sÃo paulo, 10 a 13 de outubro de 2015. - prefeitura · planos nacionais de proteção do clima,...
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13/10
Cúpula de Paris deve traçar meta de eliminar emissões até 2050,
segundo Pnuma
A Cúpula Mundial sobre a Mudança Climática (COP21) que Paris sediará em menos de
dois meses deve traçar uma nova meta global de longo prazo, como a eliminação de
emissões de carbono até o ano de 2050, disse o diretor-executivo do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o brasileiro Achim Steiner.
Em entrevista à Agência Efe em Lima, Steiner ressaltou que o novo acordo mundial que
for fechado na COP21 para reduzir emissões e financiar ações contra a mudança
climática deve contemplar “um grande passo” que guie os esforços conjuntos de todos
os países.
“Um acordo que careça de um objetivo a longo prazo e que simplesmente diga que os
países vão fazer um pouquinho mais do que já fazem será insatisfatório para o público,
os mercados financeiros e para muitos países”, advertiu Steiner.
“Precisamos eliminar as emissões de carbono. Isso é o que nos diz a ciência e seria um
grande passo que isso pudesse estar presente no acordo de Paris”, insistiu.
O brasileiro defendeu que a 21ª Cúpula Mundial das Nações Unidas sobre a Mudança
Climática “é crucial para fornecer à economia global e aos mercados sinais que lhes
incentivem a investir em modelos econômicos que reduzam essas emissões de
carbono”.
“Paris não é o final da viagem para garantir que a temperatura global não se elevará
em 1,5 ou 2 graus (gerando as piores consequências da mudança climática), mas é um
ponto crítico para adotar uma ação global neste desafio”, destacou Steiner.
O diretor do Pnuma avaliou o compromisso demonstrado pela maioria dos 188 países
que participarão da reunião de Paris ao ter apresentado na semana passada seus
planos nacionais de proteção do clima, conhecidos como Contribuições Previstas e
Determinadas em Nível Nacional (INDC, na sigla em inglês).
Steiner assinalou que “é um destaque que 146 países, que representam 87% das
emissões do planeta, estejam agora sujeitos a uma estratégia” para reduzir suas
emissões dos gases que causam o efeito estufa.
“É um ponto de virada. Pela primeira vez na história da convenção do clima, a grande
maioria dos países e dos emissores se comprometeram a avançar juntos
voluntariamente”, ressaltou.
O responsável do Pnuma antecipou que outro empecilho da cúpula de Paris será
garantir que os países desenvolvidos demonstrem perspectivas reais de conseguir
reunir US$ 100 bilhões anualmente a partir de 2020 para financiar ações de combate e
adaptação da mudança climática em países em desenvolvimento.
Steiner se mostrou cauteloso com o relatório apresentado esta semana pela
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) durante as
reuniões anuais das juntas de presidentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e
do Banco Mundial (BM), que afirmava que em 2014 foram mobilizados US$ 62 bilhões.
“Faltam menos de dois meses para a COP21,e isto deve ser um tema de preocupação
para todos. Houve um aumento significativo das finanças, mas é insuficiente, porque,
além disso, acredito que se deve reimpulsioná-las para garantir que se pode fechar
essa lacuna”, opinou Steiner.
O funcionário da ONU lembrou que somente o valor total dos ativos do setor bancário
chega a US$ 135 trilhões e exortou a conciliar o setor financeiro com a economia real
para encontrar soluções que permitam que parte dessa riqueza possa ser destinada a
financiar os US$ 100 bilhões anuais.
A COP21 acontece de 30 de novembro a 11 de dezembro e o acordo que a ser adotado
substituirá o Protocolo de Kioto quando este expirar no ano de 2020.
12/10
Parques têm áreas escuras e sem ronda de seguranças
Parte dos parques municipais e estaduais da capital apresenta problemas de
segurança.
O Vigilante Agora esteve em 20 desses espaços e encontrou situações como poucos
vigilantes, falhas na iluminação e inexistência de rondas internas feitas pelos agentes
de segurança.
A reportagem visitou quatro parques de cada região de São Paulo (zonas sul, leste,
oeste, norte e central).
Em um deles, o parque Luís Carlos Prestes, no Butantã (zona oeste), sequer havia
agentes.
O Vigilante Agora percorreu todos os acessos para pedestres existentes em cada um
dos parques.
O principal problema encontrado foi a falta de ronda dos seguranças pelas áreas
internas.
Resposta
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, responsável pela administração
dos parques Ibirapuera, Severo Gomes, Burle Marx, Santos Dias, Luis Carlos Prestes,
Trianon, Benemérito José Brás, da Aclimação, Jardim da Luz, Buenos Aires,
Anhanguera, do Trote, Raul Seixas, do Carmo, Ceret e do Piqueri, disse em nota que
orienta as empresas contratadas para fazer a segurança a manter pontos fixos de
vigilância nas áreas com maior concentração de público, como playground, banheiros,
administração, ou conforme a característica especifica de cada parque.
Segundo a pasta, os vigilantes são orientados a fazer as rondas internas a cada hora.
A única exceção, por motivos de segurança, segundo a secretaria, é para os dias de
chuva forte.
A prefeitura diz ainda que áreas com maior movimento, como os parques do Carmo e
Ibirapuera, possuem sistema de monitoramento de câmeras.
O governo estadual, responsável pelos parques da Água Branca, Villa-Lobos, Horto
Florestal e da Juventude, afirmou apenas que os locais administrados pelo Estado têm
contrato de vigilância e segurança patrimonial.
12/10
Wi-fi em parques e praças
Ouça, aqui.
12/10
"Quanto mais demorarmos para lidar com as mudanças climáticas, mais
caro vai ficar"
Eleita vice-presidente do IPCC até 2020, a pesquisadora brasileira Thelma Krug fala
sobre a certeza dos cientistas sobre a influência humana no clima do planeta e os
desafios dos governos para frear o aquecimento global.
Pela primeira vez desde sua fundação, em 1988, o Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC) terá mulheres no comando. Uma delas é a pesquisadora
brasileira Thelma Krug, eleita para a vice-presidência do órgão até 2020. A posição
também será ocupada pela norte-americana Ko Barrett e pelo malinês Youba Skona. O
novo presidente do painel, o sul-coreano Hoesung Lee, assume no lugar de Rajendra
Pachauri, que pediu demissão do cargo em fevereiro, após denúncias de assédio
sexual.
Eleita por representantes de 195 países-membros, Thelma Krug, especialista em
estatística espacial, é pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) e preside a Força Tarefa em Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa do
IPCC desde 2002.
Em entrevista à DW Brasil, ela falou sobre os desafios do combate às mudanças
climáticas e o papel do IPCC nas pesquisas que embasam decisões políticas.
DW Brasil: o IPCC forma toda a base científica para a discussão nas Conferências do
Clima. E a COP de Paris, em novembro, é especialmente importante, porque dela deve
sair um acordo global para limitar as emissões de gases do efeito estufa. O que a
senhora espera dessa conferência?
Thelma Krug: A mensagem no último relatório é muito forte, e eu espero que os países
não esqueçam disso durante as negociações em Paris. Eu vejo três mensagens
principais. Uma delas é sobre a certeza da influência humana: nós estamos
influenciando o sistema climático e de uma forma crescente.
A segunda mensagem diz que se as coisas continuarem como estão – ou seja, se as
emissões continuarem crescendo ao longo do tempo, principalmente no setor de
energia –, enfrentaremos riscos de impactos severos e irreversíveis. Isso vale tanto
para as pessoas quanto para os ecossistemas.
E a última, que eu acho a mais interessante, é a mensagem positiva que o IPCC
procurou passar no relatório: há condições de lidar com a mudança do clima e com os
riscos associados a ela. Há soluções possíveis que permitem a continuidade do
desenvolvimento humano e econômico.
É preciso reverter e muito as emissões dos gases do efeito estufa se os países
quiserem chegar a um aumento máximo de 2ºC na temperatura glogal – que foi o
limite acertado pelos países nas negociações. Quanto mais se prorrogar isso, mais caro
vai ficar. Maiores serão os desafios tecnológicos, institucionais e humanos.
O IPCC passou por uma crise de credibilidade em 2010, quando erros em alguns
relatórios veio a público. Vocês ainda enfrentam problemas por causa disso?
Eu acredito que essa fase tenha sido completamente superada. Acho que essa fase
inclusive ajudou o IPCC a fortalecer os seus procedimentos. O IPCC continua sendo a
autoridade mais universalmente reconhecida no tema. A participação dos governos
em todo o processo de aprovação dos relatórios do IPCC aumenta essa credibilidade.
Erros podem acontecer e precisam ser reconhecidos. O que foi feito depois daquele
grande desafio que passamos foi uma revisão dos processos e procedimentos na
elaboração do relatório. Erros são encontrados, e estamos falando de mais de 7 mil
páginas de relatórios. Eu até acho surpreendente que não haja muitos erros, quando
se considera esse volume todo: são cinco quilos de publicação com os três relatórios.
Quais são os próximos desafios científicos do IPCC?
Na minha opinião, temos dois desafios sempre presentes. Um deles é uma maior
regionalização, ou seja, buscar uma melhor identificação dos riscos, impactos e
mitigação de forma mais regionalizada. E a segunda é a busca incessante, a cada novo
relatório, da redução das incertezas nos resultados que são apresentados. O
conhecimento cientifico avançou muito em direção às certezas. E a gente espera que
as incertezas não sejam um fator limitante para ações.
O Brasil passa por uma recessão neste momento, com cortes significativos em projetos
de pesquisa. Isso pode afetar o avanço do conhecimento na área das mudanças
climáticas no país?
O Brasil tem um grupo muito atuante na área de pesquisas de mudança do clima.
Temos vários pesquisadores com uma atuação muito significativa dentro do IPCC. E
essa participação não é por acaso. Ela é um reconhecimento dessa competência
instalada no país e que tem que ser expandida.
Um dos pontos que eu acho importante é a capacidade do país de atuar em áreas
onde países em desenvolvimento tem uma limitação grande, que é a area de
modelagem. Modelagem é um dos elementos essenciais para os relatórios do IPCC e
todos os grupos de trabalho.
O Brasil tem uma competência cientifica, mas também a infraestrutura técnica, nós
temos supercomputadores, isso faz com que o país esteja numa outra categoria. É um
investimento alto, mas traz realmente um retorno significativo para o país, inclusive na
parte de regionalização dos resultados. Isso só pode ser feito quando você refina esses
modelos climáticos globais para os regionais.
Mas eu vejo o cenário com preocupação. Se esses investimentos não continuarem,
principalmente nessa parte de infraestrutura também no sentido de assegurar que o
conhecimento cientifico seja expandido, continuamente, nós sentiremos esse impacto
no futuro.
O que ter uma pesquisadora na vice-presidência no IPCC representa para o Brasil?
Essa eleição como vice-presidente do IPCC representa a continuidade do
reconhecimento do Brasil como um pais que tem capacidade cientifica e técnica para
contribuir com o painel.
Desde o primeiro relatório do IPCC, ou seja, início dos anos 1990, o Brasil participou
muito ativamente. Estamos falando de uma contribuição de 25 anos. No primeiro
relatório, a co-presidência era do Dr. Gylvan Meira Filho. No ciclo seguinte, o próprio
Dr. Gylvan esteve na vice-presidência do painel, e eu fui copresidente da Força Tarefa
de Inventários Nacionais. Mas essa eleição tem uma uma característica distinta: dessa
vez é uma mulher, e nunca houve mulheres nesse patamar de liderança do IPCC.
As pesquisadoras no IPCC também enfrentam machismo e preconceito?
O IPCC sempre menciona a questão do equilíbrio de gênero. Mas é claro que isso é
sempre muito difícil. A própria participação dos países no painel é praticamente toda
masculina.
Por isso, foi uma enorme supresa a constituição desse conselho que vai atuar até 2020
com o número significativo de mulheres em posições-chave. Demonstra uma
mudança. Eu nunca digo que existe diferença significativa nos resultados, se liderado
por mulher ou por homem, mas há diferença no processo, na forma como tudo
acontece. Então será muito interessante observar como, nesse período, o processo
poderá ser alterado com a participação de mulheres.
12/10
São Paulo tem programação especial para Dia das Crianças
Ouça, aqui.
12/10
12 passeios para curtir com a garotada no Dia das Crianças
Se você ainda não sabe o que fazer neste dia 12 com a garotada, aSão Paulo
Turismo (SPTuris), empresa de turismo e eventos da capital, selecionou algumas
opções de passeios para curtir com eles neste Dia das Crianças em São Paulo.
Desde atividades ao ar livre, oficinas e peças de teatro, a ideia é tornar a data ainda
mais especial e divertida. O que não vale é ficar em casa na frente da televisão no
feriado.
Veja abaixo opções de passeios para todos os bolsos e gostos.
Parque da Água Branca
O parque possui brinquedoteca, espaço para leitura infantil, parquinhos de diversão,
além de permitir o contato direto com alguns animais que vivem por lá.
Horário: diariamente, das 6h às 22h. Aquário: às segundas-feiras, das 13h às 17h. Terça
a domingo, das 9h às 17h
Endereço: Avenida Prof. Francisco Matarazzo, 455 - zona Oeste
Grátis (somente o aquário cobra R$ 2)
Telefone: (11) 3865-4131
Ibirapuera
O mais popular parque de São Paulo é sempre uma boa pedida de lazer. Por lá, as
opções de diversão são variadas para as crianças.
Horário: diariamente das 5h à 0h
12/10
Ouvintes opinam sobre atividades especiais no Dia das Crianças
Ouça, aqui.
12/10
Parque da Independência possui fonte sem água
Ouça, aqui.
11/10
Comissão de Mudanças Climáticas debate crise no Rio São Francisco
Em audiência pública na quinta-feira (15), a Comissão Mista Permanente sobre
Mudanças Climáticas (CMMC) discute a crise hídrica na região do Vale do Rio São
Francisco e a preservação do sistema de produção baseado na agricultura irrigada.
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que solicitou a a audiência, ressalta, em
seu requerimento que o vale do Rio São Francisco se tornou uma das maiores regiões
produtoras de frutas do mundo, mas o complexo produtivo sofre ameaça de colapso
caso se mantenha o baixo nível da Barragem de Sobradinho. Ele lembrou que, no fim
de outubro, o perímetro irrigado entrará em racionamento de água e as obras de
captação do volume morto do reservatório só deverão estar concluídas em data
posterior.
Foram convidados para a audiência Marilene Ramos, presidente do Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Hermes Chipp,
diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS); e representantes do
Ministério da Integração Nacional, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Companhia
Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e da Companhia Energética de Minas Gerais
(Cemig).
11/10
Superlotação faz abrigos pararem de receber animais silvestres em SP
No alto de um morro em São Sebastião, no litoral norte paulista, um trecho de floresta
em um sítio reúne sobreviventes do bicho-homem.
A lobo-guará Lupa, 2, cambaleia por causa das cinco fraturas sofridas quando era
filhote. A onça-parda Neo, 7, teve a pata lesionada. Ambos foram atropelados.
A tamanduá-bandeira Narizinho, 1, escapou de um incêndio, e murucututus (tipo de
coruja) dão voos curtos porque tiveram parte das asas amputadas por pipas.
O refúgio em São Sebastião é um dos 13 Cetas (Centro de Triagem de Animais
Silvestres) de São Paulo, que funcionam como um misto de pronto-socorro e abrigo
para pássaros, mamíferos e demais bichos da fauna silvestre até que eles possam ser
soltos ou levados a um local apropriado.
Mas, sem espaço nem verba (alguns são mantidos por ONGs), muitos já não recebem
animais apreendidos em cativeiros ilegais ou feridos.
A situação é pior no sul, no norte e no oeste do Estado, onde não há Cetas.
A Polícia Militar Ambiental, uma das principais responsáveis por recolher os animais,
diz que às vezes demora a encontrar um lugar.
Um dos mais críticos é o Cetas de São Sebastião, da ONG Fundação Animalia, única
referência no litoral norte.
Além dos bichos feridos, a maioria veio de apreensões. Scilla e Caribdi, 8, Alfa e Dente,
13, são filhotes de uma onça-parda morta a tiros, criados ilegalmente em sítios.
A macaco-prego Geisy, 10, não caminha mais que meio metro para cada lado –
provavelmente era o comprimento da corrente à qual passou a maior parte da vida
presa.
O centro não recebe novos bichos desde outubro de 2014, após o fim de repasses de
um convênio com a Petrobras –contrapartida ambiental por uma obra. Sem os R$ 50
mil mensais, a unidade, que já chegou a ter 600 animais, hoje tem 80 e vive de
doações.
"Só ficou a onça manca, a jaguatirica cega, aqueles coitados que não temos para onde
mandar", disse o biólogo André Rossi, 58, da Animalia.
EFEITO CASCATA
A maior parte dos animais foi levada para o Cetas em Lorena, único do Estado mantido
pelo Ibama (órgão federal), que também ficou sobrecarregado. A unidade abriga hoje
4.000 bichos, o dobro do ano passado. Socorreu ainda o Rio de Janeiro, já que o Cetas
de Seropédica fechou em janeiro –o Ibama diz que não abrirá outro no Rio.
Na capital, o Cetas do Parque Tietê teve de rejeitar novos animais após receber
centenas de pássaros de uma só vez, recolhidos pela polícia.
A maioria dos centros só recebe bichos pequenos e alguns têm restrições. Os do
Ibirapuera e Parque Anhanguera só recolhem bichos da fauna da capital, por
exemplo.
FALTAM CENTROS
O Ibama e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, órgãos federal e estadual
responsáveis pelo cuidado da fauna silvestre, reconhecem que faltam centros de
triagem para abrigar animais, principalmente de grande porte.
Segundo o governo estadual, como muitos bichos chegam domesticados e tiveram
alimentação inadequada ao longo da vida, caso de araras e papagaios, a reabilitação e
uma possível soltura podem ficar comprometidas.
Outro empecilho é que não há áreas de soltura suficientes. Animais capturados no
Nordeste, por exemplo, não podem ser liberados em São Paulo, e a repatriação
depende de transporte e de centros de triagem para recebê-los.
Quando o animal não pode voltar para a natureza, depende de cativeiros como os dos
Cetas. Até os zoológicos estão lotados.
Em nota, a secretaria diz que pretende ampliar o número de centros de triagem, "mas
esbarramos na dificuldade que é o custo de manutenção". Um Cetas consome até R$ 2
milhões ao ano.
No país todo, há 24 Cetas do Ibama. Em nota, o órgão admite que o ideal seria que
esse número fosse maior, considerando-se o tamanho do Brasil.
Afirma, porém, que a gestão cabe aos governos estaduais, que devem buscar
implantar novas unidades.
O Ibama afirma que, "tecnicamente, há interesse na construção de Cetas" mantidos
pelo órgão em locais mais carentes, mas que "a decisão é da presidência do [Ibama]".
O órgão federal diz que seus recursos são suficientes apenas para manter suas
unidades e que não pode passar recursos para ONGs que desejem manter Cetas.
10/10
Grupo Pequeno Cidadão no SPTV
Assista, aqui.