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SÃO PAULO, 08 DE MARÇO DE 2013

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SÃO PAULO, 08 DE MARÇO DE 2013

Abertas as inscrições para prêmios socioambientais

Folha e Fundação Schwab darão projeção mundial a líderes inovadores

Podem participar dos dois concursos empreendedores de cooperativas, ONGs e negócios sociais

PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA EDITORA DO EMPREENDEDOR SOCIAL

Estão abertas até 8 de abril as inscrições para o maior concurso de empreendedorismo socioambiental da América Latina, o Prêmio Empreendedor Social, e para o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro.

O primeiro, realizado pela Folha em parceria com a Fundação Schwab (correalizadora do Fórum Econômico Mundial de Davos), é aberto a maiores de 18 anos que desenvolvam há no mínimo três anos iniciativas inovadoras, sustentáveis e que beneficiem pessoas em situação de risco social e/ou ambiental.

O segundo é dirigido a jovens de 18 a 35 anos líderes de projetos criados há ao menos um ano e no máximo três anos que precisem de visibilidade e capacitação para crescer seu impacto social.

Podem participar empreendedores de cooperativas, negócios sociais e organizações da sociedade civil.

Os finalistas ganham projeção nacional e internacional, reforçada pelo alto nível de qualificação dos concorrentes e pela rede de contatos oferecida pelos 35 parceiros, pela Rede Folha de Empreendedores Socioambientais e pela Rede Schwab de Empreendedores Sociais.

"Como uma pedra que, atirada no lago, gera ondas, o impacto de ser a Empreendedora Social tem se desdobrado em inúmeras oportunidades de ampliação e fortalecimento do trabalho do Instituto Chapada", diz Cybele Oliveira, vencedora de 2012.

Entre elas, a educadora cita o convite do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), para estudar a transformação em política pública de seu projeto, que apoia a formação continuada de educadores e gestores educacionais.

"Além de conquistar novos parceiros, temos sido procurados por educadores que querem se aproximar da nossa rede por acreditar, como nós acreditamos, que o engajamento é fundamental para desenvolver a educação que queremos em nosso país."

RECORDE

Com 2.117 candidatos de 2005 a 2012, o Empreendedor Social é recordista de inscrições do concurso promovido mundialmente pela Fundação Schwab, à frente da China, dos EUA e da Índia.

"As iniciativas impactantes apresentadas pelos finalistas brasileiros são grandes exemplos de inovação social. Por isso nosso conselho vai considerar a inclusão dos três finalistas mais bem avaliados em nossa rede, hoje com 256 líderes de 61 países", afirma David Aikman, diretor da Fundação Schwab.

Assim, não só um, mas três empreendedores poderão ter acesso aos fóruns econômicos regionais e mundial, a serviços jurídicos e a bolsas de estudo nas universidades Harvard, Insead e Stanford.

"Com uma seleção rigorosa e que submete todos os finalistas aos padrões de investigação jornalística da Folha, o Empreendedor Social consolida-se como a mais transformadora premiação socioambiental do país", diz Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha.

Fernando Botelho, sociólogo vencedor do Empreendedor Social de Futuro 2012, concorda. Criador do F123, software que simplifica a inclusão digital de deficientes visuais, ele afirma que "o prêmio deu um nível de visibilidade e credibilidade que acelerou dramaticamente o nosso desenvolvimento".

Terra se aproxima de maiores temperaturas

em 11 mil anos SALVADOR NOGUEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon e da Universidade Harvard, ambas nos EUA, reconstruiu a temperatura média da Terra nos últimos 11,3 mil anos para compará-la aos níveis atuais.

A boa notícia: a Terra hoje está mais fria do que já esteve em sua época mais quente desse período. A má: se os modelos dos climatologistas estiverem certos, atingiremos um novo recorde de calor até o final do século.

O trabalho, publicado na revista "Science", reuniu dados de 73 localidades ao redor do mundo para estimar a temperatura global (e local) no período geológico conhecido como Holoceno, que começou ao final da última era do gelo, há 11 mil anos.

Depois de consolidar todas as informações, em sua maioria provenientes de amostras de fósseis em sedimentos oceânicos, num único quadro --além de usar técnicas matemáticas para preencher os "buracos" encontrados nas diversas fontes usadas para estimar a temperatura no passado--, os cientistas puderam recriar uma "pequena história da variação climática da Terra".

Diz-se pequena porque os resultados não permitem enxergar a variação ocorrida em uns poucos anos. É como se cada ponto nos dados representasse a temperatura em um período de 120 anos.

A HISTÓRIA

Os dados confirmam uma velha desconfiança dos cientistas: a de que a Terra passou por um período de aquecimento que começou cerca de 11 mil anos atrás. Em 1,5 mil anos, o planeta esquentou cerca de 0,6ºC e assim se estabilizou, durante cerca de 5.000 anos.

Então, 5,5 mil anos atrás, começou um novo processo de esfriamento --que terminou há 200 anos, com o que ficou conhecido como a "pequena era do gelo". O planeta ficou 0,7ºC mais frio.

Entram em cena a industrialização acelerada e o século 20. O planeta volta a se esquentar. No momento, ele ainda não bateu o recorde de temperatura visto no início do Holoceno, mas já está mais quente que em 75% dos últimos 11 mil anos.

Assim, o estudo confirma que a temperatura da Terra está subindo em tempos recentes e mostra que a subida é muito mais rápida do que se pensava.

"Essa pesquisa mostra que já experimentamos quase a mesma faixa de mudança de temperatura desde o início da Revolução Industrial que foi vista nos 11 mil anos anteriores da história da Terra --mas essa mudança aconteceu muito mais depressa", comenta Candace Major, diretor da divisão de Ciências Oceanográficas da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, que financiou o estudo.

Por outro lado, a baixa resolução temporal do estudo (é impossível distinguir efeitos de poucos anos) dificulta a comparação com o atual fenômeno de aquecimento.

Para a mudança climática atual se tornar relevante na escala de tempo analisada pelo modelo de reconstrução dos últimos 11 mil anos, ela precisa continuar no próximo século. Segundo os modelos do IPCC (Painel Intergovernamental para Mudança Climática), da ONU, é isso que vai acontecer.

Contudo, ainda há incertezas sobre a magnitude do fenômeno. De toda forma, mesmo pelas estimativas mais otimistas, quando chegarmos a 2100, se nada for feito, provavelmente estaremos vivendo o período mais quente dos últimos 11 mil anos.

Obra do Rodoanel Norte começa terça Governo do Estado espera que anel viário retire 17 mil veículos de carga da capital; trabalhos devem ser concluídos em três anos

BRUNO RIBEIRO - O Estado de S.Paulo

A construção do trecho mais polêmico do Rodoanel Mário Covas, iniciado em 1998, deve começar na terça-feira. O anúncio dos trabalhos preliminares no Trecho Norte foi feito ontem pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que prevê que a obra completa permita retirar 17 mil caminhões da cidade de São Paulo.

As obras vão começar pela Rodovia Presidente Dutra. Quando o traçado estiver concluído, daqui a três anos, o Rodoanel terá os 180 quilômetros prometidos há duas décadas.

Ao citar a retirada dos caminhões da capital, Alckmin ainda frisou por diversas vezes o aumento da frota de veículos no Estado como fator que compromete o trânsito. "Em 2001, a frota do Estado era de 11 milhões de veículos. Agora, são 22 milhões. Dobrou", disse.

Especialistas, no entanto, se dizem céticos quanto à eficácia do Rodoanel como solução para o trânsito paralisado da Grande São Paulo. Apesar de classificar a obra como "necessária", o professor de Engenharia de Tráfego da Universidade de São Paulo (USP) Claudio Barbieri da Cunha disse que o anel precisa de obras complementares, de transporte público, para que os congestionamentos diminuam. "Com a conclusão do Rodoanel, e novas medidas restritivas ao tráfego de caminhões, haverá melhora. Mas o efeito deve perder-se em cinco anos."

Trecho leste. Alckmin visitou na manhã de ontem as obras do Trecho Leste, em evento para marcar o encontro das duas frentes de trabalho do túnel da via, que terá um quilômetro. A obra deve ficar pronta em março do próximo ano. Dos dez lotes que dividem o serviço, as obras estão em andamento em sete - os demais ainda aguardam licença ambiental de instalação.

Alckmin anunciou que a Agência Reguladora do Serviços Delegados de Transporte do Estado (Artesp) fará um estudo para ligar o Trecho Leste às cidades de Ribeirão Pires e Suzano. A medida, que não é bem vista por técnicos, que classificam o Rodoanel como uma via expressa, apenas com conexão com outras rodovias, foi defendida pelo governador com a afirmação que será uma "ligação regional". A conexão provável é com a Rodovia Índio Tibiriçá, que cruza a região.

Prefeitura promete desengavetar 79 obras antienchente Alguns projetos são ideias de até 15 anos atrás; chuva na tarde de ontem causou 15 pontos de alagamento na capital paulista

NATALY COSTA - O Estado de S.Paulo

Depois de uma manhã quente, em que os termômetros chegaram a 32ºC, uma chuva forte no começo da tarde deixou 15 pontos de alagamento em São Paulo - os piores na Avenida Prestes Maia e na Rua Newton Prado, na região central. Mas, segundo a Prefeitura, essa situação pode ser menos comum no próximo verão: o prefeito Fernando Haddad (PT) prometeu desengavetar 79 obras antienchente na cidade, que podem "ajudar ou resolver" os problemas pontuais de alagamento.

Entre os endereços que receberão intervenções estão a Rua Dona Leopoldina e o Córrego Jaboticabal, no Ipiranga, e a Praça Luís Carlos Mesquita, na Lapa. O orçamento estimado é de R$ 150 milhões.

Segundo Haddad, são obras de microdrenagem que podem ser feitas em um ano, com efeitos a curto prazo, e consistem em pequenas reformas de galerias e canais. Também não são projetos novos: o prefeito admite "desengavetar" obras paradas há "5, 10, 15 anos" na Prefeitura. "Tiramos da gaveta esses projetos, faremos a reavaliação técnica e vamos licitar. É possível até o verão que vem? Sim, se a gente correr com o prazo", disse em entrevista ao portal UOL na semana passada.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana (Siurb) está responsável pelas licitações. Serão cinco lotes de obras. O primeiro engloba as Subprefeituras da zona sul: Santo Amaro, Ipiranga, Capela do Socorro e Jabaquara. O outro, zonas oeste e centro-leste, como Lapa, Sé, Pinheiros e Mooca. Na zona norte, Piritituba/Jaguaré, Freguesia do Ó, Casa Verde, Santana/Tucuruvi, Jaçanã/Tremembé e Vila Maria/Vila Guilherme estarão contempladas.

Os dois últimos lotes dizem respeito a obras que serão feitas na zona leste, na Penha, em Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista, São Miguel Paulista, Itaquera, Vila Prudente e Aricanduva/Vila Formosa.

Pompeia. Outros endereços emblemáticos das enchentes de São Paulo terão de esperar um pouco mais, como é o caso da Pompeia, na zona oeste. "Tem problema que não envolve microdrenagem. Envolve macrodrenagem. Por exemplo, Pompeia, Luís Inácio Anhaia Melo e Praça da Bandeira são obras estruturais, de dois anos, três anos, que vamos licitar", afirmou Haddad. "Tem coisa que a população já sentiu nesse verão, tem coisa que vai sentir no próximo e outras que vão levar alguns anos."

A administração tem dois projetos de piscinões na Praça da Bandeira e na Anhaia Melo, mas que ainda não saíram do papel. Também existe verba do PAC liberada para a Prefeitura construir dois piscinões na bacia do Rio Aricanduva, na zona leste, e outros dois na bacia do Córrego Zavuvus, na zona sul. Ambos estão em fase de licitação. /COLABOROU JULIANA DEODORO