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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
ARTIGO – PROFESSOR PDE – TURMA 2010
JOÃO HENRIQUE GUARIENTI DAL ' MASO
O PROCESSO AVALIATIVO E A GEOMETRIA ESPACIAL:
MUDANÇAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
CASCAVEL - PR
2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SUPERINTENDÊNCIA
DA EDUCAÇÃO – PROGRAMA DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
O PROCESSO AVALIATIVO E A GEOMETRIA ESPACIAL:
MUDANÇAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Artigo apresentado como requisito final do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Orientadora: Profª Tânia Stella Bassoi.
CASCAVEL – PR
2012
O PROCESSO AVALIATIVO E A GEOMETRIA ESPACIAL: MUDANÇAS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA E NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
João Henrique Guarienti Dal „ Maso1
Tânia Stella Bassoi2
RESUMO
Este trabalho visa responder questões que têm se evidenciado no processo de ensino e de aprendizagem de Geometria e o processo avaliativo na área de Matemática. Para tanto se fez uma investigação centrada no estudo das figuras geométricas espaciais, especificamente com os poliedros. Por meio da avaliação diagnóstica pretendeu-se detectar dificuldades em relação aos conteúdos, identificando assim, quais são os conceitos relacionados às figuras geométricas espaciais que devem ser (re)elaborados. Considerou-se importante, compreender nessa construção, qual o significado da avaliação diagnóstica. Foi realizada uma atividade avaliativa individual na forma de pré-teste, para analisar e diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos referentes ao conteúdo proposto. Os conteúdos foram trabalhados por meio de aulas expositivas e oficinas. Após, os alunos realizaram outra atividade avaliativa individual na forma de pós-teste, para comparar com as do pré-teste, verificando se houve aprendizagem dos conceitos geométricos da Geometria Plana e Espacial referentes ao conteúdo planejado e desenvolvido. Verificou-se ao final do trabalho uma dificuldade dos alunos com os significados de palavras de uso do contexto escolar como: poliedros, figuras espaciais, perímetro, área e volume sendo estes últimos conceitos confundidos muitas vezes com seus cálculos.
PALAVRAS-CHAVE: Geometria Plana e Espacial, Aprendizagem, Processo Avaliativo.
1 Pós-Graduação em Ensino de Matemática Financeira e Estatística da Universidade Paranaense – UNIPAR - Campus de Cascavel; Graduação em Ciências do 1º Grau com Habilitação em Matemática – UNIOESTE; Atuação no Colégio Estadual Jardim Consolata – Cascavel. 2 Professora Adjunta da Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE - Campus de Cascavel
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INTRODUÇÃO
A avaliação do processo de ensino e de aprendizagem de Matemática é uma
questão que incomoda os professores do Colégio onde leciono. Uma das
preocupações é o fato de que muitos educadores não conseguem diferenciar
avaliação da aprendizagem de verificação do rendimento escolar, fato que pode ser
constatado pelas provas individuais ou em duplas, realizadas durante e no final do
bimestre, ou ainda, pela fala: “o aluno não estuda”, “o aluno está desinteressado”, “o
aluno não faz as tarefas de casa”, “o aluno não faz as atividades em sala”, sendo
que o resultado, muitas vezes é expresso em notas de valor abaixo da média. No
Colégio Estadual Jardim Consolata a média estabelecida para aprovação é igual ou
maior que 6,0.
O tema escolhido para este trabalho surgiu das minhas inquietações a
respeito da minha prática docente, em relação à forma de avaliar meus alunos.
Muitos questionamentos surgiram em situações geradas no trabalho em sala de
aula, muitas vezes sentindo a incoerência entre os resultados alcançados e a
conversão de notas (ou conceitos). A avaliação do processo de ensino e de
aprendizagem é uma questão que incomoda muito a grande maioria dos
professores, não somente os da disciplina de Matemática.
A avaliação da aprendizagem dos alunos ocorre freqüentemente por meio de
aplicação de provas individuais ou em duplas. Poucas disciplinas favorecem outros
instrumentos de avaliação como, por exemplo, seminário, peça de teatro e outros. O
que se tem exigido do aluno nestas avaliações é uma reprodução do conteúdo que
foi trabalhado em sala de aula.
Os procedimentos avaliativos adotados pelos professores de Matemática e
também de outras áreas do conhecimento servem de certa forma, apenas como
verificação de aprendizagem voltada especificamente em conteúdos ministrados em
sala de aula. A avaliação é muito mais do que simplesmente uma prova escrita ou
oral, é a possibilidade de “ver” o aluno como ele realmente é com suas qualidades e
deficiências. A avaliação é um dos caminhos para verificar o “crescimento” do aluno
e nos propiciar elementos para prover um ensino com muito mais qualidade, desde
que utilizada de forma responsável e coerente. O processo avaliativo pode tornar-se
um meio para o professor obter informações que direcionem a sua prática
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pedagógica, bem como para fornecer aos alunos oportunidades de identificar e
superar suas dificuldades e atuar como construtores da sua aprendizagem.
Em razão de tais considerações, este trabalho analisou e refletiu sobre
mudanças na prática pedagógica e no processo de avaliação, através de uma
investigação, centrada no estudo das figuras geométricas espaciais, especificamente
com os poliedros. Procurei compreender os elementos da avaliação diagnóstica,
utilizados na abordagem dos conteúdos do ensino de Geometria Plana e Espacial
nas atividades da Unidade Didática elaborada.
No decorrer do processo, paralelo a aplicação do projeto, todas as ações
realizadas foram apresentadas e discutidas em ambiente virtual, no GTR (Grupo de
Trabalho em Rede) formado por professores de Matemática da rede Estadual de
ensino como uma forma de democratização do acesso aos conhecimentos teórico
prático específico da disciplina e socialização do plano de trabalho do professor
PDE, com os demais professores da rede.
SOBRE A AVALIAÇÃO
No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem
por objetivo proporcionar subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do
processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
O Colégio Estadual Jardim Consolata, compreende que a principal finalidade
da avaliação no processo escolar é de possibilitar a construção do conhecimento. A
avaliação assume um sentido orientador e cooperativo, considerando a relação
mútua entre os aspectos quantitativos e qualitativos. As práticas da avaliação são
definidas pelas concepções de mundo dos profissionais envolvidos no processo, ou
seja, a definição dos instrumentos de avaliação é determinada pelas idéias e
modelos da realidade do sistema em que o profissional atua. Nesse sentido o
trabalho docente deve ser conduzido de forma que a avaliação lhe apresente um
diagnóstico dos avanços e dificuldades dos alunos, indicando o replanejamento de
suas atividades e o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica. Na instituição de
ensino onde atuo, as avaliações são registradas de forma somatória ou percentual, e
o registro do rendimento escolar é realizada a cada bimestre, onde os pais e alunos
têm acesso às “médias” através da retirada de boletins escolares.
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Nas últimas décadas várias pesquisas e projetos educacionais apresentam
abordagens metodológicas que estimulam uma mudança na prática pedagógica e no
processo avaliativo. Prevalece, em nossas escolas, uma avaliação que valoriza a
memorização e a reprodução dos conhecimentos desenvolvidos. Na maioria dos
casos, ela é efetuada, por meio de provas bimestrais, nas quais o elemento de maior
relevância é o resultado quantitativo.
Considerar o resultado não levando em conta todas as fases que
constituíram o processo de construção dos conhecimentos, caracteriza a avaliação
do rendimento escolar como uma prática extremamente punitiva, que não serve para
diagnosticar os meios necessários para alcançar as metas previstas reduzindo-a a
simples obtenção do produto final. Para Buriasco (2002, p.2)
[...] atualmente, a grande maioria das escolas possui uma política
de avaliação do rendimento escolar tomada como avaliação do „produto‟
final, que de certa forma, evidencia um resultado sem muita chance de ser
modificado, por assim dizer, baseada na dicotomia aprovação/reprovação, e
não da aprendizagem, avaliação da aprendizagem tomada aqui como
avaliação do processo, um dos meios que subsidia a retomada da própria
aprendizagem.
A superação de uma avaliação empobrecida que tem como meta apenas um
resultado expresso por uma nota, em prol de uma prática avaliativa que contribua
para o aperfeiçoamento do ensino e o sucesso da aprendizagem, exige
compreender: o que significa avaliar?
Compreender a avaliação como uma forma de comunicação é um caminho
para aproximar seu conceito da prática escolar, visto que, ora o aluno, ora o
professor são emissores de mensagens, ora receptores destas, que decodificadas
de forma dialógica, torna fecundo e promissor o processo de aprendizagem. Isto por
que, nestas mensagens, estão contidas informações que permitam ao professor
enquanto mediador, tomar decisões e fazer algo para intervir e melhorar a
aprendizagem de cada aluno e do próprio ensino. Uma ação que exige do avaliador
definir: os critérios, os fins principais, os instrumentos, as funções e uma posterior
estratégia a ser adotada mediante aplicação de uma avaliação.
No entanto, no ambiente escolar predomina um monólogo em que o
professor, a partir da análise das tarefas realizadas pelos alunos, comunica seus
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resultados por notas ou conceitos que ao final de um percurso servirão para aprová-
los ou reprová-los. Para Luckesi, isso é verificação da aprendizagem e não
avaliação. Segundo esse autor
[...] o termo verificar provém etimologicamente do latim - verum
facere - e significa “fazer verdadeiro”. Contudo, o conceito verificação
emerge das determinações da conduta de, intencionalmente, buscar ”ver se
algo é isso mesmo...”, “investigar a verdade de alguma coisa. O processo
de verificar configura-se pela observação, obtenção, análise e síntese dos
dados ou das informações que delimitam o objeto ou ato com o qual se está
trabalhando. [...] Por si, a verificação não implica que o sujeito retire dela
consequências novas e significativas. [...] O termo avaliar também tem sua
origem no latim, provindo da composição a-valere, que quer dizer “dar valor
a ...”. Porém, o conceito “avaliação” é formulado a partir das determinações
da conduta de “atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso
de ação...” [...] Isto quer dizer que o ato de avaliar não se encerra na
configuração do valor ou qualidade atribuídos ao objeto em questão,
exigindo uma tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de
avaliação, com uma consequente decisão de ação [...] (LUCKESI, 1998,
p.75 - 76).
Enquanto a verificação se limita à coleta e análise de informações sem
conseqüências posteriores (intervenções para alterar os resultados), a avaliação
ultrapassa essa fronteira e conduz a uma ação, exige uma decisão: uma tomada de
posição que viabiliza o redirecionamento das propostas planejadas de forma
dinâmica.
A avaliação é em última análise uma reflexão do nível qualitativo do trabalho
escolar do professor e do aluno. Sabe-se também que ela é complexa e não envolve
apenas testes e provas para determinar uma nota. Segundo Líbâneo
Avaliação é um ato pedagógico. Nela o professor mostra as suas
qualidades de educador na medida em que trabalha sempre com propósitos
definidos em relação ao desenvolvimento das capacidades físicas e
intelectuais dos alunos [...] (LIBÂNEO,1994,p.203).
O documento das Diretrizes Curriculares de Matemática para as séries finais
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio do Paraná – DCE (PARANÁ, 2008a,
8
p.44) aponta que
[...] a avaliação deve se dar ao longo do processo de ensino-
aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram
espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do
aluno com o conteúdo e a compreensão alcançada por ele.
Tornar válidas estas considerações requer a intencionalidade em repensar e
propor práticas que orientem a prática educativa, numa amplitude que ultrapasse a
sala de aula, envolvendo pedagogos e profissionais da educação do ambiente
escolar local, municipal e estadual a fim de que seja autêntica a afirmação da
deliberação nº 033/87-CEE - PR (apud deliberação n. 007/99 do CEE do PR), ao
expressar que a
[...] avaliação hoje se aplica não somente ao nível da
aprendizagem do aluno, mas também do aperfeiçoamento de ensino e da
reformulação do currículo. Apresenta-se, portanto como elemento
necessário em diferentes níveis do planejamento, exercendo nesses níveis
a função diagnóstica e formativa [...] (PARANÁ, 1987).
Ao encontro dessa concepção de avaliação, as Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná aponta que uma das
funções que a avaliação exerce é a de “proporcionar aos alunos novas
oportunidades para aprender, melhorar e refletir sobre o seu próprio trabalho, bem
como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno”. (PARANÁ, 2008, p.44).
Ao avaliar o professor deve utilizar técnicas diversas e instrumentos
variados, para diagnosticar o início, o desenvolvimento e o fim de todo o processo
avaliativo, para obter informações que direcionem a sua prática pedagógica e
oportunizar aos alunos de identificar e superar suas dificuldades, e também de
atuarem como construtores da sua aprendizagem. Os instrumentos usados para
avaliar por meio de: provas orais, provas escritas, tarefas, relatórios, entre outros
são úteis, desde que estejam:
1º. adequados ao tipo de conduta e de habilidade que estamos
avaliando (informação, compreensão, análise, síntese, aplicação...);
2º. adequados aos conteúdos essenciais planejados e, de fato,
realizados no processo de ensino (o instrumento necessita de cobrir todos
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os conteúdos que são considerados essenciais numa determinada unidade
de ensino-aprendizagem);
3º. adequados na linguagem, na clareza e na precisão da
comunicação (importa que o educando compreenda exatamente o que está
sendo pedido a ele);
4º. adequados ao processo de aprendizagem: um instrumento não
deve dificultar a aprendizagem do educando, mas, ao contrário, servir-lhe de
reforço do que já aprendeu; responder as questões essenciais significa
aprofundar as aprendizagens já realizadas, reorganizá-las, ressistematizá-
las ( LUCKESI, 2005, p.50 ).
A importância dada a um instrumento de avaliação, não é a sua
sofisticação, mas o uso que fazemos dele e das informações que ele proporciona.
Não existe processo avaliativo sem o recolhimento de dados para serem analisados,
daí a importância dos instrumentos de avaliação, sua escolha e seus critérios de
uso.
A avaliação deve ser compreendida como um processo dinâmico de
interação entre professor e aluno no apontamento e no desenvolvimento de
conteúdos de ensino e de aprendizagem, bem como na aplicação de suas
metodologias. O processo avaliativo deverá ocorrer em favor do aluno, sujeito do
processo, aliado de sua aprendizagem e promover o desenvolvimento de sua auto-
estima, gerando o desejo de conhecer mais e fortalecendo o seu vínculo com a
escola.
É muito freqüente a existência de classes heterogêneas nas escolas e
devido a essas diferenças cognitivas individuais, alguns alunos aprendem mais
rapidamente do que outros. Conforme Haydt (2000) é comum aluno que retêm com
mais facilidade o conteúdo e alunos que esquecem facilmente os mesmos.
O professor precisa antes de tudo, verificar se seus alunos dominam, ou
não, os pré-requisitos necessários para as novas aprendizagens, ou seja, se
apresentam as habilidades e os conhecimentos prévios necessários, sem os quais
não poderão prosseguir para a próxima unidade de conteúdos planejados.
Um dos propósitos da avaliação como função diagnóstica consiste em
informar o professor sobre o nível de conhecimentos e habilidades de seus alunos,
antes de iniciar o processo de ensino e de aprendizagem. Para Sant'Anna, a
avaliação diagnóstica visa,
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[...]determinar a presença ou ausência de conhecimentos e
habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas
experiências de aprendizagem. Permite averiguar as causas de repetidas
dificuldades de aprendizagem.
A partir de uma avaliação diagnóstica segura, providências para
estabelecimento de novos objetivos não atingidos, elaboração de diferentes
estratégias de reforço (feedback), levantamento de situações alternativas
em termos de tempo e espaço poderão e deverão ser providenciados para
que a maioria, ou quem sabe todos os estudantes aprendam de modo
completo as habilidades e os conteúdos que se pretenda ensinar-
lhes.(SANT'ANNA, 1997, p. 33).
Então, quando o professor poderá realizar esta avaliação diagnóstica? Para
Haydt,
Não é apenas no início do período letivo que se realiza a avaliação
diagnóstica. No início de cada unidade de ensino, é recomendável que o
professor verifique quais as informações que seus alunos já têm sobre o
assunto, e que habilidades apresentam para dominar o conteúdo. Isso
facilita o desenvolvimento da unidade e ajuda a garantir a eficácia do
processo ensino – aprendizagem. (HAYDT, 2000, p. 20).
A avaliação diagnóstica realizada com os alunos possibilita ao sistema de
ensino verificar se os objetivos propostos estão sendo atingidos, portanto a
avaliação possibilita a auto-compreensão. O professor, na medida em que está
atento ao andamento do aluno, poderá através da avaliação da aprendizagem,
verificar o quanto o seu trabalho está sendo deficiente e que desvio está tendo. O
aluno, por sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de
aprendizagem se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência
do seu limite e necessidades de avanço. Além disso, os resultados manifestados por
meio dos instrumentos de avaliação poderão auxiliar o aluno num processo de auto-
motivação, na medida em que lhes fornece consciência dos níveis obtidos da
aprendizagem.
Para Luckesi, a avaliação com a função diagnóstica,
[...] constitui-se num momento dialético do processo de avançar no
desenvolvimento da ação, do crescimento para a autonomia, do
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crescimento para a competência etc. Como diagnóstica, ele será um
momento dialético de “senso” do estágio em que se está e de sua distância
em relação à perspectiva que está colocada como ponto a ser atingido à
frente. (LUCKESI, 2008, p.35).
De acordo com essas considerações, podemos pensar no modelo de
avaliação formativa. A avaliação formativa tem a finalidade de proporcionar
informações acerca do desenvolvimento de um processo de ensino e de
aprendizagem. Ela é contínua, contextualizada, reflexiva e interativa, tem incluída
dentro de sua concepção, a avaliação diagnóstica. Entre suas principais funções
estão as de inventariar, harmonizar, tranqüilizar, apoiar, orientar, reforçar, corrigir, etc.
É uma avaliação incorporada no ato do ensino e integrada na ação de formação. É
uma avaliação que contribui para melhorar a aprendizagem, pois, informa o
professor sobre o ato de desenvolver a aprendizagem e o aluno sobre os seus
sucessos e fracassos. Proporciona segurança e confiança do aluno nele próprio;
feedback ao dar rapidamente informações úteis sobre etapas vencidas e dificuldades
encontradas; diálogo entre professor e aluno bem fundamentado em dados precisos
e consistentes. Além disso, a avaliação formativa assume uma função reguladora
quando permite tanto a alunos como a professores ajustarem estratégias e
dispositivos. Ela pode reforçar positivamente qualquer competência que esteja de
acordo com alguns objetivos previamente estabelecidos e permitir ao próprio aluno
analisar situações, reconhecer e corrigir seus eventuais erros nas tarefas.
Diante das diferentes abordagens sobre o ato de avaliar, há outra
modalidade de avaliação, que tem por objetivo, medir o conhecimento adquirido pelo
aluno, sendo chamada de avaliação classificatória ou somativa. A principal função
desse tipo de avaliação é a classificação dos alunos no final de uma unidade de
aprendizagem com a finalidade de promovê-lo de acordo com os níveis de
aproveitamento que o mesmo demonstra. Portanto qualquer que seja o instrumento
avaliativo adotado, nenhum é melhor que o outro. O professor deve ter claro se ele é
conveniente ou relevante para compreender o processo de aprendizagem dos
alunos e mostrar caminhos para uma intervenção visando sua melhoria no processo
de ensino e de aprendizagem no desenvolvimento do educando. A principal
finalidade da avaliação no processo escolar é auxiliar a construção do conhecimento
por parte dos alunos. A Lei de Diretrizes e Bases determina que a avaliação deva
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ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e também em relação aos resultados ao longo do ano letivo.
A avaliação qualitativa, de forma contínua, se fundamenta no conhecimento
da qualidade dos processos didáticos que está presente no processo de ensino e de
aprendizagem, analisa e avalia continuamente disposições do comportamento do
aluno, relacionando essas atitudes e valorizando-as com a aprendizagem. Quanto à
avaliação quantitativa, é utilizada para medir em que nível os objetivos foram
alcançados e se fundamenta na quantificação e medida de conhecimentos.
A avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar e
analisar as modificações do comportamento e atendimento do aluno, do educador,
do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este
teórico (mental) ou prático (SANT‟ANNA, 1997)
Para que o professor deixe de ser um examinador e passe a ser um
avaliador é necessário que mude sua postura frente à avaliação, entendo que as
mudanças se concretizam em sua prática pedagógica.
COMO FIZEMOS
Para trabalhar os conteúdos de Geometria Espacial apresentados na
unidade didática contou-se com a população da 2ª série A do Ensino Médio matutino
do Colégio Estadual Jardim Consolata – Ensino Fundamental e Médio, localizado no
município de Cascavel, Estado do Paraná, pertencente ao Núcleo Regional de
Educação de Cascavel. Sendo aplicada em aproximadamente 40 aulas, de agosto a
dezembro de 2011, na disciplina de Matemática. Constou de duas avaliações, uma
diagnóstica (pré-teste) para verificar o conhecimento dos alunos, e outra pós-teste,
buscando estabelecer parâmetros com relação às atividades desenvolvidas e os
resultados alcançados através delas. Portanto, tratou-se de uma pesquisa com
intervenção pedagógica, atividade esta, que faz parte do Plano de Desenvolvimento
Educacional do Governo do Paraná, turma PDE/2010 desenvolvida em etapas.
A primeira etapa consistiu na aplicação de um pré-teste individual, em uma
população de 30 alunos da 2ª série A do Ensino Médio do Colégio Estadual Jardim
Consolata, sobre os conteúdos de Geometria Plana e Geometria Espacial para
analisar, interpretar e responder a 22 questões em aulas geminadas. Após o teste
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foram recolhidas todas as folhas contendo as questões e as respostas da avaliação.
A segunda etapa consistiu nas ações desenvolvidas e realizadas durante a
aplicação das atividades da unidade didática contendo aulas teóricas e práticas
sobre os conteúdos elencados, realização de oficinas e o uso do Laboratório de
Informática para utilizar o GeoGebra.
A Unidade Didática foi apresentada com os seguintes tópicos:
ATIVIDADE TÍTULO
01 Pré-Teste Diagnóstico
02 OFICINA – Aprendendo Geometria com Tangram – Construindo o
Tangram
03 AULA – Aprendendo Geometria com Tangram – Formando Polígonos
04 AULA – Aprendendo Geometria com Tangram – Área e Perímetro de
Polígonos
05 OFICINA – Construindo o Tangram no GeoGebra.
06 AULA - Formas Geométricas Tridimensionais
07 OFICINA – Construindo Poliedros com Canudos
08 AULA – Áreas e Volume de Poliedros
09 Pós-Teste Diagnóstico
Os alunos foram orientados a fazerem observações e registrá-las em
relatório ao final de cada umas das atividades propostas, onde arquivaram,
documentaram e avaliaram as atividades realizadas. Também foram observadas as
atitudes dos alunos, quanto: a participação ativa dos trabalhos, o auxilio aos colegas
nas resoluções de problemas, registro e socialização de seus conhecimentos, a
expressão oral, o ouvir ao colega e ao professor.
A terceira etapa consistiu em uma avaliação, o pós-teste. Após o
desenvolvimento das atividades da unidade didática individualmente, 28 alunos
responderam novamente as mesmas 22 questões da avaliação do pré-teste. Os
dados obtidos foram organizados, tabulados construindo-se tabelas comparativas do
pré e pós-teste para análise dos resultados referente ao número de acertos, acertos
parciais e erros.
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ANÁLISE DOS RESULTADOS
Considero que o ensino da Geometria Plana e Espacial amplia a capacidade
do aluno em compreender o espaço, os objetos ao seu redor, de desenvolver suas
mensurações, o raciocínio lógico e geométrico (habilidades de visualização,
percepção espacial e análise de figuras).
Na avaliação diagnóstica, o pré-teste teve como objetivo de verificar o que
compreendiam sobre conceitos, propriedades e cálculos relacionados às figuras
planas e espaciais e, ainda, se relacionavam o conteúdo escolar com o cotidiano. No
pós-teste, de obter informações acerca da modificação do conhecimento inicial e dos
conceitos matemáticos da Geometria Plana e Espacial, apropriados ou não pelos
alunos. Os dados foram analisados através da comparação entre os resultados
obtidos na aplicação do pré-teste e do pós-teste, indicados na estatística com
valores percentuais do número de acertos, acertos parciais e erros. O acerto parcial
refere-se à resposta incompleta, mas plausível.
Sobre figuras planas e espaciais
As questões 1, 2, 8, 9 e 10, foram apresentadas, inicialmente num texto
referindo-se as figuras 1 e 2. São questões similares as do livro didático.
Figura 1: Casas de Alvenaria
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2g
eografia/6casaspopulares.jpg
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Figura 2: Planta Baixa de um Apartamento
No pré-teste a questão 1 “Na Figura 1, as casas representam figura plana
ou figura espacial?”, 50% dos alunos erraram. Já na questão 2 “A Figura 2,
representa uma figura plana ou uma figura espacial?, o percentual de erro foi 40%.
Nestas duas questões possivelmente os alunos escolheram aleatoriamente
uma ou outra como resposta, sem necessidade de reflexão ou análise da situação.
Este fato pode ser confirmado pela questão 8 onde se pediu “Escreva a
diferença entre figura plana e figura espacial”, 100% dos alunos erraram. Eles não
souberam distinguir uma figura plana de uma espacial ou não entenderam o que foi
solicitado. Algumas das respostas obtidas para a questão foram: “Figura plana é
uma figura reta, sem elevações. Espacial pode ser reta ou com elevações
profundidades etc. Dimensões”, “Plana é a casa em si, espacial se pode visualizar o
espaço dela visto de cima”, “A figura plana representa a arquitetura da casa, a figura
espacial representa ela finalizada”.
No pós-teste houve uma redução no percentual erros, tanto para questão 1
como para questão 2, respectivamente, 10,71% e 14,29%. Mesmo com o aumento
do percentual de acertos, os alunos tinham a opção da escolha aleatória. Este fato,
novamente foi confirmado pelas respostas da questão 8, com redução no percentual
de erros da questão para 46,43%. O conceito figura plana e espacial ainda continuou
confuso, observadas nas respostas: “Plana, você tem a base de como ela é por
inteiro. Espacial, você não consegue observar dentro e sim por fora”, “Figura plana é
aquela que está em sua frente, possível ver, pegar, tem três dimensões e a espacial
ao contrário”, “Figura plana são figuras retas. Figura espacial são figuras com uma
superfície”, “Uma folha de sulfite plana e caixa de creme dental espacial”, “Figura
plana está sendo planejada, figura espacial é construída, feita”, “Plana mostra a casa
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por fora, espacial a quantidade de repartições”.
A fragmentação dos conceitos figura plana e espacial se reforça nas
questões 9 e 10, onde ao pedir para citarem duas figuras planas e espaciais,
respectivamente, o erro no pré-teste foi de 70%. Para figuras planas citaram,
“carros”, “casas”, “caixa de creme dental”, “mesa”, “régua”. Para figuras espaciais,
“comércios”, “um par de tênis”, “nuvens”, “cédula de dinheiro”. No pós-teste, a
questão 9 teve redução no percentual de erros (42,86%), mas não houve uma
mudança significativa nas respostas que escreveram: “mesa”, “caneta”, “veículos”,
“móveis”, “cadeira”, “carteira”, “caixa de creme dental”. Na questão 10 o erro reduziu
para 25%. A dificuldade de diferenciar figura plana de espacial após a intervenção do
professor com atividades envolvendo objetos do dia a dia se manteve para alguns
alunos.
A questão 17 “Identifique as formas geométricas que lembram forma plana
(P), forma espacial (E) ou as que lembram contornos (C)”, testava objetos do
cotidiano, “Folha de papel sulfite”, “Barbante formando um retângulo”, “Caixa de
creme dental”, “Seu quarto”, “Cédula de dinheiro” e “Linhas laterais de um campo de
futebol”. O percentual de erro no pré-teste variou de 30% a 60% entre os itens,
apresentando a mesma dificuldade de relacionar as formas geométricas ao seu dia a
dia. Embora com redução no pós-teste do percentual de respostas erradas que
variou de 11% a 36% entre os itens, a dificuldade mencionada anteriormente não foi
totalmente superada.
A questão 21 apresentada na Figura 7 abaixo.
Figura 7: Bloco Retangular
Referia-se a: “Observe o bloco retangular e responda. a) O bloco retangular
é uma figura de duas ou três dimensões?”.
Aqui cabe explicar que não foi identificada por prisma a figura, por ser uma
palavra que não fazia parte do cotidiano do aluno, utilizei as palavras bloco
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retangular por causa da distribuição das salas de aula do colégio, que são
identificados por Blocos A e B para facilitar a associação. 46,67% dos alunos
erraram no pré-teste. Essa questão teve o percentual de erro aproximado ao
desempenho das questões 1 e 2.
As respostas dadas pela maioria dos alunos, que não identificaram em
situações cotidianas as formas geométricas planas e espaciais, nos leva a concluir
pelas falas anteriores, que o conceito plano e espacial está relacionado, grosso
modo, respectivamente a “figura reta, sem elevações” e “espacial se pode visualizar
o espaço de cima”. O conceito de figura plana este fortemente revestido do senso
comum de uma superfície lisa e figura espacial ligada “ver de cima”, “um lugar fora
da Terra”. O trabalho com Geometria Plana e Espacial na escola foge dos conceitos
do cotidiano das pessoas e estes conceitos na escola são revestidos de novas
palavras necessárias para o ensino da geometria. Portanto era esperado esse
desempenho dos alunos no pré-teste. No pós-teste, embora o percentual de acertos
fosse de 78,57%, os conceitos figura plana e espacial não ficaram ainda claros para
alguns alunos.
Sobre perímetro, área e volume
As questões 3, 7, 11, 12 e 14, foram também referenciadas nas figuras
Figura 1: Casas de Alvenaria e Figura 2: Planta Baixa de um Apartamento.
Os conteúdos apresentados foram sobre Geometria Plana (Polígonos), que
diagnosticavam se os alunos identificavam, em situações cotidianas, as formas
geométricas planas e se sabiam calcular perímetro e área, e ainda, se diferenciavam
perímetro de área. Estas questões são similares as do livro didático.
No pré-teste a questão 3 “Através da planta baixa da Figura 2, é possível
calcular o perímetro e a área do apartamento?”, 70% dos alunos acertaram e no
pós-teste o acerto foi de 89,29%. Pressupõe estarem mais familiarizados com a ideia
de área e perímetro associada ao ensino de geometria escolar anterior.
Porém na questão 7 “Se um pintor fosse contratado para pintar as paredes
externas de uma das casas de alvenaria, para ele saber a quantidade de tinta
necessária, usaria o perímetro ou a área das paredes?”, 50% erraram no pré-teste e
mantiveram esse mesmo percentual no pós-teste.
18
O conceito perímetro não ficou claro, pois durante as aulas de intervenção,
os alunos tiveram dificuldade em entender o significado de perímetro. O professor
utilizou exemplos, como o rodapé da sala de aula, cercado, muro, para que
compreendessem o significado de perímetro. Mas esses exemplos pareceram não
mudar os significados da palavra para eles. Quando tiveram que responder
novamente a mesma questão, não tinham certeza se era perímetro ou área e
escolheram uma delas aleatoriamente.
Quanto à questão 11 “O que você entende por perímetro?”, algumas das
respostas dadas no pré-teste foram: “É um instrumento de medir”, “lado x lado”, “São
as medidas, eu acho”, “A área de construção da casa”, “Perímetro=cálculo”. O
percentual de erros foi de 96,67%. Verificou-se que no pós-teste responderam: “É a
área do quadrado”, “Para saber o tamanho do local calculado”, “É a soma de todos
os lados”, “A medida do contorno do objeto”, “Os lados que compõem a figura”, “É a
linha que contorna uma figura plana”, “É o que esta em volta da área, determina
alguma área”, “É a medida de uma determinada figura”. O percentual de erros
diminuiu para 67,86%. Embora tenham melhorado o desempenho em relação ao
pré-teste, o conceito de perímetro ainda está confuso.
Porém na questão 12 “O que você entende por área?”, algumas das
respostas do pré-teste: “lado x lado”, “É o que tem dentro da casa”, “um determinado
espaço”, “É a base multiplicada pela altura”, “É um determinado espaço com
medidas”, “Eu entendo que é a área construída de uma determinada construção”,
“Altura x lado”, “Multiplicação de 2 lados”, “Área é quantos metros quadrados”. No
pós-teste responderam: “É o contorno da figura”, “A medida de uma superfície”, “É a
soma de todos os lados da figura”, “É um determinado espaço de alguma coisa”, “É
a parte interna do contorno”, “É o resultado de altura vezes comprimento. É a
superfície total de um objeto”, “Nada”, “É a medida total da figura”, “Área é todo o
determinado espaço de superfície de uma figura”, “É um espaço que está dentro de
um determinado perímetro”, “Tudo o que tem dentro, como exemplo uma caixa”, “É a
superfície plana delimitada”. O percentual de erros de 93,34% reduziu para 57,14%,
embora pareçam ter melhorado o desempenho, o conceito área parece não estar
claro para muitos.
Uma das ações que estava prevista na implementação da unidade didática,
foi a oficina de dobradura “Construindo o Tangram” no formato de quadrado. Uma
19
das atividades realizada pedia para medir o contorno e a superfície das peças do
quebra-cabeça, para que compreendessem os conceitos e o cálculo de perímetro e
área, através das figuras planas obtidas. Pelas respostas obtidas no pós-teste, para
o perímetro “Para saber o tamanho do local calculado”, “É a medida de uma
determinada figura”, para área “É o contorno da figura”, “É um determinado espaço
de alguma coisa”, os conceitos perímetro e área e as suas diferenças, não ficaram
claros para os alunos.
Na questão 14 “Como se calcula o perímetro e a área de um retângulo?”,
90% dos alunos erraram no primeiro teste. Esperava-se que nesta questão, pelo
menos acertassem o cálculo da área por estar muito presente no dia a dia escolar e
que favorecesse uma transferência de conhecimento geométrico, pois havia nos
bairros ao redor do colégio, construções e reformas de casas. Algumas das
respostas foram: “Altura x lado”, “Multiplicação de 2 lados”, “Calculando os lados”,
“Multiplicando”. No pós-teste escreveram: “Somando os lados”, “Perímetro, base
vezes altura vezes comprimento. Área, base vezes altura”, “Multiplicando”,
“Perímetro x perímetro, área x área”, “Multiplicando seus lados”. O percentual de
erro foi de 57,14%
As questões sobre perímetro e área de figuras planas, reafirmam a
fragilidade conceitual que atinge o ensino de geometria plana e espacial. Pudemos
verificar que o conceito de perímetro é muitas vezes confundido com o conceito
área. O significado do conceito área remete a fórmulas de figuras planas mais
conhecidas, o quadrado e o retângulo, trabalhadas desde os anos iniciais. Pudemos
ainda verificar, que os alunos tiveram dificuldade em responder as questões no pré e
pós-teste, não por desconhecer as palavras perímetro e área, mas por confundir o
significado de cada uma delas respectivamente.
A questão 21g “É possível calcular o volume dessa Figura 7? Se for possível
como você faria?”, alguns responderam, “Não faço idéia”, para outros “Sim,
calculava a área e o perímetro”, “Sim, jogava todos os pontos com um valor e
calculava”, “Não”, “Sim”, “Sim, calculando os lados”, o percentual de erro no pré-
teste foi de 80%. Os alunos demonstraram desconhecimento sobre o conceito de
volume e consequentemente não calcularam o seu volume. No pós-teste não foi
diferente, pois as respostas que apareceram foram: “Altura vezes largura”, “Não”,
“Sim, PxA”, “Sim, calculando a área, a quantidade”, “Sim, somaria a altura,
20
comprimento e a largura”, “Sim, pelas medidas das alturas”.
A questão13 “O que você entende por volume”?. Abordou o conteúdo da
Geometria Espacial (Poliedros), tinha por objetivo avaliar se os alunos conceituavam
volume. O erro foi de 93,34%. Observa-se nas respostas do pré-teste de alguns
deles, “Volume é o que preenche”, “É o peso de um determinado objeto”, “Volume de
água contida em um copo”, “É a quantidade de determinada coisa, em um espaço
pequeno ou grande”, que possuem certa noção sobre volume. No pós-teste algumas
das respostas: “É o espaço do que tem uma figura espacial”, “Medida total da figura”,
“É o espaço que compreende dentro de uma figura”, “Seria o tanto que você pode
encher um objeto”, “É a profundidade das coisas”, “É o espaço que ocupa”. O
percentual de erro continuou alto (89,29%), confirmando o que foi revelado na
questão 21g.
Sobre polígonos e poliedros
As questões 15 e 16 abordaram os conteúdos da Geometria Plana
(Polígonos) e da Geometria Espacial (Poliedros), apresentada na Figura 3.
Figura 3: Figuras Geométricas
No pré-teste a questão 15a “Os poliedros são as figuras:” Apontamos
algumas das respostas: “com pontas”, “G, H, I, J, L e M”, “B, C, H, I”, “H, J, G, L, M”,
“E, M, A, D, G, I”, “A, B, C, D, E, F, G, I, M”, “que tem quatro pontas”. Os acertos
parciais foram de 60% superando o percentual de erros de 40%. No pós-teste
responderam: “A, B, C, D, E, F”, “B, C, D, E, F”, “B, C, G, H, I, M”, “I, G, J, M, L”, “G,
H, I, J, L, M”. Os conceitos polígono e poliedro mantiveram-se desconhecidos para
os alunos. Alguns associaram poliedro à figura com pontas, porque as figuras do
21
quadrado, do retângulo e do triângulo as têm e a figuras espaciais arredondadas.
Entretanto na questão 15b “Os polígonos são as figuras:”, escreveram no
primeiro teste: “I, A, B, C, D, F”, “Ovais”, “B, C, E, F, G, H, I, J”, “são redondos”, “H, L,
J”, “B, C, J, L” percentual de erros de 46,67% superou o do acerto de 20% e dos
acertos parciais de 33,33%. Observou-se pelas respostas de alguns alunos que
polígonos são figuras que possuem formas arredondadas não havendo diferença
serem plana ou espacial. No pós-teste responderam: “B, A, C, D, F, G, I”, “A, B, C, D,
E, F”, “E, F, L”, “I, A, B, C, D”, “A, B, C, D”, “A, D, E, F, J, L”.
Os alunos mantiveram dificuldade em responder as questões no pré e pós-
teste. Para a maioria dos alunos, os conceitos polígono e poliedro foram
confundidos, mesmo após a intervenção do professor com as aulas expositivas
sobre as diferenças entre polígonos e poliedros.
Na questão 16 “Como você compreende a diferença entre polígono e
poliedro?”, escreveram no primeiro teste: “Diferenciando ângulos”, “Pelas formas
geométricas”, “Polígonos são figuras quadradas. Poliedros são figuras circulares”,
“Pelos lados e pontas”, “Poliedros tem 6 lados ou mais, polígono tem 6 ou menos”,
“Polígono com quatro lados e poliedro com seis lados ou mais”, “ As formas são
parecidas”, “Polígono figura plana, poliedro figura geométrica”. O índice percentual
de erro foi de 93,34%. No pós-teste responderam: “Pois, há figuras que são planas e
outras são espaciais. Por exemplo, a figura A é uma plana. A figura G é uma
espacial”, “Poliedros possuem as mesmas medidas”, “Polígono tem 3 lados e
poliedros tem 6 lados ou quatro”, “Poliedro são figuras espaciais, polígonos são
figuras planas”, “Polígono possuí altura vezes comprimento. Poliedro possuí vértice,
aresta e faces”, “Polígono: figura espacial; Poliedro: figura plana”. O percentual de
erro reduziu para 67,85%, mas na essência, para alguns alunos ainda ficou confuso.
As dificuldades em responderem as questões 15 e 16 confirmaram o
desconhecimento dos conceitos polígono e poliedro e também das palavras polígono
e poliedro. A intervenção do professor com aulas expositivas, utilizando materiais
manipuláveis como embalagens de produtos utilizadas no dia a dia e uma oficina
com o tema “Construindo Poliedros com Canudos” procurou mostrar a diferença
entre polígonos e poliedros. Eles demonstraram dificuldades na diferenciação entre
polígonos e poliedros da mesma forma que mostraram com figuras planas e
espaciais.
22
A questão 18 abordou os conteúdos da Geometria Plana (Polígonos),
apresentada numa figura, a Figura 4.
Figura 4: Polígono – Elementos
Nesta questão 18 “Escreva os nomes dos elementos de um polígono.
Palavras chaves: lado, vértice, ângulo interno, diagonal”, verifiquei que 50% dos
alunos erraram no pré-teste. Não sabiam ou confundiram vértice com ângulo,
diagonal com lado, ângulo interno com vértice, a identificação do lado a maioria
acertou.
No pós-teste o erro reduziu para 3,57%, enquanto que os acertos parciais
foram de 42,86%. Perdurou a dificuldade em nomear os elementos do polígono. Nas
aulas em que os alunos fizeram atividades relacionadas a desenhar e recortar
polígonos, com o objetivo de identificarem os elementos de um polígono, o fizeram
sem reflexão.
A questão 19 abordou os conteúdos da Geometria Plana (Polígonos),
apresentada na Figura 5.
Figura 5: Polígonos
Para a questão 19 “Responda”, as perguntas testavam se identificavam
“trapézios”, “paralelogramos”, “losangos”, “retângulos”, “quadrados”, “triângulos” e
23
“quadriláteros”. Os alunos apresentaram desconhecimento da classificação dos
quadriláteros. Através dos resultados obtidos na avaliação sobre os polígonos, por
ser um conteúdo trabalhado nas séries anterior questões comuns no livro didático,
eles não apresentaram bom desempenho no pós-teste. Este fato nos mostra como
não é fácil ao aluno agregar ao seu vocabulário novas palavras propostas pelo
contexto escolar.
A questão 4 “O formato do quarto na Figura 2, do apartamento, representa
um poliedro? Se a resposta for sim, qual é o nome?”, foi apresentada, num texto
com duas figuras, a Figura 1: Casas de Alvenaria e Figura 2: Planta Baixa de um
Apartamento, já mencionadas anteriormente. O erro no pré-teste foi de 93,33%. A
primeira pergunta pode ser respondida por uma escolha aleatória. A segunda não.
Observou-se que nas respostas apresentadas por escrito pelos alunos não
nomearam corretamente o nome do poliedro. Por exemplo, as respostas
apresentadas foram: “Poliedro retângulo”, “Retângulo”, “Não sei o que significa
poliedro”, “Circunferência”. No pós-teste “Sim, retângulo” e “Não”, foram as
respostas com maior frequência. A persistência na dificuldade de compreensão do
conceito poliedro impede de relacioná-lo com os objetos no seu dia a dia.
A questão 20 “Escreva os nomes dos elementos de um poliedro. Palavras
chave: face, vértice, aresta”, abordou os conteúdos da Geometria Espacial
(Poliedros), apresentada pela Figura 6.
Figura 6: Poliedros – Elementos
Nesta questão para o primeiro teste, houve acerto de 43,33%, acertos
parciais de 20% e o percentual de erros de 36,67%. Verifiquei pelas respostas dos
alunos, que em sua maioria identificaram face, mas trocaram vértice por aresta e
aresta por vértice. Durante as aulas expositivas disseram que as palavras vértice e
aresta não faziam parte de seu conhecimento, mas face sim. A face estaria
relacionada a uma figura reta, lisa e sem elevações.
No pós-teste, reaparece a troca dos elementos vértice por aresta e vice-
24
versa. Alguns alunos continuaram apresentando a mesma dificuldade na
identificação dos elementos do poliedro. O índice percentual do erro foi de 7,14% e o
de acertos parciais de 32,14%.
O professor aplicou atividades que favoreciam a visualização, a manipulação
de embalagens e a representação plana das formas geométricas para promover a
aprendizagem dos conceitos polígono e poliedro, bem como suas propriedades. Os
alunos continuaram confundindo figuras planas com figuras não planas, não
diferenciavam poliedros de corpos arredondados, não percebiam a relação entre
polígonos e faces, não conheciam os elementos face, vértice e aresta, faziam
confusão da nomenclatura das figuras planas com as não planas e desconheciam as
propriedades das figuras.
Na questão 5 “Na Figura1, a frente do muro de uma das casas dá ideia de
um plano?” e a questão 6 “No quarto da Figura 2, a parede que contém a porta e a
parede que separa o quarto do banheiro, são paredes paralelas ou
perpendiculares?” estão relacionadas as figuras, Figura 1: Casas de Alvenaria e
Figura 2: Planta Baixa de um Apartamento, mencionadas anteriormente. Os
conteúdos da Geometria Euclidiana, foram abordados nessas questões, tinham por
objetivo, verificar se os alunos identificavam ponto, reta, plano, as posições relativas
entre duas retas e entre dois planos. Estas questões foram adaptadas e são
similares as do livro didático.
Durante as aulas expositivas e nas oficinas os alunos revelaram
desconhecer os entes geométricos revelados.
A questão 21 abordou os conteúdos da Geometria Espacial (Poliedros),
apresentada pela Figura 7: Bloco Retangular, mencionada anteriormente.
Para a questão 21”Observe o bloco retangular e responda”. Na questão 21b
“Os segmentos de reta AD e BC são paralelos ou perpendiculares?”, na questão 21c
“A letra B indica na figura acima, um ponto, uma reta ou um plano?”, na questão 21d
“Os segmentos de reta GF e FE são paralelos ou perpendiculares?”, na questão 21e
“Os polígonos ABCD e BEFC pertencem ao mesmo plano?”, na questão 21f “Os
polígonos ABCD e DCFG são paralelos ou perpendiculares?”. O percentual de erro
variou de 53% a 80% no pré-teste. Nestas questões possivelmente os alunos
escolheram aleatoriamente uma ou outra como resposta, sem necessidade de
reflexão ou análise da situação. No pós-teste o percentual de erro variou de 21% a
25
58%.
Sobre circunferência e círculo
A questão 22 foi apresentada por quatro figuras do cotidiano, a Figura 8, a
Figura 9, a Figura 10 e a Figura 11.
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/2g
eografia/3pupunha.jpg
Figura 9: Aro de Basquetebol
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/Image/conteudos/imagens/ed
ucacao_fisica/cesta_3pontos.jpg
Figura 8: Palmito Pupunha
Figura 10: Moeda
26
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/2010/geografia/2
geografia/2moeda_rand.jpg
Fonte:http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/3educacao_fisic
a/1ciclis1.jpg
Os conteúdos da Geometria Plana (Circunferência e Círculo) foram
abordados nessas questões, tendo por objetivo, avaliar se os alunos diferenciariam
círculo de circunferência. Estas questões são similares as do livro didático.
No pré-teste a questão 22 “Quais das figuras abaixo representa a ideia de
uma circunferência ou de um círculo?”. Para a questão 22a Figura 8, o percentual de
erro foi de 90%. Na questão 22b Figura 9, o erro foi de 73,33%. Na questão 22c
Figura 10, o erro foi de 36,67% e para questão 22d Figura 11, 80% dos alunos
erraram.
Se os conceitos de circunferência e círculo não estavam claros para os
alunos, possivelmente não reconheceram por esse motivo os conceitos geométricos
nas figuras apresentadas.
RESULTADO GERAL DAS DUAS AVALIAÇÕES
A seguir, no gráfico é apresentado o resultado geral do desempenho dos
alunos no pré e pós-teste levando em consideração a porcentagem do número total
de acertos, acertos parciais e erros em cada avaliação.
Figura 11: Aro de Bicicleta
27
Gráfico 1: Resultado Geral das duas Avaliações
Em relação aos percentuais gerais, o gráfico aponta que houve um aumento
geral de 17,7% no número de acertos nas questões, um aumento de 1,38% no
número de acertos parciais e um decréscimo de 19,08% no número de erros, em
relação ao pré-teste e pós-teste. Quanto ao decréscimo das respostas erradas dos
alunos, verificou-se que é devido ao seu crescimento em relação ao conhecimento
adquirido durante a realização das atividades trabalhadas na intervenção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo analisar e refletir sobre mudanças na
prática pedagógica e no processo de avaliação, através de uma investigação,
centrada no estudo das figuras geométricas espaciais, especificamente com os
poliedros. Também ajudou compreender os elementos da avaliação diagnóstica,
utilizados na abordagem dos conteúdos do ensino de Geometria Plana e Espacial
nas atividades da Unidade Didática elaborada, com duas avaliações, um pré-teste
para verificar o que compreendiam sobre os conceitos: figura plana e espacial;
polígono e poliedro; perímetro, área e volume e também o que compreendiam sobre
suas propriedades e cálculos, e se relacionavam conceitos geométricos do conteúdo
escolar com os conceitos geométricos vivenciados com o cotidiano e um pós-teste
para obter informações sobre a aprendizagem dos conceitos matemáticos da
Geometria Plana e Espacial, após a intervenção pedagógica do professor.
Ao propor o conteúdo escolhido poliedros, não esperava encontrar tanta
dificuldade ao revelarem os conceitos de perímetro, área e volume, conteúdos
trabalhados anteriormente ao Ensino Médio. Ao responderem por escrito perguntas
28
diretas como, “o que você entende por perímetro, área e volume”, a mesma coisa
aconteceu na diferenciação entre figuras planas e espaciais, polígonos e poliedros
revelando pela escrita uma fragmentação de significado que embora tenha diminuído
ainda se fez presente no pós-teste para alguns alunos.
Mesmo desenvolvendo ações durante a aplicação das atividades da unidade
didática com aulas teóricas e práticas sobre polígonos, poliedros, figuras planas e
espaciais, perímetro, área e volume com atividades que favoreciam a visualização, a
manipulação de embalagens e a representação plana das formas geométricas, os
alunos continuaram confundindo figuras planas com figuras não planas, não
diferenciavam poliedro de polígonos, poliedros de corpos arredondados, não
percebiam a relação entre polígonos e faces, não conheciam os elementos face,
vértice e aresta, confundiam a nomenclatura das figuras planas com as não planas e
desconheciam as propriedades das figuras. Este fato nos mostrou como não foi fácil
ao aluno agregar ao seu vocabulário novas palavras e seus significados propostos
pelo contexto escolar.
A condução do trabalho mostrou o cuidado na elaboração das questões ou
perguntas direcionadas aos alunos. O professor deve fazê-las de forma direta sobre
o que pretende explorar, pois as questões relacionadas à escolha aleatória entre
duas opções, não permite ao professor inferir se o aluno sabe ou não sobre o que foi
perguntado, como por exemplo, “Na Figura 1, as casas representam figura plana ou
figura espacial?”.
Este trabalho trouxe mais do que uma reflexão na análise dos resultados,
mudou a minha forma de reorganizar o planejamento do conteúdo, de forma a
verificar os conhecimentos prévios dos alunos, para melhor trabalhar os conteúdos e
na condução das argumentações durante as aulas. As estratégias de ensino com
materiais manipuláveis e na forma de avaliar os alunos, não se restringiram a uma
verificação, mas foi fonte de dados para novas reconduções pedagógicas.
REFERÊNCIAS
BURIASCO, R. L. C. de. Sobre Avaliação e Educação Matemática. Conferência de
Abertura. In: V Encontro Pernambucano de Educação Matemática. Garanhuns.
Anais. 2002.
29
HAYDT, R. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo. Editora
Ática, 2000.
LUCKESI, C. C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In: V Encontro
Nacional de Didática e pratica de Ensino. Belo Horizonte. 1998. p. 71-80.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos
e recriando a prática. 2ª Edição. Salvador. Malabares Comunicação e Eventos.
2005.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª Edição. São Paulo.
Editora Cortez. 2008.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Editora Cortez. 1994.
PPP-Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Jardim Consolata. Volume 1.
2010.p. 63-65.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. Curitiba, SEED, 1990.
PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.º 07/99. CEE – PR, 1999.
SANTA'ANNA, I. M. Por que Avaliar? Como Avaliar?. 2ª Edição. Petrópolis. Vozes.
1997.
SMOOTHEY, M. Atividades e jogos com áreas e volume. 1ª Edição. São Paulo.
Editora Scipione. 1997.
SOUZA, E. R. de.; DINIZ, M. I. S. V.; PAULO, R. M.; OCHI, F. H. A Matemática das
Sete Peças do Tangram. 2ª Edição. São Paulo. IME-USP. 1997.
30
ANEXOS
Resultados comparativos das avaliações pré-teste e pós-teste.
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais Parciais
1 50% 0% 50% 89,29% 0% 10,71%
Tabela 1: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
2 60% 0% 40% 85,71% 0% 14,29%
Tabela 2: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
3 70% 0% 30% 89,29% 0% 10,71%
Tabela 3: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
4 0% 6,67% 93,33% 10,71% 53,57% 35,72%
Tabela 4: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
5 53,33% 0% 46,67% 64,29% 0% 35,71%
Tabela 5: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
6 33,33% 0% 66,67% 53,57% 0% 46,43%
Tabela 6: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
31
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
7 50% 0% 50% 50% 0% 50%
Tabela 7: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
8 0% 0% 100% 53,57% 0% 46,43%
Tabela 8: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
9 16,67% 13,33% 70% 28,57% 28,57% 42,86%
Tabela 9: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO DIAGNÓSTICA - PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
10 20% 10% 70% 67,86% 7,14% 25%
Tabela 10: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
11 0% 3,33% 96,67% 17,86% 14,29% 67,86%
Tabela 11: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
12 3,33% 3,33% 93,34% 14,29% 28,57% 57,14%
Tabela 12: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
32
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
13 3,33% 3,33% 93,34% 7,14% 3,57% 89,29%
Tabela 13: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
14 0% 10% 90% 25% 17,86% 57,14%
Tabela 14: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
15 – a 0% 60% 40% 0% 0% 100%
15 - b 20% 33,33% 46,67% 42,86% 7,14% 50%
Tabela 15: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
16 3,33% 3,33% 93,34% 17,86% 14,29% 67,85%
Tabela 16: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
17 – a 70% 0% 30% 75% 0% 25%
17 - b 40% 0% 60% 78,57% 0% 21,43%
17 - c 53,33% 0% 46,67% 67,86% 0% 32,14%
17 - d 43,33% 0% 56,67% 64,29% 0% 35,71%
17 - e 60% 0% 40% 67,86% 0% 32,14%
17 - f 56,67% 0% 43,33% 89,29% 0% 10,71%
Tabela 17: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
33
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
18 23,33% 26,67% 50% 53,57% 42,86% 3,57%
Tabela 18: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
19 – a 0% 26,67% 53,33% 7,14% 7,14% 85,72%
19 - b 0% 6,67% 93,33% 0% 25% 75%
19 - c 20% 26,67% 53,33% 28,57% 14,29% 51,14%
19 - d 0% 63,33% 36,67% 0% 57,14% 42,86%
19 - e 30% 13,33% 50% 42,86% 0% 57,14%
19 - f 36,67% 13,33% 50% 64,29% 0% 35,71%
19 - g 0% 33,33% 66,67% 17,86% 53,57% 28,57%
Tabela 19: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
20 43,33% 20% 36,67% 60,72% 32,14% 7,14%
Tabela 20: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
21 – a 53,33% 0% 46,67% 78,57% 0% 21,43%
21 - b 43,33% 0% 56,67% 71,43% 0% 28,57%
21 - c 20% 0% 80% 53,57% 0% 46,43%
21 - d 46,67% 0% 53,33% 71,43% 0% 28,57%
21 - e 40% 0% 60% 46,43% 0% 53,57%
21 - f 20% 0% 80% 50% 0% 50%
21 - g 3,33% 16,67% 80% 7,14% 35,72% 57,14%
Tabela 21: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste
34
QUESTÃO PRÉ-TESTE PÓS-TESTE
Número Acertos Acertos Erros Acertos Acertos Erros
Parciais
Parciais
22 – a 10% 0% 90% 3,57% 0% 96,43%
22 - b 26,67% 0% 73,33% 39,29% 0% 60,71%
22 - c 63,33% 0% 36,67% 64,29% 0% 35,71%
22 - d 20% 0% 80% 46,43% 0% 53,57%
Tabela 22: Resultado Comparativo das Avaliações: Pré-Teste e Pós-Teste