sebrae - as pequenas empresas do simples

As Pequenas Empresas do Simples Nacional

2011. Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas Sebrae Todos os direitos reservados A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao aos direitos autorais (Lei n 9.610). Informaes e contatos Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas Sebrae Unidade de Capacitao Empresarial UCE SGAS 605 Conj. A Asa Sul Braslia/DF CEP: 70200-645. Telefone: (61) 3348-7461 Site: www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Roberto Simes Diretor Presidente Luiz Barretto Diretor Tcnico Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administrao e Finanas Jos Cludio dos Santos Unidade de Gesto Estratgica Gerente Pio Cortizo Elaborao e Execuo: Unidade de Gesto Estratgica do Sebrae Nacional Ncleo de Estudos e Pesquisas Mrcio Augusto Scherma (coordenao tcnica) Rafael de Farias Moreira (coordenao tcnica) Marco Aurlio Bed Paulo Jorge de Paiva Fonseca Leonardo Bosco Mattar Alto Heitor Cova Gama Michel Ferreira Gandra

SumrioApresentao ......................................................................................................................5 Introduo ..........................................................................................................................6 Metodologia........................................................................................................................7 Tabela 1 Universo de Micro e Pequenas Empresas (MPE) no Simples Nacional em 2009 .... 7 Sumrio Executivo ...............................................................................................................9 Descrio do Universo ....................................................................................................... 10 Tabela 2 EPP declarantes do Simples Nacional por UF ........................................................ 10 Tabela 3 - EPP declarantes do Simples Nacional por Regio .................................................. 10 Grfico 1 Distribuio de ME e EPP por regies................................................................... 11 Tabela 4 Nmero de EPP por municpios (20 principais) ..................................................... 12 Grfico 2 Faturamento mdio das EPP por UF, em R$......................................................... 13 Tabela 5 Faturamento das EPP por UF ................................................................................. 13 Grfico 3 Participao do Faturamento das EPP no PIB Estadual* ...................................... 14 As EPP e os Setores Econmicos ......................................................................................... 15 Grfico 4 Distribuio de EPP por setores ............................................................................ 15 Grfico 5 Distribuio de ME e EPP por setores .................................................................. 16 Grfico 6 Faturamento mdio das EPP por setores, em R$ ................................................. 16 Tabela 6 Principais atividades das EPP (Brasil) ..................................................................... 17 Tabela 7 Principais atividades das EPP do Comrcio (Brasil) ................................................ 17 Tabela 8 Principais atividades das EPP de Servios (Brasil).................................................. 18 Tabela 9 Principais atividades das EPP da Indstria (Brasil) ................................................ 18 Tabela 10 Principais atividades das EPP da Construo Civil (Brasil) ................................... 19 Distribuio das EPP por faturamento mdio...................................................................... 20 Tabela 11 Atividades* de maior faturamento mdio EPP ................................................ 20 Tabela 12 Atividades* de maior faturamento mdio EPP ................................................ 21 Grfico 7 Distribuio do faturamento declarado bruto das EPP* (Brasil, 2009) ................ 22 Impactos das mudanas na Legislao do Simples Nacional ................................................ 23 Tabela 14 Critrios para classificao das MPE ................................................................... 23 Tabela 15 Universo de EPP e universo mximo com aprovao do PL 77/11 (para o ano de 2009) ....................................................................................................................................... 25 Anexo I: Informaes sobre Atividades Econmicas em Nvel Nacional ............................... 26 Anexo II: Informaes sobre as EPP em Nvel Estadual ........................................................ 40

Acre ......................................................................................................................................... 41 Alagoas .................................................................................................................................... 48 Amap ..................................................................................................................................... 61 Amazonas ................................................................................................................................ 67 Bahia ........................................................................................................................................ 79 Cear ..................................................................................................................................... 115 Distrito Federal ...................................................................................................................... 139 Esprito Santo ........................................................................................................................ 154 Gois ...................................................................................................................................... 176 Maranho .............................................................................................................................. 207 Mato Grosso .......................................................................................................................... 223 Mato Grosso do Sul ............................................................................................................... 241 Minas Gerais.......................................................................................................................... 255 Par ....................................................................................................................................... 301 Paraba................................................................................................................................... 317 Paran ................................................................................................................................... 332 Pernambuco .......................................................................................................................... 369 Piau ....................................................................................................................................... 389 Rio de Janeiro ........................................................................................................................ 403 Rio Grande do Norte ............................................................................................................. 437 Rio Grande do Sul .................................................................................................................. 454 Rondnia ............................................................................................................................... 495 Roraima ................................................................................................................................. 508 Santa Catarina ....................................................................................................................... 514 So Paulo ............................................................................................................................... 549 Sergipe................................................................................................................................... 613 Tocantins ............................................................................................................................... 624

ApresentaoO Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem como misso promover a competitividade e o desenvolvimento sustentvel das micro e pequenas empresas e fomentar o empreendedorismo. Para que essa misso seja cumprida, nosso papel conhecer o universo dos pequenos negcios em suas especificidades. A diversidade de clientes do Sebrae vai do rural ao urbano, das empresas que faturam menos de R$ 36 mil por ano at aquelas com receitas de R$ 2,4 milhes anuais. Uma amplitude gigantesca, na qual se concentram 99% dos empreendimentos e 52% dos empregos brasileiros. O segmento das empresas de pequeno porte requer ateno especial. So as de maior faturamento anual e que em geral geram mais empregos. Por isso mesmo, as pequenas empresas so o segmento que apresenta maior possibilidade de fazer com que a contribuio dos pequenos negcios na economia nacional d um salto, aproximando tambm nesse quesito o Brasil dos pases desenvolvidos. Ao colocar luz sobre o universo das pequenas empresas, o presente estudo d um passo importante nessa direo. Quantas so, onde esto, em quais atividades concentram-se, quanto faturam e outros pontos so abordados, alm do impacto das recentes alteraes na legislao do Simples Nacional, que alterar sobremaneira esse universo. Devido no apenas ao seu porte, mas tambm ao estgio de amadurecimento, as pequenas empresas tm caractersticas e dificuldades bastante distintas das microempresas e dos empreendedores individuais. Portanto, para que o Sebrae seja cada vez mais reconhecido como entidade parceira das empresas de pequeno porte preciso estar preparado para atender suas demandas especficas. E sem conhec-las, isso impossvel.

Boa leitura!

Luiz Barretto Diretor-Presidente do Sebrae Nacional

IntroduoO presente documento foi concebido a partir da necessidade de se conhecer melhor o universo das Empresas de Pequeno Porte (EPP). Segundo a Lei Complementar 123/06, conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, uma Empresa de Pequeno Porte aquela cujo o empresrio, a pessoa jurdica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendrio, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhes e quatrocentos mil reais). Segmento importante dos pequenos negcios, as empresas de pequeno porte (ou pequenas empresas) encontram-se em estgio de desenvolvimento mais avanado. Atuam como elo fundamental no encadeamento produtivo: podem ser compradores de produtos e servios de microempresas e tambm fornecedoras para mdias e grandes empresas. A empresa de pequeno porte pode tambm ter origem como microempresa que se desenvolveu e que continuar se desenvolvendo, at atingir, quem sabe, o estgio de grande empresa. Por no estarem mais na base da pirmide das empresas pressupe-se que as EPP so frutos do chamado empreendedorismo por oportunidade, ou ento esto em estgio de amadurecimento tal que suas atividades j no mais se limitam ao fornecimento da subsistncia do empresrio e/ou sua famlia. Desse modo, as EPP so um pblico bastante diferenciado tanto do Empreendedor Individual (EI) quanto das Microempresas (ME), o que faz com que sejam necessrias estratgias, produtos e tratamento diferenciado no atendimento a esse pblico, para que o Sebrae possa de fato fazer a diferena e auxiliar a alavancar ainda mais esses empreendimentos. fundamental, portanto, conhecer melhor esse pblico. A presente pesquisa pretende, assim, fornecer os insumos necessrios para que o conhecimento das EPP possa reverter em produtos e solues que sejam eficazes, eficientes, e efetivas para seu desenvolvimento.

MetodologiaPara efeitos de definio do pblico-alvo do Sebrae, nesse estudo sero agregados classificao da LC 123/06 os critrios apresentados no documento Diretrizes para a Elaborao do Plano Plurianual 2012/2015 e Oramento 2012 do Sistema Sebrae. importante salientar que a base de dados utilizada nesse estudo, embora seja a mais completa disponvel atualmente, no compreende todo o universo de EPP potencialmente clientes do Sebrae. A base em questo a de empresas optantes pelo Simples Nacional que entregaram declarao em 2010 referente ao faturamento obtido no ano de 2009. Este nmero de 2.938.695 empresas, distribudas conforme a tabela abaixo:

Tabela 1 Universo de Micro e Pequenas Empresas (MPE) no Simples Nacional em 2009Porte Faturamento zero ME com faturamento ME em geral EPP MPE Demais TOTAL Base de declarantes do Simples (2010) 691.389 1.805.752 2.497.141 438.513 2.935.654 3.041 2.938.695 23,5% 61,4% 85,0% 14,9% 99,9% 0,1% 100,0%

Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil

Como salientado anteriormente, estes nmeros no levam em conta as EPP no optantes pelo Simples Nacional poca e tampouco aquelas EPP no declarantes. Em relao a esse segundo grupo, a ttulo de comparao, a base de dados da Receita Federal apresenta um nmero de 3.357.525 micro e pequenas empresas (MPE) optantes pelo Simples Nacional. Ficam de fora da base aqui utilizada, portanto, 418.830 empresas. Logo, o universo dessa pesquisa de 87,5% dos optantes pelo Simples. Nossa hiptese mais plausvel de que esse nmero tenha baixo impacto no universo das EPP, sendo o maior nmero de no-declaraes relativo s microempresas (ME), pelas suas caractersticas prprias. O Sebrae ainda no dispe de fontes suficientes para apresentar com preciso os dados relativos aos empreendimentos de pequeno porte no optantes pelo Simples. Contudo, a representatividade da base aqui utilizada se justifica

quando comparada da RAIS1, tambm de 2009. A RAIS utiliza outro critrio para classificar as empresas fazem-no de acordo com o nmero de funcionrios. Segundo esses dados, no ano de 2009 existiam 314.544 pequenas empresas no Brasil. Esse nmero inferior ao universo desta pesquisa, motivo pelo qual possvel induzir que o universo aqui estudado bastante representativo do segmento e, por isso, vlido para o estudo.

1

Relao Anual de Informaes Sociais, do Ministrio do Trabalho e Emprego.

Sumrio ExecutivoA presente pesquisa objetiva traar um perfil das empresas de pequeno porte que optaram pelo Simples Nacional como forma de tributao e que entregaram, em 2010, declarao Receita Federal referente ao ano de 2009, de modo que todas as informaes aqui apresentadas referem-se a esse ano. De maneira geral, as EPP esto concentradas na regio Sudeste (51,5%), mais precisamente no estado de So Paulo (30%), cuja capital congrega mais de 10% das EPP brasileiras. Acre, Amap e Roraima so os estados com menor nmero absoluto de EPP (juntos somam 0,34% do total). Cerca de 60% das EPP exercem atividades ligadas ao comrcio, com a indstria (20%) e servios (19%) aparecendo logo em seguida. Apenas 2% das EPP exercem atividades ligadas construo civil. Em mdia, uma EPP faturou em 2009 aproximadamente R$ 648 mil. Faturamentos acima dessa mdia so encontrados no RJ, SP, DF, AM, ES, MT e RR. As EPP que tiveram menor faturamento mdio esto no MA, TO e PI. A probabilidade de uma EPP faturar mais tambm maior na indstria, seguido pela construo civil, comrcio e servios. Quanto aos empregos gerados, a mdia nacional de empregos por EPP de 10,3. A indstria o setor que mais emprega (16 empregos por EPP na mdia), seguida pelo setor de servios (14), construo civil (12,5) e comrcio (6,9). As atividades que mais agregam EPP em geral exigem capital inicial relativamente baixo, assim como mo de obra pouco especializada. Das dez atividades com maior nmero de EPP, oito esto no setor de comrcio. Mesmo na indstria, as atividades mais frequentes no so relativas a setores de maior agregao de valor antes, concentram-se na produo de bens de consumo. As EPP que apresentaram maior faturamento mdio esto concentradas sobremaneira na indstria, desta feita incluindo a produo de bens intermedirios e bens mais complexos, onde se necessita mo de obra mais especializada. Contudo, o nmero de empresas enquadradas nesses quesitos deveras pequeno.

Descrio do UniversoSegundo a base de dados utilizada, em 2009 existiam 438.513 empresas de pequeno porte, assim distribudas, de acordo com a Unidade da Federao e regio:

Tabela 2 EPP declarantes do Simples Nacional por UFUF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO TOTAL Nmero 534 2.416 2.332 451 18.451 9.750 7.998 11.109 16.102 4.040 45.342 4.920 7.031 5.561 4.395 9.120 2.548 37.864 36.910 4.128 3.222 530 39.893 26.757 2.345 132.501 2.263 438.513 % 0,12% 0,55% 0,53% 0,10% 4,21% 2,22% 1,82% 2,53% 3,67% 0,92% 10,34% 1,12% 1,60% 1,27% 1,00% 2,08% 0,58% 8,63% 8,42% 0,94% 0,73% 0,12% 9,10% 6,10% 0,53% 30,22% 0,52%


Tabela 3 - EPP declarantes do Simples Nacional por RegioRegio SE S NE CO N TOTAL Nmero 225.862 104.514 57.193 36.051 14.893 438.513 % 51,51% 23,83% 13,04% 8,22% 3,40%


Como se pode observar, as EPP esto concentradas essencialmente no eixo Sul-Sudeste, que responde por mais de trs quartos do universo total. Em

nmeros absolutos, o estado de So Paulo o mais importante, com 132.501 pequenas empresas, cerca de 30% do total. A seguir aparecem Minas Gerais (45.342) e Rio Grande do Sul (39.893). O Amap o estado com menor nmero de empresas de pequeno porte - 451 no total. Comparando a distribuio das empresas de pequeno porte com a das microempresas, foram encontradas algumas diferenas, conforme mostra o Grfico 1, a seguir:

Grfico 1 Distribuio de ME e EPP por regies50% 52%

23% 24%

ME EPP16%13% 7% 8%

3% 3%Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte


Tanto para as ME quanto para as EPP a concentrao est no eixo sulsudeste, que em ambos os casos correspondem a aproximadamente trs quartos do universo. A diferena mais significativa est na regio nordeste, onde a participao das ME mais relevante do que das EPP (16% a 13%). Uma possvel hiptese para isso o menor dinamismo da economia nordestina, que tem como uma de suas conseqncias a concentrao de empresas pouco intensivas. As empresas de pequeno porte no esto concentradas apenas regionalmente. importante destacar que apenas 20 municpios (de um total de 5.566) concentram um tero das empresas de pequeno porte do Brasil. Destes vinte municpios, seis esto no estado de So Paulo, trs no Paran, dois no Rio Grande do Sul e dois em Santa Catarina. A Tabela 4, abaixo, apresenta todos estes municpios:

Tabela 4 Nmero de EPP por municpios (20 principais)MUNICPIO 1 SAO PAULO 2 RIO DE JANEIRO 3 BELO HORIZONTE 4 CURITIBA 5 BRASILIA 6 PORTO ALEGRE 7 GOIANIA 8 SALVADOR 9 FORTALEZA 10 CAMPINAS 11 RECIFE 12 RIBEIRAO PRETO 13 CAXIAS DO SUL 14 GUARULHOS 15 LONDRINA 16 MARINGA 17 SANTO ANDRE 18 JOINVILLE 19 SAO BERNARDO DO CAMPO 20 FLORIANOPOLIS TOTAL ACUMULADOFonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil

NMERO 45.783 19.143 9.229 8.966 7.998 7.057 6.029 5.284 4.938 4.766 3.358 2.940 2.884 2.687 2.575 2.450 2.415 2.324 2.314 2.286 145.426

% 10,4% 4,4% 2,1% 2,0% 1,8% 1,6% 1,4% 1,2% 1,1% 1,1% 0,8% 0,7% 0,7% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 33,2%

Como se pode ver, as cidades de So Paulo e Rio de Janeiro somadas representam quase 15% do nmero total de EPP no Brasil. Destaca-se tambm o fato de que apenas 11 das 20 cidades com maior nmero absoluto de EPP so capitais estaduais. Trs so municpios que compem as regies metropolitanas, todos em So Paulo - Guarulhos, Santo Andr e So Bernardo do Campo e os outros seis esto no interior. Quando se trata do faturamento mdio das empresas de pequeno porte, o cenrio apresenta algumas diferenas. O faturamento mdio para as empresas de pequeno porte no Brasil em 2009 foi de R$ 647.984,00, com uma variao mxima de 25%, quando comparados o estado de maior faturamento mdio (RJ) com o estado de menor faturamento mdio (PI). Outro ponto que se destaca que so sete os estados com faturamento mdio acima da mdia, sendo que quatro deles no esto no eixo sul-sudeste: DF, AM, MT e RR. O Grfico 2 e a Tabela 5, a seguir, mostram a distribuio do faturamento mdio por estado, comparando com a mdia nacional

Grfico 2 Faturamento mdio das EPP por UF, em R$750.000

700.000

650.000

600.000

550.000

500.000

SE

PB

MT

RR

PR

MG

MA

AM

ES

SC

MS

PE

RJ

SP

AC

BA

AP

CE

PA

DF

RO

GO

AL

RS


Tabela 5 Faturamento das EPP por UFUF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Brasil EPP 534 2.416 2.332 451 18.451 9.750 7.998 11.109 16.102 4.040 45.342 4.920 7.031 5.561 4.395 9.120 2.548 37.864 36.910 4.128 3.222 530 39.893 26.757 2.345 132.501 2.263 438.513 Mdia R$625.748 R$598.313 R$666.461 R$645.989 R$637.469 R$603.371 R$667.654 R$663.062 R$616.049 R$567.154 R$624.369 R$614.802 R$653.677 R$634.923 R$581.536 R$643.967 R$560.630 R$647.802 R$695.328 R$616.084 R$626.921 R$649.265 R$617.559 R$635.836 R$604.513 R$673.214 R$563.334 R$647.984 Mediana R$489.173 R$449.339 R$491.840 R$476.673 R$461.905 R$437.427 R$489.798 R$501.523 R$459.694 R$425.861 R$455.679 R$457.970 R$484.028 R$479.543 R$438.266 R$470.234 R$422.053 R$467.420 R$500.447 R$456.954 R$473.970 R$497.222 R$446.677 R$462.650 R$448.667 R$486.849 R$440.736 R$471.059 Faturamento Total R$334.149.288 R$1.445.525.000 R$1.554.187.967 R$291.340.904 R$11.761.935.677 R$5.882.869.278 R$5.339.898.089 R$7.365.954.203 R$9.919.619.096 R$2.291.302.177 R$28.310.119.553 R$3.024.826.600 R$4.596.002.104 R$3.530.808.877 R$2.555.851.403 R$5.872.975.078 R$1.428.484.574 R$24.528.359.272 R$25.664.540.498 R$2.543.195.810 R$2.019.939.568 R$344.110.665 R$24.636.269.292 R$17.013.071.159 R$1.417.583.334 R$89.201.536.374 R$1.274.824.964 R$284.149.280.804 % do Faturamento Total 0,1% 0,5% 0,5% 0,1% 4,1% 2,1% 1,9% 2,6% 3,5% 0,8% 10,0% 1,1% 1,6% 1,2% 0,9% 2,1% 0,5% 8,6% 9,0% 0,9% 0,7% 0,1% 8,7% 6,0% 0,5% 31,4% 0,4% 100,0%


BRASIL

RN

TO

PI

Vale ressaltar as diferenas entre as mdias e as medianas de faturamento. Apesar de a mdia ser comumente a medida de tendncia central mais utilizada, a mediana2 pode ser uma ferramenta interessante para se entender a distribuio dos faturamentos das EPP. Isso j que h uma concentrao forte de empresas na base da pirmide de faturamento. Mais especificamente, metade das empresas de pequeno porte tm um faturamento anual menor do que R$ 471.059. Uma pequena concentrao de empresas com faturamento prximo ao limite do Simples faz com que a mdia seja consideravelmente maior do que a mediana. Chama ateno, tambm, a importncia das EPP para as economias estaduais. O estado com o maior faturamento total desse segmento tambm o que possui o maior nmero de EPP, So Paulo, com cerca de R$ 90 bilhes (ver Tabela 5). Porm, considerando-se o produto interno bruto (PIB) do estado em 2008 ltimo ano disponvel o faturamento das EPP representa 9% de toda a economia do estado. Em Santa Catarina e Paran, esse valor chega prximo a 14%. Em seguida, vm Gois (13%) e Rio Grande do Sul (12%). O estado em que o faturamento dessas empresas tem a menor participao no PIB o Amazonas, com 3%.

Grfico 3 Participao do Faturamento das EPP no PIB Estadual*16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0%

*2008. Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil e do IBGE.

2

A mediana uma medida de tendncia central. Uma mediana de valor x significa que 50% dos registros so menores que x e outros 50% so maiores.

SC PR GO RS RO ES MG RN PB CE TO BA MS SP MT PI PE RJ AL SE RR PA MA AC DF AP AM

Importante deixar claro que o faturamento bruto das empresas no suficiente para dizer qual o impacto total das MPE no PIB brasileiro, j que no leva em considerao, por exemplo, a massa salarial por elas gerada, mas d uma indicao bastante razovel da importncia dos pequenos negcios e, particularmente, das empresas de pequeno porte para a economia nacional.

As EPP e os Setores EconmicosQuando se analisa a distribuio das empresas de pequeno porte por setores econmicos, o quadro que se obtm o seguinte:

Grfico 4 Distribuio de EPP por setoresConstruo Civil 2%

Servios19%

Indstria 20%

Comrcio 59%


Nota-se a partir do grfico que as EPP esto concentradas sobremaneira no setor de comrcio, que agrega 59% do nmero de estabelecimentos de pequeno porte. A seguir vm indstria (20%) e servios (19%). Quando se compara essa distribuio das microempresas, algumas diferenas chamam a ateno, conforme o Grfico 5 demonstra. Comparando-se os cenrios, tem-se que o comrcio o setor com maior nmero de empreendimentos, concentrando a mesma proporo tanto nas MPE quanto nas EPP. A principal diferena relativa participao das EPP na indstria, que substancialmente maior do que a das microempresas (20% a 12%), diferena compensada no setor de servios, que proporcionalmente mais relevante para as microempresas. Alm de ser o setor mais numeroso, as empresas de pequeno porte da indstria tambm apresentam o maior faturamento mdio quando comparados os setores, conforme o Grfico 6.

Grfico 5 Distribuio de ME e EPP por setores

59%59%

27% 20% 12%2% 2%Comrcio Indstria Servios Construo Civil

MEEPP

19%


O valor do faturamento mdio das EPP da indstria 12% maior do que o faturamento mdio nacional das EPP de todos os setores, sendo inclusive maior do que o maior faturamento mdio estadual (RJ, com mdia de R$ 695.328,00). O resultado esperado, tendo em vista que as atividades da indstria geralmente tm por caracterstica maior agregao de valor. Os setores de comrcio e servios so os que apresentam menor faturamento mdio, com ligeira vantagem para o primeiro. So setores nos quais em geral as atividades so menos dinmicas e que agregam menor valor.

Grfico 6 Faturamento mdio das EPP por setores, em R$726.875

652.368

628.860

625.990

Indstria

Construo Civil

Comrcio

Servios


Quando se analisam as atividades econmicas mais frequentes nas EPP, esse cenrio fica ainda mais claro, conforme a Tabela 6, a seguir, mostra:

Tabela 6 Principais atividades das EPP (Brasil)1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Descrio da Atividade Comrcio varejista de artigos do vesturio e acessrios Comrcio varejista de mercadorias em geral - minimercados, mercearias e armazns Comrcio a varejo de peas e acessrios novos para veculos automotores Restaurantes e similares Comrcio varejista de produtos farmacuticos, sem manipulao de frmulas Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de materiais de construo no especificados anteriormente Transporte rodovirio de carga, exceto produtos perigosos e mudanas (exceto municipal) Comrcio varejista de mveis Comrcio varejista de materiais de construo em geral SUBTOTAL ACUMULADO Nmero 25.578 22.656 16.241 14.585 14.015 13.102 12.364 10.078 9.505 9.476 147.600 % 5,8% 5,2% 3,7% 3,3% 3,2% 3,0% 2,8% 2,3% 2,2% 2,2% 33,7%


Como possvel observar, as EPP tambm esto fortemente concentradas nas atividades principais. As dez atividades que tm maior nmero de MPE concentram mais de um tero do universo total. Destas dez atividades, oito so do setor de comrcio, o que reflete a forte presena das EPP nesse setor. Em geral essas atividades necessitam de baixo capital inicial e especializao de mo-de-obra, o que pode ajudar a explicar sua recorrncia. possvel tambm analisar a distribuio para cada setor. Analisando-se o comrcio, tem-se o seguinte cenrio:

Tabela 7 Principais atividades das EPP do Comrcio (Brasil)1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 COMRCIO - ATIVIDADES MAIS FREQUENTES Comrcio varejista de artigos do vesturio e acessrios Comrcio varejista de mercadorias em geral - minimercados, mercearias e armazns Comrcio a varejo de peas e acessrios novos para veculos automotores Comrcio varejista de produtos farmacuticos, sem manipulao de frmulas Comrcio varejista de outros produtos no especificados anteriormente Comrcio varejista de materiais de construo no especificados anteriormente Comrcio varejista de mveis Comrcio varejista de materiais de construo em geral Comrcio varejista de calados Comrcio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informtica SUBTOTAL ACUMULADO NMERO 25.578 22.656 16.241 14.015 13.102 12.364 9.505 9.476 7.298 6.864 137.099 % 9,9% 8,8% 6,3% 5,4% 5,1% 4,8% 3,7% 3,7% 2,8% 2,7% 53,3%

Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil. Total de 225 atividades.

As atividades mais recorrentes no setor do comrcio para as pequenas empresas compem uma lista quase coincidente com a das dez atividades mais recorrentes no total das EPP, que representam aqui mais da metade do total, demonstrando forte concentrao. As duas atividades diferentes so comrcio varejista de calados e comrcio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informtica. Ressalta-se ainda que, das dez atividades em questo, apenas esta ltima apresenta algum grau mais alto de especializao tcnica equipamentos e suprimentos de informtica.

Avanando na anlise tem-se que o setor de servios apresenta o seguinte cenrio:

Tabela 8 Principais atividades das EPP de Servios (Brasil)1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 SERVIOS - ATIVIDADES MAIS FREQUENTES Restaurantes e similares Transporte rodovirio de carga, exceto produtos perigosos e mudanas (exceto municipal) Lanchonetes, casas de ch, de sucos e similares Atividades de contabilidade Hotis Ensino fundamental Outras atividades de servios prestados principalmente s empresas no especificadas anteriormente Transporte rodovirio de carga, exceto produtos perigosos e mudanas, municipal Agncias de viagens Educao infantil - pr-escola SUBTOTAL ACUMULADO NMERO 14.585 10.078 7.353 3.449 3.265 2.508 2.368 2.205 1.490 1.427 48.728 % 17,1% 11,8% 8,6% 4,1% 3,8% 2,9% 2,8% 2,6% 1,8% 1,7% 57,3%


O setor de servios tambm apresenta elevado grau de concentrao, na medida em que as dez atividades mais recorrentes representam 57% do total de EPP no setor. Somente as trs primeiras atividades (restaurantes, transporte de carga no municipal e lanchonetes) concentram 37% das EPP do setor. Importante destacar ainda duas atividades relacionadas ao turismo hotis e agncias de viagem que respondem por 5,6% do total de EPP de servios. No setor de servios h uma diversidade maior de atividades na lista das maiores frequncias. Como j observado, o turismo aparece com duas atividades, assim como servios de alimentao (restaurantes e lanchonetes), o transporte de carga e a educao (ensino fundamental e educao infantil pr-escola). A concentrao do nmero de empresas nas dez principais atividades diminui um pouco quando se analisa o setor de indstria:

Tabela 9 Principais atividades das EPP da Indstria (Brasil)1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 INDSTRIA - ATIVIDADES MAIS FREQUENTES Confeco de peas do vesturio, exceto roupas ntimas e as confeccionadas sob medida Padaria e confeitaria com predominncia de revenda Fabricao de mveis com predominncia de madeira Padaria e confeitaria com predominncia de produo prpria Comrcio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes Fabricao de artefatos de cermica e barro cozido para uso na construo, exceto azulejos e pisos Fabricao de outros produtos de metal no especificados anteriormente Serrarias com desdobramento de madeira Fabricao de esquadrias de metal Fabricao de produtos de panificao SUBTOTAL ACUMULADO NMERO 7.179 4.929 3.118 2.568 2.026 1.766 1.731 1.643 1.540 1.485 27.985 % 8,4% 5,7% 3,6% 3,0% 2,4% 2,1% 2,0% 1,9% 1,8% 1,7% 32,6%


As dez atividades mais frequentes da indstria concentram quase um tero dos estabelecimentos. A predominncia para indstria de panificao, com trs atividades relacionadas. A indstria de madeira e mveis aparece com duas

atividades relacionadas, assim como a indstria relacionada metalurgia. Outros setores so: vesturio, doces e semelhantes3 e cermica. De posse desses dados, comprova-se a relevncia do setor de indstria alimentcia para as EPP notadamente a panificao. Estas atividades representam mais de 10% do total de EPP industriais. Note-se ainda que dentre estas dez atividades no h indstrias extrativas, predominando indstrias de transformao de bens de consumo. Nesse sentido, possvel dizer que apesar do setor apresentar faturamento mdio bastante superior aos demais, a maior parte das EPP industriais encontra-se em atividades mais bsicas e que, por isso mesmo, agregam menos valor quando comparadas indstria de bens de capital, por exemplo. Por fim, mas no menos importante, o setor de construo civil apresenta o seguinte cenrio quanto ao nmero de EPP:

Tabela 10 Principais atividades das EPP da Construo Civil (Brasil)1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 CONSTRUO CIVIL - ATIVIDADES MAIS FREQUENTES Construo de edifcios Instalao e manuteno eltrica Obras de terraplenagem Instalao e manuteno de sistemas centrais de ar condicionado, ventilao e refrigerao Outras obras de acabamento da construo Obras de alvenaria Outras obras de engenharia civil no especificadas anteriormente Servios de pintura de edifcios em geral Instalaes hidrulicas, sanitrias e de gs Servios especializados para construo no especificados anteriormente SUBTOTAL ACUMULADO NMERO 2.565 964 641 415 370 325 321 311 248 176 6.336 % 30,7% 11,5% 7,7% 5,0% 4,4% 3,9% 3,8% 3,7% 3,0% 2,1% 75,8%


A construo civil o setor mais concentrado em suas atividades principais as dez primeiras respondem por mais de 75% de todas as EPP. Apenas a atividade mais frequente construo de edifcios responde por 30% do total de EPP no setor. Essa concentrao no to surpreendente j que o setor conta com 45 atividades no total, segundo classificao do IBGE. De modo geral as atividades so diversificadas, mas h uma recorrncia relevante de atividades de instalaes e acabamento em obras.

3

A CNAE relativa atividade comrcio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes classificada no setor indstria pelo IBGE. Assume-se que nestes casos h tambm fabricao prpria destes produtos.

Distribuio das EPP por faturamento mdioBuscou-se compreender ainda a distribuio das empresas de pequeno porte de acordo com seu faturamento mdio por atividade econmica. Uma dificuldade encontrada nessa anlise foi a grande quantidade de atividades que contam com poucas EPP, mas que faturam muito acima da mdia. A ttulo de exemplo, a atividade econmica de maior faturamento mdio Transporte martimo de longo curso carga, com faturamento de R$ 2.211.443,00. Contudo, trata-se de uma nica empresa, o que no permite fazer generalizaes sobre essa atividade nas EPP. Por isso, nessa anlise foram consideradas apenas as atividades que apresentavam um mnimo de dez pequenas empresas. Nesse cenrio, as dez atividades com maior faturamento mdio podem ser vistas na tabela a seguir:

Tabela 11 Atividades* de maior faturamento mdio EPPAtividade1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

N de EPP10 46 63 91 18 22 34 47 27 83

Mdia de FaturamentoR$1.615.550 R$1.380.699 R$1.292.263 R$1.115.871 R$1.111.853 R$1.101.587 R$1.090.133 R$1.088.218 R$1.049.657 R$1.045.958

Soma dos FaturamentosR$16.155.497 R$63.512.158 R$81.412.584 R$101.544.250 R$20.013.358 R$24.234.910 R$37.064.514 R$51.146.244 R$28.340.733 R$86.814.543

% no Total de Faturamento0,01% 0,02% 0,03% 0,04% 0,01% 0,01% 0,01% 0,02% 0,01% 0,03%

Construo de embarcaes de grande porte Fabricao de baterias e acumuladores para veculos automotores Fabricao de vidro plano e de segurana Fabricao de aparelhos eletromdicos e eletroteraputicos e equipamentos de irradiao Fabricao de azulejos e pisos Fabricao de motocicletas, peas e acessrios Fabricao de mobilirio para uso mdico, cirrgico, odontolgico e de laboratrio Produo de laminados de alumnio Fabricao de peas e acessrios para o sistema de freios de veculos automotores Fabricao de artigos pticos Soma

441

R$1.318.633

R$581.517.259

0,20%

*Atividades com 10 empresas ou mais. Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil

Todas estas dez atividades so do setor da indstria, corroborando o fato de que em mdia o setor industrial apresenta faturamento maior do que os demais. Ao contrrio daquelas atividades mais frequentes do setor, estas incluem indstrias de bens intermedirios e outros bens de maior complexidade, que exigem mo de obra mais especializada. Contudo, somadas as dez categorias, so apenas 441 empresas de pequeno porte nmero que representa somente 0,1% do total de pequenas empresas. E, por conta desse nmero restrito de empreendimentos, essas dez atividades contribuem com cerca de R$ 582 milhes em faturamento bruto, apenas 0,2% do faturamento total das EPP. Ou seja, embora existam atividades mais intensivas em tecnologia e de maior valor agregado para as EPP, trata-se de um nmero bastante diminuto de empresas. Mesmo assim, o faturamento mdio da principal atividade com

mnimo de dez empresas construo de embarcaes de grande porte no est to prximo do teto atual de faturamento, que de R$ 2.400.000,00. Buscando-se entender o que faz um segmento de EPP ter faturamento menor ou maior, foram selecionadas tambm as atividades de menor faturamento mdio. Ao selecionar todas as atividades, independente do nmero de empresas nelas inseridas, v-se que a atividade de menor faturamento mdio a de organizaes associativas ligadas cultura e arte, com R$ 242.782. Porm, h apenas um empreendimento na categoria. Para efeitos de comparao, foram selecionadas as onze atividades de menor faturamento mdio que representam pelo menos dez empresas (ver Tabela 12). A escolha de onze e no dez empresas se deu pela representatividade da dcima primeira categoria em termos de menor faturamento, que, por si s, contribui com 0,19% das EPP.

Tabela 12 Atividades* de maior faturamento mdio EPPAtividade1 2 3

N de EPP

Mdia de Faturamento

Soma dos Faturamentos

% no Total de Faturamento0,08% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 0,00% 0,02% 0,19%

686 R$316.641 R$217.216.017 Casas lotricas 12 R$320.414 R$3.844.968 Corretagem no aluguel de imveis 16 R$339.174 R$5.426.780 Clubes sociais, esportivos e similares Comrcio a varejo de motocicletas e motonetas 4 23 R$387.506 R$8.912.631 usadas 5 14 R$391.897 R$5.486.560 Albergues, exceto assistenciais 6 12 R$400.844 R$4.810.128 Ensino de msica Aluguel de equipamentos recreativos e 7 32 R$409.857 R$13.115.433 esportivos Manuteno e reparao de motocicletas e 8 58 R$419.038 R$24.304.204 motonetas Alojamento, higiene e embelezamento de 9 32 R$437.306 R$13.993.802 animais 10 123 R$445.114 R$54.749.074 Treinamento em informtica 11 1.196 R$446.988 R$534.597.302 Comrcio varejista de gs liquefeito de petrleo Soma 2.204 R$400.224 R$957.735.367 *Atividades com 10 empresas ou mais. Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil

0,34%

A atividade com o menor faturamento mdio a de casas lotricas, de R$ 316.641, e com mediana ainda mais baixa, de R$ 283.493. Essas onze atividades somam 2.204 empresas (0,5% do total das EPP) e cerca de R$ 958 milhes de faturamento (0,34% do total). Ao contrrio do observado entre as atividades de maior faturamento mdio, nenhuma dessas onze categorias do setor industrial, sendo todas empresas de servios (oito atividades) ou comrcio (trs). Isso confirma que, de maneira geral, as empresas industriais, por gerarem mais valor agregado, tm faturamento superior quelas de comrcio e servios. Um aspecto interessante a presena da atividade alojamento, higiene e embelezamento de animais entre as de menor faturamento. Isso j que o mercado voltado para animais de estimao tem tido destaque crescente na

imprensa nos ltimos anos como um segmento promissor para os pequenos negcios. Outra presena que se faz notar nessa lista a da atividade treinamento em informtica. Comumente se espera um alto nvel de especializao da mo de obra ligada informtica, o que poderia levar a um servio de maior valor agregado e, consequentemente, empreendimentos com maior faturamento. Uma das possveis explicaes para esse relativamente baixo nvel de receita pode ser a grande concorrncia que existe no segmento, com a presena macia de microempresas. Outro ponto de vista interessante sobre o faturamento mdio diz respeito ao nmero de empresas por faixa de faturamento, elaborando o que se chama de histograma. Abaixo o histograma para as EPP brasileiras, por faixa de faturamento. Nele, cada coluna corresponde a uma faixa de faturamento que varia a cada R$ 60.000,00 assim, a primeira faixa, por exemplo, corresponde s empresas que faturaram entre R$ 240.000,00 e R$ 300.000,00, e assim por diante.

Grfico 7 Distribuio do faturamento declarado bruto das EPP* (Brasil, 2009)

Fonte: SEBRAE/NA a partir de dados da Receita Federal do Brasil *Cada faixa equivale a um aumento de R$ 60.000,00 no faturamento.

O que se nota imediatamente a partir do grfico a tendncia geral de diminuio do nmero de empresas conforme aumenta o faturamento. H apenas dois pontos fora dessa tendncia: as faixas 26 e 36. Sobre esta ltima, existe a possibilidade de que sejam casos nos quais h algum tipo de ajuste

contbil para que a empresa em questo no ultrapasse o teto de faturamento do Simples Nacional.4 Vale destacar, por fim, o valor total do faturamento das pequenas empresas em 2009, que foi da ordem de R$ 284 bilhes. Para se ter uma idia do tamanho deste nmero, uma boa alternativa compar-lo com a soma do faturamento das microempresas no mesmo ano, que foi de R$ 116 bilhes, ou seja, cerca de 40% do faturamento das EPP. Ainda a ttulo de comparao, o PIB brasileiro em 2009 foi de aproximadamente R$ 3,1 trilhes. O faturamento das EPP representa cerca de 9% deste nmero, enquanto o das microempresas representa por volta de 3,7%. Deste modo, para uma estratgia de elevar a participao das micro e pequenas empresas no PIB brasileiro, focar nas pequenas empresas especialmente importante.

Impactos das mudanas na Legislao do Simples NacionalBuscou-se ainda conhecer qual o impacto que a recente aprovao do Projeto de Lei Complementar (PLC) 77/11 ter sobre o universo das empresas de pequeno porte. Referido projeto aumenta o teto do Simples Nacional, de modo que o enquadramento das empresas ser realizado conforme o critrio abaixo:

Tabela 14 Critrios para classificao das MPECritrio antes do PL 77/11 Faturamento Faturamento mnimo (R$) Mximo (R$) 240.000 maior que 240.000 2.400.000 Critrio do PL 77/11 Faturamento Faturamento mnimo (R$) Mximo (R$) 360.000 maior que 360.000 3.600.000

ME EPPFonte: SEBRAE

Realizou-se, ento, um levantamento de quantas EPP faturaram, em 2009, valores entre R$ 240.000,00 e R$ 360.000,00. So 143.915 empresas que migrariam de EPP para ME. Na outra ponta, existiam, em 2009, no Simples Nacional, 2.503 empresas cujo faturamento se encontrava entre R$

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Importante salientar que as empresas que porventura ultrapassarem o teto do Simples Nacional em at 20% no so penalizadas. O que acontece que essa parcela excedente de faturamento tributada fora do Simples Nacional. Contudo, se o faturamento for superior a 20% do teto, a Receita Federal entende que houve m f da empresa em questo, que no deveria ter se inscrito no Simples Nacional. Ela ento multada e excluda do Simples Nacional.

2.400.00,00 e R$ 3.600.000. So essas empresas que passaro a ser includas com a aprovao do PL 77/11. Por meio de parceria com a Receita Federal, foi possvel, ainda, levantar os dados referentes ao universo de empresas no optantes pelo Simples Nacional mas elegveis com a aprovao do PLC 77/11. Assim, possvel comparar os dois universos, a saber: aquele atual (com a legislao vigente) e o universo mximo5 para as EPP a partir da entrada em vigor da nova lei, em 1 de janeiro de 2012 caso isso ocorra ainda em 2011. Nota-se que, mesmo que todas as empresas aptas a optarem pelo Simples Nacional o faam, haver uma reduo substantiva (cerca de um quarto) no nmero de empresas de pequeno porte. J as microempresas apresentaro crescimento significativo, em grande parte pela migrao das EPP. Os trs estados onde a reduo no nmero de EPP mais significativa esto na regio nordeste. Com a aprovao do PLC 77/11, os estados do Maranho, Paraba e Piau passariam a contar com um universo de EPP que seria, no mximo, 69% do atual. Os estados menos impactados esto na regio norte: Amazonas (universo seria, no mximo, 82% do atual) e Acre (80%). A Tabela 15 abaixo mostra os dados detalhados por UF para a composio do universo de EPP segundo a regra atual e com a aprovao do PLC 77/11.

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Chamamos de universo mximo tendo em vista que abrange todas as empresas que j esto no Simples Nacional e tambm aquelas que podem (ou podero) optar pelo regime. Isso no significa, contudo, que todas essas empresas optaro pelo Simples Nacional.

Tabela 15 Universo de EPP e universo mximo com aprovao do PL 77/11 (para o ano de 2009)UF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Regra Atual 534 2.416 2.332 451 18.451 9.750 7.998 11.109 16.102 4.040 45.342 4.920 7.031 5.561 4.395 9.120 2.548 37.864 36.910 4.128 3.222 530 39.893 26.757 2.345 132.501 2.263 >240 e 2,4 e 2,4 e

sebrae - as pequenas empresas do simples

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