 2.929.430 5.456.784 6.681.830

Gratific p/ Exercício de Encargos Especiais * 58.022.992 88.918.401 50.458.040

Gratific p/ Exercício de Encargos Especiais - PROEIS 16.635.225

Gratificação de Desempenho de Escola (bonificação por resultado) 35.245.945 15.177.451 37.440.109

Gratificação de Lotação Prioritária GLP 49.410.196 79.082.419 82.837.139

DESPESAS DE PESSOAL 145.608.563 188.635.055 194.052.344

TOTAL 145.608.563 280.469.130 294.112.381

* Estão incluídas as grati ficações : di retor; di retores regionais e pedagógicos ; coordenador e orientador pedagógico; di fíci l provimento

BENEFÍCIOS CONCEDIDOS - ÁREA DE EDUCAÇÃO

Fonte: Secretaria de Estado de Educação - SEEDUC

Em valor nominal, de agosto/07 a março/12, houve variação de 85,30% no Salário Professor Docente I.

Página 20 MAIO DE 2013

Vale destacar o contínuo incremento de recursos para

a função – aumento de 10%, em valores nominais, nos

exercícios focados.

Principais projetos desenvolvidos em 2012, a Assistên-

cia Farmacêutica, a Farmácia Popular, as Unidades de

Pronto Atendimento (UPAs), o Programa de Apoio aos

Hospitais do Interior (PAHI) e a Gestão Compartilhada,

foram responsáveis por R$ 981 milhões dos recursos

aplicados nesta importante função estatal.

Assim, diante de tamanho comprometimento via políti-

cas governamentais, números impressionantes em

diversos setores da saúde marcaram o ano de 2012

em todo o Estado do RJ, demonstrando a excelência

de atendimento para os pacientes da rede estadual.

As Unidades de Pronto Atendimento 24 Horas (UPAs)

superaram a marca de 15 milhões de atendimentos,

representando a importância do projeto implementado

pelo Governo do Estado para a organização da rede

de saúde.

De maio de 2007 até 2012, o Estado instalou 52 Uni-

dades, as quais estão distribuídas por todas as regiões

do estado.

De grande impacto para a saúde pública, as Unidades

ajudam a reduzir o fluxo nas grandes emergências,

uma vez que a taxa de resolutividade nas UPAs ultra-

passa 99%. Além disso, foram realizados 13 milhões

de exames laboratoriais e de Raios-X e distribuídos

mais de 108 milhões de medicamentos.

As 52 Unidades já instaladas somam 208 leitos em

salas de cuidados intensivos, 680 leitos em salas de

cuidados semi-intensivos e 413 consultórios. Cinco

delas estão passando pelo processo de acreditação da

JCI (Joint Comission International), principal referência

no tema de qualidade em instituições de saúde.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SAÚDE

A saúde pública foi e sempre será reconhecida como a

função do Estado de Direito.

A saúde não seria direito de todos sem a prestação de

serviços públicos, oferecidos diretamente a quem de-

les necessitassem.

De acordo com a Constituição Estadual, é dever do

Estado garantir a todos os serviços de saúde que pos-

sibilitem uma qualidade de vida compatível com a dig-

nidade da pessoa humana.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esta-

do de Saúde (SES), procurou formular, implantar e

gerenciar políticas públicas eficazes que estejam volta-

das para o atendimento e melhoria da saúde pública

em todo o seu território, um dos seus comprometimen-

tos com a sociedade fluminense.

Prova disso, no triênio 2010 – 2012, o Estado ampliou

consideravelmente a disponibilidade de recursos para

a gestão e aperfeiçoamento da saúde pública: R$

11.958 milhões foram executados no período, sendo

36% (R$ 4.364 milhões) somente em 2012.

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

2010 2011 2012

3.612 3.982

4.364

Milh

õe

s

SAÚDE NO ESTADO DO RJ

- 50

100 150 200 250 300 350 400 450

134 66

321

57

403

Milh

õe

s

PRINCIPAIS PROJETOS EM 2012

Página 21 MAIO DE 2013

Oferecendo os serviços de pediatria, odontologia e

urgências clínicas, além de exames laboratoriais e

salas de Raios-X, essa imprescindível ação governa-

mental executou, ao longo de 2012, R$ 321 milhões

do orçamento público.

Outro importante programa conduzido pelo Governo

do Estado do RJ, a Farmácia Popular tem como objeti-

vo promover a democratização do acesso da popula-

ção idosa (a partir dos 60 anos) e das pessoas com

deficiência a uma lista de medicamentos a baixo custo.

O projeto busca garantir o tratamento farmacológico

das patologias mais frequentes nesse estrato etário e

as fraldas descartáveis a baixo custo.

A primeira Unidade da Farmácia Popular foi inaugura-

da em julho de 2003, em Niterói, sendo intitulada como

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SAÚDE

Farmácia Popular

Vital Brazil e estava

sob a gestão do Ins-

tituto Vital Brazil –

IVB, o que incluía a

aquisição e distribui-

ção de medicamen-

tos e serviços e,

posteriormente, a de

fraldas descartáveis.

Em junho de 2008, já com 19 Unidades, o programa

passou para a gestão da SES, sendo delineado um

novo projeto para a Farmácia Popular do Estado com

adequações importantes baseadas na inclusão do ido-

so em uma Rede de Proteção Social.

Em abril de 2009, a Farmácia Popular ganhou uma

nova gestão para a implantação de um novo modo de

operacionalização e do gerenciamento da equipe téc-

nica.

Nos últimos anos, 2010 – 2012, o Governo do Estado

direcionou R$ 183 milhões para a implantação e ope-

racionalização do programa, dos quais 36% (R$ 66

milhões) foram aplicados no último exercício.

Página 22 MAIO DE 2013

Para que o repasse trimestral variável seja feito, o pro-

grama estabelece um conjunto de medidas a serem

cumpridas pelos municípios parceiros.

Em 2012, o Estado investiu R$ 57 milhões no projeto.

Outra ação de destaque do Governo do Estado, com a

qual a sociedade fluminense foi contemplada, em de-

zembro de 2011, foi o primeiro Centro de Diagnóstico

por Imagem, mais conhecido como Rio Imagem.

O Centro reúne em um só lugar equipamentos de últi-

ma geração para atender aos usuários do Sistema

Único de Saúde (SUS), sendo todos os exames gratui-

tos.

O Rio Imagem

tornou-se uma

referência no

atendimento e

possibilitou algo

inédito no esta-

do: um ambiente

que concentra

num só lugar

uma série de

exames de alta

complexidade e

tecnologia de

ponta, com

atendimento de

alta qualidade.

A unidade com 10 mil metros quadrados de área cons-

truída é modelo para exames como ressonância mag-

nética, tomografia computadorizada, mamografia, eco-

cardiografia, ultrassonografia e Raios-X.

Em 2012 o Centro foi contemplado com o Prêmio Ba-

rão de Mauá – Gestão em Saúde na categoria entida-

de pública.

Cabe destacar que o Rio Imagem também conta com

serviços móveis de imagens - dois tomógrafos e uma

ressonância móveis. Inaugurados no final de 2010,

estes serviços são responsáveis por diminuir a deman-

da reprimida por exames no estado e são os aparelhos

que mais fazem exames no mundo.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SAÚDE

O Programa de Apoio aos Hospitais do Interior (PAHI),

outra ação de sucesso do Governo do Estado, foi cria-

do pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil

(Sesdec) com objetivo de fomentar, em parceria com

as prefeituras, a organização da atenção à saúde por

regiões, com a qualificação do acesso ao Sistema Úni-

co de Saúde (SUS).

O projeto contemplou até agora 64 municípios com ou

sem unidades hospitalares.

O investimento para as duas fases do PAHI é de R$

80 milhões, podendo ainda ultrapassar este montante,

na medida em que novos municípios se credenciem

ao Programa.

O PAHI-

Regional é o

segundo progra-

ma desenvolvi-

do pela Sesdec

de apoio aos

hospitais do

interior, que re-

ceberão repas-

se financeiro

fixo, escalonado

de acordo com

o porte da uni-

dade.

O primeiro, lan-

çado em setem-

bro de 2009, foi o Programa de Apoio aos Hospitais do

Interior (PAHI), que beneficia atualmente unidades que

mantenham no mínimo 60% de seus leitos disponíveis

para usuários do SUS, desde que públicos ou filantró-

picos, e localizados em cidades com até 115 mil habi-

tantes.

O programa valoriza a política de saúde ao estabele-

cer metas, demonstrando assim a nova metodologia

da gestão de saúde do Rio de Janeiro.

Serão contempladas pelo PAHI-Regional as unidades

hospitalares que, de acordo com o Sistema de Infor-

mação Hospitalar (SIH/2010), atendam atualmente no

mínimo 10% de média complexidade e 20% de alta

complexidade, em cidades com até 115 mil habitantes.

Página 23 MAIO DE 2013

Os serviços móveis de imagem superaram a marca de

65 mil exames - as duas tomografias computadoriza-

das móveis (TCMs) ultrapassaram, juntas, os 50 mil

exames realizados e a ressonância computadorizada

móvel (RCM) chegou aos 15 mil procedimentos.

Em 2012 o Estado investiu R$ 39 milhões no projeto,

buscando aprimorar o atendimento na saúde pública.

Por fim, outro exitoso programa implementado pelo

Governo do Estado, a Gestão Compartilhada das Uni-

dades de Saúde, programa que busca disponibilizar

recursos de última geração para a melhoria da admi-

nistração e o atendimento de qualidade à população,

engloba os modelos de Gestão Compartilhada Parcial

e os de Gestão Compartilhada Integral, apresentando

elevado destaque em 2012.

A Gestão Compartilhada Integral representa uma par-

ceria do ERJ com Organizações Sociais (OS) para a

complementação do atendimento da rede pública atra-

vés da execução de serviços específicos em determi-

nados setores de saúde.

Esta parte do programa permitiu a melhoria na presta-

ção de serviços e a excelência no atendimento em

diversos ramos nas ações de serviços de saúde esta-

dual. Prova disso é o Hospital de Traumatologia e Or-

topedia Dona Lindu, em Paraíba do Sul, que, com pou-

co mais de dois anos, já é referência nacional em ci-

rurgias ortopédicas.

Em dezembro de 2012, a unidade recebeu a Certifica-

ção de Segurança no Atendimento ao Paciente emitido

pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

No decorrer de 2012, inúmeros mutirões de cirurgias

ortopédicas foram realizados para atender mais rapi-

damente a demanda da população do ERJ.

Já a Gestão Compartilhada Parcial representa a tercei-

rização de serviços especializados para algumas uni-

dades de saúde, que originariamente não possuíam a

disponibilidade de tais serviços.

Este modelo possibilitou a implantação do maior pro-

grama de Cirurgia Bariátrica de todo o país no Hospital

Carlos Chagas, em Marechal Hermes. No segundo

ano do projeto de cirurgia bariátrica através do Siste-

ma Único de Saúde (SUS), mais de 240 pacientes fo-

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SAÚDE

ram operados em 2012, em contrapartida com os 216

pacientes operados em 2011.

Além do crescimento do número de cirurgias, a conso-

lidação da técnica de videolaparoscopia permitiu a

diminuição do tempo de permanência do paciente no

hospital, devido a recuperação mais célere do pós-

cirúrgico.

Nos últimos dois anos, o Estado direcionou R$ 550

milhões para a execução das ações relacionadas ao

programa, sendo a maior parte, 73%, em 2012: R$

403 milhões.

Página 24 MAIO DE 2013

Nos últimos anos o Governo do Estado direcionou

grande volume orçamentário para a Segurança Públi-

ca: no triênio 2010 - 2012, foram executados R$

16.490 milhões em importantes programas governa-

mentais, dos quais R$ 6.665 milhões (40%) em 2012.

Comparativamente a 2011, houve um incremento de

25% nos gastos do Estado com a segurança da socie-

dade fluminense.

A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) é um dos

mais importantes programas de Segurança Pública

realizado no Brasil nas últimas décadas.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SEGURANÇA PÚBLICA

A gestão moderna e qualificada dos órgãos e políticas

do Governo do Estado do Rio de Janeiro foi a tônica

da administração estadual nos últimos anos. Como

consequência, o estado tem vivenciado um momento

único, em especial na área da Segurança Pública - um

dos seus pilares governamentais.

A requalificação da gestão dos diversos setores de

atuação do Governo, compromisso assumido pelo go-

vernador com a sociedade, faz parte desse ciclo virtu-

oso.

A Segurança Pública, enquanto dever do Estado ga-

rantido na Constituição, é a responsabilidade por em-

preender políticas e ações de repressão que possam

oferecer estímulos ativos para os cidadãos conviverem

numa sociedade.

Os esforços empreendidos nessa importante função

têm permitido o contínuo desenvolvimento do estado

como um todo, considerando que não é possível haver

desenvolvimento sem segurança.

A segurança pública não pode ser tratada apenas co-

mo medida de vigilância repressiva, mas como

um sistema integrado e otimizado envolvendo diversos

instrumentos de prevenção, coação, justiça e defesa

dos direitos. Assim, este processo, no Estado do RJ,

inicia-se pela prevenção, sendo concluído no trata-

mento e na reinclusão à sociedade do autor do ilícito.

Os órgãos estaduais responsáveis por essa função

atuam no sentido de neutralizar ou reprimir a prática

desses atos socialmente reprováveis, assegurando a

proteção coletiva.

-

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

2010 2011 2012

4.503

5.321

6.665

Milh

õe

s

SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO RJ

-

2.000

4.000

6.000

3 128 9 5 167 220

4.378

52 18

Mil

es

PRINCIPAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS EM 2012

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2010 2011 2012

Mil

es

PRINCIPAIS PROGRAMAS 2010 - 2012

Gestão Administrativa

Gestão da Segurança Pública

Grandes Eventos

Programa Dedicação Integral aoCidadão -DEDIC

Programa Integração da SegurançaPública

Programa Polícia Pacificadora

Sistema de Investigação Criminal

Sistema Penitenciário Estruturado

Página 25 MAIO DE 2013

Implantado pela Secretaria de Segurança no fim de

2008, as UPPs foram elaboradas com os princípios da

polícia de proximidade, um conceito que vai além da

polícia comunitária e tem sua estratégia fundamentada

na parceria entre a população e as instituições da área

de Segurança Pública.

Englobando parcerias entre as diversas esferas gover-

namentais – municipal, estadual e

federal – e diferentes atores da so-

ciedade civil organizada, o progra-

ma tem como objetivo a retomada

permanente de comunidades domi-

nadas pelo tráfico, assim como a

garantia da proximidade do estado

com a população.

Além de levar paz aos moradores

da comunidade, a pacificação tem

um papel fundamental no desenvol-

vimento social e econômico das comunidades, pois

potencializa a entrada de serviços públicos, infraestru-

tura, projetos sociais, investimentos privados e oportu-

nidades, proporcionando efeitos que extrapolam as

comunidades pacificadas, se estendendo a áreas adja-

centes, beneficiando direta e indiretamente uma popu-

lação bem maior.

O Estado do Rio já recebeu 32 UPPs e a previsão é de

que este número aumente para mais de 40 - aproxima-

damente 222 comunidades já contam com Unidades

em operação, e a expectativa é que, até 2014, outras

comunidades, abrangendo quase 860 mil moradores,

sejam beneficiados com o programa.

Com um efetivo atual de 8.431 policiais, o qual deve

chegar a 12,5 mil até 2014, o programa, em 2012, exe-

cutou R$ 3 milhões em ações que visam a sua conti-

nuidade.

Outro importante projeto desenvolvido pelo Governo, a

Delegacia Legal foi concebida para modificar radical-

mente a forma como a Polícia Civil vem desenvolven-

do suas atividades através da transformação de todas

as delegacias em Delegacias Legais - uma verdadeira

revolução na vida de uma delegacia e, consequente-

mente, do próprio trabalho policial.

As modificações implantadas envolvem desde a divi-

são do espaço físico até as rotinas da unidade policial

internas.

No período 2010 – 2012 foram investidos R$ 219 mi-

lhões na Reestruturação das Delegacias Legais e Ór-

gãos Investigativos, sendo R$ 52 milhões em 2012.

A Cidade da Polícia, outro inovador projeto estadual

no âmbito da segurança, caracteriza-se por ser um

complexo da Polícia Civil que está sendo criado com a

adaptação de um conjunto de pré-

dios da antiga gráfica da Souza

Cruz e a construção de novas ins-

talações, no Jacaré, na Zona Nor-

te do Rio.

O complexo será ocupado pela

maioria das delegacias especiali-

zadas, hoje espalhadas pela Regi-

ão Metropolitana, dinamizando o

trabalho da Polícia Civil.

Entre as diversas inovações na área de investigação e

preparação dos policiais, a Cidade da Polícia contará

com uma grande novidade: um estande de tiros de

primeiro mundo para aprimoramento de pontaria dos

policiais. O local será referência na América Latina por

sua tecnologia inédita e preocupação ecológica.

Em reta final de construção, a Cidade deverá ser inau-

gurada ainda no primeiro semestre de 2013. Foram

investidos, ao todo, R$ 12 milhões para o desenvolvi-

mento do projeto, sendo quase R$ 9 milhões em 2012.

SEGURANÇA PÚBLICA

Página 26 MAIO DE 2013

Cerca de 1.000 pessoas trabalharão diariamente no

Centro, parte se revezando em 24 horas e parte du-

rante o expediente. No total, são 668 postos de traba-

lho, e mais 44 para treinamento, além da Sala de Ge-

renciamento de Crises e das salas de reuniões exis-

tentes.

A segurança da cidade e da região metropolitana irá

melhorar na medida em que todos os órgãos de Defe-

sa Social trabalharão juntos no Centro de Operações e

a informação chegará a todos no mesmo momento,

possibilitando uma resposta muito mais rápida, melhor

qualificada e mais coordenada no atendimento às

emergências da população.

No total, foram R$ 87 milhões investidos para o desen-

volvimento do projeto – 49%, ou seja, R$ 42 milhões

foram aplicados em 2012.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

SEGURANÇA PÚBLICA

Por fim, vale destaque, a construção do Centro Inte-

grado de Comando e Controle do Rio de Janeiro

(CICC) reunirá uma série de serviços de atendimento

a emergências.

Em ritmo intenso de trabalho, as obras do Centro Inte-

grado, na Praça Onze, já entram na reta final.

Com previsão de inauguração em 2013, o CICC vai

reunir os serviços de atendimento a emergências das

Polícias Militar e Rodoviária Federal, do Corpo de

Bombeiros e do serviço de ambulâncias do Samu.

Além disso, terá a presença da Polícia Civil, da Defesa

Civil Estadual e do município do Rio de Janeiro, atra-

vés da sua Defesa Civil, da CET-Rio e da Guarda Mu-

nicipal.

O prédio vai funcionar, todos os dias, durante 24 ho-

ras, como centro integrado de operações, e contará

ainda com Centro de Gerenciamento de Crises, Centro

de Acompanhamento de Grandes Eventos e unidades

móveis de comando e controle.

Com autonomia de funcionamento, mesmo em caso

de blecaute, o Centro promoverá o monitoramento

cotidiano da cidade e da região metropolitana - 460

câmeras projetadas em um telão de 16 metros de

comprimento com 98 monitores garantirão a seguran-

ça da sociedade fluminense.

Foto do CICC em construção.

Foto ilustrativa do CICC.

Foto ilustrativa do ambiente interno do Centro Integrado de Comando e Controle.

Página 27 MAIO DE 2013

Estado direcionou R$ 172 milhões para o desenvolvi-

mento de atividades e projetos no âmbito cultural. No

último triênio, esse valor sobe para R$ 535 milhões.

Uma importante atividade desempenhada nos últimos

anos pelo Estado, a Cultura e Cidadania, com a fun-

ção de promover a difusão cultural, realizou, somente

em 2012, ações que totalizaram R$ 7,5 milhões (24%

do total já disponibilizado pelo Estado desde seu início

em 2010).

Outra ação estatal de extrema im-

portância cultural, o Incentivo à Lei-

tura e Conhecimento promoveu a

implantação das Bibliotecas Parque

de Manguinhos e Rocinha. Em

2012, o Estado investiu R$ 2 mi-

lhões com o objetivo de estruturar

um novo patamar de atendimento

às comunidades do estado - um

espaço cultural e de convivência,

que oferece à população ampla acessibilidade, com

qualidade física, humana e de serviços.

Vale ressaltar também a atividade Operacionalização

das Bibliotecas do Estado, que já movimentou, em

2011 e 2012, um total de R$ 5,8 milhões, sendo pouco

mais de R$ 3 milhões (55%) somente em 2012.

Para proporcionar maior transparência a você, cidadão

fluminense, abaixo, apresentamos as principais ações

realizadas em 2012. Juntas, elas são responsáveis por

21% do total de recursos encaminhados à Cultura, e

por 61% para a consecução da difusão cultural.

R E S U L T A D O P R I M Á R I O

ÁR E A SOC IAL - CULTURA

A cultura é um direito fundamental do ser humano e ao

mesmo tempo um importante vetor de desenvolvimen-

to econômico e de inclusão social, sendo, assim, uma

área estratégica para o desenvolvimento do nosso

Estado.

Incentivar, apoiar e fomentar as atividades culturais

em todo o seu território tem sido um compromisso

constante do Governo do Estado com a sociedade

fluminense.

Através da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), o

Estado tem procurado implantar e

gerenciar, sempre por meio de ca-

nais de comunicação estabelecidos

com a sociedade, políticas públicas

para democratizar o acesso à cultura

e garantir a diversidade cultural, as-

sumindo, assim, seu papel de plane-

jador e incentivador das atividades

culturais, na preservação e valoriza-

ção do patrimônio cultural e na estru-

turação da economia criativa.

Os projetos e ações desenvolvidas nos últimos anos

procuraram proporcionar reflexões sobre a importância

em manter as diversas identidades culturais existen-

tes, e estabelecer uma política cultural democrática

que reconheça a existência de múltiplas culturas den-

tro de uma mesma sociedade. Somente em 2012, o

160

165

170

175

180

185

190

195

2010 2011 2012

173

190

172

Mil

es

CULTURA NO ESTADO DO RJ

2012

R$ 7.470.840

R$ 3.227.160

Implantação Biblioteca Pública Estadual-BPE R$ 8.312.112

Implantação do Novo Museu da Imagem e do Som R$ 3.128.715

Incentivo às Atividades Artísticas R$ 4.170.837

R$ 2.253.631

R$ 3.941.149

Operacionalização das Bibliotecas R$ 3.235.869

R$ 35.740.314Total

AÇÕES DESENVOLVIDAS PARA DIFUSÃO CULTURAL

Cultura e Cidadania

Desenv.Economia Criativa

Incentivo à Leitura e Conhecimento

Incentivo ao Setor Audiovisual

Página 28 MAIO DE 2013

A assistência social, política pública não contributiva, é

dever do Estado e direto de todo cidadão que dela

necessitar.

Entre os principais pilares da assistência social no Bra-

sil estão a Constituição, que dá as diretrizes para a

gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da As-

sistência Social (Loas), responsável por determinar a

organização do sistema - descentralizado e participati-

vo, composto pelo poder público e pela sociedade civil.

A gestão da assistência social brasileira é acompanha-

da e avaliada tanto pelo poder público quanto pela

sociedade civil. Esse controle social consolida um mo-

delo de gestão transparente em relação às estratégias

e à execução da política.

A transparência e a universalização dos acessos aos

programas, serviços e benefícios promovidos por esse

modelo, vêm consolidar, definitivamente, a responsabi-

lidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobre-

za e da desigualdade.

Nesse sentido, o Governo do Estado procura imple-

mentar e coordenar políticas públicas, em articulação

com órgãos e entidades da administração federal e

municipal, bem como com entidades não-

governamentais, que propiciem à sociedade resulta-

dos socioassistenciais que assegurem o mínimo de

bem-estar e proteção social a famílias, crianças, ado-

lescentes, jovens, pessoas com deficiência e idosos.

No último ano, o Estado do RJ ampliou consideravel-

mente o montante de recursos públicos direcionados

ao assistencialismo da população: R$ 543 milhões em

2012, um aumento de 96% frente aos recursos utiliza-

dos em 2011. No último triênio, foram R$ 1.053 mi-

lhões em ações sociais.

Dentre os principais programas executados nos últi-

mos anos, vale destaque o Renda Melhor; a Proteção

da Criança e do Adolescente; a Proteção Social; e o

Morar Seguro.

O Programa Renda Melhor, responsável pela execu-

ção de R$ 199 milhões em ações no último exercício,

foi elaborado pela Secretaria de Assistência Social e

Direitos Humanos, sendo parte integrante do Plano de

Erradicação da Pobreza Extrema no Rio de Janeiro.

O programa tem como objetivo assistir com benefício

financeiro as famílias que são integrantes do Progra-

ma Bolsa Família, do Governo Federal.

O Governo do Rio de Janeiro visa, assim, alinhar-se

ao desafio nacional pela superação da pobreza extre-

ma, lançado pelo Governo Federal, com o Plano Brasil

Sem Miséria.

-

100

200

300

400

500

600

2010 2011 2012

232 278

543

Milh

ões

ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ESTADO DO RJ

-

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2010 2011 2012

10 7 8 16

81

200

43 43 45 40

80

45

Mil

es

PRINCIPAIS PROGRAMAS 2010 - 2012

Atendimento Social àPopulação Adulta

Programa Morar Seguro

Programa Renda Melhor

Proteção da Criança eAdolescente

Proteção Social

ÁR E A SOC IAL - ASSISTÊNCIA SOCIAL

Página 29 MAIO DE 2013

As famílias atendidas pelo Renda Melhor são as

que mais precisam de um apoio para superar a

situação de pobreza extrema. Os benefícios po-

dem variar de R$ 30 a R$ 300, de acordo com a

condição de vida de cada família. O Governo en-

tende que a pobreza não é apenas uma baixa ren-

da mensal - estar nela é também não ter acesso à

moradia adequada, à educação, à saúde, a um

trabalho decente e ao saneamento básico.

Além do benefício mensal do programa, o plano

de erradicação da pobreza extrema do Estado do Rio

de Janeiro inclui também Programa Renda Melhor Jo-

vem, realizado em parceria com a Secretaria de Edu-

cação, que oferecerá incentivo financeiro para que o

jovem se mantenha no fluxo regular de ensino e con-

clua o Ensino Médio.

Outro importante programa desenvolvido pelo Estado,

o Morar Seguro contempla duas importantes ações em

evolução: o Aluguel Social e o Atendimento à popula-

ção residente de áreas de risco.

O Aluguel Social é um benefício assistencial temporá-

rio destinado a atender necessidades advindas da re-

moção de famílias domiciliadas em áreas de risco ou

desabrigadas em razão de vulnerabilidade temporária

e calamidade pública. O auxílio poderá ser concedido

por um período de 12 meses no valor de R$500 ou

R$400.

Em 2012, o Estado direcionou R$ 79 milhões para

atender as necessidades das famílias cadastradas.

Outra ação de destaque em 2012, o serviço de Prote-

ção e Atendimento Integral à Família (PAIF), implanta-

do no estado desde 1999 e incorporado pelo Governo

Federal em 2003, se constituiu enquanto uma metodo-

logia de atendimento às famílias que orienta a imple-

mentação das ações voltadas para o atendimento a

idosos, crianças, jovens e adultos em seu contexto

individual e familiar.

O PAIF dinamiza a Proteção Social Básica, permitindo

o fortalecimento dos vínculos familiares e sociocomu-

nitários. Pela articulação com a rede de serviços do

território, favorece o acesso às políticas públicas seto-

riais e, consequentemente, o fortalecimento dos víncu-

los interinstitucionais.

O trabalho social com as famílias se desenvolve a par-

tir da identificação de suas vulnerabilidades e riscos

sociais no âmbito familiar e/ou comunitário, através de

demanda espontânea ou busca ativa. A construção de

uma visão crítica da realidade, o resgate da auto-

estima dos beneficiários, o incremento dos níveis de

autonomia das famílias são elementos fundamentais

no acompanhamento sistemático proposto pelo PAIF.

Em 2012, foram R$18 milhões de recursos públicos

direcionados à continuidade do projeto.

Por fim, vale ressaltar a Proteção à População de

Rua, importante ação desenvolvida pelo Governo do

Estado que procura consolidar a construção do cuida-

do à população de rua com todas as suas singularida-

des, proporcionando um atendimento de qualidade a

esta população. No último ano, o Estado direcionou

R$6 milhões para a realização das ações que con-

templam esse importante projeto estadual.

-

50

100

150

200

6

79

2

199

5

40 18

6 19

Milh

õe

s

PRINCIPAIS PROJETOS EM 2012

ÁR E A SOC IAL - ASSISTÊNCIA SOCIAL

Página 30 MAIO DE 2013

Página 31

PAL AV R AS F I NAI S

A Prestação de

Contas

Simplificada é o

documento que

permite ao

cidadão conhecer

os detalhes da

receita e da

despesa estadual

em cada área para

que haja clareza

sobre a destinação

dos recursos

públicos e seu

efetivo

acompanhamento

pela sociedade.

MAIO DE 2013

O fortalecimento e estímulo à transparência

é um dos principais objetivos da moderna

gestão pública.

A ampliação da divulgação das ações exe-

cutadas pelo Governo do Estado no último

exercício a toda sociedade fluminense, em

linguagem clara e acessível, além de contri-

buir positivamente para a consolidação do

princípio democrático, prestigia a noção de

cidadania e contribui para o desenvolvi-

mento do controle social.

Orientada pela mis-

são de promover

cada vez mais a

transparência dos

gastos públicos, a

Secretaria de Estado

de Fazenda (SEFAZ)

tem atuado inces-

santemente no senti-

do de incentivar uma

participação social

ampla e irrestrita para que os atos dos ges-

tores estaduais estejam sempre pautados

em importantes princípios: legalidade, pu-

blicidade e ética.

Como etapa desta missão, o Governo do

Rio de Janeiro oferece aos seus cidadãos

este importante instrumento, cumprindo

com o seu dever de dar conhecimento da

aplicação dos recursos públicos.

A Prestação de Contas Simplificada do

ERJ, iniciativa da SEFAZ, mostra-se como

substancial mecanismo à promoção da

transparência pública, condição necessária

para que os cidadãos possam exercer

efetivamente o controle social.

A SEFAZ vem desenvolvendo meca-

nismos que garantem a transparência,

ampliando o acesso do cidadão às

informações, importante passo na di-

reção de maior transparência e publi-

cidade dos atos da máquina adminis-

trativa, contribuindo para construção

de um verdadeiro Estado Democrático

de Direito.

Para o alcance

deste ideal, é

imprescindível

a participação

ativa da socie-

dade a fim de

garantir o bom

uso dos recur-

sos públicos!

Renato Villela

É A POPULAÇÃO DO ESTADO NO CONTROLE DAS CONTAS PÚBLICAS !

M A I O D E 20 13 .