secretaria de estado de educaÇÃo · sugestões de atividades no trabalho com a modelagem...

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDENCIA DE EDUCAÇÃO

ESTADO DO PARANÁ

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

UTFPR – CAMPUS CURITIBA 2016

Ficha da Produção Didático-Pedagógica – Turma 2016

Título: MODELAGEM MATEMÁTICA: ENTENDENDO O CUSTO DA CESTA BÁSICA

Autor: ROMEU GONÇALVES DE MORAIS

Disciplina/Área: MATEMÁTICA

Escola de Implementação do Projeto:

CE SEVERO FERREIRA RÜPPEL

Município da escola: TUNAS DO PARANÁ

Núcleo Regional de Educação: AM NORTE

Professor Orientador: RAIMUNDO RONILSON LEAL DO ROSÁRIO

Instituição de Ensino Superior: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR

Relação Interdisciplinar: Geografia; Sociologia; Filosofia; Química e Ciências.

Resumo: Através desta Unidade Didática serão apresentadas sugestões de atividades no trabalho com a Modelagem Matemática na perspectiva da Educação Fiscal para o entendimento do Custo da Cesta Básica. Pretende-se de forma direta e prática sugerir atividades que possam ser trabalhadas pelos professores de Matemática das escolas públicas levando o entendimento para os alunos de forma a

desenvolver o ensino aprendizagem da disciplina de Matemática utilizando-se do das situações do cotidiano.

Palavras-chave: Cesta Básica; Modelagem Matemática; Educação Fiscal; Orçamento Doméstico.

Formato do Material Didático: UNIDADE DIDÁTICA

Público: ESTUDANTES DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

MODELAGEM MATEMÁTICA: EDUCAÇÃO FISCAL, COMPREENDENDO O CUSTO DA CESTA BÁSICA.

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA

Este material denominado de Intervenção Pedagógica esta em formato de

Unidade Didática, propondo sugestões para trabalhar os conteúdos matemáticos

utilizando-se da Modelagem Matemática com estudantes da terceira série do ensino

médio, pelo viés do orçamento familiar, o cotidiano das famílias, permitindo assim

para o aluno que ele seja o agente transformador do conhecimento, construindo

assim o entendimento da importância da Matemática para a sociedade. Esse

trabalho será desenvolvido iniciando pelas situações problemas de sua casa, da sua

família utilizando-se dos conteúdos matemáticos e vice versa.

Bassanezi (2015) traz o seguinte questionamento: Quem surgiu primeiro: a

ciência Matemática ou a aplicação da Matemática? Pode-se dizer que a atividade de

aplicar matemática é tão antiga quanto a própria Matemática.

A intenção desta Unidade Didática é apresentar a Modelagem Matemática

como uma sugestão de atividades para o ensino aprendizagem da matemática de

uma maneira onde o aluno seja pesquisador e desenvolvedor do processo de ensino

aprendizagem percebendo a aplicabilidade dos conteúdos matemáticos no seu

cotidiano.

A propositura deste trabalho é fazer com que os alunos consigam, através

de alguns modelos matemáticos, trabalhar com o custo dos produtos alimentícios

que compõem a cesta básica em Tunas do Paraná com a finalidade que eles

compreendam o valor do produto e também a carga tributária aplicada para alcançar

o valor final de mercado e qual o retorno para a sociedade destes impostos

cobrados.

Nos últimos tempos, diversos pesquisadores, em especial nas

universidades, têm buscado caminhos para a renovação pedagógica ao criar

ambientes de ensino e aprendizagem favoráveis à capacitação de pessoas com

perfil adequado aos novos tempos. O ensino-aprendizagem com modelagem

matemática é um dos frutos mais ricos e promissores dessa busca (BASSANEZI, p.

11, 2015).

Este trabalho está desenvolvido utilizando-se do viés da Educação Fiscal

perpassando pela Matemática Financeira, mas de maneira menos maçante que o

ensino tradicional de conteúdos em caixas. A linguagem matemática vai aparecendo

de forma discreta onde os símbolos, formas e conteúdos matemáticos serão

contemplados de forma divertida, objetivando dar oportunidade ao aluno vivenciar e

relacionar os conhecimentos científicos com os conhecimentos do cotidiano.

Quando se aplica essa metodologia de ensino e aprendizagem pretende-se

despertar no aluno o senso de cidadão consciente quanto ao sistema tributário,

mostrando a carga tributária envolvida e qual será sua aplicabilidade no retorno para

a população, seja via Município, Estado ou União.

Um esquema simples deste processo é dado por McLone: a partir de um

tema (ou problema), é feita uma pesquisa à procura dados que serão traduzidos em

linguagem matemática, compondo um modelo que, em seguida, será submetido à

validação (BASSANEZI, P. 10, 2015).

Esquema simplificado de modelagem

A modelagem, não somente a matemática, mas modelagem como modelo,

pode ser aplicada/adotada em qualquer ambiente educacional e em qualquer

situação, aplicando sempre o conteúdo pertinente ao ano ao qual será aplicada a

atividade.

A modelagem é o processo de criação de modelos em que estão definidas

as estratégias de ação do indivíduo sobre a realidade, mais especificamente sobre a

sua realidade, carregada de interpretações e subjetividades próprias de cada

modelador (BASSANEZI, p. 15, 2015).

Através de listas, planilhas e gráficos será feita a cotação de preços da cesta

básica, consequentemente esse trabalho envolve medidas como: volume e massa,

trabalhando as quatro operações, envolvendo representações gráficas, razão e

proporção para desenvolver um cidadão consciente e participativo.

Serão desenvolvidas ações e atividades utilizando-se do contexto histórico

da matemática e a necessidade do ensino-aprendizagem.

Vivemos na era tecnológica onde a sociedade está quase toda conectada e

bastante dinâmica, sendo assim é preciso dar sentido no processo ensino

aprendizagem para que os alunos se sintam parte integrante deste processo.

As atividades propostas serão desenvolvidas de acordo com as etapas

propostas por Burak (2010):

1 - Escolha do tema: os estudantes podem sugerir temas de seu interesse,

que tenham curiosidades, ou situações problemas que envolvam temas atuais da

comunidade escolar ou da comunidade em que vivem;

2 - Pesquisa exploratória: nessa etapa o grupo deve coletar dados

necessários para o desenvolvimento do trabalho, aprofundando-se sobre o tema

escolhido;

3 - Levantamento dos problemas: com as informações obtidas na etapa

anterior, o grupo formulará os problemas, de acordo com os interesses dos alunos;

4 - Resolução dos problemas e o desenvolvimento da matemática

relacionada ao tema: para resolver os problemas levantados são necessários

conteúdos matemáticos, assim, o professor ajudará os alunos a rever conceitos e

conteúdos estudados anteriormente ou construir novos conhecimentos;

5 - Análise crítica das soluções: a última etapa visa á análise crítica das

soluções encontradas. Os estudantes poderão confrontar os resultados obtidos com

a realidade e verificar se existe coerência com o que foi estudado. Nesse caso, o

professor tem oportunidades de discutir e aprofundar-se acerca das estruturas

internas da Matemática.

DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE DIDÁTICA

1º MOMENTO – APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA – 03 aulas

Fonte: O autor

INTRODUÇÃO

Neste momento será feita a apresentação do Projeto de Intervenção

Pedagógica aos alunos para que eles possam compreender e realizar as atividades

de Modelagem Matemática construindo elementos para a variação dos preços dos

alimentos em Tunas do Paraná.

A Modelagem Matemática será apresentada aos alunos como alternativa

para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, com autonomia para pesquisa,

investigação e desenvolvimento.

A modelagem matemática, arte de expressar por intermédio de linguagem

matemática situações-problema de nosso meio, tem estado presente desde os

tempos mais primitivos (BIEMBENGUT, 2005, p. 7).

De acordo com Fernando Hernández e Montserrat Ventura, (1998, p.61), a

função de um projeto, na organização de atividades de ensino e aprendizagem na

escola é:

Favorecer a criação de estratégias de organização dos conhecimentos escolares em relação a: 1) o tratamento da informação, e 2) a relação entre os diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipótese que facilitem aos alunos a construção de seus conhecimentos, a transformação da informação procedente dos diferentes saberes disciplinares em conhecimento próprio.

Pretende-se mostrar aos alunos que os conteúdos matemáticos estão

relacionados com o cotidiano deles e que a matemática pode ser utilizada para

resolver problemas matemáticos ou situações advindas de questões não

matemáticas, tornando assim agradável o aprendizado de forma lúdica e prazerosa.

É notório e sabido que toda mudança de metodologia gera alguns conflitos

uma vez que todo o “novo” causa espanto e dificuldade de aceitação, mas com uma

proposta de trabalho que envolva os educandos de forma com que eles possam

explorar todas as oportunidades oferecidas para inovar e discutir alternativas de

ensino-aprendizagem da matemática para a educação básica pretende-se amenizar

tais conflitos.

Mas como mudar a cultura que está arraigada nos gestores das escolas, nos

professores, nos alunos, nas famílias? Esta mudança tem de ser bem pensada e

estruturada. Pensarmos que tudo se muda de um dia para o outro é uma forma de

não mudar (PACHECO, 2012, p. 23).

OBJETIVO

Mostrar aos alunos a importância desta proposta de trabalho bem como

levá-los ao entendimento e compreensão de todos os momentos da implementação

do Projeto de Intervenção Pedagógica.

RECURSOS UTILIZADOS

Sistema multimídia, textos1, vídeos2.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE

Para realizar essa atividade o professor apresenta aos alunos a Proposta de

Intervenção Pedagógica, Modelagem Matemática, com a finalidade de que eles a

compreendam esse modelo como uma alternativa de trabalho pedagógico. Após

essa compreensão os alunos terão elementos para realizar pesquisas dos itens que

compõem a cesta básica em Tunas do Paraná, entendendo a aplicabilidade dos

tributos pagos pelos alimentos adquiridos.

1 O professor pode valer-se de notícias atualizadas de: revistas, jornais, pesquisados na internet ou outros meios

de informação. 2 Imposto na Cesta Básica em https://www.youtube.com/watch?v=VXrMzOoDRvA

O professor orientará os alunos para a realização das atividades de maneira

que eles tenham autonomia para pesquisar, discutir, investigar, elaborar

questionamentos e envolvimento das situações do cotidiano relacionando ao Custo

da Cesta Básica e assim analisar através dos símbolos matemáticos e dos

conteúdos matemáticos o material pesquisado.

Os educandos serão parte integrante do ensino aprendizagem, serão atores

de suas próprias obras, uma vez que serão eles que desenvolverão as discussões,

farão planejamento para a coleta de dados, irão a campo para efetuar o

levantamento de dados passando pela organização e tabulação desses dados

coletados, realização de cálculos para encontrar valores e responder perguntas

chegando às conclusões finais. Lembrando que após essa conclusão serão feitas

apresentações para a comunidade escolar dos valores encontrados. Por ser a

modelagem uma opção de trabalho não necessariamente matemático, precisa

deixar claro aos alunos que será um ensino aprendizagem de diferenciado do

convencional e que a participação e interação é de suma importância para a

conclusão desta atividade.

O resultado do trabalho será divulgado para a comunidade escolar iniciando

pelos alunos do Ensino Médio e os nonos anos do Ensino Fundamental.

Devido a importância do tema pesquisado, serão trabalhados vídeos,

notícias de jornais, artigos científicos, reportagens entre outros.

Os alunos precisam conhecer sobre o tema: cesta básica, para que possam

através da compreensão desenvolver o trabalho. Sendo assim é importante alguns

questionamentos:

- Conhecem ou ouviram falar sobre o tema: Cesta Básica?

- Por que deste nome Cesta Básica?

- Quais itens compõem a Cesta Básica?

- A quantidade sugerida é suficiente para uma alimentação saudável do

cidadão?

- Quantas horas o trabalhador assalariado pelo salário mínimo precisa para

aquisição dos itens da Cesta Básica?

- Qual o percentual do salário mínimo é utilizado para o pagamento da Cesta

Básica?

Fonte: O autor

2º MOMENTO – Entendimento sobre a Cesta Básica – 05 aulas

Fonte: O autor

Fonte: O autor

Fonte: O autor

INTRODUÇÃO

Neste momento o professor como mediador fará um levantamento do

conhecimento prévio dos alunos quanto ao tema Cesta Básica.

Conforme Sadovsky (2010), devemos considerar os estudantes sujeitos

pensantes, com ideias próprias e férteis, capazes de produzir novas ideias, é aceitar

que eles também precisam pensar “intimamente”, pensar “em rascunho”, ensaiar,

explorar, rabiscar, “dar-se o luxo” de relacionar suas questões com aquilo que é

significativo para eles, apelar para representações que os ajudem a “ver”.

É praticamente impossível conceber a vida do homem moderno sem a

presença dos números e dos cálculos. (GRANJA, 2012, p. 13).

Depois deste levantamento, o professor abrirá para discussões acerca da

composição da Cesta Básica, organizando a divisão em grupos para a elaboração

dos trabalhos a serem desenvolvidos.

OBJETIVO

Que os educandos tenham informações suficientes para compreender o

tema referente a Cesta Básica, com dados trazidos pelos órgãos oficiais de medição

de índices.

CONTEÚDO

Além dos conteúdos matemáticos, envolve outras temáticas como:

Geografia, Sociologia, Filosofia, Química e Ciências.

RECURSOS DIDÁTICOS

Equipamento de multimídia, textos, vídeos, jornais que ilustrem o tema

abordado.

Texto 1: A Relevância da Educação Financeira na Formação de Jovens

Link: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/3405

Texto 2: Custo da Cesta Básica tem comportamento diferenciado nas

capitais pesquisadas.

Link:

https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2016/201609cestabasica.pdf

Texto 3: Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

Link:

http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/analiseCestaBasica201512.html

Vídeo 1: Educação Fiscal e Cidadania - Tributos: Que História é Essa? Link: https://www.youtube.com/watch?v=VUcDz_twyeo

Vídeo 2: Observatório Social - Educação Fiscal

Link: https://www.youtube.com/watch?v=q1wE46rgKZ4

Vídeo 3: Modelagem Matemática e Etnomatemática

Link: https://www.youtube.com/watch?v=19z4gIXoYM0&t=58s

AVALIAÇÃO

A avaliação se dará de forma contínua, observando os conteúdos e

conceitos trabalhados com os educandos em todos os momentos da construção da

Unidade Didática, através de elaboração de gráficos, planilhas, tabelas, relatórios,

apresentando seus conhecimentos prévios sobre os conteúdos abordados e fazendo

correlação com as outras disciplinas abordadas. O professor fará a mediação dos

trabalhos e observará a participação, envolvimento, criatividade, utilização dos

conteúdos e recursos disponíveis para o desenvolvimento dos trabalhos.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

O professor como mediador inicia pela divisão da turma em três grupos,

sendo um grupo verbalizador (GV), outro grupo será o grupo observador (GO) e o

terceiro grupo será o grupo mediador (GM). O grupo verbalizador, que será quem

começará as discussões fica o texto 1, o grupo observador fica com o texto 2, que

dará sequência ao debate e o terceiro grupo fica com o texto 3, que fechará a

sequência de leituras e debates do texto 1. Serão feitos rodízios dos grupos onde o

grupo verbalizador passa para observador e o grupo 2 passa ser verbalizador, na

sequência passa para o grupo 3 ser o verbalizador de maneira que todos sejam

observadores, mediadores e verbalizadores. Após as leituras e debates, serão

transmitidos os vídeos 1, 2 e 3, para servir de material de apoio para o melhor

entendimento e reflexão sobre o tema.

Após assistirem aos vídeos será retomado o ciclo de debates para as

considerações finais onde o professor fará suas considerações e questionamentos

quanto a qualidade nutricional dos produtos que compõem a cesta básica,

quantidade dos produtos que compõem a cesta básica, rendimento da cesta básica

versus componentes da família que consumirão os produtos e apontamentos verbais

e escritos do que foi levantado e compreendido.

Os alunos poderão dizer o que acharam da composição da cesta básica

para alimentar uma família de três pessoas na cidade Tunas do Paraná. Após feita

essa análise elaborarão uma lista de produtos que não compõe a cesta básica, mas

que eles acham necessário para o dia a dia da família.

3º MOMENTO – Valor da Cesta Básica em Tunas do Paraná – 12 aulas

Fonte: O autor

INTRODUÇÃO

Neste momento, os alunos já divididos em 05 grupos com pelo menos 06

componentes, realizarão o levantamento dos preços dos produtos que compõe a

cesta básica estipulados pelo órgão oficial e também daqueles produtos que os

alunos sugeriram no momento anterior.

Diante das dificuldades de ensinar matemática e da importância do ensino

da matemática, verificou-se a necessidade de se fazer alguma coisa para mudar

essa situação. Sempre houve muita dificuldade para se ensinar Matemática. Apesar

disso, todos reconhecem a importância e a necessidade da Matemática para se

entender o mundo e nele viver (BICUDO, 2005, p. 213).

OBJETIVO

Proporcionar aos alunos o envolvimento com situações do seu cotidiano

através da investigação matemática, coleta de dados, organização em planilhas e

trabalho com gráficos, percentuais e valores.

CONTEÚDOS TRABALHADOS

- QUATRO OPERAÇÕES

- NÚMEROS E ÁLGEBRAS

- GRANDEZAS E MEDIDAS

- NOÇÕES BÁSICAS DE ESTATÍSTICA

- TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

- MEDIDAS DE MASSA E VOLUME

- PERCENTUAL

- PLANILHAS E GRÁFICOS

RECURSOS UTILIZADOS

Lousa, Giz, Materiais da Pesquisa, Computadores, Sistema Multimídia.

DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento desta atividade, desta tarefa, a turma será divida

em grupos que realizarão as pesquisas, nos cinco supermercados, A, B, C, D e E,

da cidade de Tunas do Paraná, dos preços dos produtos que compõem a Cesta

Básica determinada pelos órgãos oficiais e também pesquisar os preços dos

produtos que eles mesmos sugeriram como necessários para compor a Cesta

Básica.

Concluindo a pesquisa e coleta dos dados, os grupos elaborarão planilhas e

gráficos contendo todas as informações das pesquisas como: o nome do

estabelecimento pesquisado, os produtos pesquisados que compõe a Cesta básica

oficial e os produtos que foram sugeridos, as quantidades sugeridas por pessoa e

para a família, registrando as unidades de medidas encontradas, os preços unitários

e os preços totais de cada produto pesquisado.

1- As planilhas com os dados das pesquisas serão desenvolvidas

eletronicamente por celulares, tabletes ou computadores, utilizando-se do

aplicativo google drive para armazenamento e compartilhamento das

atividades pesquisadas e trabalhadas em sala de aulas.

2- Depois da tabulação dos dados encontrados pelos grupos em cada um

dos supermercados pesquisados, será feito um debate sobre o que eles

visualizaram e compreenderam e quais conteúdos foram utilizados para o

desenvolvimento deste trabalho.

3- Após este momento será feita uma pesquisa para encontrar os valores

do salário mínimo: nacional, estadual e municipal, elaborando planilhas com

os valores encontrados.

4- Com essas informações já registradas e tabuladas serão feitas

atividades com os valores encontrados para saber quantas horas uma

pessoa que ganha o salario mínimo nacional precisaria trabalhar para ter

autonomia de compra da Cesta Básica com os valores encontrados nos

supermercados de Tunas do Paraná. Esse processo será feito com os

valores do salário mínimo: municipal.

5- Após todos esses levantamentos e cálculos será aberto para

discussões a respeito dos dados encontrados e apontamentos das

relevâncias encontradas.

6- Agora cada grupo desenvolverá a atividade descriminada no item 4,

utilizando-se do valor do salário mínimo nacional e o valor da Cesta Básica

nacional e também com os produtos por eles sugeridos.

7- Neste momento serão calculados os valores percentuais de horas

trabalhadas, referente ao mês, para a compra da Cesta Básica discriminada

pelos órgãos oficiais e também os percentuais do Salário Mínimo Nacional

versus o custo da Cesta Básica descrita pelos órgãos oficiais.

8- Após essa concluírem a coleta de dados os grupos farão as planilhas e

as tabulações dos valores obtidos.

9- Novamente farão os cálculos dos valores percentuais de horas

trabalhadas necessárias para comprar a Cesta Básica Nacional e também

com os produtos por eles sugeridos e também os valores percentuais do

salário mínimo nacional versus a Cesta Básica Nacional e também com os

produtos por eles sugeridos.

10- Abertura para debates sobre os valores encontrados em Tunas do

Paraná fazendo os apontamentos dos questionamentos levantados.

Com essa atividade espera-se que os pesquisadores possam refletir fazendo

conclusões que possam se transformar em alguns questionamentos, como:

- onde o custo da Cesta Básica Nacional é maior? Em Tunas do Paraná?

- quantidade de horas trabalhadas necessárias para comprar a Cesta Básica

Nacional?

- qual é o valor, em reais, que sobra do salário mínimo? E qual o valor

percentual que sobra para o trabalhador?

- será que com o que sobra é suficiente para os pagamentos das demais

despesas mensais que o trabalhador precisa pagar, tais como: água, luz, gás,

aluguel, vestuário, higiene pessoal, lazer?

- os produtos que compõem a Cesta Básica são suficientes para alimentar

uma pessoa ou uma família durante todo o mês?

4º MOMENTO – Educação Fiscal – 10 aulas

Fonte: O autor

Fonte: O autor

INTRODUÇÃO

Aqui será aberto para debates e apontamentos sobre impostos/tributos,

taxas e contribuições. O que são? Qual a origem, o significado da palavra imposto.

Quando e como são cobrados/aplicados? Qual o valor dos impostos

aplicados/cobrados? Os impostos aplicados sobre os alimentos que compõem a

Cesta Básica. E a comparação com os impostos aplicados a alguns alimentos

considerados supérfluo.

Será feita a utilização do Código Tributário Nacional – CTN, para que os

pesquisadores possam compreender a base legal dos impostos, tributos, taxas e

suas aplicações.

Qual é a finalidade da cobrança dos impostos, das taxa, das contribuições?

Para aonde vai o dinheiro dos impostos cobrados/pagos?

Será feita solicitação para que os estudantes tragam cupons fiscais das

compras feitas por eles ou por seus familiares ou amigos.

Na sequencia das atividades os grupos debaterão sobre os

impostos/tributos/contribuições inseridos nos produtos.

Serão feitas atividades para calcular os valores dos tributos cobrados nos

produtos para que os estudantes aprender a conhecer o valor dos produtos com e

sem impostos.

De que forma os tributos são cobrados? Quais alíquotas são aplicadas? O

que são alíquotas? E de que maneira o valor dos impostos chegam até os cofres

públicos e qual a função social dos impostos? Como deveriam ser aplicados os

valores que são arrecadados?

Os alunos farão pesquisas das legislações vigentes que norteiam o Sistema

Tributário Nacional para o entendimento de quais percentuais são aplicados nas

transações comerciais dos produtos que compõem a Cesta Básica e também dos

produtos por eles sugeridos.

OBJETIVO

Desenvolver a Educação Fiscal de modo que os estudantes, através de

pesquisas e informações encontradas compreendam seu significado e sua

importância no seu cotidiano e saibam analisar os cupons fiscais de forma a

identificar e compreender o que ali está especificado e assim possam calcular os

valores tributários aplicados nos preços dos produtos que compõem a Cesta Básica.

CONTEÚDOS TRABALHADOS

- PORCENTAGEM

- NÚMEROS RACIONAIS

- RAZÃO E PROPORÇÃO

- ESTATÍSTICA

- VOLUME E MASSA

- PLANILHAS E GRÁFICOS

RECURSOS UTILIZADOS

Nesta tarefa será feita a utilização de alguns materiais didáticos

metodológicos como: vídeo Educação Fiscal em Link:

https://www.youtube.com/watch?v=yolvIxNumIc&feature=youtu.be; sites de órgãos

governamentais oficiais sobre Educação Fiscal, como da Escola de Administração

Fazendária – ESAF em Link: http://www.esaf.fazenda.gov.br/assuntos/educacao-

fiscal, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos – DIEESE em Link:

www.dieese.org.br/, cupons fiscais e notas fiscais trazidos pelos estudantes, vídeo: O

Controle Social é o Cidadão em Link:

https://www.youtube.com/watch?v=8AMGYKhqxyk, textos: Educação Fiscal no

Contexto Social em link: http://www.esaf.fazenda.gov.br/assuntos/educacao-

fiscal/pnef/pasta-def/cadernos-pedagogicos-versao-2014/cadernos-1/view, os

materiais até aqui produzidos pelos alunos. Vídeo: Observatório Social –

Participação Cidadã em link: https://www.youtube.com/watch?v=9TAhvfGY_A8.

DESENVOLVIMENTO

Esta atividade será desenvolvida utilizando-se dos cupons fiscais, notas

fiscais e/ou outros documentos relevantes para o trabalho com educação fiscal,

trazido pelos estudantes, que previamente fora combinado, e assim poderão

identificar o percentual de tributos aplicados nos produtos que são adquiridos pelos

cidadãos diariamente.

No desenvolvimento desta tarefa é importante o professor apontar que

alguns produtos que compõem a Cesta Básica têm alíquota zero e que existem

outras alíquotas aplicadas e qual sua importância dentro da função social.

Trabalhando assim alguns questionamentos que servirão para conscientizar os

estudantes:

1 – quais impostos estão embutidos no custo da Cesta Básica Nacional?

Quais percentuais representam? E a quantos reais equivale ao percentual?

2 – quanto do salário mínimo nacional equivale, em percentuais e em reais,

ao valor da Cesta Básica Nacional?

3 – para o assalariado mínimo nacional, quantas horas de trabalho seriam

necessárias para o pagamento da Cesta Básica, considerando às 200 horas/mês?

4 – você e sua família costumam pedir a nota fiscal dos produtos

comprados?

5 – por que é importante pedir nota fiscal dos produtos comprados?

6 – como as pessoas são beneficiadas pela arrecadação dos impostos?

7 – a alta carga tributária no Brasil incentiva a sonegação fiscal?

É importante que os alunos saibam utilizar os recursos eletrônicos

disponíveis para pesquisar os sites que veiculam as informações do sistema

tributário nacional e consigam perceber a importância da nota fiscal e do cupom

fiscal e saber diferenciar dos orçamentos, fichas de controles, etc, que não servem

para controle fiscal.

Para um bom desenvolvimento das análises das notas fiscais e dos cupons

fiscais não se pode deixar de apontar para algumas informações importantes que

compõem esses documentos como:

1 – o que é um cupom fiscal?

2 - o que é uma nota fiscal? E quais os modelos de notas fiscais?

3 – quais são os códigos e siglas que estão nesses documentos?

4 – como as empresas são constituídas e registradas? Nome fantasia e

razão social é a mesma coisa?

5 – quais são as esferas de governo envolvidas para a cobrança dos

impostos, taxa e contribuições? E quais tributos competem a cada um desses

entes?

Fonte: O autor

Fonte: O autor

5º MOMENTO – Cálculo do valor médio da Cesta Básica em Tunas do Paraná e a

divulgação para a comunidade escolar - (07 aulas).

INTRODUÇÃO

Para desenvolver esta atividade, os estudantes os estudantes trabalharão

com os valores do custo da Cesta Básica Nacional, obtidos em Tunas do Paraná.

Farão reflexão sobre o trabalho assalariado e manutenção alimentar da família e

também debaterão sobre a manutenção das necessidades básicas para a

sobrevivência mais as necessidades básicas como lazer, educação e

medicamentos.

Os resultados obtidos serão divulgados através de cartazes nos murais da

escola, apresentação aos demais alunos do ensino médio e nonos anos do período

da manhã, também será divulgado aos demais professores e trabalhadores da

educação na primeira reunião pedagógica após o término deste trabalho bem como

aos pais também na primeira reunião posterior ao término.

OBJETIVO

Conscientizar os cidadãos da importância do Sistema Tributário Nacional e

assim compreender o seu cotidiano dentro deste sistema.

RECURSOS UTILIZADOS

- PLANILHAS E GRÁFICOS

- TEXTOS

- VIDEOS

- EQUIPAMENTO MULTIMÍDIA

DESENVOLVIMENTO

Encerrando as atividades com Modelagem Matemática: Entendendo o Custo

da Cesta Básica utilizando-se da Educação Fiscal, os alunos farão seminários para

a divulgação para a comunidade escolar dos resultados encontrados durante o

trabalho de pesquisa.

A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de

situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no

contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre

situações de vida.

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a

intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,

por isso, contribui para sua formação crítica.

Partindo de uma situação prática e seus questionamentos, o aluno poderá

encontrar modelos matemáticos que respondam essas questões (DCEBM, 2008, p.

65).

REFERENCIAS

BASSANEZI, R. C., Modelagem Matemática: teoria e prática. São Paulo, 2015.

BICUDO, Maria Aparecida V.; BORBA, Marcelo de Carvalho. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo. 2005.

BIEMBENGUT, Maria Salett; HEIN, Nelson. Modelagem Matemática no Ensino. 4ª ed. São Paulo. 2005.

BRASIL. Cesta Básica Nacional. Metodologia da Cesta Básica de Alimentos. Disponível em: https://www.dieese.org.br/metodologia/metodologiaCestaBasica.pdf. Acesso em 27/11/2016.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Escola de Administração Fazendária. Programa Nacional de Educação Fiscal – PNEF. Educação fiscal no contexto social / Programa Nacional de Educação Fiscal. 5ª ed. Brasília: ESAF, 2014.

BRASIL. Plano Nacional de Educação Fiscal. Disponível em: http://www.esaf.fazenda.gov.br/assuntos/educacao-fiscal. Acesso em 06/12/2016.

BURAK, Dionísio; KLÜBER, Tiago Emanuel. Modelagem Matemática na educação básica numa perspectiva de Educação Matemática. In: BURAK, D.; PACHECO, Edilson Roberto; KLÜBER, T. E. (Org.). Educação Matemática reflexões e ações. Curitiba: CRV, 2010. p. 147-166.

GRANJA, Carlos Eduardo S. C.; MELLO, José Luiz P. Atividades experimentais de matemática nos anos finais do ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo. 2012.

HERNÁNDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre. 1998.

PACHECO, José; PACHECO, Maria de Fátima. A avaliação da aprendizagem na Escola da Ponte. Rio de Janeiro. 2012.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba. Secretaria de Estado da Educação, 2008.

SADOVSKY, Patrícia. O ensino de matemática hoje: enfoques, sentidos e desafios. 1ª ed. São Paulo. 2010.