saúde no sistema penitenciário

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Saúde no Sistema Penitenciário Elaborado por Andressa Macena de Mattos

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Health & Medicine


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Page 1: Saúde no Sistema Penitenciário

Saúde no

Sistema

Penitenciário

Elaborado por Andressa Macena de Mattos

Page 2: Saúde no Sistema Penitenciário

A Política Nacional de Saúde no

Sistema Penitenciário é uma

iniciativa conjunta dos

Ministério da Saúde e da

Justiça. Tem como objetivo

organizar o acesso da

população penitenciária às

ações e serviços do Sistema

Único de Saúde (SUS).

Page 3: Saúde no Sistema Penitenciário

Política Nacional de Saúde no

Sistema Penitenciário ( PNSSP )

O Plano Nacional de Saúde prevê a inclusão da

população penitenciária no SUS, garantindo que o direito à

cidadania se efetive na perspectiva dos direitos humanos.

O acesso dessa população a ações e serviços de saúde é

legalmente definido pela Constituição Federal de 1988.

Condições de vida e de saúde são importantes para

todos, porque afetam o modo como as pessoas se

comportam e sua capacidade de funcionarem como

membros da comunidade.

O Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário

foi elaborado a partir de uma perspectiva pautada na

assistência e na inclusão das pessoas presas e respaldou-

se em princípios básicos que assegurem na eficácia das

ações de promoção, prevenção e atenção integral à saúde.

Page 4: Saúde no Sistema Penitenciário

Diretrizes Estratégicas do Plano Nacional

de Saúde

no Sistema Penitenciário

• Prestar assistência integral resolutiva, contínua e de

boa qualidade às necessidades de saúde da população

penitenciária;

• Contribuir para o controle e/ou redução dos agravos

mais frequentes que acometem a população

penitenciária;

• Definir e implementar ações e serviços consoantes

com os princípios e diretrizes do SUS;

• Proporcionar o estabelecimento de parcerias por meio

do desenvolvimento de ações intersetoriais;

• Contribuir para a democratização do conhecimento

do processo saúde/doença, da organização dos

serviços e da produção social da saúde;

• Provocar o reconhecimento da saúde como um direito

da cidadania;

• Estimular o efetivo exercício do controle social.

Page 5: Saúde no Sistema Penitenciário

Critérios para Qualificação de Estados e

Municípios ao Plano Nacional de Saúde no

Sistema Penitenciário

• Formalização do envio do Termo de Adesão ao Ministério da

Saúde;

• Apresentação, para fins de aprovação, do Plano Operativo

Estadual no Conselho Estadual de Saúde e na Comissão

Intergestores Bipartite;

• Envio do Plano Operativo Estadual ao Ministério da Saúde

pelas Secretarias de Estado de Saúde;

• Cadastramento dos estabelecimentos de saúde e dos

profissionais de saúde das unidades prisionais, por meio do

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES);

• Aprovação dos Planos Operativos Estaduais pelo Ministério da

Saúde como condição para que estados e municípios recebam o

Incentivo para Atenção à Saúde no Sistema Penitenciário; e

• Publicação no Diário Oficial da União de Portaria de

Qualificação.

Page 6: Saúde no Sistema Penitenciário

O Brasil conta com

18 estados

qualificados ao

Plano Nacional de

Saúde no Sistema

Penitenciário, onde

são desenvolvidas

ações de saúde em

unidades

prisionais,

conforme diretrizes

do SUS . São eles :

Acre AmazonasBahia Ceará Distrito Federal Espírito SantoGoiás Mato Grosso Mato Grosso do SulMinas GeraisParaíbaParanáPernambuco Rio de JaneiroRio Grande do Sul Rondônia São Paulo Tocantins

Page 7: Saúde no Sistema Penitenciário

Estes estados contam com equipes de

saúde multiprofissionais, compostas

minimamente por médico, dentista,

enfermeiro, auxiliar de enfermagem,

psicólogo e assistente social, que atuam em

unidades de saúde de estabelecimentos

prisionais, e desenvolvem ações de atenção

básica. Entre as ações desenvolvidas estão

o controle da tuberculose, eliminação da

hanseníase, controle da hipertensão,

controle da diabetes mellitus, ações de

saúde bucal, ações de saúde da mulher;

acrescidas de ações de saúde mental,

DST/AIDS, ações de redução de danos,

repasse da farmácia básica e realização de

exames laboratoriais.

Page 8: Saúde no Sistema Penitenciário

AIDS nas PrisõesNo mundo todo, observa-se que a prevalência de HIV entre pessoas

privadas de liberdade é mais alta que entre a população em geral .

Situações de superpopulação, violência, iluminação e ventilação naturais

insuficientes, falta de proteção contra condições climáticas extremas são

comuns em unidades prisionais em todo o mundo. Quando essas condições

se associam a inadequações nos meios de higiene pessoal e de nutrição, à

falta de acesso a água potável e a serviços médicos deficientes, cresce a

vulnerabilidade da população privada de liberdade à infecção pelo HIV e

outras doenças infecciosas. Aumentando também as taxas de morbidade e

mortalidade relacionadas ao HIV. Condições precárias podem ainda dificultar

ou mesmo impedir a implementação de respostas eficazes ao HIV e à Aids por

parte dos profissionais penitenciários.

Desta maneira, a ação de prevenir a transmissão da infecção pelo HIV em

ambientes prisionais e de disponibilizar serviços de saúde às pessoas que

vivem com HIV/Aids nesse meio se insere em esforços mais amplos de

melhoria das condições de privação de liberdade.

Além disso, esse deslocamento de ponto de vista tem potencializado um

novo consenso, a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos das pessoas em

situação de prisão.

Page 9: Saúde no Sistema Penitenciário

Visita Íntima

Toda pessoa privada de liberdade tem direito à visita íntima. Cabe à gestão da unidade prisional garantir tal acesso.

Cabe a gestores (as) e profissionais de saúde garantir ações de prevenção e promoção das DST/aids, com informação educativa, distribuição de preservativos masculinos e femininos e lubrificantes íntimos, assistência à anticoncepção, dentre outros. Tais ações não devem ser restritas aos momentos de visita íntima, levando-se em conta que estas não são as únicas circunstâncias em que as relações sexuais existem nos ambientes prisionais.

Page 10: Saúde no Sistema Penitenciário

Métodos Contraceptivos e

Gestação nas PrisõesNo ambiente prisional elas também têm direito ao acesso a métodos

contraceptivos, em conformidade com a Lei do Planejamento Familiar (Lei nº. 9.263/1996).

Para as mulheres que ficarem grávidas, deve-se levar em conta a Lei 11.108, de abril de 2005, que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, o parto e o pós-parto imediato. Além disso, segundo a Lei 11.634, de dezembro de 2007, a gestante tem direito a conhecer e ser vinculada previamente a uma maternidade, seja aquela em que acontecerá o parto seja a disponível para intercorrências pré-natais.

Ou seja, ao longo do processo de gestação, uma série de cuidados deve ser tomada pelas Equipes de Saúde no Sistema Penitenciário (EPENs) para garantir a atenção integral à saúde das mulheres, de modo que seus direitos sejam respeitados e assegurados no SUS.

O que acontece com as crianças nascidas na prisão?

Está previsto na LEP/1984 que as unidades prisionais destinadas às mulheres serão dotadas de berçário, para que as mães possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade.

Nessa mesma revisão da LEP afirma que a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de seis meses e menores de sete anos cuja responsável está presa.

Page 11: Saúde no Sistema Penitenciário

TorturaA área técnica de Saúde no Sistema Penitenciário do Ministério da

Saúde apoia a campanha contra a tortura nas prisões, pois entende que a tortura é também um problema de saúde, resultado de violência física e psicológica, ou até mesmo sexual.

Para a área técnica, as equipes de saúde no Sistema Penitenciário podem ser agentes no combate a tortura, uma vez que eles fazem os atendimentos das vítimas. Embora possam atuar denunciando esses casos, eles não são os únicos grupos que tem esse dever.

De acordo com a legislação brasileira (Lei nº 9455/97) constitui crime de tortura:

constranger alguém com o uso de violência ou grave ameaça causando-lhe sofrimento físico ou mental com o objetivo de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; para provocar ação ou omissão de natureza criminosa, ou em razão de discriminação racial ou religiosa;

submeter alguém sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.