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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Técnico em Segurança do Trabalho
EPI – Equipamentos de Proteção Individual e
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
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SUMÁRIO
Introdução .................................................................................................................. 02
EPI e EPC – A segurança ao seu alcance .................................................................. 04
Tipos de EPI ................................................................................................................ 05
EPI para proteção da cabeça ...................................................................................... 06
EPI para proteção dos olhos e da face ....................................................................... 08
EPI para proteção auditiva .......................................................................................... 10
EPI para proteção respiratória ..................................................................................... 11
EPI para proteção do tronco........................................................................................ 13
EPI para proteção dos membros ................................................................................. 16
Fique de olho no C.A. – Certificado de Aprovação ...................................................... 21
Processo de Certificação de EPI ................................................................................. 24
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC ................................................................. 25
Partindo para avaliar a NR – 6 .................................................................................... 34
Mais exemplos de EPC ............................................................................................... 39
Recomendações Técnicas para proteção respiratória – ANVISA ............................... 43
ANEXOS (NR – 6 e Portarias Correlatas) ................................................................... 69
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 83
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Técnico em Segurança do Trabalho
EPI – Equipamentos de Proteção Individual e
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
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INTRODUÇÃO
O termo EPI é atribuído ao Equipamento de Proteção Individual e o Termo EPC
ao equipamento de proteção coletiva. Como o próprio nome diz, são equipamentos ou
dispositivos que garantem a vida ou reduzem a exposição, de forma coletiva e/ou
individual e, portanto devem sempre ser objeto de avaliação como premissa para
qualquer atividade. Mas antes de falar de proteção individual e coletiva, vamos explorar
um pouco as causas. Se existe uma necessidade de se proteger é porque existe algum
risco, a ser controlado. Vamos entender a diferença entre estes dois temas.
Consultando a internet conseguimos várias definições de risco e de perigo e algumas
são descritas abaixo:
Risco: É a probabilidade ou chance de lesão ou morte (Sanders e McCormick)
ou uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos
(De Cicco e Fantazzini) ou ainda: É a probabilidade potencial de causar danos nas
condições de uso e/ou exposição, bem como a possível amplitude do dano (definição
pela Comissão Europeia) O presente trabalho coletou uma série de informações
referentes aos dispositivos de Proteção usados por trabalhadores para se proteger
contra acidentes durante realização das suas atividades de trabalhos. Todo o conteúdo
constante nesse trabalho foi elaborado de maneira clara e didática para que possa ser
usado como fonte de informação e conhecimento referente aos equipamentos de
proteção individual e coletiva.
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Perigo: É uma condição ou conjunto de circunstâncias, que tem o potencial de
causar ou contribuir para lesão ou morte (Sanders e McCormick) ou Expressa uma
exposição relativa ao risco, que favorece sua materialização em danos (De Cicco e
Fantazzini) ou ainda É a propriedade ou capacidade intrínseca dos materiais,
equipamentos, métodos e práticas de trabalho, potencialmente causadora de danos
(definição pela Comissão Europeia).
Atravessar a rua é um risco, atravessar a rua fora da faixa de segurança aumenta
o perigo. Podemos dizer que tanto o perigo como o risco, podem e devem ser
minimizado com medidas de proteção que incluem EPI e EPC. É fato que risco zero só
é possível se eliminarmos a grandeza que o produz, mas o perigo zero pode ser
conseguido sim. Para isto devem ser tomadas medidas que levem ao risco quase zero e
ao perigo zero, criem sistemas que permitam que uma atividade seja desenvolvida de
forma segura, avaliado previamente todos os riscos e providenciado dispositivos,
procedimentos e equipamentos que ou os eliminem ou os controlem.
O conteúdo dessa apostila foi dividido da seguinte forma: Parte I – Equipamentos
de Proteção Individual-EPI e Parte II – Equipamento de Proteção Coletiva-EPC. Essa
forma de organização tem como objetivo facilitar a compreensão do tema por parte do
leitor, tendo em vista que ainda nos dias atuais em diversas categorias profissionais o
conhecimento sobre o uso e fornecimento dos equipamentos de segurança são pouco
difundidos isso ocorre muitas vezes por parte das empresas que tentam excluir os
gastos dos seus orçamentos evitando investir em itens que envolvam a segurança dos
seus funcionários, em outros casos muitos trabalhadores violam as normas de
segurança e não se preocupam com o uso adequado dos equipamentos de proteção e
acabam ficando expostos aos riscos de sofrerem algum tipo de acidente e comprometer
sua integridade física ou comprometer a sua saúde e segurança no trabalho. Todavia
não podemos esquecer que o principal objetivo da segurança no trabalho é evitar que os
acidentes ocorram atuando preventivamente, neste sentido, temos que priorizar sempre
o uso do EPC e, somente em último caso, utilizarmos o EPI depois de esgotadas todas
as medidas possíveis de prevenção.
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EPI e EPC – A SEGURANÇA AO SEU ALCANCE
Entende-se como Equipamento de Proteção Individual - EPI como sendo todo
dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de
riscos.
A Norma Regulamentadora - NR 6 em seu item 6.2 determina que os
equipamentos de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só
poderão ser postos à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de
Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Obrigação da empresa referente ao uso de EPI pelos seus empregados:
De acordo com item 6.3 da NR 6 é estabelecido que a empresa tem por
obrigação fornecer aos seus empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas; e,
Para atender a situações de emergência.
Cabe também ao empregador, as seguintes obrigações:
a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;
b) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
c) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
d) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
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e) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
f) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
g) Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico
Obrigações do empregado referente ao uso do EPI:
A NR 6 no seu item 6.7.1 estabelece que cabe as seguintes
responsabilidades do empregado quanto EPI. Onde é estabelecido que:
a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se pela guarda e conservação;
b) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso; e, cumprir as determinações do empregador sobre o uso
adequado.
Tipos de EPI:
Atualmente são disponibilizados uma grande variedade de equipamentos de
proteção individual, o uso de cada dispositivo está condicionado a determinada
atividade de risco, ou seja, para cada atividade existe um um equipamento
específico. Alguns fabricantes disponibilizam equipamentos com mais de um
dispositivo de proteção e que são chamados de equipamentos conjugados.
Segue abaixo uma relação dos principais Equipamentos de Proteção
Individual regularizados pela Norma Regulamentadora - NR 6, do Ministério do
Trabalho e Emprego:
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EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
CAPACETES
Capacete usada para proteção contra choques elétricos
Capacete usada para proteção de quedas de objetos sobre o crânio
Capacetes para proteção do crânio e face contra agentes químicos,
abrasivos e escoriantes
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Capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos térmicos
CAPUZ OU BALACLAVA
Capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos
químicos, abrasivos e escoriantes
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EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
ÓCULOS
Óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes
Óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa
Óculos para proteção dos olhos contra contra radiação ultravioleta ou
infravermelha
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PROTETORES FACIAIS
Protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes
Protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha
Protetor facial para proteção da face e dos olhos contra luminosidade intensa e
riscos térmicos
Máscara de solda para proteção dos
olhos e face contra impactos de
partículas volantes, radiação ultra-
violeta, radiação infra-vermelha e
luminosidade intensa
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EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
Protetor auditivo circum-auricular (tipo concha)
Protetor auditivo de inserção (tipo plug)
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EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR NÃO MOTORIZADO
Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos
Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas
Máscara semifacial descartável simples
para proteção das vias respiratórias contra
poeiras e névoas
Peça um quarto facial, semifacial ou facial
inteira com filtros para material
particulado tipo P1, P2 e P3
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Máscara de respiração autônoma
Máscara de respiração com 1 ou 2 filtros
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EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
Aventais diversos
Colete à prova de balas
Capas de chuva
Colete salva-vidas
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Proteção para o tronco completa para motociclistas
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Cinto de segurança para proteção contra
quedas de alturas “tipo paraquedista”
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PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS
LUVAS
Luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes, perfurantes ou escoriantes
Luvas contra choques elétricos Luva de aço contra cortes
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Luvas contra agentes térmicos Luvas contra agentes biológicos
Luvas contra vibrações
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CALÇADOS
Calçados de proteção diversos
Proteção contra choques elétricos Proteção contra impactos e perfurações
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Proteção contra água e umidade
Outros tipos de calçados
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Quadro de Atividade X Equipamento de Proteção Individual
Fonte: extranet.metrosp.com.br/licitacao/40442213/sso_anexo_a_epis.pdf
Os equipamentos de Proteção Individual, EPI, são regularizados pela NR 6,
Norma Regulamentadora elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o
objetivo dessa norma é padronizar os dispositivos usados para proteção dos
trabalhadores, como também criar critérios legais que responsabilizam as empresas
e empregados quando ao fornecimento e uso dos equipamentos de proteção
individuais. Já os Equipamentos de Proteção Coletiva, EPC, são dispositivos e
sistemas criados com a finalidade prevenir acidentes contra grupos de trabalhadores
e terceiros que estejam envolvidos na realização de uma determinada atividade.
Tanto os EPI como os EPC são de extrema importância para diminuir os
riscos de acidentes no trabalho e contribuir com desenvolvimento da segurança e
qualidade na realização das metas das empresas, pois no mercado atual uma
empresa que se preocupa com integridade física dos seus colaboradores passa a ter
um grande referencial no mercado e consequentemente seus retornos serão sempre
vantajosos.
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FIQUE DE OLHO NO CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Todo EPI nacional ou importado antes de ser comercializado deve adquirir o
respectivo C.A .(certificado de aprovação) veremos a legislação sobre esse item
logo abaixo..
O C.A. é a garantia dada pelo Ministério do Trabalho para que o EPI seja
considerado de qualidade, e apto para uso.
Explicando… Antes de ser colocado à venda todo EPI é submetido a vários
testes para garantir durabilidade, conforto, proteção fornecida pelo equipamento, e
se após os testes for aprovado recebe seu respectivo CA e autorização para ser
comercializado.
Vamos ver o que diz a NR – Norma Regulamentadora 6.2:
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou
importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado
de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
A legislação que trata de EPI no âmbito da segurança e saúde do trabalhador
é estabelecida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Lei 6514 de
dezembro de 1977, que é o Capítulo V da CLT, estabelece a regulamentação de
segurança e medicina no trabalho. A Seção IV desse capítulo, composta pelos
artigos 166 e 167, estabelece a obrigatoriedade de a empresa fornecer o EPI
gratuitamente ao trabalhador, e a obrigatoriedade de o EPI ser utilizado apenas com
o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE).
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Artigo 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.
Artigo 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou
utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho”.
A regulamentação sobre o uso do EPI é estabelecida pelas Normas
Regulamentadoras 6 e 9, do MTE.
A NR 9 – que regulamenta o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – no item relativo às medidas de controle, prevê a utilização do EPI como
uma dessas medidas. Deve-se lembrar, porém, que o EPI só deve ser utilizado após
a comprovação da impossibilidade de adoção de medidas de proteção coletiva,
conforme apresentado a seguir:
9.3.5.4 – Medidas de controle: Quando comprovado pelo empregador ou
instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou
quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo,
planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial,
deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
1. medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
2. utilização de Equipamento de Proteção Individual – EPI.”
No item relativo à utilização de EPI a NR 9 estabelece o seguinte:
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9.3.5.5 – Utilização de EPI: A utilização de EPI no âmbito do programa
deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no
mínimo:
1. seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco que o trabalhador está
exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o
controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do
trabalhador usuário;
2. programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização
e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;
3. estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o
fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a
reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente
estabelecidas;
4. caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a
respectiva identificação dos EPIs utilizados para os riscos ambientais.”
Observa-se que o princípio norteador da NR9, no que se refere à utilização de
EPI, é semelhante àquele estabelecido pela NR 6 - Equipamento de Proteção
Individual.
Essa norma, apresentada no ANEXO A, estabelece a regulamentação relativa
aos seguintes itens: Definição; Certificado de Aprovação – obrigatoriedade;
Situações passíveis de uso d o EPI; Lista de EPIs; Competência para a
recomendação de uso de EPI; Obrigações do empregador; Obrigações do
empregado; Obrigações do fabricante e do importador de EPI; Certificado de
Aprovação – validade; Restauração, lavagem e higienização de EPI; Obrigações do
MTE; e Fiscalização.
A NR 6 é uma norma válida para qualquer EPI.
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Processo de certificação de equipamentos de proteção individual - EPI
O processo de certificação de EPIs está estabelecido nos itens 6.2, 6.9, 6.11
e 6.12 da NR 6 e no Anexo II dessa norma.
Esse não é o processo ideal, pois o que se avalia é apenas a conformidade
das amostras de EPI apresentadas pelo fabricante/importador com os requisitos
estabelecidos nas normas de ensaios. Nesse processo não se verifica a capacidade
do fabricante/importador em manter a mesma qualidade do EPI após a obtenção do
CA. O sistema de produção da empresa não é avaliado.
Em função disso, a própria NR 6 prevê a adoção da certificação de EPIs
segundo os procedimentos estabelecidos no âmbito do Sistema Nacional de
Metrologia (SINMETRO), que é coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia e
Qualidade Industrial (INMETRO).
Segundo esses procedimentos os EPIs serão certificados a partir da
realização de ensaios em amostras coletadas por Organismos de Certificação de
Produtos (OCP) e da avaliação contínua dos sistemas de controle da produção
desses equipamentos.
A adoção desse modelo de certificação visa a aumentar a garantia da
qualidade dos EPIs disponibilizados no mercado e a melhoria das formas de controle
do uso desses equipamentos.
A legislação referente às questões de segurança e saúde do trabalhador (Lei
6514, NR 6 e NR 9) podem ser obtidas no sítio do Ministério do Trabalho e Emprego,
na internet: www.mte.gov.br.
Os procedimentos para avaliação de conformidade de produtos e a legislação
correspondente podem ser obtidas no sítio do INMETRO, na
internet:www.inmetro.gov.br.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC
Equipamentos de Proteção Coletiva, comumente chamados pela sigla EPC,
consiste nos equipamentos utilizados com objetivo
proteger um grupo determinados de pessoas na
realização de uma atividade, ou seja, são todos
dispositivos que tem abrangência coletiva que se
destina a preservar a integridade física e a saúde dos
indivíduos que estejam realizando um trabalho ou
simplesmente proteger as pessoas que circulam
próximos ao local de realização dos serviços.
Como já vimos anteriormente, Equipamentos de Proteção Coletiva, são
equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de
pessoas realizam determinada tarefa ou atividade. O Equipamento de Proteção
Coletiva deve ser usado prioritariamente ao uso do Equipamento de Proteção
Individual por exemplo: um equipamento de enclausuramento acústico deve ser a
primeira alternativa a ser indicada em uma situação onde houver risco físico de
ruído, por proteger um
coletivo. E somente quando
esta condição não for
possível, deve ser pensado o
uso de protetores auditivos
como Equipamentos de
Proteção Individuais (EPI)
para proteção dos
trabalhadores, pois são de
uso apenas individual.
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Como exemplos de EPC podem ser citados:
Enclausuramento acústico de fontes de ruído
Exaustores para gases, névoas e vapores
contaminantes
Ventilação dos locais de trabalho
Proteção de partes móveis de máquinas
Sensores em máquinas
Barreiras de proteção em máquinas e
em situações de risco
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Corrimão e guarda-corpos
Fitas sinalizadoras e antiderrapantes
em degraus de escada
Piso Anti-derrapante
Barreiras de proteção contra
luminosidade e Radiação (Solda)
Cabines para pintura
Redes de Proteção (nylon)
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Isolamento de áreas de risco
Sinalizadores de segurança (como
placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas)
Lava-olhos
Chuveiros de segurança
Chuveiro Lava Olhos
Kit de primeiros socorros
Detectores de Tensão
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Em contraste, máscaras de segurança e cintos de segurança são
Equipamentos e Proteção Individual, ou EPI. Apenas uma pessoa pode usar por vez
os referidos EPI, assim protegendo "o" colaborador. O extintor de incêndio não é um
EPC apenas um agente extintor.
Outros exemplos de EPC
Como outros exemplos,
podemos citar: - sistema de
exaustão que elimina gases,
vapores ou poeiras contaminantes
do local de trabalho; -
enclausuramento de máquina
ruidosa para livrar o ambiente do
ruído excessivo, como o compressor; - Comando bimanual, que mantém as mãos
ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina; - Cabo de
segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a
se desprender.
Existe uma diversidade de tipos de equipamentos de proteção coletiva que
são usados de acordo com o tipo de serviços que será executado, como também
quanto ao grau de risco que é oferecido às equipes e terceiros envolvidos.
Apresentaremos, a seguir, mais uma relação de alguns EPC recomendados
por profissionais de segurança no trabalho:
Comando bimanual para prensa com botão de emergência
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EPC usados para sinalização e isolamento de áreas
Cones de sinalização e fitas “zebradas”
Para isolamentos de áreas perigosas
Placas, cavaletes e sinalização
luminosa de advertência
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EPC para proteção acidentes causados pela eletricidade
EPC para proteção quedas de altura e de objetos
F
Disjuntor termo diferencial
para proteção contra
descargas elétrica.
Pára-raios tipo Franklin
usado para proteção contra
descargas atmosférica.
Bandeja usada para proteger contra quedas de objetos próximo ao
perímetro da edificação.
Andaime usado contra quedas de altura e
Tela sombrite usada para proteção de
pedestres contra quedas de materiais das
fachadas de prédios.
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Sombrites para proteção do sol
em estacionamentos
Chuveiros lava-olhos
Escoramento usados para
protegem contra desmoronamento e
colapso de estruturas.
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Telas de proteção
Corrimão e guarda-corpo
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Vários são os tipos de EPC e EPI existentes. O que chamamos de EPC,
pode não ser necessariamente um equipamento mas uma medida de proteção,
como exemplo podemos citar uma cerca em volta de uma máquina é um exemplo de
proteção coletiva, desde que esta cerca não possa ser removida sem o uso de
ferramentas. A função da proteção coletiva é impedir o acesso de pessoas não
autorizadas e não capacitadas nas áreas consideradas de risco e com isto proteger
a vida. Já o uso de óculos de segurança para utilizar um esmeril por exemplo
constitui–se em um EPI, pois deve ser usado pelo operador e somente ele.
Cada uma das normas regulamentadoras que dizem respeito a serviços tem
em suas denominações o uso de EPC como prioridade e EPI nos casos específicos,
e estas normas citam a Norma regulamentadora número 6 (NR-6) como o
regulamento para EPI. Como exemplo podemos citar a NR-10, que traz no item
10.2.9 o seguinte texto: Nos trabalhos em instalações elétrica, quando as medidas
de proteção coletivas forem tecnicamente inviáveis, ou insuficiente para controlar os
riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específico e
adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6.
Partindo para avaliar a NR-6 temos a seguinte introdução:
6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR,
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto,
de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. (grifo nosso)
Podemos verificar que o texto inicial da NR-6 especifica USO INDIVIDUAL e
portanto deve ser sempre a premissa para uso de um EPI. EPI Conjugado não é EPI
que vários usam e sim vários equipamentos que conferem a segurança ao indivíduo.
Como exemplo de EPI, podemos citar o capacete com viseira, ou o cinto de
segurança com trava quedas.
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Continuando a verificação da NR-6em relação a EPI, há três itens que são
importantes.
6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu
fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.
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E o item
6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Observe que há uma relação de duas vias quando o assunto é o EPI. Pois a
empresa tem que fornecer o EPI, mas o funcionário deve usá-lo, conservá-lo e
principalmente cumprir as determinações do empregador quando ao uso adequado,
ou seja, o trabalhador, deve usar cada um dos EPI de forma correta.
Um adendo a este assunto é que cada EPI deve ser utilizado de forma
individual, ou seja, como seu equipamento de segurança, mas isto não significa que
cada trabalhador tem que ter um conjunto de EPI somente seu. Alguns
Equipamentos podem ser utilizado por mais de uma pessoa. Este conceito pode
assustar, mas há uma certa confusão do que seja equipamento de proteção
individual, com equipamento de uso pessoal.
É certo que um óculos, um capacete, outros dispositivos de proteção em
contato direto com a pele sugerem por higiene, que sejam utilizados individual e
pessoalmente. O mesmo não se poderá dizer de uma sobrecapa, um guarda-
chuvas ou um conjunto autônomo de respiração, que são de uso individual porem
não são de uso pessoal.
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Mas o que chamamos a atenção é que antes de utilizar o equipamento,
devem ser feitos ensaios, testes e atendidos outros requisitos para que se tenha a
certeza de que aquele equipamento está em perfeitas condições. Estes ensaios
pode ser, por exemplo, visual ou usando alguns dispositivos. Vamos usar como
exemplo uma luva de borracha. Imagine que um determinado par de luvas fiquem a
disposição do trabalhador que for executar um determinado serviço na subestação
por exemplo. Esta luva é adequada para a atividade que será desenvolvida, porém
poderá ser usada por algumas pessoas, por exemplo, 3 profissionais qualificados
que atuem em turnos diferentes. O profissional que for usar a luva, deve, antes de
iniciar o trabalho, realizar alguns testes naquela luva armazenada, como por
exemplo o teste de insuflamento para verificar eventuais furos, ou se a luva for
Bicolor, um teste visual antes identificando possíveis problemas na sua composição.
Ao realizar este teste e confirmar que a luva está ok para o uso, você passa a ter o
seu EPI, ou seja, passa ser de uso individual. Quando outro profissional for usar fará
o mesmo e assim por diante. Então em resumo, quando se diz que o EPI deve ser
individual, significa que o trabalhador deve realizar os ensaios para verificar se não
há problemas para o uso.
Um outro requisito que queremos chamar a atenção é para a necessidade do
Certificado de Aprovação.
Todos os EPI fabricados, importados, distribuídos ou vendidos no Brasil,
necessitam de obtenção do C.A. – Certificado de Aprovação que é emitido,
mediante ensaios prévios, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (Item 6.3 – NR-
6)., que transferiu para o INMETRO , a tarefa de aprovar sistemas de ensaios ,
credenciar órgãos e laboratórios para a concessão do CA.
Lembramos que para obter este C.A. é necessário uma série de requisitos
que são expressos no item 6.8.1 da NR-6, disponível para consulta no Ministério do
Trabalho e Emprego.
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Concluindo: O Uso de Equipamentos de proteção individual (EPI) é
obrigatório e a responsabilidade é de ambas as partes, tanto o empregador, quanto
o trabalhador, porém, é importante que esta prática faça parte da cultura das
pessoas que realizem qualquer atividade que ofereça risco. Esta prática deve ser
implementada sempre, independente de onde você esteja ou o que irá fazer, no
trabalho, no lazer ou praticando um Hobie, sempre use os equipamentos de
proteção individual. Outra conclusão que tiramos é que é sempre importante dar
prioridade aos equipamentos de proteção coletiva (EPC) para um trabalho seguro.
No caso de atividades envolvendo eletricidade, devemos dar prioridade para a
desenergização dos circuitos que sofrerão interferências, pois o risco de acidente de
origem elétrica passa a não existir, ficando então apenas a preocupação com os
riscos adicionais.
Lembramos ainda que na área elétrica muitos dispositivos e muitas
providências de proteção estão incorporadas aos equipamentos, de forma que se
tornaram familiares e já não as entendemos como medidas de proteção. Assim são
isolação dos condutores, a capa plástica não é destinada a identificar os condutores,
mas sim é a proteção por isolação das partes vivas. O uso de espelhos (placas) nas
tomadas e interruptores de casa, não é um capricho decorativo, mas sim o uso de
barreiras, que impedem todo e qualquer contato com as partes energizadas. A
furadeira de carcaça plástica, não é para ficar mais leve ou colorida é porque ela é
isolante, e isso faz parte da dupla isolação. Sem dúvida são as medidas de
segurança de caráter coletivo.
Ocorre que os profissionais da área elétrica necessitam retirar esses
elementos integrantes de medidas de proteção para poderem acessar as partes
internas dos equipamentos.
Ai entram as necessidades de EPI, que se colocam nos eletricistas. A
proteção saiu da instalação e passou para o trabalhador, conforme falamos no início
do capítulo, atendendo aos dispositivos legais.
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Não se torna ocioso lembrar que Equipamentos de Proteção Coletiva, ou
EPC, são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um
grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade.
Esses equipamentos não são necessariamente de proteção de um coletivo,
muitas vezes são apenas de uso coletivo, como por exemplo uma máscara de
solda ou um cinto de segurança para alturas.
Como mais exemplos de EPC podem ser citados:
• Cabine para histologia
A cabine deverá ser construída em aço inox, com exaustão
por duto. É específica para trabalhos histológicos.
• Capela Química
A cabine deverá ser construída de forma
aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar
ambiental não cause turbulências e correntes,
reduzindo, assim, o perigo de inalação e a
contaminação do operador e do ambiente.
• Manta ou cobertor
É utilizado para abafar ou envolver a vítima
de incêndio, devendo ser confeccionado em lã ou
algodão grosso, não sendo admitido tecidos com
fibras sintéticas.
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• Vaso de areia ou balde de areia
É utilizado sobre o derramamento de
álcalis para neutralizá-lo.
• Mangueira de incêndio
O modelo padrão, comprimento e
localização, são fornecidos pelas
Normas do Corpo de Bombeiros.
• Alça de transferência descartável
São alças de material plástico estéril, descartáveis
após o uso. Apresentam a vantagem de dispensar a
flambagem.
• Sprinkler
É o sistema de segurança que,
através da elevação de temperatura,
produz fortes borrifos de água no
ambiente (borrifador de teto).
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• Microincinerador de alça de transferência
metálica
São aquecidos a gás ou eletricidade.
Possuem anteparos de cerâmica ou de vidro de
silicato de boro para reduzir, ao mínimo possível, a
dispersão de aerossóis durante a flambagem das
alças de transferência.
• Luz Ultra Violeta
São lâmpadas germicidas, cujo
comprimento da onda eficaz é de 240 nm.
Seu uso em cabine de segurança biológica
não deve exceder a 15 minutos. O tempo
médio de uso é de 3000 horas.
• Dispositivos de pipetagem
São os dispositivos de sucção para pipetas.
Ex.: pipetador automático, pêra de borracha e
outros.
• Proteção do sistema de vácuo
São filtros do tipo cartucho, que impedem a
passagem de aerossóis. Também é usado o frasco
de transbordamento, que contém desinfetante, ou
ainda podem ser utilizados nas indústrias
mineradoras ou escavações, em geral.
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• Contenção para homogeneizador, agitador, ultra-
som, etc.
Devem ser cobertos com anteparo de material
autoclavável e sempre abertos dentro das cabines de
segurança biológica.
• Anteparo para microscópio de
imunofluorescência.
É o dispositivo acoplado ao microscópio,
que impede a passagem de luz ultravioleta, que
poderá causar danos aos olhos, até mesmo
levando o operador à cegueira.
• Kit para limpeza em caso de
derramamento biológico, químico ou
radioativo
É composto de traje de proteção,
luvas, máscara, máscara contra gases,
óculos ou protetor facial, bota de
borracha, touca, pás para recolhimento
do material, pinça para estilhaços de
vidro, panos de esfregão e papel toalha
para o chão, baldes, soda cáustica ou bicarbonato de sódio para neutralizar
ácidos, areia seca para cobrir álcalis, detergente não inflamável, vaporizador de
formaldeído, desinfetantes e sacos plásticos.
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• Kit de primeiros socorros
É composto de material
usualmente indicado, inclusive antídoto
universal contra cianureto e outros
antídotos especiais.
Vejamos agora algumas recomendações técnicas extraídas
da Cartilha de Proteção Respiratória contra Agentes
Biológicos para Trabalhadores de Saúde, pela ANVISA – Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
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SIGLÁRIO
μm – micrometro
ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CA – Certificado de Aprovação
CB-32 – Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual da ABNT
CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
CDC – Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção
de Doença)
EPI – Equipamento de Proteção Individual
EPR – Equipamento de Proteção Respiratória
FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
MS – Ministério da Saúde
NBR – Norma Brasileira
NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health
NR-6 – Norma Regulamentadora no 6
PFF – Peça semifacial filtrante
Portaria MS – Portaria do Ministério da Saúde
PPR – Programa de Proteção Respiratória
RDC/Anvisa – Resolução da Diretoria Colegiada/Agência Nacional de Vigilância
Sanitária
RE/Anvisa – Resolução Especial/Agência Nacional de Vigilância Sanitária
SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SRAG (SARS) – Síndrome Respiratória Aguda Grave
TB – Tuberculose
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1. CONCEITOS BÁSICOS
1.1 Quem é considerado Trabalhador de Saúde?
Trabalhador de Saúde é todo o trabalhador que se insere direta ou
indiretamente na prestação de serviços de saúde, no interior dos estabelecimentos
de saúde ou em atividades de saúde, podendo deter ou não formação específica
para o desempenho de funções referentes ao setor. O vínculo de trabalho com
atividades no setor saúde, independentemente da formação profissional ou da
capacitação do indivíduo, é o aspecto mais importante na definição de Trabalhador
de Saúde.
1.2 Como pode ocorrer a exposição aos agentes biológicos dispersos
por via aérea?
O doente ou portador, quando fala, tosse ou espirra, dispersa agentes
etiológicos de doenças de transmissão aérea. Deste modo, qualquer pessoa pode
ser exposta a esses agentes quando em contato com o doente ou portador, ao
entrar em ambientes contaminados, ou ainda ao realizar procedimentos nestas
pessoas.
3. Quais as vias de transmissão dos patógenos?
As principais vias de transmissão são a via de contato e a via respiratória.
Esta cartilha está direcionada para as patologias e os mecanismos de
proteção das doenças de transmissão respiratória (por gotículas e aerossóis).
Figura 1: Pessoa expelindo
gotículas e aerossóis
Fonte:http://www.vaccineinformation.org/photos/flu_iac001.jpg
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4. Qual é a diferença entre gotículas e aerossóis?
As gotículas têm tamanho maior que 5 μm e podem atingir a via respiratória
alta, ou seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossóis,
as partículas são menores, permanecem suspensas no ar por longos períodos de
tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratório.
Existem doenças de transmissão respiratória por gotículas e outras de
transmissão respiratória por aerossóis, as quais requerem modos de proteção
diferentes.
5. O que são doenças de transmissão respiratória por gotícula?
São aquelas que ocorrem pela disseminação de gotículas (partículas maiores
do que 5 μm), geradas durante tosse, espirro, conversação ou na realização de
diversos procedimentos tais como: inalação, aspiração, etc.
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6. O que são doenças de transmissão respiratória por aerossóis?
São aquelas que ocorrem pela disseminação de partículas menores do que 5
μm, geradas durante tosse, espirro, conversação ou na realização de diversos
procedimentos, entre os quais pode-se citar a broncoscopia, a indução de escarro, a
nebulização ultra-sônica, a necropsia, etc. Por exemplo:Herpes Zooster, sarampo,
tuberculose pulmonat e laríngea e varicela.
7. Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas
por gotículas?
Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve
ser utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. Para melhor definição de rotina,
orienta-se que seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o
paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
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• Internação do paciente: Quarto privativo ou, caso não seja possível, em
quarto de paciente com infecção pelo mesmo microrganismo (coorte); a distância
mínima entre os leitos deve ser de um metro.
• Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessário, utilizar máscara
cirúrgica no paciente.
• Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.
8. Quais medidas de precaução são indicadas para doenças transmitidas
por aerossóis?
No caso dos aerossóis, as partículas podem se dispersar por longas
distâncias e, por isso, deve ser utilizado equipamento de proteção respiratória
durante todo o período que o Trabalhador de Saúde estiver em contato com o
paciente.
Outras medidas de precaução devem ser utilizadas:
• Internação do paciente: Quarto privativo com pressão negativa; filtragem do
ar com filtros de alta eficiência (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a doze
trocas de ar por hora, manter as portas do quarto sempre fechadas.
Caso a instituição não tenha quartos com estas características, manter o
paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e janelas abertas, permitindo
boa ventilação.
• Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessário, utilizar máscara
cirúrgica no paciente.
• Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.
9. Que tipos de medidas administrativas existem para evitar a
transmissão de doenças por via respiratória?
O primeiro passo é a identificação rápida da patologia, seguida de isolamento
do paciente, quando necessário, e tratamento adequado. Para cada patologia existe
um período de transmissão próprio. Exemplos:
• Pacientes com tuberculose pulmonar e/ou laríngea, adequadamente
tratados, não transmitem o bacilo após aproximadamente duas semanas de
tratamento.
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Outro importante meio de reduzir a disseminação da tuberculose é pela
implantação de sistema de ventilação e controle adequados.
• A antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftérico da orofaringe de 24
a 48 horas após a sua introdução, na maioria dos casos.
• A meningite por Haemophilus influenza sorotipo B (Hib) e por meningococo
(Neisseria meningitidis) deixam de ser transmitidas após 24 a 48 horas de
antibioticoterapia adequada.
10. O que é um procedimento de alto risco de exposição para o
Trabalhador de Saúde?
Para a definição de procedimento de alto risco devem-se considerar
simultaneamente três aspectos: a patogenicidade do agente biológico, a quantidade
do mesmo disperso no ambiente e as condições de dispersão deste agente no local.
• Em relação à patogenicidade, deve-se levar em consideração a classificação
de risco dos agentes biológicos (Anexo 1) 6. No caso de agentes em que a
patogenicidade não é conhecida, considera-se o agente biológico como de risco 3.
• Quanto à quantidade de aerossóis de agentes biológicos gerados no
procedimento envolvido, deve-se classificar como procedimentos de alto risco
aqueles que geram elevada quantidade de aerossol do patógeno, tais como a
broncoscopia, a entubação, a aspiração nasofaríngea, os cuidados em
traqueostomia, a fisioterapia respiratória e a necropsia envolvendo tecido pulmonar.
• Em relação às condições de dispersão do agente biológico, é necessário
considerar um ambiente com dimensões reduzidas e mal ventilado como de maior
risco do que um de grandes dimensões e bem ventilado.
11. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Saúde
ficou exposto sem proteção à pessoa infectada por agentes transmissíveis por
gotículas?
Esta situação deve ser tratada como de uma transmissão direta, que é a
transferência direta e imediata de agentes infecciosos a uma porta de entrada
receptiva no hospedeiro (trabalhador de saúde), que pode ser a mucosa oral e/ou
nasal.
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As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de saúde frente a uma
exposição ocupacional sem proteção são:
- Identificar a doença de transmissão respiratória por gotícula que o paciente
é portador e, a partir de então, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para
meningite, coqueluche, difteria, rubéola as medidas estão descritas no Guia de
Vigilância Epidemiológica, disponível na página do Ministério da Saúde na internet –
www.saude.gov.br/svs);
- Avaliar o grau de risco de exposição considerando-se a patogenicidade e a
quantidade do agente disperso no ambiente;
- Verificar se o paciente já iniciou tratamento e há quanto tempo ou se é
virgem de tratamento.
12. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Saúde
ficou exposto sem proteção à pessoa infectada por agentes transmissíveis por
aerossóis?
A transmissão aérea ocorre quando há a disseminação por aerossóis até a
porta de entrada de um hospedeiro suscetível, onde são inalados. Essas partículas
são pequenas (menores que 5 μm) e permanecem em suspensão no ar por longos
períodos de tempo.
As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de saúde frente a uma
exposição ocupacional sem proteção:
- Identificar a doença de transmissão respiratória por aerossol que o paciente
é portador e, a partir de então, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para
sarampo e tuberculose as medidas estão descritas no Guia de Vigilância
Epidemiológica, disponível na página do Ministério da Saúde na internet –
www.saude.gov.br/svs);
- Verificar se o paciente já iniciou tratamento e há quanto tempo ou se é
virgem de tratamento;
- Avaliar o grau de risco de exposição considerando-se a patogenicidade e a
quantidade do agente disperso no ambiente.
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13. Como o Trabalhador de Saúde pode se proteger contra a inalação de
agentes químicos (poeiras, névoas, fumos, gases e vapores) existentes nos
locais de trabalho?
A proteção contra a inalação desses agentes é obtida por meio da seleção e
uso dos equipamentos de proteção respiratória adequados, seguindo-se as
orientações contidas na publicação Programa de Proteção Respiratória da
FUNDACENTRO.
2. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
14. O que é um Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)?
É um Equipamento de Proteção Individual (EPI), que visa a proteção do
usuário contra a inalação de agentes nocivos à saúde. 7
15. O que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI)?
É todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a
prevenir riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. Para ser
comercializado, todo EPI deve ter Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme estabelecido na Norma
Regulamentadora no 06 do MTE.
16. O que é Certificado de Aprovação (CA)?
É um documento emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que certifica
que o EPI satisfaz os requisitos mínimos de qualidade estabelecidos em Norma
Técnica (por exemplo: NBR/ABNT). A certificação é feita mediante relatório de
ensaios emitido por um laboratório credenciado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, dentre os quais, a FUNDACENTRO. O CA deve ser solicitado pelo
estabelecimento para aquisição de todos os EPI, dentre eles os EPR.
17. O que é uma peça semifacial filtrante (PFF)?
É um equipamento de proteção individual (EPI) que
cobre a boca e o nariz, proporciona uma vedação
adequada sobre a face do usuário, possui filtro eficiente
para retenção dos contaminantes atmosféricos presentes
no ambiente de trabalho na forma de aerossóis.
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Em ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis contendo agentes
biológicos, a PFF deve ter uma aprovação mínima como PFF2.
A PFF também retém gotículas. 9; Algumas PFF são resistentes ainda à
projeção de fluídos corpóreos.
18. Qual PFF é equivalente à N95?
A máscara conhecida como N95 refere-se a uma classificação de filtro para
aerossóis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR do tipo peça
semifacial com filtro P2, pois ambos apresentam o mesmo nível de proteção. A PFF2
é usada também para proteção contra outros materiais particulados, como poeiras,
névoas e fumos, encontrados nos ambientes de trabalho das áreas agrícola e
industrial. 10
19. Por que a PFF2 é recomendada tanto para proteção contra aerossóis
contendo agentes biológicos quanto para proteção contra outros materiais
particulados?
Porque a captura, pelo filtro da PFF2, tanto de partículas não biológicas
(poeiras, névoas e fumos) como de microorganismos (esféricos, cilíndricos,
filamentosos) na forma de aerossóis depende dos parâmetros físicos da partícula
(tamanho e forma), não sendo importante se a mesma é “viva” ou não.
20. O que é uma máscara cirúrgica e qual sua indicação de uso?
A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a
boca.
É indicada para:
• proteger o Trabalhador de Saúde de infecções por inalação de gotículas
transmitidas à curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos
que possam atingir suas vias respiratórias;
• minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas
pelo próprio Trabalhador de Saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
Deve ser utilizada sempre que o Trabalhador de Saúde entrar em quarto de paciente
com patologias de transmissão respiratória por gotículas.
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É importante destacar que a máscara cirúrgica:
• NÃO protege adequadamente o usuário de patologias transmitidas por
aerossóis, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no
rosto é precária neste tipo de máscara;
• NÃO é um EPR.
21. Por que a PFF2 possui Certificado de Aprovação e a máscara
cirúrgica não?
A PFF2, por ser um EPI, recebe um Certificado de Aprovação (CA) emitido
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, após ser submetida a ensaios específicos de
desempenho, conforme Normas de Equipamentos de Proteção Respiratória da
ABNT. A máscara cirúrgica não é um EPI e, portanto, não possui Certificado de
Aprovação.
22. Por que usar um EPR contra aerossóis?
A correta utilização de um EPR reduz a possibilidade de o Trabalhador de
Saúde se contaminar com agentes biológicos dispersos no ambiente na forma de
aerossóis potencialmente causadores de doenças.
23. Quais as exigências para aquisição de um EPR contra agentes
biológicos para uso do Trabalhador de Saúde?
O EPR deve possuir Registro na ANVISA/MS (RDC 185, 2001) 13. Por ser um
EPI, o EPR deve possuir também o Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego 8.
24. Como reconhecer um EPR certificado pelo MTE?
O EPR com Certificado de Aprovação (CA) deve apresentar gravado no seu
próprio corpo o número do CA, o lote e/ou data de fabricação e o nome do fabricante
ou importador. Também deve estar acompanhado de Instruções e Limitações de
Uso.
25. Existem outros tipos de EPR?
Sim. Existem vários tipos e classes de EPR aprovados pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Quanto ao modo de funcionamento existem dois tipos:
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• Purificadores de Ar: EPR no qual o ar ambiente contaminado, antes de ser
inalado, passa através de filtro que retém o aerossol presente;
• Adução de Ar: EPR que fornece ao usuário, por meio de uma mangueira, ar
de qualidade respirável proveniente de uma atmosfera independente do ambiente
como, por exemplo, de cilindros de ar comprimido ou de compressor.
Os diversos tipos de EPR que podem ser utilizados pelo Trabalhador de
Saúde estão descritos e ilustrados no item 4 desta cartilha.
26. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para se proteger,
simultaneamente, contra a inalação de agentes biológicos transmitidos por
aerossóis e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que atinjam o
rosto do usuário?
Neste caso, deve-se utilizar proteção para ambos os tipos de risco: EPR
adequado ao agente biológico e anteparo do tipo protetor facial ou EPR resistente à
projeção de fluidos corpóreos e óculos de segurança.
27. Em que situações a PFF2 deve ser utilizada para a realização de
procedimentos em centros cirúrgicos?
A PFF2 deve ser utilizada quando houver risco de exposição do Trabalhador
de Saúde a patógenos transmitidos por aerossol durante o procedimento.
28. Que PFF2 deve ser usada para a realização de procedimentos em
centros cirúrgicos?
É indicada a PFF2 sem válvula de exalação. A PFF2
com válvula de exalação facilita a saída do ar exalado,
permitindo, também, a saída de perdigotos e, portanto, não
deve ser usada quando há a necessidade de se trabalhar
em campo estéril. O uso de uma
máscara cirúrgica sobreposta à
PFF2 com válvula de exalação reduz a saída de
perdigotos. A máscara cirúrgica, entretanto, não deve
comprimir a PFF2 de modo a prejudicar a selagem da
mesma no rosto.
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29. Que EPR deve ser utilizado em procedimentos com alto risco de
exposição para o Trabalhador de Saúde, tais como broncoscopia e necropsia
envolvendo tecido pulmonar?
Deve-se utilizar um EPR com nível de proteção respiratória maior do que o
atribuído às PFF. Alguns exemplos destes são os EPR de pressão negativa com
peça facial inteira, os motorizados, ou os de linha de ar comprimido de pressão
positiva com peça semifacial ou facial inteira.
30. Que PFF deve ser utilizada pelo Trabalhador de Saúde durante a
assistência e o transporte de pacientes com doenças transmissíveis por
aerossol?
Recomenda-se que o Trabalhador de Saúde utilize a PFF2 durante a
assistência e o transporte dos pacientes com doenças transmissíveis por aerossol.
Já os pacientes em condição de transporte devem utilizar máscaras cirúrgicas.
31 . O que o Trabalhador de Saúde deve fazer se o seu EPR sair do lugar
enquanto cuida de um paciente agitado, portador de doença transmissível por
aerossol?
O Trabalhador de Saúde deve se afastar com calma, e recolocar o EPR o
mais rápido possível. Deve comunicar o fato ao pessoal da CCIH que decidirá sobre
as medidas a serem tomadas de acordo com cada caso.
32. Qual a seqüência recomendada para a retirada do EPR, outros EPI e
demais paramentações?
A sequência da retirada da luva, gorro, propé, capa, proteção facial e do EPR
deve ser definida pela CCIH e/ou SESMT e dependerá do tipo de patógeno. Uma
sugestão de seqüência para colocação e retirada dos EPI e demais paramentações
está disponível no site http://www.cdc.gov/ncidod/sars/pdf/ppeposter1322.pdf
33. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para colocar uma PFF
no rosto?
As etapas para a colocação da PFF no rosto estão indicadas na Figura a
seguir:
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*Etapas para colocação da PFF no rosto: a) Segurar o respirador com a pinça nasal próxima à ponta dos dedos deixando as alças pendentes; b) Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça; d) Ajustar a pinça nasal no nariz; e) Verificar a vedação pelo teste de pressão positiva
34. Existe a possibilidade de migração dos patógenos retidos na camada
filtrante para a parte interna da PFF2?
Agentes biológicos não podem se mover através de filtros ou válvulas por eles
mesmos, ou seja, não têm mobilidade própria. Quando partículas são coletadas em
um meio filtrante, estas ficam fortemente presas ao filtro. O simples ato de respirar
através da camada filtrante não parece ser capaz de ocasionar o deslocamento das
partículas capturadas neste filtro. Assim, os agentes biológicos permanecerão
presos no material do filtro onde foram capturados.
No entanto, o manuseio de PFF2 contaminada ou usada pode transportar
patógenos para seu lado interno. Daí, a necessidade de lavar as mãos ao manusear
a PFF2 e ao sair da área contaminada. Se houver o risco de transmissão por
contato, é mais apropriado o descarte da PFF2 imediatamente após o uso. 16; 17
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35. Como o Trabalhador de Saúde deve proceder para retirar do rosto a
PFF contaminada por patógenos?
No caso de patógenos que não requerem precauções de contato, ou seja,
cuja principal via de transmissão é a respiratória, como, por exemplo, o Bacilo de
Koch, a retirada da PFF contaminada do rosto do usuário deve seguir as etapas
indicadas, a seguir:
*Etapas para retirada da PFF do rosto para patógenos que não requerem precauções de contato: a) Segurar a PFF comprimida contra a face, com uma das mãos, para mantê-la na posição original. Retirar o tirante posicionado na nuca (tirante inferior) passando-o sobre a cabeça; b) Mantendo a PFF em sua posição, retirar o outro tirante (tirante superior), passando-o sobre a cabeça; c) Remover a PFF da face sem tocar a sua superfície interna com os dedos e guardá-la ou descarta-la. Nota: A guarda ou descarte devem obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT.
Quando se consideram, entretanto, patologias cuja via de transmissão por
contato também é importante, como por exemplo, a SARS, varicela e Herpes
Zoster, a PFF contaminada deve ser retirada do rosto do usuário de acordo com o
procedimento indicado.
36. Por quanto tempo os patógenos sobrevivem na camada filtrante de
uma PFF?
Os patógenos retidos nas fibras do material filtrante podem não se multiplicar,
mas sobrevivem por diversos dias. Bactérias que formam esporos têm maior
viabilidade de sobrevivência nas fibras do material, do que as formas vegetativas. O
tempo de sobrevivência dos patógenos na PFF depende do microrganismo retido,
do material filtrante (fibras sintéticas, celulose) e das condições de guarda da PFF.
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37. Por quanto tempo pode-se usar uma PFF2 antes de descartá-la?
A PFF2 pode ser reutilizada pelo mesmo usuário enquanto permanecer em
boas condições de uso (com vedação aceitável e tirantes elásticos íntegros) e não
estiver suja ou contaminada por fluidos corpóreos. O manuseio inadequado,
entretanto, pode transportar patógenos da superfície externa do filtro para a parte
interna, reduzindo a vida útil da PFF. Para patologias transmitidas também por
contato, não é recomendado o reuso da PFF. Para definir a frequência de troca da
PFF2 deve-se considerar o tipo de patógeno, o tempo de exposição e as
características do ambiente (tamanho da área física, tipo de ventilação, etc.). A
CCIH, SESMT ou setor responsável deve preparar procedimentos operacionais
sobre guarda, reuso, e descarte.
38. Quais os cuidados que devem ser dispensados ao EPR?
As PFF devem ser inspecionadas e guardadas pelo usuário, mas quando
estiverem em mau estado de conservação ou sujas ou contaminadas por fluidos
corpóreos devem ser descartadas. Os EPR reutilizáveis devem ser inspecionados
visualmente e guardados pelo próprio usuário. Estes EPR devem sofrer inspeção,
limpeza, higienização e manutenção de acordo com as instruções do fabricante. Os
filtros substituíveis, quando reutilizados, devem se recolocados na posição original,
tomando-se o cuidado de não inverter as faces interna e externa. A execução
desses procedimentos pode ser atribuída ao próprio usuário ou centralizada em uma
só pessoa dentro da instituição ou setor.
39. Os EPR devem ser inspecionados e limpos?
A PFF deve ser inspecionada antes de cada uso, devendo ser descartada se
estiver amassada, danificada ou visivelmente suja (como acontece ao se realizarem
procedimentos geradores de gotículas, nos quais pode haver projeção de fluidos
corpóreos), mas não deve ser limpa ou higienizada, pois é descartável. Os demais
tipos de EPR devem ser inspecionados, limpos, higienizados e esterilizados de
acordo com as instruções de uso do fabricante e conforme os procedimentos de
desinfecção definidos pela CCIH. Atualmente, não existem métodos de esterilização
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aceitáveis para PFF ou filtros substituíveis, pois este procedimento pode afetar o seu
desempenho.
40. Como proceder para guardar a PFF?
Recomenda-se colocá-la em embalagem individual não hermética, de forma a
permitir a saída da umidade (por exemplo, embalagem plástica perfurada). Não é
recomendável o uso de embalagem de papel ou de outro material que absorva
umidade ou sirva de substrato para a proliferação do patógeno.
41. Como proceder para descartar o EPR?
O descarte da PFF e dos filtros substituíveis deve obedecer aos
procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT, os quais são baseados nas
orientações descritas no plano de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde.
42. O EPR pode ser usado por mais de uma pessoa?
A PFF e os EPR com peças semifacias com filtro somente devem ser usados
por uma mesma pessoa. Os EPR motorizados ou de adução de ar podem ser
utilizados por mais de uma pessoa, mas devem ser limpos e higienizados antes de
sua utilização pelo outro. As orientações sobre a limpeza e higienização devem ser
definidas pela CCIH e/ou SESMT. O Anexo 5 apresenta o procedimento de limpeza
e higienização preconizado pelo PPR da FUNDACENTRO.
43. Um EPR pode ser reutilizado?
As PFF podem ser reutilizadas pela mesma pessoa enquanto estiverem em
bom estado, isto é, com vedação aceitável, tirantes elásticos íntegros e não
estiverem sujas ou contaminadas por fluidos corpóreos. O EPR com filtros
substituíveis e os demais tipos podem ser reutilizados, mas devem ser limpos e
higienizados de acordo com as instruções do fabricante e da
CCIH e/ou SESMT.
44. Quando se pode utilizar uma máscara cirúrgica sobre uma PFF?
Nos casos em que se deseja prolongar a vida útil da PFF, reduzir a sujidade
da mesma ou evitar a eliminação de gotículas pela PFF com válvula, durante seu
uso em um campo estéril.
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45. Pode-se colocar uma máscara cirúrgica embaixo deuma PFF, para
que esta possa ser utilizada novamente por um outro Trabalhador de Saúde?
Não, pois nesta situação a PFF não veda adequadamente o rosto do usuário.
O que fazer se o EPR estiver desconfortável? Todo EPI causa algum nível de
desconforto. No entanto, após um período inicial de adaptação, este não deve
provocar desconforto excessivo. Se o desconforto for intolerável, deverão ser
consultados para a disponibilização de alternativas, a CCIH e/ou o SESMT e/ou o
setor responsável.
47. Como ter certeza de que uma PFF oferece vedação eficiente no
rosto?
Alguns fabricantes disponibilizam tamanhos e formatos variados de PFF.
Além disso, existe diferença de tamanhos entre fabricantes. Por isso, é importante
que o estabelecimento forneça a PFF de tamanho e formato mais adequado para o
rosto de cada usuário, selecionando-a através da realização do Ensaio de Vedação
Facial (Anexo 4). Para rostos muito pequenos, é difícil encontrar uma PFF que vede
bem. Uma alternativa para minimizar este problema pode ser o uso de EPR
motorizados (ver fotos no item 4). A CCIH e/ou o SESMT e/ou o setor responsável
deve auxiliar o Trabalhador de Saúde a encontrar a PFF mais adequada.
48. O que é um Ensaio de Vedação Facial?
O Ensaio de Vedação é um teste usado para selecionar o tamanho e o
formato do EPR adequados ao rosto de cada usuário. Emprega-se um agente
químico (por exemplo, sacarina – de gosto doce – ou bitrex, de sabor amargo) que é
disperso no ambiente, para verificar se o usuário percebe a sua presença no interior
do EPR. Este ensaio deve ser repetido anualmente, e refeito cada vez que houver
mudança de modelo e/ou tamanho do EPR. O procedimento simplificado para
realização deste ensaio consta no Anexo 4 desta cartilha, representado na figura, a
seguir:
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*Ensaio de Vedação Facial com sacarina ou Bitrex
49. No dia-a-dia, como o Trabalhador de Saúde deve proceder para ter
certeza de que o EPR está bem ajustado ao seu rosto?
Toda vez que colocar ou ajustar o EPR no rosto, o Trabalhador de Saúde
deve seguir as instruções de colocação fornecidas pelo SESMT ou pelo fabricante e
realizar uma Verificação de Vedação antes de entrar na área contaminada. Todos os
usuários devem ser devidamente treinados para realizar este procedimento.
50. O que é a Verificação de Vedação?
A Verificação de Vedação é um teste rápido feito pelo próprio usuário com a
finalidade de se verificar se o EPR foi colocado na posição correta no rosto. Essa
verificação pode ser feita pelo teste de pressão positiva, conforme mostra a Figura,
ou consultando as instruções de uso fornecidas pelo fabricante e que acompanham
o produto.
Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva: cobrir a PFF com as mãos em concha sem forçar a máscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais. Se houver vazamentos o respirador está mal colocado ou o tamanho é inadequado. A vedação é considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da PFF e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto.
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51. O EPR proporciona proteção para quem usa barba e/ou bigode?
Não. A presença de pêlos faciais na zona de contato da peça facial com o
rosto (barba, bigode, costeletas, ou mesmo barba de alguns dias por fazer) permite a
penetração de patógenos na zona de selagem do rosto, reduzindo drasticamente
sua capacidade de proteção. O EPR purificador de ar motorizado com cobertura das
vias respiratórias sem vedação facial (sem capuz ou touca) oferece, neste caso,
melhor proteção do que as peças semifaciais ou facial inteira. O Programa de
Proteção Respiratória (PPR) dos Serviços de Saúde deve proibir a utilização de EPR
por usuário de barba e bigode.
3. PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (PPR)
52. O que é um Programa de Proteção Respiratória (PPR)?
É um conjunto de medidas práticas e administrativas que devem ser adotadas
por todos os Serviços de Saúde onde for necessário o uso de EPR (Anexo 2). É
obrigatório desde 15 de agosto de 1994 por meio da Instrução Normativa nº 1, de
11/04/94, do Ministério do Trabalho e Emprego.
53. Por que é importante a adoção de um PPR nos Serviços de Saúde?
Porque o PPR define, dentre outras rotinas, o EPR adequado, limitações da
proteção, o modo correto de uso, manutenção e guarda do equipamento,
monitoramento do uso do EPR; treinamento dos usuários em proteção respiratória e
monitoramento do risco de inalação de contaminantes no ar.
54. Quem é encarregado do PPR?
É uma pessoa indicada pelo empregador ou responsável pela administração
do Serviço de Saúde, devidamente capacitada, com conhecimentos de proteção
respiratória e que tenha habilidades para desenvolver todos os aspectos do
programa. Essa pessoa deve, entre outras atribuições, preparar os Procedimentos
Escritos sobre:
a) EPR indicado para os diferentes procedimentos e atividades
desenvolvidas pelo Trabalhador de Saúde; b) treinamento de usuários; c)
ensaios de vedação; d) distribuição do EPR; e) limpeza, inspeção,
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higienização, manutenção e guarda do EPR; f) definir itens na avaliação
médica relativos ao uso de EPR (avaliação das condições fisiológicas e
psicológicas dos candidatos a usuários) e g) auditoria.
55. É preciso se submeter a uma avaliação médica antes de usar um
EPR?
Antes de ser definida uma atividade ou procedimento que exija o uso do EPR,
o empregador, além do exame periódico, deve verificar se o candidato tem
condições de utilizar o EPR. Tal procedimento requer atenção a restrições como
claustrofobia, rinite, deformidades faciais, asma, doenças cardiovasculares, dentre
outras. Para esta avaliação, o médico deve consultar o Anexo 6 da publicação
Programa de Proteção Respiratória – Recomendações, Seleção e Uso de
Respiradores da FUNDACENTRO (disponível no site da FUNDACENTRO, em
publicações: www.fundacentro.gov.br).
56. É necessário receber treinamento sobre como usar o EPR?
Sim. Todos os usuários devem ser orientados sobre a necessidade do uso do
EPR e dos riscos potenciais associados ao não cumprimento das recomendações. O
treinamento deve incluir, no mínimo:
•Natureza, extensão e perigos específicos devidos à presença de agentes
biológicos nos locais, atividades e procedimentos desenvolvidos no Serviço de
Saúde;
•Descrição de riscos específicos de infecção por agentes biológicos entre as
pessoas expostas e o respectivo tratamento;
•Descrição dos controles de engenharia, práticas de trabalho e razões do
porquê elas não eliminam o risco e necessitam da proteção respiratória individual;
•Explicação do porquê foi selecionado um determinado tipo de EPR, suas
limitações e características funcionais e como deve ser feita a sua manutenção,
higienização e guarda;
•Instruções de como realizar a inspeção,a colocação no rosto, a verificação da
vedação na face, os ajustes necessários e de como usar corretamente aquele tipo
de EPR;
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57. Quem distribui o EPR ao usuário?
O PPR do Serviço de Saúde deve definir o local e os procedimentos
administrativos para o usuário receber ou substituir o EPR.
58. Quem verifica se o PPR está funcionando?
O Administrador do PPR deve auditar ao menos anualmente o programa em
vigor no seu Serviço de Saúde.
•Instruções de como reconhecer qualquer falha de funcionamento do EPR.
59. Que tipos de registro devem ser mantidos pelo administrador do PPR
para fins legais?
Com a finalidade de evidenciar a existência do PPR, o administrador deve
manter um registro para cada usuário no qual conste a data, o tipo e o conteúdo do
treinamento recebido, a avaliação do resultado obtido (se realizada) e o nome do
instrutor. Também é necessário registrar a entrega do EPR aos usuários, a
substituição do equipamento, assim como, os dados do EPR aprovado para cada
usuário no ensaio de vedação (modelo, tamanho e fabricante).
60. O que fazer se o EPR apresentar problemas ou se houver dúvidas
sobre o PPR?
O Administrador do PPR da instituição deve ser capaz de resolver todos os
problemas ou questões associadas ao uso dos EPR. Se precisar de mais
informações, ele deve consultar a Divisão de Equipamentos de Segurança da
FUNDACENTRO (www.fundacentro.gov.br) ou a Anvisa (www.anvisa.gov.br),
quando se tratar de dúvidas sobre o registro do produto ou a utilização nos serviços
de saúde.
4. TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA EM
SERVIÇOS DE SAÚDE
Neste item, são apresentadas informações técnicas sobre alguns tipos de
EPR que podem ser utilizados nos Serviços de Saúde em situações rotineiras e em
casos especiais. Com isso, procura-se auxiliar o Trabalhador de Saúde a escolher,
entre uma variedade de tipos, formatos e tamanhos, o EPR mais adequado para
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algumas situações de risco e o que se ajusta melhor e mais confortavelmente ao seu
rosto. Quanto ao princípio de funcionamento, os EPR dividem-se em dois grupos:
EPR purificadores de ar e EPR de adução de ar. Os modelos mais simples de EPR,
que são os mais frequentemente utilizados pelo Trabalhador de Saúde, são os do
tipo purificadores de ar. Os mais sofisticados, são os do tipo de adução de ar,
indicados para procedimentos em que se necessita de um nível de proteção
respiratória maior do que o oferecido pelos purificadores de ar. No Anexo 6 é
apresentado um quadro resumo com as características dos vários tipos de EPR e de
máscara cirúrgica utilizados pelos Trabalhadores de Saúde.
4.1. EPR PURIFICADORES DE AR
Neste tipo de EPR, o ar ambiente contaminado é obrigado a passar pelo filtro
que retém o aerossol presente. É constituído por uma cobertura das vias
respiratórias e um ou mais filtros para aerossóis. A cobertura das vias respiratórias
pode ser uma peça semifacial, facial inteira, touca e capuz. Alguns modelos
possuem válvula de inalação e/ou exalação, que direcionam o fluxo do ar conforme
a fase do ciclo respiratório. A válvula de exalação deixa sair o ar expirado pelo
usuário para o meio ambiente. Durante a fase de inspiração, a válvula de exalação
fica fechada, obrigando o ar que será inspirado a passar pelo filtro. A válvula de
inalação, fechada durante a fase de expiração, impede que o ar saturado de
umidade proveniente do ar expirado, atinja o material filtrante. Existem modelos “não
motorizados” (Figuras 9, 10, 11 e 12) e “motorizados”. Nos “não motorizados”, o ar
ambiente atravessa o material filtrante durante a inalação pela ação pulmonar do
usuário, ao passo que, nos “motorizados”, o motor, acionado por bateria elétrica,
movimenta uma ventoinha que obriga o ar a atravessar continuamente o filtro que
retém o aerossol. Os EPR com filtros substituíveis são reutilizáveis. No entanto,
antes de cada uso, a parte externa do filtro deve ser inspecionada. Se o filtro estiver
danificado ou sujo, deve ser trocado. Os EPR com peça semifacial e filtros
substituíveis não motorizados proporcionam o mesmo nível de proteção do que as
PFF, mas exigem cuidados de manutenção e higienização. As PFF, além de
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apresentarem custo inicial muito baixo, dispensam esses cuidados. Como a peça
facial inteira veda melhor o rosto do que a peça semifacial, os EPR com peça facial
inteira apresentam um nível de proteção respiratória maior do que aqueles com peça
semifacial. Além disso, os EPR com peça facial inteira proporcionam proteção aos
olhos.
4.1.1. EPR Purificadores de Ar Não Motorizados
Nas peças semifaciais filtrantes (PFF) o próprio filtro constitui a cobertura das
vias respiratórias. Podem ser das classes
PFF1, PFF2 e PFF3, conforme a
porcentagem de aerossol de teste que
atravessa o filtro.
A proteção proporcionada por uma PFF3 é
maior do que a de uma PFF2. Esta oferece mais
proteção do que a PFF1.
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Os modelos com válvula de exalação são mais confortáveis do que aqueles
sem válvula, pois a maior parte do ar expirado, quente e úmido, sai pela válvula, não
aquecendo e umedecendo a camada filtrante. As PFF PFF2 óculos de segurança
PFF2 óculos de segurança sem válvula de exalação retêm os contaminantes
presentes no ar ambiente e, também, no ar exalado pelo usuário.
Todos os EPR com filtros substituíveis e alguns modelos de PFF possuem
válvula de exalação. Como esta válvula permite a saída do ar expirado pelo usuário
para o meio ambiente, estes EPR não devem ser usados quando o Trabalhador de
Saúde estiver trabalhando em campo estéril, como num centro cirúrgico. Para
proteção contra agentes biológicos na forma de aerossóis, geralmente são utilizadas
as PFF2 ou EPR com filtros P2 e, em casos especiais, as PFF3 ou EPR com filtros
P3. As PFF1 não são recomendadas para uso contra agentes biológicos. Existem
PFF2 e PFF3 resistentes à projeção de fluidos corpóreos.
A máscara conhecida como N95 refere-se a uma
classificação de filtro para aerossóis adotada nos EUA e
equivale, no Brasil, à PFF2 ou ao EPR do tipo peça
semifacial com filtro P2.
4.1.2. EPR Purificadores de Ar Motorizados
Estes EPR utilizam uma
ventoinha movida por motor
elétrico, o qual obriga o ar a
atravessar um filtro de alta
eficiência. Fornecem ar purificado,
de modo contínuo, para a peça
facial, touca, capuz, em
quantidade superior à da demanda
do usuário. Desta forma, em
qualquer fase do ciclo respiratório,
gera-se uma pressão positiva dentro da peça facial, ou seja, uma pressão maior do
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que a pressão ambiente, fazendo com que todo
o vazamento de ar que ocorra, seja para fora.
Não são verdadeiramente EPR de pressão
positiva, pois quando o filtro está muito entupido
ou a bateria com pouca carga, a pressão dentro
da peça facial pode ficar menor do que a
pressão do ambiente, favorecendo a penetração
de contaminantes para dentro da cobertura das vias respiratórias. Estes EPR devem
ser usados quando os do tipo semifacial filtrante (PFF) ou com filtro substituível não
motorizado não proporcionam proteção adequada, por se tratar de uma situação de
alto risco para o usuário. A CCIH deve identificar as situações e os procedimentos
que possam exigir o uso de um EPR com nível de proteção respiratória maior. Os
EPR motorizados que utilizam peça semifacial permitem o uso simultâneo de
anteparo tipo protetor facial para proteção adicional contra a projeção de fluidos
corpóreos. Os EPR motorizados permitem que gotas e partículas menores, geradas
pelo Trabalhador de Saúde que os utiliza, escapem para o ambiente, aumentando o
potencial de contaminação do campo cirúrgico.
4.2. EPR DE ADUÇÃO DE AR COM PRESSÃO POSITIVA
Os EPR deste tipo funcionam com ar de
qualidade respirável proveniente de uma fonte
estacionária (compressor ou bateria de cilindros
com ar comprimido) que chega, através de uma
mangueira, até a peça semifacial ou facial
inteira (Figura 19), de acordo com a demanda
respiratória do usuário. Possuem uma válvula
de exalação com uma mola que garante que a pressão dentro da peça facial seja
sempre maior do que a pressão ambiente em qualquer fase do ciclo respiratório.
Desta forma, qualquer vazamento de ar que ocorra na cobertura das vias respiratória
será direcionado para fora.
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Estes EPR devem ser utilizados quando os do tipo PFF ou peca facial com
filtro substituível não motorizado não proporcionam um grau de proteção adequada.
A CCIH deve fazer uma avaliação dos riscos para identificar situações e
procedimentos, que possam exigir o uso de EPR com nível de proteção respiratória
maior. Quando empregados com peça semifacial, permitem o uso simultâneo de
anteparo tipo protetor facial para proteção adicional contra a projeção de fluidos
corpóreos. Este tipo de EPR permite que gotas e partículas menores, geradas pelo
Trabalhador de Saúde que os utiliza, escapem para o ambiente e aumentem o
potencial de contaminação do campo cirúrgico.
Vamos agora estudar a NR-6, na íntegra, e as principais
portarias correlatas, em anexo:
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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
PORTARIA N.º 127, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2009
(D.O.U. de 04/12/09 – Seção 1 – Págs. 120 e 123)
Aprova o Regulamento Técnico para luvas de proteção contra agentes biológicos, não
sujeitas ao regime da vigilância sanitária.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO
PORTARIA N.º 121, DE 30 DE SETEMBRO DE 2009
(D.O.U. de 02/10/09 – Seção 1 – Págs. 80 a 82)
Estabelece as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos
Equipamentos de Proteção Individual – EPI enquadrados no Anexo I da NR-6.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL-INMETRO
Portaria n.º 118, de 05 de maio de 2009
O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E
QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do
artigo 4º da Lei n.º 5.966, de 11 de dezembro de 1973, no inciso I do artigo 3º da Lei n.º
9.933, de 20 de dezembro de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da
Autarquia, aprovada pelo Decreto n° 5.842, de 13 de julho de 2006;
Considerando a alínea f do subitem 4.2 do Termo de Referência do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade, aprovado pela Resolução Conmetro n.º 04, de 02 de dezembro
de 2002, que atribui ao Inmetro a competência para estabelecer as diretrizes e critérios para a
atividade de avaliação da conformidade;
Considerando a necessidade de avaliação da conformidade dos equipamentos de proteção
individual (EPI) no âmbito do SINMETRO, conforme estabelecido no item 6.8.1, alínea j, da
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71
Norma Regulamentadora 6, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aprovada pela
Portaria nº25, de 15 de outubro de 2001, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do MTE;
Considerando o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Inmetro e o Ministério do
Trabalho e Emprego, publicado no Diário Oficial do dia 21 de setembro de 2007, que tem
como objetivo a integração institucional de conhecimento nas áreas do Trabalho, da avaliação
da Conformidade e da Metrologia Legal e Científica;
Considerando a necessidade de criação de instrumentos legais que permitam a fiscalização de
EPIs disponíveis no comércio;
Considerando a importância de os capacetes de segurança para uso na indústria,
comercializados no país, apresentarem requisitos mínimos de segurança;
Considerando a necessidade de atualização do Programa de Avaliação da Conformidade para
o capacete de segurança para uso na indústria, resolve baixar as seguintes disposições:
Art. 1º Aprovar a revisão do Regulamento de Avaliação da Conformidade para Capacete de
Segurança para Uso na Indústria, disponibilizado no sitio www.inmetro.gov.br ou no endereço
abaixo:
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro Divisão de
Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac Rua Santa Alexandrina n.º 416 - 8º andar
– Rio Comprido 20261-232 Rio de Janeiro/RJ
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Publicação D.O.U.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78
Alterações/Atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 05, de 07 de maio de 1982 17/05/82
Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983 14/03/83
Portaria DSST n.º 05, de 28 de outubro de 1991 30/10/91
Portaria DSST n.º 03, de 20 de fevereiro de 1992 21/02/92
Portaria DSST n.º 02, de 20 de maio de 1992 21/05/92
Portaria DNSST n.º 06, de 19 de agosto de 1992 20/08/92
Portaria SSST n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 30/12/94
Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001 17/10/01
Portaria SIT n.º 48, de 25 de março de 2003 28/03/04
Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004 10/12/04
Portaria SIT n.º 162, de 12 de maio de 2006 06/12/06
Portaria SIT n.º 191, de 04 de dezembro de 2006 06/12/06
Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006 22/12/06
Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009 27/08/09
Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009 13/11/09
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(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
6.1. Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento
de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
6.1.1. Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção Individual, todo aquele
composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos
que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho.
6.2. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá
ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego.
6.3. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco,
em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
para atender a situações de emergência.
6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no
item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o
disposto no ANEXO I desta NR.
6.4.1. As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta
NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora
elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as
conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas
desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
existente em determinada atividade.
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6.5.1. Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante orientação
de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do
trabalhador.
6.6. Cabe ao empregador
6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI :
adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
exigir seu uso;
fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico. (Inserida pela Portaria SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009)
6.7. Cabe ao empregado
6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
responsabilizar-se pela guarda e conservação;
comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
6.8. Cabe ao fabricante e ao importador
6.8.1. O fabricante nacional ou o importador deverá:
cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
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solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II;
solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando vencido o prazo de validade
estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;
requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver alteração das especificações
do equipamentoaprovado;
responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de
Aprovação - CA;
comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos;
comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização,
manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o
caso.
6.9. Certificado de Aprovação – CA
6.9.1. Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá validade:
de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua
conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO;
do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o
caso;
de 2 (dois) anos, para os EPI desenvolvidos até a data da publicação desta Norma, quando não
existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou
laboratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses casos os EPI terão sua
aprovação pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho,
mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especificação
técnica de fabricação, podendo ser renovado até 2007, quando se expirarão os prazos
concedidos; e, (Alterada pela Portaria SIT n.º 194, de 22 de dezembro de 2006)
de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI desenvolvidos após a data da
publicação desta NR, quando não existirem normas técnicas nacionais ou internacionais,
oficialmente reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos ensaios, caso em que
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os EPI serão aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho, mediante apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da
especificação técnica de fabricação.
6.9.2. O órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, quando
necessário e mediante justificativa, poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no
subitem 6.9.1.
6.9.3. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial
da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado,
o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
6.9.3.1. Na impossibilidade de cumprir o determinado no item 6.9.3, o órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho poderá autorizar forma alternativa
de gravação, a ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar do CA.
6.10. Restauração, lavagem e higienização de EPI
6.10.1. Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização, serão definidos pela
comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1, desta NR, devendo manter
as características de proteção original.
6.11. Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego / MTE
6.11.1. Cabe ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho:
cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI;
estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI;
emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador;
fiscalizar a qualidade do EPI;
suspender o cadastramento da empresa fabricante ou importadora; e,
cancelar o CA.
6.11.1.1. Sempre que julgar necessário o órgão nacional competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho, poderá requisitar amostras de EPI, identificadas com o nome do
fabricante e o número de referência, além de outros requisitos.
6.11.2. Cabe ao órgão regional do MTE:
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fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;
recolher amostras de EPI; e,
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta
NR.
6.12 e Subitens
(Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de novembro de 2009)
ANEXO I
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA
A.1 - Capacete
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de fontes
geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
A.2 - Capuz
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de produtos
químicos.
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE
B.1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultra-violeta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos.
B.2 - Protetor facial
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infra-vermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.
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B.3 - Máscara de Solda
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas
volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação ultra-violeta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação infra-
vermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade intensa.
C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
C.1 - Protetor auditivo
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.
D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1 - Respirador purificador de ar
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e
fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas,
fumos e radionuclídeos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores orgânicos
ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases emanados de
produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e gases
emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos.
D.2 - Respirador de adução de ar
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias respiratórias
em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes
confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias respiratórias em
atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes
confinados;
D.3 - Respirador de fuga
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a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em
condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com
concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E.1 - Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem
térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações
com uso de água.
E.2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de
fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. (Incluído pela Portaria SIT
n.º 191, de 04 de dezembro de 2006)
F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
F.1 - Luva
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
F.2 - Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST n.º 26, de 29/12/1994.
F.3 - Manga
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e
escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e
perfurantes.
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos.
F.4 - Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.
F.5 - Dedeira
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a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
G.1 - Calçado
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos.
G.2 - Meia
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
G.3 - Perneira
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de operações
com uso de água.
G.4 - Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com
uso de água.
H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
H.1 - Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
agentes térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra
umidade proveniente de operações com uso de água.
H.2 - Conjunto
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a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para proteção do
tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.
H.3 - Vestimenta de corpo inteiro
a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos
químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de
operações com água;
c) vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o corpo contra choques elétricos.
(Incluída pela Portaria SIT n.º 108, de 30 de dezembro de 2004)
I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL
I.1 - Dispositivo trava-queda
a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações
com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em
altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento
em trabalhos em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o disposto
no subitem 6.4.1.
ANEXO II
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81
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou importadoras, será feito mediante a
apresentação de formulário único, conforme o modelo disposto no ANEXO III, desta NR,
devidamente preenchido e acompanhado de requerimento dirigido ao órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, deverá requerer junto ao órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho a aprovação do EPI.
1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação nacional ou importado deverá ser
formulado, solicitando a emissão ou renovação do CA e instruído com os seguintes
documentos:
a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente enquadramento no ANEXO I desta
NR, suas características técnicas, materiais empregados na sua fabricação, uso a que se
destina e suas restrições;
b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por laboratório credenciado pelo órgão
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho ou do documento que comprove que
o produto teve sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, ou, ainda, no caso de
não haver laboratório credenciado capaz de elaborar o relatório de ensaio, do Termo de
Responsabilidade Técnica, assinado pelo fabricante ou importador, e por um técnico
registrado em Conselho Regional da Categoria;
c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localização do estabelecimento, e,
d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do fabricante estrangeiro
autorizando o importador ou o fabricante nacional a comercializar o produto no Brasil,
quando se tratar de EPI importado.
ANEXO III
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EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
82
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001)
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EPI – Equipamentos de Proteção Individual e
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Equipamento de Proteção Respiratória – Peça semifacial filtrante para partículas -
Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira. Norma
Brasileira 13697 – Equipamentos de Proteção Respiratória – Filtros Mecânicos. Rio
de Janeiro: ABNT,1996.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma Brasileira. Norma
Brasileira 13697 – Equipamentos de Proteção Respiratória – Filtros Mecânicos. Rio
de Janeiro: ABNT,1996.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n.º 185, de 22 de outubro de
2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo desta Resolução, que
trata do registro, alteração, revalidação e cancelamento do registro de produtos
médicos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Diário Oficial da
União; Poder Executivo, de 24 de outubro de 2001.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância
Epidemiológica. Brasília, DF: Centro de Documentação, 2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. FUNDACENTRO. Programa de
Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Brasília:
Ministério do Trabalho e Emprego, 2005. Disponível em:
www.fundacentro.gov.br/CTN/seleciona_livro.asp?Cod=211
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº32 –
Disponível em www.mte.gov.br/Empregador/segsau/Legislacao/Normas/
Download/NR32.pdf
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Técnico em Segurança do Trabalho
EPI – Equipamentos de Proteção Individual e
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva
84
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora nº6 – Brasília:
Ministério do Trabalho e Emprego, 2002. Equipamento de Proteção Individual.
Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2002. Disponível em:
www.mte.gov.br/empregador/SegSau/legislação/
NormasRegulamentadoras/Conteudo/2434.asp
Manual de uso correto de equipamentos de proteção individual /ANDEF Associação
Nacional de Defesa Vegetal. -- Campinas, São Paulo : Linea Creativa, 2003.
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI - Publicação: Portaria
GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978
Proteção Respiratória. Recomendações, Seleção e Uso de Respiradores.
RAPPARINI, C. Riscos biológicos e profissionais de saúde. [acessado em
16.11.2005]. Disponível em http://www.riscobiologico.org/riscos/riscos.
Sampaio, José Carlos de Arruda, PCMAT – Programa de Condições e Meio
Ambiente do Trabalho na Industria da Construção. Editora Pini, 1998. São Paulo:
Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz LopesMúsica de Alberto NepomucenoTerra do sol, do amor, terra da luz!Soa o clarim que tua glória conta!Terra, o teu nome a fama aos céus remontaEm clarão que seduz!Nome que brilha esplêndido luzeiroNos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!Chuvas de prata rolem das estrelas...E despertando, deslumbrada, ao vê-lasRessoa a voz dos ninhos...Há de florar nas rosas e nos cravosRubros o sangue ardente dos escravos.Seja teu verbo a voz do coração,Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!Ruja teu peito em luta contra a morte,Acordando a amplidão.Peito que deu alívio a quem sofriaE foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!Vento feliz conduza a vela ousada!Que importa que no seu barco seja um nadaNa vastidão do oceano,Se à proa vão heróis e marinheirosE vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!Porque esse chão que embebe a água dos riosHá de florar em meses, nos estiosE bosques, pelas águas!Selvas e rios, serras e florestasBrotem no solo em rumorosas festas!Abra-se ao vento o teu pendão natalSobre as revoltas águas dos teus mares!E desfraldado diga aos céus e aos maresA vitória imortal!Que foi de sangue, em guerras leais e francas,E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidasDe um povo heróico o brado retumbante,E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdadeConseguimos conquistar com braço forte,Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce,Se em teu formoso céu, risonho e límpido,A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,Ao som do mar e à luz do céu profundo,Fulguras, ó Brasil, florão da América,Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;"Nossos bosques têm mais vida","Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,Idolatrada,Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símboloO lábaro que ostentas estrelado,E diga o verde-louro dessa flâmula- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,Verás que um filho teu não foge à luta,Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada, Brasil!