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SETEMBRO DE 2012 Schengen A porta para a sua liberdade de circulação na Europa PT

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Page 1: Schengen, a porta para a sua liberdade de circulação na Europa

SETEMBRO DE 2012

SchengenA porta para a sua liberdade de circulação na Europa

PT

Page 2: Schengen, a porta para a sua liberdade de circulação na Europa

INTRODUÇÃO 1

LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS 2

COOPERAÇÃO POLICIAL E ADUANEIRA 2

— Fronteiras internas 2

— Fronteiras externas 3

— Sistema de Informação Schengen (SIS) 4

COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA 5

VISTOS 6

ASILO 7

MAPA DO ESPAÇO SCHENGEN 8

Índice

A presente brochura é publicada pelo Secretariado-Geral do Conselho a título meramente informativo.Para qualquer informação sobre o Conselho, pode consultar na Internet o sítio: www.consilium.europa.eu© União Europeia, 2013Reprodução autorizada mediante indicação da fonte

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Schengen, pequena localidade situada no sul do Luxemburgo, junto ao rio Mosela, tornou-se sinónimo de abolição dos controlos nas fronteiras internas e de liberdade de circulação na Europa. O espaço Schengen foi evoluindo gradualmente:* Foi criado em 14 de junho de 1985, com a assinatura

do Acordo de Schengen entre cinco países (Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo e Países Baixos).

* Cinco anos mais tarde, a Convenção de Schengen definiu a forma como a abolição dos controlos nas fronteiras internas seria aplicada na prática. Estabeleceu também uma série de medidas compensatórias necessárias para reforçar os controlos nas fronteiras externas, definir procedimentos de emissão de vistos uniformes, lutar contra o tráfico de droga e instituir um sistema comum de partilha de informações, o Sistema de Informação Schengen (SIS).

* Na prática, a abolição dos controlos nas fronteiras começou em 26 de março de 1995, altura em que sete países (os cinco iniciais, a que se juntaram Portugal e Espanha) aboliram os controlos nas suas fronteiras internas.

* Desde então, o espaço Schengen expandiu-se a um ritmo constante, compreendendo atualmente a Bélgica, a República Checa, a Dinamarca, a Alemanha, a Estónia, a Grécia, a Espanha, a França, a Itália, a Letónia, a Lituânia, o Luxemburgo, a Hungria, Malta, os Países Baixos, a Áustria, a Polónia, Portugal, a Eslovénia, a Eslováquia, a Finlândia e a Suécia, e ainda quatro países que não são membros da União Europeia (UE): a Islândia, a Noruega, a Suíça e o Listenstaine.

* No futuro, com a plena adesão da Bulgária e da Roménia ao espaço Schengen, passará a contar com 28 países europeus.

* Quatro Estados-Membros da União Europeia não fazem parte do espaço Schengen, embora participem em algumas das regras que lhe são aplicáveis: Croácia, Chipre, Irlanda e Reino Unido.

Cada um dos países do espaço Schengen é objeto de uma avaliação periódica, que tem por objetivo verificar se as regras acordadas são por todos devidamente aplicadas.A abolição dos controlos nas fronteiras internas tem consequências noutros domínios de ação, como sejam a luta contra a criminalidade transfronteiras, as deslocações transfronteiras e o comércio e a justiça transfronteiras. Como tal, as regras aplicáveis ao espaço Schengen dizem respeito não só à livre circulação de pessoas, mas também à política de vistos, asilo e cooperação nos domínios policial, aduaneiro e judiciário.

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LIVRE CIRCULAÇÃO DE PESSOAS* A liberdade de circulação no espaço Schengen constitui um

direito não só para mais de 500 milhões de cidadãos europeus, mas também para todos os nacionais de países terceiros que se encontrem legalmente no espaço Schengen. Os cidadãos estrangeiros que nele residam gozam desse direito, sem precisarem de vistos, desde que possuam um título de residência válido. Os cidadãos estrangeiros que viajem dentro do espaço Schengen têm a liberdade de o fazer por períodos máximos de 90 dias em cada seis meses.

* Liberdade de circulação significa: acabar com as filas nos aeroportos, fronteiras marítimas ou terrestres, e com os controlos nas fronteiras internas. Foram também suprimidas as infraestruturas de controlo, como as guaritas dos guardas de fronteiras e outras barreiras físicas.

* Todavia, todos os países participantes têm o direito de efetuar controlos de pessoas e controlos aduaneiros em qualquer ponto do seu território nacional, no âmbito do trabalho de rotina da polícia, das alfândegas ou dos serviços de controlo da imigração. Da circulação rodoviária à luta contra o crime organizado, não faltam exemplos desse tipo de operações.

COOPERAÇÃO POLICIAL E ADUANEIRAFronteiras internas* Os países vizinhos, que estabeleceram entre si uma estreita cooperação,

podem efetuar controlos e operações conjuntas de ambos os lados da fronteira comum. São disso exemplo as entregas vigiadas de droga e os patrulhamentos policiais conjuntos.

* Os agentes responsáveis pela aplicação da lei podem também efetuar operações de vigilância e perseguição transfronteiras no território dos Estados-Membros vizinhos, nomeadamente quando um criminoso suspeito tente evadir-se de um país atravessando a fronteira com o país vizinho.

* Em caso de ameaça grave à ordem pública ou à segurança interna, um Estado-Membro pode, a título excecional e durante um período máximo de 30 dias, reintroduzir controlos em todas ou em algumas das suas fronteiras internas. Esses casos abrangem, por exemplo, as manifestações desportivas importantes suscetíveis de representar um risco para a segurança.

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Fronteiras externas* A fronteira externa do espaço Schengen, com mais de 50 000 km de comprimento

(aproximadamente 80% dos quais de fronteira marítima e 20% de fronteira terrestre), inclui centenas de aeroportos e portos marítimos, bem como de pontos de passagem das fronteiras terrestres.

* Cada um dos Estados Schengen é responsável pelo controlo das suas fronteiras externas. As normas e o nível de controlo aplicados dentro do espaço Schengen são idênticos em todos os pontos de passagem das fronteiras externas, independentemente da sua localização. O «Código das Fronteiras Schengen» estabelece as regras comuns a aplicar.

* Em 2005, foi criada a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex) (1), que começou a funcionar no mesmo ano. Compete-lhe essencialmente complementar os sistemas de gestão das fronteiras dos Estados-Membros pertencentes ao espaço Schengen promovendo a gestão integrada das fronteiras externas e coordenando a cooperação operacional a nível da União Europeia, com o objetivo de reforçar a segurança na fronteira externa do espaço Schengen.

* Podem ser destacados guardas de fronteiras de um país para outro, a fim de participarem em operações conjuntas e prestarem apoio aos Estados-Membros que se vejam confrontados com situações de especial pressão.

* De acordo com as regras da União Europeia em matéria de pequeno tráfego fronteiriço nas fronteiras externas, vários foram os Estados Schengen que celebraram acordos bilaterais com países terceiros vizinhos, nomeadamente com vista à obtenção de uma autorização de pequeno tráfego fronteiriço, de modo a facilitar, nas zonas fronteiriças, o tráfego, o comércio, o intercâmbio social e cultural e a cooperação regional.

(1) www.frontex.europa.eu.

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Sistema de Informação Schengen (SIS)* A criação do SIS constitui uma das principais medidas adotadas para

compensar a abolição dos controlos nas fronteiras internas (2). Trata-se de uma base de dados comum de que dispõem, nos países participantes, as autoridades responsáveis pelas fronteiras, pela migração e pela aplicação da lei. A ela têm acesso as autoridades presentes nas fronteiras, dentro do território nacional e nos consulados no estrangeiro. São aplicáveis ao SIS rigorosas regras específicas de proteção de dados.

* Em abril de 2013, o SIS continha mais de 47 milhões de entradas respeitantes a:

pessoas (mais de um milhão) ê não autorizadas a entrar e permanecer no espaço

Schengen (74%), ê a deter (Mandado de Detenção Europeu) (4%), ê desaparecidas (6%), ê notificadas para comparecer perante uma autoridade

judiciária (11%), ê a submeter a controlos discretos ou específicos (5%),

e a:

objetos perdidos ou roubados (quase 46 milhões) destinados a ser apreendidos ou a servirem de prova em processos penais:

ê documentos em branco ou já emitidos (87%), nomeadamente passaportes, bilhetes de identidade, cartas de condução, títulos de residência, documentos de viagem, documentos de registo de veículos,

ê veículos e chapas de matrícula (11%), ê armas de fogo (1%), e ê notas de banco (menos de 1%).

* Em 2012, verificaram-se mais de 116 000 «respostas positivas», permitindo detetar cerca de 83 000 pessoas e 33 000 objetos, incluindo mais de 16 000 veículos roubados. Significa isto que todos os dias são obtidas aproximadamente 310 respostas positivas (incluindo, em média, 44 veículos roubados por dia).

(2) www.sirene.europa.eu.

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COOPERAÇÃO JUDICIÁRIA* Os países do espaço Schengen aplicam uma série de regras

específicas para facilitar os procedimentos de cooperação judiciária. Entre elas conta-se o princípio ne bis in idem, que impede que uma pessoa seja julgada e punida mais de uma vez pelos mesmos factos em diferentes países do espaço Schengen. A grande maioria das disposições de Schengen inicialmente adotadas em matéria de cooperação policial e judiciária foi, entretanto, integrada em atos da União Europeia aplicáveis a todos os seus Estados-Membros.

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VISTOS* Aos cidadãos estrangeiros que visitam o espaço Schengen e que

estão sujeitos à obrigação de visto nos termos do Regulamento (UE) n.º 539/2001 é concedido um visto comum que lhes permite circular livremente no território Schengen durante o seu período de validade. Esse período não pode ultrapassar 90 dias. As estadias de duração superior a 90 dias e as condições de residência nos países Schengen são regidas pela legislação nacional.

* Em 2012, foram emitidos mais de 14 milhões de vistos Schengen, à escala mundial. O número de vistos de longa duração (para estadias superiores a 90 dias) emitidos por países Schengen foi, em comparação, ligeiramente superior a um milhão.

* Os Estados Schengen cooperam no sentido de facilitar aos requerentes a apresentação dos pedidos de visto Schengen nos seus próprios países ou regiões.

* Todos os consulados de países Schengen existentes a nível mundial aplicam as mesmas regras de emissão de vistos.

* O Sistema de Informação sobre Vistos (VIS), que liga os Estados-Membros e os pontos de passagem das fronteiras externas a uma base de dados comum, ficou operacional em outubro de 2011, e está a ser gradualmente introduzido, a fim de cobrir todas as regiões do mundo. O sistema facilita o tratamento de pedidos de visto nos consulados dos Estados Schengen em todo o mundo e contribui para tornar mais eficazes os controlos nas fronteiras externas.

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ASILO* Em 2012, os 27 Estados-Membros da UE na sua totalidade, juntamente com

a Noruega e a Suíça, proferiram cerca de 287 900 decisões em primeira instância sobre pedidos de asilo. Cerca de um quarto dessas decisões foi favorável, o que significa que três quartos dos pedidos foram rejeitados.

* Existe um mecanismo (o Regulamento de Dublim) para determinar qual o Estado responsável pelo tratamento dos pedidos de asilo, a fim de impedir que a mesma pessoa apresente múltiplos pedidos de asilo em diferentes países Schengen e evitar que se corra o risco de nenhum desses países se ocupar dos pedidos. Para o efeito, foi criada uma base de dados destinada a transmitir e comparar impressões digitais (Eurodac).

* O Parlamento Europeu prossegue os seus trabalhos com o objetivo de instituir um Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA), o que implica não só a atualização dos instrumentos jurídicos da União Europeia já em vigor no domínio do asilo, a fim de alcançar um maior grau de harmonização e de aumentar a solidariedade entre os Estados-Membros, mas também o reforço da cooperação prática através do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo, criado em 2010.

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ESTADOS-MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA PERTENCENTES AO ESPAÇO SCHENGEN*

1995: Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Espanha1997: Áustria, Itália2000: Grécia2001: Dinamarca, Finlândia, Suécia 2007: República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Eslováquia, Eslovénia

PAÍSES NÃO MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA PERTENCENTES AO ESPAÇO SCHENGEN*

2001: Islândia, Noruega2008: Suíça2011: Listenstaine

ESTADOS-MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA EM VIAS DE ADESÃO AO ESPAÇO SCHENGEN*

Bulgária, Roménia

ESTADOS-MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA NÃO PERTENCENTES AO ESPAÇO SCHENGEN*

Croácia, Chipre, Irlanda, Reino Unido

* Setembro de 2012

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LI

LI: Listenstaine

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1048 Bruxelles/Brussel

BELGIQUE/BELGIË

Tel. +32 22816111

www.consilium.europa.eu

QC-02-13-227-PT-C

doi:10.2860/63477