saúde - 14 de junho de 2015

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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Novo exame detecta dengue e chikungunya Página 6 DIVULGAÇÃO Anticoncepcionais e o risco da trombose A doença é mais frequente em pessoas portadoras de certas condições predisponentes, mas o uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal pode aumentar os riscos A Trombose Venosa Profunda (TVP) é a doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias - vasos sanguíneos que levam o sangue de volta ao coração - em um local ou momento não adequados. As veias mais comumente acometidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são a inchação e a dor. A condição é uma das possíveis consequências do uso de anticoncepcionais, e que vem causando dúvidas em quem utiliza o medicamento. Conhecida como flebite ou tromboflebite pro- funda, a trombose recebeu atenção recentemen- te por conta de uma fanpage no Facebook, onde “vítimas” da doença relatam como suas vidas mudaram após o consumo da pílula. E, em cada compartilhamento, mais questionamentos surgi- ram: é seguro utilizar o anticoncepcional? Todo mundo corre risco de desenvolver a trombose? Devo parar de tomar o medicamento? Riscos Para esclarecer as dúvidas sobre o uso de anticoncepcional, a médica Ana Clara Kneese, membro do Comitê de Trombose da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) fala abertamente sobre o assunto. Segundo a especialista, o uso de qualquer anticon- cepcional, independente da marca, pode causar trombose. “Todos aumentam o risco”, explica. Para começar, devemos lembrar que a coagu- lação é um mecanismo de defesa do organismo. A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves. Tipos De acordo com Ana Clara, desde os anos 1960, quando foi lançada a pílula, a sociedade médica sabe desse risco. Mas, segundo a médica, há diferença na chance de desenvolvimento da do- ença conforme o tipo de estrógeno e, também, de progesterona, além da quantidade. “Quanto menor for a dose, menor será o risco. De qualquer forma, em números absolutos, a trombose permanece um evento raro, ocorrendo em 5 a 12 mulheres usuárias de hormônios para cada 10 mil mulheres ao ano”, esclarece. A médica afirma que a medicação oral é a opção que apresenta oferecem maior risco, mas que um dos fatores é a composição da pílula. “Aquelas com gestodene e desogestrel são os mais trombogênicos do que aqueles com levo- norgestrel ou norestisterona. De qualquer forma, seja oral, transdérmico ou intrauterino podem ter alguma influência, mas os dados ainda não são tão consistentes”, informa. Ana Clara Kneese orienta que, antes do uso de qualquer medicação, o especialista deve ser consultado para orientar sobre qual o anticon- cepcional mais indicado para a paciente. “A principal restrição seria para aquelas com trombose recente ou antiga. Normalmente, quem já teve trombose fica proibida de usar a pílula novamente. Mesmo assim, o médico pode considerar a troca da medicação para ou- tra com menor risco, a depender do motivo de sua indicação, avalian- do, sempre, o fator risco benefício”. Além disso, mulheres que tenham histórico da doença na família devem ficar mais alerta e outros modos contraceptivos devem ser usados. Só com indicação Se a conversa com o médico indica mais dúvidas, existem al- guns exames que podem indicar se a mulher é portadora de trombofilia congêni- ta, como fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina, deficiência de anti- trombina, de proteína C e de proteína S. “São caros. Porém, mesmo que venham todos normais, não afastam por comple- to a possibilidade de trombofilia. A presen- ça de algum destes fatores não é deter- minante isoladamente de trombose. Assim, saber se a paciente é portadora ou não será apenas mais uma peça do quebra-cabeça. No caso de identificação de algum deste fator, o melhor será consultar um especialista no assunto para a correta interpretação”, orienta. A especialista destaca que algumas atitudes para se evitar a trombose, como manter o peso adequado e praticar atividades físicas regularmente, podem redu- zir os riscos de desenvolver a doença. E a medicação deve ser iniciada apenas com a in- dicação médica. “Só tome o anticoncepcional após todas as considerações pertinentes sobre a necessidade de uso e risco, assim como orienta- ção a respeito de possíveis efeitos colaterais e orienta- ção sobre sinais e sintomas da doença”, indica. ALIK MENEZES Equipe EM TEMPO

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Saúde - Caderno de saúde e bem-estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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SaúdeCa

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o F

MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Novo exame detecta dengue e chikungunya

Página 6

DIVULGAÇ

ÃO

Anticoncepcionais e o risco da tromboseA doença é mais frequente em pessoas portadoras de certas condições predisponentes, mas o uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal pode aumentar os riscos

A Trombose Venosa Profunda (TVP) é a doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias - vasos sanguíneos que levam o sangue de

volta ao coração - em um local ou momento não adequados. As veias mais comumente acometidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são a inchação e a dor. A condição é uma das possíveis consequências do uso de anticoncepcionais, e que vem causando dúvidas em quem utiliza o medicamento.

Conhecida como fl ebite ou trombofl ebite pro-funda, a trombose recebeu atenção recentemen-te por conta de uma fanpage no Facebook, onde “vítimas” da doença relatam como suas vidas mudaram após o consumo da pílula. E, em cada compartilhamento, mais questionamentos surgi-ram: é seguro utilizar o anticoncepcional? Todo mundo corre risco de desenvolver a trombose? Devo parar de tomar o medicamento?

RiscosPara esclarecer as dúvidas sobre o uso de

anticoncepcional, a médica Ana Clara Kneese, membro do Comitê de Trombose da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) fala abertamente sobre o assunto. Segundo a especialista, o uso de qualquer anticon-cepcional, independente da marca, pode causar trombose. “Todos aumentam o risco”, explica.

Para começar, devemos lembrar que a coagu-lação é um mecanismo de defesa do organismo. A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fl uxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode fi car presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.

TiposDe acordo com Ana Clara, desde os anos 1960,

quando foi lançada a pílula, a sociedade médica sabe desse risco. Mas, segundo a médica, há diferença na chance de desenvolvimento da do-ença conforme o tipo de estrógeno e, também, de progesterona, além da quantidade.

“Quanto menor for a dose, menor será o risco. De qualquer forma, em números absolutos, a trombose permanece um evento raro, ocorrendo em 5 a 12 mulheres usuárias de hormônios para cada 10 mil mulheres ao ano”, esclarece.

A médica afi rma que a medicação oral é a opção que apresenta oferecem maior risco, mas que um dos fatores é a composição da pílula. “Aquelas com gestodene e desogestrel são os mais trombogênicos do que aqueles com levo-norgestrel ou norestisterona. De qualquer forma, seja oral, transdérmico ou intrauterino podem ter alguma infl uência, mas os dados ainda não são tão consistentes”, informa.

Ana Clara Kneese orienta que, antes do uso de qualquer medicação, o especialista deve ser consultado para orientar sobre qual o anticon-cepcional mais indicado para a paciente.

“A principal restrição seria para aquelas com trombose recente ou antiga. Normalmente, quem já teve trombose fi ca proibida de usar a pílula novamente. Mesmo assim, o médico pode considerar a troca da medicação para ou-tra com menor risco, a depender do motivo de sua indicação, avalian-do, sempre, o fator risco benefício”. Além disso, mulheres que tenham histórico da doença na família devem fi car mais alerta e outros modos contraceptivos devem ser usados.

Só com indicaçãoSe a conversa com

o médico indica mais dúvidas, existem al-guns exames que podem indicar se a mulher é portadora de trombofi lia congêni-ta, como fator V de Leiden, mutação do gene da protrombina, defi ciência de anti-trombina, de proteína C e de proteína S.

“São caros. Porém, mesmo que venham todos normais, não afastam por comple-to a possibilidade de trombofi lia. A presen-ça de algum destes fatores não é deter-minante isoladamente de trombose. Assim, saber se a paciente é portadora ou não será apenas mais uma peça do quebra-cabeça. No caso de identifi cação de algum deste fator, o melhor será consultar um especialista no assunto para a correta interpretação”, orienta.

A especialista destaca que algumas atitudes para se evitar a trombose, como manter o peso adequado e praticar atividades físicas regularmente, podem redu-zir os riscos de desenvolver a doença. E a medicação deve ser iniciada apenas com a in-dicação médica. “Só tome o anticoncepcional após todas as considerações pertinentes sobre a necessidade de uso e risco, assim como orienta-ção a respeito de possíveis efeitos colaterais e orienta-ção sobre sinais e sintomas da doença”, indica.

ALIK MENEZESEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditorMellanie [email protected]

RepórterAlik Menezes

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

O médico explica que as mulheres são mais propensas a desenvolver varizes do que os homens, numa proporção de um homem para cada quatro mulheres. Acredita-se que isto seja devido à infl uência dos hormônios sexuais femininos, mas os fatores genéticos também são muito importantes, assim como os hábitos e a saúde da paciente (a pílula anticoncepcional o salto alto, por exemplo, podem agravar o problema). As meias de compressão elástica são indicadas na prevenção e tratamento da maioria das patologias vasculares, como as varizes ou as tromboses. No entanto, só quem pode indicar o uso das meias é o médico, depois de avaliar a paciente.

Tratamentos efi cazes devem começar cedo

Varizes podem indicar problemas de circulação

RevisãoDernando Monteiro

DiagramaçãoAdyel Vieira

Poderes e confl itos na medicina grega

João Bosco [email protected] / www.historymedicine.net | www.historiadamedicina.med.br

A interpreta-ção é absolu-tamente co-erente com a compreensão social platôni-ca, ao dividir a sociedade em dominadores e dominados”

João Bosco Botelho

Doutor Honoris Causa, França;

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

Dentes do bebê

Humberto Figliuolo

farmacêutico

A limpeza dos dentes devem ser realizadas de maneira que se consiga efi ciência de 100% na remoção da placa bacteriana para evitar a cárie.

A preocupação com a saúde dos bebês é uma obsessão para a maioria das mães. A amamen-tação nos períodos certos, a hora de começar com as papinhas, o banho, os cremes. São tantos de-talhes que a saúde bucal do bebê pode passar despercebida.

Os primeiros dentes nascem ge-ralmente dos seis meses de vida, mas os cuidados devem come-çar antes de os dentes nascerem. Ou até mesmo antes de o bebê nascer. Uma boa saúde bucal do bebê garante 99,8% de sucesso, cientifi camente comprovado, na prevenção de cárie para toda a vida. A saúde dos dentes depende, primeiramente, da saúde da mãe durante a gravidez. Essa condição é determinada por meio da boa ali-mentação e do correto acompanha-mento da gestação, o que previne dentes mal formados no bebê e, em consequência, maior predisposição à formação de cáries.

Depois que o bebê, vem ao mun-do, é hora dos cuidados diretos. E, de início, ele aponta um cuidado excessivo: boa parte das mães higieniza as gengivas do bebê, com algodão, cotonetes ou algo similar. Esses artifícios, enquanto o bebê é amamentado no peito, não tem

nenhuma efi cácia comprovada e pode até comprometer a saúde bu-cal. Nesses primeiros meses, não há necessidade de realizar qual-quer tipo de higienização, uma vez que o equilíbrio biológico da boca é preservado por meio da ama-mentação materna, que garante boa imunização e a satisfação das necessidades físicas e emo-cionais do bebê. Qualquer material ou substancia industrializado na cavidade bucal pode levar a con-taminação, e isso inclui até mesmo instrumento que alguns profi ssio-nais recomendam, como dedeiras com cerdas por exemplo.

Quando os primeiros dentes nas-cem, a higienização, a escovação e a limpeza dos dentes devem ser realizadas de maneira que se consiga efi ciência de 100% na remoção da placa bacteriana para evitar a cárie. A higiene bu-cal diária, garante aos pais uma prevenção precoce a saúde oral do seu fi lho. Para os especialistas o indicado é que a criança comece a frequentar o consultório odontoló-gico assim que nascerem os den-tes, para receberem orientação correta da melhor higienização bucal, onde prioriza manter em equilíbrio toda região da boca,

trazendo um excelente resultado contra o surgimento de placa bac-teriana por toda a vida.

Com a instrução do odontopedia-tra o bebê já pode começar a utilizar através da mãe, alguns produtos para auxiliar a higienizar a cavidade bucal nessa fase da vida, a pasta de dente, por exemplo, deve ter função somente cosmética e não de limpeza. Isto é: deve tornar a esco-vação agradável e produzir aroma, mas não deve conter substancias químicas que podem interferir na biodiversidade da cavidade bucal, mas com algumas ressalvas. É im-portante que se introduza o hábito de escovar os dentes desde muito cedo, mas sempre procurando o equilíbrio biológico e isso inclui até o fl úor, que, por sua toxidade nessa fase da vida, pode produzir fl uorose, que leva à má formação do esmalte. A escova deve ser a mais macia possível para não ferir as gengivas. E deve ser trocada na medida em que criança cresça.

Concluindo, existem três den-tições no ser humano: decídua (chamada popularmente de lei-te), mista e permanente. Para cada uma delas existe uma es-cova adequada e função do ta-manho dos dentes.

O papel político assumido pelo médico na polis grega, como agen-te social para melhorar a saúde pública, possivelmente também se relacionou à busca do corpo perfei-to, sem doença, está expressa em vários textos da Escola Médica de Cós, em especial nos de Políbio, o genro de Hipócrates.

Sentida por vários autores, in-clusive Platão, essa premência de ampliar o espaço social dos médicos foi deslocada pela nova organização social imposta pela urbanização dos hábitos sociais, quando a maior aglomeração de pessoas passou a exigir outras medidas para superar as novas difi culdades que foram aparecendo, como a linguagem exercendo papel extraordinário no convencimento pessoal e coletivo. De certo modo, a análise platônica interpretou o movimento das men-talidades na polis.

Essa posição valorativa dos mé-dicos, na Grécia do século 4 a.C., talvez como parte da ocupação dos espaços sociais, também alimen-tou outra situação: o confl ito entre médicos e fi lósofos, apreendida de modo defi nitivo em Platão, pois ele adotou o modelo médico dos tempos homéricos e considerou o deus Asclépio o verdadeiro po-lítico da saúde, porque teria sido o inventor da Medicina,fazendo a

releitura e recolocando o confl ito da Medicina com a religião em evidência, ao mesmo tempo em que retirava a fi losofi a dessa área de atrito.

A interpretação é absolutamen-te coerente com a compreensão social platônica, ao dividir a so-ciedade em dominadores e domi-nados, senhores e escravos, tudo pela vontade dos deuses. Se a sociedade era estratifi cada, obri-gatoriamente as especialidades sociais que a serviam teriam que ser do mesmo modo. Assim, ele incorporou na sua fi losofi a as prá-ticas médicas diferenciadas entre os senhores e escravos, ricos que podem fi car doentes e pobres que não têm tempo para adoecer, exis-tente mais de um milênio antes da polis grega e que foram legisladas por Hammurabi.

Platão ao ligar-se mais forte-mente à Medicina na magistral obra “Górgias”, deixou bem claro o papel que o agente da cura, o médi-co, pode desempenhar na relação com o paciente, na dependência da compreensão do sofrimento, quando o doente o procura para re-fazer a saúde comprometida. Isso porque, quando a pessoa enferma vai ao encontro de um médico bus-cando ajuda, ele o faz movido pela necessidade de interromper a dor,

o desconforto e, também, atraído pela complexa malha de confi ança que o liga historicamente ao poder do conhecimento do médico. Esse, por sua vez, pode agir como os médicos dos escravos, assumindo a posição tirânica frente à fragi-lidade do doente ou como os que tratavam os homens livres que, além de buscarem a origem das doenças, ensinavam ao paciente a melhor maneira de tratá-las.

É evidente que o platonismo exerceu decisiva importância so-bre o atual pensamento acidental em relação à saúde e a doença. Foi graças à dicotomia corpo-alma do platonismo que foi atenuada parte do avanço proporcionado pela dessacralização da doença embutida na teoria dos Quatro Humores � primeiro corte epis-temológico da Medicina -, pela primeira vez construindo a saúde e doença fora do poder dos deuses e deusas, iniciada na Escola de Cós, com a publicação de Políbio, o genro de Hipócrates.

Dessa forma, acabou predomi-nando no pensamento coletivo da grande tradição herdada das sociedades ágrafas e dos tempos homéricos, que valorizava a ori-gem divina das doenças e poder da divindade para curar, presente nas mentalidades até hoje.

O angiologista Edson Amaro Neves explica que as varizes são veias que se dilataram e fi caram “tortuosas” (mudaram de curso). Elas podem se apresentar em diversas formas: apenas como pequenas linhas avermelhadas, azuladas ou na forma de nódulos escuros que saltam na pele. Em qualquer um dos casos, indicam problemas na circulação sanguínea e devem ser tratadas. Dependendo do tipo de variz, existem formas de tratamento mais adequados. O importante é começar o tratamento cedo, pois, quanto mais desenvolvidas estiverem as varizes, mais dolorosa e demorada vai ser a solução.

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Osteoporose: doença de idoso?

Nutrição em [email protected]

Nutrição em foco Flávia Cunha

Flávia CunhaNutricionista Clínica

99322-1385

Se você é daqueles que ain-da pensam em osteoporose como algo a se preocupar quando a velhice chegar, es-pero, sinceramente, que seu pensamento mude hoje.

Osteoporose é a perda de massa óssea e deterioração do tecido ósseo, provocando fraturas que podem levar a óbito. Tal enfermidade vem atingindo, de forma abrupta, a sociedade jovem. O que deveria começar a acontecer aos 40 anos, tanto em ho-mens quanto em mulheres, está se iniciando na casa dos 30. Motivo? O estilo de vida cotidiano que levamos.

O fumo acelera o processo de perda óssea. Se você é fumante, eis aqui um bom

motivo para pensar em pa-rar com este vício. Consumo exagerado de refrigerantes e de café interfere na capa-cidade que o corpo tem de manter os ossos saudáveis. Vida sedentária também nos prejudica, uma vez que os ossos precisam de uma cer-ta quantidade de exercícios para permanecerem fortes (não são apenas os músculos não, viu?), histórico na famí-lia, uso excessivo de álcool, uso de certos medicamen-tos, menopausa precoce...

Mas “puxando a sardinha” para a minha área, vamos adentrar no quesito alimen-tação. Faz-se importante obtermos cálcio através de alimentos, diariamente. Ve-

getais de folhas verdes es-curas, feito o brócolis, devem fazer parte do seu dia a dia. Aliás, as três melhores fon-tes de cálcio, que realmente permanecem nos ossos são: brócolis, couve e repolho. Gergelim, chia, linhaça, cas-tanha-do-pará, amêndoa e sardinha também são óti-mas opções. Quanto à suple-mentação de cálcio, apenas quando for prescrita por um profissional. E aqui, já devo dizer, que se você é daque-les que entra na drogaria para comprar comprimidos de cálcio, pare já! O cálcio é um mineral que precisa de outros minerais para que seja agregado ao osso e lá permaneça. Caso contrário,

o cálcio ficará nas articu-lações e artérias, podendo provocar enfarto, fraturas e morte súbita.

A osteoporose é chamada de “doença silenciosa”. Nor-malmente, só é descoberta quando há uma fratura, que em 50% dos casos, são bem dolorosas. Mas existem al-guns sintomas sim: dores nas costas sem motivo aparente, perda de estatura e fraturas recorrentes ou resultantes de trauma mínimo. Sendo ela “silenciosa”, frequente-mente passa despercebida durante anos até ocorrerem uma ou várias fraturas.

A osteoporose não é uma doença grave se for diag-nosticada e tratada. Sendo o

mais importante neste caso, a prevenção. Prevenir fratu-ras, reduzindo a incidência de quedas, é de suma impor-tância. Mudar o seu estilo de vida para uma dieta balan-ceada, tirar o fumo da sua rotina (caso já seja fumante) e praticar uma atividade fí-sica, só tendem a lhe bene-ficiar e retardar a chegada desta doença na sua vida. Evite cafeína (chá mate, chá preto, café, guaraná natural, chocolate), bem como o ex-cesso de sódio/sal, excesso de gordura, de proteína e de bebidas alcoólicas.

Aliás, você tem feito o exame de densitometria óssea...?

Grande abraço e até a pró-xima .

Aumenta o risco de doenças com a cheia dos rios Preocupação maior é com as crianças que se divertem brincando nos rios e igarapés e podem adquirir doenças como hapatite e diarreia

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CRPM), o Amazonas en-frenta a segunda maior cheia dos últimos 60 anos. Atualmente, 29

municípios estão em Estado de Emer-gência e um em estado de calamidade pública. A maior cheia da história do estado ocorreu em 2012, quando o Rio Negro atingiu a cota de 29, 97 metros e deixou grande parte de Manaus e cidades vizinhas inundadas.

A constante subida das águas nesta época do ano preocupa as autori-dades e traz prejuízo a população e ao comércio, mas principalmente, a saúde da população, que sofre com a proliferação doenças trazidas pelas enchentes como explica o pediatra do Hapvida Saúde, Derli Gouveia.

“Nesta época, em face das enchentes que afetam vários municípios da Região Norte, aumenta o risco das doenças veiculadas pela água, como a diarreia infecciosa, que afeta mais as crianças pequenas, a hepatite A e E, a leptospirose e a dengue, entre outras”.

Segundo o médico, tais doenças são transmitidas principalmente pelo contato direto com a água onde as crianças costumam brincar. Contami-nada por micro-organismos presentes nas fezes humanas e urina de roedo-

res e também pela proliferação dos mosquitos da dengue e malária que encontram na água parada o criadouro ideal para os seus ovos, esse ambiente é um foco de doenças.

Algumas medidas preventivas como o uso do hipoclorito de sódio na lavagem dos alimentos, principalmente as verdu-ras e legumes, ajuda a combater pos-síveis contaminações e tornar a melhor qualidade da água nas áreas de risco.

O especialista do Hapvida Saúde lem-bra que é muito importante evitar o contato com a água contaminada e aponta outros meios simples de preven-ção. “Manter os alimentos em recipientes resistentes e bem lacrados; manter a casa em ordem e limpa, desprezando de forma adequada os restos de alimentos (inclusive dos de animais de estimação) e lixo; fazer uso de luvas e botas de borracha ao fazer a limpeza da casa ou ao entrar em contato com a água da inundação. Não esquecer da adequada higiene pessoal e do uso de álcool 70%, sempre que possível, para a desinfecção das mãos, Não esquecer, também, que a caixa d’água deve ser limpa e desinfetada com frequência”. Ele ressalta, ainda, que qualquer sintoma suspeito, a pessoa deve procurar com urgência um médico e evitar fazer uso de automedicação.

Crianças são as principais afetadas

com as doenças transmitidas com

a subida das águas dos rios da região

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 F5

O desenvolvimento saudável das bioenergias contribui para o equilíbrio do indivíduo em todos os âmbitos da vida

BioenergiasO desenvolvimento saudável das

bioenergias contribui para o equilíbrio do indivíduo e o for-talecimento de sua atuação em

todos os âmbitos da vida, em especial no aspecto da saúde física e emocional.

Ou seja, situações do dia a dia como uma reunião de trabalho podem deses-tabilizar qualquer pessoa. O ambiente pesado tende a desconcentrar e algumas decisões podem ser tomadas no calor das emoções. Passar por essas situações pode ser muito prejudicial e para tentar ajudar no controle de alguns desses mo-mentos, as bionergias podem ser vitais. Mas você sabe o que são as bioenergias? O coordenador do Instituto Internacio-nal de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), Olegário Borges, explica como se defender energeticamente e quais as vantagens desse controle.

O que são as bioenergias? Olegário Borges: Bioenergias, como o

próprio nome indica, são todas as formas de energias da vida. Energia de plantas, animais e todos os seres vivos. Os seres humanos, além das bioenergias vitais, produzem pensamentos e emoções que qualificam a bioenergia comum transfor-mando-a em energia consciencial. Nós produzimos informações bioenergéticas quando pensamos e sentimos.

Como a pessoa pode se defender energeticamente?

OB: Estando em um ambiente ou situ-ação energeticamente ruim ou diante de um ataque energético podemos mobilizar nossas energias conscienciais para re-pelir essas energias. Emprega-se o uso da vontade para mobilizar as próprias energias, promovendo a autoblindagem energética que é a instalação temporária de um campo energético ao redor do cor-po, que isola a pessoa de acoplamentos e ataques energéticos.

Cite uma técnica de autodefesa energética. Aponte uma vantagem.

OB: Para uma autodefesa energética eficaz é necessário dominar as energias e para isso a técnica mais indicada é a Mo-bilização Básica das Energias (BEM), que consiste em quatro manobras: Circulação Fechada, Estado Vibracional, Exterioriza-ção das energias e Absorção das energias. Dentre elas é o Estado Vibracional (EV) que permite a autodefesa. Quando uma pessoa passa por um EV, seu campo energético vibra numa freqüência muito mais elevada e intensa o que promove a dissociação das energias mais densas, negativas e parasitárias.

Os benefícios do EV são muitos: me-lhoria da saúde psíquica, emocional e mental; melhoria do padrão energético pessoal, melhoria do ambiente energé-tico ao nosso redor; liberação de ener-gias nocivas; afastamento temporário de consciências extrafísicas doentias (assediadores, obsessores);

Há alguma desvantagem?OB: Não há desvantagens em dominar

as próprias energias, pois é por meio da pratica energética que aumentamos nossa percepção energética, lucidez e

com isso percebemos os benefícios desta prática.

Exemplifique uma situação em que a pessoa precise de-fender-se energeti-camente.

OB: Antes, duran-te e depois de uma reunião de traba-lho, muitas vezes essas reuniões são bem contur-badas por ener-gias entrópicas, neste contexto a autodefesa permite manter a lucidez, neste caso ser mais assertivo nas decisões a se-rem tomadas, antes de uma entrevista para emprego, per-mite que o can-didato à vaga fique tranquilo, confiante e com os pensamentos organizados.

Podemos tam-bém citar boas ocasiões para a prá-tica do EV, tais como: durante e após uma discussão; durante e após uma conver-sa difícil ao telefone; antes de concretizar um negócio ou fazer a compra de algo impor-tante; durante situações de tensão como assaltos, sequestros, conflitos e, até, quando debilitado por mo-tivo de doença ou cirurgia, dentre outras ocasiões que sentir necessidade.

Quais os principais

benefícios desse trata-mento?

OB: A prática regular da mobi-lização das energias permite nos mantermos mais hígidos durante as interações cotidianas com ou-tras pessoas e também nos inter-valos entre essas interações.

Existe uma ocasião ou um

melhor dia para essa técnica ser exercitada? Pode ser todos os dias da semana?

OB: O Estado Vibracional pode e deve ser exercitado nas mais variadas situações do cotidiano e, quanto mais se pratica, maior desenvoltura energética e parapsí-quica pode ser conquistada. É reco-mendável a prática diária do Es-tado Vibracional, excetuando-se os momentos em que se conduz qualquer tipo de veículo, pois pode ocorrer diminuição dos reflexos em função do relaxamento físico promovido pela prática.

A aplicação de técnicas pode

ajudar as pessoas no domínio das

bioenergias, auxi-liando-as em sua

autodefesa energé-tica no dia a dia

e saúde emocionalALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 F5

O desenvolvimento saudável das bioenergias contribui para o equilíbrio do indivíduo em todos os âmbitos da vida

BioenergiasO desenvolvimento saudável das

bioenergias contribui para o equilíbrio do indivíduo e o for-talecimento de sua atuação em

todos os âmbitos da vida, em especial no aspecto da saúde física e emocional.

Ou seja, situações do dia a dia como uma reunião de trabalho podem deses-tabilizar qualquer pessoa. O ambiente pesado tende a desconcentrar e algumas decisões podem ser tomadas no calor das emoções. Passar por essas situações pode ser muito prejudicial e para tentar ajudar no controle de alguns desses mo-mentos, as bionergias podem ser vitais. Mas você sabe o que são as bioenergias? O coordenador do Instituto Internacio-nal de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), Olegário Borges, explica como se defender energeticamente e quais as vantagens desse controle.

O que são as bioenergias? Olegário Borges: Bioenergias, como o

próprio nome indica, são todas as formas de energias da vida. Energia de plantas, animais e todos os seres vivos. Os seres humanos, além das bioenergias vitais, produzem pensamentos e emoções que qualificam a bioenergia comum transfor-mando-a em energia consciencial. Nós produzimos informações bioenergéticas quando pensamos e sentimos.

Como a pessoa pode se defender energeticamente?

OB: Estando em um ambiente ou situ-ação energeticamente ruim ou diante de um ataque energético podemos mobilizar nossas energias conscienciais para re-pelir essas energias. Emprega-se o uso da vontade para mobilizar as próprias energias, promovendo a autoblindagem energética que é a instalação temporária de um campo energético ao redor do cor-po, que isola a pessoa de acoplamentos e ataques energéticos.

Cite uma técnica de autodefesa energética. Aponte uma vantagem.

OB: Para uma autodefesa energética eficaz é necessário dominar as energias e para isso a técnica mais indicada é a Mo-bilização Básica das Energias (BEM), que consiste em quatro manobras: Circulação Fechada, Estado Vibracional, Exterioriza-ção das energias e Absorção das energias. Dentre elas é o Estado Vibracional (EV) que permite a autodefesa. Quando uma pessoa passa por um EV, seu campo energético vibra numa freqüência muito mais elevada e intensa o que promove a dissociação das energias mais densas, negativas e parasitárias.

Os benefícios do EV são muitos: me-lhoria da saúde psíquica, emocional e mental; melhoria do padrão energético pessoal, melhoria do ambiente energé-tico ao nosso redor; liberação de ener-gias nocivas; afastamento temporário de consciências extrafísicas doentias (assediadores, obsessores);

Há alguma desvantagem?OB: Não há desvantagens em dominar

as próprias energias, pois é por meio da pratica energética que aumentamos nossa percepção energética, lucidez e

com isso percebemos os benefícios desta prática.

Exemplifique uma situação em que a pessoa precise de-fender-se energeti-camente.

OB: Antes, duran-te e depois de uma reunião de traba-lho, muitas vezes essas reuniões são bem contur-badas por ener-gias entrópicas, neste contexto a autodefesa permite manter a lucidez, neste caso ser mais assertivo nas decisões a se-rem tomadas, antes de uma entrevista para emprego, per-mite que o can-didato à vaga fique tranquilo, confiante e com os pensamentos organizados.

Podemos tam-bém citar boas ocasiões para a prá-tica do EV, tais como: durante e após uma discussão; durante e após uma conver-sa difícil ao telefone; antes de concretizar um negócio ou fazer a compra de algo impor-tante; durante situações de tensão como assaltos, sequestros, conflitos e, até, quando debilitado por mo-tivo de doença ou cirurgia, dentre outras ocasiões que sentir necessidade.

Quais os principais

benefícios desse trata-mento?

OB: A prática regular da mobi-lização das energias permite nos mantermos mais hígidos durante as interações cotidianas com ou-tras pessoas e também nos inter-valos entre essas interações.

Existe uma ocasião ou um

melhor dia para essa técnica ser exercitada? Pode ser todos os dias da semana?

OB: O Estado Vibracional pode e deve ser exercitado nas mais variadas situações do cotidiano e, quanto mais se pratica, maior desenvoltura energética e parapsí-quica pode ser conquistada. É reco-mendável a prática diária do Es-tado Vibracional, excetuando-se os momentos em que se conduz qualquer tipo de veículo, pois pode ocorrer diminuição dos reflexos em função do relaxamento físico promovido pela prática.

A aplicação de técnicas pode

ajudar as pessoas no domínio das

bioenergias, auxi-liando-as em sua

autodefesa energé-tica no dia a dia

e saúde emocionalALIK MENEZESEspecial EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

www.personalfi tnessclub.com.br

‘No pain, no gain’ pode ser perigoso

Famosa em todas as aca-demias, a expressão No pain, no gain (que em tradução livre para o português quer dizer Sem dor, sem ganho) surgiu nos anos 80 oriunda de atletas de fi siculturismo e hoje é encara-da como um mantra ou estilo de vida por varias pessoas e repetida em muitas academias ainda nos dias atuais.A frase é comumente associada à alta performance e desempenho. Para muitos, sem não houver dor e exaustão durante a prática de exercícios físicos não haverá resultado satisfatório. Mas, isto está errado! E muito errado.

Chegar à exaustão muscular pode levar ao termo conhecido como overtraining, que nada mais é um desgaste excessivo das fi bras musculares e gas-to energético além do ideal, o que faz com que o corpo entre em fadiga durante os exercícios, acarretando um desgaste muscular, ao invés de um ganho muscular.

O overtraining pode acon-tecer tanto para iniciantes de exercícios físicos quanto para atletas de alto rendimento. Claro que a resistência destes indivíduos são diferentes, po-rém ambos tem um limite para o seu corpo. Portanto, nunca

ultrapasse seus limites.Especialistas em fi siologia

afi rmam que a busca exces-siva e exagerada pelo limite do corpo leva muitas pessoas a se lesionarem. E em alguns casos estas lesões podem ser muito graves, já que o corpo está tão desgastado que sequer consegue iniciar um processo de recuperação rápido.

“É uma fi losofi a que causa lesões que enchem consultórios hoje em dia”, relata Diogo Leite de Barros, fi siologista do Hospi-tal do Coração e diretor técnico da DLB Assessoria Esportiva.

No caso da musculação, o “No pain, no gain” resulta principal-mente em problemas no bíceps e área peitoral. O futebol tem as lesões no músculo posterior da coxa, responsável pelo arran-que, como as mais comuns.

“Mais da metade dos aten-dimentos (em consultório) são lesões relacionadas a sobre-carga”, resume Moisés Cohen, presidente da Sociedade Mun-dial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Trauma Desportivo.

Portanto, vamos treinar sim, vamos buscar nosso limi-te sim, mas sem esquecer que o mais importante é o nosso bem estar e nossa saúde.

Bom treino a todos!!

Prof. Esp. Zeudo Lavor

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Coordenador na Personal Fitness Club

Personal Fitness Club

Novo exame detecta febre chikungunya e dengueA novidade identifi ca os dois vírus ao mesmo tempo, facilitando o diagnóstico preciso e o início do tratamento adequado

A cidade de Manaus está em estado de alerta para o risco de transmissão da fe-

bre chikungunya e da dengue. Com sintomas semelhantes, as duas doenças necessitam de uma identifi cação precisa e rápida para evitar compli-cações graves. No intuito de facilitar o diagnóstico, já está disponível um novo exame capaz de detectar simultane-amente os dois vírus.

Oferecido pelo Laboratório Sabin, que conta com dez uni-dades em Manaus, o teste é fei-to com uma coleta simples de sangue e não precisa de jejum ou qualquer outro preparo. A recomendação médica é fazer o exame assim que o paciente manifestar os primeiros sinto-mas. O resultado é liberado em três dias úteis.

O infectologista e assessor médico do Laboratório Sabin, Alexandre Cunha, explica os diferenciais do novo exame. “As infecções pelos vírus apre-sentam sinais clínicos muito parecidos nos primeiros dias, quando a pesquisa de anti-corpos é negativa. Com este teste, será possível identifi car a presença dos dois vírus ao mesmo tempo com um único exame. A vantagem é a defi ni-ção diagnóstica com precisão e um custo único”, detalha.

Saiba maisOs pacientes com suspeita

de chikungunya ou dengue po-dem apresentar febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e lesões na pele, segundo o infectologista Alexandre Cunha. “Os sinto-

mas costumam durar de três a dez dias. Entretanto, algumas pessoas persistem com dores e fadiga por um tempo pro-longado. Mas as doenças têm gravidades diferentes. No caso da dengue, existe uma forma mais grave caracterizada por hemorragias ou choque, que pode levar à morte e, no caso do chikungunya, as dores podem durar meses”, pontua.

O uso de medicamentos é feito para controlar e aliviar os sintomas das doenças, as-sim como a hidratação é fun-

damental para a recuperação. Contudo, o especialista alerta para a consulta imediata com um profi ssional. “Somente um médico pode prescrever o tra-tamento adequado para cada caso”, reforça.

A única forma de preven-ção é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da febre chikungunya e da dengue. “A prevenção consis-te em cuidados simples que ajudem a eliminar os possíveis criadouros, como, por exem-plo, tampar reservatórios de água”, recomenda Cunha. Uma das vantagens do teste é que ele é feito com uma coleta simples de sangue e não precisa de jejum ou qualquer outro preparo

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SINAISOs pacientes com suspeita de febre chikungunya ou den-gue podem apresen-tar sintomas como febre alta, dor mus-cular e nas articula-ções, dor de cabeça e lesões na pele

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Umami é o quinto gosto básico do paladar humano, descoberto em 1908 por Kikunae Ikeda

Uma alimentação balanceada para os idosos com a ajuda do umami traz benefícios e equilíbrio nutricional

Evite a desnutrição na

terceira idade

Para ser uma pessoa saudável é essencial estar atento à alimen-tação, sobretudo na

terceira idade. Nessa fase da vida é comum acontecer a perda dos sentidos como visão e audição. Com o pa-ladar não é diferente, a per-da de sensibilidade se torna comum e pode influenciar diretamente na escolha dos alimentos, assim como no es-tado nutricional - positiva ou negativamente. Com o passar do tempo, a menor ingestão de alimentos pode levar o idoso a sofrer uma série de complicações como a anemia, por exemplo, que pode resul-tar em um caso ainda mais grave: de desnutrição.

O centro de pesquisas Mo-nell Chemical Senses Center, localizado nos Estados Unidos, publicou um artigo de revisão para avaliar a influência do

envelhecimento sobre as alte-rações estruturais no paladar. Esse fato pode ocorrer devido à diminuição no número de papilas e células gustativas presentes na língua, compro-metendo e diminuindo a per-cepção dos gostos.

Variedade“Para que a aceitação ali-

mentar dos idosos não seja afetada é fundamental variar os ingredientes consumidos nas refeições, incluir alimen-tos com gostos e temperos diferentes. Essas pequenas atitudes auxiliam no estimu-lo à palatabilidade”, afirma Hellen Maluly, doutora em ciência de alimentos e es-pecialista em umami.

Além disso, estudos recen-tes têm demonstrado que os idosos possuem maior sensibi-lidade ao umami - quinto gos-to básico do paladar humano

- mesmo com o declínio da produção de papilas gustati-vas. Evidências publicadas até o momento sugerem que a in-gestão de substâncias umami promove o aumento da saliva-ção, influenciando diretamen-te na melhora na percepção gustativa e da mastigação.

Por outro lado, mesmo que os idosos apresentem per-da de sensibilidade ao quin-to gosto, verificou-se que a suplementação da dieta com substâncias umami (glutama-to, inosinato ou guanilato), pode influenciar na melho-ra do estado nutricional dos idosos. “O Umami contribui principalmente por meio do estímulo gustativo e aumento da salivação. Também pode auxiliar na aceitação de ou-tros alimentos, sobretudo os amargos, que geralmente são rejeitados com o passar dos anos”, afirma Maluly.

Para aplicar estes con-ceitos na prática, a doutora Hellen Maluly dá suges-tões de alimentos que os idosos podem incluir no cardápio diário.

- Café da manhã: deri-vados lácteos como quei-jos e requeijão, sempre de maneira equilibrada.

- Almoço: se houver a

possibilidade, tomar um pouco de sopa de milho ou ervilha ou comer uma salada com ingredientes Umami como tomate, co-gumelos, ervilha, milho, peito de peru e lascas de queijo parmesão, antes da refeição. No prato prin-cipal, o tradicional arroz e feijão acompanhado de

carne, frango ou peixe é a melhor pedida.

- Jantar: Sopas são bem atraentes, sobretu-do no inverno. No verão, sopas frias podem ser uma opção, como o gas-pacho (sopa de tomate de origem espanhola) ou sopa de abóbora, que são nutritivas e saborosas.

Sugestões de alimentos

Variedade nos alimentos também ajuda a manter a dieta balanceada

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F8 MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015Saúde e bem-estar

Namorados x enamorados

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Fabíolla Fonseca

Dia 12 de junho, comemorou-se o dia dos “NAMORADOS”. E como é bom e revigorante namorar e ter alguém para chamar de namorado (a). Como faz bem beijar na boca, abraçar, dar e receber carinho, fazer declarações de amor e até ide-alizar um futuro compromisso com a pessoa amada.

A fase do namoro é uma das melhores fases da vida do ser humano, independentemente da idade. Quando estamos enamorados, tudo se modi-fi ca e se torna esplendido. A mente e o corpo demonstram com sintomas que vão desde um brilho especial nos olhos, a vontade de estar junto o tempo todo, de sentir o cheiro, de rir a toa, fi car com um frio na barriga só de vir a pessoa se aproximando e a sensação de ter um monte de borboletas no estomago quando o objeto de desejo está com você. Contudo, devido à falta de maturidade e experiência, experimentam-se muitas dúvidas, incertezas, decepções e amarguras, prove-nientes da falta de habilidade em lidar com o outro.

Para muitos casais, este dia, se resume em: Dar e receber presentes, fazer juras de amor, sair para jantar e depois curtir uma noite romântica. Ou para a infelicidade de alguns, existe casais, que sequer usam desses artifícios devido a relação já está um tanto desgastada. No

entanto, para manter a chama do amor, é preciso que o casal tenha, sobretudo, muita cria-tividade e vontade de estar e permanecer juntos.

O que realmente vale num re-lacionamento e faz com que um casal de namorados siga uma vida juntos, indubitavelmente é o respeito, a admiração, a tolerância, o desejo e a chama sempre acesa que fortalece o amor dos dois. Ultimamente o que presenciamos, são muitos casais tentando moldar o seu companheiro (a) à sua imagem e semelhança. Digo sem medo de errar, que no relacionamen-to a dois, o que basta é aceitar o outro como ele é realmente e tentar lidar com as diferenças existentes da melhor forma possível, porque na realidade ninguém muda ninguém, isso acontece quando a própria pes-soa se predispõe a fazer no intuito de conviver bem consi-go mesmo e em consequência disso, viverá melhor com quem quer que esteja.

Mas, e o que fazer quando seus namoros não duram mui-to tempo? A priori, você deve trabalhar sua autoestima, olhar para dentro de si mesmo e tentar compreender o que se passa com você, quais seus pontos fracos, o que o impede de fi rmar um relacionamento? Muitas pessoas no intuito de se autoboicotarem usam o me-canismo de projeção, jogando

O que real-mente vale num relacio-namento é o respeito, a admiração, a tolerância, o desejo e a chama sempre acesa”

Psicólogacontato pelo fone:

991610218

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para o outro todos os seus conteúdos, aqueles que os im-pedem de ser alguém realizado, completo e de bem consigo mesmo. Muitas das vezes o indivíduo, necessita encontrar-se, colocar as emoções no lu-gar certo, privar-se de alguns conceitos e preconceitos com relação a si mesmo. Quando uma pessoa tem difi culdade em lidar com quem quer que seja, geralmente, esta, apresenta um grau elevado de insegurança e outros problemas de ordem emocional que difi cultam a sua

interelação pessoal. Portanto, para que você con-

siga namorar e até mesmo pen-sar em fi rmar um compromisso futuro com alguém, se conheça melhor, se goste mais, se res-peite e avalie se realmente, são as pessoas que você atrai para sua vida que não correspondem as suas expectativas, ou é você, que não corresponde às suas próprias expectativas? E não esqueça de que ao se amar primeiramente tudo muda e fl ui de forma natural e com certeza, você atrairá alguém

que lhe completará e lhe fará a pessoa mais feliz desse uni-verso. Frequentemente repita para si mesmo: “EU ME AMO, SOU E SEMPRE SEREI MUITO ATRAENTE, ADMIRÁVEL E FE-LIZ”. E não esqueça, que toda forma de amar é valida num mundo que jorra ódio e sangue. O amor deve ser sempre o sentimento mais genuíno em qualquer situação. E VIVA OS NAMORADOS! Em especial ao meu, que me completa e me faz a mulher mais feliz desse mundo. TE AMO!

A importância do alongamento A maioria das pessoas

sabe da importância de fa-zer alongamentos antes e depois das atividades físi-cas, mas poucas sabem que os benefícios dessa prática não param por aí! Diversas academias dedicam aulas aula exclusivamente para trabalhar o corpo por meio do alongamento e há, ainda, alguns benefícios que muitos ainda desconhecem.

Indicadas para diversas idades, as aulas são realiza-das com movimentos lentos que promovem o alongamen-to muscular e articular. Para os sedentários, o início pode

não ser tão fácil, mas a me-lhora é vista rapidamen-

te com a regularidade dos exercícios.

Outra facilidade

é que é possível alongar-se em qualquer lugar, no traba-lho, no carro, assistindo TV, entre outros. Para atingir o resultado desejado, é impor-tante manter-se em cada posição por pelo menos 10 a 30 segundos, o corpo relaxa-do e a respiração controlada, sempre com conforto.

Alongamento* Reduz risco de lesões

musculares;* Reduz risco de tensões

musculares;* Aumenta fl exibilidade e

amplitude dos movimentos;* Melhora a circulação san-

guínea, prevenindo contra problemas articulares nos braços, pernas ou costas;

* Melhora a coordenação motora;

* Previne problemas pos-turais;

* Auxilia no relaxamento mental, diminuindo o es-tresse;

* Contribui para a cicatri-zação óssea, em casos de fratura;

* Desenvolve a consciência corporal;

* Reduz as cólicas mens-truais nas mulheres;

* Ajuda no aquecimento, à medida que eleva a tempe-ratura corporal;

* Desenvolve a consciên-cia corporal, à medida que a pessoa focaliza a parte do corpo que esta sendo alongada;

* Ajuda a liberar os mo-vimentos bloqueados por tensões emocionais.

ATIVIDADE FÍSICA

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