scb -modelo de jogo
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Modelo de jogo BragaTRANSCRIPT
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RUI MIGUEL GARCIA LOPES DE ALMEIDA
Da conceptualizao dos mtodos de treino operacionalizao prtica no quadro do modelo de jogo adotado
Orientador: Professor Doutor Jorge Fernando Ferreira Castelo
Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias
Faculdade de Educao Fsica e Desporto
Lisboa
2014
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RUI MIGUEL GARCIA LOPES DE ALMEIDA
Da conceptualizao dos mtodos de
treino operacionalizao prtica no
quadro do modelo de jogo adotado
Dissertao apresentada para obteno do Grau de Mestre em Treino Desportivo com especializao em Alto Rendimento Desportivo conferido pela Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias Orientador: Professor Doutor Jorge Fernando Ferreira Castelo
Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias
Faculdade de Educao Fsica e Desporto
Lisboa
2014
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Rui Miguel Garcia Lopes de Almeida Mestrado em Treino Desportivo
Do modelo de jogo ao modelo de treino
Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias
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Agradecimentos
Para a elaborao deste trabalho, tornou-se imprescindvel a colaborao e o apoio de
algumas pessoas, sem as quais no seria possvel concretiz-lo e s quais no podia
deixar de agradecer.
Faculdade de Educao Fsica e Desporto, por proporcionar neste mestrado aos
seus discentes a oportunidade de aumentar o seu conhecimento geral e especfico
relacionado com o treino desportivo de futebol.
Ao Professor Doutor Jorge Proena, diretor do Curso de Mestrado em Treino
Desportivo, que mostrou sempre uma grande disponibilidade.
Ao Professor Doutor Jorge Castelo pela orientao deste trabalho, apoio,
disponibilidade e ensinamentos transmitidos no decorrer do Mestrado.
Ao Professor Jesualdo Ferreira pela sua sabedoria e pela forma apaixonada e
aprofundada como vive o futebol. O meu obrigado pela oportunidade de ter sido seu
colaborador nestes anos e acima de tudo mais pelos constantes ensinamentos do que
estar, treinar e viver no futebol com excelncia.
Aos colegas da equipa tcnica que serviu a equipa do Sporting clube de Braga nesta
poca desportiva, por diariamente contriburem para a minha evoluo pessoal e
profissional.
Um agradecimento a todos os jogadores que tive e que tenho. Foi com eles que pude
experienciar muitas coisas. Errar e acertar e, consequentemente, solidificar ideias.
Este trabalho tambm um, bocadinho, grande, deles.
minha famlia, com referncia especial os meus Pais (impulsionadores da minha
formao), o meu Irmo, pelo incentivo para que eu terminasse o Mestrado.
Obrigada aquela pessoa que me conhece melhor que ningum. Sabe o que penso, o
que preciso, sabe as angstias, conhece e convive com a paixo pelo futebol. Pela
sua compreenso, presena e apoio constantes ao longo desta etapa. Por estar
sempre ao meu lado, mesmo muitas vezes no estando. Obrigado Zezinha.
Relativamente Alice, so sentimentos que me invadem e perturbam. Primeiro, com o
constrangimento que sinto com o facto ao tempo que deixei de estar com ela, de a ver
crescer, com a frustrao de saber que esse tempo nunca mais ser recuperado. O
segundo de agradecimento. Apesar dos seus onze anos, sempre manifestou uma
compreenso impressionantes, nos momentos de maior ausncia, de maior angstia,
com as suas palavras, com o seu beijo, o seu sorriso, deu-me sempre fora para
continuar. Obrigada minha querida.
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Rui Miguel Garcia Lopes de Almeida Mestrado em Treino Desportivo
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Resumo
O presente trabalho visa a elaborao de um relatrio final de estgio, realizado em
funo da concluso final do curso e respetiva obteno do grau de Mestre em Treino
Desportivo Vertente de Alto rendimento, ministrado pela universidade Lusfona de
Humanidades e Tecnologias.
Este relatrio foi efetuado na equipa do Sporting clube de Braga (seguidamente
descrita pela sigla SCB), ao longo da poca desportiva 2013/2014, dentro de um
contexto de futebol profissional que tinha por competies a primeira liga Portuguesa,
a Taa de Portugal, a Taa da Liga e Liga Europa.
Tem como objetivo principal a concretizao de uma rigorosa e profunda anlise ao
processo de treino da equipa, discriminando os mtodos de treino utilizados numa
relao de proximidade constante com o modelo de jogo adoptado pela equipa, bem
como a periodizao para a poca desportiva em causa. Neste sentido
adjacentemente apresentao quantitativa dos resultados obtidos, sob a forma de
percentagens relativas, existir a preocupao de estes serem fundamentados, em
funo dos perodos de trabalho traados, refletindo sobre os contedos abordados na
reviso da literatura efetuada assim com o seu enquadramento no contexto de
atuao especifico que caraterizou este grupo de trabalho ao longo da poca
desportiva. Pretendem-se assim perceber quais os mtodos de treino predominantes,
quais os principais fatores que contribuem para essa predominncia relativa, que
elementos inerentes ao funcionamento normal de uma equipa de futebol so mais
influentes numa possvel alterao circunstancial da metodologia de treino adotada e
de que forma se podem contornar esses obstculos, utilizando e explorando as vastas
virtudes conceptuais que os mtodos de treino comportam.
Palavras chave: futebol, mtodos de treino, modelo de jogo, modelo de treino,
planificao conceptual, estratgica e tctica
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Abstract
The present work aims the preparation of a final report of traineeship, carried out in
function of the final conclusion of the course and getting the respective Master's degree
in Sports Training Slope of High profit administered by the Universidade Lusfona de
Humanidades e Tecnologias.
This report was effectuated in the team of Sporting Clube de Braga, along the season
2013/2014, inside a context of professional football that took the Portuguese first
league, Portuguese Cup, League Cup and Europa League (lost on play-off) as
competitions.
It takes as the main reason the realization of a rigorous and deep analysis to the
training process of the team, distinguishing the methods of training used in a constant
relation of proximity with the periodization adopted for the team season. In this sense
complementary to the quantitative presentation of the obtained results, under the form
of relative percentages, there will be the preoccupation of these were substantiated, in
function of the drawn periods of work, considering on them thinking about the contents
boarded in the revision of the literature effectuated and straining his framing in the
context of specify context that distinguish this group of work along the whole season.
They are claimed to realize which methods are predominant in the team training
process, which factors contribute the most to that relative predominance, which
elements inherent in the normal functioning of the group are more influential in a
possible circumstantial alteration of the methodology of training adopted and in which
way we can go round of this obstacles, using and exploring the vast conceptual
vantages that the training exercises contemplates.
Key words: football, training methods, game model, training model, conceptual
planning, strategy and tactics
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Rsum
Ce document vise llaboration dun rapport de fin de stage, ralis en fonction de la fin
dtude et respectif obtention du degr de Matre sur Entranement Sportif Versant de
Rendement lev, enseign par luniversit Lusfona de Humanidades e Tecnologias.
Ce rapport t fait dans lquipe du Sporting Clube de Braga, pendant lpoque
sportive 2013/2014, dans le contexte de football professionnel qua comme
concurrence la premire ligue Portugaise, la coupe du Portugal, la coupe de la ligue et
la ligue europe.
A comme objectif principal la mise en place une analyse rigoureuse et approfondi du
processus de formation de lquipe, qui dtaille les moyens et mthodes
dentranement utiliss dans une relation de proximit avec la priodisation adopte
pour lpoque sportif concerns. Dans ce sens contigu la prsentation quantitative
des rsultats obtenus, sous forme de pourcentages relatifs, il y a la proccupation de
ceux-ci tre justifi, sur la base des priodes de travail tracs, refltant sur les contenu
abords dans lanalyse documentaire effectue comme son encadrement dans le
contexte dactivits spcifiques caractrisant ce groupe de travail tout au long de la
saison. La finalit est percevoir quel son les mthodes de entranement prdominants,
quels son les principaux facteurs qui contribuent pour la prdominance relative, quels
sont les lments inhrents au fonctionnement normale dune quipe de football sont
plus influents dans une ventuelle modification circonstancielle de la mthodologie de
formation adopt et comment peuvent contourner ces obstacles, laide des vastes
vertus conceptuels que lexercice de formation comporte.
Mots-cls: Football, mthodes dEntranement, modle de jeu, modle
dentranement, planification conceptuelle, stratgie et la tactique
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Lista de abreviaturas e smbolos
JDC jogos desportivos coletivos
LPFP Liga Portuguesa de Futebol Profissional
VCJ Variao do centro de jogo
CRC Corredor central
CLS Corredores laterais
CRL Corredor lateral
GR Guarda redes
EXT Extremo
EE Extremo esquerdo
ED Extremo direito
PL Avanado centro
MCE Mdio centro esquerdo
MCD Mdio centro direito
MC Mdio centro
MO Mdio ofensivo
LE Lateral esquerdo
LD Lateral direito
DCE Defesa central esquerdo
DCD Defesa lateral direito
DC Defesa central
SD Sector defensivo (1/4)
SMD Sector mdio defensivo (2/4)
SMO Sector mdio ofensivo (3/4)
SO Sector ofensivo (4/4)
SNC Sistema nervoso central
Jogador
Jogador com bola
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Passe
Deslocamento
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ndice Geral
Agradecimentos................................................................................................ 3
Resumo............................................................................................................. 4
Abstract ............................................................................................................ 5
Resum...... 6
Lista de abreviaturas e smbolos ..................................................................... 7
ndice de tabelas ............................................................................................. 12
ndice de grficos............................................................................................. 13
ndice de figuras .............................................................................................. 14
1- Introduo ................................................................................................... 16
Capitulo I Anlise do Contexto da poca Desportiva 2013/14
2. Caracterizao Geral do Clube .....................................................................19
2.1. Caracterizao da Equipa/jogadores ........................................................ 20
2.2. Caracterizao da Equipa tcnica ............................................................ 20
2.3. Caracterizao do Contexto Competitivo ................................................. 20
Capitulo II Modelo de Jogo
3. Enquadramento conceptual ......................................................................... 24
3.1. Modelao do jogo / Treino do futebol. 24
3.2. O modelo de jogo a adotar enquanto referncia central.. 26
3.2.1. Modelo de jogo Da conceo ao.... 27
4. Planificao conceptual e planificao estratgico-ttica da equipa:
Interatividade contextual ... 30
4.1. Modelo de jogo SCB : Princpios e rotinas fundamentais ......................... 31
4.1.1. Sistemas de jogo..... 32
4.1.1. Organizao dinmica ........................................................................... 32
4.1.2 Organizao fixa ..................................................................................... 45
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Capitulo III Modelo de Preparao
5. Modelo de treino. 50
5.1. O treino enquanto processo de gerir e gerar comportamentos.... 54
5.2. A especificidade / modelao do exerccio de treino.... 55
6. Classificao dos mtodos de treino para o futebol .................................... 56
6.1. Mtodos de preparao geral (MPG) ....................................................... 58
6.2. Mtodos especficos de preparao geral (MEPG) .................................. 58
6.2.1. Aperfeioamento das aes especficas do jogo (Descontextualizados)
.......................................................................................................................... 59
6.2.2. Manuteno da posse de bola ............................................................... 59
6.2.3. Organizados em circuito ........................................................................ 60
6.2.4. Ldicos/Recreativos .............................................................................. 60
6.3. Mtodos especficos de preparao (MEP) ............................................. 60
6.3.1 Finalizao (Concretizao do objetivo do jogo) .................................... 61
6.3.2. Potenciao das misses tticas dos jogadores no quadro de
organizao da equipa (Metaespecializados) ................................................. 61
6.3.3. Desenvolvimento de padres ou rotinas de jogo (Padronizados) ......... 62
6.3.4. Sincronizao das aes dos jogadores pertencentes a um mesmo
sector, bem como a sua interao com os demais sectores da equipa (Setoriais
e intersetoriais) .. 62
6.3.5. Desenvolvimento de esquemas tticos ................................................ 63
6.3.6. Competitivos com diferentes escalas de aproximao realidade....... 63
Capitulo IV - Apresentao e discusso dos resultados
1. Anlise global Anlise global aos mtodos de treino utilizados ao longo da
poca desportiva... 67
1.1. Dimenso horizontal..... 67
1.2. Dimenso vertical.. 68
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2. Anlise Macro Comparao dos mtodos de treino utilizados entre o
perodo pr competitivo e o perodo
competitivo.. 81
3. Anlise Micro Nmero e tipo de microciclos e sesses de treino.. 85
3.1. Anlise Micro Mtodos de treino mais utilizados para cada dia semanal
no perodo pr competitivo e perodo competitivo... 89
3.2. Microciclos representativos dos mtodos de treino mais utilizado.... 90
3.2.1. Microciclo tipo com 2 momentos de competio... 91
3.2.2. Microciclo tipo com 3 momentos de competio.. 92
Concluses... 93
Bibliografia ...................................................................................................... 96
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ndice de tabelas
Tabela 1 Caracterizao dos jogadores que representaram a equipa do SCB
ao longo da poca desportiva 2013/14............................................................ 20
Tabela 2 Equipas participantes e respetiva classificao 20 jornada na
Liga Portuguesa (Liga ZON Sagres)............ 21
Tabela 3 Calendarizao da Liga Portuguesa (Liga ZON Sagres)........... 22
Tabela 4 Calendarizao da Taa de Portugal.. 22
Tabela 5 Calendarizao da Taa da Liga. 22
Tabela 6 Calendarizao da Europa League..... 22
Tabela 7 Taxonomias classificativas de exerccios de treino de futebol.. 57
Tabela 8 Subdivises dos mtodos de treino de manuteno da posse de
bola... 59
Tabela 9 Subdivises dos mtodos de treino de
finalizao... 61
Tabela 10 Subdivises dos mtodos de treino
setoriais... 63
Tabela 11 Subdivises dos mtodos de treino
competitivos.... 64
Tabela 12 Anlise global: Resultados da dimenso
horizontal.... 67
Tabela 13 Anlise global: Resultados da dimenso
vertical.. 68
Tabela 14 Comparao geral do perodo pr competitivo com o perodo
Competitivo.. 81
Tabela 15 Guia para a criao de contextos de treino. 88
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ndice de grficos
Grfico 1 Nmero de competies oficiais realizadas na poca 2013/. 21
Grfico 2 Anlise global: Percentagens relativas dimenso horizontal.... 67
Grfico 3 Anlise global: Percentagens relativas dimenso vertical.. 68
Grfico 4 Anlise global: Percentagens relativas das subdivises dos
mtodos competitivos.... 71
Grfico 5 Anlise global: Percentagens relativas das subdivises da
preparao geral. 75
Grfico 6 Anlise global: Percentagens relativas das subdivises dos
mtodos setoriais 77
Grfico 7 Anlise global: Percentagens relativas das subdivises dos
mtodos para a manuteno da posse de bola 79
Grfico 8 Comparao entre perodo pr competitivo e
competitivo.. 82
Grfico 9 Anlise macro: Percentagens relativas dimenso
horizontal. 83
Grfico 10 Anlise macro: Percentagens relativas dimenso
vertical.. 84
Grfico 11 Nmero de treinos efetuados por microciclo.. 85
Grfico 12 Dias de treino discriminados pela distncia da competio. 86
Grfico 13 Volume total de dias de treino discriminados pela distncia
competio.. 87
Grfico 14 Caracterizao geral da tipologia do microciclo pr competitivo
(distribuio treino / competio / folga). 89
Grfico 15 Caracterizao geral da tipologia do microciclo competitivo
(distribuio treino / competio / folga). 90
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ndice de figuras
Figura 1 Princpios gerais SCB ........... 32
Figura 2 Princpios gerais SCB (tarefas ofensivas e defensivas).................. 32
Figura 3 Princpios ofensivos SCB................................................................ 32
Figura 4 Tringulo como referncia para os posicionamentos ofensivos dos
mdios ............................................................................................................. 33
Figura 5 Modelo de jogo SCB: Organizao ofensiva 1 fase de
construo... 34
Figura 6 - Modelo de jogo SCB B: Construo de tringulos ofensivos........... 34
Figura 7 Modelo de jogo SCB: Jogo interior dos EXT .................................. 35
Figura 8 Modelo de jogo SCB: Criao de situaes de finalizao:
movimento interior EXT (aproximao do PL) e profundidade dos MO... 36
Figura 9 Modelo de jogo SCB: Criao de situaes de finalizao: EXT e PL
encostam na linha defensiva adversria.... 36
Figura 10 Modelo de jogo SCB: Finalizao - 1x1 do EXT com apoio do
LT.. 37
Figura 11 Modelo de jogo SCB: Finalizao - Ocupao dos espaos em
situaes de finalizao.... 38
Figura 12 Modelo de jogo SCB: Transio defensiva Temporizao e
concentrao defensiva 39
Figura 13 Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Referncias de
posicionamento defensivo dos DC e MD... 39
Figura 14 Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Movimentao
coletiva defensiva em funo da bola. 40
Figura 14a Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Movimentao
coletiva defensiva em funo da bola (real).. 40
Figura 15 Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Posicionamento
defensivo compacto... 41
Figura 16 Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Oscilao do bloco
em funo da bola aberta ou fechada... 42
Figura 17 Modelo de jogo SCB: Organizao defensiva Posicionamento
defensivo dos mdios 43
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Figura 18 Modelo de jogo SCB: Transio ofensiva Recees
orientadas 43
Figura 19 Modelo de jogo SCB: Transio ofensiva Jogadores melhor
posicionados para atacar no momento da recuperao da bola... 44
Figura 19a Modelo de jogo SCB: Transio ofensiva Jogadores melhor
posicionados para atacar no momento da recuperao da bola (real).... 44
Figura 20 Modelo de jogo SCB: Transio ofensiva Ganho por
presso.... 45
Figura 21 Modelo de jogo SCB: Transio ofensiva Ganho por
interceo.... 45
Figura 22 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Cantos ofensivos... 46
Figura 23 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Livre lateral ofensivo.. 46
Figura 24 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Cantos defensivos.. 47
Figura 25 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Livre lateral
defensivo.......................................................................................................... 47
Figura 26 Organograma da taxonomia classificativa de exerccios de treino
para o futebol (adaptado Castelo, 2009) ......................................................... 64
Figura 27 Mtodos competitivos (prtica do jogo em situaes reduzidas de
espao e nmero de jogadores).. 73
Figura 28 Mtodos competitivos (prtica do jogo em situaes prximas do
real em espao e nmero de jogadores) 73
Figura 29 Mtodos setoriais (objetivos estratgicos e tticos mltiplos).. 78
Figura 30 Mtodos para manuteno da posse de bola (espaos reduzidos
objetivos tticos). 80
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1- Introduo
O futebol nos dias de hoje apresenta-se indiscutivelmente como sendo o jogo
desportivo coletivo mais meditico e entusistico a nvel planetrio. Pela sua
natureza intrinsecamente atrativa, o futebol atrai milhes de pessoas (Reilly, Clarys
& Stibbe, 1993; Garganta, 1997), o que o torna num elemento altamente
expressivo a nvel cultural e com impacto significativo na sociedade, manifestando-
se diariamente nas mais diversas vertentes e domnios que esta comporta.
Embora se considere que a natureza do jogo se mantm inalterada, atualmente o
Futebol tem-se vindo a estruturar num domnio altamente profissional. Como nos
refere Tani (2001), a preparao para o desporto de rendimento cada vez mais
exigente. Dai, tem-se entendido que no sendo o Futebol uma cincia, muito
poder beneficiar dos seus contributos (Garganta, 2001a), nomeadamente ao nvel
dos processos de organizao do treino e do jogo.
Este processo de organizao e planeamento do treino, contemplado em estreita
relao com a performance em competio parece ser um dos procedimentos
operacionais da funo de treinador, mais determinantes na tentativa de alcanar o
sucesso desportivo. De acordo com Proena (1986), ao organizarmos o processo
estamos a retirar-lhe o carcter casustico, substituindo-o por uma sistematizao
e ordenamento prvio; ao planearmos estamos a definir objetivos, programar a
interveno provvel, inventariar e mobilizar os meios necessrios e estabelecer
formas de regulao ou mecanismos de controlo, dando forma e transmitindo
contedo organizao.
Se por um lado existe a imprescindibilidade de se proceder a um criterioso e
adequado processo de planeamento para o treino de futebol, pelo outro temos
igualmente de considerar que este processo carece de tempo de elaborao
devido multiplicidade de competies existentes nos dias de hoje no contexto do
futebol profissional. por isso que segundo Meinberg (2002), o treinador deve
evidenciar a competncia do tempo permitindo o seu uso atravs de uma gesto
eficiente. Neste sentido importa portanto escolher e adotar os meios e mtodos
mais eficazes e mais estimulantes que correspondam s necessidades especficas
da equipa e dos seus praticantes dentro do seu contexto de atuao, sabendo-se
que so diversos e diversificados os fatores que determinam o sucesso desportivo.
Vrios autores tm vindo a defender a especificidade e a modelao como
princpios orientadores fundamentais para a escolha dos mtodos de treino. O
conhecimento das variveis que caraterizam o modelo de jogo pode auxiliar
especificamente a prescrio e controle da carga de treino, bem como na
adequao dos mtodos e meios de preparao (Borin, Prestes & Moura, 2007 cit.
por Santos, Castelo & Silva, 2011). Este parece ser uma conceo metodolgica
aceite pela maioria da comunidade futebolstica, no entanto ainda subsistem
algumas dvidas quanto sua aplicao prtica no trabalho dirio do treinador.
Outro dos paradigmas que influencia esta abordagem metodolgica ao processo
de planeamento parece ser a periodizao da poca desportiva. Garganta, (1993),
diz-nos que esta diviso ajuda a organizar o processo de treino, tornando mais
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efetivo o contedo da preparao, face aos objetivos e o tempo a gerir. Mas ser
que esses contedos e objetivos a atingir alteram significativamente os meios e
mtodos utilizados, nas predominncias relativas de utilizao que uns tm sobre
os outros? Quais os fundamentos tericos inerentes conceptualizao dos
exerccios de treino que sustentam a operacionalizao prtica diria da equipa
nos seus momentos de preparao?
Sobressai assim a necessidade de existir um dilogo sistemtico, consistente e
complementar entre a prtica e a teoria dado que estas esferas, quando em
sintonia, formam duas faces de uma mesma verdade (Castelo, 2009). Deste
dilogo interativo nasce a qualidade da conceo, da aplicao e da inovao dos
meios de ensino/treino do jogo (Castelo, 2009).
objetivo deste trabalho refletir sobre esta temtica relacionada com a utilizao e
distribuio dos mtodos e meios de treino em futebol ao longo da poca
desportiva. Para isso, ser feita uma anlise rigorosa ao processo de planeamento
de treino da equipa A do Sporting clube de Braga na poca desportiva 2013/2014,
recorrendo ao auxilio da taxonomia de classificao de exerccios de treino para o
futebol criada por Castelo (2009).
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CAPTULO I Anlise do Contexto da
poca Desportiva 2013/14
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2. Caracterizao Geral do clube
O Sporting Clube de Braga um clube multidesportivo, fundado em 1921,
tendo como modalidades em maior destaque o Atletismo, a Natao, o
Andebol. Atualmente, e aps o fecho da Seco de Atletismo a atletas
profissionais, a seco de Futsal que maior destaque consegue entre as diversas
modalidades do clube. So duas as equipas de futebol com estatuto
profissional que representam o clube: a Equipa A, a Equipa B (reatada na
poca desportiva 2012/2013). O escalo principal do clube (seniores A)
disputa atualmente a 1 diviso nacional do campeonato de futebol da
Federao Portuguesa de Futebol (Liga ZON Sagres), este escalo treina no
Estdio Municipal de Braga onde tem dois campos de treinos anexos e realiza os
jogos em casa no estdio. Este foi construdo para o Campeonato Europeu
de Futebol de 2004, e foi por diversas vezes, considerado um dos mais originais
e belos estdios do mundo, tendo obtido vrias distines nacionais e
internacionais.
O SCB hoje um clube de referncia nacional que disputa a hegemonia dos trs
principais clubes portugueses (Porto, Benfica e Sporting). O clube dispe de um
palmars significativo que inclui a conquista da Taa de Portugal na poca de
1966/67 e da Taa Federao Portuguesa de Futebol em 1976/77. Nas ltimas
pocas classificou-se repetidamente nos cinco primeiros postos do campeonato
portugus, assegurando presena assdua na Taa UEFA com resultados
meritrios. A conquista da Taa Intertoto em 2008, o segundo lugar no
Campeonato em 2010, a presena indita na edio 2010/11 da fase de grupos da
Liga dos Campees e posteriormente na fase de grupos da mesma na edio
2012-2013 e o segundo lugar na Liga Europa da UEFA de 2010-11, constituem-se
como momentos mpares da afirmao internacional do clube portugus que mais
tem crescido nos ltimos anos. No dia 13 de Abril de 2013, o Sporting de Braga
venceu a Taa da Liga ao derrotar por 1-0 o Futebol Clube do Porto na final
realizada no Estdio Cidade de Coimbra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_Clube_do_Portohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sport_Lisboa_e_Benficahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sporting_Clube_de_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_de_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_Federa%C3%A7%C3%A3o_Portuguesa_de_Futebolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_UEFAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Copa_Intertoto_da_UEFAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Portugu%C3%AAs_de_Futebolhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_dos_Campe%C3%B5es_da_UEFAhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_Europa_da_UEFA_de_2010-11http://pt.wikipedia.org/wiki/Ta%C3%A7a_da_Ligahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Futebol_Clube_do_Portohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1dio_Cidade_de_Coimbra
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2.1. Caracterizao da Equipa/Jogadores
O nmero de jogadores do plantel do SCB foi variando ao longo da poca,
nomeadamente nos perodos de transferncias: Julho / Agosto e Janeiro.
N de jogadores utilizados ao longo da poca desportiva em jogos oficiais
33
2 GR Defesas Mdios Avanados
Mdia
(idades)
Nacionalidades
Portugal (17), Brasil (8), Colmbia (2), Frana, Romnia, Argentina, Srvia, Montenegro e Holanda
Provenincia dos
jogadores
Escales Jovens (pocas anteriores)
2
Equipa B 5 Outros clubes 17
Jogadores da equipa B que competiram pela equipa principal ao longo da poca
desportiva 3
Tabela 1 - Caracterizao dos jogadores que representaram a equipa do SCB ao longo da
poca desportiva 2013/14
2.2. Caracterizao da Equipa tcnica
A equipa tcnica era constituda por cinco treinadores; Um treinador principal, dois
treinadores adjuntos (sendo eu um deles), um treinador adjunto responsvel pelo
treino dos guarda-redes e um treinador adjunto responsvel pela rea da
observao e anlise do jogo.
Apesar da especialidade das funes que cada elemento tem dentro da equipa
tcnica, a dinmica de funcionamento alicerou-se numa colaborao entre todos
relativamente ao planeamento, operacionalizao e reflexo do treino e
competio.
2.3. Caracterizao do Contexto Competitivo
A equipa do SCB disputou na poca 2013/14 quatro competies: Liga Portuguesa
(Liga ZON Sagres), Taa de Portugal, Taa da Liga e Europa League.
Foram realizados no total 30 jogos oficiais, distribudos pelas quatro competies
acima referidas:
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Grfico 1 N de competies oficiais realizadas na poca 2013/14
Equipas participantes na Liga Portuguesa (Liga ZON Sagres)
Posio Clube Pontos
FC Porto
V. Guimares
1 SL BENFICA 49
2 FC PORTO 44
SL Benfica Martimo
3 SPORTING CP 42
4 ESTORIL 36
P. Ferreira Acadmica 5 NACIONAL 33
6 V. GUIMARES 29
SC Braga V. Setbal 7 SC BRAGA 27
8 MARTIMO 27 Estoril Praia
Gil Vicente
9 V. SETBAL 25
10 ACADMICA 24
Rio Ave Olhanense 11 RIO AVE 22
12 AROUCA 19
Sporting CP Belenenses 13 GIL VICENTE 19
14 BELENENSES 16
Nacional Arouca 15 OLHANENSE 16
16 P. FERREIRA 13 Tabela 2 - Equipas participantes e respetiva classificao* 20 jornada na Liga Portuguesa de
futebol (Liga ZON Sagres)
* Classificao 20 jornada, momento em que samos do comando tcnico do SCB
20
4 4 2
0
5
10
15
20
25
Liga Zon Sagres Taa de Portugal Taa da liga Europa League
N de competies oficiais realizados
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2.3.1. Calendarizao da Liga Portuguesa
1 Volta 2 Volta Data Jornada Jogo Data Jornada Jogo
16-8-13 1 P. ferreira vs SCB 19-1-14 16 SCB Vs P.Ferreira
26-8-13 2 SCB Vs Belenenses 2-2-14 17 Belenenses Vs SCB
1-9-13 3 Gil Vicente
Vs SCB 9-2-14 18 SCB Vs Gil Vicente
15-9-13 4 SCB Vs Estoril Praia 16-2-14 19 Estoril Praia Vs SCB
20-9-13 5 Arouca Vs SCB 22-2-14 20 SCB Vs Arouca
28-9-13 6 SCB Vs Sporting 1-3-14 21 Sporting Vs SCB
6-10-13 7 Nacional Vs SCB 9-3-14 22 SCB Vs Nacional
25-10-13 8 SCB Vs Acadmica 16-3-14 23 Acadmica Vs SCB
3-11-13 9 SCB Vs Rio Ave 23-3-14 24 Rio Ave vs SCB
23-11-13 10 SL Benfica
Vs SCB 30-3-14 25 SCB Vs SL Benfica
29-11-13 11 SCB Vs Olhanense 6-4-14 26 Olhanense Vs SCB
7-12-13 12 FC Porto Vs SCB 13-4-14 27 SCB Vs FC Porto
14-12-13 13 SCB Vs V. Setbal 19-4-14 28 V. Setbal Vs SCB
19-12-13 14 Martimo Vs SCB 4-5-14 29 SCB Vs Martimo
10-1-14 15 SCB Vs V.Guimares 11-5-14 30 V. Guimares
vs SCB
Tabela 3 Calendarizao da Liga Portuguesa (Liga ZON Sagres)
2.3.2. Calendarizao da Taa de Portugal
Data Fase Casa
Fora Resultado
18-5-14 Final
17-4-14 Final Rio Ave SCB
26-3-14 Final SCB Rio Ave
6-2-14 Final SCB D. Aves 3-1 V
5-1-14 1/8 SCB Arouca 2-0 V
10-11-13 4 Elim. Olhanense SCB 1-3 V
19-10-13 3 Elim. Gafetense SCB 0-2 V Tabela 4 Calendarizao da Taa de Portugal
2.3.3. Calendarizao da Taa da Liga
Data Fase Resultado
Casa Fora 12-2-14 Final Rio Ave SCB 2-1 D
25-1-14 Grupo C SCB Belenenses 5-0 V
15-1-14 Grupo C SCB Beira Mar 3-0 V
29-12-13 Grupo C Estoril SCB 1-2 V Tabela 5 Calendarizao da Taa da Liga
2.3.4. Calendarizao da Europa League
Data Fase Resultado
Casa Fora 29-8-14 Play-off Panduri SCB 0-1 V
22-8-13 Play-off SCB Panduri 0-2 D Tabela 6 Calendarizao da Europa League
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CAPTULO II Modelo de Jogo
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3. Enquadramento conceptual
O Futebol um Jogo Desportivo Coletivo (JDC) que ocorre num contexto de
elevada variabilidade, imprevisibilidade e aleatoriedade, no qual as equipas em
confronto disputando objetivos comuns, lutam por gerir em proveito prprio, o
tempo e o espao, realizando em cada momento aes reversveis de sinal
contrrio (ataque-defesa) aliceradas em relaes de oposio - cooperao.
A noo de interao, de relao de foras entre os elementos constituintes do
coletivo, adquire, segundo esta perspetiva, uma expresso importante. Portanto,
para levar de vencido os adversrios dever-se- desenvolver nos praticantes o
esprito de colaborao e entreajuda, podendo constituir-se como um campo
privilegiado para que os praticantes exprimam a sua individualidade, manifestem
as suas capacidades e, simultaneamente, aprendam a subordinar os interesses
pessoais aos interesses coletivos. Desta forma, o jogador deve ser capaz de
passar de um projeto individual (ttica individual) para um projeto coletivo (ttica
coletiva), dando o melhor de si equipa (Garganta, 1995), isto , pensar
globalmente e agir localmente.
Considerando a equipa como uma unidade, que lhe advm de uma cultura
organizacional especfica, s uma cultura ttica slida e vasta permite aos
jogadores a integrao e a participao eficazes no seio do grupo, qualquer que
seja o modelo de jogo (Grhaigne, 1991).
O estudo da organizao do jogo de Futebol, realizado atravs da observao do
comportamento dos jogadores e das equipas, oferece a possibilidade de assinalar
aes/sequncias de jogo que se afiguram representativas da dinmica das
partidas e constituem aspetos a reter para o ensino e treino da modalidade
(Garganta, 1997).
3.1. Modelao do jogo / Treino do futebol
Como refere Castelo (1994), a aprendizagem e o aperfeioamento dos jogadores
ou da equipa, s so altamente rentabilizados, quando so contemplados
contextos situacionais que evoquem realidades competitivas. S a partir destes
ambientes parece possvel recrutar corretamente os diferentes mecanismos, que
suportam as tomadas de deciso e as aes motoras de resposta s situao-
problema, bem como a outras que se baseiam em mecanismos de emergncia de
resposta motora.
No Futebol frequente dizer-se que conforme se quer jogar, assim se deve treinar,
o que sugere uma relao de interdependncia e reciprocidade entre a preparao
e a competio. Tal relao consubstanciada por um dos princpios do treino, o
princpio da especificidade, que preconiza que sejam treinados os aspetos que se
prendem diretamente como o jogo (estrutura de movimento estrutura da carga,
natureza das tarefas, etc.) no sentido de viabilizar a maior transferncia possvel
das aquisies operadas no treino para o contexto especfico do jogo (Garganta,
1997).
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Isto , o estabelecimento de uma relao significativa entre a lgica interna do jogo
de Futebol e o modelo de jogo adotado, bem como entre a lgica do jogador e a
lgica do processo de treino, passa pelo desenvolvimento e aplicao de cenrios
de treino/preparao que induzam o modelo de performance que se intenta
reproduzir (Garganta, 2005).
Atualmente, uma das preocupaes centrais do treinador passa por desenvolver o
processo de treino a partir de planeamentos e de programaes fortemente
influenciados por modelos: de jogo, de jogador, de treino e de preparao (Frade,
1985; Queiroz, 1986; Soares, 1987; Pinto & Garganta, 1989; Castelo, 1994;
Garganta 1996).
Como tal, os conceitos de Modelo de Jogo e, por inerncia, de Modelo de Treino,
Modelo de Jogador, Modelo de Preparao e sua correspondncia dinmica,
constituem pressupostos que tm vindo a adquirir uma importncia crescente na
procura de uma maior eficcia dos jogadores e das equipas (Frade, 1985; Queiroz,
1986; Castelo, 1994; Garganta, 1996; Garganta & Pinto, 1998).
Deste modo, a modelao de jogo permite fazer emergir problemas, determinar
objetivos de aprendizagem e de treino, construir e selecionar exerccios (Castelo,
1996), e constatar os progressos dos praticantes em relao aos modelos de
referncia (Grhaigne, 1991).
O treinador dever por isso caracterizar o jogo que pretende implementar para,
posteriormente, desenvolver metodologias de treino consentneas (Garganta,
1997), tendo como interlocutores primordiais os jogadores, visando potenciar e
maximizar as suas qualidades/capacidades.
A escolha e a aplicao no treino e na competio do dispositivo posicional dos
jogadores no terreno de jogo (sistema de jogo), o(s) mtodo(s) de jogo
adotado(s)(defensivo/ofensivo), as circulaes tticas dos jogadores, os esquemas
tticos dos jogadores, etc., so da exclusiva responsabilidade do treinador.
Desta forma, tendo ele prprio uma conceo, os adapta de forma mais ou menos
criativa e mais ou menos eficaz especificidade dos jogadores individualmente,
maximizando assim as suas potencialidades e equipa no seu conjunto,
procurando estabelecer as condies mais vantajosas concretizao das
finalidades e dos objetivos pr-estabelecidos (Castelo, 1996).
A este propsito, Guilherme Oliveira (2003) refere que a ideia de jogo do treinador
um aspeto determinante na organizao de uma equipa de Futebol. Se o
treinador souber exatamente como quer que a equipa jogue e quais os
comportamentos que deseja dos seus jogadores, tanto no plano individual como
coletivo, o processo de treino/jogo sero mais facilmente estruturados,
organizados, realizados e controlados.
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3.2. O Modelo de jogo a adotar enquanto referncia central
A nossa viso do mundo um modelo, vago e incompleto,
mas serve de base s nossas decises Castelo, (1996)
De acordo com algumas fontes bibliogrficas consultadas (Queiroz, 1986; Pinto &
Garganta, 1989; Monge da Silva, 1989; Bompa, 1994; Mombaerts, 1991; Castelo,
1994) o modelo de jogo consiste no mapeamento de um conjunto de referncias
necessrias para balizar a organizao dos processos ofensivos e defensivos da
equipa, nomeadamente no que respeita aos princpios, aos mtodos e aos
sistemas de jogo.
Na criao de um modelo de jogo para uma equipa, deve-se ter em considerao
alguns aspetos interactuantes, tais como a conceo de jogo do treinador
(Queiroz, 1986; Garganta, 1997; Frade, 1998; Castelo, 1998; Guilherme Oliveira,
2004), as capacidades e as caractersticas dos jogadores (Castelo, 1996;
Guilherme Oliveira, 2003), os princpios de jogo, as organizaes estruturais e a
organizao funcional (Guilherme Oliveira, 2003).
Desta forma, o Modelo de Jogo deve preconizar, de forma metdica e sistemtica,
um corpo de ideias acerca de como se pretende que o jogo seja praticado,
definindo de modo conciso as tarefas e os comportamentos ttico-tcnicos
exigveis aos jogadores (Queiroz, 1986).
J em 1986, Carlos Queiroz referia que no Futebol a anlise dos modelos ttico-
tcnicos tem um papel decisivo no que respeita obteno de rendimento. A sua
definio deve resultar de uma conceo de jogo que veicule os modelos de ao
mais eficazes do Futebol atual, assim como as suas tendncias evolutivas de
forma a estimular no treino as exigncias e dominantes do Futebol Moderno.
Vrios autores (Castelo, 1994; Garganta & Pinto, 1998) defendem que o modelo
de jogo evoludo (MJE) deve ser encontrado a partir da observao e
caracterizao do jogo das equipas mais representativas da modalidade, isto ,
nas grandes competies internacionais (Campeonatos do Mundo, Campeonatos
da Europa, Taas Europeias) e da objetivao das caractersticas comuns.
Sendo assim, a reproduo e aplicao prtica do modelo de jogo deve permitir a
possibilidade, a partir das experincias recolhidas, de tirar novas concluses, no
permanecendo num estado contemplativo e fechado. Deve ter um carcter aberto
e criativo, de forma a racionalizar e a otimizar novas ideias e concees, atravs
da projeo intelectual da essncia de um facto capaz de resolver eficientemente
diferentes situaes de jogo.
Desta forma, achamos de todo pertinente que o Modelo de Jogo no deva ter em
si mesmo, um objetivo final, pode e deve ser sujeito interrogao sistemtica,
ou seja, podemos constru-lo, desconstru-lo, reconstru-lo, embora deva estar
constantemente a ser visualizado.
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3.2.1 Modelo de jogo Da conceo ao
Em qualquer rea da atividade humana dever existir um dilogo sistemtico,
consistente e complementar entre a teoria e a prtica. Parte-se da prtica para a
teorizar e desta volta-se prtica para a orientar (Castelo, 2004).
A experincia e a capacidade intelectual do treinador so fatores preponderantes
na construo do Modelo de Jogo. Contudo, no se pode implantar ou executar
aquilo que no se sabe, que no se domina com suficiente segurana. Da a
necessidade de o treinador retirar da sua experincia e da sua capacidade de
equacionar e refletir constante e continuamente os elementos fundamentais do
Modelo de Jogo e as suas interdependncias, os quais determinam, em ltima
anlise, a eficcia da organizao da equipa (Castelo, 1996).
O modelo de jogo ser tanto mais rico quanto mais possibilitar aos jogadores
acrescentarem a sua prpria criatividade e talento sem, no entanto, adulterar as
premissas do prprio modelo.
fundamental que o treinador, partindo do modelo de jogo evoludo, tenha uma
ideia precisa das tarefas misses tticas dos jogadores dentro da equipa. O grau
de coeso de uma equipa cresce exponencialmente medida que os jogadores
percecionam e consciencializam as suas tarefas, responsabilidades e direitos que
lhes cabem dentro do coletivo (Castelo, 2004).
Aps esta resumida contextualizao terica do Modelo de Jogo, ser importante
operacionalizar o Modelo de Jogo enquanto varivel dependente do estudo.
Atravs da reviso bibliogrfica efetuada a diversos autores (Frade, 1985;
Castelo, 1996 e 2004; Carvalhal, 2000; Resende, 2002; Oliveira, 2003 e 2004;
Santos, 2006;) podemos afirmar que a varivel Modelo de Jogo, derivado da sua
elevada complexidade, ser sempre constituda por um conjunto de sub-variveis
que se podem converter em dimenses, categorias e possveis sub-categorias.
Pelas referncias bibliogrficas considermos que as dimenses possveis da
varivel sero os diferentes momentos do jogo. Segundo Santos (2006), um
momento do jogo uma sequncia de aes do jogo da equipa, com uma lgica e
identidade comum e que se baseia na sua organizao do jogo. Congregando os
diversos autores supracitados, temos: Organizao Ofensiva; Organizao
Defensiva; Transio Ataque-Defesa; Transio Defesa-Ataque; e
Fragmentos constantes do jogo (Esquemas tticos).
Na Organizao Ofensiva, poderemos sistematizar as seguintes categorias e
sub-categorias:
Sistemas de jogo
Fases do Ataque
o Construo do processo ofensivo
o Criao de situaes de finalizao
o Finalizao
Mtodos de Jogo
o Ataque posicional
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o Ataque rpido
o Contra-ataque
Racionalizao do espao de jogo
Portador da bola
Apoios ao portador da bola
Largura e profundidade
Temporizao ofensiva
Combinaes tticas diretas e indiretas
ngulos de jogo
Ritmo e tempo de jogo
Misses e funes especficas dos jogadores (Guarda-redes; Defesas
laterais; Defesas centrais; Mdios centro; Mdios ala e Avanados)
Na Organizao Defensiva, poderemos elencar as seguintes categorias e
sub-categorias:
Sistemas de jogo
Fases da defesa
o Equilbrio defensivo
o Recuperao defensiva
Mtodos de jogo
o Defesa individual
o Defesa zona
o Defesa mista
o Defesa zona pressionante
Presso no portador da bola
Coberturas defensivas
Concentrao defensiva (largura e profundidade)
Anulao das linhas de passe
Organizao da ltima linha defensiva
Articulao da ltima linha defensiva
Participao total ou parcial de todos os jogadores
Oscilao defensiva (largura e profundidade)
Temporizao defensiva
Misses e funes especficas dos jogadores (Guarda-redes; Defesas
laterais; Defesas centrais; Mdios centro; Mdios ala e Avanados)
Na Transio Defesa-Ataque, poderemos elencar as seguintes categorias e sub-
categorias:
Jogo direto
Jogo indireto/apoiado
Recuperao da posse da bola
Concentrao vs Espao (largura e profundidade)
Alterao do processo defensivo para o ofensivo
Temporizao ofensiva
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Misses e funes especficas dos jogadores (Guarda-redes; Defesas
laterais; Defesas centrais; Mdios centro; Mdios ala e Avanados)
Na Transio Ataque-Defesa, poderemos elencar as seguintes categorias e
sub-categorias:
Presso sobre o portador da bola
Coberturas defensivas
Perda da posse de bola
Concentrao defensiva
Alterao do processo ofensivo para o defensivo
Recuperao defensiva
Temporizao defensiva
Temporizao com interrupo de jogo
Misses e funes especficas dos jogadores (Guarda-redes; Defesas
laterais; Defesas centrais; Mdios centro; Mdios ala e Avanados)
No momento Fragmentos constantes do jogo, ou seja, situaes de bola
parada, poderemos elencar as seguintes categorias e sub-categorias:
Lanamento de linha lateral
Livres direto e indireto
Pontaps de cantos
O quadro conceptual de sub-variveis apresentado anteriormente, so exclusivas
do domnio ttico-tcnico do jogo de futebol, quer no plano coletivo quer individual.
No entanto, acreditamos que possa haver influncia de outros domnios, mais
especificamente o fsico e o psicolgico, na construo do Modelo de Jogo do
treinador.
Os momentos/fases de transies defesa/ataque e ataque/defesa so ricos em
variaes marcantes na dinmica do jogo, a sua importncia poder ser
fundamental para a eficcia da dinmica do jogo de uma equipa, isto porque
induzem desequilbrios importantes implicando muitas das vezes desorganizaes
nas equipas em confronto. Vrios treinadores de excelncia vm salientando a
importncia dos momentos de transio Mourinho, 2003 (cit. por Amieiro, 2004);
Wenger, 2008, Queiroz, 2003 (cit. por Almeida 2006). Oliveira em 2004 aponta que
a tnica destes momentos de transio ser o aproveitamento iminente da
desorganizao das equipas nos instantes imediatos perda ou recuperao da
posse de bola. Tambm Garganta (2006) aponta as transies de fase como
sendo fases crticas do jogo com grande importncia para a eficcia da dinmica
de jogo. Explorando um pouco mais aprofundadamente o tema da transio aps
recuperao de bola, facilmente se percebe que a forma como ela decorre e
aproveitada pela equipa depende de um sem nmero de fatores que vo desde a
zona onde a bola recuperada, capacidade do jogador que a recuperou para
lidar de forma tcnica/ttica eficaz com uma situao de presso/no presso
imediata por parte dos adversrios, passando pelos nveis de organizao da
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equipa e da equipa adversria no momento em que se d a recuperao, o prprio
tempo decorrido de jogo e at mesmo o resultado podero ter influncia direta na
forma como encarada e explorada essa mesma transio. Portando o contexto, o
como, o quando, o onde, o quem, etc. iro seguramente ser fatores a
condicionar e propiciar todo um conjunto de diferentes transies.
Ser importante, no entanto e concordando com Garganta (2006), alertar para o
facto de que com a identificao de diferentes fases/momentos no se pretender
fragmentar o jogo em elementos, mas sim entretecer os respetivos ingredientes
especficos, facilitando a criao de cenrios de organizao que envolvam o
grmen do jogo.
Percebe-se esta importncia de interligao e interdependncia dos diferentes
momentos do jogo nas palavras de alguns autores, Queiroz (2006) () com bola
se defende e ataca e sem bola se defende e ataca() O equilbrio defensivo o
argumento fundamental de um bom ataque.; ou Mourinho, 2003 (cit. por Amieiro
2004) () quando se possui a bola, tambm se tem que pensar defensivamente o
jogo, da mesma forma que, quando se est sem ela e se est numa situao
defensiva, tambm se tem que estar a pensar no jogo de uma forma ofensiva e a
preparar o momento em que se recupera a posse de bola.
4. Planificao conceptual e planificao estratgico-ttica
da equipa: Interatividade contextual
Segundo Castelo (2009), a planificao conceptual da equipa da equipa exprime-
se no seu modelo de jogo, o qual consubstanciado: a) a partir da anlise
organizacional da equipa (os seus valores e intenes) no presente; b) pela
conceo de jogo por parte do treinador, na qual se incluem as tendncias
evolutivas do prprio jogo; e c) pela definio de orientaes de trabalho da equipa
e as vias para atingir os objetivos pretendidos.
A eficcia da organizao de uma equipa de Futebol passa indubitavelmente por
um planeamento claro, consciente e coerente das finalidades e objetivos, que por
si s estabelecem diferentes operaes inerentes construo e desenvolvimento
de uma equipa (Castelo, 1996).
Na elaborao do modelo de jogo da sua equipa, Marisa Gomes (2010 cit. Por
Tamarit, 2013) diz-nos que esta construo est diretamente influenciada pelo
contexto a que chegamos.
Neste sentido, o modelo de jogo e de treino da equipa do SCB, teve como base as
concees de jogo do treinador principal, Prof. Jesualdo Ferreira (TJF), que foi ao
encontro da cultura de vitria e exigncia recentes do clube (ltimos dez anos),
manifestados pela direo do clube e pela exigncia que os adeptos do clube
transmitem.
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Um modelo de jogo que procura constantemente ter a posse de bola de modo a
assumir o domnio de jogo, e quando no o tiver, que tenha o controlo, atravs de
uma circulao criteriosa da posse de bola (sem perda de posies no momento
da perda da posse de bola).
Este modelo ter um caracter evolutivo e adaptativo que se basear na
possibilidade do jogador se expressar e crescer individualmente, dentro de uma
organizao coletiva rgida sobre princpios e rotinas fundamentais.
4.1. Modelo de jogo do SCB: Princpios e rotinas fundamentais
Todo este trabalho suporta-se na constante recolha de opinies e ideias com o
TJF (de que fao parte da sua equipa tcnica nas ltimas duas pocas
desportivas, tendo completado mais de 400 unidades de treino em conjunto), com
qual pretendi aceder aos modelos mentais e sua perceo relativamente a
alguns aspetos diretamente relacionados com o nosso modelo de jogo / modelo de
treino.
Parece desde j importante salientar como ponto de partida o facto de o TJF ter
um entendimento do jogo que, apesar de passar pela aceitao dos cinco grandes
pilares sugeridos (organizao ofensiva, a organizao defensiva, a transio
defensiva, a transio ofensiva e as bolas paradas/esquemas tticos), destaca a
importncia de poder acontecer haver aqui ou ali, algum momento em que
esses cinco pilares tenham alguma coincidncia.
Como pudemos perceber do trabalho dirio, o TJF salienta esta forte relao e
uma espcie de sobreposio relativa a diferentes momentos, como por exemplo
na ocupao racional dos espaos e simultaneamente no nmero de jogadores
que tenho a zona, at pelo equilbrio que permite que define o mtodo
(defensivo) e que simultaneamente prepara todo o processo ofensivo, ou seja, que
neste processo coletivo defensivo, toda a equipa, ocupa espaos, espaos
fundamentais para atacar bem e, de igual modo, quando se refere a um conceito
de jogo que importante, que quando eu estou a atacar eu estou a comear a
defender.
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Figura 1 Princpios gerais SCB (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
Figura 2 Princpios gerais SCB tarefas ofensivas e defensivas (adaptado Jesualdo
Ferreira, 2014)
Figura 3 Princpios ofensivos SCB (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
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4.1.1. Sistemas de jogo
Sistema de jogo principal: GRx4x3x3
Sistema de jogo alternativo: GRx4x2x3x1
4.1.2. Organizao dinmica
Organizao ofensiva
Princpios gerais:
Proteo da bola: tendo a posse, somos donos do jogo. No perder a bola,
mas quando acontecer no perder posies em campo, fazendo uma
ocupao racional do espao.
Tringulo como referncia para os posicionamentos ofensivos dos mdios e
na sua relao com os avanados. A importncia dos jogadores tem de
quebrar linhas adversrias (sair das suas linhas normais de
funcionamento), mas mantendo por norma os mesmos vrtices do
tringulo, em que o 6 corresponder ao vrtice mais recuado.
Se o jogador 8 (fig. 4) fizer este movimento exterior (1 na fig. 4), o 6 no
deve fazer este movimento (2 na fig. 4), mas sim, deslocar-se de forma
manter o tringulo (3 na fig. 4), e o outro MO, faz movimento mais exterior
(4 na fig. 4) ou mais interior (5 na fig. 4), para manter, no o mesmo, mas
igualmente outro tringulo (B na fig. 4), ficamos com tringulo mais fechado
ou mais aberto (A na fig. 4).
Figura 4 Modelo de jogo SCB: Tringulo como referncia para os
posicionamentos ofensivos dos mdios (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
Construo curta e apoiada procurando atravs dos princpios descritos na
figura 3, encontrar linhas de passe dentro da estrutura adversria que
permita a penetrao da equipa no espao defensivo adversrio;
1 fase construo: 2 defesas centrais abertos pelas linhas laterais da
grande rea, defesas laterais profundos, um mdio (6) entre os defesas
centrais para construo, os outros 2 mdios a ocuparem o espao central,
na procura de linhas de passe. Os 3 avanados, encostados numa primeira
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fase alinha defensiva adversria e posteriormente os extremos a fazerem
movimentos interiores coordenados com os movimentos dos mdios e a
profundidade dos laterais;
Figura 5 Modelo de jogo SCB: Organizao ofensiva - 1 Fase de construo
Circulao segura da bola procurando jogo exterior numa 1 fase,
procurando movimentaes sem bola que libertem espao interior na
estrutura do adversrio;
Entrando a bola num dos corredores (receo orientada do lateral)
relacionam-se fundamentalmente 3 jogadores (DL, EXT; MO); fazendo
constantemente tringulos ofensivos para combinaes diretas ou indiretas,
quer em profundidade (passes frontais quebrar linhas); O MC (6), os 2 DC
e DL no envolvido na ao ofensiva (muitas vezes subindo posio de
mdio, ocupando uma posio na linha do MD), do cobertura circulao
e equilibram o espao, vigiando transio contrria e oferecendo soluo
para VCJ;
Figura 6 Modelo de jogo SCB: Organizao ofensiva - Construo de tringulos
ofensivos
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Trocas de posio entre os MO e EXT: movimento interior do EXT na
procura de receo da bola em zona difcil de controlar pelo DL e nas
costas dos mdios adversrios e movimento de rutura do MO no espao
deixado livre ou apoio (tringulo ofensivo) para combinao com
movimento em profundidade do lateral;
Figura 7 Modelo de jogo SCB: Organizao ofensiva jogo interior do EXT
Criao de situaes de finalizao
Princpios gerais:
Aumento da velocidade, mobilidade e agressividade ofensiva no momento
de criao de desequilbrio;
Relaes predominantes nos CLS: (1) Extremo interior Extremo vem para
espao interior para receber e jogar entre linhas (passes para diagonais
curtas) ou aclarar espao exterior para entrada de DL ou MO; (2) Extremo
exterior recebe em largura para explorar situaes de 1x1: movimento
interior para remate ou exterior para cruzamento, ou para combinaes
curtas com MO ou DL explorando as diagonais entre DC e DL do
adversrio;
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Figura 8 Modelo de jogo SCB: Criao de situaes de finalizao movimento interior EXT
(aproximao do PL) e profundidade dos MO
Alternncia constante entre jogo interior / exterior com os 2 MO oferecem
constantemente linhas de passe interiores no CRC que permitam que o
jogo evolua entre linhas. O extremo do corredor contrrio ao qual se est a
jogar, atua como quarto mdio;
Numa 1 fase da criao de situaes de finalizao, os 3 jogadores mais
avanados (2 EXT e AV e por vezes tambm o MO) encostam na linha
defensiva adversria (ganhando o mximo de profundidade possvel),
iniciando a partir da os movimentos entre linhas dos 2 EXT (troca com o
MO ou profundidade do LT) e de apoio do AV;
Figura 9 Modelo de jogo SCB: Criao de situaes de finalizao EXT e PL encostam na
linha defensiva adversria
O espao do AV preferencialmente o CRC, oferecendo linhas de passe
em apoio (combinaes diretas ou indiretas) e solues para diagonais
curtas entre DC e DL;
A equipa evolui no terreno de forma compacta e apoiada; os DCs e MD tm
papel importante nas aes de VCJ aps sada da bola de uma zona de
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presso e atravs preferencialmente de passes curto e mdio (frontais
quando possvel);
Finalizao
Princpios gerais:
Explorar a qualidade, criatividade e velocidade dos jogadores, potenciando a
sua capacidade, quer em aes individuais (1x1 interior para remate ou 1x1
exterior para cruzamento) quer em combinaes a 2 ou 3 jogadores (tringulo
DL-EXT-MO/PL), mantendo sempre os princpios da equipa (fig.3);
Alternncia da zona e tipo de cruzamentos; cruzamentos de 1 linha (mais
perto da linha de fundo) que alternem a trajetria pelo solo e area; ou 2 linha
(cruzamento das meias) explorando espao entre linha defensiva e GR
adversrio;
Figura 10 Modelo de jogo SCB: Finalizao - 1x1 EXT com apoio de LT (ocupao posies
do PL, EXT e MO)
Ocupao racional dos espaos de finalizao de modo a cobrir os trs
espaos de baliza (1 poste, 2 poste e zona central da baliza) mais uma linha
atrasada (grande penalidade); Esta ocupao pretende-se que seja efetuada
em linhas diferentes de modo que a trajetria da bola tenha sempre um destino
possvel;
O PL ocupar preferencialmente o 1 poste e zona central, o EXT contrrio no
2 poste e o MO sobre a zona de grande penalidade; os jogadores podem e
devem permutar posies (garantindo a ocupao das zonas) de modo a
dificultar as marcaes do adversrio;
A segunda vaga que suporta a primeira linha, aparece 1 ou 2 MO, dando
solues para VCJ e garantir a 2 bola, o DL que no participa na ao
ofensiva um pouco atrs e se no tiver marcaes a efetuar, sempre preparado
numa VCJ para combinar com o EXT ou ao 1x1; O DL do lado da bola
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relaciona-se com EXT e MO na procura de desequilbrios na estrutura
adversria;
Figura 11 Modelo de jogo SCB: Finalizao Ocupao de espaos em situaes de
finalizao
O GR, DCs e MD tm um posicionamento final ativo, vigilante, encurtando os
espaos entre setores, compactando a equipa na sua fase ofensiva;
Transio defensiva
Segundo TJF, no momento em que se perde a bola vital diminuir o tempo para
presso imediata (se essa for a deciso) ou que se reagrupa para ocupar espaos.
Princpios gerais:
Interpretao, compreenso e tomada de deciso em funo de cada situao,
no mais curto espao de tempo;
Posicionados em qualquer momento para que no momento da perda, estarmos
bem posicionados (figs. 8 e 11). Os dois DCs, O DL no envolvido no processo
ofensivo ocupa uma posio no meio campo, na linha do MD ou mais frente
em caso de no haver jogadores adversrios;
Reao rpida sobre o portador da bola e linhas de passe prximas pelos
jogadores mais prximos de modo a poder recuper-la rapidamente ou
provocando o erro ao adversrio sem bola toda a equipa corre;
Se a equipa adversria sair da presso ou por erro da nossa equipa, em igualdade ou inferioridade numrica, e no havendo a possibilidade imediata
de presso sobre o portador da bola, manter a concentrao defensiva,
temporizando para regresso ajudas (se possvel a temporizao permita uma
falta com interrupo do jogo), que leve o adversrio a uma deciso precipitada
e perda da posse de bola.
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Figura 12 Modelo de jogo SCB: Transio defensiva Temporizao e concentrao
defensiva
Organizao defensiva
Uma ideia de base do nosso modelo, respeitante ao processo defensivo, defender
bem para atacar bem. A equipa entender que, defendemos para a equipa atacar
melhor e s com um objetivo, tirar a bola ao adversrio e a partir da construir o nosso
jogo.
Princpios gerais:
Estrategicamente e de uma forma geral, defendemos sempre no sentido de
conduzir os jogadores da equipa adversria para onde ns queremos de modo
a tirar vantagem depois nas transies. Para isso temos posicionamentos e
aes subsequentes a esses posicionamentos;
Figura 13 Modelo de jogo SCB: Referncias de posicionamento defensivo dos
DC e MD (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
O DC do lado da bola e o MD s em necessidade extrema se deslocam ao
CRL (zona verde na fig. 13 e 14a). Proteo da zona central (fundamental)
para que no momento que o adversrio tente fazer VCJ temos jogadores bem
colocados.
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Assumimos uma diviso funcional, (1) uma estrutura do lado da bola que
dever assumir um tipo de comportamentos perante a bola (presso no
portador da bola, coberturas defensivas, concentrao defensiva -largura e
profundidade, anulao das linhas de passe, organizao e articulao da
ltima linha defensiva,) ao qual a (2) estrutura do lado oposto dever dar uma
resposta imediata em termos de ajuste posicional (oscilao defensiva em
largura).
Os dois centrais (1 e 2 na fig. 13) que sob o lado da bola, se movimentam
como representado em 3 (fig. 13) e a estrutura de 5 jogadores para l da zona
verde (fig. 13) e evidentemente, todos os restantes (4 na fig. 13) tm resposta
imediata em termos de ajuste posicional.
Figura 14 Modelo de jogo SCB: Movimentao coletiva defensiva em funo da bola (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
Figura 14a Modelo de jogo SCB: Movimentao coletiva defensiva em funo da bola (real)
(adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
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Criao e manuteno de tringulos defensivos (fig. 14a) como uma referncia
que deve orientar os ajustes posicionais defensivos, assegurando
constantemente as coberturas defensivas.
O mtodo defensivo escolhido a zona. Em todos os treinos est a zona e
todos os posicionamentos defensivos (regras de ao individuais e coletivas
que os jogadores devem cumprir) que do corpo zona (boas coberturas
defensivas, bons equilbrios, marcamos o espao e no o adversrio, bons
posicionamentos individuais). Referncias constantes no comportamento zonal
(bola colega espao de jogo adversrio).
Relativamente a bons posicionamentos defensivos, definimos posio lateral
ou apoios laterais (nunca frontais) perante o adversrio, com este tipo de
orientao de apoios, quando o passe entra mais fcil de dominar at porque
j estou em movimento.
Com o oponente em posse de bola, a nossa equipa baixa para um bloco
mdio, tentando orientar o jogo adversrio para jogo exterior (fig. 14a), quando
a bola entra no DL ou EXT, a bola fica pressionada (fechada), a equipa assume
uma atitude mais pressionante sobre o CRL, impedindo VCJ pelo CRC (fig.
14a).
Com a bola em posse dos DC e aberta, a equipa adota um posicionamento
zonal compacto entre linhas que impea o adversrio jogar dentro da nossa
estrutura (fig. 15).
Figura 15 Modelo de jogo SCB: Posicionamento zonal compacto
O bloco defensivo dever oscilar entre um posicionamento mais subido ou
mais recuado no terreno de jogo, orientado coletivamente e individualmente por
estmulos identificados por todo o grupo (passe atrasado, bola a ser disputada
no ar, adversrio a receber a bola de costas para o jogo). Nestas tomadas de
deciso do bloco defensivo, tem especial importncia quando se encontra
aberta ou fechada, ou seja, quando o portador da bola tem ou no
possibilidade de verticalizar o jogo da sua equipa.
Sempre que a bola esteja sem presso (aberta) a zona e os posicionamentos
mais profundos devem estar mais presentes, para evitar a utilizao da equipa
adversria de espaos mais profundos.
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Figura 16 Modelo de jogo SCB: Oscilao do bloco em funo de bola aberta ou
fechada
Por norma os mdios defendem fora da rea (fig. 17) e, de preferncia,
respeitando as referncias posicionais (o tringulo) entre os trs jogadores do
meio campo. Estando, ao mesmo tempo (1) preparados para a segunda bola e
(2) depois tentar fazer a transio. A exceo a esta regra diz respeito a
necessidade de acompanhamento de movimentos de rutura (A na fig. 17) dos
adversrios que ocupam as zonas de responsabilidade defensiva dos mdios
do SCB. Esta a um dos nicos momentos, que h necessidade de marcao
individual, acompanhar at ao fim os movimentos de rutura (seta azul na fig.
16) afim de no surpreender os DC com estes movimentos. Nestes momentos
os outros dois mdios efetuam os ajustes necessrios para manter o equilbrio.
J a resposta, coletiva e individual, perante outros movimentos dos adversrios
que no de rutura, dever ser de manuteno posicional, contemplando o
acompanhamento dos adversrios pelos jogadores responsveis pela zona
onde eles se encontram at entrarem na zona de responsabilidade de outro
jogador, sendo ativados os sistemas de coberturas e equilbrios defensivos,
tendo em conta referncias posicionais, nomeadamente o que designamos
tringulos defensivos (fig. 14a).
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Figura 17 Modelo de jogo SCB: Posicionamentos defensivos dos mdios
Transio ofensiva
Princpios gerais:
Dois pontos importantes na transio: (1) diminuir o tempo de transio e (2)
controlar o jogo. Portanto, ao diminuir o tempo, deveremos ter sempre, o
controlo do jogo. A situao exige uma tomada de deciso entre (1) ataque
rpido ou (2) ataque posicional. Exige aprender a observar e o compreender o
jogo, elegendo a melhor resposta para cada situao no queremos dar a
bola ao adversrio para ele atacar novamente.
Constante incidncia na tomada de deciso: aps ganhar a bola, decidir para a
frente, decide permanentemente para atacar, aqui sobressai um aspeto muito
treinado: recees orientadas, recees para a frente.
Esta ao ttica individual (mesmo sob presso) crucial, porque se no
momento da recuperao o jogador (4 na fig. 18) recebe com a cara para trs e
joga para B (fig. 18), perdemos tempo e espao. Se o mesmo jogador recebe
com a cara para a frente (zona cinzenta na fig. 18) com o campo visual
representado, pode jogar para C (fig. 18) ou VCJ para 2 ou 3.
Figura 18 Modelo de jogo SCB: Recees orientadas (adaptado Jesualdo Ferreira,
2014)
A
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Na organizao defensiva, existem 5 a 6 jogadores que esto em dupla
posio, posio de cobertura defensiva e equilbrio e posio para 1 ao
ofensiva. No momento que ganhamos a bola, temos jogadores nos trs
corredores (1, 2 e 3 na fig. 19) temos a maior largura possvel (3 na fig. 19), um
jogador livre (JL na fig. 19) para poder receber fora de presso e tomar a
melhor deciso. Os 3 avanados devero assumir tarefas, conquistar espaos
e fazer uma adequada gesto do tempo.
Figura 19 Modelo de jogo SCB: Jogadores melhor posicionados para atacar no
momento da recuperao da bola (adaptado Jesualdo Ferreira, 2014)
Figura 19a Modelo de jogo SCB: Jogadores melhor posicionados para atacar no momento da recuperao da bola (real)
Ganhar a bola por presso ou por interceo implica comportamentos
diferentes:
- Um jogador ganhou a bola por presso e ficou com a bola dominada
progredir (a equipa adversria perdeu um elemento); Temos que os matar,
isto , provavelmente do lado da bola, no vai aliviar a carga, se levar a bola e
jogo para o outro lado deixar de provocar o erro. Este movimento obriga a
duas coisas, mobilidade da nossa equipa e resposta do adversrio a essa
mobilidade, com uma dificuldade, os adversrios (zona A na fig. 20) passam a
estar alerta e no podem tomar decises erradas.
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Se em vez de fazer isto, voltar para trs, a estrutura B (fig. 20) mantm-se
imvel e expectante.
Figura 20 Modelo de jogo SCB: Ganho por presso (adaptado Jesualdo Ferreira,
2014)
- Ganhei a bola por uma interseo pensar, decidir bem, no perder (a
equipa adversria mantm a estrutura). Consegui intercetar (2 na fig.21) um
passe de 1 (fig. 21), mas ele no perdeu posio. A equipa adversria est
fechada, mantm os quatro defesas, os trs mdios e ns os trs avanados.
Temos de ler bem a situao quando no se cria as duas coisas fundamentais
numa transio, tempo e espao, ento muitas vezes temos de jogar no
controlo, ficar com a bola.
Figura 21 Modelo de jogo SCB: Ganho por interceo (adaptado Jesualdo Ferreira,
2014)
4.1.3. Organizao fixa
Nos esquemas tticos ofensivos, iremos colocar os posicionamentos de base, com
inmeras variantes, mas em que tem sempre como objetivos a ocupao das 3
zonas de finalizao (salvo questes estratgicas a mudar por fragilidade /poder
adversrio).
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Esquemas tticos: Cantos ofensivos
Os posicionamentos bsicos pr-estabelecidos nos cantos ofensivos: 5 jogadores na
rea, 1 a bater, 1 fora da rea e 3 atrs, em que os jogadores que se encontram nos
CL podem se envolver no canto curto (fig.22). Comportamentos distintos tambm em
funo da marcao da equipa adversria: zona ou HxH.
Figura 22 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Cantos ofensivos
Esquemas tticos: Livres laterais ofensivos
Figura 23 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Livres laterais ofensivos
Os posicionamentos bsicos pr-estabelecidos nos livres laterais ofensivos: 4/5
jogadores na rea, 1 a bater com apoio do LT para combinao, 1 fora da rea e 3
atrs em que os jogadores que se encontram nos CL podem envolver e criar situao
de 3x2, obrigando a tirar um jogador da zona/rea adversria (fig.23).
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Esquemas tticos: Cantos defensivos
Figura 24 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Cantos defensivos
Os posicionamentos bsicos pr-estabelecidos nos cantos defensivos: 7 homens na
zona (fig. 24), mais aberta ou fechada em funo se o canto batido aberto ou
fechado. Dois homens no bloqueio aos jogadores mais fortes adversrios nestas
situaes e um (mais o homem da zona 2) atento a combinaes de canto curto.
Esquemas tticos: Livres laterais defensivos
Figura 25 Modelo de jogo SCB: Esquemas tticos Livres laterais defensivos
Defendemos os livres laterais zona. Numa percentagem quase mxima, as
trajetrias principais da bola esto representadas pelas setas a vermelho (fig. 25).
Portanto o objetivo fechar as duas diagonais (as zonas A e B na fig. 25), partindo de
uma linha inicial (jogadores na fig. 25) para uma final, representada pelas bolas azuis
(fig. 25). A partir do momento que os adversrios podem entrar, os meus jogadores
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deixam de ficar em linha, passando a uma diagonal, tentando evitar ao mximo, a
colocao de adversrios dentro da nossa linha.
Os posicionamentos bsicos pr-estabelecidos nos cantos defensivos: 7 jogadores em
zona, em que os ltimos 5 fazem a diagonal, os primeiros 2 mantm posio. 1 ou 2
jogadores na barreira e possveis combinaes e, 1 fora da rea.
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CAPTULO III Modelo de Preparao
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5. Modelo de treino
O modelo de jogo conceptualizado necessita de um modelo de treino congruente e
especfico que o operacionalize. Para tal, h necessidade de se treinar como se
estivesse em competio, ou seja de selecionar e recriar cenrios similares aos que
ocorrem na competio ao nvel das componentes estruturais volume, intensidade,
densidade e frequncia e das condicionantes estruturais regulamento, espao,
ttico-tcnica, tempo, nmero e instrumentos assim como estimular o
desenvolvimento de atitudes e aperfeioamento de comportamentos promovidos pela
utilizao dos diferentes mtodos de treino (Castelo, 2014).
Quanto maior o grau de congruncia do modelo de treino, por intermdio da opo por
metodologias especficas entre as que esto disposio do treinador, e o modelo de
jogo, conceptualizado por este, maiores sero as possibilidades para uma superao
constante dos jogadores e da equipa (Castelo, 2014).
Para isto resulta fundamental que o modelo de jogo seja reproduzido de forma
sistemtica pelo modelo de treino, sendo por este representado sempre que possvel,
e servindo como guio opo e sequenciao pelos diferentes mtodos de treino no
planeamento das sesses e microciclos de treino (Castelo, 2014).
Castelo (2014) refere mesmo que desta constatao no se deve inferir a absoluta
opo por metodologias de treino especficas, mesmo que estes proporcionem uma
maior adaptao e consequentes desempenhos superiores em competio, isto
porque momentos havero em que os mtodos de treino podero ser optados com
vista ao aperfeioamento de um determinado gesto tcnico, por exemplo o passe, ou a
execuo de um esquema ttico, como um pontap-de-canto ofensivo, ou o
desenvolvimento de uma capacidade condicional, como por exemplo a resistncia.
Mas como se verifica e constata ento a maior ou menor especificidade de um mtodo
de treino?
Esta funo do grau de semelhana com o modelo de jogo conceptualizado pelo
treinador, sendo que daqui resulta que a cada modelo de jogo conceptualizado
corresponder um modelo de treino especfico para o operacionalizar (Castelo, 2014).
Tal como referimos para a conceo de um modelo de jogo, deste derivar a
necessidade de conceptualizao e operacionalizao de um modelo de treino que
fora o treinador a priorizar de forma eloquente o que deve treinar, quando e atravs
de que cenrios, e com que nvel de complexidade (Castelo, 2014).
Sendo o modelo de jogo o referencial do modelo de treino, o