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    scombros

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    Copyright by Camillo Cesar

    Prova do Artista

    Trabalho apresentando como pr-requisitopara o curso de graduao em Artes Visuais daUniverssidade Federal do Recncavo da Bahia.Discente: Zimaldo Melo

    Projeto Grfco: Zimaldo Melo

    Dados Intenacionais de Catalogao na Publicao(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Csar, Camillo, 1988-.Scombros. Cachoeira:

    Minexces, 2010 - Prova do ArtistaISBN 85-11-01046-7

    1. Poesia 2. Arte I. Ttulo

    00-0000 CDD-000

    ndices para catlogo sistemtico:1. Poesia 100

    Editora MinexcesOnectus excearuntia nis repudae endipitOssinciae num quias dolupta tescientiis im incus, vendae quam sectiis re porepero.

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    scombros

    CamilloCsar

    OFFIC TE NON REM FUGA. ITATE DOLUPTATEM VOLUPIT

    minexces

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    Eis os Abismos da mente, a mosca num vosem ritmo. Cega vaga em busca de azerzumbir a grade, echa acesa disparada... A lirano respira, habita o terrvel trono em tornode estranhas estroes, Potica das entranhas,das vsceras extrada, das runas do ser erguida,pousada sombra nos escombros, de ondeavista mais e mais escombros...O Arquiteto da Destruio contempla plvora,p e cinzas, tudo umaa, esquecimento

    enquanto v brotar do totem a sua ltimahabitao: o reazer-se constante. Uma geniosae insone constelao de versos de onde separem e partem os pensamentos em busca daEternidade, do Absolutoesse tudo-nada que consome.

    Em busca da Origem universal, da gnesecsmica oerta-se um rio desdm ao den,pois o que se busca est muito Alm do Inernoou Paraso... o Universo! O nico verso capazde nos recriar e a vida. preciso ento o Ocasodesta Idia apodrecida por milnios... E assim

    arrastados por esse Esprito embriagado pelaLoucura Universal do Ser, rejeitemos a sombradesse deus antigo e aceitemos a imanncia doEu. sem alcance esta ncora, este naurgio em

    O rfacio

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    si, estranhamente como um peixe a cortaras dimenses abissais at encontrar o genuniversal dos pensamentos azendo reverberare ascender as slabas emergindo em versos.No Caminho ao atravessar os prticos dalinguagem, as ronteiras da expresso entreluz e som da qual o Poeta um eternoorasteiro, contempla toda tecnologia de todoesprito estrangeiro em seu prprio corpo,este caixo de ossos em que a alma muitoalm de si alada alcana a transfguradaorma de existncia.Atravs do rompimento com o ritmo original

    atinge-se a transubstanciao do som, doonema, da slaba, da palavra, do verso aoPoema, enfm a consumao da Poesia e noa imitao da vida, mas sim a sua mais felrealizao, pois a Arte no precisa de crtica,precisa de artistas. Desenrola uma moderna

    tradio entre o Poeta e a Poesia, entre criadore criatura traduzindo a arte como o delirantemomento em que atravs da Arte Suprema,a Poesia, o Artista cria e recria o homem e ahumanidade.S nos resta fcar entregue a ensandecida

    diacrtica capaz de nos participar o plstico-acstico de imagens e melodias conduzidaspara tudo aquilo que nos oertado, oincessante enigma da Eternidade.

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    Scombros 12

    Transmisso 1: 13

    Livro IDAS CATEGORIASE OUTRAS CONSEQNCIAS

    A casa da aldeia 16Destroos de

    uma teoria17

    Mais-Valia Abstrata 18Tarea ainda cumprida 19Escritrio 20Livro 21De apolo a mscara 22Vgilia 23Armagedon 24[({ S,...?})] 25Cntico 26Arca 27Eis, queinterpem-seo poeta 28

    Livro IIDAS FORMAS E DOS FLUIDOS

    Anttese de si 30Deuses, 31Poema 32Seras Outras 33Prnticos 34Acdemia de flosofa 35(Ou 35O pndulo) 35Rebanho de estrelas 36

    XIII 37Logopia 38Do arsenaldo no ser-se 39Labirinto do nurago 40Poemas sinnicos 41Exerccio lrico 42O ser levita 43Tornou-se cais o caos 44Amarelescendo-se 45

    Sumrio

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    Potiquntica 46A urna cinza 47Entre a pena e a lei 48Jurassic Park 49

    Aos belos montes 50Rai cai 51Pereitaimpereio 52XVI 53X 54

    Livro IIIOFFIC TE NON REM FUGA.ITATE DOLUPTATEM VOLUPIT

    POETICANALTICAPs poeta 57A senzala 58 esta poesiaque no consola 60O Futebol ________________________ 61Enquantoaquele 62sustm 62Em pixelse usb 63Jueves, 10/06/2010 64Apereioar o esprito e/ou aproximar o serdo tempo. 65Expurgao 68Aqueles

    aqum osflsoos 70

    Humano, ser, 72

    ApndiceA 75s ronteiras 76Despeja o enigma 77

    Lembrana utura 77

    AnexoFatalismo acientfco 79Fatalismo acientfco 79Lricoisas 8014 Estaes para Valquria. 81Canto em duas Cordas

    para o vale do Paraguau82

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    Quandoquisoparasojohaviaperdido... NumcudeestrelasdespidoDormeoverso,nobero,nosbraosdoUniverso...Opensamentocortaestametlicamuralha,esquecimento.OlhaiestetorpedoentorpecidoCruzandoooceanoamanhecido...Oquehalmdasletras?precisodomarodom,inventarestrelasTerumpunhadomserodeletrasadesmaiar[emminhasmosDespertacano! DesazoCaosnocoraodo

    Infnito700esetentaesetesonetos malescritos...Eesteversojoitantos,tantos...Edastrevasdeoutrora SnosrestaOsescombrosdeagora

    12

    Quando quis o parasoj o havia perdido...

    Num cu de estrelas despidoDorme o verso, no bero,

    nos braos do Universo...

    O pensamento corta esta metlica muralha,esquecimento.

    Olhai este torpedo entorpecidoCruzando o oceano amanhecido...

    O que halm das letras?

    preciso domar o dom, inventar estrelas

    Ter um punhado msero de letras a desmaiar[em minhas mos

    Desperta cano!Desfaz o Caos no corao do

    Infnito700 e setenta e sete sonetos

    malescritos...E este verso j oi tantos,

    tantos...

    E das trevas de outroraS nos resta

    Os escombros de agora

    Scombros

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    Masseaindafndaromundo,

    Estareieu,pequeninoedesnudo,

    Antealmpadadopequeninototem

    Alaboraroenigmadosnmeros

    ReexosreverberandorestosNoamanh,precipitadapreviso

    Doscaminhos,comoquando

    OcaospefmaesseplanetaCortariamasmontanhasasovelhasLevandoasedeslagoasEdacancelaesmaecida

    Esmanhecese-seama,Noarrastodascarroasques decaran ue os

    13

    Transmisso 1:Mas se ainda fndar o mundo,Estarei eu, pequenino e desnudo,Ante a lmpada do pequenino totemA laborar o enigma dos nmeros

    Reexos reverberando restosNo amanh, precipitada previsoDos caminhos, como quandoO caos pe fm a esse planeta

    Cortariam as montanhas as ovelhasLevando a sede s lagoasE da cancela esmaecida

    Esmanhecese-se a ma,No arrasto das carroas que

    cargueiam carcaas de caranguejos

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    Livro IDAS CATEGORIAS

    E OUTRAS CONSEQNCIAS

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    no s minha esta aldeia,Finjo-me esfnge, nau noturnaCortando imensido soturna,Alastro um rastro pela areia,

    Argonauta das proundas regiesDo invento das galxias, tronoque no alcanarei, onde reinaa inncia e ningum rei.

    Poluo-me de cotidianos outros,Lamento no ter nascidoOcupo espaos ocos, logose corrompe a estrutura.

    No ar de longe desponta,

    Da antiga casa construdaAinda quente o lampioatroar.

    A casa da aldeia

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    Tempos em signos de luaresDissolvendo noite em diaPsicodlico o pensamento.A pomba planta sementes

    nas nuvens...Ninhos seus escombros escondidosImpereito labirinto o da idia...

    Varias vozes zanzam, zumbemNas esquinas, teus cabelos-

    Chuva, sambam, enxugam

    Sempre novidades, dissonante a-Corde qual ontem; E a teoriaNo mais sustm precria realidade.

    Destroos de

    uma teoria

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    MaisnuncaUmgesto,

    Umatestaranzida,UmaexpressoortuitaDevagar...

    DevaganeandomirantesDecusemchamaimersonaturezaemsi

    Transtorna,MiditicosinstrumentosAlmasAlienamubjetividadeinormacionale

    cnolo iadasidias

    18

    Mais nunca

    Um gesto,

    Uma testa ranzida,

    Uma expresso ortuita

    Devagar...

    Devaganeando mirantes

    De cus em chama imerso

    A natureza em si

    Transtorna,Miditicos instrumentosAlmas Alienam

    Subjetividade inormacionalTecnologia das idias produzindo verdades.

    Mais-Valia Abstrata

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    masmilemaranhadas,EmbuzinasesirenesAntestodesafnadasQuantodescontentes.

    NoserssomenteNaestanteumttuloEalmastroardente

    Doltimocaptulo

    DaheranadeCatulo

    FogequalSsioAmeaaumpuloEapagaohierglio

    NaprximaquadraMistifcaaumaa,Escapadaesquadra,Bandoque

    avana.

    Menteue

    19

    Almas mil emaranhadas,

    Em buzinas e sirenes

    Antes to desafnadas

    Quanto descontentes.

    No ser s somente

    Na estante um ttulo

    E alm astro ardente

    Do ltimo captulo

    Da herana de Catulo

    Foge qual Ssio

    Ameaa um pulo

    E apaga o hierglio

    Na prxima quadra

    Mistifca a umaa,Escapa da esquadra,

    Bando que avana.

    Mente que no cansa

    Tarea muito repetida

    De quem acha esperanaVolta ao ponto de partida.

    Tarefa aindacumprida

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    isqueaqui,nteomurmurejartranqilo,

    iclpicointervalooespaodeslocado

    Emlquidaviagemremorsosaregio;

    FormascavalaresAsredesdealtatenso.

    CumprimentoCastro,companheiro.Nosversoscomoanaturezaem

    Trsriachos,Oresto,retratodeamlia.

    Inspirao?s detabaco.

    20

    Eis que aqui,Ante o murmurejar tranqilo,Ciclpico intervalo

    No espao deslocado

    Em lquida viagemA remorsosa regio;Formas cavalaresAs redes de alta tenso.

    Cumprimento Castro, companheiro.Nos versos como a natureza emTrs riachos,O resto, retrato de amlia.

    Inspirao?S c nos bureaus de tabaco.

    Escritrio

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    Livre

    defnsestticos,

    Mapas

    perdidosnascapas

    Veculoqueohomemtransporta...

    Manipulafbras,

    Cnhamoparapapis,bibliotecas.

    Opocozernobarro,

    Aindanoprelo,

    Decodifcartratados

    Mercadoriaquevenceotempo

    Alargaoespao.

    NemMarxsaberia

    contarcomocaram

    seusimensosmanuscritos

    emgregoelatim.

    Gutenberg,

    triplifcapelaspginasomundo...

    DinmicoseatuaisNasondas,nastelas,tvsAsmassascomunicam.

    Nosuperamescritaapalavra,stica

    21

    Livrede fns estticos,Mapasperdidos nas capas

    Veculo que o homem transporta...

    Manipula fbras,Cnhamo para papis, bibliotecas.

    O po cozer no barro,Ainda no prelo,Decodifcar tratados

    Mercadoria que vence o tempoAlarga o espao.

    Nem Marx saberiacontar como caramseus imensos manuscritos

    em grego e latim.

    Gutenberg,triplifca pelas pginas o mundo...

    Dinmicos e atuais

    Nas ondas, nas telas, tvsAs massas comunicam.

    No superam escrita a palavra,Orgnica e plstica

    Livro

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    Acesso para transmigrarMstico terrenoRegio de tempo em antasiaOrgia, magia que coagia.

    Ser que outrora ardiaSlaba em voz e canoS a soluo da casa a desertar.

    Ante a cmara,

    Agitam-se as guasDesengano em que acreditam,

    Arevoluo est nas ... das ruas...

    O rio das conscinciasDe um deus,Quem mais h de terInventado intervaloEntre o sono e o sonho?

    Vgilia

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    Eu,Aladinsemlmpaa

    Tragoognionaalgibeira

    Deseitoemazulumaa.

    Heranainterrompida,

    Devastada,

    Longaestrada,

    avida.

    Soisvsemoutraspeles,

    Camalenicaestrutura.

    Descedosoloarrebol,

    Mistrioinconstil,EmpresaintilEssatalnatureza.

    Nohculpaemser;LivresemPluto,

    oexiste.

    24

    Eu, Aladin sem lmpadaTrago o gnio na algibeiraDeseito em azul umaa.

    Herana interrompida,Devastada,Longa estrada,a vida.

    Sois vs em outras peles,Camalenica estrutura.

    Desce do sol o arrebol,Mistrio inconstil,

    Empresa intilEssa tal natureza.

    No h culpa em ser;Livre s em Pluto,Terra que no existe.

    Armagedon

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    Saber amar a sorte,mentira sincera,

    Que a lei das eserasEsacela e se ignora.

    No, ainda no hora, de vero quanto do mal se apavorae o bem d alma vai embora.

    Mar em lama, pantanoso

    Abismo, que ronde em voltoDe si mesmo

    Eterno ermo,Acerto disperso em erros,

    Me transmuto, ps-luto

    E desterro.

    Mais um captulo encerro.E no sendo mais sincero,

    disaro as mscaras.

    25

    Saberamar a sorte,

    mentirasincera,

    Quea lei das eseras

    Esacelaeseignora.

    No, aindano hora, dever

    oquanto domal seapavora

    eobemd almavai embora.

    Marem lama, pantanoso

    Abismo, querondeem volto

    De si mesmo

    Eterno ermo,

    Acertodispersoemerros,

    Me transmuto, ps-luto

    E desterro.Maisumcaptuloencerro.Enosendomaissincero,

    scaras.

    [({ S,...?})]

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    c n cosems r enpereitaordemEoquepraderangerSdepoisdosossosMoer,natuaintrpidaLetargia,Cealia,gravidez?Lombalgia?Otodoaoderredorsetransorma,tomatantasoutrasaces,desidisarces.Noeu,seriamesmoaqui,Diantedoreexovermelho,esquadrinhandoassombraseoestilhaodoespelhoquedesprendedamandbulaatragarocrepsculo,impotente msculo,osculandoemamplexos,reverberandoconexosqueaosernotrapzioconduzLoucaargumentaoDepoisdeouvirasbachianasSabereisosabordaserasDesterrandoalqumicasquimerasEclipsandooapocalipsenasalmas...scnticosemsrie

    inpereitaordem

    Eoquepraderanger

    Sdepoisdosossos

    Moer,natuaintrpidaLetargia,Cealia,gravidez?Lombalgia?

    Otodoaoderredorsetransorma,

    tomatantasoutrasaces,desidisarces.Noeu,seriamesmoaqui,Diantedoreexovermelho,esquadrinhandoassombraseoestilhaodoespelhoquedesprendedamandbulaatragarocrepsculo,impotente msculo,osculandoemamplexos,reverberandoconexosqueaosernotrapzioconduzLoucaargumentaoDepoisdeouvirasbachianasSabereisosabordaserasDesterrandoal umicasquimerasa ocali senasalmas...

    26

    Os cnticos em sriein pereita ordemE o que pra de rangerS depois dos ossos

    Moer, na tua intrpidaLetargia,Cealia, gravidez?Lombalgia?

    O todo ao derredor se transorma,toma tantas outras aces,de si disarces.

    No eu, seria mesmo aqui,Diante do reexo vermelho,esquadrinhando as sombrase o estilhao do espelho

    que desprende da mandbulaa tragar o crepsculo,impotente msculo,osculando em amplexos,

    reverberando conexos que

    ao ser no trapzio conduzLouca argumentao

    Depois de ouvir as bachianasSaberei s o sabor das erasDesterrando alqumicas quimeras

    Eclipsando o apocalipse nas almas...

    Cntico

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    Ali a uma igreja escritaAcima do centroE outdoors atravessando a paisagem.

    Eu, no escrito, divagoprecipcios sobre um mar vago,essncia, angstia que deorma,Terror que apavora.

    Agora ora. S o que lhe resta,

    Tire essa marca da testaE inventa o impossvel, rioAs margens qual ptalas, rocios.

    Um assombro absurdo, no estmagoum urso, pulmo do discurso,

    Imagens de plstico.

    E em meu ser elsticoAs ormas tomam cores vagas,E estendem-se depois das vagas.

    Arca

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    longo o canto, a vida breve,

    Pois que ento poeta, escreve.

    Antes que o pecado te revele

    E nem mesmo a me te vele

    neste instante derradeiro.

    H-de ser-se por inteiro

    Do ventre escuro dos cus,

    Brotam outros tantos eus...

    Quem h de vencer-se,

    Render ou perder-se?

    Durante um quanto tempoCorta o cu um pensamento

    Qual olha de papel em branco.Eu, c em baixo, sentado nobancoPensamentando, o que no vi,O esquecimento que venci.

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    longo o canto, a vida breve,Pois que ento poeta, escreve.

    Antes que o pecado te reveleE nem mesmo a me te vele

    neste instante derradeiro.H-de ser-se por inteiro

    Do ventre escuro dos cus,Brotam outros tantos eus...

    Quem h de vencer-se,Render ou perder-se?

    Durante um quanto tempoCorta o cu um pensamento

    Qual olha de papel em branco.Eu, c em baixo, sentado no banco

    Pensamentando, o que no vi,O esquecimento que venci.

    Eis, queinterpem-seo poeta

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    Livro IIDAS FORMAS E DOS FLUIDOS

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    Os flsoos no sabem nadaNem da razo a estticaSe no osse a inveno da ticaEstariam sem trabalho.

    Falo de tempos imemoriais,De minha defciente lingsticaSe no ossem caractersticaMais banal e vulgar.

    Depois da lquida viagem

    universos em buracos negrosVejo sempre mais espaos neutrosCavernas onde habitam-me eutros.

    Hematoagia das horas, que numCrepsculo cheio de auroras

    A natureza mais uma vez triste,No se sabe que existe.

    E a dislexia povoa a depressode tua imaginao. Ncleocosmopolita, dissolvido na memria

    - mar de mrmore que irrompe a histria.

    Antropologia das civilizaes ps-modernas...e as cidades tambm so eternasantteses de si mesmas.

    Anttese de si

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    Improviso sobre o impossvel.

    Os deuses da chuva desceram a meus ps

    E disseram: intil esta empresa

    Se no perume no h beleza.

    A queixa contraria toda natureza

    Em busca de uma nica chama acesaPois que do cu, em escombros despido

    Na cela mais prounda da masmorra

    Mora tua terrvel resposta. Aposta

    Ainda que em balde morra assimSem uma lgrima, uma ponta de

    Razo ou esperana que lhe valha um s sentidoComo a manh nascendo nos olhos duma criana

    Deuses,

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    ODiabtico,seumembroamputado,PerumaemseuDannemannOscorredoresdosobrado.NabarcaaacarcaadacrianaArde,seria-lhecortarorioanado,Terraosdestrelassalpicadosteustelhados...inormenainstnciaque vapora...dissolvidasubstncia,quenonadasedeorma,Qualquermiragemsemortografa...OsegredosidreoEmmeioaonevoeiro,enciclopdicoanimalsemculos,Revelaroetreo...(deusinfnitaquealmahabita)

    32

    ODiabtico, seu membro amputado,Peruma em seu DannemannOs corredores do sobrado.

    Na barcaa a carcaa da crianaArde, seria-lhe cortar o rio a nado,

    Terraos destrelas salpicadosteus telhados...

    inorme na instnciaque vapora...dissolvida substncia,

    que no nada se deorma,

    Qualquer miragem sem ortografa...

    O segredo sidreoEm meio ao nevoeiro,

    enciclopdico animalsem culos,Revelar o etreo...

    (deusinfnita que alma habita)

    Poema

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    Germina seras outrasas razes,De quando ramosflhos dos netos

    dos antepassados.

    Pois queNada conheo almDum alegrico renque raturadode metoras.

    Rompidos os laos, a tradio,

    Trai o tempo, az-lo escorrerna contra mo do previsvel.

    Na Urbe,Distante no Cosmo,arde a tarde em Petrpolis...

    Germina seras outras

    as razes,

    De quando ramos

    flhos dos netos

    dos antepassados.

    Pois que

    Nada conheo alm

    Dum alegrico renque raturado

    de metoras.

    Rompidos os laos, a tradio,

    Trai o tempo, az-lo escorrer

    na contra mo do previsvel.

    Na Urbe,

    Distante no Cosmo,

    arde a tarde em Petr olis...

    Germinaserasoutras

    asrazes,Dequandoramosflhosdosnetosdos antepassados.PoisqueNadaconheoalmDumalegricorenqueraturadodemetoras.Rompidososlaos,atradio,Traiotempo,az-loescorrernacontramodoprevisvel.NaUrbe,DistantenoCosmo,ardeatardeemPetrpolis...

    Sferas Outras

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    Comea com Eu

    Depois Tu chegas

    A vem Ele atrs

    De Ns, e s o que resta

    Depois que Vs se vo,

    So Eles...

    omeacomEu

    DepoisTuchegas

    AvemEleatrs

    DeNs,esoquerestaDepoisqueVssevo,

    Prnticos

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    noatrodoteatrodesazendotuaace.vaiemosoltimoatocaixas-eletrnicosflosoampirotecnianaacademia,eseodinh

    eiroexisteouno.antropoagiadacivilizaoclculoinfnitesimal.Ahumanacondioatransgressotranscendental!ugadaulgsregiosempossvelrastrear-mevestindoohbitodeumaasuperaracrenanahistria,distorc-la.

    35

    h uma tempestadeno atro do teatrodesazendo tua ace.

    vaiemos o ltimo atocaixas-eletrnicos flosoampirotecnia na academia,

    e se o dinheiroexiste ou no.antropoagia da civilizaoclculo infnitesimal.

    A humana condio a transgresso transcendental!uga da ulgs regiosem possvel rastrear-me

    vestindo o hbito de umaasuperar a crena na histria,distorc-la.

    Acdemia de losoa(OuO pndulo)

  • 7/31/2019 Scrombos

    37/90

    sombraquealonga-se

    nadoenteharmonia

    Dorastardechinelas

    Reuniomsticadeacentos

    nesteKant(o)hermtico(eltrico)

    eluzesom,depusedor...

    oltaraseressnciadacanontorpeo-meanolembrarPoemainfnitodouniversoun

    caescritonatransestrelaristnciantreeus

    u.

    aextensotransatlntica,aturdidarealidadeocrepsculoalucinadoofmdumdoidodiadehorasnervosasiagemabsmsticaoecocriadordesteseeitosmbriagados,almaepensamentos,adelciaderretidanamemria noutrora...

    36

    sombra que alonga-se

    na doente harmonia

    Do rastar de chinelas

    Reunio mstica de acentos

    neste Kant(o) hermtico(eltrico)

    De luz e som, de pus e dor...

    Voltar a ser essncia da canoEntorpeo-me a no lembrarO Poema infnito do universoNunca escrito na transestrelardistncia

    Entredeuseeu.

    Na extenso transatlntica,Daturdida realidade

    No crepsculo alucinadoDo fm dum doido dia de horas nervosasViagem absmsticaNo eco criador destes eeitos

    Embriagados,alma e pensamentos,

    na delcia derretida na memriano gosto do perume de

    outrora...

    Rebanho de estrelas

  • 7/31/2019 Scrombos

    38/90

    37

    H versos que ho de chegarBbados

    Quais cegos pssarosPousando ignotos destinos,Remoto endereo,a poesia.

    Orquestra negra de tambores,Sinistrcas vises que se esbarram...

    Signos polinicos

    polissmicospolicrmicos

    Pluriormes armas da civilizao,

    Legendrias...

    No alcanam terrvelregiolrica de permuta,instante atormentado

    onde ecoa ciciosoo canto do cioestrangulado, suicidaque dispersa-se nas sobras...Turbilhonado no vulto das multides...

    XIII

  • 7/31/2019 Scrombos

    39/90

    38

    Ao n do ritmo rompidoPelo espao deseito, estranhasEstroes se me vem das entranhas,

    Do pantanoso abismo.

    O poeta espanta o pssaro!Alm dos pensamentosDescansam regies cerebrais...

    Uma or a brotar no hipotlamo...

    S um verbo me bastaUm sPelo qual se sobrevivaPelo qual a pena rediviva.

    AondoritmorompidoPeloespaodeseito,estranhasEstroessemevemdasentranhas,Dopantanosoabismo.Opoetaespantaopssaro!

    Almdospensamentos

    Descansamregiescerebrais...

    Umaorabrotarnohipotlamo...

    SumverbomebastaUmsPeloqualsesobrevivaPeloqualapenarediviva.

    Logopia

  • 7/31/2019 Scrombos

    40/90

    Emcasa,

    Inectei-meComalinguagemhospitalar.Noseimaisser-me

    Oqueou...passadoopresentede

    outrosSououturodoamanh,

    Todanoitereescrito,

    Transfgurado Oceanosem

    barcoSolidoatlntic

    [que sazdestino

    39

    Em casa,Inectei-meCom a linguagem hospitalar.No sei mais ser-meO que ou... passado o presente de outrosSou o uturo do amanh,Toda noite reescrito,

    TransfguradoOceano sem barco

    Solido atlntica[que se az destino.

    Do arsenaldo no ser-se

  • 7/31/2019 Scrombos

    41/90

    Talvez

    quem sabe

    umdia

    outroraseja,e euenfm

    Tereveja, Auroraengravidando

    Omar...Etuascrinas deprolasdepratae

    azulPtalasdepoliumParandoosventoseasondas...

    Ondeandas,poesia?MelhormetadedemimmesmoConusoequilbrio demimemti.Amrbidamoviaosbraosnocorredor, otrastedesafnou,desceuumtom,Eis ue recisodomarodom,Oce

    anoeni madeletrasPois ue recisourtarosninhoses

    a uar em correntezasero-menura ocrislidasac

    esas.

    40

    Talvez quem sabeum dia

    outrora seja,e eu enfm

    Te reveja,Aurora engravidando

    O mar...

    E tuas crinasde prolas de prata e azul

    Ptalas de poliumParando os ventos e as ondas...

    Onde andas, poesia?Melhor metade de mim mesmoConuso equilbrio

    demim em ti.

    A mrbida movia os braosno corredor,

    o traste desafnou,desceu um tom,

    Eis que preciso do mar o dom,Oceano enigma de letras Pois que preciso urtar os ninhose desaguar

    emcorrentezas

    [Quero-me nuragoNum labirinto de crislidas acesas.

    Labirinto do nufrago

  • 7/31/2019 Scrombos

    42/90

    41

    Sobre como mudar o mundo Heitor Villa Lobos

    To pouco inda me restaDe tudo acabadoAnte

    a mimUm planeta devastado

    Uma multido de crebrosPor evoluir.

    A paus e pedrasSe digladiam os homensEnquanto coiotes devoram

    Os que ainda sobrevivemFarejando nosso sangueComo um rastro de rosasH quilmetros...

    orecomomuaromuno

    HeitorVillaLobos

    TopoucoindamerestaDetudoacabado

    Ante

    amim

    Umplanetadevastado

    Umamultidodecrebros

    Porevoluir.

    Apausepedras

    Sedigladiamoshomens

    Enquantocoiotesdevoram

    Osqueaindasobrevivem

    Farejandonossosangue

    Comoumrastroderosas

    Hquilmetros...

    Poemas sinfnicos

  • 7/31/2019 Scrombos

    43/90

    aslegiesdosdesertosMulumanos,ondedeixamos

    esermaishumanos, oia

    queapoesiate

    consumia, poeta, erao

    que

    manchavaasareiasdosperdidoscadernosondeoshomensjno

    soeternos

    nemmeusexrcitosdesonhos.

    42

    Nas legies dos desertosMulumanos, onde deixamosde ser mais humanos,

    oi aque a poesia

    te

    consumia, poeta,era oque

    manchava as areias dos perdidoscadernosonde os homens j no

    so eternos

    nem meus exrcitos de sonhos.

    Exerccio lrico

  • 7/31/2019 Scrombos

    44/90

    43

    Mais nunca eu aqui

    Me exilei na poesia

    Pausada slaba,

    pesada

    em

    plidas estroes

    Pariste das entranhas

    Elsticas, eltricas, estranhas

    Jaz no apartamentoO solitrio

    pensamentoNo atro abandonadode meu corao

    O no-Ser-se agoraesse bando disperso de ilhasna amplido de tua imaginao...

    Falemos a linguagem das mquinas!

    Ser de tudo antes lrico,Antdotode etlicos momentos...Bitucas queimando os fltros,dos litros longe,

    Dos barrisDa dvida...

    Maisnuncaeuaqui

    Meexileinapoesia

    Pausadaslaba,

    pesada

    em

    plidasestroes

    Paristedasentranhas

    Elsticas,eltricas,estranhas

    Jaznoapartamento

    Osolitrio

    pensamento

    Noatroabandonadodemeucorao

    Ono-Ser-seagoraessebandodispersodeilhasnaamplidodetuaimaginao...Falemosalinguagemdasmquinas!Serdetudoanteslrico,Antdotodeetlicosmomentos...Bitucasqueimandoosfltros,doslitroslonge, DosbarrisDadvida...

    O ser levita

  • 7/31/2019 Scrombos

    45/90

    44

    Ousar talvezAlcoolizar

    o tempo...

    Algazarra de letras,Cleres piadistas,

    Alabeto inteiro semvogais

    Nem hiatosentre

    a Ideologiado ego

    edo eu.

    Em meio ao tumulto e Revolta das multidesHomens-peas na superestrutura de poder.

    Ousartalvez

    Alcoolizar

    otempo...

    Algazarradeletras,Clerespiadistas,AlabetointeirosemvogaisNemhiatos

    entreaIdeologiadoegoedoeu.EmmeioaotumultoeRevoltadasmultidesHomens-peasnasuperestruturadepoder.

    Tornou-se cais o caos

  • 7/31/2019 Scrombos

    46/90

    45

    A barriga do burgus

    sorri para tv,e a nicotina nos teus dentes.

    Amarelescendo-se

  • 7/31/2019 Scrombos

    47/90

    tica?P

    deminhasrunas...

    Peloesgotoescorreolego

    Riodevermesemversos

    carregandoacanoquemorre Antesqueseesgoteocntaro.

    Jnoprende-seaocorpo

    abandonadoesprito

    Insano,doentio.

    Apagou-seoanal,oarolestrelarnumero,numeinfnito Teunomeaperturbar-meopensamento,

    Encarceradonosoneto,estepobreapartamento, Querreter-teoespritoperdido.Elevar-seoversoal icadoabsurdocomootumulto

    46

    tica?Pde minhas runas...

    Pelo esgoto escorre o legoRio de vermes em versos

    carregando a cano que morreAntes que se esgote o cntaro.

    J no prende-seao corpo

    abandonado espritoInsano, doentio.

    Apagou-se o anal, o arol estrelar numero, nume infnito

    Teu nome a perturbar-me o pensamento,

    Encarcerado no soneto, este pobre apartamento,Quer reter-te o esprito perdido.

    Elevar-se o verso a lgica do absurdoCompor algo conuso como o tumulto

    Potiquntica

  • 7/31/2019 Scrombos

    48/90

    ...depoisdeinocentesdosesdeum doceBacardi

    precisotomarobarcoerumaroutroporto...2008-03Aspra li, seu baosulurosodaBquicaorgiaQuesempaz erigeestequejazejn(o)mora...Descansanosculotomoestegen, helicoidalarquiteturada inconstncia;emparedada,aidiasetransmuta. Par empar,em nsquandose apagapelasmos... noraquenadaseja, ppovoandoasrunas, assim, sembraosdesterrada,luzdisorme,queescorre,enada, perde-senuque obumbras...Emdesespero, pordesertosoceanosbusqueiemcadaporto aumaa dequevistooternodosemtermo,desteemmilagres;plososorescendosuordosermosporosdeParcoMlo,trematormentadoosnervosatravessa,qualFebo quehabita-me aosomdoarroto...

    47

    ...depois de inocentes doses de um doce Bacardi

    preciso tomar o barco e rumar outro porto...2008-03

    A s pra li, seu bao suluroso da Bquica orgiaQue sem paz erige este que jaz e j n(o)mora ...

    Descansa no sculo tomo este gen, helicoidalarquitetura da inconstncia; emparedada, a idia

    se transmuta. Par em par, em ns quando se apagapelas mos... nora que nada seja, p povoando as

    runas, assim, sem braos desterrada, luz disorme,que escorre, e nada , perde-se nuque obumbras...

    Em desespero, por desertos oceanos busqueiem cada porto a umaa de que visto o

    terno do sem termo, deste em milagres; plos

    osorescendo suor dos ermos poros de ParcoMlo, trem atormentado os nervos atravessa,qual Febo que habita-me ao som do arroto...

    A urna cinza

  • 7/31/2019 Scrombos

    49/90

    48

    Para alm das ronteirasdo

    Frontispcio,Do prtico inescrito

    Nas regies cataclsmicas,Excessos rtmicos

    As rimas,Ausncia de som

    CinemaMudo de palavras,

    CinciasInexatas,

    noexistem

    Para tudo respostas

    Somos hds de pensamentosnuragos na

    imaginao...

    Trancado de ora do teatroIlhado em si,

    sobre a memria

    denunca ter sido...

    Entre a pena e a lei

  • 7/31/2019 Scrombos

    50/90

    atal aos homens a cidade,o verso veste o vento de escombros,nico unicrnio pairando na estepe,velociraptor perverso inspira o peixeno vo sopra seu hlito derradeiro...

    Filha dos destinos, artimanhas,Em mim, estas estroes estranhas...Sem motivo este poema, esta prece

    Que s pressas o operrio escreve.Se me descem no relmpagoElsticas, eltricas... SinistrosPensamentos, deus proscrito,Espelhos do infnito, acesaImagem de mentar no cessa.

    Assombram-me impossveis sonetosqual escravo escrevo sem descanso...

    os pensamentos estridentes mbolospassam como peixes trmulosA correr num rio terrvel manso.

    49

    atal aos homens a cidade,o verso veste o vento de escombros,nico unicrnio pairando na estepe,velociraptor perverso inspira o peixeno vo sopra seu hlito derradeiro...

    Filha dos destinos, artimanhas,Em mim, estas estroes estranhas...Sem motivo este poema, esta preceQue s pressas o operrio escreve.

    Se me descem no relmpagoElsticas, eltricas... SinistrosPensamentos, deus proscrito,Espelhos do infnito, acesaImagem de mentar no cessa.

    Assombram-me impossveis sonetosqual escravo escrevo sem descanso...os pensamentos estridentes mbolospassam como peixes trmulosA correr num rio terrvel, manso.

    Jurassic Park

  • 7/31/2019 Scrombos

    51/90

    diantedaquelaqueamontanha

    Seperturbaetreme

    V.M.Eisquemira-seohorizonteRumamosemmarchaaobelomonte,enquantonoestamostodistantes.Aindaquenosejaobastante,Aindaquenovenhaoamanh,AcendamosamatriainanimadaDianteaoParlamento,FaamosMovimento!Move-seavidaaseuspassosPoissonhosnoenvelhecem.

    50

    diante daquela que a montanhaSe perturba e tremeV.M.

    Eis que mira-se o horizonteRumamos em marcha ao belo monte,enquanto no estamos to distantes.

    Ainda que no seja o bastante,Ainda que no venha o amanh,Acendamos a matria inanimada

    Diante ao Parlamento,Faamos Movimento!

    Move-se a vida a seus passosPois sonhos no envelhecem.

    Aos belos montes

  • 7/31/2019 Scrombos

    52/90

    51

    A tica,No Cosmo, ver

    na noticia, o Abismo.

    Rai cai

  • 7/31/2019 Scrombos

    53/90

    Acendeu-sea humanapira

    ao somsoturno de noturnas liras

    Omrmoredesmoronou, esta

    casa

    Emrunas, paraalmdaasa .

    Pomposa catedral emmrmore

    sinistro

    Friaem vitrais esantos nebres

    Antigailhaesquecida e lgubre

    Dispersa entreosrarssimos

    ministros.

    ABeleza eoBem, ilusesda

    sorte

    Escombros, runas, destroos,

    carrossel

    Msticoemdesatinode palavras,

    Eiso metasicotransporte:

    Balsmicador ensimesmadaem

    riso

    rtas inernal araso.

    52

    Acendeu-se a humana piraao som soturno de noturnas lirasO mrmore desmoronou, esta casaEm runas, para alm da asa .

    Pomposa catedral em mrmore sinistro

    Fria em vitrais e santos nebresAntiga ilha esquecida e lgubreDispersa entre os rarssimos ministros.

    A Beleza e o Bem, iluses da sorteEscombros, runas, destroos, carrossel

    Mstico em desatino de palavras,

    Eis o metasico transporte:Balsmica dor ensimesmada em risoE que oertas inernal paraso.

    Perfeita

    imperfeio

  • 7/31/2019 Scrombos

    54/90

    53

    Existir para oraDa possibilidade real

    Do sonho.

    XVI

  • 7/31/2019 Scrombos

    55/90

    A pena me livrar do esquecimentoQue se vem aos homensA.RIMBAUDO poeta, em punho a pena-digital...Tecla pela pgina um clique.Tem o peso de ncoras, poema. sempre moderno o eterno.Um nome perturba o pensamentoEu-corao, coliseu em runasA ti amores, uma cama infnita de ores...Perdi-me de Baudelaire depois do bulevar,Inveno simblica do humano ser.

    54

    A pena me livrar do esquecimentoQue se vem aos homensA.RIMBAUD

    O poeta, em punho a pena-digital...Tecla pela pgina um clique.Tem o peso de ncoras, poema. sempre moderno o eterno.

    Um nome perturba o pensamentoEu-corao, coliseu em runasA ti amores, uma cama infnita de ores...Perdi-me de Baudelaire depois do bulevar,

    Inveno simblica do humano ser.

    X

  • 7/31/2019 Scrombos

    56/90

    Livro IIIOFFIC TE NON REM FUGA.

    ITATE DOLUPTATEM VOLUPIT

  • 7/31/2019 Scrombos

    57/90

    56

    com suasignifcaomstica guardaem si a nsia deelencar o Brasil

    dimenso decontinente daliteratura deento.s razes.

  • 7/31/2019 Scrombos

    58/90

    57

    Para 3 dias aps o septuagenrio

    Para o qinquagsimo quarto aniversrio

    Me no morre nunca

    C.D.A

    Repouso no muito distante

    o dos poetas...

    Ali sempre ao tatearmos cegos

    por uma pgina...

    A vida nos deixa no escuro.

    POETICANALTICAPs poeta

  • 7/31/2019 Scrombos

    59/90

    ArdemsobreaBabilnia

    OsflhosdeTntlodeuseCaos

    Acasadondio

    AtocadeGolias

    tragooltimo,

    quintessncia dens

    paraalmdosprticosparaocosmoinfndo,

    ondedorme

    emmansidotranqilademanh.Eununcamaisaqui

    porentrelivroseescolhasentreidiasParaldoanacronismo,

    Banidopradepoisdel...

    DaBibliotecadeAlexandria

    Daspginasalturasdeestantestuas

    Hoje,ontemser

    criaotoraracriatura.

    58

    Ardem sobre a BabilniaOs flhos de Tntlo deus e Caos

    A casa do ndioA toca de Goliastrago o ltimo,

    quintessncia de nspara alm dos prticospara o cosmo infndo,

    onde dormeem mansido tranqila de manh.

    Eu nunca mais aqui

    por entre livros e escolhas entre idiasPara l do anacronismo,

    Banido pra depois de l...Da Biblioteca de Alexandria

    Das pginas alturas de estantes tuas

    Hoje, ontem sercriao to rara

    Que enlouquece a criatura.

    A senzala

  • 7/31/2019 Scrombos

    60/90

    um bando de corujas tortascomdia de loucos, teatro das bestas ,

    Releituras de conceitos, negao do bvio

    Enobrecer o tolervel, navegar no cioOps! Cactos para o escritor.

    Do outro

    Como se num orbe distante descansaTeu semblante

    dormindo na imensido.

    pice no excesso de ser mais humano

    S

    SeL

    For

    que no hajaEntre vs novos hierglios...trago ltimo,

    queimando oceanos inteiros,multido de pensamentos,

    um caos em eus

    59

    um bando de corujas tortascomdia de loucos, teatro das bestas ,Releituras de conceitos, negao do bvioEnobrecer o tolervel, navegar no cioOps! Cactos para o escritor.Do outroComo se num orbe distante descansaTeu semblante

    dormindo na imensido.pice no excesso de ser mais humanoSSe

    LForque no hajaEntre vs novos hierglios...trago ltimo,queimando oceanos inteiros,

    multido de pensamentos,um caos em eus

  • 7/31/2019 Scrombos

    61/90

    e resiste,capital digitar desmbolos do dia-dia,no ser, incrdulo esprito,societal o anti-Estadovegetativo.Filosofa antiplutnica,[cncia-leidos pensamentos em que meenvolvo,Nave plana na neblina,De ti, at a idia pequenina.

    60

    e resiste,capital digitar de smbolos do dia-dia,

    no ser, incrdulo esprito,

    societal o anti-Estado vegetativo.

    Filosofa antiplutnica,[cncia-lei

    dos pensamentos em que me envolvo,

    Nave plana na neblina,De ti, at a idia pequenina.

    esta poesiaque no consola

  • 7/31/2019 Scrombos

    62/90

    61

    Zico aos domingosouscando o sol...uma vez me disse um poeta

    mas eu sem saber respondino fz muito mais que calar.

    Ento veio assim.O Futebol ___________________________

  • 7/31/2019 Scrombos

    63/90

    Asredesempensamentos,

    Eaculturatransormaem

    Grauetrabalho,ao-tecon-

    Cretoimagemdestilada,

    Sativaasondagemdoabsurdo.

    Lricadigital,virtualmenteDispersaemrealidadesoutras,

    Cotidianoseutrosessahumanidade

    Anti-ps-natureza,impossvelgeografa.

    Gramticahermtica,teussignos,

    Sociedade.Imprevistoalarme.

    PoticaIII, Estaoinvernal

    Estaidiadetuaesera,

    Incontidaapacincia

    Paraalmdateoria:

    Sistemasar uitet

    62

    As redes em pensamentos,E a cultura transorma emGrau e trabalho, ao-te con-Creto imagem destilada,Sativa a sondagem do absurdo.

    Lrica digital, virtualmenteDispersa em realidades outras,

    Cotidianos eutros essa humanidadeAnti-ps-natureza, impossvelgeografa.

    Gramtica hermtica, teus signos,Sociedade.Imprevisto alarme.

    Potica III, Estao invernalEsta idia de tua esera,Incontida a pacinciaPara alm da teoria:

    Sistemas arquitetam estruturas

    Enquantoaquelesustm

  • 7/31/2019 Scrombos

    64/90

    A tecnologia maniestou-se o no-fm da luta-de-classes

    Que estampa-te as aces

    Improvveis transeuntesLapso na histria dasCulturas, elo-navalha

    Entre o ser e sua natureza

    E o homem engendrasua maior anttesesua auto-imagem

    improvvel arquitetura...

    Estrutura precriaCorao militante

    Impossvel abstraoQual lego se arquiteta

    A civilizao poli-tnicaFato incondicional da histria,

    uma multido em trajetria

    Ethos,

    Quarks ,QuantosBangs-

    Dogs big, the lost soul,Are playing letters in saloon

    63

    A tecnologia maniestou-se o no-fm da luta-de-classesQue estampa-te as aces

    Improvveis transeuntesLapso na histria dasCulturas, elo-navalhaEntre o ser e sua natureza

    E o homem engendrasua maior anttesesua auto-imagem

    improvvel arquitetura...

    Estrutura precriaCorao militanteImpossvel abstraoQual lego se arquiteta

    A civilizao poli-tnicaFato incondicional da histria,uma multido em trajetria

    Ethos,

    Quarks ,QuantosBangs-Dogs big, the lost soul,Are playing letters in saloon

    Em pixelse usb

  • 7/31/2019 Scrombos

    65/90

    Nova nave ambigidade,

    Inconstante novidade, a vida.Colunas e 1 pgina, estilsticaQue estica a esttica, el.

    No sou lou, inncia literria

    Incontida,Resguarda naHistria

    A notcia que novo se movePlstico-acstico no ar.

    64

    Nova nave ambigidade,Inconstante novidade, a vida.Colunas e 1 pgina, estilsticaQue estica a esttica, el.

    No sou lou, inncia literriaIncontida,

    Resguarda na HistriaA notcia que novo se movePlstico-acstico no ar.

    Jueves, 10/06/2010

  • 7/31/2019 Scrombos

    66/90

    Transfgurar a realidade

    Reinventar o tempo

    Apropriar-me culturas outras

    Ser-nos eutros, supra-conscincia

    My soul is the world!Pois que habitam-nos heranas,

    estrangeiros ancestrais.

    Universo em constante disperso,

    A diversa universidade

    Engendrar teoriasDesazer teoremasPoder, enfm, amarLiteratura...

    Orgnica cincia a lngua,O cinema.AntroposociopolticaDas civiliza es

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    Transfgurar a realidadeReinventar o tempoApropriar-me culturas outras

    Ser-nos eutros, supra-conscinciaMy soul is the world!Pois que habitam-nos

    heranas,estrangeiros ancestrais.

    Universo em constantedisperso,A diversa universidade

    Engendrar teoriasDesazer teoremasPoder, enfm, amarLiteratura...Orgnica cincia a lngua,O cinema.

    AntroposociopolticaDas civilizaesTranscendendo culturasE sociedades.

    Aperfeioar

    o espritoe/ouaproximaro ser

    do tempo.

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    NOLTIMODIA

    daprimeirasemanadeaula,

    Foiquecomoemplenasexta-eira

    EmCachoeira,AnaturezadascircunstnciasHouvessemudado.

    Asidiasemturbilhoatravessamasparedesdarazoexcedeaprpriaessnciacontidanoinventodareal.acinciadaflosofadomomentoPerturbaaxiomasancestraisDepoisnosdebrucemosSobreoatoacontecidoPrevisto,precipitado.

    AnoiteemestanosaloFruiocorpotica...

    NemHolmes,PoirotouPoepesariam

    AanedotadomistrioantsticoOrapto-desaparecimentomomentneoESCRITOR

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    NO LTIMO DIAda primeira semanade aula,Foi que como em plena sexta-eiraEm Cachoeira,A natureza das circunstnciasHouvesse mudado.

    As idias em turbilho

    atravessam as paredes da razoexcede a prpria essnciacontida no invento da real.

    a cincia da flosofa do momentoPerturba axiomas ancestrais

    Depois nos debrucemosSobre o ato acontecidoPrevisto, precipitado.

    A noite em esta no saloFruio corpotica...

    Nem Holmes, Poirot ou Poe pesariamA anedota do mistrio antsticoO rapto-desaparecimento momentneo

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    ESCRITOR

    Daspalavrasatleta,

    Seutreinador,Poeta.

    Oversoadestra

    Suamomestra

    Nocansa,nemparte,

    AvanaosescombrosdaArte.

    EmeroquartoobscuroPassagemporcimadomuro

    Doquintaldasidias,

    Suplantaamatria,memria

    Sealarga,sucursaldahistria...

    Implodeaessncia

    reticncias.

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    ESCRITORDas palavras atleta,Seu treinador, Poeta.

    O verso adestraSua mo mestra

    No cansa, nem parte,

    Avana os escombros da Arte.

    Emero quarto obscuroPassagem por cima do muro

    Do quintal das idias,

    Suplanta a matria, memria

    Se alarga, sucursal da histria...Implode a essncia

    Oculta lembranas, reticncias.

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    E a realidade mais uma vezAturde conscinciasEm desencanto eterno

    E o hoje engrandece(inda mais) o ontem.

    Decola outrantas ronteirasDe um mesmo lugar,

    Eclipse , sombra,Lago ou proundo mar...

    Incontida a dizima que no cessaE o dizimo no me pea,Ser laico, louco eremita,

    Hermes descalo, hermeneutaQue esqueceu estratgias .Mil bandeiras tem uma nao,

    Um territrio em si contmUlterior segredo da expanso.

    Hierrquicas vontades, desmandosA ento super-culturalizada civilizao

    Desmonta.Abrolhos de estilhaos se espraiam pelo indefnido

    Sim, camalenico estado,Metamoro constante...

    Nem Gregor Samsa saberia a sensao...Sondar as proundezas,

    o absurdo abismo turbilhona,redemoinho os momentos,instantes pr-criesno se submetem as rgeis leis da memria

    incompleta sempre a histria...matria que no vcuo se abandona

    eeito no bvio se transbordaetrea verdade de fngir-se

    Jh no mais longe,Precpuo passear precipcios

    Rejuvenescer o olharde si acerca do outro

    Ethos qunticos so precisoSupor operar as peas e as cartas,

    E o primognito de copas abstrai do tabuleiro

    O anacronismo de nunca ter idoMero espectro do intelectual de outrora e de hoje.EM OUTROS MARES BIOLGICOSNauragastes,

    Gastaste o xtaseQual numa hiperblica catarse

    Analtica que se ramifcaE perturba.

    Foi deslocado o eixo,Organismo sem rbita

    Per si constante,Esquecer-se.

    Lamparinar pensamentosCrepitar o dia,

    Sombrancelhar o tempo,Antecipar(inconstantes)Estruturadas estruturantes estruturas...Fluido uxo de capitais,

    E individuo cosmopolita se esmeraEm lapidar culturas eutras,

    Lnguas outras,E ser-se longe solipsismo

    Das circunstncias, enfm,Social-nilismo dominante

    Descrer sociedades e seus habitus ,Diz cr ver

    Paradigma incerto o doDesterro na experincia cotidiana

    Cincia obscura essaTal natureza, ugidiaCerteza, um s

    Gloc temporal, deslocalizaoEspao-global em pensares...

    Ao que desrealiza,Imaterial nevoeiro que se apresenta,

    Inevitvel a tecnologia, atalista aSociedade.

    Inoxidvel arquitetura,Material objeto anlogo ao real,

    Sujeito subjeto objetivado.

    Descaso ao caso orgnico,E o ser cada vez menos intelectualFac-smile dos simulacros da civilizao,

    Inglria a uno de transcenderUniversos outros,

    Eutrifcadas lucubraesAcerca do que no h

    Entre o indivduo e o infnito.

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    E a realidade mais uma vezAturde conscinciasEm desencanto eterno

    E o hoje engrandece(inda mais) o ontem.

    Decola outrantas ronteirasDe um mesmo lugar,Eclipse , sombra,Lago ou proundo mar...

    Incontida a dizima que no cessaE o dizimo no me pea,Ser laico, louco eremita,

    Hermes descalo, hermeneutaQue esqueceu estratgias .Mil bandeiras tem uma nao,Um territrio em si contmUlterior segredo da expanso.

    Hierrquicas vontades,desmandosA ento super-culturalizadacivilizaoDesmonta.

    Abrolhos de estilhaos seespraiam pelo indefnido

    Sim, camalenico estado,Metamoro constante...Nem Gregor Samsa saberia asensao...Sondar as proundezas,

    o absurdo abismo turbilhona,redemoinho os momentos,instantes pr-criesno se submetem as rgeis leisda memriaincompleta sempre a histria...

    Expurgao

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    matria que no vcuo se

    abandonaeeito no bvio se transbordaetrea verdade de fngir-seJh no mais longe,Precpuo passear precipciosRejuvenescer o olharde si acerca do outroEthos qunticos so preciso

    Supor operar as peas e as cartas,E o primognito de copas abstraido tabuleiroO anacronismo de nunca ter idoMero espectro do intelectual deoutrora e de hoje.EM OUTROS MARES BIOLGICOSNauragastes,

    Gastaste o xtaseQual numa hiperblica catarseAnaltica que se ramifcaE perturba.

    Foi deslocado o eixo,Organismo sem rbita

    Per si constante,Esquecer-se.

    Lamparinar pensamentosCrepitar o dia,Sombrancelhar o tempo,Antecipar(inconstantes)Estruturadas estruturantes

    estruturas...

    Fluido uxo de capitais,E individuo cosmopolita seesmeraEm lapidar culturas eutras,

    Lnguas outras,

    E ser-se longe solipsismoDas circunstncias, enfm,Social-nilismo dominanteDescrer sociedades e seushabitus ,Diz cr ver

    Paradigma incerto o do

    Desterro na experincia cotidiana

    Cincia obscura essaTal natureza, ugidiaCerteza, um sGloc temporal, deslocalizaoEspao-global em pensares...

    Ao que desrealiza,Imaterial nevoeiro que seapresenta,Inevitvel a tecnologia, atalista aSociedade.

    Inoxidvel arquitetura,

    Material objeto anlogo ao real,Sujeito subjeto objetivado.

    Descaso ao caso orgnico,E o ser cada vez menosintelectualFac-smile dos simulacros dacivilizao,

    Inglria a uno de transcenderUniversos outros,Eutrifcadas lucubraesAcerca do que no hEntre o indivduo e o infnito.

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    Ensinaram a dialtica, aos pais de ideologias malditasA essa legio de contas-entes-ligadaspor uma idia-prxis,Fibra-ptica-tenso em movimento constante

    constante movimentoE a realidade no cansaManh que no cessa,

    Dirio metacrticoH revoluo...

    Luas outras brotaroNo cu diurno

    E a eio dos prdios

    Empalidecer,Cair um tom o pensamento,Deslocada a realidade do instanteEmero trago que se arrastaNa imensido.Fugiste uturo inalcanvel

    Flego que sustenta-se.Armadilha constanteEsta chuva noturnaH deus...

    Aqueles

    aqum oslsofos

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    . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .De plvora e mel, desafa o pincel,Cada manobra brisa solitria , arisca trajetriaO mistrio no cansa, desvenda a lembranaPrecrio contraste constante.

    Condera-caturado indivduo, em rtulose perfs imersos,caixa-preta de ideologias

    as conscincias.Fora duvida, a vida;Percurso no tragicmico trajetoSujeito em processo, ente-cultura,Esse Eu incompleto estrutura inconstanteDominante incerteza.

    Nove Naves deslizando no azulRaios em contnuos relmpagosApagam da tarde o arco-ris de palavras

    And lost land i recomposeAre the close windows

    For my soul.And my eyes opens or everApproach the world themselves.

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    Ser-penteemorembalsamada

    Gro-de-plen,asaaziaga,

    Vointranqilo,derepente,

    Tempestade.

    Asvoltas,pelobaldioemnoite

    Seespraiar,correrodia,crepsculoocular

    Prenderotempo,

    sang,song,

    incensaroriso,visitarparasosetransmigrar,

    Respiraro culto,aspirarocultoenigma

    Entreosdedos...Fronteiras,terremotos,Cataclismos

    Hecatombesanunciam...Transporteaopassodemillguas,submersaspocasdecantoemantasia,chispaodianasguasdovale.

    Erepresaaidia,labirintodamatria,

    Trocam-seasmascaraseodisarcecontinuaOmesmo.niconervoquenocessa,improvisaapromessaeseesquivadoabrao,

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    Ser-pente em or embalsamada

    Gro- de-plen , asa aziaga,

    Vo intranqilo, de repente,

    Tempestade.

    As voltas, pelo baldio em noiteSe espraiar, correr o dia, crepsculo ocular

    Prender o tempo,sang, song,incensar o riso, visitar parasose transmigrar,

    Respirar o culto, aspirar oculto enigmaEntre os dedos... Fronteiras, terremotos,Cataclismos

    Hecatombes anunciam... Transporteao passo de mil lguas, submersas pocasdecanto em antasia, chispa o dianas guas do vale.

    E represa a idia, labirinto da matria,Trocam-se as mascaras e o disarce continuaO mesmo.nico nervo que no cessa,improvisa a promessa

    e se esquiva do abrao,preserve o rastro.

    Humano, ser,

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    Apndice

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    Traz na tez o Mar,ira...

    Cpsula de olores, cristal de iluso

    Termostato da clareza, branco enigmaTuas asas; plida nau, nave navegandoNa delicia astrolbica do eterno

    Casulo alqumico em que se undeO incenso e ptalas rarssimasPrecioso sndalo que da boca escapaAmalgama o tempo e no cansa ret-la

    Pois que oi-te o anal, precpuaarmadilhaQue pousa sem asas em lassido oz onde esconde-se a bssola

    A noite engole a imensidadeSua hora envolta em caos

    Silencia o todo em suas partes.

    A

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    s fronteiras

    Escaandro de coisas idase em nvoa imerso,esmaecido...

    No coube amor, em suabagagem...Mmicos moremas, MoreuAssiste a correnteza aoMar o carregar...

    Arrastam almas pelas penas,

    E a porta range no sentido,Raciona-li-sensao...

    E vence o tempoEsconde os dias na algibeiraEscrevinha as horas no ocaso

    Precipitar em mistriossombras antes vistasE outro hoje ainda

    No mais eu-ermolapso no espelhoExtingue-lhes os antolhosE todo o mar agora o podever

    Pirotecnia das idiasVerboriundo de si mesmoApascenta seu ser moribundo

    Escaravelho,que ao interiorconsomequal esngica idia a corroer

    a razoEm mstico terrenoObumbra insigne imagem...Mscara que o todo veste.

    Mistfca paisagem...

    Hecatombes na histriaDespencam aos milhes asrepblicasDesmontam, escombros doacontecido

    To precrio saberenmenos ocorrem todotempocomplexas, as estruturastransbordam

    Na bolsa, Razo em baixapasso a passo pena aindaemboraA ltima estrada.

    Depois do campo obtusoPensar mais no h serA onte em umos perumaLavra aps lavra asronteiras...

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    Despeja o enigma

    das auroras no cu de megatons...compraria tijolos e remdios,S estilhaos sem nexoreverberam na inexatidoda ace dgua que murmuraao ver eclipsar-se o Orbeparadeiro desconhecido,movimento anacrnicono no-espao sem tempoem exerccio constantede perplexidadeno instantneae no percebida.

    Lembrana futurarecordares esta voz vacilante,

    se a tarde em lamentoa lembrana lavar-me...

    recordareis o que me cabe;

    recndita ausncia

    em cada esquina,no encontroe cada estrela morre

    Pois que de mim se derramaesta angstia-memria,esta verdade decrpita

    esta lunar solido

    qual quando ao caisatraca-se o crepsculo,

    alvo negro nos rochedosque as ondas rebatem

    despedaam-se na espuma...

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    Anexo

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    Fatalismo acientco 1A cinciaArde em meio a chuvaNo nauragar da tarde

    Obumbram lentes a realidadeInteracionismos consubstanciamA natureza equnime do ser

    Entre a mstica qunticaE aObviedade, paira imersa naIncerteza,

    A ltima anliseDo acontecido

    Fatalismo acientco 2

    A ordem no caos a possibilidade de existir

    Outra sada, ora de qualquer realidadeAlm do que

    Toca aos olhos, depois,Ser-ente,Deus encapsulado na razo,

    Gnio prenhe nas idias,E

    Descartes to distante e semMtodo,

    Kepler, Kuhn e Kant coisifcam-se,FilosofcamPensamentos.!.

    1 Algo como um atalismo russo de inicio de sculo!

    2 H c Bacon, Shelley e Bayron... dum panfeto de estudantes.

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    Lricoisas

    Foi em maroO marco, do rio

    O brao...No Carmo, conveno-meque eiras noexistem.Foi tudo

    ortuito carma,Sem paz nem calma,Mar em sargaos

    Cleres estilhaos dosPorta-retratos.Da Rua inteira

    Em retalhos ,Cpias enchem

    Dias de cansao.Mascara o metamrfco ser

    Em ti; conjunturado, natureza natimorta

    Em si;mero esmero.Se no nascem mais virgensnos jardins daBabilnica Beleza,

    E a dor s mais uma,Ante o gozo holstico.

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    14 Estaes para Valquria.3

    Heri que desconhece-se,Ser outro, mais que augusto

    Joo, Febo, Delos, Patmos

    Consulta os orixs e seus bziosAcumulados nos abismos das cidades

    nas runas das noites.

    Escorrendo pelas paredes as propagandas

    No,Nem mesmo a veria sentido

    em ser louco.

    Agora brotam liquens sobre tua lquidalembrana.

    Jaz mnsida e tranqila sobreo dorso sinuoso dum regato.

    Plago, hiato,Alargado intervalo e

    ntrea ace e o espelho.

    3 Poema publicado pela primeira vez no jornal Tribuna Popular de

    Marogijipe na edio de 15;07;2010 , Recncavo sul da Bahia.

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    II

    CNCAVA IMAGEMCanhes e cais gravitando emtua rbita...

    Desta teoria imprecisaEmerge arquitetura precria,Qual nvoas do HimalaiaEm seu crebro mutante.

    Das brumas revelam-se ninas

    Em seu uido...Eu, no sou bom com poemasMais a pena insiste enardar-me

    Vs dizeis-me vagabundo,No mas que o malandroQue preeita sobre vs:

    Incrdulos e insensatos.A corja as custa se nutre;O que s-tu, esngica-miragem?Paraguau no Senna.

    Falsa brica de nsias

    nervosas,Absurda indstria da antasia.

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    Este livro foi composto com ttulos

    em Rotis Semi Serif Bold 18/18 e

    corpo em Rotis Semi Sans 10/12.

    Fonte desenvolvida por Otl Aicher em

    1988, com base no sistema mtrico

    em vez do sistema de paicas.

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    Nisquis iur, vit aut eribeatio tendae

    nonsed quo qui cusae nistet acea-

    quaepro volupta sequi recuscimus,

    aut fuga. Nam quam, si volor sam

    recepedit anduci optate volupis et la-

    bore consed molliatibus, con reprovi

    derunt, aut magnit, nimenihita sum

    qui nonserupta verunt molorerro

    magnimusaes quuntur re por siti-

    bustoris molum ipit maximus aperor

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