(sar)radar de abertura sintetica

7/26/2019 (SAR)Radar de Abertura Sintetica

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Radar de Abertura Sinttica (SAR): uma breve apresentao

sobre o funcionamento e capacidades

Cap Diogo EMILIO Pinto

Bacharel em Cincias Militares AMAN/!!

P"s#gra$%a$o em Artilharia $e Costa e Antia&rea EsACosAAe/!!'

RESUMO

O Radar de Abertura Sinttica (SAR) surge como ferramenta fundamental nos levantamentos de

inteligncia dos cenrios atuais. Este artigo se prope a apresentar de forma simplificada osprincpios de funcionamento do SAR! assim como suas principais capacidades no campo militar. "em

por ob#etivo tambm! divulgar t$o importante tecnologia pouco con%ecida no &mbito do E'rcito

rasileiro.

Palavras-chave: SAR, Sensoriamento Remoto, Inteligncia

1. INTRODUO

Des$e a Antig%i$a$e( a )%sca por in*orma+,es so)re o inimigo *oi

consi$era$a %ma *orma $e se o)ter -antagem t.tica e estrat&gica no campo $e

)atalha 10 2%n 34% 5. $i4ia 6%e se con%ecemos o inimigo e a n*s mesmos! n$o

precisamos temer o resultado de uma centena de combates+ N%ma asserti-a mais

at%al( $i4#se 6%e o conhecimento & po$er

D%rante o s&c%lo 77( mais especi*icamente no p"s 8 9%erra M%n$ial(

$i-ersas ino-a+,es tecnol"gicas s%rgiram para re-ol%cionar a arte $a g%erra :reas

como a-ia+;o( armamento( com%nica+,es( entre o%tras( ti-eram consi$er.-eise-ol%+,es $es$e o *im $os anos

Com)ate tam)&m te-e s%a gran$e m%$an+a= o s%rgimento $o ramo chama$o

Sensoriamento Remoto

Por $e*ini+;o( 2ensoriamento >emoto & o con5%nto $e t&cnicas( )asea$as em

instr%mentos( emprega$as na a6%isi+;o $e $a$os e in*orma+,es $o m%n$o *?sico a

partir $a $etec+;o e me$i+;o $e sinais compostos $e ra$ia+;o( part?c%las e campos

emana$os $e o)5etos locali4a$os na -i4inhan+a ime$iata $e %m sensor 0


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Os sensores s;o $i-i$i$os em $%as classes= passi-os e ati-os Os sensores

passi-os s;o a6%eles 6%e rece)em energia irra$ia$a partin$o $e %ma *onte e@terna(

como o 2ol( por e@emplo Por s%a -e4( os sensores ati-os s;o a6%eles 6%e geram

energia e a irra$iam para o meio e@terno( captan$o e me$in$o posteriormente %ma

*ra+;o $o sinal emana$o O >a$ar & %m e@emplo $e sensor ati-o

Este artigo trata partic%larmente $o $ispositi-o $e sensoriamento remoto ati-o

chama$o >a$ar $e A)ert%ra 2int&tica 2A> S,ntetic Aperture Radar( 6%e apesar

$e ser %m >a$ar( n;o tem como pro$%to *inal %ma simples $etec+;o em tela( mas

sim a gera+;o $e %ma imagem( 6%e $epen$en$o $a resol%+;o( po$e *ornecer com

alto gra% $e $etalhamento o terreno em posse $o inimigo e at& mesmo os meios 6%e

poss%i

3am)&m & int%ito $este te@to $ar maior $i-%lga+;o ao re*eri$o tema( ha5a -ista

6%e n;o & com%m a -eic%la+;o $e in*orma+,es so)re o >a$ar $e A)ert%ra 2int&tica

no m)ito $o E@&rcito Brasileiro

2. HISTRICO

No in?cio $o s&c%lo 7I7( com a pro$%+;o $as primeiras *otogra*ias( s%rgeconcomitantemente o sensoriamento remoto como tecnologia Em 1'!( s;o tira$as

as primeiras *otogra*ias a&reas( com registros *eitos a partir $e )al,es D&ca$as

mais tar$e( em 1( a)or$agens alternati-as aparecem( como a instala+;o $e

cmeras em pipas( com o acionamento *eito por $ispositi-os remotos

A partir $a 18 9%erra M%n$ial( o a-i;o consoli$a#se como principal plata*orma

para reali4a+;o $e *otogra*ias a&reas Instala$as nas aerona-es o%( $e *orma mais

com%m( porta$a pelos pilotos( as cmeras pro-inham -is,es a&reas $e gran$es

e@tens,es $e terra( poss%in$o -alor incalc%l.-el para o reconhecimento militar Por

mais $e 1

sensoriamento remoto

Com a e@plos;o $a 8 9%erra M%n$ial em 1F( %ma se-era corri$a

armamentista imp%lsiona a e-ol%+;o tecnol"gica $o m%n$o Como pro$%to $essa

ino-a+;o( tem#se o $esen-ol-imento $e no-os tipos $e sensores( $entre eles o

>a$ar


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F

O >a$ar 2A> te-e s%a concep+;o original $escrita primeiramente por Carl

GileH( $a 9oo$Hear( em 1 pro$%4 imagens em $%as $imens,es #D Jma$imens;o $a imagem & chama$a $e a!an!e o% cross trac- e & a me$i$a $a

$istncia em linha reta $o ra$ar para o al-o A me$i+;o e a resol%+;o em alcance

s;o alcan+a$as no ra$ar $e a)ert%ra sint&tica $a mesma maneira 6%e na maioria

$os o%tros ra$ares= o alcance & $etermina$o pela me$i+;o precisa $o tempo entre a

transmiss;o $e %m p%lso e o rece)imento $o eco $o al-o e( nos 2A> mais

simpli*ica$os( a resol%+;o em alcance & $etermina$a pela larg%ra $e p%lso( isto &(

p%lsos estreitos pro$%4em )oas resol%+,es em alcance

A o%tra $imens;o & chama$a $e a"im#teo% along trac- e & perpen$ic%lar

ao alcance A ha)ili$a$e $o 2A> em pro$%4ir %ma "tima resol%+;o em a4im%te

$estaca#o $e o%tros ra$ares Para o)ter tal resol%+;o em a4im%te( seria necess.ria

%ma gran$e antena *?sica para *ocali4ar a energia transmiti$a e rece)i$a em %m

*ei@e estreito %anto mais estreito *or o *ei@e( maior ser. a resol%+;o em a4im%te

2imilarmente( sistemas "ticos( como telesc"pios( re6%erem gran$es a)ert%ras

espelhos e lentes( os 6%ais s;o an.logos K antena $o ra$ar para o)terem imagenscom altas resol%+,es 3en$o o 2A> *re6%ncias m%ito mais )ai@as 6%e sistemas


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"ticos( at& mesmo ra$ares 2A> $e resol%+;o mo$era$a( necessitariam $e antenas

*isicamente maiores( com centenas $e metros( o 6%e seria impratic.-el o transporte

por plata*ormas a&reas Entretanto( %ma plata*orma a&rea po$e coletar $a$os

en6%anto -oa e ent;o process.#los como se estes -iessem $e %ma gran$e antena

*?sica A $istncia em 6%e a aerona-e -oa sim%lan$o a antena *?sica & conheci$a

como a$ert#ra sint%ti!a Jma larg%ra $e *ei@e sint&tico estreita res%lta $e %ma

gran$e a)ert%ra sint&tica( o 6%e pro$%4 %ma resol%+;o mais alta $o 6%e & poss?-el

por %ma antena *?sica real

ig 1 Conceito $o Imageamento 2A>

A o)ten+;o $e %ma alta resol%+;o em a4im%te tam)&m po$e ser e@plica$a

atra-&s $o processamento $a *re6%ncia $oppler A *re6%ncia $oppler & gera$a

pelo mo-imento $a antena em rela+;o ao al-o( a partir $a compensa+;o coerente $eca$a eco( pela s%a *ase respecti-a em ra4;o $a $istncia antena#al-o Como a

resol%+;o & apro@ima$amente a ra4;o entre o comprimento $e on$a ( pela

$istncia percorri$a pelo 2A> en6%anto o o)5eto esta-a no campo $e -isa$a 2(

6%anto mais a%mentarmos sinteticamente 2( maior a resol%+;o


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( K es6%er$a(

com o%tra gera$a por %m sensor "tico( K $ireita

ig Compara+;o $a imagem 2A> es6%er$a com a imagem "tica $ireita

A $e*ini+;o $a imagem & t;o melhor 6%anto menor *or a c&l%la $e resol%+;o(

normalmente e@pressa em metros( con*orme e@empli*ica a imagem a seg%ir

ig F Compara+;o $e $i-ersas resol%+,es $e %ma mesma imagem


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'

-. AS CA,ACIDADES

O >a$ar $e A)ert%ra 2int&tica apresenta como principal caracter?stica a

capaci$a$e $e operar in$epen$ente $as con$i+,es atmos*&ricas o% $el%minosi$a$e( ha5a -ista( como 5. *oi apresenta$o( n;o se trata $e %m processo

"tico( mas sim $a interpreta+;o $e ecos eletromagn&ticos Al&m $isso( o 2A>

tam)&m encontra o%tras aplica+,es( pois & capa4 $e ren$eri4ar $i*erentes -is,es $e

%m mesmo al-o -arian$o a )an$a %tili4a$a pelo ra$ar

Dentre as principais capaci$a$es militares $o 2A> tem#se=

a. Re!one!imento/ 0iin!ia e $#s!a &e a0os

Por operar $e $ia( $e noite( e em 6%al6%er tempo( o 2A> po$e pro-i$enciar

%ma s%*iciente resol%+;o para $isting%ir caracter?sticas $o terreno( reconhecer e

i$enti*icar potenciais al-os $o inimigo

b. eri4i!a'(o &e amea'as e trata&os &e n(o 5roi4era'(o

A necessi$a$e $e monitorar se o%tras na+,es est;o c%mprin$o trata$os $e

n;o proli*era+;o $e armas n%cleares( 6%?micas e )iol"gicas -em crescen$o$rasticamente M%itas -e4es( o monitoramento & poss?-el somente em per?o$os

espec?*icos( 6%an$o so)re-oos s;o permiti$os Por&m & necess.rio manter a

capaci$a$e $e monitoramento em con$i+,es clim.ticas a$-ersas o% K noite( para

asseg%rar 6%e o inimigo n;o est. se -alen$o $essas con$i+,es para escon$er

$etermina$a ati-i$a$e O 2A> pro-&m esta capaci$a$e em to$as as con$i+,es

clim.ticas e complementa in*orma+,es $ispon?-eis em o%tros sensores em)arca$os(

como sensores "ticos( termais e in*ra-ermelhos

!. Na0ea'(o e #iamento

Jm sistema $e na-ega+;o geore*erencia$o po$e ser implementa$o

correlacionan$o a imagem o)ti$a $o terreno por %m 2A> com re*erncias

arma4ena$as *otogra*ias "ticas o% imagens 2A> pre-iamente gera$as Dessa

maneira( %m 2A> po$e gerar a imagem $e %m al-o e g%iar %ma m%ni+;o com alta

precis;o


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R

&. ,enetra'(o &e 4oaens e soo

O >a$ar $e A)ert%ra 2int&tica o*erece a capaci$a$e $e penetra+;o em

materiais oticamente opacos( o% 6%e n;o s;o -is?-eis %san$o t&cnicas "ticas o%in*ra-ermelhas A )ai@a *re6%ncia %tili4a$a pelo 2A>( so) $etermina$as con$i+,es(

po$e penetrar *olhagens e at& mesmo o solo Isto permite imagear al-os

normalmente escon$i$os so) .r-ores( ar)%stos( e alg%ns tipos $e co)ert%ras

terrestres Para se o)ter a penetra+;o a$e6%a$a em *olhagens e solo( o 2A> $e-e

operar em *re6%ncias relati-amente )ai@as $e 1! MS4 a 1 9S4

6. CONC)USO

Como *oi apresenta$o neste artigo( o emprego $o ra$ar $e a)ert%ra sint&tica

se *a4 *%n$amental para o le-antamento $e in*orma+,es t.ticas em 6%al6%er teatro

$e opera+,es e na )%sca $e in*orma+,es estrat&gicas

No cen.rio at%al( torna#se imperati-o o conhecimento e o $om?nio $e

tecnologias a-an+a$as como o 2A>( -isan$o manter a so)erania nacional T

interessante ressaltar 6%e s;o po%cos os pa?ses no m%n$o 6%e $et&m a tecnologia

$o 2A>( entretanto o Brasil 5. poss%i $esen-ol-imento pr"prio e com res%lta$ose@tremamente satis*at"rios( com resol%+,es $a casa $e 1 metro

REFER7NCIAS

10 >OCSA( Ale@an$re Bar)o4a A 9%erra EletrUnica na Era $a In*orma+;oQ

nformativo Antiareo / 0ublica1$o 2ientfica! 3r 45. Briga$a $e Artilharia Antia&rea

e Escola $e Artilharia $e Costa Antia&rea !!R.

0 2SO>3( Dr Nicholas M >emote 2ensing 3%torialQ Dispon?-el em=Vhttp=//rstgs*cnasago-/W Acessa$o em !R O%t !!

F0 2XOLNIX( MerrHll >a$ar San$)ooYQ F8 E$i+;o Mc 9raZ Sill BooYs !!

0 >IBEI>O( L%ciano Melo > >a$ar 2A> Conhecen$o a 3ecnologia Israelense

em >a$ares $e A)ert%ra 2int&ticaQ >e-ista or+a A&rea( Nr F Action E$itora

!!'


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( Ali Xamel Issmael Aplica+,es Operacionais $o >a$ar $e A)ert%ra

2int&tica 2A> e $a cmera In*ra-ermelha $e [isa$a Direta LI>= %m 6%a$ro

comparati-o e implementa+,es *%t%rasQ [III 2imp"sio $e 9%erra EletrUnica !!'

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