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SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO PENAL PATRONATO PENITENCIÁRIO DE LONDRINA “Dr. Heber Soares Vargas” Rua Paranapanema, 345 Vila Balarotti CEP: 86025-330 - Londrina Paraná Fone/Fax: (43) 3326-0404 Email- [email protected]

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SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO PENAL PATRONATO PENITENCIÁRIO DE LONDRINA “Dr. Heber Soares Vargas”

Rua Paranapanema, 345 – Vila Balarotti – CEP: 86025-330 - Londrina – Paraná Fone/Fax: (43) 3326-0404

Email- [email protected]

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I. Conceito de Relatório Circunstanciado de Atividades:

A publicação deste Relatório de Atividades consiste em documentar e

colocar à disposição da SEJU/DEPEN, assim como da comunidade em geral, as atividades realizadas no Patronato Penitenciário de Londrina. Este registro compartilhado nos parece ser uma produtiva via de avaliarmos nosso desempenho em direção a consolidação de um serviço público efetivo e contextualizado com os direitos humanos. II. Composição da Equipe: II. 1. Patronato Penitenciário de Londrina

Nome Função

ALEXSANDRO LUIZ DE SOUZA PINTO AGENTE EXECUÇÃO

CINTIA HELENA DOS SANTOS DIRETORA

CRISTINA DA SILVA SOUZA COELHO ASSISTENTE SOCIAL

EDNA WAUTERS AGENTE EXECUÇÃO

IRIS MIRIAN DO NASCIMENTO AGENTE EXECUÇÃO

IVONE APARECIDA PALMACENE FUZZO AGENTE EXECUÇÃO

JUSSARA APARECIDA JACOBI STADLE PEDAGOGA

LUIZ HENRIQUE MOSCOGLIATO PSICOLOGO

MARCIO ANTUNES DA SILVA ASSISTENTE SOCIAL

MARIA ZELIA GOMES DA SILVA AGENTE EXECUÇÃO

MARIO MAGNO RODRIGUES JUNIOR AGENTE EXECUÇÃO

SILVANA BARBOSA OLIVEIRA PEDAGOGA

II. 1.1 Estagiários do Patronato Penitenciário de Londrina

Nome Função

ALINE FERREIRA SILVA SERVIÇO SOCIAL

AMANDA MATTOS SERVIÇO SOCIAL

ANDREA BARRETO LUIS PSICOLOGIA

CALVIN KENZO KARINO CRESTANI ADMINISTRAÇÃO

CLAREANA ALMADA ARAUJO SERVIÇO SOCIAL

ELIZA FERNANDES MAKIHARA PEDAGOGIA

HENRIQUE SIENA ZANON PSICOLOGIA

KARLA CAROLINA PEREIRA PSICOLOGIA

LUCAS RIBEIRO DOS SANTOS ENS. MÉDIO

MARIANA DE OLIVEIRA PROCHET PSICOLOGIA

NIELY DIAS DE SOUZA PEDAGOGIA

RAFAEL VINICIUS LOPES ITO PSICOLOGIA

RENATA CILLI SIORATE PSICOLOGIA

SILVIA CRISTINA DE JESUS ZANELA SERVIÇO SOCIAL

3

II. 2. Defensoria Pública

Nome Função

ANDRE FELIPE ZANON ESTAGIÁRIO

HENRIQUE CLAUZO HORTA ASSESSOR JURIDICO

LUCAS ALENCAR PRETO ASSESSOR JURIDICO

II. 3. Central de Credenciais

Nome Função

ANGELA MARIA KASPROVICZ AGENTE EXECUÇÃO

PRISCILA DA SILVA IGNÁCIO AGENTE EXECUÇÃO

SILVANA PAULA DOS SANTOS ASSISTENTE SOCIAL

III. Mensagem da Direção

No ano de 2012 as metas de gestão foram a formação da equipe e o estabelecimento de fluxos, registros e informações de trabalho. Recebemos profissionais e estagiários motivados que, aliados aos que já tinham conhecimento e domínio das tarefas, possibilitaram a organização do atendimento de maneira a oferecer, em todos os contatos, escuta, assistência e possibilidade de fiscalização das condicionalidades. Também iniciamos o processo de adequação dos registros, ainda não a contento por que não conseguimos ainda profissional que adaptasse os programas às novas necessidades. A informação ao juizado também foi pensada e melhorada com a criação de documentos específicos para cada tipo de informação solicitada em sentença. Numa avaliação pontual do momento do trabalho, consideramos que experiênciamos os limites e potencialidades de uma gestão participativa que avalia os processos e resultados das decisões conjuntas. Crescemos, nos angustiamos, nos unimos, nos assustamos e, em especial, realizamos o que nos colocamos como missão: e execução de penas e medidas em meio aberto pautada no respeito aos direitos humanos e em direção do exercício da cidadania. Sempre buscando o respeito por nos mesmos, pelos outros e pelas coisas, construímos uma base de trabalho que intentamos fortificar e ampliar em 2013. Agradeço a todos os envolvidos, relembrando a história com que saudamos cada novo membro da equipe:

4

Ubuntu!

Um Antropólogo fez uma brincadeira com as crianças de uma tribo

africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que a primeira que chegasse à árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal, todas as crianças saíram ao mesmo tempo... e de mãos dadas! Então se sentaram juntas para aproveitar a recompensa. Quando o Antropólogo perguntou o porque eles haviam agida daquela forma, sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles reponderam: “Ubuntu, como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?”.

UBUNTU na cultura Xhosa significa: “Eu sou porque nós somos”.

IV. O Patronato em números

Entrada de beneficiários 612

Saída de beneficiários 669

Egressos atendidos 1.296

Atendimentos realizados 19.414

Reuniões de Equipe 61

Grupos realizados (SAIBA) 84

Cursos oferecidos (Pedagogia) 27

Cursos oferecidos (ESEDH) 13

Defensoria Pública (atendimentos) 320

Central de Credenciais – carteirinhas emitidas 978

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SUMÁRIO

BREVE HISTÓRICO E CONTEXTO DO TRABALHO.........................................6

1 RECEPÇÃO......................................................................................................8 2 PEDAGOGIA....................................................................................................8 3 PSICOLOGIA..................................................................................................11 4 SERVIÇO SOCIAL..........................................................................................16 5 DDI..................................................................................................................24 6 ESEDH............................................................................................................26 7 REUNIÕES DE EQUIPE.................................................................................33 8 DEFENSORIA PÚBLICA................................................................................33 9 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...................................................................34 10 CENTRAL DE CREDENCIAIS......................................................................41 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................43

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BREVE HISTÓRICO E CONTEXTO DO TRABALHO

Os Patronatos Penitenciários do Paraná surgiram de uma iniciativa do

Promotor de Justiça Dr. Nilton Bussi, na cidade de Londrina, para atender os

presos da Cadeia Pública beneficiados com o regime de albergue.

Como o projeto teve uma avaliação positiva, o Secretário de Estado da

Justiça, em exercício, Dr. Túlio Vargas, adotou-o e ampliou-o através da

Resolução Nº 99, em 23 de maio de 1.977 para todo o Estado do Paraná. O

Projeto passou a ser denominado “PROGRAMA THEMIS”, atuando na

fiscalização dos benefícios de Livramento Condicional, Regime Aberto,

Trabalho Externo, Prestação de Serviço à Comunidade, Liberdade Vigiada,

Sursis, concedidos pelas Varas de Execuções Penais e/ou Juízes das Varas

Criminais do Estado. “Com a reformulação da Lei de Execução Penal Nº 7.210

de 11 de Julho de 1984, que determinava a existência de assistência ao

apenado ou egresso das Unidades Penais, o então Governador do Estado do

Paraná, José Richa, através do Decreto nº 4.788 de 23 de novembro de 1985,

instituiu no âmbito da Secretaria de Estado da Justiça, o Programa Estadual de

Assistência ao Apenado Egresso, a ser desenvolvido em todas as Comarcas

do Estado” (Prá, 2002). O referido programa era coordenado por professores

dos cursos de Serviço Social, Psicologia, Direito e executado por seus

respectivos estagiários da Universidade Estadual de Londrina.

Através de um convenio entre a Secretaria de Estado da Segurança

Pública e a Universidade Estadual de Londrina, o Programa Themis passou a

receber pelo número de egressos atendidos e a instituição de ensino

disponibilizava o local para funcionamento, funcionários técnicos e

administrativos para sua execução. Com a verba do convenio era possível

fazer o pagamento de auxílio-coordenação, auxílio supervisão e auxílio bolsa

para os estagiários, materiais de expediente e ou serviços.

A equipe de atendimento passou a desenvolver projetos de grupos com

reuniões e palestras de sensibilização entre outras. Havia uma preocupação de

preparar os egressos para o mercado de trabalho e uma ênfase especial para a

formação em cursos profissionalizantes em parceria com o Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial - SENAI, Serviço Social da Indústria - SESI e Serviço

Nacional do Emprego - SINE. Esses projetos também buscavam o resgate da

cidadania do egresso, com a possibilidade da aquisição da sua documentação

civil (RG, CPF, Carteira de Trabalho e Certidão de Nascimento/Casamento).

O nome Themis, segundo a mitologia grega, é a Deusa da Justiça, era a

filha do céu e da terra. Numa das mãos empunha uma espada e na outra

sustenta uma balança. A princípio morou na terra, porém envergonhada dos

crimes que nela se cometiam, refugiou-se no céu, onde foi colocada na parte

do zodíaco que chamamos Virgem. Astréia, filha de Themis e Júpiter, é muitas

vezes confundida com a própria Themis. A experiência do Programa Themis

7

originou o Patronato Penitenciário do Paraná localizado em Curitiba. A

existência do Patronato possibilitou a abrangência do Programa para todo o

estado, agora renomeado de Programa Pró-egresso. Este Programa continua

vigente em diversas comarcas do estado, sempre em parceria com

universidades ou prefeituras.

Em 2001, o Programa Pró-egresso de Londrina deixou de existir com a

criação do Patronato Penitenciário de Londrina, caracterizado como unidade

penal independente com dotação orçamentária própria e abrangência dos

seguintes municípios: (Alvorada do Sul, Bela Vista do Paraíso, Cafeara,

Cambé, Centenário do Sul, Florestópolis, Guaraci, Ibiporã, Jaguapitã,

Lupionópolis, Miraselva, Porecatu, Primeiro de Maio, Rolândia e Sertanópolis).

No ano de 2001 os serviços do Patronato Penitenciário de Londrina

encerram o convênio com a Universidade Estadual de Londrina e o serviço

passa a ser acompanhado pela Secretaria do Estado de Segurança Pública

com equipe própria para este serviço. Em 2002 a custódia de presos e

egressos volta novamente para a Secretaria do Estado da Justiça Cidadania e

Direitos Humanos.

A legislação pertinente à aplicação das penas e medidas alternativas

encontra no Artigo 5º da Constituição Federal que trata da prestação social

alternativa; na Lei 7.209/84 sobre reforma do Código Penal; na Lei 7.210/84 ou

Lei da Execução Penal; na Lei 9.099/95 que dispõe sobre os Juizados

Especiais Cíveis e Criminais abordando as Medidas Alternativas; na Lei

9.714/98 ou Lei das Penas Alternativas; e na Lei 10.259/01 que dispõe sobre

Juizados Especiais no âmbito da Justiça Federal.

Os tipos de penas e medidas alternativas previstas no Artigo 43 do

Código Penal, quando descreve as penas restritivas de direito são: Prestação

pecuniária: pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade

pública ou privada com destinação social, cestas básicas, etc; Perda de bens e

valores: pertencentes ao condenado em favor do Fundo Penitenciário Nacional,

ressalvada legislação especial, sendo bens móveis e imóveis; e valores, títulos,

ações, e outros papéis que representem dinheiro; Prestação de serviço à

comunidade ou a entidades públicas: atribuição de tarefas gratuitas ao

condenado; Interdição temporária de direitos (proibição do exercício do cargo,

proibição. do exercício de profissão, proibição de frequentar alguns lugares,

suspensão da habilitação de dirigir veículos); Limitação de fim de semana:

cinco horas diárias aos sábados e domingos em casa de albergado, podendo

ser ministrados cursos e palestras bem como atividades educativas. Os

requisitos necessários para que o condenado ou o autor do fato tenha direito a

uma pena ou medida alternativa são: pena privativa de liberdade não superior a

4 anos; crime sem violência ou grave ameaça à pessoa; qualquer que seja a

pena se o crime for culposo, em razão de imprudência, negligência ou

8

imperícia; não reincidência em crime doloso, que se refere àquele com

intenção de se atingir o resultado ou assumir o risco de produzir o ato delitivo;

verificação da culpabilidade, antecedentes, conduta social e personalidade

condenado, bem como motivos e circunstâncias que indiquem a substituição;

artigo 76 e artigo 89 da Lei 9099/95.

1. RECEPÇÃO

A recepção objetiva o atendimento de todos que chegam na unidade,

assim como o recebimento e encaminhamento de contatos telefônicos. Os

beneficiários são atendidos de acordo com a ordem de chegada e

encaminhados de acordo com a necessidade de cada caso. Identificada a

demanda, a recepção aciona o setor, programa ou projeto que poderá atendê-

la. As entrevistas iniciais de triagem, atendimentos de apresentação, orientação

e acompanhamento são realizados em cabines individuais, de forma que cada

profissional possa atender o beneficiário com sigilo e respeito.

Na recepção são disponibilizados preservativos masculinos e cartazes

de orientação aos beneficiários. Essa ação propicia a sensibilização dos

usuários do serviço para a necessidade da prevenção contra as doenças

sexualmente transmitidas – DST e também quanto a prevenção de gravidez

indesejada. A equipe do Patronato é capacitada a dar orientação.

O PROJETO ACOLHER é desenvolvido pela recepção, visando

proporcionar um atendimento mais humanizado, orientando e encaminhando

as pessoas aos demais projetos e/ou programas. A responsável pela recepção

é a Srª Maria Zélia Gomes que além deste encaminhamento, organiza, facilita

o acesso e estimula as pessoas que estão aguardando atendimento a ler

revistas e livros disponíveis e/ou a assistir vídeos educativos. Livros e revistas

podem ser emprestados pelos atendidos e seus familiares.

2. PEDAGOGIA

O setor pedagógico atende a todas as entrevistas iniciais visando

conhecer o grau de escolaridade de todos os beneficiários atendidos pela

unidade. O objetivo principal é orientar, acompanhar e buscar vaga em curso

profissionalizante, de capacitação e, principalmente, escolarização para os

beneficiários que têm a Medida Educativa como condição de pena a cumprir.

Estabelece parcerias com estabelecimentos que ofertam educação

formal e profissionalizante para aquelas pessoas beneficiadas com a

possibilidade de cumprir sua pena ou medida através de processo de

desenvolvimento educativo. O Programa oferece suporte às instituições e apoio

9

para que os beneficiários se insiram e se mantenham nas políticas públicas de

educação e trabalho.

A princípio, a pedagoga Silvana Barbosa de Oliveira foi a responsável

pelo setor. A partir de Outubro de 2012, a responsável passou a ser a

pedagoga Jussara Aparecida Jacob, contando com o apoio de duas

estagiarias do curso de Pedagogia: Eliza Fernandes Makihara e Niely Dias de

Souza. Busca a inclusão nas políticas públicas de educação e trabalho

existentes no município de todos os atendidos pela unidade, em especial

daqueles que apresentam a participação em cursos como condicionalidade da

pena. Realiza análise de prontuários e alimenta os sistemas de informação.

O trabalho diário prevê o atendimento de entrevistas iniciais, orientação

para o cumprimento da medida educativa, bem como a apresentação das

escolas que atuam na modalidade EJA, Fase I e II. Busca acompanhar o

processo desde a matrícula, frequência e conclusão dos cursos e,

posteriormente informa os órgãos competentes.

O maior desafio é a permanência e o término da escolaridade, não só

dos beneficiários que se encontram na condição de medida educativa, bem

como dos demais que representam um total de quase oitenta por cento com o

ensino fundamental incompleto.

O mês de julho tem como referência um total de duzentos e quatro

beneficiários que tem a medida educativa como pena a cumprir. Desse total a

maioria está aguardando vaga em escolas e/ou cursos que atendam a

necessidade de horários, proximidade a residência, documentação, entre

outras questões que dificultam a matrícula imediata.

10

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Cumpriu / Cumprindo

Não Cumprindo

Mudança Comarca

Término da pena

Preso / Desaparecido

Medida Educativa

Medida Educativa

METAS PEDAGOGIA 2013

- Alfabetização de 17 beneficiários analfabetos - Semana Cultural: Saúde, estética, música, artes e dança - Ciclo de Palestras sobre Direitos Humanos - Mostra de vídeos educativos – acervo / videoteca - Parcerias com as universidades para convênios - Mapeamento de cursos gratuitos em Londrina - Remição de pena pela leitura - Acervo de livros para a biblioteca do Patronato

Cursos oferecidos pela Pedagogia aos beneficiários

UNOPAR CICLO DE PALESTRAS *Saúde pessoal, profissional e afetiva *Instalações elétricas residenciais *Mantas térmicas de baixo custo SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE LONDRINA Exame de Proficiência SENAC *Vendedor *Auxiliar administrativo *Auxiliar de recursos humanos *Cuidador de idosos *Operador de computador *Porteiro e vigia *Camareira

11

OFICINA PESTALOZZI *Informática básica *Manutenção de computadores *Web Design *Patchwork CLUBE DE MÃES *Padeiro *Costura industrial *Manicure e pedicure *Designer de sobrancelhas *Maquiagem *Confeiteiro *Costura em módulos *Salgados *Curso de pães *Depilação *Noções de confeitaria UNIFIL Técnico em transações imobiliárias

3. PSICOLOGIA

O trabalho do setor de Psicologia consiste no atendimento das

apresentações mensais das pessoas que cumprem penas e medidas

alternativas à prisão e também dos egressos do Sistema Penitenciário, aqui

entendidos como aqueles que já cumpriram uma parte ou toda sua pena no

regime fechado. Considerando que a maioria das ações que envolvem a

relação da subjetividade com a lei é atravessada pelo binômio médico-punitivo,

onde a pessoa que tem conflitos com a lei é vista como doente mental ou

criminoso, o diferencial da presente proposta é abandonar esta perspectiva

classificatória e efetivar uma abordagem compreensiva.

O responsável pelo setor é o psicólogo Luiz Henrique Moscogliato, que

tem sob sua supervisão três estagiários do curso de Psicologia que

desempenham as seguintes atividades: orientação psicossocial ao assistido e

seus familiares, elaboração de pareceres preliminares do assistido quando da

entrada no estabelecimento, encaminhamento a rede de serviços tais como

CAPS, Abrigo e comunidades terapêuticas, e atendimento clinico em

instituições privadas (faculdades com atendimentos específicos), elaboração de

relatório sobre o egresso ou sentenciado quando houver solicitação judicial.

Acompanhamento psicológico para levantamento de dados para fins de

exames criminológicos.

12

O setor realiza entrevistas de triagem, atendimentos de orientação e

acompanhamento, acompanha os casos de liberdade vigiada e também faz

acompanhamento psicossocial com determinação judicial. Os atendimentos

psicológicos aos beneficiários e familiares são realizados quando demandados,

sempre priorizando incluir os atendidos na rede de assistência em saúde

mental do município e/ou realizar encaminhamento às clínicas-escola das

universidades e faculdades. Como os demais setores, a psicologia tem suas

ações permeadas pela perspectiva de inclusão nas políticas públicas.

Além das atividades descritas, o setor de psicologia é responsável pelos

Projetos Outras Palavras e Albergados, e também pelo Programa Saiba.

Com a entrada em vigor da lei 11.343/06 que instituiu o sistema nacional

de políticas sobre drogas (SISNAD), prescrevendo medidas de prevenção ao

uso indevido, atenção e inserção social dos usuários de dependentes de

drogas. Para os usuários de substâncias ilícitas, a lei determina que a pena de

detenção de três meses a um ano seja substituída por medidas alternativas a

serem determinadas pelo juiz. Entre elas destacam-se a prestação de serviço

a comunidade a internação em estabelecimento hospitalar para o tratamento e

a frequência a programas de educação. Com a pena alternativa além de evitar

o encarceramento de condenado de menor poder ofensivo, possibilita-se a

diminuição do custo do sistema repressivo, a diminuição da reincidência

criminal, o não afastamento do apenado de seu circulo familiar e comunidade.

Com essas vantagens a transação penal é considerada pelos juízes como uma

pena eficaz. Para a aplicação dessa lei foi instituída o programa SAIBA.

3.1. PROGRAMA SAIBA

O Programa Saiba é um programa de Redução de Danos. Redução de

Danos é definida pela Organização Mundial de Saúde como um “conjunto de

medidas voltadas a minimizar as consequências adversas do consumo de

drogas, sem necessariamente interferir no consumo” (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2001).

Realização de atividades em grupo como medida educativa para

usuários de drogas em conflito com lei. São ofertados grupos às terças e

sábados à tarde. O objetivo é proporcionar espaços de reflexões sobre

importantes aspectos da vida e, em especial, das relações: trabalho, estudo,

saúde, cidadania, laços afetivos e compromissos. Vejamos a escolaridade dos

beneficiários do programa Saiba representados por um gráfico:

13

0

5

10

15

20

25

30

Escolaridade

Analfabeto

Alfabetizado

Fundamental Incompleto

Fundamental

Médio Incompleto

Médio

Superior

Não Informaram

O programa proporciona aos seus beneficiários, condições para reflexão

e autoanálise, em um espaço livre de julgamentos, onde o indivíduo

compartilha seus medos, angustias opiniões e experiências em relação às

drogas em suas vidas. Neste espaço, os participantes são esclarecidos sobre

as drogas e todas as suas consequências, sejam elas físicas, psíquicas, morais

e sociais. O programa é desenvolvido na forma de reuniões onde são

empregadas técnicas de trabalho em grupo, utilização de atividades que

facilitam as reflexões, diálogo sobre assuntos pertinentes e aproveitamento de

vivências sociais dos integrantes do grupo. Também são realizadas entrevistas,

encaminhamentos e avaliações dos temas abordados. A maioria dos

beneficiários do programa são homens, conforme segue:

0

10

20

30

40

50

60

70

Sexo

Maculino

Feminino

Nas entrevistas que são realizadas no final dos encontros, podemos

identificar muitas falas com desejo de mudança, e relatos do quanto este

14

programa colaborou com suas vidas, não necessariamente no sentido de se

abster do uso da droga, mas com a clara reflexão de sua situação enquanto

usuário de droga. A prevalência entre os usuários é de solteiros:

0

10

20

30

40

50

Estado Civil

Casado

Solteiro

Separado de Fato

Separado de Direito

Viúvo

União Estável

Não Informaram

No período de Agosto à Dezembro foram realizadas 4 turmas

separadas, com encontros semanais durante as terças- feiras ou sábados. A

partir desses encontros foram apurados os seguintes dados:

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Saiba 26Saiba 27

Saiba 28Saiba 29

Concluiram

Não concluiram

É importante salientar que estamos contabilizando dentre os que não

concluíram aqueles que não chegaram a se apresentar.

15

3.2. PROJETO ALBERGADOS

De acordo com a Portaria 001/10 da Dra. Márcia Guimarães da Costa,

Juíza de Direito da Vara das Execuções Penais da Comarca de Londrina - VEP

é criado o projeto de Regime Semiaberto atendendo o art. 12 da Lei das

Execuções Penais lei 7.210/84 - LEP que estabelece que a pena privativa de

liberdade seja executada de forma progressiva, com transferência para regime

menos rigoroso a ser estabelecido pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao

menos um sexto da pena no regime anterior ou período maior considerando a

natureza do crime e o comportamento do preso no interior do presídio.

Com esta portaria a juíza da VEP cria um novo serviço em Londrina que

ameniza o desconforto dos presos que conseguiam progredir de regime, mas

na prática ficavam com seus direitos restritos. Como permaneciam em unidade

de regime fechado após a progressão do regime na forma legal, o contato com

os demais não era permitido, resultando em mais restrições com relação aos

demais presos, com o direito ao sol e pátio muito mais restrito do que o previsto

para o regime fechado.

O regime albergue domiciliar é uma alternativa para a falta de espaços

apropriados para os presos de regime semiaberto, que, atendendo os pré-

requisitos da Portaria 001/2010 e a Portaria 002/2010 de residência fixa e

trabalho garantido, tem condições de em liberdade trabalhar e permanecer

junto aos seus familiares, desafogando assim a falta de vagas nas unidades

penais.

O programa albergado tem como objetivo o atendimento e a fiscalização

dos egressos de Londrina, que estão cumprindo pena no regime albergue

domiciliar. O perfil do beneficiário do Projeto Albergados no ano de 2012 é:

0

50

100

150

200

250

300

350

Sexo

Maculino

Feminino

16

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Escolaridade

Analfabeto

Alfabetizado

Fundamental Incompleto

Fundamental

Médio Incompleto

Médio

Superior

Não Informaram

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Estado Civil

Casado

Solteiro

Separado de Fato

Separado de Direito

Viúvo

União Estável

Não Informaram

METAS PSICOLOGIA 2013

- Aprimorar as ações do Projeto Albergados;

- Aprimorar as ações do Projeto Acolhida;

- Acompanhar sistematicamente os beneficiários em Liberdade Vigiada;

- Acolher o grupo de novos estagiários.

4. SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social atende para triagem, orientação, acompanhamento e

encaminhamento tantos os egressos quanto os beneficiários de penas e ou

17

medidas a serem cumpridas em meio aberto. Além de realizar planejamentos e

estratégias para inclusão dos atendidos nas políticas públicas existentes no

município, em especial nas áreas social e de saúde, o setor é responsável pelo

Programa de Prestação de Serviço a Comunidade. O trabalho deste Programa

consiste em acompanhar os prestadores de serviço junto às entidades

cadastradas, destacando para ambos o valor social da pena. Com este intuito,

são identificadas as habilidades, aptidões profissionais e sociais e a motivação

dos prestadores para melhor atender as demandas apresentadas pelas

instituições cadastradas. Com esta inserção de egressos e beneficiários nas

instituições, buscamos despertar neste a importância do trabalho comunitário e

a importância do trabalho enquanto espaço de ressocialização e busca de

identidade social.

Em contrapartida, os membros das instituições convivem com uma outra

faceta das pessoas que apresentam conflitos com a Lei, o que possibilita

reflexão acerca de estigmas e questionamento de paradigmas. A Prestação de

Serviços à Comunidade coloca em evidência três elementos importantes: o

caráter educativo do trabalho, o envolvimento da comunidade na aplicação de

pena e a utilidade social da pena. Entendemos que a Prestação de Serviços a

Comunidade é uma modalidade que permite ao beneficiário cumprir a sua pena

de forma tranquila em conjunto com instituições focadas nas necessidades da

comunidade e oferecendo o que tem de melhor, sua força de trabalho. O

Serviço Social tem como responsáveis os Assistentes Sociais: CRISTINA DA

SILVA SOUZA COELHO e MARCIO ANTUNES DA SILVA, que supervisionam

quatro estagiarias curriculares do curso de Serviço Social da Universidade

Estadual de Londrina.

Atualmente o Projeto de Prestação de Serviços a Comunidade conta

com a parceria de cento e treze entidades filantrópicas e assistenciais que

recebem os egressos da PSC. No Patronato, tendo como referência o mês de

dezembro de dois mil e doze, estão sendo atendidos trezentos e vinte e cinco

pessoas no Programa da PSC. Desse total, há duzentos e oitenta e um

homens e quarenta e quatro mulheres.

4.1. PROJETO COMEÇAR DE NOVO

De acordo com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o

Projeto “Começar de Novo” foi instituído no país em 2009 e teve adesão por

parte de governos estaduais, inclusive do Governo do Estado do Paraná,

através da sua Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

(SEJU). Ainda segundo informações do site do CNJ, o Projeto Começar de

Novo visa à sensibilização de órgãos públicos e da sociedade civil para que

forneçam postos de trabalho e cursos de capacitação profissional para presos

18

e egressos do sistema carcerário. O objetivo do programa é promover a

cidadania e consequentemente reduzir a reincidência de crimes.

Para tanto, o CNJ criou o Portal de Oportunidades, que se trata de

página na internet que reúne as vagas de trabalho e cursos de capacitação

oferecidos para presos e egressos do sistema carcerário. As oportunidades são

oferecidas tanto por instituições públicas como entidades privadas, que são

responsáveis por atualizar o Portal. O Projeto Começar de Novo é executado

em parceria com Tribunais de Justiça, Governos Estaduais, Prefeituras,

empresas e entidades da sociedade civil, e tem na oferta de capacitação

profissional e de emprego a principal estratégia para reduzir a reincidência

criminal e, principalmente, a violência.

De acordo com o desembargador Froz Sobrinho, do Maranhão, “O

sistema busca reduzir a burocracia e permitir o acesso do egresso à

capacitação, educação e ao mercado de trabalho, de forma mais rápida. Hoje,

muitos egressos do sistema carcerário não conseguem emprego porque suas

aptidões não foram identificadas durante o cumprimento da pena”.

A Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do

Paraná – SEJU, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, é

responsável pela execução do Projeto Começar de Novo, que em Londrina tem

como meta, a implementação do Projeto Começar de Novo, elevando o número

de empresas cadastradas no Portal de Oportunidades, especialmente no

município de Londrina, aumentando consequentemente as vagas para

emprego e cursos para o público alvo .O Patronato Penitenciário de Londrina, é

órgão vinculado à SEJU e responsável pela execução das penas em regime

aberto, é quem faz a execução do Projeto Começar de Novo.

Conforme as diretrizes do Ministério da Justiça, as ações de

reintegração social podem ser definidas como um conjunto de intervenções

técnicas, políticas e gerenciais levadas a efeito durante e após o cumprimento

de penas ou medidas de segurança, no intuito de criar interfaces de

aproximação entre Estado, Comunidade e as Pessoas Beneficiárias, como

forma de lhes ampliar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade frente ao sistema

penal, garantindo cidadania e autonomia na perspectiva da garantia de direitos,

por meio de sua promoção e da recomposição dos seus vínculos com a

sociedade, visando criar condições de serem sujeitos de sua história.

As diretrizes do Departamento Nacional de Política Penitenciária, de

formação educacional e profissional dos apenados, internados e egressos do

sistema penitenciário e de assistência ao preso, ao internado, ao egresso e aos

seus dependentes estão em consonância com os objetivos propostos no

19

Projeto Começar de Novo, procurando elevar a educação profissional e garantir

acesso à geração de renda através da oportunidade do trabalho.

Em Londrina, o Projeto Começar de Novo tem como objeto de sua ação

a viabilização de vagas de emprego e cursos profissionalizantes à egressos do

sistema penitenciário do Paraná. São objetivos do projeto: gerenciar ofertas de

emprego e de profissionalização para presos, egressos do sistema

penitenciário e beneficiários do regime aberto (geral); sensibilizar

representantes de órgãos públicos, empresas e a sociedade civil para que

forneçam postos de trabalho e cursos de capacitação profissional para presos

e egressos do sistema penitenciário; criar uma agenda positiva que promova o

aumento de vagas de emprego e cursos profissionalizantes no Portal de

Oportunidades do CNJ; promover a cidadania através da oportunidade de

trabalho e capacitação para o trabalho, consequentemente reduzir a

reincidência de crimes; gerenciar base de dados de vagas de emprego

(específicos).

Em sua fase preliminar, que se iniciou em setembro de 2012, a equipe

do projeto buscou implementá-lo através das seguintes ações: busca ativa de

empresas privadas, públicas e escolas profissionalizantes, que se interessem

em oferecer vagas de trabalho e cursos profissionalizantes; articulação junto a

entidades que atuam na área de trabalho e geração de renda (SINE, ACIL,

SETS, Agência do Trabalhador,...) buscando estabelecer parcerias e

divulgação das ações; contato com empresas locais a partir de base de dados

consolidada, no sentido de apresentar a proposta do projeto e incentivar o

cadastramento; gerenciar a inclusão / cadastramento das empresas no Portal

de Oportunidades; encaminhamento e Inclusão de beneficiários atendidos no

Patronato Penitenciário de Londrina para as vagas ofertadas pelo Portal de

Oportunidades; estabelecer parceria com o Poder Judiciário – Vara de

Execuções Penais de Londrina (VEP), no sentido de disponibilizar vagas de

emprego e sensibilizar o empresariado local.

O monitoramento e a avaliação das ações do projeto acontecerão

concomitantemente com a execução e em acordo com o desenvolvimento das

atividades, levando-se em consideração que o monitoramento envolverá os

indicadores de eficiência, de eficácia e de impacto a serem construídos. O

monitoramento ainda abrangerá a gestão da informação desses indicadores, a

partir dos instrumentos específicos de registro. A partir de então procederemos

a análise dos resultados.

Já o processo de avaliação, envolve os objetivos que se pretender

atingir, relacionando-os com as metas atingidas. A avaliação ainda envolve o

processo de adoção de estratégias a serem implementadas e/ou corrigidas no

20

percorrer da execução do projeto, considerando de a mesma está funcionando,

se os recursos estão sendo suficientes.

Nesse período inicial, o projeto estabeleceu contato com as seguintes

empresas: Milenia Agrociências, Plaenge, Vest Hakme, Carrefour,

Supermercados Muffato, Unifil, Viação Garcia, Transportes Coletivos Grande

Londrina, Supermercados Viscardi, Hospital Evangélico, A.Yoshii Engenharia,

Fiação de Seda Bratac, Atlas Schindler, Dixie Toga, Frago Vit, Kalpha

Empreiteira, Folha de Londrina, Confepar, Francovig Transporte Coletivo,

Cacique de Café Solúvel, entre outras. O objetivo do contato foi o de

apresentar a proposta do projeto e abrir vagas de emprego. Foram abertas 6

vagas no setor da construção civil.

4.2. INSTITUIÇÕES CADASTRADAS PARA RECEBER PSC

No momento temos 51 instituições cadastradas que recebem

beneficiários da PSC destes a grande maioria órgão público como Museu,

Escolas, entidades filantrópica, etc. A grande dificuldade é a inserção dos

beneficiários de forma a não prejudicar a sua jornada de trabalho que

normalmente na sentença orienta que a PSC não pode prejudicar o seu

trabalho. Poucas instituições tem horário de expediente no horário noturno e

nos finais de semana, sendo este um elemento complicador. Pelo relato das

instituições a grande maioria tem experiência de pessoas que se tornam

voluntários após o cumprimento da sentença.

4.3. 1º ENCONTRO DAS INSTITUIÇÕES QUE RECEBEM BENEFICIÁRIOS DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A COMUNIDADE

Buscando aprimorar as ações do Serviço Social no Patronato no 2º

semestre de 2012 a equipe se ampliou com a chegada de mais um Assistente

Social que implementou um novo projeto no Patronato. As ações do Projeto da

Prestação de Serviço se intensificaram na aproximação com as Instituições

parceiras. Neste sentido o Serviço Social organizou o 1º Encontro das

instituições parceiras da Prestação de Serviço à Comunidade. Para que o

encontro tivesse sucesso fizemos vários contatos telefônicos ouvindo os

responsáveis nas instituições sobre a possibilidade do encontro acontecer.

Com a aceitação informal da grande maioria das instituições contatadas,

marcamos o evento para o mês de setembro de 2012 com o objetivo de troca

de experiência e avaliação dos serviços prestados. Para explanar sobre o tema

convidamos o Dr. Mauricio Kuehne diretor do Departamento de Execuções

Penais do Paraná .DEPEN que abrilhantou o evento com uma fala de 40

minutos. Também convidamos a Sra. Sandra Joia responsável pela PSC do

Museu de Artes de Londrina o Sr. Marcos Mota da Escola Estadual Jose de

Anchieta e a Sra. Ana Luiza Bernardi Assistente Social da Universidade

Estadual de Londrina parceiros importantes na recepção dos beneficiários da

21

PSC a fim de fazer uma explanação sobre a experiência de acolher beneficiário

em seus serviços.

O processo de preparação para o Encontro nos possibilitou uma

aproximação com os serviços sendo que em função da greve dos serviços de

correio, visitamos e entregamos todos os convites pessoalmente.

A dinâmica do encontro propiciou que o grupo presente tomasse

conhecimento das experiências de outras instituições que apresentaram como

tem sido importante a parceria para o convívio de seus funcionários e

compreensão sobre as pessoas que cumprem penas enquanto seres humanos

comuns que tiveram problemas com a justiça.

O evento teve a parceria com a APRAS Associação Paranaense de

Supermercados que disponibilizou o seu auditório o dia 28 de setembro de

2012 das 15:00 às 17:00 horas. O cerimonial feito pelo Assistente Social

Marcio Antunes e no final do evento servido um singelo café. No encontro

várias instituições se surpreenderam ao conhecer a equipe que todo o contato

sempre se dá por meio do telefone ou correspondência escrita.

No final do evento aproveitamos para orientar as instituições a respeito

da documentação e da renovação do convenio, considerando que vários já

estavam vencidos. Também abrilhantou o evento com a presença o

coordenador do Movimento de Direitos Humanos de Londrina, que reforçou a

importância do trabalho do Patronato e das Instituições no resgate da

autoestima das pessoas que cumprem pena.

22

23

4.4. DADOS DA PSC

1%

3%

41%

11%

18%

17%

8%

1%

Escolaridade PSC

Analfabeto

Alfabetizado

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio

Ensino Superior

Não informaram

0

50

100

150

200

250

300

Sexo PSC

Masculino

Feminino

0

50

100

150

Estado Civil

Casado

Solteiro

Separado da Fato

Separado de Direito

Viúvo

União Estável

Não informaram

24

Quanto à Pena

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Pena PSC

Condição PSC

METAS SERVIÇO SOCIAL 2013

- Estruturar o projeto do PSC no 1º semestre com a reorganização das

instituições cadastradas e a elaboração de um cronograma de visitas e de

regularização dos termos de parceria de 2 anos com prorrogação de mais 2

anos;

- Montar um fluxo de acompanhamento e ampliação das entidades

parceiras;

- Evento no 2º semestre com os operadores de direito e as entidades

cadastradas no PSC;

- Ampliar a articulação do Projeto Começar de Novo, objetivando

abertura de novas vagas de emprego e cursos profissionalizantes;

- Integrar as ações do Patronato Penitenciário com a rede de serviços de

políticas sociais do município de Londrina.

5. DDI

O Departamento de Documentação e Informação protocola e distribui

documentos para os setores, elabora e encaminha os ofícios que comunicam a

apresentação inicial, controla o cumprindo de penas pecuniárias (pagamento

de cestas básicas) e informa aos juízos sobre o cumprimento da pena e

fornece certidões. Faz o arquivamento de toda a documentação dos

beneficiários na forma dos impressos dos prontuários físicos, e responde pelo

25

sistema virtual (base de dados), dos programas SISPAT e SPR. Também fica

sob a responsabilidade desta divisão os relatórios mensais enviados ao

DEPEN e ao INFOPEN.

Realiza a entrevista inicial de todas as pessoas atendidas pela unidade.

Coleta dados pessoais e informações acerca da medida e/ou pena dos

beneficiários que possibilitam a abertura de pasta de prontuário físico com os

documentos necessários e a inclusão nos sistemas de informática. Este

inclusão precede o atendimento de todos os outros setores.

Informa diariamente o número de egressos e penas alternativas para a

Assessoria de Inteligência da SEJU. A DDI é responsável pelo Projeto Cesta

Básica. Como esta é uma modalidade de medida com destinação social,

decretada pelo juiz como condição ou pena restritiva de direitos que é

fiscalizada e acompanhada pelo Patronato, o projeto objetiva fiscalizar o

cumprimento e racionalizar a distribuição dos recursos, já que alguns juízes já

permitem que a unidade identifique a maior necessidade e direcione o

cumprimento.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Cumprindo Não Cumprindo

Concluido Presos

Dados do Cumprimento doPrograma Cesta Básica - Julho à Dezembro de

2012

Dados do Cumprimento doPrograma Cesta Básica - Julho à Dezembro de 2012

METAS DDI 2013

- Melhorias nos sistemas de registro e controle de informações;

- Capacitar os servidores do Patronato Penitenciário para o

aprimoramento na utilização dos sistemas de informações.

- Propor à Vara de Execuções Penais de Londrina que permita ao setor

o cadastramento de instituições e a organização da destinação de cestas

básicas.

26

6. ESEDH

A partir da descentralização das atividades da ESEDH, o Patronato

Penitenciário de Londrina abriga o Polo Regional da ESEDH - Londrina com o

compromisso de ofertar cursos de capacitação profissional, oportunizando aos

servidores do sistema penal, qualificação pautada na excelência profissional

compatibilizando disciplina, ética e respeito humano.

O espaço disponibilizado ao Polo Regional da ESEDH pelo Patronato

conta com uma sala específica para cursos e eventos com capacidade máxima

para trinta pessoas e recursos multimídia para palestras e reuniões.

A descentralização da Escola de Direitos Humanos para o interior do

Estado tem possibilitado o acesso a cursos para um grupo significativo de

servidores que até então, em função da distância, se sentiam excluídos das

atividades desenvolvidas pela ESEDH.

A participação de todos os servidores é, sem dúvida, um importante fator

motivacional: contribui para uma maior integração no desenvolvimento do

trabalho em equipe; facilita a comunicação e a continuidade das práticas e

técnicas de segurança nas unidades penais; e propicia espaços de

desenvolvimento pessoal e profissional que incidem na autoestima e qualidade

de vida dos funcionários. Estas técnicas e práticas, nas mais diversas áreas,

garantem aos funcionários o entendimento e efetivo exercício de direitos

humanos.

Alguns cursos foram realizados em parceria com a Faculdade Pitágoras,

que disponibilizou o espaço físico com acomodações confortáveis, requisito

para os participantes terem experiências de socialização distantes da realidade

prisional. Utilizamos também a sala de aula do Patronato, o que facilitou a

logística de realização de alguns cursos mantendo o cuidado com o conforto e

o aproveitamento dos espaços de sociabilização. A realização dos cursos no

Patronato colabora, ainda, para aproximação e conhecimento do trabalho

diferenciado realizado por essa unidade que executa penas e medidas em

meio aberto.

O Polo Regional da ESEDH atende também os servidores de Maringá e

Cruzeiro do Oeste. Em alguns cursos, os servidores se deslocam para a cidade

de Londrina e em outros, os cursos são realizados em Maringá, de acordo com

as deliberações da ESEDH Curitiba. Este desdobramento de atividades

constitui-se instrumento de fundamental importância para um maior

entrosamento e troca de experiências entre os servidores participantes dos

cursos, assim como com a rede de serviços das cidades contempladas,

ampliando o conhecimento e o entendimento da comunidade quanto às

questões penitenciárias.

27

Para viabilizar a realização de cursos na cidade de Maringá, o Polo

Regional da ESEDH estabeleceu parceria com o 4º Batalhão de Polícia Militar

e com o Batalhão de Polícia Rodoviária de Maringá. Estas instituições

parceiras cederam espaço físico com acomodações adequadas e confortáveis

e recursos de multimídia, onde foram realizados os cursos naquela cidade.

Ainda na cidade de Maringá, o Polo Regional da ESEDH estabeleceu parceria

com a Faculdade Maringá que disponibilizou sala de aula contando com

recursos multimídia, espaço ainda não utilizado.

6.1. CURSOS E ATIVIDADES REALIZADAS

No ano de 2012, o Polo Regional da ESEDH - Londrina já capacitou um

total de 495 servidores, distribuídos em 13 cursos e 5 reuniões de trabalho:

Atualização em Segurança Penal; Direitos Humanos e o Espaço Prisional;

Prática de Leitura e Produção de Texto; Procedimentos para recebimento de

Alimentação; Capacitação dos Profissionais da Educação; Projeto DHEP

Capacitação para servidores de Recursos Humanos e Conceitos e Técnicas

em Segurança Penal. Este último realizado em parceria com o Núcleo de

Operações Especiais - NOE.

POLO REGIONAL DA ESEDH SERVIDORES CAPACITADOS - 2012

LONDRINA - MARINGÁ - CRUZEIRO DO OESTE

0 10 20 30 40 50 60 70

Direitos Humanos - MAISegurança Penal - MAISegurança Penal - JUN

Produção de Texto - JULSegurança Penal - JUL

Seg-NOE-Lda - AGOSeg-NOE-Mga - AGOProjeto DHEP - AGO

Alimentos Lda e Mga - AGOAlimentos Cruzeiro - AGO

Form. Educação - SETComitê DHEP - SET

Recursos Humanos - OUTAtualiz. Seg. Penal - NOV

Educ. DH e Esp. Prisional - NOVCapac. Did. Doc.ESEDH - DEZ

383435

1831 60

6436

3211

251617

2628

24

Cursos ESEDH 2012

Total de cursos realizados: 13 Total de atividades: 5 (reuniões de trabalho)

Total de servidores capacitados: 495

28

6.2. EXEMPLOS DE ATIVIDADES REALIZADAS

CURSO DE DIREITOS HUMANOS E O ESPAÇO PRISIONAL

Local: Faculdade Pitágoras em Londrina - de 28 à 31/05/2012 Participaram 38 servidores das cidades de Londrina e Maringá.

No destaque o colete – AGENTE DE DIREITOS HUMANOS, especialmente confeccionado para o curso de Diretos Humanos e o Espaço Prisional, pelo Instrutor Agente Penitenciario

José Robertos dos Santos – Diretor da Casa de Custódia de Londrina

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM SEGURANÇA PENAL Local: Faculdade Pitágoras em Londrina - de 21 à 26/05/2012 Participaram 34 servidores das cidades de Londrina e Maringá.

29

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM SEGURANÇA PENAL

Local: Patronato Penitenciário de Londrina - de 16 à 21/07/2012 participaram 31 servidores das cidades de Londrina e Maringá

CURSO DE DIREITOS HUMANOS E O ESPAÇO PRISIONAL

Local: Faculdade Pitágoras no dia 15/08/2012 Participaram 32 servidores da cidade de Londrina

30

CURSO DE CONCEITOS E TÉCNICAS EM SEGURANÇA PENITENCIÁRIA realizado em pareceria com NOE na Faculdade Pitágoras de Londrina

no período de 30/07 à 10/08/2012 participaram 124 servidores das cidades de Londrina e Maringá abaixo as Turmas I e II de Londrina e Turmas I e II de Maringá

31

APLICAÇÃO DE DINÂMICA:CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM SEGURANÇA PENAL

Atividade realizada no Pátio do Patronato Penitenciário de Londrina Instrutora: Cintia Helena dos Santos

CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM SEGURANÇA PENAL

Local: Patronato Penitenciário de Londrina - de 19 à 24/11/2012 participaram 26 servidores das cidades de Londrina

32

Coffee Break de alguns cursos

33

7. REUNIÕES DE EQUIPE

Semanalmente no Patronato a equipe de trabalho se reúne para a

sistematização e avaliação das atividades a serem desenvolvidas por todos os

setores, de forma a definir os indicadores numéricos a serem acompanhados

por cada Programa. Durante as reuniões são apresentados os dados do total

de pessoas atendidas, número de atendimentos, procedimentos e

encaminhamentos realizados para dimensionar os trabalhos.

O objetivo das reuniões é a constante retomada do Plano Diretor da

SEJU e o Planejamento Estratégico da unidade como delineadores das

atividades e registros a serem realizados. A implementação de relatório

semanal possibilita avaliação e planejamento.

Estes momentos semanais em que a equipe de trabalho se reúne para

avaliação das ações e planejamento do trabalho tem sido produtivos,

possibilitando o planejamento e realização ações integradas. Destaque aqui

para o fato de que ações fragmentadas, deficiências nas formas e programas

de registro de dados, falta de funcionários e de comunicação foram colocados

como pontos negativos no Planejamento Estratégico da unidade. Com exceção

do programa de registro de dados, os demais fatores têm sido trabalhados e

desenvolvidos na gestão participativa que ocorre mediante os encontros

semanais. Aumentamos a força de trabalho com a contratação de estagiários,

desenvolvemos fluxos de atendimento e de funcionamento dos programas e

projetos e conseguimos realizar o primeiro mutirão de fiscalização, onde toda a

equipe trabalhou de forma integrada na obtenção de dados sobre o

cumprimento das condicionalidades ou penas que administramos. Esta sintonia

da equipe enriquece a proposta inovadora de garantia de direitos de todos os

beneficiários e o tratamento humanizado das ações desenvolvidas. O foco das

ações tem se pautado na demanda apresentada e no atendimento de

qualidade aos usuários, que muitas vezes nos procuram após longo período de

vida encarcerada, ou, após receber uma condenação, o que desestrutura a sua

dignidade. Nosso papel enquanto equipe é devolver e ou suscitar com o

trabalho a possibilidade de novos projetos de vida para estas pessoas. Entendo

a educação e o trabalho como eixos estruturantes, objetivamos em todas as

nossas ações inserir as pessoas atendidas, garantindo acesso a direitas e o

entendimento do caráter produtivo e comunitário dos deveres.

8. DEFENSORIA PÚBLICA

Instituída no Estado do Paraná pela Lei Complementar n.º 136, de 19 de

maio de 2011, a Defensoria Pública Estadual é instituição permanente,

essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e

instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a promoção dos

34

direitos humanos, a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, judicial e

extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita,

aos necessitados, assim considerados nos termos do inciso LXXIV do artigo 5º,

da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (Art. 1.º, Lei

Complementar 136/2011 (PR), Art. 1.º, Lei Complementar 80/1994, Art. 134, da

Constituição Federal).

A Lei Complementar 136/2011, institui em seu artigo 261 que: Art. 261.

Ficam criados 150 (cento e cinquenta) cargos de provimento em comissão de

Assessor de Estabelecimento Penal, símbolo DAS-5, sujeitos a prévio teste

seletivo de conhecimento jurídico na área de Execução Penal a ser realizado

no prazo máximo de 60 (sessenta) dias contados a partir da entrada em vigor

desta Lei Complementar.

Desta forma, o Patronato Penitenciário de Londrina, Estado do Paraná,

órgão de execução penal, recebeu 02 (dois) assessores de estabelecimento

penal da Defensoria pública do Paraná, os quais são responsáveis pelo

atendimento e orientação jurídica, bem como pela realização dos pedidos em

execução penal a quem tem direito os beneficiários atendidos por este órgão e

também egressos oriundos de outras comarcas que procuram a Defensoria

Pública do Paraná no Patronato para receber orientação e assistência jurídica

na busca de seus direitos. Abaixo apresentados alguns dados da Defensoria:

0

50

100

150

200

250

Segundo semestre 2012

Atendimentos Mês

Pedidos Mês

9. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

9.1. SETOR PEDAGOGIA

Atividades desenvolvidas com os beneficiários no período de julho a

dezembro / 2012:

35

CICLO DE PALESTRAS

SAÚDE PESSOAL, PROFISSIONAL E AFETIVA – Convênio UNOPAR. Local de realização - Patronato Penitenciário de Londrina Data – 05/09/2012 a 10/10/2012 Total - 60 horas Total de Participantes – 22 Concluintes – 13 CURSO / Oficina INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS – Convênio UNOPAR Local de realização – Patronato Penitenciário de Londrina e UNOPAR Data – 06/10/2012 a 20/10/2012 Total – 12horas Total de Participantes – 23 Concluintes – 06

36

CURSO / OFICINA – MANTAS TÉRMICAS DE BAIXO CUSTO – Convênio UNOPAR Local de realização - Patronato Penitenciário de Londrina e UNOPAR Data – 10/11/2012... Em andamento Total – 12 horas Total de Participantes – 52

37

EXAME DE PROFICIÊNCIA - Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Londrina Local de realização – Patronato Penitenciário de Londrina Data – 22/10/2012 Inscritos – 11 Concluintes – 03

Obs.: Os três participantes receberam o certificado de conclusão do

Ensino Fundamental Fase I. Outros cursos foram oferecidos através do Clube

das Mães Unidas – ONG, SENAI, SENAC, etc.

9.2. SETOR SERVIÇO SOCIAL

9.2.1. SEMANA DO AGENTE PENITENCIÁRIO

No mês de novembro o Patronato em parceria com o Sindicato dos

agentes Penitenciários do Paraná e Pastoral Carcerária, organizou algumas

ações para buscar a socialização dos mesmos e de seus familiares. Foi

realizada uma missa de Ação de Graças com a participação dos agentes e

seus familiares e uma confraternização de final de ano em uma chácara.

38

9.3. DIREÇÃO

A direção da unidade é responsável pela gestão da equipe, assim como

da gestão administrativa e operacional das atividades. Também responde pela

busca e efetivação de parcerias que potencializem as condições da equipe de

oferecer tanto assistência às pessoas que cumprem penas e medidas em meio

aberto, quanto realizar a devida fiscalização de condicionalidades que tanto os

juizados quanto a sociedade em geral esperam deste órgão.

Neste sentido, listamos exemplos de documentos construídos para

otimizar o registro do trabalho, o relatório semanal , e os Atestados Trimestrais

de Regularidade , criados para atender a nossa maior demanda, a da Vara de

Execuções Penais de Londrina, que solicita em sentença informação trimestral

das pessoas com penas e medidas sob sua responsabilidade.

39

9.3.1. ATESTADO TRIMESTRAL DE REGULARIDADE – ATR

No segundo semestre o Patronato Penitenciário de Londrina implantou

na sua rotina de trabalho o Atestado Trimestral de Regularidade (ATR). Este

documento tem por objetivo regularizar a informação trimestral solicitada em

sentença de maneira a otimizar o trabalho, a orientação e a fiscalização do

cumprimento de penas e medidas.. Neste Atestado foram informados a

situação dos meses de junho, julho e agosto de 2012. No mês de dezembro

passamos a informar os meses de setembro, outubro e novembro 2012.

Seguiremos informando blocos de três meses comuns a todos como rotina.

Para emitir este Atestado são revisados todos os prontuários detalhando

informações sempre em consonância com as condições impostas na sentença

de todos os beneficiários.

Para facilitar o processo de trabalho, cada setor técnico ficou

encarregado de elaborar a ATR do projeto a ele vinculado: Serviço Social

elabora as ATRs dos beneficiários com pena ou condição da Prestação de

Serviço à Comunidade; a Pedagogia, dos beneficiários das Medidas

Educativas; Psicologia, dos beneficiários do Regime Albergue Domiciliar; a

DDI dos beneficiários com pena pecuniária.

MODELO DE ATR

40

9.3.2. RELATÓRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Neste segundo semestre de 2012 também criamos um instrumento para

facilitar a mensuração das informações e dados dos beneficiários que são

atendidos no Patronato na qual denominamos Relatório Semanal de

Atividades, onde os dados de atendimento de todos os setores são registrados

diariamente. Cada profissional e responsável pelo seu registro, compilado por

setor e também por Projeto ou Programa. Cabe a direção compilar os dados

semanais, estimular a avaliação dos dados e o estabelecimento de

estratégias,ou seja, o planejamento para corrigir falhas e ampliar acertos

realizado por todos na reunião semanal de equipe

MODELO DE RELATÓRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

41

10. CENTRAL DE CREDENCIAIS

O Departamento de Execução Penal do Paraná, com a coordenação da

Divisão de Serviços Técnicos e Assistenciais – DIST, através da Portaria

347/12 do DEPEN-PR, criou as Centrais de Credenciais em 06 de agosto de

2012 com a finalidade de prestar atendimento aos familiares das pessoas em

cumprimento de pena nos estabelecimentos penais do estado.

As Centrais de credenciais foram implantadas em Curitiba e Londrina,

tendo como objetivo padronizar e organizar o atendimento as famílias, visando

o cumprimento da Lei de Execuções Penais de forma ágil e com maior

qualidade.

No município de Londrina a Central de Credenciais está em

funcionamento no Patronato Penitenciário e iniciou suas atividades no dia 15

de outubro de 2012. A equipe é formada por 03 servidores, sendo 02 técnicos

administrativos e 01 assistente social.

No período compreendido entre 15 de outubro de 2012 e 31 de

dezembro de 2012 a Central de Credenciais de Londrina realizou os seguintes

atendimentos:

Credenciais emitidas (credenciamento, renovação, 2ª via, reativação e

inclusão de crianças)

Outubro – 98 Novembro – 465 Dezembro – 415

Atendimentos de orientação sobre documentação e procedimentos para

credenciamento:

Outubro – 250 Novembro – 520 Dezembro – 514 Reuniões de acolhimento e orientação ás famílias

Outubro – 02 Novembro – 07 Dezembro – 06 Totalizando 15 reuniões com a presença de 337 familiares

Devido à falta de funcionários as reuniões foram interrompidas.

Destacamos ainda, o apoio dos Centros de Referência da Assistência

Social dos municípios da região em relação à orientação às famílias. Vários

42

contatos foram realizados com os CRAS de Cambará, Arapongas, Apucarana,

Cambé, Rolândia e Congoinhas.

O atendimento TELEFÔNICO para orientação sobre documentação e

procedimentos para credenciamento tem aumentado de forma substancial

prejudicando a qualidade do atendimento prestado à população.

43

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PRÁ, Alcione. A incidência dos debates nos programas pró-egresso no estado do Paraná por regiões. 2002, Monografia. (Especialização em Controle Estatístico de Qualidade). Setor de Ciências exatas – Universidade Federal do Paraná.

BRASIL. Lei-7210 – de 11 de julho de 1984. Lei de Execução Penal.

BRASIL. Decreto Lei n° 2848 de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.