saúde - 29 de dezembro de 2013

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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 [email protected] (92) 3090-1017 Dê adeus à melancolia de final de ano Saúde e bem-estar F5 DIVULGAÇÃO No espírito do Ano-Novo Enfim, lá se vai mais um ano. Passou o Natal, chegou o Réveillon e o calendário novo em folha traz grandes expectativas para o ano que começa. É tempo de renovação e de abrir os braços e o coração A chegada de um novo ano é algo que se repete a cada 365 dias. Mas não adianta dizer que a rotina tira a magia dessa data. A cada novo ano a ansiedade chega na frente e torna as pessoas inquietas e um tanto assustadas ante o inesperado, afinal, nunca se sabe o que esperar do novo ano. Se o que está se despedindo não foi tão proveitoso, fica a esperança de que o ano que chega traga boas novas. Essa ansiedade, que vem acompanhada de estímulos próprios, mexe com os nervos e nos torna capazes de novas iniciativas e boas intenções. É tempo de celebração do ano que vai e do que chega, mas também é tempo de reflexão e de planejamento. “Vou começar uma dieta no próximo ano”, “Vou fazer exercícios”, “Vou emagre- cer”, “Vou viajar”. São tantas as expectativas que o estresse acaba sendo inevitável. Quem pode aproveitar esse tempo para tirar férias está na vantagem. Se o momento é de intervalo para descansar, aproveite para curtir o que há de melhor na vida: a família, o lar, os amigos, e claro, a saúde. Afinal, quem não quer começar o novo ano com o pé direito e o fígado em boas condições? Para isso, bastam alguns cuidados básicos que podem tornar a vida melhor. Se é hora de fazer promessas, prometa diante do espelho que nesse ano você vai deixar de lado a preguiça e colocar um pé na frente do outro e se movimentar para manter o peso em dia e a saúde em forma. Se o primeiro passo é fundamental, não deixe para depois e convide, agora mesmo, aquele amigo do peito que pode ser o seu melhor aliado nessa jornada. Segundo os cientistas, esse período movimentado e repleto de novas expectativas é extre- mamente favorável às mudan- ças de comportamento. Essa expectativa positiva é extrema- mente benéfica aos seus novos projetos. Também pode desar- quivar aqueles projetos que fi- caram guardados por falta de oportunidade. Aproveite que a sua amígdala encefálica, aquela mesmo encarregada de dar um significado emocional às datas especiais, está a mil por hora e trabalhando a seu favor, e toque em frente os planos que estão fervilhando em sua cabeça. Se você ainda não reparou, seu corpo está diferente. De acordo com neurologistas, essa motivação de fim de ano resulta em uma produção maior de neu- rotrasmissores que prolongam essa sensação de bem-estar, como a endorfina e serotoni- na. O cérebro percebe essa mudança e a mente prepara o corpo para as transformações. É o momento de agir e sair da teoria para a prática. Mas isso pode esperar até o dia 2 de janeiro. Aproveite o final de dezembro para curtir o fim do ano com tudo o que tem direito. Se é para viajar, escolha o melhor roteiro para se divertir e leve apenas o es- sencial. Se é praia, não esqueça o protetor solar e as sandálias rasteiras. Se é campo, leve o tênis e o chapéu de palha. Em todo o caso, escova de dentes e bom senso não podem faltar na bagagem. Enfim, se é repouso que você procura, então dê ao seu corpo aquilo que ele pede. Calce um chinelo confortável, desligue o celular, esqueça o computador e, se for o caso, declare que a sua melhor amiga é aquela rede da varanda. Dormir é tão essencial quanto comer. Sono de qualidade tem as mesmas vantagens que um bom prato de frutas, verduras e proteínas. Revigora a alma e descansa a pele. Não dá para viver sem. Afinal, todo guerreiro precisa de um tempo de paz para renovar as energias. Se tudo isso não basta, va- mos ao que é prático. Pegue sua agenda nova e anote seus planos para o ano que chega. Sabiamente, Sêneca já dizia que “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. Planeje, ouse, seja criativo e atrevido. Por fim, não existe melhor receita para iniciar o novo ano com alto astral que abrir o coração e renovar o espírito com atitudes de generosidade, amor e perdão. Mas não sim- plesmente aquele ato de doar o que já não cabe no armário, nem declarar amor pelo Face- book aos amigos de todos os cantos ou dizer que perdoou os inimigos, mas quer distância de cada um. Isso não basta. Esse novo ano requer atitude, presença, calor humano. Fes- teje 2014 de coração aberto e livre para viver a vida em toda sua plenitude. Ao celebrar o Ano-Novo, seja verdadeiro e autêntico nos seus sentimentos e emoções. É importante rir e amar de corpo e alma. E cho- rar, se preciso for, porque as lágrimas também fazem parte da vida. E, sendo assim, que venham as ricas experiências que a vida nos traz a cada novo ano. Que venha 2014. VERA LIMA Equipe EM TEMPO

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 29 de dezembro de 2013

SaúdeCa

dern

o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 [email protected] (92) 3090-1017

Dê adeus à melancolia de fi nal de ano

Saúde e bem-estar F5

DIVULGAÇ

ÃO

No espírito do Ano-NovoEnfi m, lá se vai mais um ano. Passou o Natal, chegou o Réveillon e o calendário novo em folha traz grandes expectativas para o ano que começa. É tempo de renovação e de abrir os braços e o coração

A chegada de um novo ano é algo que se repete a cada 365 dias. Mas não adianta dizer que a

rotina tira a magia dessa data. A cada novo ano a ansiedade chega na frente e torna as pessoas inquietas e um tanto assustadas ante o inesperado, afi nal, nunca se sabe o que esperar do novo ano. Se o que está se despedindo não foi tão proveitoso, fi ca a esperança de que o ano que chega traga boas novas.

Essa ansiedade, que vem acompanhada de estímulos próprios, mexe com os nervos e nos torna capazes de novas iniciativas e boas intenções. É tempo de celebração do ano que vai e do que chega, mas também é tempo de refl exão e de planejamento. “Vou começar uma dieta no próximo ano”, “Vou fazer exercícios”, “Vou emagre-cer”, “Vou viajar”. São tantas as expectativas que o estresse acaba sendo inevitável.

Quem pode aproveitar esse tempo para tirar férias está na vantagem. Se o momento é de intervalo para descansar, aproveite para curtir o que há de melhor na vida: a família, o lar, os amigos, e claro, a saúde.

Afi nal, quem não quer começar o novo ano com o pé direito e o fígado em boas condições?

Para isso, bastam alguns cuidados básicos que podem tornar a vida melhor. Se é hora de fazer promessas, prometa diante do espelho que nesse ano você vai deixar de lado a preguiça e colocar um pé na frente do outro e se movimentar para manter o peso em dia e a saúde em forma. Se o primeiro passo é fundamental, não deixe para depois e convide, agora mesmo, aquele amigo do peito que pode ser o seu melhor aliado nessa jornada.

Segundo os cientistas, esse período movimentado e repleto de novas expectativas é extre-mamente favorável às mudan-ças de comportamento. Essa expectativa positiva é extrema-mente benéfi ca aos seus novos projetos. Também pode desar-quivar aqueles projetos que fi -caram guardados por falta de oportunidade. Aproveite que a sua amígdala encefálica, aquela mesmo encarregada de dar um signifi cado emocional às datas especiais, está a mil por hora e trabalhando a seu favor, e toque em frente os planos que estão fervilhando em sua cabeça.

Se você ainda não reparou, seu corpo está diferente. De acordo com neurologistas, essa

motivação de fi m de ano resulta em uma produção maior de neu-rotrasmissores que prolongam essa sensação de bem-estar, como a endorfi na e serotoni-na. O cérebro percebe essa mudança e a mente prepara o corpo para as transformações. É o momento de agir e sair da teoria para a prática.

Mas isso pode esperar até o dia 2 de janeiro. Aproveite o fi nal de dezembro para curtir o fi m do ano com tudo o que tem direito. Se é para viajar, escolha o melhor roteiro para se divertir e leve apenas o es-sencial. Se é praia, não esqueça o protetor solar e as sandálias rasteiras. Se é campo, leve o tênis e o chapéu de palha. Em todo o caso, escova de dentes e bom senso não podem faltar na bagagem.

Enfi m, se é repouso que você procura, então dê ao seu corpo aquilo que ele pede. Calce um chinelo confortável, desligue o celular, esqueça o computador e, se for o caso, declare que a sua melhor amiga é aquela rede da varanda. Dormir é tão essencial quanto comer. Sono de qualidade tem as mesmas vantagens que um bom prato de frutas, verduras e proteínas. Revigora a alma e descansa a pele. Não dá para viver sem. Afi nal, todo guerreiro precisa de

um tempo de paz para renovar as energias.

Se tudo isso não basta, va-mos ao que é prático. Pegue sua agenda nova e anote seus planos para o ano que chega. Sabiamente, Sêneca já dizia que “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. Planeje, ouse, seja criativo e atrevido.

Por fi m, não existe melhor receita para iniciar o novo ano com alto astral que abrir o coração e renovar o espírito com atitudes de generosidade, amor e perdão. Mas não sim-plesmente aquele ato de doar o que já não cabe no armário, nem declarar amor pelo Face-book aos amigos de todos os cantos ou dizer que perdoou os inimigos, mas quer distância de cada um. Isso não basta. Esse novo ano requer atitude, presença, calor humano. Fes-teje 2014 de coração aberto e livre para viver a vida em toda sua plenitude. Ao celebrar o Ano-Novo, seja verdadeiro e autêntico nos seus sentimentos e emoções. É importante rir e amar de corpo e alma. E cho-rar, se preciso for, porque as lágrimas também fazem parte da vida. E, sendo assim, que venham as ricas experiências que a vida nos traz a cada novo ano. Que venha 2014.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Neste momento em que a humanidade volta seus olhares e pensamentos para as festi-vidades de Natal (na maioria das vezes voltadas pelo sentido comercial e não o sentimento genuíno), vamos procurar dei-xar de lado assuntos como: tris-teza, ódio, inveja e, cultivar a esperança em dias melhores.

Um novo tempo é sinali-zado constantemente. Gran-des datas, mudanças políti-cas, calendários, previsões, tudo insiste em falar sobre transformação. Entretan-to, não há mudança maior do que aquela que pode ser processada interiormente.

Sem dúvida alguma vive-mos numa época de instabi-lidade. Muitas pessoas estão preocupadas com o rumo da humanidade. Há movimentos incessantes, agitações, algo às vezes chamado de progres-so ou evolução. Mas a situa-ção atual não é boa, todas as categorias profissionais não estão satisfeitas com seus salários e das suas condições de trabalho. E, as projeções para o futuro são assombro-sas. Temos que realizar algo diferente para amenizarmos a situação, pois ainda temos

milhões de pessoas morrendo de fome como também sem emprego e sem assistência na saúde e na educação. Governar é decidir prioridades.

Vivemos transtornados com as manchetes nos meios de co-municação, convivemos ainda com ampla desigualdade, que tem demonstrado algo irrea-lizável. E os governos gastam bilhões mostrando suas reali-zações. O ideal seria que esses gastos enormes fossem para o social principalmente para as crianças.

A população anseia por mais moralização e por no-vas ações dos governos, para melhorar a vida dos brasi-leiros necessitados de uma maneira mais efetiva. É falta de amor e consideração dos governantes. Em qual Brasil vivemos? Trilhamos caminhos que conflitam com o espírito da Constituição e nos conduzem a situações inaceitáveis.

Não sei como se pode falar em Estado de Bem-Estar Social nessas condições. À espera de mais saúde. Os recursos são escassos e há desperdícios, a burocracia consome mais de 60% dos recursos dispo-níveis, privilegiando mais a

atenção à doença do que a saúde. É ilusório achar que apenas mais dinheiro público resgatará a saúde e escola pública do atoleiro em que se encontra sem a modernização gerencial, nada feito.

A saúde/educação por sua importância para a vida de milhares de brasileiros, certa-mente precisa de um aposte re-gular de recursos, mas esse não é o problema. Jamais haverá di-nheiro suficiente se a estrutura pública for incapaz de identifi-car e resolver os problemas do sistema. Doentes sem acesso e tratamento. A superação das mazelas da saúde requer, antes de tudo, vontade políti-ca para enfrentar os grandes opositores ao SUS.

Enquanto muitos vivem na opulência, parte da po-pulação se rejubila por sair da miséria para a pobreza. E o governo faz disso sua meta maior. Salienta Fran-cis Fukuyama em seu livro As Origens da Ordem Pública que “A desigualdade, quando extre-ma, dá chance ao populismo e a políticas radicais”

Por que tanto sofrimento, e os governantes não conse-guem eliminá-los?

Quer se tornar mais atraente? A solução é simples: aumente a ingestão de frutas e vegetais. Essa é a conclusão de um estudo da Universidade de York, Universidade St Andrews e Universidade de Cam-bridge, todas no Reino Unido. O benefício estaria no brilho dourado que a ingestão deles dá à pele. Os cientistas tiraram fotos de 20 homens e mulheres e as ajustaram para criar quatro versões diferentes. Voluntários avaliaram a atratividade das imagens e os rostos mais dourados foram julgados como mais bonitos. Acredita-se que isso acontece porque as pessoas ligam pele bronzeada à boa saúde, o que também ajudaria a evitar parceiros doentes, pálidos, que poderiam passar alguma infecção.

Frutas e verduras tornam a pessoa mais atraente

Beber refrigerante do tipo cola em excesso pode diminuir a contagem de espermatozoides, de acordo com um estudo dinamarquês divulgado na publicação American Journal of Epidemiology. Os participantes que ingeriam mais de um litro por dia do produto apresentaram, em média, contagem de espermato-zoides 30% menor (35 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen) em comparação aos que não a saboreavam (média de 50 milhões de espermato-zoides por mililitro). Esse grupo também comia mais fast food e menos frutas e hortaliças. Ainda não se sabe se o problema está relacionado a algum com-ponente dos refrigerantes de cola, ao estilo de vida pouco saudável ou a ambos.

Refrigerante versus espermatozoides

DiagramaçãoKleuton Silva

RevisãoGracycleide DrumondSaaramar Lahan

Microscópio e micróbios

O lado mais espetacular do pensamento mi-crológico aderiu aos esforços de quatro médicos extraordinários que se imor-talizaram por terem mudado a medicina e o mundo”

João Bosco [email protected]

João Bosco Botelho

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa na França

Novas mudanças em um novo tempo

Humberto Figliuolo

Farmacêutico

Humberto Figliuolohfi [email protected]

O conjunto das novas ob-servações consequentes da utilização do microscópio - pensamento micrológico - se tornou grande em tempo tão curto que se formaram inúmeras associações cientí-ficas, onde eram comunicadas e discutidas as descobertas da microestrutura do corpo hu-mano. Entre as aplicações ime-diatas das novas observações se destacou a identificação do ácaro como agente causa-dor da sarna. Esta doença da pele já era conhecida desde os tempos bíblicos e incluída entre as oito doenças aceitas como contagiosas. A identi-ficação do ácaro se tornou a primeira prova de os micro-organismos serem as causas das doenças.

Como consequência da nova abordagem, a relação direta entre a identifi cação do mi-cro-organismo e a certeza do diagnóstico infl uenciou o modo como os médicos dos sécu-los 18 se relacionavam com os doentes. A frieza com que a concepção mecanicista de vida impunha determinava a simplifi cação das funções vi-tais a simples acontecimentos

mecânicos ligados aos micró-bios. Os médicos passaram a se contentar com a descrição dos sintomas a distância do doente: a partir dos dados obtidos de maneira indireta, estabeleciam o diagnóstico e o tratamento.

As críticas mais contunden-tes dessa medicina mecanicis-ta se mantiveram fortalecidas com as publicações de Thomas Sydenham (1624-1689). Esse genial autor defendia que o ponto fundamental da Medici-na era a presença do médico na cabeceira do doente, utili-zando todos os recursos que pudessem auxiliar na cura.

O lado mais espetacular do pensamento micrológico ade-riu aos esforços de quatro médicos extraordinários que se imortalizaram por terem mudado a Medicina e o mundo evitando a morte e o sofrimen-to de milhões de pessoas:

- Louis Pasteur (1822-1895): identificação do estafilococo no furúnculo e na osteomie-lite (infecção no osso); iden-tificação do estreptococo na febre puerperal (infecção pós-parto que matou milhões de mulheres); introduziu o termo vacinação; realizou a primeira

vacinação anti-rábica, em 6 de julho de 1885, numa criança de 9 anos de idade que tinha sido mordida por cão raivo-so; introduziu a assepsia e anti-sepsia com famosa frase: “Se eu tivesse a honra de ser cirurgião, sempre lavaria as mãos com muito rigor e as exporia, rapidamente, ao ca-lor, e só usaria instrumentos limpos previamente submeti-dos à temperatura entre 130 e 150 graus e água tratada até 110 graus”.

- Robert Koch (1843-1910): defi nitiva comprovação de que cada doença infecciosa é causa-da por bactéria específi ca; iso-lamento, em 1882, do bacilo da tuberculose; identifi cação, em 1884, do vibrião da cólera.

- Alexandre Yersin (1863-1943): durante a epidemia, em Hong Kong, em 1894, esse mé-dico suíço identificou o bacilo da peste e o papel do rato na transmissão da doença, contu-do não associou a pulga como o elemento contagiante.

- Gehard Hansen (1841-1912): identificou o bacilo da lepra (Mycobacterium leprae), em 1873, a partir de prepara-ções frescas e não coradas.

Temos que realizar algo diferente para amenizarmos a situação, pois ainda temos milhões de pessoas mor-rendo de fome como também sem emprego”

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MANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 F3Saúde e bem-estar

Uma coisa é fato, as olheiras cau-sam um grande inconveniente,

que são capazes colocar a autoestima lá para bai-xo, além de obscurecer toda a beleza presente no rosto. Muitas vezes nem um make up bem feito consegue disfarçar o tom arroxeado marcado sobre os olhos.

Ao contrário que muitos imaginam as olheiras nem sempre são associadas a noites mal-dormidas. Esse problema que rodeia os olhos pode ser ocasionado por variados fatores, entre eles a genética, etnia e até mesmo a progressão da idade, fazendo com que a pele fique mais fina e sen-sível nesta região. A situ-ação pode agravar devido a outros elementos do dia

a dia, como o tabagismo, consumo excessivo de be-bidas e fase menstrual, já que durante esta época o fluxo sanguíneo impulsio-na a dilatação dos vasos na área afetada. “A pele na parte inferior dos olhos são extremamente delicadas, desta forma a melanina acaba sendo acumulada na região deixando man-chas escuras”, diz a médica pós-graduada em derma-tologia Sílvia Takakuwa, da clínica Medical Laser.

Não há cura, mas existe controleEncarar o espelho já

não precisa ser mais uma tarefa tão árdua. Feliz-mente atualmente existe tratamento estético que podem auxiliar a reduzir as olheiras e dar um ar mais jovial ao seu olhar.

Adeus olheirasConheça alguns tratamentos para se livrar deste desconforto que pode estar associado a má alimentação ou noites mal-dormidas

PeelingAlém de oferecer uma pele

mais juvenil e bela, o trata-mento com o peeling tam-bém auxilia no combate às olheiras com a pigmentação amarronzada. No método há substâncias aplicadas que podem clarear esta região da pele, desta forma excluindo as manchas. O tratamento é +recomendado que seja realizado semanalmente ou de quinze em quinze dias, variando em média dez sessões para um resultado eficiente.

PreenchimentoQuando as olheiras estão

mais aprofundadas, o ideal

é o preenchimento, pois esta técnica pode dar uma boa amenizada nelas. Em alguns olhos podem favorecer o sur-gimento de um sombrea-mento natural, podendo se agravar com a aparição das olheiras. Nesta situação a olheira propende a ser mais funda do que o normal. Para atenuar este problema, o pre-enchimento ácido hialurôni-co é o mais recomendado. O método tem por intuito avolumar a pele inferior dos olhos e os resultados já são visíveis na primeira semana. Para manter a boa aparência e obter resultados eficazes é indicado fazer o tratamento a cada seis meses.

Veja os principais tratamentos no combate ao problema

Quando as olheiras estão mais aprofunda-das, o ideal é fazer um tratamento cirúrgico

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 F5

Melancolia de fi m de anoSensação de vazio, nostalgia, saudade, raiva, tristeza e até mesmo hostilidade são mais comuns do que imaginamos

nesta época do ano

O fi nal do ano, para muitos, denota uma época de renovação, recomeço, esperan-

ça. É uma época em que todos supostamente estão felizes e generosos. Mas, para outros, a época traz sentimentos de tristeza e melancolia, angústia e solidão. Esses sentimentos negativos são até normais, já que o término do ano signifi ca o fi m de um ciclo, e é quan-do costumamos avaliar o que passou. No entanto, é preciso fi car ligado para que esses sen-timentos não se transformem em algo mais grave como a depressão.

Sensação de vazio, nostal-gia, saudade, raiva, tristeza e até mesmo hostilidade são mais comuns do que imagi-namos nesta época do ano. E estes sentimentos têm uma razão de ser. “Simbolicamente, o fi nal de ano, consciente ou inconscientemente, signifi ca ‘encerramento de um ciclo’”, explica a psicóloga clínica Lu-ciana Freitas. Ela esclarece que, “quando estamos encer-rando um ciclo, costumamos avaliar como foi. Questiona-mos metas que nos impuse-mos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Em muitos casos o balanço não é tão positivo e o resultado emocional são os sentimentos de frustração, de angústia, de menos valia e até melancolia, que pode dar início à depres-são”.

Por conta dessa autoavalia-ção, muitas vezes as dores são mais evidentes para aqueles que tiveram algum problema no decorrer do ano, como dí-vidas, metas não atingidas, brigas em família, decepções amorosas, problemas no tra-balho ou difi culdades com a saúde.

“Vale ressaltar que estas sen-sações, se moderadas, fazem parte de um processo natural, já que todo encerramento traz consigo a elaboração de um luto. É natural sentir a dor da-quilo que já não é mais, daquilo que já se fi ndou, que se foi. De-vemos pensar sim naquilo que nos frustrou, no que não con-seguimos, onde que erramos, mas, claro, sem obsessões”, destaca a profi ssional.

SinaisMas como diferenciar o sen-

timento de melancolia de algo mais grave? Diagnosticar a depressão não é um processo simples e, a não ser que a doença esteja em nível grave,

não é óbvia. “O diagnóstico de-pende sempre do profi ssional que está fazendo a avaliação e este é um processo que requer muita cautela. Na dúvida, ao percebermos sintomas persis-tentes por mais de uma sema-na, devemos nos precipitar na busca de ajuda especializada. É preferível não correr o ris-co de banalizar os sintomas”, esclarece Luciana.

Para fi car mais claro, tris-teza é uma emoção comum a todos os seres humanos, presente em algumas fases da nossa vida e perfeitamente ajustada a determinadas cir-cunstâncias. Já a depressão é uma perturbação emocional, que pode implicar uma triste-za intensa e recorrente, den-tre outros sintomas (físicos e emocionais).

“A tristeza é sentida como desconfortável e vivida como um sentimento de pesar, de dor psíquica e moral, geral-mente relacionada a algo que contraria o que um indivíduo acredita almejar. Ela pode

produzir sentimento de im-potência, vontade de chorar, expectativa negativa quanto a eventos futuros, entre outros aspectos. A tristeza dá colorido à existência humana, sendo, portanto, um acontecimento normal”, aponta. Ou seja, em função da perda física de al-guém, de uma situação de desemprego ou até da sau-dade de quem está longe, é natural e adaptativo sentirmo-nos tristes.

“A depressão, por sua vez, é um estado patológico no qual a vida afetiva perde, em boa parte, sua plasticidade. Enquanto a tristeza não im-pede que alguém viva outras emoções quando o contexto se altera, a depressão costuma causar sentimentos sombrios a maior parte do tempo, e os que a experimentam têm grande difi culdade para re-cuperar o prazer, a alegria e outros afetos. Outro aspecto é a falta de relação com algum acontecimento que justifi que tamanha melancolia”, observa a psicóloga.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

BALANÇOQuando estamos encer-rando um ciclo, costu-mamos avaliar como foi. Questionamos metas que nos impusemos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Em muitos casos o ba-lanço não é positivo

Para evitar essa depres-são toda de fi m de ano, e também qualquer tipo de tristeza ou angústia que possa estar ocorrendo du-rante qualquer época do ano, o segredo é se dis-trair!

• Evite a solidãoMesmo sem ter família e

amigos por perto – afi nal, muita gente viaja – procure se aproximar de quem está disponível, mesmo que se-jam amigos ou familiares distantes. Por outro lado, veja que estar só não é um

fi m de mundo, nem neces-sariamente um sacrifício. É uma oportunidade para aprender a curtir a solidão e extrair dela aquilo que você realmente gosta de fazer. É uma ótima oportunidade para o autoconhecimento. Seja sua melhor compa-nhia.

• Não fi que paradoProcure fazer uma lista

de atividades que sejam agradáveis. Deixe tarefas desagradáveis para outro momento. Divirta-se, ainda que sozinho. Aproveite o

tempo livre dos feriados e dedique-se a alguma atividade diferente, como caminhadas pela cidade ou próximo à natureza, com-pras, cinema, atividades esportivas, bares. A sen-sação de estar fazendo algo para si mesmo é edifi cante e antidepressiva. Presen-teie-se, já que é Natal. E acredite: você merece.

• Evite pensamentos negativos

Se você perdeu alguém ou algo, durante o ano, não se concentre na perda, e sim

no que você precisa apren-der para lidar com ela. Nada acontece por acaso. Se seu emprego está sob ameaça, pense em atividades agra-dáveis que você pode fazer com seu tempo livre. Pense sempre no aspecto positivo dos fatos. Se você está sem dinheiro, sem família e so-litário e o seu companheiro de trabalho vai viajar com a nova namorada para uma praia paradisíaca, não faça comparações. Pense ape-nas que esse momento é transitório e que tudo pode ser diferente em breve.

DICAS PARA EVITAR OS PENSAMENTOS NEGATIVOS

Quando reconhecido o problema, muitos desses sentimentos podem servir de estí-mulo para mudança. A psicóloga Luciana Frei-tas explica que estes mesmos sentimentos surgidos nesta épo-ca do ano podem ser eliciadores de novos projetos, de mudanças e, portanto, de novos comportamentos mais saudáveis.

“Entre esses com-portamentos está a resiliência, que é a ca-pacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, en-tre outros – sem entrar em surto psicológico”, lembra. A resiliência se-ria uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condi-ções para enfrentar e superar problemas e adversidades.

O mais importante em todo o processo é o olhar para si. “Enquanto colocarmos a respon-sabilidade de sermos felizes nos outros”, des-taca, “sempre existirá uma enorme possibi-

lidade de nos frustra-mos”. Uma grande alia-da para esses casos é a psicoterapia, que ajuda a elucidar os confl itos, a organizar os pensa-mentos e a nos liber-tar de velhos hábitos e emoções tóxicas que nos engessam em pro-cessos, em pensamen-tos e comportamentos inadequados que mi-nam nossa energia e nossa perspectiva de felicidade.

Por isso, fazer planos para o ano que está che-gando também é sau-dável, sempre aliados a vontade de cumpri-los. “Mas fazer planos e estabelecer metas precisam vir acompa-nhados de determina-ção e disciplina. Sem estes aliados, nada ou quase nada se concreti-za”, completa Luciana.

O fi nal do ano é um momento onde pode-mos repensar quais es-tão sendo nossas atitu-des para atingir aquilo que desejamos e, aí sim, iniciar um novo ciclo – o Ano-Novo! – com ou-tra postura, com metas reais, consolidando as atitudes para que elas sejam conquistadas.

Bola para a frente

É frequente, aponta, que uma pessoa depri-mida tenha difi culdade de ligar o que sente a algum acontecimento específi co que tenha vivido antes da apresentar o quadro. “A depressão, geralmente,

produz perda de ener-gia para agir, desânimo acentuado, difi culdade de concentração, pensa-mento circular em torno das mazelas humanas, desvalorização da autoi-magem, entre outras ca-

racterísticas distintas da tristeza”, completa.

É comum, também, ocorrer na depressão a modifi cação de algu-mas funções fi siológicas, como o sono (principal-mente insônia) e o apetite

(o mais comum é perdê-lo). “É preciso destacar que, ao contrário da triste-za, a depressão pode acar-retar a presença de ideias sobre a própria morte e, em casos graves, a inten-ção de provocá-la”.

De olho nos seus sentimentos

Diagnosticar a depres-são não é um processo simples e, a não ser que a doença esteja em nível grave, não é óbvia

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 F5

Melancolia de fi m de anoSensação de vazio, nostalgia, saudade, raiva, tristeza e até mesmo hostilidade são mais comuns do que imaginamos

nesta época do ano

O fi nal do ano, para muitos, denota uma época de renovação, recomeço, esperan-

ça. É uma época em que todos supostamente estão felizes e generosos. Mas, para outros, a época traz sentimentos de tristeza e melancolia, angústia e solidão. Esses sentimentos negativos são até normais, já que o término do ano signifi ca o fi m de um ciclo, e é quan-do costumamos avaliar o que passou. No entanto, é preciso fi car ligado para que esses sen-timentos não se transformem em algo mais grave como a depressão.

Sensação de vazio, nostal-gia, saudade, raiva, tristeza e até mesmo hostilidade são mais comuns do que imagi-namos nesta época do ano. E estes sentimentos têm uma razão de ser. “Simbolicamente, o fi nal de ano, consciente ou inconscientemente, signifi ca ‘encerramento de um ciclo’”, explica a psicóloga clínica Lu-ciana Freitas. Ela esclarece que, “quando estamos encer-rando um ciclo, costumamos avaliar como foi. Questiona-mos metas que nos impuse-mos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Em muitos casos o balanço não é tão positivo e o resultado emocional são os sentimentos de frustração, de angústia, de menos valia e até melancolia, que pode dar início à depres-são”.

Por conta dessa autoavalia-ção, muitas vezes as dores são mais evidentes para aqueles que tiveram algum problema no decorrer do ano, como dí-vidas, metas não atingidas, brigas em família, decepções amorosas, problemas no tra-balho ou difi culdades com a saúde.

“Vale ressaltar que estas sen-sações, se moderadas, fazem parte de um processo natural, já que todo encerramento traz consigo a elaboração de um luto. É natural sentir a dor da-quilo que já não é mais, daquilo que já se fi ndou, que se foi. De-vemos pensar sim naquilo que nos frustrou, no que não con-seguimos, onde que erramos, mas, claro, sem obsessões”, destaca a profi ssional.

SinaisMas como diferenciar o sen-

timento de melancolia de algo mais grave? Diagnosticar a depressão não é um processo simples e, a não ser que a doença esteja em nível grave,

não é óbvia. “O diagnóstico de-pende sempre do profi ssional que está fazendo a avaliação e este é um processo que requer muita cautela. Na dúvida, ao percebermos sintomas persis-tentes por mais de uma sema-na, devemos nos precipitar na busca de ajuda especializada. É preferível não correr o ris-co de banalizar os sintomas”, esclarece Luciana.

Para fi car mais claro, tris-teza é uma emoção comum a todos os seres humanos, presente em algumas fases da nossa vida e perfeitamente ajustada a determinadas cir-cunstâncias. Já a depressão é uma perturbação emocional, que pode implicar uma triste-za intensa e recorrente, den-tre outros sintomas (físicos e emocionais).

“A tristeza é sentida como desconfortável e vivida como um sentimento de pesar, de dor psíquica e moral, geral-mente relacionada a algo que contraria o que um indivíduo acredita almejar. Ela pode

produzir sentimento de im-potência, vontade de chorar, expectativa negativa quanto a eventos futuros, entre outros aspectos. A tristeza dá colorido à existência humana, sendo, portanto, um acontecimento normal”, aponta. Ou seja, em função da perda física de al-guém, de uma situação de desemprego ou até da sau-dade de quem está longe, é natural e adaptativo sentirmo-nos tristes.

“A depressão, por sua vez, é um estado patológico no qual a vida afetiva perde, em boa parte, sua plasticidade. Enquanto a tristeza não im-pede que alguém viva outras emoções quando o contexto se altera, a depressão costuma causar sentimentos sombrios a maior parte do tempo, e os que a experimentam têm grande difi culdade para re-cuperar o prazer, a alegria e outros afetos. Outro aspecto é a falta de relação com algum acontecimento que justifi que tamanha melancolia”, observa a psicóloga.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

BALANÇOQuando estamos encer-rando um ciclo, costu-mamos avaliar como foi. Questionamos metas que nos impusemos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Em muitos casos o ba-lanço não é positivo

Para evitar essa depres-são toda de fi m de ano, e também qualquer tipo de tristeza ou angústia que possa estar ocorrendo du-rante qualquer época do ano, o segredo é se dis-trair!

• Evite a solidãoMesmo sem ter família e

amigos por perto – afi nal, muita gente viaja – procure se aproximar de quem está disponível, mesmo que se-jam amigos ou familiares distantes. Por outro lado, veja que estar só não é um

fi m de mundo, nem neces-sariamente um sacrifício. É uma oportunidade para aprender a curtir a solidão e extrair dela aquilo que você realmente gosta de fazer. É uma ótima oportunidade para o autoconhecimento. Seja sua melhor compa-nhia.

• Não fi que paradoProcure fazer uma lista

de atividades que sejam agradáveis. Deixe tarefas desagradáveis para outro momento. Divirta-se, ainda que sozinho. Aproveite o

tempo livre dos feriados e dedique-se a alguma atividade diferente, como caminhadas pela cidade ou próximo à natureza, com-pras, cinema, atividades esportivas, bares. A sen-sação de estar fazendo algo para si mesmo é edifi cante e antidepressiva. Presen-teie-se, já que é Natal. E acredite: você merece.

• Evite pensamentos negativos

Se você perdeu alguém ou algo, durante o ano, não se concentre na perda, e sim

no que você precisa apren-der para lidar com ela. Nada acontece por acaso. Se seu emprego está sob ameaça, pense em atividades agra-dáveis que você pode fazer com seu tempo livre. Pense sempre no aspecto positivo dos fatos. Se você está sem dinheiro, sem família e so-litário e o seu companheiro de trabalho vai viajar com a nova namorada para uma praia paradisíaca, não faça comparações. Pense ape-nas que esse momento é transitório e que tudo pode ser diferente em breve.

DICAS PARA EVITAR OS PENSAMENTOS NEGATIVOS

Quando reconhecido o problema, muitos desses sentimentos podem servir de estí-mulo para mudança. A psicóloga Luciana Frei-tas explica que estes mesmos sentimentos surgidos nesta épo-ca do ano podem ser eliciadores de novos projetos, de mudanças e, portanto, de novos comportamentos mais saudáveis.

“Entre esses com-portamentos está a resiliência, que é a ca-pacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, en-tre outros – sem entrar em surto psicológico”, lembra. A resiliência se-ria uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condi-ções para enfrentar e superar problemas e adversidades.

O mais importante em todo o processo é o olhar para si. “Enquanto colocarmos a respon-sabilidade de sermos felizes nos outros”, des-taca, “sempre existirá uma enorme possibi-

lidade de nos frustra-mos”. Uma grande alia-da para esses casos é a psicoterapia, que ajuda a elucidar os confl itos, a organizar os pensa-mentos e a nos liber-tar de velhos hábitos e emoções tóxicas que nos engessam em pro-cessos, em pensamen-tos e comportamentos inadequados que mi-nam nossa energia e nossa perspectiva de felicidade.

Por isso, fazer planos para o ano que está che-gando também é sau-dável, sempre aliados a vontade de cumpri-los. “Mas fazer planos e estabelecer metas precisam vir acompa-nhados de determina-ção e disciplina. Sem estes aliados, nada ou quase nada se concreti-za”, completa Luciana.

O fi nal do ano é um momento onde pode-mos repensar quais es-tão sendo nossas atitu-des para atingir aquilo que desejamos e, aí sim, iniciar um novo ciclo – o Ano-Novo! – com ou-tra postura, com metas reais, consolidando as atitudes para que elas sejam conquistadas.

Bola para a frente

É frequente, aponta, que uma pessoa depri-mida tenha difi culdade de ligar o que sente a algum acontecimento específi co que tenha vivido antes da apresentar o quadro. “A depressão, geralmente,

produz perda de ener-gia para agir, desânimo acentuado, difi culdade de concentração, pensa-mento circular em torno das mazelas humanas, desvalorização da autoi-magem, entre outras ca-

racterísticas distintas da tristeza”, completa.

É comum, também, ocorrer na depressão a modifi cação de algu-mas funções fi siológicas, como o sono (principal-mente insônia) e o apetite

(o mais comum é perdê-lo). “É preciso destacar que, ao contrário da triste-za, a depressão pode acar-retar a presença de ideias sobre a própria morte e, em casos graves, a inten-ção de provocá-la”.

De olho nos seus sentimentos

Diagnosticar a depres-são não é um processo simples e, a não ser que a doença esteja em nível grave, não é óbvia

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Projeto resgata habilidades artísticas de jovens com câncerTerapia Ocupacional em oficinas de produção de biscuits e peças decorativas busca reduzir a ansiedade no tratamento

Manter o equilíbrio emocional não é tarefa fácil para crianças e jovens

portadores do câncer infan-tojuvenil. Assim como para as suas famílias, que passam a ser envolvidas na busca pela cura e estarão nessa situ-ação, no mínimo, ao longo dos cinco anos seguintes. No Amazonas, o Grupo de Apoio a Criança com Câncer (GAAC) tem sido referência há 14 anos no acompanhamento e tratamento de câncer infanto-juvenil. Atualmente, a Oi e Oi Futuro, por meio do edital de 2013 do programa Oi Novos Brasis, está possibilitando a realização do projeto “Terapia Ocupacional: Resgatando as habilidades artísticas, minimi-zando a dor e gerando renda durante e após o tratamento de câncer” que objetiva desen-volver o equilíbrio emocional das mães, crianças e adoles-centes diante da doença.

O projeto promove ativida-des que resgatam as habili-dades artísticas de crianças e jovens tratados contra o câncer. A partir deste mês, oficinas com a participação média de 15 pessoas – entre crianças, adolescentes e suas mães – produzirão biscuits e peças decorativas e utilitá-

rias. Com o patrocínio do Oi Novos Brasis, programa do Oi Futuro criado para apoiar ações de sustentabilidade, o projeto poderá contratar uma instrutora, custear a maté-ria-prima e a infraestrutura, dando seguimento às oficinas ao longo de 2014.

Segundo a psicóloga Maria do Carmo Azevedo Façanha, que coordena o projeto no GAAC, os mitos que cercam a doença contribuem para o impacto gerado com o diagnós-tico positivo para o portador de câncer, já que este é imediata-mente associado à morte. “As oficinas auxiliam a retomada do equilíbrio emocional, rompendo a ansiedade. Quem está muito ansioso por causa da doença não consegue fazer nada”, ex-plica. “Nossa meta é tirar o foco da doença, através das etapas da confecção do biscuit”.

Além de promover ativida-des que resgatem as habilida-des artísticas socioculturais, a autoestima, a melhoria do relacionamento entre mães e filhos, e trabalhar o potencial criativo de crianças e jovens, o projeto incentiva a geração de renda para mães que se afas-tam de tudo dedicando-se aos filhos com câncer, com a venda dos produtos confeccionados nas oficinas.

Sobre o GAAC e as crianças

Segundo o Instituto Na-cional do Câncer (Inca), em 2012, mais de 11 mil novos casos de câncer infantil fo-ram diagnosticados no Bra-sil. Apesar do câncer infan-tojuvenil ser uma das causas de mortes não acidentais mais comuns entre crian-ças e adolescentes, com o avanço dos tratamentos e apoio de profissionais ca-

pacitados, tem sido possível atingir um índice de 70% de cura.

No Amazonas, o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GAAC) atua há 14 anos, sendo uma entidade sem fins lucrativos, administrado por uma equipe de voluntá-rios e funcionários, visando o atendimento a crianças e adolescentes com câncer e

seus familiares. O GAAC bus-ca atender a necessidade social das crianças e adoles-centes e seus familiares de maneira global, oferecendo atendimento psicológico, pedagógico, educacional e de lazer a todas as crianças em tratamento na Fundação Cecon (Centro de Controle de Oncologia – AM) e enti-dades afins.

O grupo de apoio busca atender a necessidade social das crianças e de seus familiares

ATENDIMENTO

da doençaFOTOS: DIVULGAÇÃO

O projeto promove atividades que res-gatam as habilidades artísticas de crianças e jovens tratados contra o câncer

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MANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013 F7Saúde e bem-estar

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sos desenhados para realizar os exercícios. Procure sacos de areia, de boxe ou outros obje-tos nas academais que podem incrementar o treino.8) Exercícios na barra. Levantar o corpo com auxílio de uma barra trabalha mais músculos.

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Não adianta reclamar. Um corpo sarado é conquistado com esforços. Exercícios, dieta e informação entram na lista feita pelo site The Huffi ngton Post, que coletou dicas com especialistas em fi tness nos Estados Unidos. Confi ra como melhorar os efeitos da malha-ção, abaixo:1) Organize a ingestão de nu-trientes. O consultor de fi tness Alan Aragon recomenda au-mentar a ingestão de proteínas e gorduras e reduzir o consumo de carboidratos refi nados. Ele diz que a tradicional pirâmide dos alimentos não é compatível com a prática de exercícios.2) Aumente ingestão de vege-tais. “Atletas que comem mais vegetais, não fi cam cansados tão facilmente”, disse Tony Gen-

tilcore, da academia Cressey Performance, dos Estados Uni-dos. O especialista em fi tness recomenda bater no liquidifi ca-dor espinafre com dois copos de leite de amêndoas, frutas vermelhas congeladas, aveia, sementes de chia e de linhaça e pó de proteína.3) Consumir mais vitamina DPesquisas mostram relação en-tre músculos fortes e altos níveis de vitamina D em homens.4) Dividir o consumo de pro-teína. Homens que consomem mais proteína dividida em seis refeições durante o dia, em vez de três maiores, ganham músculo mais facilmente, dizem pesquisadores da Faculdade Skidmore.5) Encontre o suplemento corre-to. Estudo publicado no Journal

of Nutrition aponta que existe um tipo de suplemento mais adequado para cada momento do dia. O do tipo Whey Protein é indicado para ser consumido pela manhã, pois ajudaria a evi-tar ataques de fome. O assunto pode ser discutido com o médico ou nutricionista.6) Exercitar todos os grupos musculares. Segundo dados do Journal of Strength and Condi-tioning Research, cada músculo precisa ser movimentado com 10 a 15 sessões de exercícios por semana para aumentar de tamanho. Isso signifi ca que um treino feito três vezes por se-mana deveria contemplar todos os grupos musculares, com 3 a 5 séries de repetições.7) Levante diferentes tipos de pesos. Use mais do que pe-

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AÇÃO

Levante diferentes tipos de peso durante o treinamento

Pequenas dicas que fazem toda a diferença

Quando falamos sobre estar em forma, pen-samos em exercícios físicos e músculos,

mas e o cérebro? Esse órgão tem papel central em nosso organismo e em todas as áreas da nossa vida, por isso para garantir seu bom desempe-nho ele também precisa estar em forma. Pesquisas recentes indicam que o estilo de vida tem impacto no cérebro. Com atitudes simples qualquer um consegue melhorar a saúde mental, minimizando o declínio cognitivo e o risco de per-da de memória relacionada à idade.

Manter o peso ideal e seguir uma dieta balanceada con-trolando o colesterol é meio caminho andado. A ingestão de gorduras boas, como os ácidos graxos ômega-3, e alimentos protetores promove um cére-bro mais saudável. “O DHA, um lipídio da série ômega-3, já é reconhecido pelos seus benefícios cardiovasculares. Novos estudos têm demos-trado sua importância para a saúde mental em adultos, indicando uma proteção con-tra processos degenerativos

ligados ao envelhecimento, mas é importante lembrar que este não é o único composto com este efeito,” comenta o Dr. Paulo Henrique Bertolucci, neurologista, diretor do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Unifesp.

Outro aliado é a saúde física. A prática de exercícios pro-

porciona um corpo equilibrado com bom fl uxo de sangue em todo o organismo e estimula o crescimento de novas células e conexões cerebrais. Resul-tados de um estudo realizado com 299 idosos na Univer-sidade de Pittsburg, nos Es-tados Unidos, demonstraram que aqueles que percorriam 72

quadras por semana, depois de nove anos apresentaram aumento do volume de massa cinzenta e tiveram menor de-clínio cognitivo. Mas também é preciso exercitar a mente. As pessoas são capazes de aprender e reter novos fatos e competências ao longo de toda a vida, especialmente com estímulo intelectual frequen-te. “Manter o cérebro sempre ativo, em constante proces-so de aprendizado e desafi os mentais, contribui para a ma-nutenção da função cognitiva. Nunca é tarde para aprender algo novo e desenvolver habi-lidades”, reforça o médico.

Cultivar as relações fami-liares e de amizade fortalece laços, o que gera felicidade, um fator que favorece a saúde cerebral. Alguns estudos mos-tram que a atividade social re-gular promove o crescimento de novas células e a reparação do cérebro, e que pessoas com maior interação tendem a ter menos perda de memória do que as menos sociáveis. Visitar amigos, parentes e se envolver em atividades sociais são boas maneiras de interagir com ou-tros indivíduos.

OS ALIADOS A prática de exercícios físicos proporciona um corpo equilibrado com bom fl uxo de sangue em todo o organismo e estimula o crescimento de novas células e cone-xões cerebrais, evitando problemas na velhice

1.Alimente o seu cérebro.Evite as gorduras saturadas

e principalmente as trans. No dia a dia, utilize óleo vegetal em pequena quantidade para cozinhar e prefi ra carnes ma-gras. Gorduras saudáveis são encontradas no azeite de oliva e peixes marinhos..Aumente o consumo de DHA. Esse lipídio da série ôme-ga-3 corresponde a 40% das gorduras presentes no cérebro. Além de ser importante para proteger as funções cerebrais contra o declínio cognitivo, o nutriente também proporciona benefícios para a saúde ocular e do coração. Organizações internacionais recomendam o consumo mínimo de 200 mg de DHA por dia. Para obter o nutriente é necessário consumir peixes marinhos ricos em gor-dura como salmão, sardinha, cavala ou truta..Consuma diariamente variadas porções de frutas e legumes com a pele para maximizar o poder nutricional.

Prefi ra frutas vermelhas e ro-xas como morangos, amoras, açaí e tomates, que contêm polifenóis, um poderoso an-tioxidante e anti-infl amatório que eliminam radicais livres, protegendo o cérebro.

2. Mantenha-se fi sicamen-

te ativo e saudável..Reserve pelo menos 30 minutos do seu dia para a prática de exercícios. Além de proporcionar mais saúde e disposição, atividades físicas acalmam e ajudam a se sentir mais jovem..Dormir de sete a oito ho-ras por noite.

Não fumar e evitar o con-sumo excessivo de bebidas alcoólicas..Manter um peso saudável e reduzir o consumo de açúcar e sódio.

3. Permaneça mentalmen-

te ativo..Leitura, jogos como su-doku, palavras cruzadas, xa-

drez, aprendizado de novas línguas são maneiras fáceis de exercitar a mente e devem ser realizadas regularmente..A meditação ajuda a redu-zir o estresse, acalma e tem efeito positivo nos processos infl amatórios, pois age na re-gião do cérebro que controla a infl amação e a resposta imunológica do organismo..Estabeleça metas de aprendizados diários, como uma nova palavra, um fato ou conteúdo diferente etc.

4. Mantenha-se engajado

em seu ciclo social..O trabalho remunerado ou voluntário promove a intera-ção com as pessoas e mantém a mente ativa..Priorizar a família e os amigos fortalece esses laços, mantendo as pessoas sempre próximas..Clubes, atividades religio-sas ou espirituais socializam as pessoas, ajudando a criar novos círculos de amizades.

Dicas para manter o cérebro saudável:

F7Saúde e bem-estar

Como vai sua massa cinzenta?A perda de memória relacionada à idade pode ser prevenida com mudanças simples no estilo de vida. Mudanças que devem começar cada vez mais cedo

Com atitudes simples qualquer um consegue melhorar a saúde mental, minimizando o

declínio cognitivo

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F8 MANAUS, DOMINGO, 29 DE DEZEMBRO DE 2013Saúde e bem-estar

Massagem dermoativadora no combate da celuliteO tratamento associa também o uso de produtos cosméticos, contendo cafeína, castanha-da-índia e extrato de algas marinhas e cavalinha

A celulite é um proble-ma estético que atinge 95% das mulheres. Ca-racterizada pelo apa-

recimento de furinhos na pele que a deixam com aspecto de casca de laranja, elas aparecem em decorrência do acúmulo de gordura no tecido, causada por toxinas que não são drenadas pelo organismo e ficam armaze-nadas na corrente sanguínea.

Fatores como maus hábitos alimentares, falta de atividade física, má circulação, genéti-ca, pouca ingestão de água e alterações hormonais – mui-to comuns durante o período gestacional, na puberdade e na menopausa – são os principais colaboradores para a formação de saliências e depressões em regiões do corpo como coxas, glúteos, nádegas e braços. Pessoas com problemas vas-culares também têm predis-posição para o surgimento dos “furinhos” na derme.

A celulite causa muito in-cômodo, principalmente em locais quentes como Manaus. A razão é que devido às tem-peraturas elevadas é comum optarmos por roupas mais leves e que deixam o corpo à mostra, no entanto, para quem sofre com esse mal, exibir as curvas num biquíni, shorts,

saia ou vestido pode ser algo muito constrangedor.

A boa notícia é que é pos-sível por um fim nas celulites. No mercado existem diversos tratamentos estéticos que pro-metem eliminar essa inimiga das roupas justas e curtas e um deles que não é invasivo e que tem efeito de drenagem linfática é a massagem dermo-

ativadora. “O método consiste na utilização de técnicas e mo-vimentos da drenagem linfática manual e da massagem mode-ladora e do celumix que auxilia na massagem, fazendo com que o corpo elimine o excesso de líquidos. Auxilia ainda na quebra de gorduras, redução de medidas, eliminação de to-xinas e reduz significantemente a celulite”, explica Ana Claudia

Gomes, fisioterapeuta do Zahra Spa & Estética.

O tratamento associa tam-bém o uso de produtos cos-méticos contendo cafeína, castanha-da-índia, extrato de algas marinhas e cavalinha ao Celumix – um massageador an-ticelulite com cerdas que cau-sam leve a hiperemia na pele, proporcionando a oxigenação e aumento do metabolismo da pele. “A massagem é realiza-da com movimentos intensos e repetitivos de pressão, com a finalidade de reorganizar o colágeno e eliminar a celulite e a gordura localizada”, explica a fisioterapeuta.

Ana Cláudia descreve que o tratamento é dividido em três fases. A primeira denomina-se cosmocêutico e consiste na aplicação de um creme com princípio ativo firmante para acelerar o metabolismo e esti-mular a circulação. A segunda fase ocorre após a aplicação do creme e é baseada na massa-gem com movimentos fortes para modelar o corpo da mulher. Já na terceira entra em cena o Celumix que estimula a circu-lação periférica por meio do aumento da temperatura local e, consequentemente melhora a oxigenação e fluidificando as gorduras localizadas.

TRATAMENTONo mercado existem diversos tratamentos estéticos que prometem eliminar essa inimiga das roupas justas e curtas e um deles não é invasivo e tem efeito idêntico ao de uma dre-nagem linfática

O resultado da transfor-mação da pele é notório já na primeira sessão, mas re-comendam-se em torno de 10 sessões para resultados definitivos. “A massagem é

recomendada para todos os graus de celulite. O ideal é realizar o tratamento de duas a três vezes por se-mana com intervalos de 24 horas, podendo variar de

pessoa para pessoa. Além de combater o aspecto de cas-ca de laranja, a técnica pro-porcionará firmeza na pele e melhorará o seu aspecto”, garante Ana Cláudia.

Mais firmeza na sua pele

A massagem é realizada por profissionais com movimentos intensos e repetitivos de pressão

DIVULGAÇÃO

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