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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
NRE : PARANAGUÁ
ROCELENI RODRIGUES PALUCOSKI
UNIDADE DIDÁTICA
COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE OS ALUNOS DA 6ª SÉRIE DO
ENSINO FUNDAMENTAL
PARANAGUÁ – PARANÁ
2011
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE : Roceleni Rodrigues Palucoski
Área PDE: Pedagogia
NRE: Paranaguá
PROFESSOR ORIENTADOR IES: Danielle Marafon
IES VINCULADA: FAFIPAR
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Moysés Lupion- EFM
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Pais e alunos da 6ª série do Ensino
Fundamental, período matutino.
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE:
―A função social da escola e a articulação do trabalho pedagógico entre os diferentes
segmentos no âmbito escolar.‖
TÍTULO:
Comportamentos agressivos entre alunos da 6ª série do Ensino Fundamental.
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1. MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO
O propósito deste material pedagógico é oferecer subsídios para diminuir
e/ou erradicar comportamentos agressivos entre os alunos da 6ª série, período
matutino, do Ensino Fundamental do Colégio Estadual ―Moysés Lupion‖-EFM em
Antonina – Paraná, ressaltando a importância de resgatar valores morais e
comportamentais.
Após a coleta de dados no livro de Ocorrências da Equipe Pedagógica no
decorrer do ano letivo de 2010, constataram-se situações de violência, tais como:
conflitos pessoais, brigas entre alunos, porte de materiais não pedagógicos,
desrespeito entre alunos, aluno-professor, aluno-funcionário.
Notou-se que a 6ª série do Ensino Fundamental, período matutino,
apresentou maior número de ocorrências, como demonstram os gráficos abaixo:
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30
40
50
60
70
ATOS INDISCIPLINARES
5ª
6ª
7ª
8ª
SÉRIES
QU
AN
TID
AD
E
FONTE: Livro de Registro de Ocorrências da Equipe Pedagógica ano letivo 2010
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0
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TIPOS DE ATOS VIOLENTOS
DESRESPEITO
ENTRE ALUNOS
DESRESPEITO
ENTRE ALUNO-
PROFESSOR
AGRESSÃO
FÍSICA ENTRE
ALUNOS
DEPREDAÇÃO
DO AMBIENTE
ESCOLAR
TIPOS DE ATOS
QU
AN
TID
AD
E
FONTE: Livro de Registro de Ocorrências da Equipe Pedagógica ano letivo 2010
Percebe-se no comportamento dos jovens falta de valores, levando-os a
constantes agressões físicas e verbais. Atos agressivos apresentam-se como um
dos maiores desafios no trabalho pedagógico, uma vez que dificultam, ou até
mesmo, impedem a realização efetiva do processo de ensino-aprendizagem.
Destaca-se a necessidade de exercitar as habilidades de relacionamento, aonde os
valores de respeito, colaboração, compreensão sejam resgatados para que haja
uma boa convivência no âmbito escolar e na sociedade.
Observou-se que os alunos possuem entendimentos equivocados sobre os
seus direitos e deveres, levando a praticarem atos de agressividade acreditando que
suas ações estão isentas de punição.
Na tentativa de diminuir este quadro de agressividade, o trabalho terá início
com a análise do Estatuto da Criança e do Adolescente, no Livro I, Título II, Cap.II,
do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade, com a expectativa de que ao
tomarem ciência, após discussão e reflexão, sobre seus direitos e deveres, pais e
alunos tornem-se mais conscientes e responsáveis em relação a seus
comportamentos, percebendo o quanto eles influem na aprendizagem.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990
assegura o direito básico de viver-desenvolver saudavelmente, educar-se e receber
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proteção. Após 21 anos de sua homologação a realidade revela cada vez mais a
dificuldade de efetivação desses direitos inscritos no Estatuto.
Os alunos da 6ª série do Ensino Fundamental, período matutino, do Colégio
Estadual ―Moysés Lupion‖- EFM serão convidados a participarem em horário do
contra-turno, a encontros com a professora PDE para tomarem conhecimento e
refletirem sobre seus direitos e deveres garantidos pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente.
A professora PDE provocará os alunos com os seguintes questionamentos:
Você sabe o que significa a sigla ECA?O que é um Estatuto?Para que serve?
Assim, à medida que respondem, a professora PDE realizará comentários
esclarecendo eventuais dúvidas.
Dando continuidade, a professora PDE levará os alunos ao laboratório de
informática, para conhecerem o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA através
do Gibi: A turma da Mônica – O Estatuto da Criança e do Adolescente encontrado
no site: www. promenino.org.br
FONTE:http::www.promenino.org.br
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Após assistirem o vídeo que aborda os direitos e deveres numa linguagem
agradável e de fácil compreensão para o público alvo, os alunos esclarecerão
dúvidas, fazendo perguntas e posicionando-se em relação ao tema.
A professora PDE retoma o tema Estatuto da Criança e do Adolescente, com
os seguintes questionamentos: O Estatuto da Criança e do Adolescente é conhecido
pelas crianças e adolescentes?; Os adultos que cuidam de crianças e adolescentes,
o conhecem?; Quais situações vocês consideram que os direitos contidos no
Estatuto não são respeitados?; Como podemos divulgar o Estatuto da Criança e
do Adolescente e garantir que os direitos sejam cumpridos?
É proposta a formação de grupos divididos segundo os direitos da criança e
do adolescente, ou seja, à vida e à saúde; à liberdade, ao respeito e à dignidade; à
convivência familiar e comunitária; à educação,à cultura e ao lazer; para elaborarem
de um mosaico coletivo contendo informações através de recortes de revistas.Cada
grupo receberá folhas de papel sulfite, revistas , tesoura e cola e irão confeccionar
pequenos cartazes de acordo com seu tema formando posteriormente um grande
mosaico no mural do colégio, contribuindo desta forma para a divulgação do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Do mesmo modo que os alunos têm pouco entendimento sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente, percebe-se que os pais também não possuem.
Para melhor esclarecimento aos pais dos alunos da 6ª série, período
matutino, será convidado o Promotor Público da Comarca de Antonina para proferir
no período da noite, palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, com
ênfase no Livro I ,Título II, capítulo II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à
Dignidade, no Auditório do Colégio Estadual ―Moysés Lupion‖ – EFM.
Durante o evento serão distribuídos aos presentes, livretos do Estatuto da
Criança e do Adolescentes.
Espera-se que os alunos e pais ao tomarem conhecimento que possuem
direitos , mas que também tem deveres , repensem suas ações .
Todos sabem que a criança para o seu pleno desenvolvimento necessita
sentir-se amada, valorizada, aceita, incentivada à auto-expressão e ao diálogo,
incentivada à prática religiosa, principalmente na adolescência, porém a noção de
limites precisa e deve ser estabelecida com firmeza e sobretudo com coerência.
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Serão desenvolvidas 4 (quatro) dinâmicas no contra-turno, no auditório do
colégio de implementação deste projeto, procurando melhorar a auto-estima dos
alunos da 6ª série do Ensino Fundamental, período matutino .
Na primeira dinâmica a ser realizada, os alunos deverão desenhar uma das
mãos em uma folha de papel sulfite em branco. Em seguida, escreverão uma
qualidade que possui em cada dedo da mão desenhada. Terminada esta parte,a
professora solicitará que todos deixem a folha sobre a mesa à sua frente. Os
alunos deverão visitar as carteiras dos colegas e com o lápis em mãos,marcarão
com um ― X‖ na qualidade que mais destaca no seu colega. No final, cada aluno terá
em destaque a qualidade que mais chama atenção, podendo refletir sobre as
qualidades que possui e melhor exercitá-las.
Em outro encontro, formar grupos de 6 (seis) alunos, distribuir uma folha de
papel A4 por aluno. Cada um deve colocar sua folha em cima da mesa e sentar-se
confortavelmente. Enquanto isso, o professor coloca uma música ambiente a tocar e
pede que todos fechem seus olhos, relaxem e concentrem-se na respiração.
Em seguida é solicitado aos alunos para escreverem no papel palavras que
expressem o que estão sentido. Ao final da música, cada integrante do grupo
escolherá um sentimento e escreverá no quadro de giz.Com todas as palavras de
sentimentos expostas, o grupo deverá criar uma história que inclua as palavras de
todos integrantes. A história escrita será exposta no mural do colégio.
Procurando desenvolve a auto-estima e respeito , os alunos serão convidados
a montar o ― quebra-cabeça do amor‖, onde serão confeccionados dois corações
medindo 1m x 1m, sendo que o primeiro estará inteiro servindo de base e o
segundo será recortado em pedaços formando peças do quebra-cabeça.Cada aluno
pegará uma peça onde estará escrito um tipo de sentimento, com o qual ele mais se
identifica (amor, paciência, calmo, alegre, confiança, respeito,amizade,animador,
cautelosos, otimista, etc.) e colocará em cima do coração base explicando aos
colegas presentes, porque escolheu aquele ―sentimento‖.
Para trabalhar um pouco mais com os valores, lançaremos mão da seguinte
parábola de Mahatma Gandhi a qual será apresentado em Power Point e após
será solicitado aos alunos para adaptarem uma pequena peça teatral, a qual será
apresentada aos colegas no auditório do colégio.
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Parábola de Gandhi:
Um dia, um mestre perguntou aos seus discípulos:
— Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
— Gritamos porque perdemos a calma – disse um deles.
— Mas por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?
— Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça.
— Não é possível falar-lhe em voz baixa? – retrucou o mestre.
Os homens deram algumas outras respostas, mas nenhuma delas satisfez o mestre.
Finalmente ele explicou:
— Quando duas pessoas estão aborrecidas entre si, seus corações se afastam
muito uns dos outros. Para cobrir essa distância, elas precisam gritar para poderem
escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais alto terão que
gritar para um ouvir o outro através dessa grande distância.
O mestre fez uma pausa e continuou:
— No entanto, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não
gritam, mas se falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito
perto um do outro. Ás vezes, estão tão próximos seus corações que nem falam,
somente sussurram. Outras vezes, não necessitam sequer sussurrar, apenas se
olham e já basta, pois seus corações se entendem. É isso o que acontece quando
dois enamorados estão próximos.
Então o mestre completou:
—Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam
palavras que os distanciem mais,pois chegará um dia em que a distância será tanta
que não mais encontrarão o caminho de volta.
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Slides que compõem a apresentação em Power Point:
Por que as pessoas gritam?
Um dia, um pensador indiano
fez a seguinte pergunta
a seus discípulos:
-Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
- Gritamos porque
perdemos a calma,
disse um deles .
-Mas, por que gritar quando
a outra pessoa está ao seu lado?
Questionou novamente o pensador.
-Bem, gritamos porque desejamos
-que a outra pessoa nos ouça,
retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Para cobrir esta distância precisam
gritar para poderem escutar -se
mutuamente?
Quanto mais aborrecidas
estiverem, mais forte terão que
gritar para ouvir um ao outro,
através da grande distância?
Por outro lado, o que sucede quando
duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam.
Falam suavemente.
E por quê?
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Porque seus corações estão
muito perto. A distância entre
elas é pequena. Às vezes estão
tão próximos seus corações, que
nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais
intenso,
não necessitam sequer
sussurrar,
apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas
Pessoas que se amam estão
próximas.
Por fim, o pensador conclui,
dizendo:
"Quando vocês discutirem, não
deixem que seus corações se
afastem, não digam palavras que os
distanciem mais, pois chegará um dia
em que a distância será tanta que
não mais encontrarão o caminho de
volta
Texto: Mahatma Gandhi
Música: Ernesto Cortazar
Leaves In The Wind
Formatação: ProfªRoceleni
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2.CRONOGRAMA DE AÇÕES
ANO
2010
2011
2012
ATIVIDADES
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Aula inaugural x
Seminário
Integrador
x x
Intenção de
Pesquisa
X
Teleconferência
X
Elaboração do pré-
projeto de
Intervenção
pedagógica a escola
x X
Formação
Tecnológica
x x
Revisão de
Literatura
x x x x x x x x x x x x
Curso Geral x x
Encontro de Área x
Curso Específico x x
Inserção Acadêmica x
Encontros de
Orientação
x x x x x x x x x x x
Produção didático-
pedagógica
x x
Seminário Temático x
Grupo de Trabalho
em Rede
x
Implementação do
Projeto na escola
x x x
Seminário de
Encerramento do
PDE
x
Produção do
Artigo Científico
x x x
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3.RECURSOS
Para a execução deste projeto serão utilizados diversos materiais, tais como: papel
A4, canetas hidrocor, computadores, papel cartaz,auditório, livretos do ECA.
4. PARCERIAS
Ministério Público de Justiça, Conselho Tutelar, Patrulha Escolar, Equipe
Pedagógica
5. AVALIAÇÃO
Após o trabalho de implementação, será coletado no Livro de Ocorrências
da Equipe Pedagógica os dados do ano letivo de 2011 para confrontar com os
iniciais e assim observar o êxito ou não destas ações . É o momento de divulgar os
resultados obtidos levando a comunidade escolar a analisar este resultado e refletir
suas ações em prol do ensino-aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
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Moderna, 2003. (Coleção Cotidiano Escolar).
BUFFA, Ester; ARROYO, Miguel e NOSELLA Paolo. Educação e Cidadania: quem
educa o cidadão? 6ª edição. Editora Cortez. 1996
CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar ao silêncio escolar. São Paulo: Contexto.
2005.
DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do futuro, cidadania hoje e amanhã. 10ª
edição.São Paulo: Ática,2005
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel, a infância, a adolescência e os direitos
humanos. 22ª edição. São Paulo: Ática,2009
DURKHEIM, Emile. A evolução Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 1995
ESPER, Maria Cristina Elias. Políticas Públicas do Estado do Paraná: A Violência
nas Escolas Públicas e a Ação da Patrulha Escolar Comunitária Curitiba, 2007.164p.
Dissertação (Programa de Pós-Graduação em educação) Universidade Tuiuti do
Paraná.
.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, Constituição Brasileira, Diário
Oficial da União.Brasília,1990
13
FERREIRA,A.B.H. Novo Dicionário Aurélio da língua Portuguesa. 4ª
edição.Positivo,2009
FOUCALT, Michel. Vigiar e Punir. 20 ª edição. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 30ªed. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2007
GUIMARÃES, Áurea Maria. Vigilância, punição e depredação escolar. Rio de
Janeiro: Papirus, 2003
INFORSATO, Hélio. O Estudo do Comportamento Humano. São Paulo: Vozes, 1998
LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO NACIONAL, Lei nº9394/96
MAURICIO, Isabel Namo de. Cidadania e Competividade, desafios educacionais do
terceiro milênio. 3ª edição. São Paulo:Cortez.1994
MESA-REDONDA VIRTUAL: Violência no Ambiente Escolar; retirado de
www.mp.pr.gov.br em 28/08/2010
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7ª edição. São Paulo: Martins
Fontes, 2007
14
SCHELB, Guilherme Zanina.Violência e Criminaliddae Infanto-juvenil-intervenções e
encaminhamentos.2ª Edição. Brasília.2005
Disponível em :
http://www.promenino.org.br/
Acessado em maio de 2011