sartori. “da facção ao partido”

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Universidade de Brasília Partidos Políticos e Sistemas Eleitorais Prof. Carlos Machado Aluno: Ítalo Filipe - 11/0122534 Fichamento 01 SARTORI, Giovanni. “Da facção ao partido”. Partidos e sistemas partidários . Rio de Janeiro: Zahar; Brasília: Ed. UnB, 1982 [1976], p. 23-33. Giovanni Sartori nesse primeiro capítulo de sua obra Partidos e Sistemas Partidários, busca retratar pelo decorrer das épocas históricas relatadas como um grupo organizado politicamente tinha a sua denotação gramatical mudada de facção para partido, começando no século XVIII com a citação de Voltaire até o início do século XIX com o reconhecimento de Benjamin Constant. Sartori começa relatando motivos que pensadores políticos do século XVIII substituíam a expressão facção, que é uma palavra bem mais antiga, pelo termo partido. Dando a justificativa que o primeiro termo era depreciativo chegando a ser denominado de repulsivo. Ele cita Voltaire primeiramente e destaca como ele distinguia facção que para ele é um grupo insurgente, de partido que é um grupo participante do Estado, ao contrário dos autores dos séculos passados que não se atentavam a distingui-los. (pag: 23, 24) Ele continua suas observações já relatando como Montesquieu mesmo que só arranhasse sobre a distinção, porém já em Bolingbroke e Hume é aprofundado bastante a forma que eles caracterizavam os dois termos e suas distinções. (pag: 24,25)

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SARTORI, Giovanni. “Da facção ao partido”. Partidos e sistemas partidários. Rio de Janeiro: Zahar; Brasília: Ed. UnB, 1982 [1976], p. 23-33.

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Universidade de BrasliaPartidos Polticos e Sistemas EleitoraisProf. Carlos MachadoAluno: talo Filipe - 11/0122534

Fichamento 01SARTORI, Giovanni. Da faco ao partido. Partidos e sistemas partidrios. Rio de Janeiro: Zahar; Braslia: Ed. UnB, 1982 [1976], p. 23-33.

Giovanni Sartori nesse primeiro captulo de sua obra Partidos e Sistemas Partidrios, busca retratar pelo decorrer das pocas histricas relatadas como um grupo organizado politicamente tinha a sua denotao gramatical mudada de faco para partido, comeando no sculo XVIII com a citao de Voltaire at o incio do sculo XIX com o reconhecimento de Benjamin Constant.Sartori comea relatando motivos que pensadores polticos do sculo XVIII substituam a expresso faco, que uma palavra bem mais antiga, pelo termo partido. Dando a justificativa que o primeiro termo era depreciativo chegando a ser denominado de repulsivo. Ele cita Voltaire primeiramente e destaca como ele distinguia faco que para ele um grupo insurgente, de partido que um grupo participante do Estado, ao contrrio dos autores dos sculos passados que no se atentavam a distingui-los. (pag: 23, 24)Ele continua suas observaes j relatando como Montesquieu mesmo que s arranhasse sobre a distino, porm j em Bolingbroke e Hume aprofundado bastante a forma que eles caracterizavam os dois termos e suas distines. (pag: 24,25)Sartori destaca que a posio de Bolingbroke como sendo um antipartido, e consequentemente em seus estudos destacava ele para destacar o problema, tendo como posio de que partido e faco como sendo iguais. J depois dele Hume motivado pela discusso do seu antecessor, contribuiu principalmente na distino como a criao de uma tipologia. Que se inicia com a diferenciao de grupos pessoais e grupos reais, os reais sendo as faces. E se subdivide-se em faces de interesse, destacando elas como mais coerentes, as de princpio, com diretrizes, e as de afeio. Hume acredita que as faces a forma de organizao mais certa e os partidos como um mal necessrio. (pag: 27,28,29)Sartori finaliza relacionando os relatos de Burke sobre os termos com os pais fundadores dos EUA e os grupos ativos da Revoluo Francesa, relatando como eles efetivamente instituram a real ideia de partido identificada por ele. Como tambm o reconhecimento de Benjamin Constant de que era impossvel a no existncia das faces. (pag: 31,32,32)