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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL- PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

COMPREENDENDO A DINÂMICA DA INDUSTRIALIZAÇÃO

NO MUNICÍPIO DE ALTÔNIA

Produção Didático-Pedagógica _ Unidade Didática na

área de Geografia para implementação na 6ª série do

Ensino Fundamental, do Colégio Estadual Lúcia Alves

de Oliveira Schoffen.Sob a orientação da Profª., Drª

Sueli de Castro Gomes.

Profª PDE: Maria José de Souza Olivastro

Maringá

2010-2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO-SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS-DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE

FICHA PARA CATÁLAGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título

Compreendendo a Dinâmica da Industrialização no

Município de Altônia

Autor Maria José de Souza Olivastro

Escola de Atuação Colégio Estadual Lúcia Alves de Oliveira Schoffen

Município da escola Altônia

Núcleo Regional de

Educação

Umuarama

Orientador Sueli de Castro Gomes

Instituição de Ensino

Superior

UEM (Universidade Estadual de Maringá-PR)

Disciplina/Área (entrada no

PDE)

Geografia

Produção Didático-

pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as

diferentes disciplinas

compreendidas no trabalho)

História e Português

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual

o professor PDE

Alunos da 6ª série do Colégio Lúcia Alves de Oliveira

Schoffen –Ensino Fundamental

desenvolveu o trabalho:

professores, alunos,

comunidade...)

Localização

(identificar nome e endereço

da escola de

implementação)

Colégio Estadual Lucia Alves de Oliveira Schoffen

Endereço: Rua Regente Feijó, nº 545, Altônia-PR

Apresentação:

(descrever a justificativa,

objetivos e metodologia

utilizada. A informação

deverá conter no máximo

1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou

Times New Roman,

tamanho 12 e espaçamento

simples)

transformações no espaço urbano de Altônia, cujo título é: Compreendendo a Dinâmica da Industrialização no município de Altônia, tem por finalidade aprimorar o conhecimento do aluno sobre a industrialização e os fatores a ela interligados.O tema perpassa por todos os conceitos teórico-metodológicos, abordados de acordo com as DCES (Diretrizes Curriculares Estaduais), com relação aos conteúdos estruturantes, o tema permite uma intrínseca relação entre as dimensões econômica, política, socioeconômica e cultural demográfica, do espaço geográfico. A problemática em questão faz parte do cotidiano de nossos alunos. Como intervir na escola, proporcionando aos alunos da 6ª série, a compreensão do processo de industrialização brasileira, tomando como referência a industrialização no município de Altônia, estimulando a pesquisa e a construção do conhecimento? Observa-se que os livros didáticos nem sempre contemplam os anseios de docentes e discentes. Outras fontes serão pesquisadas: revistas, internet e livros de autores como: Singer, Endlich, Guimarães e outros. O presente Projeto tem como meta promover o conhecimento sobre as unidades industriais presentes no município, identificar as causas da desconcentração industrial e seus efeitos nas cidades do interior, identificando mudanças de hábitos e sociocultural na sociedade urbana - industrial.

Palavras-chave ( 3 a 5

palavras)

Industrialização – urbanização – conhecimento-

municipio-geografia

SUMÁRIO

Introdução..................................................................................................... 5

Objetivo Geral................................................................................................6

Objetivos Específicos....................................................................................6

Fundamentação............................................................................................7

Estratégias....................................................................................................8

Avaliação......................................................................................................9

Cronograma de Ação..................................................................................10

Texto 1:Do Período Colonial ao inicio da industrialização.........................11

1.1: Altônia no contexto histórico brasileiro.................................................13

1.2 Altônia e o Noroeste do Paraná se abrem para a diversidade agrícola e

a industrialização........................................................................................15

1.3 Mobilidade da população e o êxodo rural.............................................18

1.4 A estampa da industrialização em Altônia............................................19

1.5 A dinâmica socioeconômica na retina das pessoas..............................21

Atividades....................................................................................................22

1ª AÇÃO: Conversando com um pioneiro...................................................23

Roteiro para entrevista................................................................................24

2ª AÇÃO: A história de Altônia em quadrinhos...........................................25

3ª AÇÃO: Cartografia aplicada ao cotidiano................................................26

4ª AÇÃO: Parodiando e fazendo a história do município............................27

5ª AÇÃO: Procure saber e discuta com a turma. Questões ecológicas......27

6ª AÇÃO: É Hora de representar. Expressão corporal através da poesia,

dança e teatro............................................................................................28

Referências.................................................................................................29

5

INTRODUÇÃO

A presente proposta oportunizará ao professor e alunos da 6ª série

do Ensino Fundamental, desenvolver estudos sobre a industrialização

brasileira com ênfase para o local próximo a realidade do aluno. O

município de Altônia. Podendo a proposta se adequar a outros locais e/ou

outros municípios do Paraná.

A geografia como ciência tem como objeto de estudo o espaço

geográfico. Sabe-se que a expressão “ espaço geográfico” e os conceitos

teórico metodológicos da geografia (espaço, sociedade, lugar, região, povo,

cultura, natureza e paisagem), abordados de acordo com as DCES (

Diretrizes Curriculares Estaduais ), não se explicam por sim só. É preciso

estudá-los.

As Diretrizes curriculares do Estado do Paraná, apresentam o

objetivo de estudo da geografia e o espaço produzido e apropriado pela

sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter relação entre sistemas

de objetos naturais e técnicos – e sistema de ações – relações sociais,

culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).

É papel da geografia estudar o espaço geográfico produzido por

uma sociedade e as transformações ocorridas, como os homens se

organizaram ao longo da história do espaço estudado, a produção

econômica, a organização social, as relações econômicas do lugar com

outros lugares e sua interdependência. Daí o título Compreendendo a

Dinâmica da Industrialização no Município de Altônia, proposto para

estudo nesta Unidade Didática, cujo tema é: A industrialização e as

Transformações no Espaço Urbano de Altônia. O estudo dessa Unidade

Didática enfatiza um pouco da história econômica de Altônia, seus

momentos de glória marcados pela cafeicultura e as transformações

econômicas marcadas pela crise cafeeira, não só a nível municipal, mais a

nível nacional, o que provocou mudanças na produção econômica de

Altônia e do Noroeste do Paraná, tornando necessário que o poder político

econômico viesse a repensar a organização da economia do município e

da região, essa reorganização do espaço econômico não ocorreu de forma

isolada, mais interligada com a reorganização de outros espaços na escala

nacional.

O tema proposto, será abordado junto aos alunos da 6ª série do

Ensino Fundamental do Colégio Lúcia Alves de Oliveira Schoffen,

6

obedecendo um planejamento prévio de forma prazerosa estimulando a

pesquisa e a construção do conhecimento.

A autora

OBJETIVO GERAL

A Unidade Didática apresentada tem por finalidade Desenvolver

estudos sobre o processo de industrialização brasileira, tomando como

ponto de partida a industrialização no município de Altônia, no Paraná,

junto aos alunos do Ensino Fundamental, estimulando assim a pesquisa e

a construção do conhecimento na dinâmica do ensino aprendizagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Promover o conhecimento sobre as unidades industriais presentes

no município de Altônia;

Identificar causas da desconcentração industrial e seus efeitos nas

cidades do interior;

Relacionar o processo de industrialização com a urbanização

recente do município de Altônia;

Identificar mudanças de hábitos e sociocultural na sociedade urbana

- industrial.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

A industrialização não é um processo recente, o homem sempre produziu bens para satisfazer suas necessidades e ao longo do tempo foi

7

aprimorando os bens produzidos através da arte e da cultura, também em momentos de crise econômica, o homem surpreendeu com seus inventos para superar obstáculos, melhorando, modificando ou criando novas técnicas e novas possibilidades. Na visão dos professores Mousnier e Labrousse:

, “todas as máquinas e, em geral, todas as invenções técnicas nasceram de um desequilíbrio econômico e da necessidade de reduzir os preços de custo. Mas nasceram também da possibilidade de encontrar capitais baratos e de realizar largas margens de lucros”.(IANNONE, 1995, 54-5 apud MIRIAM, 2001 p.33).

O autor Paul Singer trata do Tema: Economia Política da Urbanização, em seu livro abrangente sobre urbanização, industrialização, crescimento urbano, o problema das migrações e a contradição entre classes sociais. Ao destacar o crescimento industrial atrelado ao crescimento urbano e vice-versa, vale lembrar que as migrações internas estão condicionadas a esse processo. Segue o mesmo autor.

“Uma vez iniciada a industrialização de um sítio urbano, ele tende a atrair populações de áreas geralmente próximas. O crescimento demográfico da cidade torna-se, por sua vez um mercado cada vez mais importante para bens e serviço de consumo, o que passa a constituir um fator adicional de atração de atividades produtivas que, pela sua natureza, usufruem de vantagens quando se localizam junto ao mercado de seus produtos. Tal é o caso das industrias de bens de consumo não duráveis, dos serviços de consumo coletivo (escolas, hospitais, etc.), de certos serviços de produção" (SINGER, 1981p. 32).

A industrialização brasileira iniciou-se na região Sudeste do país, concentrando aí a maior parte das indústrias, constituindo no país um parque industrial moderno e diversificado, destacando o estado de São Paulo e a área metropolitana de capital desse estado.

Num primeiro momento, o desenvolvimento dos setores tradicionais

27 da industria brasileira é fruto do desenvolvimento

das regiões, em especial, dos centros urbanos, condicionados pela proximidade do mercado consumidor, pela qualidade da infra-estrutura e pela disponibilidade de fatores de produção (CASTRO, 1971 apud GUIMARÃES, 2008, p. 32).

A partir das últimas décadas do século XX, vem se observando uma mudança significativa no espaço geográfico do interior do Brasil. São municípios do interior, principalmente das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, que são focos da atração industrial.

Esses municípios oferecem estímulos para que empresas sediadas nos grandes centros urbanos transfiram parte das suas unidades produtivas para essas áreas, caracterizando assim o fenômeno conhecido como desconcentração industrial, com vantagens para ambos os lados.

Significa dizer que, as decisões relativas à estratégias de crescimento, diversificação e localização pertencem ao centro dominante que determina e direciona a desconcentração

8

produtiva, criando por assim dizer, uma estrutura produtiva a nível nacional, adequada às necessidades (GUIMARÃES NETO, 1995 apud GUIMARÃES, 2008, p. 40 e 41).

Ameniza o crescimento urbano acelerado, uma vez que as áreas metropolitanas tornam-se menos atrativas para instalação industrial, tornando inviável a permanência dessas indústrias nos grandes centros devido aos elevados preços dos terrenos, aluguéis, impostos, salários e congestionamento de transito, entre outros fatores.

Em contrapartida, os governos municipais e estaduais de áreas não metropolitanas, vêem nessas empresas, soluções para alguns dos problemas sociais, políticos, como suprir a falta de empregos, desenvolvimento de infra estrutura social e o prestigio político dos governantes. Como vantagens, oferecem isenção fiscal, doam terrenos e apresentam mão - de - obra abundante, barata e fraca força sindical, que torna viável aos grandes empresários investir nessas áreas.

Estratégias

A professora PDE, realizará as atividades com os alunos mediante pesquisa teórica e levantamento de dados referente a industrialização no município.

Fará reuniões periódicas com os alunos para detalhar o desenvolvimento do projeto e registrará por escrito as decisões de cada reunião e as atividades que estão sendo realizadas pelos alunos.

Registrará os eventos através de fotos e filmagens.

Será discutida com os alunos, a possibilidade de representação do processo socioeconômico. Ex.: poesia, teatro, dança, história narrada, história em quadrinhos, mapas e outros;

Selecionará alunos da 6ª série para fazer o estudo e participar dos trabalhos e da exposição.

O projeto será desenvolvido na disciplina de Geografia;

Os alunos farão pesquisa em livros, revistas, internet e outras fontes, tais como, no setor da prefeitura que trata de assuntos ligados à cartografia, urbanismo e industrialização;

A exposição dos trabalhos para a comunidade escolar acontecerá em data a ser marcada;

O professor PDE responsável pelo projeto acompanhará o desenvolvimento das atividades realizadas pelos alunos.

9

Após fazer pesquisa teórica e de levantamento de dados sobre:

O número de bairros do município;

Bairros antigos e bairros planejados;

Número de estabelecimentos industriais e quais os ramos de atividade industrial; Redigir-se a um texto que será a base para o material didático em forma de Unidade Didática que também servirá para a elaboração do trabalho final, que será um artigo cientifico.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem nesta Unidade Didática será contínua,

levando em consideração aspectos qualitativos e relação aos quantitativos,

será realizada durante o processo ensino, proporcionando aos alunos a

possibilidade de refazer o processo, estimulando assim a produção do

conhecimento na dinâmica do ensino-aprendizagem efetuada através da

participação do aluno, das atividades propostas e questionários para a

verificação da aprendizagem. Levando em consideração a avaliação

diferenciada para alunos portadores de necessidades especiais,

proporcionando a inclusão.

Após realizar estudos sobre a industrialização e as transformações

no espaço urbano de Altônia, o aluno será capaz de:

Dominar conceitos como; urbanização,industrialização,

desconcentração industrial e outros.

Compreender os fatores que interferem e que contribuem na

organização do espaço geográfico.

Compreender o processo histórico e econômico do município e a

sua relação com a dinâmica socioeconômica do país.

10

CRONOGRAMA DE AÇÃO

A implementação desta Unidade Didática está prevista para o

segundo semestre, entre os meses de agosto a dezembro de 2011,

seguindo as normas pré estabelecidas.

2011

ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ

Apresentação do projeto da intervenção na escola

x

Promovendo estudos referentes ao assunto junto aos alunos

x

Atividades práticas – 1

x x

Atividades práticas – 2

x

Avaliação da aprendizagem

x x x x

Análise dos resultados

x

TEXTOS PARA ESTUDO

1. Do Período colonial ao início da Industrialização

Na formação do espaço geográfico brasileiro existe um histórico da

evolução econômica, todos os lugares e regiões estão integrados

historicamente. A economia colonial era baseada na produção de cana-de-

açúcar para a produção de açúcar. Durante o período colonial brasileiro,

não era permitido a realização da atividade industrial, salvo para consumo

próprio, seguindo as normas estabelecidas pela divisão Internacional do

11

Trabalho da época, sendo a colônia local da produção de alimentos e

exploração de recursos naturais que a metrópole e o mercado mundial

necessitasse para produzir bens industrializados. No Brasil, o engenho

onde a cana-de-açúcar era processada é um símbolo da industrialização

rudimentar, levando em consideração que indústria é a transformação da

matéria-prima em produtos prontos e semi-prontos para o consumo ou para

a produção de outros bens pela indústria. O engenho era uma máquina

rudimentar pelo fato do engenho ser movido pela força muscular de

homens, no caso os escravos ou pela força de animais como o boi e o

cavalo.

A Região Nordeste do Brasil no período colonial era uma região

dinâmica, devido a produção de cana-de-açúcar, atraía pessoas

principalmente da Europa e da África. A crise na produção de açúcar no

Brasil, devido a produção de cana-de-açúcar em outras áreas da América,

exemplo as Antilhas fez o Nordeste do Brasil deixar de ser interessante

economicamente. Devido a crise do açúcar no mercado mundial, a Região

Nordeste passa a ser uma área de estagnação econômica e pouco atrativa,

provocando a migração de população para outras áreas da colônia.

A partir do século XVII, outras regiões brasileiras passam a ser

atrativas, provocando a migração interna. A Região Sudeste com a

descoberta de ouro e metais preciosos e a Região Sul com a criação de

gado representada pelo tropeirísmo, lembrando que a criação de gado no

Sul estava interligada a exploração de minerais no Sudeste, o gado

proveniente da Região Sul abastecia com carne e couro os trabalhadores

das áreas mineradoras da Região Sudeste.

No final do século XVIII, um novo produto entra no cenário da

economia brasileira. Esse novo produto era o café cultivado nos quatro

Estados da Região Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e

Minas Gerais), depois expandindo até o Paraná, na Região Sul, chegando

até o Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste. No início o trabalho na

cafeicultura era realizado por escravos. Com o fim do tráfico de escravos

em 1850 e com a abolição da escravatura em 1888, gerou escassez de

mão-de-obra e forçou governos e fazendeiros de café a incentivar a

imigração européia para o Brasil, principalmente italianos que inicialmente

vieram para trabalhar nas lavouras de café.

Durante os primeiros séculos da colonização as tentativas de

industrialização não surtiram efeito, não tinha quase nenhum apoio do

governo. A metrópole impunha restrições só sendo permitido a produção

de calçados, roupas, utensílios domésticos e alguns produtos voltados para

o setor metalúrgico e têxtil.Em 1808, com a vinda da Família Real para o

12

Brasil, muitas restrições governamentais que impedia a industrialização no

Brasil foram abolidas, em 1822 o Brasil se torna independente de Portugal,

a partir daí, a decisão de industrializar o Brasil passa a ser nacional.

A independência não favoreceu o desenvolvimento industrial, pois os

interesses da elite econômica estavam voltados para a agricultura,

principalmente a exportação de café, porém, algumas medidas tomadas

caracterizam pequeno incentivo industrial, como a criação da Tarifa Alves

Branco em 1844, que aumentava a taxa sobre as mercadorias estrangeiras

que entrassem no Brasil. A Lei Eusébio de Queirós que proibia o tráfico de

escravos, com isso permitiu que parte do dinheiro usado no comércio de

escravos fosse investido na produção industrial.

Acontecimentos políticos internacionais também contribuíram para

estimular a industrialização brasileira, como: a Guerra de Secessão nos

Estados Unidos entre 1861 e 1865, arruinou a produção de algodão e a

indústria têxtil nos Estados Unidos, favorecendo a indústria têxtil no Brasil;

a 1ª Guerra Mundial entre 1914 e 1918, que dificultou ao Brasil a

importação de bens industrializados. São acontecimentos que de certa

forma favoreceram o crescimento da indústria brasileira, que naquele

período passou a produzir e abastecer o mercado interno sem temer a

concorrência dos produtos importados da Europa e Estados Unidos.

Entre a abolição da escravatura (1888) e a Revolução de

1930, houve no Brasil importantes transformações econômicas,

sociais e políticas. Iniciou-se o processo de desenvolvimento

mediante substituição de importações, com a constituição de um

importante parque industrial produtor de bens de consumo não

duráveis (tecidos, roupas, alimentos) principalmente no Rio de

Janeiro e em São Paulo, e de uma ampla agricultura comercial

voltada para o mercado interno, nos estados de colonização

alemã e italiana ( Rio Grande do Sul e Santa Catarina). A

imigração européia avolumou-se fortemente, atingindo seu auge

pouco antes da 1ª Grande Guerra, integrando-se os imigrantes

na cafeicultura e nas novas atividades do Setor do Mercado

Interno. Iniciou-se um tímido processo de urbanização, com o

crescimento proporcionalmente mais rápido das capitais que

eram centro de mercados regionais: Rio, São Paulo, Porto

Alegre, Recife e Belo horizonte. São Paulo, Porto Alegre, em

particular, dispunha de um mercado regional maior que os

demais, pois a cafeicultura tinha-se deslocado para o seu

“hinterland”. (SINGER, 1981 p121).

13

A década de 1930 foi significativa no histórico da economia

brasileira, década marcada pelo impulso dado a industrialização no Brasil,

vale lembrar que o dinheiro advindo da cafeicultura serviu de base para

sustentar o novo ciclo da economia, proporcionando as condições

necessárias para desenvolver a infra-estrutura, com a construção de

ferrovias, portos, energia elétrica, compra de máquinas, construção dos

barracões industriais e outros. Aliado a isso a cidade torna-se atraente

como local que proporciona trabalho aos imigrantes e aos ex- escravos que

passaram ser mão-de-obra assalariada nas fábricas da indústria nascente

e que representavam o início da formação de um mercado consumidor

interno, uma vez que tinham dinheiro para comprar o que a indústria

produzia. Fatores de ordem política e social merecem destaque, como o

fim da oligarquia representada pelos fazendeiros de café. Segundo Singer:

Os governos originados da Revolução de 1930 (chefiados

até 1945, por Getúlio Vargas), além de porem em prática uma

política mais decidida de industrialização, trataram de desarmar

os “exércitos do sertão”, limitando a onipotência dos fazendeiros

e ao mesmo tempo criaram uma legislação do trabalho aplicável

unicamente às áreas urbanas ( na verdade, apenas às cidades

maiores ) que proporcionou aos assalariados urbanos, um

padrão de vida substancialmente mais alto que o das massas

rurais. Surge dessa maneira um sistema de incentivos que atrai

uma parcela crescente dos trabalhadores rurais ás cidades. A

grande massa rural confinada na economia de subsistência,

passa a constituir para a economia capitalista industrial um

verdadeiro reservatório de mão-de-obra ou, na expressão

clássica de Marx, um exército industrial de reserva.( SINGER,

1981 p122).

O Estado de São Paulo se destacou, tornando-se o mais importante

produtor de industrializados no país, com melhor infra-estrutura atraindo a

cada dia mais mão-de-obra vinda do interior e de outros Estados

principalmente da Região Nordeste, fascinados pela melhor remuneração e

pelo acesso aos serviços de saúde e educação muitos deixam o campo e

vão para a cidade, caracterizando assim o início do êxodo rural no país.

14

1.1 ALTÔNIA NO CONTEXTO HISTÓRICO BRASILEIRO

O contexto histórico do município de Altônia está inserido no

contexto histórico brasileiro, o ciclo do café estimulou a colonização da

região norte e noroeste do Paraná, e meados do século XX.

Altônia, localizada no noroeste do Paraná teve início em 1953. Os

nordestinos e mineiros foram os primeiros a chegar e ocupar o território,

colonizando-o em pequenos lotes, ou seja, em minifúndios. O nome Altônia

surgiu em homenagem a Alberto Byington Junior, um dos sócios diretores

da companhia colonizadora, formado com a primeira sílaba “AL” de Alberto

e “TON” de Byington. Daí, Altônia.

Em 1966, Altônia foi elevada à categoria de município. Em 1977, foram criados os distritos de Jardim Paredão, São João e São Jorge. O distrito de São Jorge pertenceu a Altônia até 1981, ano em que foi desmembrado de Altônia e elevado a categoria de município, com a denominação de São Jorge do Patrocínio. Atualmente, o município de Altônia é constituído por três distritos: Altônia, Jardim paredão e São João. A população atual do município é de 20.516 habitantes, sendo 5.422 habitantes localizados na zona rural e 15.094 localizados na zona urbana. (IBGE, 2010).

O município de Altônia possui uma área de 661.56 km², cujo bioma é a Mata Atlântica. Altônia encontra-se na posição geográfica de 23°52’26”S de latitude e 54°07” O de longitude.

Desde o inicio, os colonizadores observaram a boa qualidade das terras altoniense e derrubaram as matas para plantar café. O café produzido em Altônia mereceu destaque pela excelente qualidade e deu ao município o título de “Rainha do café”. A cultura cafeeira gerou riqueza e atraiu pessoas para o município.

Mas a partir da década de 1970, a cafeicultura entra em decadência devido as geadas e a política econômica do governo para o setor cafeeiro. A alta nos preços do adubo, veneno e outros insumos agrícolas. Aliada à crise veio o desemprego no campo, muitos agricultores arruinados economicamente vendem suas propriedades e migram para as cidades maiores ou vão para outros Estados praticar agricultura, caracterizando assim o êxodo rural no município de Altônia.

Na década de 1980, o Brasil entra em um período de recessão econômica e transição política, do Regime Militar para o Regime Democrático. Como todos os municípios estão interligados política e economicamente, Altônia faz parte desse contexto. No final da década de 1980, o município passa por um período de transição, novos planos

15

começam a ser traçados para que o município volte a crescer economicamente. Mais a cultura do café continua sendo cultivada no município, em pequena escala.

Observe a foto abaixo, é um retrato dos cafezais altonienses na década de 1980.

FOTO 01: PLANTAÇÃO DE CAFÉ NA ESTRADA CIRCULAR / PINHEIRO

ALTÔNIA – PR, ANO 1983

Fonte: Acervo pessoal de: BETINARDI. Vilmara de Sousa Neres.-

Incorporada ao texto, cedida à autora mediante Termo de Cessão de Direitos Autorais.

1.2 ALTÔNIA E O NOROESTE DO PARANÁ SE ABRE PARA

A DIVERSIDADE AGRÍCOLA E A INDUSTRIALIZAÇÃO

A partir de 1990, a economia do município de Altônia é marcado pela diversificação da economia agrícola na zona rural e pelas indústrias de confecções de vestuário na zona urbana, sendo uma das metas do planejamento político-econômico, investir nessas duas áreas.

16

No período acima mencionado, muitas indústrias com sede em São Paulo buscavam novos espaços para suas instalações industriais, devido uma série de problemas, como:

“Os constantes congestionamentos nas principais vias de acesso à cidade, que dificultam a saída das mercadorias e a chegada das matérias-primas e causam freqüentes atrasos dos funcionários; as enchentes, que afetam o trânsito e não raro atingem as próprias indústrias, inundando-as e atingindo as máquinas; a violência urbana, que cria um estado de permanente tensão entre os funcionários, afetando a produtividade; as atividades sindicais, mais organizadas nos grandes centros; o alto custo dos terrenos; a poluição ambiental”. (MIRIAM, 2001 p. 59).

Do ano 1990 á 1992, período em que o Brasil tinha por presidente da República, Fernando Collor de Mello, dando a economia maior abertura às importações, enfraqueceu a indústria brasileira, prejudicou vários setores da indústria, entre eles o setor têxtil. Nesse momento municípios do interior do Paraná, como Altônia viram aí uma saída para seus problemas. O trecho abaixo foi extraído da Revista de Geografia - Coleção Nova Geração.

“Entre 1990 1995, a importação de produtos chineses cresceu 8,6 vezes, contra um aumento de apenas 2,7 vezes bas exportações para aquele país. Na primeira metade da década, o Brasil multiplicou 1 812 vezes a importação de calçados 796 vezes a de produtos têxteis da china. Só em São Paulo, a industria têxtil fechou um em cada três postos de trabalho.

Com os juros altos fazendo minguar os investimentos, instalou-se uma feroz guerra fiscal. Estados e municípios passaram a oferecer de tudo – isenção de impostos, terrenos gratuitos e até empréstimos a juros insignificantes – para obter a instalação de novas indústrias. ”.( Jornal Mundo-“O Brasil e a Globalização”, ano 5, Nº 6, outubro de 1997 apud MIRIAM, 2001 p.65).

No período acima mencionado, muitas indústrias com sede em São Paulo buscavam novos espaços para instalar sua empresa ou transferir para essas áreas parte da produção, solucionando uma série de problemas, caracterizando assim um fenômeno conhecido por desconcentração industrial.

Observe que problemas econômicos de ordem global podem interferir na economia do Brasil e até do seu município. O direcionamento da economia do município e do Brasil obedecem a uma lógica ditada pela globalização.

17

1.3 MOBILIDADE DA POPULAÇÃO E O ÊXODO RURAL

Com relação a mobilidade populacional, o processo de migração

tem, sido semelhante em outros municípios da região noroeste do Paraná.

São municípios que no auge do café a maioria da população vivia na zona

rural. Com a crise migraram para outros municípios, para outros Estados

do Brasil ou para zona urbana do próprio município.

“Na região noroeste do Paraná, as pequenas cidades

constituem pontos fundamentais para o funcionamento da

agricultura moderna e da agroindústria. Elas se tornaram o

local de moradia da maioria da população saída do

campo, ao mesmo tempo liberando-o para os cultivos

modernos em propriedades maiores, mas mantendo parte

desses trabalhadores nas proximidades para a execução

do trabalho temporariamente contratado. Além disso, a

manutenção de uma estrutura administrativa e de

articulação territorial mínima faz desses pontos suportes

logísticos para a instalação de unidades receptoras ou de

processamento industrial. São várias as usinas e

destilarias, farinheiras, fecularias, industrias de óleo

vegetal, fiação de algodão, além de unidades de recepção

de casulos do bicho –da- seda e outros produtos, bem

como unidades cooperativas e receptivos entrepostos.

Portanto, mantém-se o papel destes locais como pontos de

organização da produção.”(Endlich, 2009, p. 186).

Na nova conjuntura econômica do município de Altonia, a maior

parte da população vive na área urbana, dos 20.516 habitantes, 5.422

pessoas vive na zona rural e 15. 094 vivem na zona urbana.(IBGE, 2010).

Uma parte das pessoas residentes na zona rural do município,

trabalham na área urbana, principalmente nas indústrias de facções e

confecções de vestuário. Essas pessoas realizam todos os dias o

movimento pendular, ou seja, vão cedo para a cidade e voltam a noite para

o local de moradia, na área rural. Também há agricultores e diarista que

moram na zona urbana e todos os dia vão até a zona rural trabalhar, mais

esses são um número inexpressivo de pessoas que se deslocam para o

campo.

Nas propriedades agrícolas a cultura é diversificada, entre os vários

produtos cultivados há plantação de amora, laranja, mandioca, milho,

sorgo, café, frutas e hortaliças entre outros, além da pecuária e criação de

18

frangos. Como as propriedades agrícolas são de pequeno e médio porte e

a cultura agrícola que praticam muitas não exige tanta mão-de-obra, alguns

membros da família desses agricultores vão trabalhar na cidade,

complementando assim a renda familiar.

É importante ressaltar que nos últimos anos a população voltou a

crescer, com a vinda de pessoas que migraram para outros Estados ou

municípios vizinhos, agora retornam ao município atraídos pela

oportunidade de trabalho.

A foto abaixo retrata iniciativas do município para inovar rumo a

diversificação agrícola.

FOTO 02: PROJETO: AGRICULTURA ORGÂNICA-HORTA MUNICÍPAL,

APOIO DA SECRETARIA DA AGRICULTURA, ALTÔNIA-PR--

FONTE: Acervo pessoal de: NOVATO, Amarildo Ribeiro.

Incorporada ao texto, cedida à autora mediante Termo de Cessão de Direitos Autorais.

19

1.4 A ESTAMPA DA INDUSTRIALIZAÇÃO EM ALTÔNIA

A indústria de confecção de vestuário teve início no município de

Altônia em 1990, segundo informações obtidas junto a ACIA - Associação

Comercial e Industrial de Altônia, através de seu presidente o Sr Amarildo

ribeiro Novato. O setor teve início com a empresa Habeas Corpus dos

proprietários o Sr. Neto e a Srª. Aparecida, fazendo a marca própria, anos

depois direcionaram parte de suas atividades para o ramo de facção de

costura, ou seja, prestação de serviço de costura para outras empresas.

No ano de 2001, o município tinha aproximadamente 10 empresas

de facção, nos anos 2002 e 2003 esse número passou de 10 para 40

empresas, todas prestando serviços para empresas do Estado de São

Paulo, principalmente para empresas do Brás, na Grande São Paulo. A

partir de 2005, parte dessas empresas passam a prestar serviço de costura

para empresas de Cianorte – Paraná. Em 2006, algumas empresas

passam a confeccionar a sua própria marca, com exceção da Texas Bill e

da Transtur Jeans que já existiam a muito tempo.

Atualmente, Altônia ostenta um total de 57 empresas prestando

serviços de facção. O termo facção é popularmente empregado na região

para referi-se a prestação de serviço de costura, os cortes de vestuário

vem cortados para as empresas do município e a costura é realizada

seguindo o processo de produção em série. Das 57 empresas 12 delas

possuem marca própria.

Neste ano (2011), todas as empresas do município juntas deverão

costurar aproximadamente um Milhão de peças, o que representa 3% de

todas as calças jeans confeccionadas no Brasil. No município de Altônia, o

setor de confecção de vestuário emprega cerca de 4000 pessoas

diretamente e mais 500 pessoas que trabalham em casa tirando linha. O

setor gera aproximadamente dois milhões e quinhentos mil reais em

salários. De 2002 para cá, a geração de emprego através do setor de

confecção de vestuário tornou-se ponto forte na economia do município.

A cidade de Altônia começa uma nova etapa, passando de um

município extremamente agrícola, quando foi denominado “Rainha do

Café”, para hoje ser no Estado do Paraná um centro de costura industrial,

que pelos dados da ACIA - Associação Comercial e Industrial de Altônia, o

município só perde para Maringá, onde o setor vem crescendo e para

Cianorte que é o pólo do vestuário no estado do Paraná. Com este novo

20

setor gerando emprego, as condições de vida da população também

melhorou.

A abertura de novos loteamentos e conjuntos habitacionais, com a

criação de 17 desses locais,totalizando 26 na relação de loteamentos,

distritos e conjuntos habitacionais incluindo os já existentes. São eles:

Cidade de Altônia; Cidade Nova; os Distritos de São João e Jardim

Paredão; os conjuntos habitacionais: Barão do Rio Branco, Joaquim

Antônio da Luz e Claudio Romanele; os loteamentos: Jardim Morumbi;

Jardim América; jardim Belo Horizonte; Jardim Panorama; Jardim Social;

Jardim São José; Jardim Monte Carlos; Jardim Campo Belo; Jardim campo

Belo II; jardim Boa Vista; Jardim boa Vista II; Jardim Planalto; Expansão

Urbana Rissati; Expansão Urbana Atílio Marte; Jardim Califórnia;

Alphavilhe; Jardim residencial Itália; Bairro Ouro Verde e Balneário Vila

Yara.

A abertura de novos loteamentos expressa a melhoria do poder

aquisitivo do povo altôniense, construindo novas casas, o comércio de

Altônia tornou-se mais forte, gerando emprego e melhoria do padrão

comercial,aumentou frota de veículos do município, mais muitos

trabalhadores preferem usar a bicicleta como principal meio de transporte,

basta observar o estacionamento das fábricas e o vai e vem dos

trabalhadores no horário de ida e volta do trabalho. Na foto abaixo pessoas

trabalhando em uma facção de costura.

21

FOTO 03: INDÚSTRIA DE FACÇÃO DE COSTURA EM SÃO JOÃO,

DISTRITO DE ALTÔNIA-PR

FONTE : Acervo pessoal de: NOVATO, Amarildo Ribeiro.

Incorporada ao texto, cedida à autora mediante Termo de Cessão de Direitos Autorais.

1.5 A DINÂMICA SOCIOECONÔMICA NA ROTINA DAS

PESSOAS

Com o processo de urbanização do município ocorreram mudanças

de hábitos da população, adaptações na alimentação, como por exemplo: a

criação de locais que servem lanches rápidos, além de mercados e

padarias que preparam assados aos domingos e feriados. Quanto ao

trânsito foram instalados dois semáforos na Avenida 7 de Setembro, a

principal avenida da cidade.

Antes a maior parte da mão-de-obra era empregada no setor

primário, atualmente a maior parte de mão-de-obra do município é

empregada nos setores secundário e terciário.

22

ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS COM A TURMA

ENTRANDO EM AÇÃO:

1ª AÇÃO: CONVERSANDO COM UM PIONEIRO

Converse com um pioneiro do município para saber os valores, os

conceitos que ele tinha sobre a floresta.

Procure saber se para ele era um ato de heroísmo desbravar a

floresta ou era uma necessidade econômica da sua época?

Sobre a crise da cafeicultura no município. Procure saber os motivos

econômicos, sociais e ambientais que levaram à decadência da

cafeicultura e que deram início a um novo ciclo econômico no município.

Observação: Poderão ser elaboradas outras questões para essa

entrevista e depois acrescidas aqui no presente trabalho.

INTERPRETANDO O TEXTO COM A TURMA

-Observando a desenvolvimento econômico do Brasil, o processo de colonização altoniense

está ou não inserido no processo de transformação econômica do Brasil?

-Em qual ciclo econômico brasileiro Altônia teve início?Por quanto tempo aproximadamente

o café foi a base econômica do Brasil? E do município de Altônia?

-Qual era a vegetação original do município de Altônia?O que aconteceu com a floresta?

-Hoje se fala em preservação ambiental, sustentabilidade e reflorestamento. Existe Lei de

proteção ambiental? E no período de colonização do município eles tinham noções, instrução

e consciência ecológica de preservação? Podemos julgá-los?

23

ROTEIRO PARA A ENTREVISTA

QUESTIONÁRIO: Entrevista a um pioneiro de Altônia

ASSUNTO: O desmatamento do município, para o cultivo da cafeicultura e

os motivos que levaram a decadência da cafeicultura no município de

Altônia.

DADOS PESSOAIS DO ALUNO:

Nome:............................................................................................................................

Série:...........................................................................................................................,

Sexo: masculino ( ) feminino ( )

Idade:...............anos.

DADOS PESSOAIS DO (a) ENTREVISTADO (a)

Nome:...........................................................................................................................

Sexo: ( )masculino ( )feminino

Idade:...............anos.

Nível de escolaridade:

-Analfabeto; ( )

-1ª a 4ª serie do Ensino Fundamental; ( )

-5ª a 8ª série do ensino Fundamental; ( )

-Ensino Médio; ( )

-Ensino Superior; ( )

-Espacialização; ( )

-Mestrado; ( )

-Outros..........................................................................................................................

-Profissão:.....................................................................................................................

-Aposentado: ( )sim ( )não

24

QUESTÕES PARA A ENTREVISTA:

1) Sobre as florestas do município, na época da colonização. Que proveitos vocês

tiravam dela?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

2)Havia Lei que proibia a retirada de madeira da floresta e a caça dos animais?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3)A derrubada das matas era diferente de hoje em dia? Com era feita ?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

4)O café era importante e gerou riquezas. Na sua opinião o que causou o fim da

cafeicultura no município de Altônia?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

5)O que acha das indústrias de confecções de roupas, que foram instaladas no

município de Altônia?Isso foi positivo ou negativo para a cidade? Comente.

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

25

2ª AÇÃO: A HISTÓRIA DE ALTÔNIA EM QUADRINHOS

Com base na leitura, entrevista e exposição do conteúdo pelo professor

PDE, criar com os alunos uma história em quadrinhos representando o

cenário vivenciado no município de Altônia.

Dos itens abaixo, escolha pelo menos três deles para criar sua história.

-a colonização, a implantação da cafeicultura, seu auge e decadência;

-as causas da decadência econômica da cafeicultura e seus efeitos

econômicos e sociais;

-as transformações ambientais, uso dos recursos naturais antigamente e

hoje, a evolução da consciência ecológica, no município;

-ao êxodo rural, migração pendular, ou seja, o dia a dia dos trabalhadores

que moram na zona rural e vão todos os dias trabalhar na cidade; o

cotidiano dos moradores da cidade de Altônia, o vai e vem dos

trabalhadores das indústrias de confecções, a cultura e os hábitos que

foram alterados pela nova conjuntura econômica.

3ª AÇÃO: CARTOGÁFIA APLICADA AO COTIDIANO

Observe o mapa do espaço urbano de seu município, nele há

divisão dos bairros. Represente no mapa os pontos cardeais para melhor

se orientar.

26

FONTE: http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-br&sll=-23.873712,-

53.890471&sspn=0.021466,0.028753&ie=UTF8&ll=-23.873712,-53.887124&spn=0.022565,0.043945&z=15

-Localize o bairro que você mora, pinte de vermelho a quadra da sua

residência.

-No seu bairro há indústrias? Quais?

-Observe os bairros da cidade e indique neles 5 quadras que possui

industrias. Para indicar sua localização use bandeirinhas como símbolos.

-Pinte de verde os bairros criados até a década de 1980

27

4ª AÇÃO: PARODIANDO E FAZENDO A HISTÓRIA DO

MUNICÍPIO

Com base no que você já sabe sobre Altônia.

Escreva uma paródia, comparando a rotina das pessoas, os hábitos, o

trânsito e a questão da violência antes e depois da chegada das indústrias

no município.

Caro aluno.

Seja criativo. Acrescente na paródia outros elementos ligados ao lazer, a

saúde, a segurança e ao meio ambiente do seu município ou outros

elementos que julgar interessante.

Crie um título sugestivo para a paródia.

5ª AÇÃO: PROCURE SABER E DISCUTA COM A TURMA:

a) No seu município há indústrias poluentes?

b) Que problemas você observa?

c) Em sua opinião qual seria a solução viável para tal problema?

d) Cite melhorias proporcionadas ao município pelo fato de ter indústrias no

município.

e) Há problemas ambientais no município? O que tem causado tais

problemas?

28

6ª AÇÃO: É HORA DE REPRESENTAR

Com a ajuda da professora, organiza-se em grupos, o nº de alunos poderá

ser determinado pela professora de acordo com a atividade proposta pelo

grupo. Crie poesias, danças, paródias, teatros ou jograis.

Conforme a habilidade do grupo. Procure relacionar sua representação

com a realidade do município. Se prepare e apresente sua criatividade para

os demais alunos de sua escola.

OBS.: A atividade é espontânea, sendo o aluno livre para participar ou não.

Mais vale o incentivo da (professora).

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria do Estado do. Diretrizes Curriculares Estaduais.

Geografia, 2009.

ENDLICH, A. M. Pensando os Papéis e Significados das Pequenas Cidades do Noroeste do Paraná. 2006.507 f. Tese (Doutorado)-

Programa de Pós-Graduação em Geografia, Faculdade de Ciências e tecnologia de Presidente Prudente, 2006.

ENDLICH, A. M; ROCHA, M. M. Pequenas cidades e desenvolvimento local. Maringá: PGE, 2009.

GUIMARÃES, F. W. Concentração e desconcentração econômica no estado de São Paulo no período de 1996 a 2007. Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade Estadual de Maringá, 2008.

IANNONE, R. A. A revolução industrial: afinal o que foi essa revolução? GEOGRAFIA, São Paulo, módulo 6, p.32, 2001.

O BRASIL e a globalização. Jornal Mundo – Geografia e Política Internacional. GEOGRAFIA, São Paulo, módulo 6, p.66, 2001.

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SINGER, P. Economia política da urbanização. 8. Ed. São Paulo:

Brasiliense, 1981.

Sites pesquisados:

Disponível em:<http//www.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 mai 2011.

Disponível em:<http//www.portalaltonia-Amerios.com.br>. Acesso em: 15 mai 2011.