secretaria de estado da educaÇÃo · comidas típicas, músicas, as danças vivenciadas pelos seus...

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE

Professor PDE MAURO JOSÉ GUASTI

MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO UNIDADE DIDÁTICA

DANÇA FOLCLÓRICA

Material Didático Pedagógico apresentado na forma de

unidade temática para o 3º Período

do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE - 2010

da Secretaria de estado da educação do Paraná

Orientador: Prof. Ms. Carlos Eduardo Schneider

Curitiba 2011

1

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

DANÇA FOLCLÓRICA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Professor PDE: MAURO JOSÉ GUASTI

Escola de Atuação: Colégio Estadual Ângelo Gusso – Curitiba – Pr.

NRE: Curitiba

Professor Orientador IES: Prof. Ms.Carlos Eduardo Schneider

IES vinculada: UTFPR

Área PDE: Educação Física

Produção Didático-pedagógica: Unidade Didática

Público Alvo: Professores (capacitação)

Localização: Colégio Estadual Ângelo Gusso.

Rua Júlio Pedroso de Moraes, no 10.

Apresentação:

Hoje em dia as pessoas já não se reunem após o jantar para conversar. Com

o advento da tecnologia (televisão, computador, celular...), a conversa deixou de ter

lugar nas casas.

Antigamente as conversas pós-refeição davam origem a muitos mitos, lendas

e histórias que foram criando as tradições e costumes dos povos.

A tradição de um povo é a sua maior riqueza. O nosso povo é rico, pois temos

vários povos compondo com nossas tradições, a mais bela e harmoniosa forma de

expressão popular: o folclore, que através de suas danças nos traz a alegria e o

colorido, bem como a fantasia e a realidade que nos são trazidas através dos gestos

simples que retratam as características locais dos povos.

Atualmente são poucas as pessoas que se dedicam à investigação folclórica

brasileira. Com isso, o folclore anda esquecido.

Então, porque não resgatá-lo?

Palavras-chave: Cultura, Cultura Popular, Folclore, Dança Folclórica.

2

Se a conversa vai ser sobre Dança Folclórica, porque então falar sobre árvore?

A Dança Folclórica é a mais pura demonstração das tradições de um povo. E

povo sem tradição é como árvore de raiz doente, suas folhas murcham e caem, os

ramos apodrecem e a árvore morre.

DANÇA FOLCLÓRICA CULTURA

CULTURA CONHECIMENTO

CONHECIMENTO RAIZ DA ÁRVORE

Nosso conhecimento é a raiz da árvore!!

3

Somos seus ramos.

Então, vamos deixar a tradição de um povo morrer?

A dança folclórica é considerada cultura, tradição, história.

O que é Cultura, Cultura Popular, Folclore e Dança Folclórica?

s

L E G A L !!!!!!

VAMOS

PENSAR???

Refere-se ao modo de

vida dos membros de

uma sociedade ou de

grupos dessa

sociedade, as normas

que esses membros

seguem e os bens

materiais que criam

(fábricas, máquinas,

computadores, livros

etc.), as formas como

se vestem, os

costumes, o trabalho, o

lazer e as cerimônias

religiosas. Não existe

cultura sem uma

sociedade e não existe

sociedade sem uma

cultura.

Expressão que

abrange os

objetos,

conhecimentos,

valores e

celebrações

que fazem parte

do modo de

vida de um

povo. Categoria

social

complexa e de

definição

imprecisa.

É representado

pelo conjunto de

mitos e lendas,

tradições e crenças

populares que

passam de geração

para geração e

pode ser definido

como ciência que

estuda todas as

manifestações do

saber popular.

É a manifestação

espontânea de

um povo. Sendo,

portanto,

coletiva e aceita

pela sociedade

onde subside.

Tem como

cenário normal

ruas, largos,

praças públicas

e possui

estruturação

própria através

de reuniões e

ensaios

periódicos.

4

O que você acha de perguntar sobre as experiências, tais como:

comidas típicas, músicas, as danças vivenciadas pelos seus pais ou

avós, para que você conheça um pouco mais as questões que

envolvem a Dança Folclórica?

Nesse momento, convido você a realizar uma viagem nas tradições culturais

de vários povos, inclusive o nosso. Pois, simplesmente falar e ler sobre a dança

folclórica não basta. Para compreender estas questões talvez seja importante

relembrar as mais diversas tradições como a dos negros vindos dos diversos países

africanos em navios negreiros para trabalhos forçados em fazendas de café, que

trouxeram os ritmos, a sensualidade a resistência ao sofrimento; os italianos que nos

brindaram com suas músicas e danças alegres; os índios com suas fábulas, contos

e danças de rituais. (Megale, 1999).

“Vale a pena lembrar que danças folclóricas são expressões populares manifestadas

individual ou coletivamente, frequentemente, durante o ano todo”.

Ao escrever sobre este assunto, a vontade de conhecer mais sobre esta arte

só faz aumentar. Agora, imagine dançar com prazer e alegria esta maravilhosa

forma de expressar os mais belos sentimentos, e vivenciar as culturas de diferentes

povos que levaram as suas tradições para todos os lugares do mundo.

A disseminação do folclore teve início logo após a Segunda Grande Guerra onde a

grande maioria da população dos países atingidos se viram obrigados a fugir para

outros países.

No decorrer destes escritos você conhecerá mais sobre o folclore no Brasil e no

Paraná.

BACANA!!!

!!! Pequeno diálogo prático para ser trabalhado de

forma mais descontraída.

5

Vamos dar uma paradinha na história e entender um pouco mais sobre as

DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS.

Elas podem ser consideradas Fantasia ou Realidade? Como saber?

Tudo indica que é na coreografia que reside a sua arte e a sua alegria. A

Dança Folclórica é um elemento significativo da cultura de um povo e do

conhecimento a ser tratado pela Educação Física, isso porque proporciona agilidade

e resistência, além de um grande senso de responsabilidade e iniciativa.

<< É a atividade física ajudando o seu conhecimento global. >>

Existe grande número de Danças Folclóricas no Brasil. Então, o que você acha

de conhecer algumas dessas danças?

Na Região Norte, a influência do povo espanhol, americano e português, se fez

presente:

- Carimbó (Pará):

Dança e música típica do Pará. É dançada geralmente em grupos e com

coreografias ensaiadas. A coreografia dessa dança é caracterizada por uma roda

formada por homens e mulheres que se movimentam acompanhando as notas da

música e o ritmo contagiante e harmônico. Seu principal instrumento musical é um

tambor feito de tronco oco e com couro, de qualquer animal, bem esticado. Esse

tambor empresta o nome à dança, pois é chamado de carimbó. Para tocar esse

Importante, não acha???

6

instrumento, o “tocador” se senta e tira o som batendo com as duas mãos, como

mostra a figura abaixo.

Essa dança é realizada de forma circular e com os pares soltos. Vez em

quando, também com um dançarino no centro que baila com requebros, trejeitos e

passos arrastados e ligeiros.

E DAÍ, VAMOS DANÇAR

UM CARIMBÓ???

ENTÃO ESCOLHA SEU

PAR E VAMOS

REQUEBRAR.

Desenho: [email protected]

7

m

Ciranda (Amazonas):

A Ciranda é uma manifestação folclórica onde homens e mulheres dançam

em círculos e vestidos à moda antiga; as mulheres com saias rodadas e blusas com

babados e os homens com camisas estampadas e calças coloridas.

Com ritmo lento, propicia a participação de pessoas mais idosas e até

crianças. Esta dança se caracteriza pelos movimentos que são desenvolvidos

formando-se uma grande roda ou círculo. Já para a musicalidade utilizam-se

instrumentos comuns na região: Curimbós, maracás, ganzáz, banjos.

A Ciranda é uma das maiores festas folclóricas da Amazônia e durante as três

noites de festa, no cirandódromo da cidade de Manacapuru, próxima de Manaus,

três cirandas se apresentam para o público: Ciranda Tradicional, Ciranda Guerreiros

Mura e Ciranda Flor Matizada. No final de três dias, para a melhor ciranda é feita

uma grande festa para comemorar.

Esta dança representa o trabalho no campo, como a pesca e a caça e

dançada pelas ruas das cidades e sempre no mês de junho.

VAMOS

MONTAR A

RODA E

ACOMPANHAR

O RITMO E

DEIXAR A

MUSICA

CONTAGIAR.

Desenho: [email protected]

8

Tela representando a Ciranda

http://pernambucobeat.files.wordpress.com/2009/03/ciranda.jpg

Podemos então, dizer que a Ciranda, dança de roda nas brincadeiras infantis,

também é coisa de adulto.

Esta dança é realizada com giros para um lado somente: é colocado um para trás e

para frente e logo em seguida com um pulinho segue-se para o lado e continua a girar.

A dança tem movimentos característicos, mas é muito conhecida pelo seu grande poder

de criatividade e improviso.

Que tal montarmos um círculo e ao som

das belas cirandas relembrarmos as

brincadeiras de roda?

É fácil, vamos dar as mãos e girar ao som

das cantigas de rodas.

Oba, vamos

brincar de

roda…

9

A Região Nordeste foi influenciada principalmente pelos africanos e franceses.

TAMBOR DE CRIOULA O tambor de crioula é uma dança afrobrasileira encontrada no Estado do

Maranhão e praticada sobre tudo por descendentes de africanos. A principal

característica coreográfica da dança é a formação de um círculo com solistas

dançando alternadamente no centro. Um de seus traços marcantes é a Pungada, (a

umbigada).

Podemos dizer que tocar, cantar e dançar soa como brincadeira para os

grupos desta dança, que variam seus ritmos conforme os tocadores dos tambores e

os dançarinos.

A música que acompanha a dança é tocada por

três tambores de madeira com couro preso por

cravelhas em uma das extremidades e fixada

por fricção. Os tambores são afunilados e

escavados. Atualmente utilizam-se tambores de

cano plástico PVC. – está na próxima página -.

.

Umbigada:

Pancada com o umbigo ou com a

barriga, usada nas danças de roda

e batuques para indicar que o

dançarino solista deverá ser

substituído. (Silveira Bueno).

10

O “divertimento” faz parte do Tambor de Crioula, dança tradicional da Região

Nordeste, mas é costumeiramente realizada em homenagem a São Benedito,

padroeiro dos negros do Maranhão e é praticada na forma cantada, tocada e

dançada com muita criatividade.

Estas festas costumam ser realizadas ao longo de todo o ano, inclusive no Carnaval.

Exercício de como fazer um tambor com sucata

Os tambores são bastante rústicos, feitos de troncos. Neste caso,

serão confeccionados em tubos de PVC cortados nos três tamanhos

iguais ou de três tamanhos diferentes. A cobertura do tambor é feita

com o couro. Quando estiver coberto, o ideal é passar um pouco de

óleo ou azeite no couro e deixar curtir ao sol ou deixar curtir perto

de uma pequena fogueira. Para a dança, pode apertar ou soltar a

amarra do tambor para afiná-lo.

Desenho: [email protected]

11

Frevo de Pernambuco

Na Região Sudeste tem-se as origens francesas, americanas, japonesas.

Catira ou Cateretê (MG, SP ): Desde sua criação foi dançada exclusivamente por

homens. Hoje, não é raro encontrar grupos de Catira feminina representando suas

regiões. Organizados sempre em duas fileiras opostas, acompanhados por um ou

dois violões e um ou dois cantadores. O início é dado pelo violeiro que toca a

“rasqueada” para os dançadores fazerem a “escova” que é a batida dos pés, batida

das mãos e pulos.

-Frevo (PE):

A palavra frevo é derivada de ferver. Quando a

pessoa dança, parece pisar em chão fervente. É

uma dança individual que não distingue sexo,

idade ou nível socioeconômico. O frevo é

dançado nas ruas e salões, sempre no carnaval de

Pernambuco.

As músicas, que são sempre tocadas seguindo os

blocos de carnaval, geralmente não possuem

letras e são a alma da coreografia que é variada e

exige técnica e muita improvisação. Esta dança foi

inspirada nos passos das danças europeias como

a polca e a marcha.

A sombrinha serve para beleza e equilíbrio.

12

A Região Sul foi influenciada principalmente pelos alemães, italianos,

espanhóis, franceses:

Balainha (Pr, SC) Dança do arco de flores

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=19390

Conhecida também com o nome de Arcos Floridos ou Jardineira, a Balainha é

desenvolvida com os pares de dançantes, cada um deles, sustentando um arco

florido. As flores fixadas no arco são típicas da estação.

Caxambu (MG, RJ) - dança executada por homens e mulheres em roda, com

um dançador iniciando as cantigas e as danças com seus balanceios e volteios.

A dança é acompanhada por tambores e cuícas. As músicas são

acompanhadas pelos dançadores após o dançador principal dar início sempre

com muita improvisação. A dança e os cantos com o pedido educado aos

Caxambuzeiros, que simbolizam o folclore regional. A dança tem grande ligação

com a Umbanda, principalmente na maneira de vestir dos dançadores.

IDÉIA!!!!!!!

Que Tal montar

um grupo e

dançar a

Balainha?????

13

No início, os pares em fileiras fazem movimento ondulante passando, ora por

cima ora por baixo dos arcos dos demais pares; formam depois grupos de quatro

pares que, em círculo, cruzam seus arcos no alto, armando assim as “Balainhas”. No

final desmancham as “balainhas” e retornam à posição inicial.

Essa dança geralmente é apresentada por um grupo de moças e é muito

requisitada por sua atraente coreografia, que com seus arcos floridos colorem

nossos sonhos e abrem os caminhos para trazer novas esperanças de vida.

Esta dança sempre antecede a dança das fitas ou, Pau-de-Fitas.

- Pau-de-Fitas (toda a região Sul): para seu desenvolvimento prepara-se um

mastro de três metros de comprimento, com um conjunto de fitas coloridas,

largas e de tamanho maior que o mastro. Os dançadores, em número par,

seguram as extremidades de cada fita e, ao som das músicas, giram em torno do

mastro, sempre um grupo para a esquerda e o outro para a direita, cruzando ora

por fora ora por dentro de cada um dos dançadores à sua frente. Assim será

formada a trança ou trama.

14

Na escola, porque essas danças não são desenvolvidas?

Em qual momento elas podem fazer parte do conteúdo da Educação Física?

Será que existe a possibilidade de aprender sobre a dança folclórica em outros

momentos na escola, diferente das festas de junho?

O Brasil é um país com uma riqueza cultural imensa. Dentre essas riquezas,

faremos um destaque especial à Dança Folclórica do Paraná, a qual tem

contribuições significativas tanto históricas, como culturais e geográficas e, porque

não, politicas.

Multiculturalismo: A existência, o reconhecimento ou preservação de

diferentes culturas ou identidades culturais de uma sociedade

unificada. (Braham, 1997)

Aí vai um desafio: organize uma gincana entre os grupos ou turmas

para armar a melhor trança no mastro de fitas.

A sugestão é a seguinte: formam-se grupos e estes deverão discutir

a escolha da música que deverá ser bastante alegre e com muito

ritmo. Também deverá envolver o maior número de participantes

possível.

Então, os grupos deverão formar a trança que será julgada por

uma comissão escolhida especialmente para o evento.

Olha mais um desafio aí geeeente!!

15

DANÇA FOLCLÓRICA NO PARANÁ

A história e suas diferenças desde o litoral

até a Foz do Iguaçu mostram a riqueza cultural

e geopolítica deste nosso Estado.

O Paraná tem a sua população formada por descendentes de imigrantes

poloneses, italianos, alemães, ucranianos, espanhóis e japoneses, juntamente com

os negros, os índios e os portugueses que são os três elementos básicos da

formação cultural e fazem deste estado a “Terra de Todas as Gentes”.

16

Radicados aqui, esses povos não deixaram de lado suas raízes culturais, e

por isso o Paraná tem colônias de imigrantes que festejam suas origens em belos

festivais de Danças Folclóricas Regionais.

Uma das formas da manifestação cultural no Paraná se dá fortemente através

das danças que simbolizam o nosso Estado. Essas manifestações podem ser

declamadas, cantadas ou apenas dançadas; compõem as Congadas e os Autos que

contam histórias através de grandes representações.

A AAAAAASDFFFii

As Cavalhadas de Guarapuava que narram a luta entre os Mouros e os

Cristãos, são os torneios medievais que fazem do espetáculo atração muito

aguardada pelo povo paranaense.

Você sabe o que são Autos e Congadas?

Vamos pesquisar um pouco sobre esse assunto?

O ESPETÁCULO DAS CAVALHADAS

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As Bandeiras, no litoral; as Folias de Reis, nos sítios e fazendas e a Romaria

de São Gonçalo, estão também nas cenas dançadas tradicionais do Estado do

Paraná.

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Nbn/llkjnkggg;llljj

AA

AAaAAAAQerrtjgvnbkjhimm...mmgcggvAAaA

As A

pP

Por outro lado, você convive hoje com “momentos” onde a dança folclórica

está bem presente em sua realidade: nas festas de tradições populares como a festa

da uva e do vinho da colônia italiana, onde um dos objetivos principais, é o de

angariar fundos para ajudar na sobrevivência do local; seja escola, igreja ou

comunidade em si e o de manter viva toda a história de um povo.

AEE

Você sabia que os imigrantes formam a grande cultura paranaense?

Então, porque não resgatar essa cultura através da dança? Mesmo

porque, nós também somos parte dessa cultura.

Como sugestão de atividade, podem ser formados grupos que se

caracterizarão com roupas típicas representando cada comunidade

de imigrantes com suas músicas e danças típicas, podendo se

apresentar na escola ou na comunidade, falando um pouco sobre

cada cultura e a forma de dançar; como exemplos: a cultura italiana

com suas cores e alegria, a cultura japonesa com sua arte e

seriedade, a espanhola com seu ritmo e colorido, a ucraniana com

suas evoluções coreográficas e outras mais.

Em cada região do Paraná tem uma forma de comemoração. Qual é a

comemoração da sua região?

Qual é a comemoração mais típica do seu bairro?

Qual é a comemoração que mais representa a sua cidade?

18

Enquanto nos grandes salões a corte dançava os bailes elegantes dos

mascarados que se transformaram nos bailes comemorativos conhecidos hoje como

debutantes, formaturas... onde a dança de salão se fazia presente, o povo mais

simples, ao mesmo tempo, dançava formas mais populares.

Dessas formas “popularescas“ dos tempos de bailes, algumas sobreviveram

até os dias de hoje e estão fazendo parte da tradição comum em várias regiões do

país. Um exemplo dessa cultura está na Região Nordeste com sua tradicional

competição entre quadrilhas de São João. Outras caíram em desuso e são apenas

estudadas por pesquisadores e historiadores, conhecidos por folcloristas.

Podemos dizer, então, que danças folclóricas são as que se

originaram dos ritos cerimoniais tradicionais de um povo que

dança em ocasiões especiais?

Vamos saber sobre a Dança Quadrilha:

Podemos citar a Quadrilha como típico exemplo de Dança Folclórica. Foi

inspirada nos passos dançados nos salões de Paris na época de Luís XV (coroado

Rei da França em 1774, com 20 anos de idade) e a esses passos foram agregados

outros com maior ou menor grau de dificuldade, recebendo nomes como: ponte,

roda, roda dupla, gira-gira e tantos outros.

A dança Quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez muito

sucesso nos salões brasileiros do século XIX. No Rio de Janeiro, foi muito

popularizada. Suas evoluções básicas foram se modificando, inclusive sua música e

seus comandos. Até hoje se dança a Quadrilha de forma organizada e com

coreografias marcadas e em alguns momentos bastante improvisadas.

Para pensar!!!

19

SOoobre a QuadrilhaEAAaaaa

Por

Os usos e costumes de um povo

podem ser expressados através da

música e principalmente da dança

que tipifica o lugar. Esta pode ser

criada ou adaptada pelos moradores das regiões onde vivem, geralmente moradores

mais antigos, Então, cada região, mesmo próxima uma da outra, pode possuir seus

passos próprios da dança dentro de um mesmo ritmo dançante.

Oacnn

P,

P

PoiOjbO

OO

Dentre os diversos tipos da dança regional como o Reisado e a Congada (já

mencionados), o Afoxé, o Samba de Roda e tantos outros, podemos destacar o

FANDANGO, que foi trazido para o Brasil no século XIX e é de origem portuguesa,

mas com procedência árabe. Foi adaptado aos gostos e características de cada

região, particularmente apreciado nos estados da região sul.

BrLO

LEEek‘l

L

Que no Brasil, a quadrilha tomou

conotações diferentes das de origem e

passou a ser dançada para comemorar

as colheitas fartas, tradicionalmente

nos festejos de São Joao e Santo

Antônio, tendo grande destaque nas

regiões Norte e Nordeste, onde

algumas quadrilhas juninas são

profissionais e fazem diversas

apresentações durante o período de

comemoração?

Para pesquisa: o que é comemorado

nesta época de festas juninas?

VOCÊ SABIA???

Ao se falar sobre dança regional, está se falando um pouco a respeito da nossa

cultura que é o resultado do encontro de diversos ritmos e tradições culturais.

Resultado

20

L

L

L

Para o Professor Inamí Custodio Pinto (UFPR, 1992), o Fandango é uma festa

típica dos caboclos e pescadores, habitantes da faixa litorânea do Estado do Paraná,

e que não constitui apenas uma dança, mas um conjunto de danças regionais.

O Fandango começa sempre com os violeiros agradecendo aos

patrocinadores da festa, fazendo homenagens aos convidados especiais, aos

presentes e comentam fatos regionais do passado ou do momento.

Dança-se como qualquer outra dança, com os pares enlaçados obedecendo

ao ritmo da música e com uma única norma: rodar em volta do salão e no sentido

contrário ao dos ponteiros do relógio.

O que marca a dança fandango é o tipo de sapateado, ou seja, o ritmo do

bater os pés no chão.

Essas marcas ritmadas podem ser divididas em grupos. Temos conhecimento

de 25 ou 27 marcas diferentes, mas existem muitas outras ainda, dependendo de

cada região onde o FANDANGO é dançado.

Então, vamos fazer uma pesquisa sobre quais são essas marcas e

esses ritmos?

Para muitas pessoas, as marcas do Fandango Paranaense são repetitivas,

pois umas se apresentam às outras com alguns desenhos. Mas isto só acontece

quando coincidir que, durante a festa, sejam dançadas três ou quatro do mesmo

grupo.

F A N D A N G O D O P A R A N Á

GOSTEI MUITO DA PESQUISA!!!!!

21

Os instrumentos que acompanham o Fandango são: duas violas, um pandeiro

rústico (adufo) e uma rabeca (instrumento de corda parecido com o violino).

Mais sobre o Fandango do Paraná:

O Fandango chegou ao nosso litoral por volta de 1750, com os colonos açorianos e

era “batido” principalmente na época do carnaval.

Curiosidades

= O salão do fandango é próprio para a dança: uma casa de madeira, com

assoalho de tabuas grossas para resistir às fortes batidas do sapateio.

= Os instrumentos que acompanham o Fandango não podem ser comprados.

I D E I A !!!!!

Vamos pesquisar mais curiosidades sobre o Fandango do Paraná?

da ilha dos açores

em Portugal

22

É através destas fantásticas danças populares folclóricas que as

diferentes regiões são lembradas e até copiadas em suas tradições nas mais

distantes localidades deste gigante chamado Brasil.

A dança folclórica é a forma de expressão do povo. É a forma de viver com

alegria do nosso povo.

Indicação de Autores

- Alceu Maynard de Araújo

- Luis da Câmara Cascudo

- Nilza Botelho Megale

- Desenhos: [email protected]

Indicação de Sítios

- www.pretinhosida.multiply.com

- www.caravanacultural.org

- www.portaldoprofessor.mec.gov.br

“Nada melhor do que uma dança folclórica para traduzir a fisionomia típica de

certa época ou de certa sociedade. É, pois, necessário que as danças brasileiras

sejam mais estudadas, protegidas e praticadas a fim de defender do

esquecimento nossas tradições populares”. Megale, 1999.

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Referências

FREITAS, Ornaldo. Comunicação pela Arte. São Paulo, F.T.D., 1977.

MARTINS, Saul. Folclore Brasileiro. Minas Gerais. Rio de Janeiro:

FUNARTE/MEC, 1982.

MARTINS, Saul. Folclore em Minas Gerais. Editora UFMG, Belo Horizonte, 1991.

MEGALE, Nilza Botelho. Folclore Brasileiro. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

ABRAHÃO, Luiz M., Aurélio T. Gonçalves, Everardo Melo. Integrando as Artes.

São Paulo: CEN,1977.

BRAHAM, Carol G. Random House Webster`s Concise Dictionary / Carol G.

Braham, Project Editor – Second Edition – 1997.

CASCUDO, Luiz Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro:

Editora Melhoramentos, 4ª Ed.

Dicionário do folclore Brasileiro. Vol. L e ll, Instituto Nacional do Livro, Rio de

Janeiro, 1962.

FRADE, Cascia. Folclore Brasileiro. Rio de Janeiro. Rio de janeiro:

FUNART/MEC, 1979.

PINTO, Inami Custódio. Fandango do Paraná. Universidade Federal do Paraná.

Editora UFPr., 1992.

RODERIAN, Rosely V. R. Folclore Brasileiro. Paraná. Rio de Janeiro:

FUNARTE/MEC, 1981.

SOARES, Doralécio. Folclore Brasileiro. Santa Catarina. Rio de Janeiro:

FUNARTE/MEC, 1979.

VIEIRA FILHO, Domingos. Folclore Brasileiro. Maranhão. Rio de Janeiro:

FUNARTE/MEC, 1977.