santa teresinha em gotas

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1 Santa Teresinha em Gotas Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante * ESCLARECIMENTOS Este não é apenas mais um livro sobre Santa Teresinha, nem somente uma nova coletânea de pensamentos da grande Santa de Lisieux. Antologias de Santa Teresinha existem muitas, até mesmo aqui no Brasil. Este livro é a apresentação da mensagem teresiana em forma destilada, por isso, o seu título: Santa Teresinha em Gotas. Não é, pois, uma simples coleção de pensamentos edificantes, que teriam o objetivo de serem, tão somente, pequenos ramalhetes espirituais. Estes pensamentos de Santa Teresinha foram escolhidos com muito esmero e cuidado. Foram selecionados aqueles que pudessem, realmente, apresentar uma faceta do “Pequeno Caminho” teresiano. A ordem alfabética não deve enganar. Ela foi escolhida, para facilitar a consulta, mas os verbetes selecionados são aqueles que, numa síntese, poderão, muito bem, apresentar uma visão sucinta e de conjunto da doutrina espiritual de Santa Teresinha. Portanto, trata-se de um livro para meditação, para estudos, para sermões, para retiros, para conferências e, também, é claro, para a alimentação espiritual. Poder-se-ia, assim, intitular este trabalho de “Santa Teresinha por Ela mesma”. Com tal objetivo, os pensamentos selecionados se sucedem, em cada verbete, em ordem cronológica, para que o leitor possa seguir o itinerário da Santa. Ademais, foi indicada a fonte de cada pensamento, com referência bem clara, para que se pudesse consultar o texto completo, para uma possível complementação posterior, se desejada ou necessária for. É conveniente que se expliquem alguns pontos práticos adotados no livro. Primeiramente, deve-se notar que, no caso de um pensamento fazer referência a várias idéias, foi ressaltado o verbete mais salientado pela Santa. Mesmo assim, alguns textos aparecem repetidos, mas, em geral, eles não aparecem totalmente iguais nas várias transcrições, uma vez que, de cada vez salienta-se a idéia principal do verbete, em que estão situados. Em segundo lugar, como se trata de uma obra em um só volume, com o intuito de não torná-lo grosso demais, a síntese e a brevidade foram pistas determinantes. Para diminuir falta inevitável, foi colocada, após cada verbete, uma série de números complementares. Esses números não foram escritos simplesmente para adorno, mas indicam outros pensamentos que são, realmente, complementos das idéias propostas naquele verbete. Em terceiro lugar, é bom lembrar que alguns verbetes foram incluídos em outros, cuja extensão pareceu mais longa e abrangente. Assim, virgindade e pureza aparecem no verbete castidade. É claro que não se poderia citar todos os temas da mensagem teresiana em forma extensiva e separada, porque, então, o livro passaria a ser um grande dicionário, o que não era objetivo da obra. Por fim, é necessário dizer que, é a própria Santa Teresinha a autora do livro. Em três longos anos de trabalhos, selecionei, traduzi e organizei, digitei e organizei estes pensamentos dentro de uma ótica global do “Pequeno Caminho”, mas foi tudo o que fiz. O conteúdo da obra, a mensagem do livro, as palavras empregadas, a metodologia da expressão usada, tudo, enfim, é de Santa Teresinha. Portanto, o que o leitor encontrar de bom e de útil neste livro, deve, unicamente, a Deus mediante os ensinamentos de Santa Teresinha; o que encontrar de mal apresentado, de não bem traduzido ou de erroneamente organizado, refira, imediatamente, à minha imperícia cultural e à minha pobreza espiritual.

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Santa Teresinha Em Gotas

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    Santa Teresinha em Gotas

    Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante *

    ESCLARECIMENTOS Este no apenas mais um livro sobre Santa Teresinha, nem somente uma nova coletnea de pensamentos da grande Santa de Lisieux. Antologias de Santa Teresinha existem muitas, at mesmo aqui no Brasil. Este livro a apresentao da mensagem teresiana em forma destilada, por isso, o seu ttulo: Santa Teresinha em Gotas. No , pois, uma simples coleo de pensamentos edificantes, que teriam o objetivo de serem, to somente, pequenos ramalhetes espirituais. Estes pensamentos de Santa Teresinha foram escolhidos com muito esmero e cuidado. Foram selecionados aqueles que pudessem, realmente, apresentar uma faceta do Pequeno Caminho teresiano. A ordem alfabtica no deve enganar. Ela foi escolhida, para facilitar a consulta, mas os verbetes selecionados so aqueles que, numa sntese, podero, muito bem, apresentar uma viso sucinta e de conjunto da doutrina espiritual de Santa Teresinha. Portanto, trata-se de um livro para meditao, para estudos, para sermes, para retiros, para conferncias e, tambm, claro, para a alimentao espiritual. Poder-se-ia, assim, intitular este trabalho de Santa Teresinha por Ela mesma. Com tal objetivo, os pensamentos selecionados se sucedem, em cada verbete, em ordem cronolgica, para que o leitor possa seguir o itinerrio da Santa. Ademais, foi indicada a fonte de cada pensamento, com referncia bem clara, para que se pudesse consultar o texto completo, para uma possvel complementao posterior, se desejada ou necessria for. conveniente que se expliquem alguns pontos prticos adotados no livro. Primeiramente, deve-se notar que, no caso de um pensamento fazer referncia a vrias idias, foi ressaltado o verbete mais salientado pela Santa. Mesmo assim, alguns textos aparecem repetidos, mas, em geral, eles no aparecem totalmente iguais nas vrias transcries, uma vez que, de cada vez salienta-se a idia principal do verbete, em que esto situados. Em segundo lugar, como se trata de uma obra em um s volume, com o intuito de no torn-lo grosso demais, a sntese e a brevidade foram pistas determinantes. Para diminuir falta inevitvel, foi colocada, aps cada verbete, uma srie de nmeros complementares. Esses nmeros no foram escritos simplesmente para adorno, mas indicam outros pensamentos que so, realmente, complementos das idias propostas naquele verbete. Em terceiro lugar, bom lembrar que alguns verbetes foram includos em outros, cuja extenso pareceu mais longa e abrangente. Assim, virgindade e pureza aparecem no verbete castidade. claro que no se poderia citar todos os temas da mensagem teresiana em forma extensiva e separada, porque, ento, o livro passaria a ser um grande dicionrio, o que no era objetivo da obra. Por fim, necessrio dizer que, a prpria Santa Teresinha a autora do livro. Em trs longos anos de trabalhos, selecionei, traduzi e organizei, digitei e organizei estes pensamentos dentro de uma tica global do Pequeno Caminho, mas foi tudo o que fiz. O contedo da obra, a mensagem do livro, as palavras empregadas, a metodologia da expresso usada, tudo, enfim, de Santa Teresinha. Portanto, o que o leitor encontrar de bom e de til neste livro, deve, unicamente, a Deus mediante os ensinamentos de Santa Teresinha; o que encontrar de mal apresentado, de no bem traduzido ou de erroneamente organizado, refira, imediatamente, minha impercia cultural e minha pobreza espiritual.

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    Que em tudo, porm, Deus seja louvado e amado mediante a mensagem do Pequeno Caminho teresiano, conforme sempre foi o desejo de Santa Teresa de Lisieux. Macei, 17 de maio de 1994

    59nonizao de Santa Teresinha

    ABANDONO 01. Tudo nela (Santa Ceclia) me fascina, sobretudo, seu abandono, sua confiana ilimitada, que

    foram capazes de virginizar almas, que s tinham desejado as alegrias da vida presente. (MA.61v)

    02. Eu me abandonei complemente, fizera tudo o que dependia de mim, tudo.. (MA.67r) 03. Creio que essa provao foi muito grande e me fez crescer muito no abandono e nas outras

    virtudes. (MA.68r) 04. Como eu quero me aplicar a fazer sempre, com o maior abandono, a vontade do bom Deus!

    (MA.84v) 05. Jesus no pede grandes aes, mas somente o abandono e a gratido. (MB.1v) 06. Eu me sinto, apesar de tudo, cheia de coragem, estou bem segura de que o bom Deus no vai

    me abandonar. (CT.27) 07. A glria de meu Jesus, eis a tudo; quanto minha, eu lha abandono! (CT.103) 08. Sua Teresa no se encontra nas alturas nesse momento, mas Jesus lhe ensina tirar proveito

    de tudo, do bem e do mal, que ela encontra em si. Ele lhe ensina a jogar na banca do amor ou, antes, Ele joga por ela sem lhe dizer como Ele se arranja, pois isso seu ofcio e no o de Teresa, o que lhe compete se abandonar, entregar-se sem nada reservar, nem mesmo a alegria de saber quanto a banca lhe d. (CT.142)

    09. Eu no sou sempre fiel, mas jamais desanimo; eu me abandono nos braos de Jesus. (CT.143) 10. No posso pensar sem arrebatamento na querida santinha Ceclia...No meio do mundo,

    mergulhada no centro de todos os perigos, no momento de ficar unida a um jovem pago, que s respira o amor profano, parece-me que Ceclia teria devido tremer e chorar... mas, no, ao ouvir os sons dos instrumentos que celebravam suas bodas, Ceclia cantava no seu corao... Que abandono! (CT.149)

    11. Seria necessria outra linguagem que no a da terra, para exprimir a beleza do abandono de

    uma alma nas mos de Jesus, meu corao s pde balbuciar o que sente. (CT.161)

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    12. Devemos apenas entregar nossa alma, abandon-la ao nosso grande Deus. (CT.165) 13. O bom Deus j lhe concedeu tantas graas, poderia abandon-la agora, quando parece ter

    chegado ao porto? (CT.171) 14. Eu no me enganei e mesmo Jesus se contentou com meus desejos, com meu abandono total.

    Ele se dignou unir-me a Ele, bem mais cedo do que eu ousava esperar. (CT.176) 15. Jesus no pede grandes aes, mas somente o abandono e a gratido. (CT.196) 16. Procuro no me ocupar comigo mesma em nada, e o que Jesus se digna operar na minha alma

    eu lho abandono, pois no escolhi uma vida austera para expiar minhas faltas, mas as dos outros. (CT.247)

    17. Ah, como doce abandonar-se nos braos de Jesus, sem temores nem desejos! (CT.263) 18. Dessa rvore inefvel O Amor, eis o seu nome E seu fruto deleitvel Ele se chama Abandono (PN.52,3) 19. S o Abandono me entrega Aos teus braos, Jesus, ele que me faz viver Da vida dos teus Eleitos. (PN.52,7) 20. Menino Jesus, meu nico Tesouro, eu me abandono a teus divinos caprichos, no quero

    outra alegria a no ser a de te fazer sorrir. (Or.14) 21. No fundo, estou bem abandonada para viver, para morrer, para me curar e para ir a

    Cochichina, se o bom Deus quiser. (CA.21/26.5.2) 22. No compreendo mais nada sobre minha doena. Eis que estou melhor! Mas, eu me abandono

    e estou feliz assim mesmo. (CA.10.6) 23. At os Santos me abandonam! Pedi a Santo Antnio, durante Matinas, para encontrar nosso

    leno, que tinha perdido. Pensa que ele me ouviu? Nem deu ateno! Mas, no faz mal, disse-lhe que o amava muito mesmo assim. (CA.3.7.6)

    24. O sofrimento pode atingir os limites extremos, mas estou segura de que o bom Deus no me

    abandonar jamais. (CA.4.7.3) 25. Essa palavra de J: 'Mesmo quando Deus me matasse, esperaria ainda por Ele', fascinou-me

    desde minha infncia. Mas, demorei muito para chegar a esse grau de abandono. Agora, j cheguei; o bom Deus me colocou a, Ele me tomou nos seus braos e me ps l. (CA.7.7.3)

    26. Se minha alma no estivesse totalmente cheia, anteriormente, do abandono vontade do

    bom Deus, se fosse necessrio que me deixasse submergir pelos sentimentos de alegria ou de

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    tristeza, que se sucedem to depressa na terra, seria uma onda de dor bem amarga e eu no poderia suport-la. Mas, essas alternativas s tocam a superfcie de minha alma... Ah, elas so, contudo, grandes provaes! (CA.10.7.13)

    27. Creio que, no a Santssima Virgem quem brinca comigo nesses dias. Ela forada pelo bom

    Deus. Ento... Ele lhe diz para me provar, a fim de que eu lhe d mais testemunhos de abandono e de amor. (CA.10.7.14)

    28. No tenha pena de mim! Se me falta o ar, o bom Deus me dar a fora. Eu amo! Ele no me

    abandonar jamais! (CA.27.7.15) 29. Que me importa, se devo ficar ainda muito tempo na terra? Se sofro muito e sempre mais, no

    tenho medo, o bom Deus me dar a fora, Ele no me abandonar. (CA.31.7.14) 30. Estou bem abandonada em Deus, esperarei tanto quanto Ele quiser. (CA.1.8.5) 31. Estou pronta para tudo...Veja, contudo, que at agora no tive nada acima de minhas foras.

    preciso abandonar-se. Quisera que a senhora se alegrasse. (CA.25.8.8) 32. Eu no quero mudar, quero continuar a me abandonar ao bom Deus inteiramente. (CA.5.9.4) 33. minha Madre, eu lhe asseguro que o clice est cheio at borda!... Mas, seguramente, o

    bom Deus no vai me abandonar... Ele nunca me abandonou! (CA.30.9) Veja tambm os nn. 613, 618, 702, 710, 720, 723, 737, 837, 856, 1080, 1085, 1268, 1479, 1315,

    1545, 1744, 1747,1757, 1817, 1916, 1954, 2015, 2016, 2028, 2031,2038, 2146, 2170, 2279, 2296, 2415, 2424, 2430, 2514.

    ALEGRIA

    34.S no cu a alegria ser sem nuvens! (MA.14v) 35.Que alegria semear flores sob os passos do bom Deus! (MA.7r) 36.Derramei lgrimas bem amargas, porque no compreendia ainda a alegria do sacrifcio!

    (MA.25v) 37.Os amigos que tnhamos l eram bastante mundanos, eles sabiam demais aliar as alegrias da

    terra com o servio do bom Deus. (MA.32v) 38.Jesus queria me fazer saborear uma alegria to perfeita, quanto possvel neste vale de

    lgrimas. (MA.32v) 39.No compreenderam que, quando toda alegria do cu vem a um corao, esse corao exilado

    no pode suport-la sem derramar lgrimas. (MA.35r)

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    40.Sentia tambm o desejo de s amar o bom Deus, de s encontrar alegria nEle. (MA.36v) 41.Jesus, querendo me mostrar que eu devia me desfazer dos defeitos da infncia, retirou-me

    tambm as inocentes alegrias. (MA.45r) 42.Papai parecia gozar dessa alegria tranqila, aquela que nos d o sacrifcio cumprido. (MA.50v) 43.Na minha alma a noite tinha cessado. Jesus, acordando-se, trouxera-me de volta a alegria.

    (MA.51v) 44.Assim como os guerreiros sentiam aumentar sua coragem no meio do periga, do mesmo modo

    nossa alegria crescia na proporo da pena que, tnhamos para atingir o objeto dos nossos desejos. (MA.61r)

    45.Ah, sinto-o muito bem, a alegria no se encontra nos objetos que nos circundam, ela se

    encontra no mais ntimo da alma, pode-se, pois, possu-la quer numa priso quer num palcio, a prova que sou mais feliz no Carmelo, mesmo no meio das provaes interiores e exteriores, do que no mundo, rodeada das comodidades da vida e, sobretudo, das douras do lar paterno! (MA.65r)

    A alegria que sentia era calma, o mais leve zfiro no fazia ondular as guas tranqilas sobre as

    quais vagava meu barquinho, nenhuma nuvem escurecia meu cu azul. (MA.69v) 46.s vezes, verdade, o corao do passarinho se v assaltado pela tempestade, parece-lhe no

    crer que exista outra coisa afora as nuvens que o envolvem, ento o momento da alegria perfeita para o pobre pequeno ser fraco. (MB.5r)

    47.Todas as criaturas podem se voltar para ela, admir-la, cumul-la de louvores, no sei por que,

    mas isso no poder ajuntar uma s gota de falsa alegria verdadeira alegria, que ela saboreia em seu corao, vendo-se como ela diante aos olhos do bom Deus. (MC.2r)

    48.Existe uma alegria maior do que a de sofrer por vosso amor? (MC.7r) 49.Corro com alegria no caminho do vosso mandamento novo. (MC.16r) 50.Meu amor muito forte, mas no cu, quando l estiver, poderei lhes(aos parentes) fazer

    compreender... eis a o que faz minha alegria... (CT.17) 51.Ademais, quando penso que. por um sofrimento suportado com alegria, durante toda a

    eternidade, amar-se- melhor o bom Deus! (CT.43b) 52.Que alegria a de ver a Deus; a de ser julgada por Aquele que teremos amado acima de todas as

    coisas! (CT.56) 53.Se voc soubesse quanto minha alegria grande por no ter nenhuma (consolao) para

    agradar a Jesus!... a alegria refinada; mas, de modo algum, sentida! (CT.78) 54.Que alegria inefvel carregar nossas cruzes fracamente! (CT.82)

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    55.S encontro uma alegria, a de sofrer por Jesus, mas essa alegria no sentida est acima de toda alegria! (CT.85)

    56.Vir um dia em que as sombras desaparecero, ento s ficaro a alegria, a embriaguez!

    (CT.89) 57.Que alegria por um momento de sofrimento! (CT.91) 58.Ah, como ser bom contemplar Jesus face face, durante toda a eternidade! Sempre, sempre

    mais amor, sempre alegrias mais embriagantes... uma felicidade sem nuvem! (CT.94) 59.Que alegria para nosso corao pensar que nossa familiazinha ama to ternamente a Jesus!

    (CT.104) 60.Ah, voc pode muito bem dizer que sua recompensa ser grande nos cus, porque est escrito:

    Bem-aventurados sereis quando vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vs'. Ento, alegre-se e exulte de alegria! (CT.107)

    61.Sim, para ns as alegrias sero sempre misturadas com o sofrimento. (CT.114) 62.Oh, no h mais para mim seno alegrias celestes... alegrias onde todo o criado, que no nada,

    d lugar ao incriado, que a realidade. (CT.116) 63.Jesus me quer rfzinha, Ele quer que esteja s com Ele s, para se unir mais intimamente a

    mim e quer tambm me retribuir na Ptria as alegrias to legtimas, que me recusou no exlio! (CT.120)

    64.A figura deste mundo passa, as sombras declinam, em breve estaremos em nossa terra natal,

    em breve as alegrias de nossa infncia, as noitadas do domingo, as conversas ntimas, tudo isso nos ser dado para sempre e sem usura, Jesus nos retribuir as alegrias das quais Ele nos privou por um instante. (CT.130)

    65.Ah, no seu amor Ele escolheu para suas esposas o mesmo caminho que escolheu para Si... Ele

    quer que as mais puras alegrias se mudem em sofrimento, a fim de que, no tendo, por assim dizer, nem mesmo o tempo de respirar vontade, nosso corao se volte para Ele, pois s Ele nosso nico Sol e nossa alegria. (CT.149)

    66.Que alegria, quando nos reencontrarmos, aps o exlio da vida! (CT.154) 67.Pedirei para ela que todas suas alegrias sejam to puras, que ela possa senti-las sob o olhar de

    Deus. Pedirei, sobretudo, que ela goze da alegria incomparvel de levar uma alma para Nosso Senhor. (CT.159)

    68.Goze em paz da alegria, que o bom Deus lhe d sem se inquietar com o futuro. (CT.166) 69.Voc ver que a alegria suceder provao e que, mais tarde, ser feliz por ter sofrido.

    (CT.171)

  • 7

    70.Parece-me que, se nossos sacrifcios so cabelos que cativam Jesus, nossas alegrias tambm o so, para isso basta no se concentrar em uma felicidade egosta, mas oferecer a nosso Esposo as pequenas alegrias que Ele semeia no caminho da vida, para encantar nossas almas e elev-las para Ele. (CT.191)

    71.Eu lhes disse que, certamente seu sorriso me era mais doce do que suas melodias, porque voc

    no podia brincar e sorrir seno sofrendo, esquecendo-se de se mesmo. (CT.212) 72.So Francisco de Assis lhe ensinar o meio de encontrar a alegria no meio das provaes e dos

    combates da vida. (CT.213) 73.A alegria que os mundanos buscam nos prazeres apenas uma sombra fugidia, mas nossa

    alegria, buscada e sentida nos trabalhos e nos sofrimentos, uma doce realidade, um pregostar da felicidade do cu. (CT.221)

    74.Eu no seria to alegre como o sou, se o bom Deus no me mostrasse que, a nica alegria na

    terra cumprir sua vontade. (CT.255) 75.S o pensamento de cumprir a vontade do Senhor faz toda minha alegria. (CT.258) 76.Em vista da minha morte prxima, uma irm me fotografou para a festa de nossa Madre. As

    novias se admiraram ao verem que tenha sado com um ar muito srio. Parece que, ordinariamente, sou mais sorridente, mas acredite, meu irmozinho, que, se minha foto no lhe sorri, minha alma no cessar de lhe sorrir, quando estiver perto de voc. (CT.258)

    77.Com suas flores, Teresinha queria enviar todos os frutos do Esprito Santo, particularmente o da

    Alegria! (CT.260) 78. Viver de amor navegar sem cessar Semeando a paz, a alegria em todos os coraes (PN. 17,8) 79. Aps as alegrias vieram as lgrimas!... Foram bem grandes minhas lgrimas... De meu Esposo eu revesti as armas E sua Cruz tornou-se meu apoio Meu bem... (PN.18,19) 80. Desprezando as alegrias da terra Eu me tornei prisioneira Vi que todo prazer efmero s tu minha nica felicidade Senhor!... (PN.18bis,1) 81. Ah, que alegria, eu fui escolhida Entre os gros de puro frumento Que por Jesus perdem a vida... bem grande o meu encantamento!... (PN 25,8) 82. Ptria celeste

  • 8

    Alegrias da outra vida Vs sois o Amor! (PN 28,8) 83. Agora vtima feliz Que vos imolais ao Amor Gozai da alegria, da paz ntima De vos consumir cada dia. (PN 29,11) 84. Quando sonho com as alegrias da outra vida De meu exlio j no sinto mais o peso Pois em breve para minha nica Ptria Voarei pela primeira vez!... (PN 33,1) 85. Jogar flores oferecer como primcias Os mais leves suspiros, as maiores dores. Minhas penas e minhas alegrias, meus pequenos sacrifcios Eis minhas flores! ... (PN.34,R1) 86. A alegria se encontra no meu corao Essa alegria no efmera Eu a possuo sem retorno Como uma rosa primaveril Ela me sorri todos os dias. Minha alegria amar o sofrimento Sorrio ao versar minhas lgrimas Aceito com gratido Os espinhos misturados s flores. Minha alegria ficar na sombra me esconder, me abaixar. Minha alegria a Vontade Santa De Jesus, meu nico amor Assim, vivo sem nenhum temor Eu amo a noite quanto o dia. Minha alegria ficar pequena Assim, quando caio no caminho Posso logo me levantar E Jesus me toma pela mo Ento cobrindo-o de carcias Eu lhe digo que Ele tudo pra mim. Se, por vezes, derramo lgrimas Minha alegria escond-las muito bem Minha alegria ver Jesus sorrir Quando meu corao est exilado. Minha alegria lutar sem cessar

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    A fim de gerar os eleitos. (PN 45,2,3,4,5,6) 87. Se ele feliz, meu Deus, o anjo de asa vermelha Que aparece diante de ti brilhando de pureza Minha alegria j aqui na terra igual sua Pois tenho o tesouro da virgindade!... (PN 53,4) 88. com alegria que vos contemplarei, no ltimo dia, carregando o cetro da Cruz, pois vos

    dignastes me dar em herana essa Cruz to preciosa. (Or.6) 89.Pai eterno, vosso Filho nico, o doce Menino Jesus meu, pois vs mo destes. Eu vos ofereo os

    mritos infinitos de sua divina Infncia e vos peo, em seu Nome, para levar s alegrias do cu as inumerveis falanges de criancinhas, que seguiro eternamente o divino Cordeiro. (Or.13)

    90. Pequeno Menino, meu nico tesouro, eu me abandono a teus caprichos, no quero outra

    alegria seno a de fazer-te sorrir. (Or.14) 91.Hoje dia de licena, cantei "Minha Alegria", enquanto me vestia. (CA.7.5.1) Por que voc est to alegre, hoje? 92.Porque, hoje de manh, tive dois pequenos aperreios. Oh, muito sensveis! Nada me causa mais

    "pequenas alegrias do que "pequenos aperreios"... (CA. 19.5.1) 93.Vejo sempre o lado bom das coisas. Existem aqueles que olham as coisas de tal modo que

    sofrem mais. Para mim o contrrio. Se s tenho o puro sofrimento, se o cu est de tal modo negro que no vejo nenhum claro, pois bem, fao disso minha alegria. (CA.27.5.6)

    94.Pe. Youf me disse ainda: "Voc est resignada a morrer? Eu lhe respondi: "Ah, Padre, no

    preciso ter resignao seno para viver. Para morrer, alegria que sinto". (CA. 6.6.2) 95.Ainda quando tivesse realizado todas as obras de S. Paulo, reconhecer-me-ia como "servo

    intil", mas justamente isso que faz minha alegria, pois no tendo nada, receberei tudo do bom Deus. (CA.23.6.1)

    96.No imagine que eu sinta por morrer uma alegria viva, como, por exemplo eu sentia outrora por

    passar um ms em Trouville ou em Alenon; no sei mais o que so as alegrias intensas. Alis, no fao disso uma festa cheia de alegria. No isso que me atrai! (CA. 13.7.17)

    97.Esta noite ouvia uma msica bem distante e pensava que, em breve, ouvirei melodias

    incomparveis, mas esse sentimento de alegria foi passageiro. (CA. 13.7.17) 98.Oh, como sinto alegria ao me ver sendo destruda! (CA.14.7.10) 99.Quando me vi to doente, senti alegria por ter de sofrer como vocs. (CA.27.7.4) 100.Minha vida no foi amarga, porque soube fazer minha alegria e minha doura de toda

    amargura. (CA.30.7.9)

  • 10

    101.Desde minha primeira comunho, desde quando pedi a Jesus para me mudar em amargura todas as consolaes da terra, sentia um contnuo desejo de sofrer. No pensava, contudo, em fazer disso minha alegria; foi uma graa que me foi concedida posteriormente. (CA. 31.7.13)

    102.Ser necessrio dizer que esto, no fundo da minha alma, a alegria e o fervor... (CA. 15.8.1) 103.Se me dissessem que ia ficar curada, no pense que ficaria embaraada; ficaria contente tanto

    quanto se devesse morrer. Tenho um grande desejo do cu, mas sobretudo porque estou em uma grande paz que sou feliz, no por sentir uma alegria imensa como algumas vezes, quando o corao bate de felicidade... (CTest.51)

    A Madre e outras irms comentaram que ela era bonita e algum lhe contou o fato. 104.Ah, que significa isso para mim!? Isso significa menos que nada, enjoa-me. Quando a gente

    est to perto da morte, no pode ter alegria com isso. (CA.28.8.2) Se voc morresse amanh, no teria um pouco de medo? 105.Ah, mesmo que fosse hoje noite, no teria nenhum medo, s teria alegria! (CA.31.8.2) 106.Se voc soubesse como o pensamento de ir em breve para o cu me deixa calma. Contudo,

    estou bem feliz, mas no posso dizer que sinto uma alegria intensa e exultaes de alegria, no! (CA. 4.9.6)

    107. bem verdade! Sim, quando o posso, fao o possvel para ser alegre, para dar prazer. (CA. 6.9.2)

    A respeito de uma luta interior por causa da possvel tirada dos castanheiros do Carmelo. 108.No incio foi uma tristeza amarga e grandes combates ao mesmo tempo. Gostava tanto das

    sombras e no haveria naquele ano! Os ramos j verdes estavam, em feixes, no cho, mais nada a no ser troncos! Depois, de repente, passei por cima, dizendo-me: Se estivesse em outro Carmelo, que me importaria que cortassem, at totalmente, os castanheiros do Carmelo de Lisieux! E senti uma grande paz e uma alegria celestial! (CA.24.9.2)

    109.No sinto nenhum prazer natural em ser amada, acariciada, mas sinto um muito grande em

    ser humilhada. Quando fao uma tolice, que me humilha e que me faz ver o que sou, oh, ento, a que provo um prazer natural; sinto uma verdadeira alegria como voc sentiria em ser amada. (UC-ME-2.8)

    Veja tambm os nn. 8, 26, 31, 158, 285, 341, 458, 465, 467, 486, 503, 512, 565, 571, 619, 656, 658, 664, 691, 727, 759, 858, 865, 896, 899, 903, 915, 927, 962, 1018, 1063, 1072, 1096, 1100, 1109, 1113, 1117, 1122, 1152, 1156, 1191, 1220, 1246, 1259, 1265, 1303, 1355, 1475, 1485, 1449, 1514, 1528, 1621, 1687, 1705, 1706, 1718, 1727, 1736,1750, 1782, 1847, 1850, 1914, 1976, 1983, 2048, 2075, 2088, 2093, 2110, 2138, 2156, 2157, 2159, 2166, 2188, 2190, 2227, 2237, 2261,2351, 2352, 2353, 2355, 2390, 2395, 2396, 2398, 2399, 2405, 2415, 2418, 2419, 2420, 2421, 2466, 2481, 2490, 2524, 2546, 2578, 2639, 2652, 2712, 2720.

    AMOR

    111. Compreendi que, o amor de Nosso Senhor se revela to bem na mais simples alma, que no resiste em nada sua graa, quanto na mais sublime. (MA.2v)

  • 11

    112. Como prprio do amor se abaixar, se todas as almas parecessem como as dos Santos doutores, que iluminaram a Igreja com a claridade de suas doutrinas, parece que o bom Deus no desceria bastante ao vir aos seus coraes. (MA.2v-3r)

    113. No seu amor, Jesus quis preservar sua florzinha do sopro envenenado do mundo. (MA.3v) 114. Se Deus colocara perto de mim muito amor, colocara-o tambm no meu coraozinho,

    criando-o amante e sensvel, assim eu amava muito Papai e Mame e lhes testemunhava minha ternura de mil maneiras, pois era muito expansiva. (MA.4v)

    115. Eu amava tanto os campos, as flores e os passarinhos! (MA.14v) 116. Felizmente terei o cu para me vingar, meu Esposo muito rico e eu usarei dos seus tesouros

    de amor. (MA.29v) 117. Eu vejo que tudo vaidade e aflio de esprito sob o sol; que o nico bem amar a Deus de

    todo seu corao e ser, aqui na terra, pobre em esprito. (MA.32v) 118. Ah, como foi doce o primeiro beijo de Jesus minha alma! Foi um beijo de amor, eu me sentia

    amada e dizia tambm: 'Eu vos amo, eu me dou a vs para sempre'. (MA.35r) 119. O bom Deus me deu um corao to fiel, que quando ele ama puramente, ama para sempre.

    (MA.38r) 120. Como um corao entregue afeio das criaturas pode se unir intimamente a Deus? Sinto

    que isso no possvel. Sem ter bebido na taa envenenada do amor demasiado ardente das criaturas, sinto que no posso me enganar: vi tantas almas seduzidas por essa falsa luz, voar como pobres mariposas e queimar as asas, em seguida voltar para a verdadeira, a doce luz do amor, que lhes dava asas novas mais brilhantes e mais ligeiras. (MA.38r-38v)

    121. Ele quer que eu o ame, porque me perdoou, no muito, mas tudo. (MA.39r) 122. Teresinha crescia no amor por sua Me do cu e para lhe provar esse amor fez uma ao, que

    lhe custou muito. (MA.40r) 123. Compreendi que, se era amada na terra, o era tambm l no cu. (MA.44r) 124. Parecia-me ouvir Jesus me dizer como samaritana: D-me de beber!". Era uma verdadeira

    troca de amor; s almas eu dava o sangue de Jesus, a Jesus eu oferecia essas mesmas almas refrescadas pelo seu orvalho divino; assim me parecia matar-Lhe a sede e quanto mais eu lhe dava de beber, tanto mais a sede de minha pobre alminha aumentava e era essa sede ardente que Ele me dava, como a mais deliciosa bebida de seu amor. (MA.46v)

    125. Eu sempre amara o grande, o belo... (MA.46v) 126. Eu j pressentia o que Deus reserva queles que o amam (no com o olho do homem, mas

    com o do corao) e vendo que, as recompensas eternas no tinham nenhuma proporo com os leves sacrifcios da vida, queria amar, amar Jesus com paixo, dar-lhe mil provas de amor, enquanto ainda pudesse. Copiei vrias passagens sobre o perfeito amor e sobre a recepo que

  • 12

    o bom Deus deve fazer a seus eleitos no momento, em que Ele mesmo se tornar sua grande e eterna recompensa. Eu repetia sem cessar as palavras de amor, que tinham abrasado meu corao. (MA.47v)

    127. Sim, era bem levemente que seguamos os passos de Jesus; as fascas de amor que Ele

    semeava mancheias nas nossas almas, o vinho delicioso e forte que nos dava para beber faziam desaparecer a nossos olhos as coisas passageiras e de nossos lbios saam aspiraes de amor inspiradas por Ele. (MA.48r)

    128. A dvida no era possvel, j a F e a Esperana no eram mais necessrias, o amor nos fazia

    encontrar na terra Aquele que buscvamos. (MA.48r) 129. Porque eu era pequena e fraca, Ele se abaixava para mim e me instrua em segredo sobre as

    coisas de seu amor. (MA.49r) 130. E ficou s para o glorioso e sangrento combate, ao qual Jesus a destinava como a privilegiada

    de seu amor! (MA.49v) 131. Sobretudo, crescia no amor do bom Deus, sentia em meu corao lans desconhecidos de

    verdadeiros transportes de amor. Uma noite, no sabendo como dizer a Jesus que o amava e quanto desejava que Ele fosse amado e glorificado por toda parte, pensei, com dor, que Ele jamais poderia receber do inferno um s ato de amor; ento, disse ao bom Deus que, para lhe dar prazer, consentiria at me ver mergulhada no inferno, a fim de que Ele fosse amado eternamente naquele lugar de blasfmia. Eu sabia que isso no poderia glorific-lo, pois Ele no deseja seno nossa felicidade, mas quando se ama, sente-se a necessidade de dizer mil loucuras. (MA.52r)

    132. Se eu falava da sorte (dos eleitos), no era porque o cu excitasse meu desejo, pois, ento,

    meu cu no era outro seno o Amor. (MA.52v) 133. Como os passarinhos aprendem a cantar ouvindo seus pais, assim tambm as crianas

    aprendem a cincia das virtudes, o canto sublime do Amor Divino, junta dos almas encarregadas de form-las para a vida. (MA.53r)

    134. Esquecerei, facilmente, meus pobres interessesinhos, ao ver a grandeza e o poder do Deus, ao

    qual unicamente quero amar. (MA.58r) 135. Ah, as pobres mulheres, como elas so menosprezadas! Contudo, elas amam o bom Deus em

    maior nmero do que os homens. (MA.66v) 136. Por essa poca, fui tomada por um verdadeiro amor pelos objetos mais feios e menos

    cmodos. (MA.74v) 137. O amor da mortificao tambm me foi dado, ele foi to grande que nada do que me era

    permitido podia satisfaz-lo. (MA.74v) 138. Jesus, s te peo a paz e tambm o amor, o amor infinito sem outro limite fora de ti... o amor

    que no seja mais eu mas tu, meu Jesus! (MA.76bis) 139. Com o amor no somente avano, mas vo. (MA.80v)

  • 13

    140. Eu voei nos caminhos do amor... (MA.80v) 141. Compreendi que, sem o amor, todas as obras so nada, mesmo as mais brilhantes, como

    ressuscitar os mortos ou converter os povos. (MA.81v) 142. O bom Deus d o cntuplo, j nesta vida, s almas que, por seu amor, deixaram tudo.

    (MA.81v) 143. Agora, j no tenho mais nenhum desejo, a no ser o de amar Jesus at loucura. (MA.82v) 144. No desejo mais nem o sofrimento, nem a morte, contudo os amo a todos os dois, mas s o

    amor que me atrai. (MA.83r) 145. Como doce o caminho do amor! (MA.83r) 146. Sem dvida, pode-se cair, pode-se cometer infidelidades, mas, sabendo o amor tirar proveito

    de tudo, bem depressa consome tudo o que pode desagradar a Jesus, no deixando seno uma humilde e profunda paz no fundo do corao. (MA.83r)

    147. Parece-me que, se todas as criaturas tivessem as mesmas graas que eu, o bom Deus no

    seria temido por ningum, mas amado at loucura, e que, por amor, e, no, por temor, jamais alguma alma consentiria em lhe dar desprazer. (MA.83v)

    148. meu Deus, vosso Amor menosprezado vai permanecer no vosso Corao? Parece-me que,

    se encontrsseis almas que se oferecessem como vtimas de holocaustos ao vosso Amor, vs as consumireis rapidamente. (MA. 84r)

    149. meu Jesus, que seja eu essa feliz vtima, consumi vosso holocausto pelo fogo de vosso

    divino amor! (MA.84r) 150. Oh, como doce o caminho do Amor! (MA.84v) 151. Eternamente, cantarei o cntico sempre novo do amor! (MA.84v) 152. A harpa representa ainda Teresa que quer, sem cessar, cantar para Jesus melodias de amor.

    (MA.85v) 153. Eis tudo o que Jesus reclama de ns, Ele no tem nenhuma necessidade de nossas obras, mas

    somente de nosso amor, pois esse mesmo Deus que declara no ter necessidade de nos dizer se tem fome, no temeu mendigar um pouco de gua Samaritana. Ele tinha sede... Mas, ao dizer: d-me de beber", era o amor de sua pobre criatura, que o Criador do universo reclamava. Ele tinha sede de amor... Ah, eu o sinto mais do que nunca, Jesus est sedento, Ele s encontra ingratos e indiferentes entre os discpulos do mundo e entre seus prprios discpulos, Ele encontra, oh! poucos coraes, que se entregam a Ele sem reserva, que compreendem toda a ternura de seu Amor infinito. (MB.1v)

    154. Compreendi que o Amor englobava todas as vocaes, que o Amor era tudo, que ele abraava

    todos os tempos e todos os lugares...em uma palavra, que ele eterno! (MB.3v)

  • 14

    155. Farol luminoso do amor, eu sei como chegar a ti, encontrei o segredo de me apropriar de

    tua chama. (MB.3v) 156. Jesus, eu o sei, amor s se paga com amor, por isso busquei, encontrei o meio de aliviar

    meu corao retribuindo-te Amor por Amor. (MB.4r) 157. Sim, meu Bem-Amado, eis como se consumir minha vida... No tenho meio para te provar

    meu amor seno jogar flores, isto , no deixar escapar nenhum pequeno sacrifcio, nenhum olhar, nenhuma palavra, aproveitar todas as menores coisas e faz-las por amor. (MB.4r-4v)

    158. Eu o sinto, Jesus, depois de ter aspirado s mais elevadas regies do amor, se me for

    necessrio no atingi-las um dia, terei experimentado mais doura no meu martrio, na minha loucura, do que experimentarei no meio das alegrias da ptria, a menos que, por um milagre, tu me tires a lembrana de minhas esperanas terrestres. Ento, deixa-me gozar, durante meu exlio, das delcias do amor. (MB.4v)

    159. Jesus, Jesus, se to delicioso o desejo de te amar, que ser possuir, gozar do amor? (MB.4v) 160. Jesus, meu primeiro, meu nico Amigo, tu a quem eu amo unicamente... (MB.4v) 161. O passarinho no teme os abutres, imagens do demnio, ele no , de modo nenhum,

    destinado a se tornar presa deles, mas sim da guia, que ele contempla no centro do Sol de Amor. (MB.5v)

    162. Verbo divino, s tu a guia adorada que amo e que me fascina. (MB.5v) 163. Jesus, deixa-me, no excesso de minha gratido, deixa-me dizer que, teu amor vai at

    loucura. (MB.5v) 164. Um dia, tenho a esperana, guia adorada, tu virs buscar teu passarinho, e, voltando com ele

    para a Fornalha de Amor, tu o mergulhars, por toda a eternidade, no Abismo ardente desse Amor, ao qual ele se ofereceu como vtima. (MB.5v)

    165. Eu te suplico que escolhas uma legio de pequenas vtimas dignas de teu amor. (MB.5v) 166. Jesus, se preciso que a mesa, suja pelos pecadores, seja purificada por uma alma que vos

    ame, quero mesmo comer nela, sozinha, o po da provao at quando vos agradar me introduzir no vosso luminoso reino. (MC.6r)

    167. Parece-me que nada me impede de voar, pois no tenho mais grandes desejos a no ser o de

    amar at morrer de amor. (MC.7v) 168. Quero mesmo ficar doente durante toda minha vida, se isso d prazer ao bom Deus e

    consinto at que, minha vida seja muito longa, a nica graa que desejo que ela seja despedaada pelo amor. (MC.8r-8v)

    169. Meu Deus, por vosso amor, eu aceito tudo! (MC.9v)

  • 15

    170. Eu me aplicava sobretudo em amar a Deus e foi em O amando que compreendi que, era necessrio que meu amor no se traduzisse somente por palavras. (MC.11v)

    171. Como Jesus amou seus discpulos e por que os amou? Ah, no foram suas qualidades naturais

    que puderam atra-lo, havia entre eles e Ele uma distncia infinita. (MC.12r) 172. No bastante amar, preciso prov-lo! (MC.15v) 173. O amor se alimenta de sacrifcios. Quanto mais a alma se recusa satisfaes naturais, tanto

    mais sua ternura se torna forte e desinteressada. (MC.21v) 174. Eu amo tanto a Santssima Virgem! (MC.25v) 175. Notei (e isso bem natural) que as irms mais santas so as mais amadas. (MC.28r) 176. A resposta no se fez esperar e me mostrou que, Aquele que amo no pobre de meios.

    (MC.31r) 177. meu Jesus, a alma que se joga no oceano sem praias de vosso amor, arrasta consigo todos

    os tesouros, que possui. (MC.34r) 178. Vosso amor me preveniu desde minha infncia, cresceu comigo, e, agora, um abismo, cuja

    profundidade no posso sondar. O amor atrai o amor, por isso, meu Jesus, o meu se lana para vs, ele quisera superar o abismo que o atrai, mas, ah! apenas uma gota d'gua perdida no oceano. Para vos amar, como Vs me amais, devo tomar emprestado vosso prprio amor. (MC.35r)

    179. meu Jesus, , talvez, uma iluso, mas me parece que no podeis cumular uma alma com

    mais amor do que cumulastes a minha; por isso que ouso vos pedir para amar os que me destes como vs me amastes. Um dia, no cu, se descubro que as amais mais do que a mim, alegrar-me-ei com isso, reconhecendo, desde agora, que essas almas merecem vosso amor bem mais do que a minha; mas, aqui na terra, no posso conceber uma maior imensidade de amor do que a que vos aprouve me prodigalizar, gratuitamente, sem nenhum mrito de minha parte. (MC.35r)

    180. Para vos amar como Vs me amais, preciso tomar emprestado vosso prprio amor, ento

    somente encontro repouso. (MC.35r) 181. Eis a minha orao: peo a Jesus que me arraste para as chamas de seu amor, para me unir

    to estreitamente a Ele, que Ele viva e aja em mim. (MC.36r) 182. Sinto que quanto mais o fogo do amor abrasar meu corao, tanto mais direi: Atra-me; tanto

    mais tambm as almas que se aproximarem de mim (pobre pedao de ferro intil, se me afastasse da fornalha divina), correro com rapidez ao odor dos perfumes de seu Bem-Amado, pois uma alma abrasada de amor no pode ficar inativa. (MC.36r)

    183. Para o cordeiro e o cordeirinho necessria a palma de Ins, se no for pelo sangue, preciso

    que seja pelo amor! (CT.54)

  • 16

    184. verdade que, algumas vezes, desdenhamos, durante alguns instantes, de ajuntar nossos tesouros, , ento, o momento difcil, somos tentados a deixar tudo para l, mas com um ato de amor, mesmo no sentido, tudo fica reparado e at alm do esperado, Jesus sorri e nos ajuda, sem deixar entender e as lgrimas que os maus fazem-no derramar so enxugadas pelo nosso pobre e fraco amorzinho. (CT.65)

    185. O amor pode fazer tudo, as coisas mais impossveis no parecem difceis. Jesus no olha tanto

    a grandeza das aes, nem mesmo as suas dificuldades, quanto o amor que faz praticar esses atos. (CT.65)

    186. incrvel como meu corao me parece grande, quando considero todos os tesouros da terra,

    pois vejo que todos reunidos no poderiam content-lo, mas quando considero Jesus, como me parece pequeno. Quisera tanto am-Lo! Am-Lo mais do que Ele nunca foi amado! (CT.74)

    187. queles que amam mais, Ele d mais cruz, queles que amam menos Ele d menos! (CT.81) 188. preciso que Jesus a ame com um amor particular, para prov-la dessa maneira! (CT.81) 189. Deixemo-nos bronzear pelo Sol de seu amor... esse sol est queimando... consumamo-nos de

    amor! Oh, no deixemos nada... nada no nosso corao seno Jesus! (CT.89) 190. Um s ato de amor nos far conhecer melhor Jesus... ele nos aproximar dEle, durante toda a

    eternidade! (CT.89) 191. S temos os curtos instantes de nossa vida para amar Jesus, o diabo o sabe muito bem, por

    isso ele procura fazer que ela se consuma em trabalhos inteis. (CT.92) 192. Ah, se voc soubesse como o bom Deus ofendido! Sua alma bem talhada para consol-

    LO... ame-O at loucura, por todos aqueles que no O amam! (CT.93) 193. Como fez Jesus para desapegar assim nossas almas de todo o criado? Ah, Ele deu um grande

    golpe!... mas, um golpe de amor! Deus admirvel, mas sobretudo amvel, amemo-lo portanto... amemo-lo bastante para sofrer por Ele tudo que Ele quiser, mesmo os sofrimentos da alma, a aridez, as angstias, as friezas aparentes... ah, um grande amor, amar Jesus sem sentir a doura desse amor! (CT.94)

    194. S Jesus ; tudo o mais no ... amemo-Lo at loucura! (CT.96) 195. Somos pouca coisa... contudo, Jesus quer que a salvao das almas dependa de nossos

    sacrifcios, de nosso amor... (CT.96) 196. S h uma coisa a se fazer durante a noite, a nica noite da vida que s vir uma vez, amar.

    Amar Jesus com todas as foras de nosso corao e salvar almas, para que Ele seja amado. Oh, fazer Jesus amado! (CT.96)

    197. Como voc ser feliz, quando puder um dia contemplar na glria a bebida misteriosa com

    que desalterou seu Noivo celeste; quando voc vir seus lbios, outrora secos, abrirem-se para lhe dizer a nica e eterna palavra de Amor...o Muito obrigado que no ter fim! (CT.98)

  • 17

    198. Agora, somos rfs, mas podemos dizer com amor: Pai nosso, que estais nos cus". Sim, resta-nos ainda o nico tudo de nossos almas. (CT.101)

    199. Pea a Jesus que, a menor, que a ltima no seja a ltima a am-Lo com todo seu poder de

    amar! (CT.104) 200. Jesus quer nos fazer beber seu clice at a ltima gota... no lhe recusemos nada, Ele tem

    tanta necessidade de amor e est to sedento, que espera de ns a gota d'gua que deve refresc-lo! (CT.107)

    201. Preparemos para Jesus um vinho novo, que lhe mate a sede, que lhe retribua amor por

    amor! (CT.108) 202. Quanto a mim, no conheo outro meio para chegar perfeio a no ser o Amor... Amar,

    como o nosso corao bem feito para isso!... Por vezes, busco outra palavra para exprimir o amor, mas na terra do exlio as palavras so impotentes para expressarem todas as vibraes da alma, por isso preciso se ater a essa palavra nica: Amar! (CT.109)

    203. Mas, a quem nosso corao faminto de amor vai prodigaliz-lo? Ah, quem ser bastante

    grande para isso? Um ser humano poder compreend-lo? E, sobretudo, saber retribu-lo? S existe um ser que possa compreender a profundeza dessa palavra: Amar!... S nosso Jesus sabe nos retribuir infinitamente mais do que lhe damos! (CT.109)

    204. Consolar Jesus, faz-lo amado pelas almas! Jesus est doente e preciso observar que a

    doena do amor s se cura com o amor! (CT.109) 205. O tabernculo a casa de amor, onde nossas almas esto enclausuradas. (CT.109) 206. Meu Noivo no me diz nada e eu tambm no lhe digo nada, a no ser que O amo mais do

    que a mim, e sinto, no fundo do meu corao, que verdade, pois sou mais d'Ele do que de mim! (CT.110)

    207. Parece-me que o amor pode suprir uma longa vida. Jesus no olha o tempo, porque este no

    existe no cu, Ele s deve olhar o amor. (CT.114) 208. No peo amor sensvel, mas somente sentido por Jesus. Oh, am-Lo e faz-Lo amado, como

    isso doce! (CT.114) 209. A noivinha de Jesus sente que ama Jesus s por Ele. (CT.115) 210. Consolemos Jesus de todas as ingratides das almas e, por nosso amor, faamo-Lo esquecer

    suas dores. (CT.119) 211. Foi s Jesus quem conduziu esse negcio, foi Ele, e eu reconheci seu toque de amor.

    (CT.120) 212. Parece-me que o bom Deus no tem necessidade de anos, para realizar sua obra de amor em

    uma alma, um raio de seu corao pode, em um instante, fazer desabrochar sua flor para a eternidade! (CT.124)

  • 18

    213. Aquele que ama Jesus toda sua famlia. Ele encontra nesse corao nico, que no tem semelhante, tudo que deseja. Ele encontra nele seu cu! (CT.130)

    214. Quanto mais avanamos na vida, tanto mais amamos Jesus! (CT.132) 215. Quanto mais Teresa aprende a amar Jesus, tanto mais tambm sua ternura se torna grande

    para com seus parentes queridos. (CT.133) 216. Jesus tem por ns um amor to incompreensvel, que deseja que tenhamos parte com Ele na

    salvao das almas. (CT.135) 217. Jesus s tem pequenos instrumentos de msica para tocar sua melodia de amor, contudo

    sabe se servir de todos aqueles, que Lhe so apresentados. (CT.140) 218. Como fcil agradar a Jesus, fascinar seu corao, basta am-Lo sem se olhar para si mesmo,

    sem examinar demais seus defeitos. (CT.142) 219. Ele lhe ensina a jogar na banca do amor ou, antes, Ele joga por ela sem lhe dizer como se sai,

    pois isso negcio dele. (CT.142) 220. Quero, pelo menos, dizer-lhe muitas vezes, que o amo. No difcil e isso sustenta o fogo,

    mesmo quando esse fogo de amor me parecesse estar para se apagar. Quisera jogar nele alguma coisa e Jesus saberia muito bem, ento, reacend-lo. (CT.143)

    221. Seu barco est em pleno mar, talvez j perto do porto. O vento de dor que o impele um

    vento de amor e esse vento mais rpido do que o relmpago. (CT.144) 222. "Vinde, benditos de meu Pai! Porque tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes

    de beber. Era um estrangeiro e me acolhestes. Estava na priso, doente e me socorrestes". Foi Jesus mesmo quem pronunciou essas palavras, Ele que quer nosso amor, quem o mendiga. (CT.145)

    223. Jesus no quer que o amemos pelos seus dons, Ele mesmo que deve ser nossa recompensa.

    (CT.145) 224. Jesus ama voc com um amor to grande, que se voc o visse, cairia em um xtase de

    felicidade, que lhe provocaria a morte, mas voc no o v e sofre... (CT.145) 225. Todos os mais belos discursos dos maiores santos seriam incapazes de fazer brotar um s ato

    de amor de um corao, que no fosse possudo por Jesus. (CT.147) 226. Tudo nos leva para Ele, as flores que crescem margem do caminho no cativam nossos

    coraes, ns as olhamos, ns as amamos, pois elas nos falam de Jesus, de seu poder, de seu amor, mas nossas almas ficam livres. (CT.149)

    227. No seu amor, Ele escolheu para suas esposas o mesmo caminho que escolheu para Si.

    (CT.149) 228. Jesus, quem o fez to pequeno? O amor! (CT.162)

  • 19

    229. Jesus est bem contente com voc, eu o sinto, se Ele o deixa ainda ver algumas infidelidades

    no seu corao, estou bem segura de que os atos de amor, que Ele recolhe, so mais numerosos. (CT.164)

    230. Qual das Teresas ser a mais fervorosa?... Aquela que for a mais humilde, a mais unida a

    Jesus, a mais fiel em fazer todas suas aes por amor! (CT.164) 231. Tudo grande na vida religiosa... apanhar do cho um alfinete por amor pode converter uma

    alma. Que mistrio! (CT.164) 232. Pea para que Ele me abrase com o fogo de seu amor, a fim de que eu possa, em seguida,

    ajud-lo a acend-lo nos coraes. (CT.189) 233. Se lhe tiro os apoios humanos para que somente eu encha seu corao to amante!

    (CT.190) 234. Eu no digo para se separar completamente das criaturas, de menosprezar seu amor, suas

    atenes, mas, ao contrrio, digo para aceit-los para me dar prazer, para se servir delas como degraus, pois, distanciar-se das criaturas s serviria para uma coisa, isto , caminhar e se perder nas veredas da terra. (CT.190)

    235. Eu lhe asseguro que, o bom Deus bem melhor do que voc cr. Ele se contenta de um olhar,

    de um suspiro de amor. (CT.191) 236. Ah, ns que vivemos na lei do amor, como no aproveitarmos das amorosas avanadas que

    nos faz nosso Esposo? (CT.191) 237. Saibamos reter prisioneiro esse Deus, que se tornou mendigo do nosso amor. (CT.191) 238. Ele nos mostra que as menores aes feitas por amor so as que encantam seu corao.

    (CT.191) 239. Minha nica arma o amor e o sofrimento. (CT.193) 240. Compreendo muito bem que, s o amor pode nos tornar agradveis ao bom Deus, que esse

    amor o nico bem que ambiciono. (CT.196) 241. Eis, pois, tudo o que Jesus reclama de ns, Ele no tem, de modo algum, necessidade de

    nossas obras, mas somente de nosso amor. (CT.196) 242. Ao dizer: D-me de beber", era o amor de sua pobre criatura que o Criador do universo

    reclamava. Ele tinha sede de amor!" (CT.196) 243. Sinto, mais do que nunca, que Jesus est sedento, Ele s encontra ingratos e indiferentes

    entre os discpulos do mundo, e entre os seus prprios discpulos Ele encontra poucos coraes, que se entregam a Ele sem reserva, que compreendem toda a ternura de seu amor infinito. (CT.196)

  • 20

    244. Como voc pode me perguntar, se lhe possvel amar o bom Deus como eu o amo? (CT.197) 245. Compreenda que, para amar Jesus, ser sua vtima de amor. quanto mais se fraco, sem

    desejos, nem virtudes, tanto mais se est apropriado s operaes desse Amor consumidor e transformador. (CT.197)

    246. Sim, tenho a esperana de que, depois de longos anos passados nos trabalhos apostlicos,

    aps ter dado a Jesus amor por amor, vida por vida, voc Lhe dar tambm sangue por sangue! (CT.201)

    247. Trabalhemos juntos pela salvao das almas, s temos o nico dia desta vida para salv-las e

    dar assim ao Senhor provas de nosso amor. (CT.213) 248. Eu lhe peo para no se esquecer de mim junto dEle, se tiver a felicidade de v-Lo antes de

    mim. A nica coisa que lhe solicito para pedir para minha alma a graa de amar Jesus e de faz-Lo amado tanto quanto isso me possvel. (CT.218)

    249. O que Lhe pedimos trabalhar pela Sua glria, am-Lo e faz-Lo amado. (CT.220) 250. No cu desejarei a mesma coisa que na terra: amar Jesus e faz-Lo amado! (CT.220) 251. Teresa do Menino Jesus, que a menor, mas que no tem menos amor! (CT.222bis) 252. Procuro fazer que minha vida seja um ato de amor e no me inquieto mais em ser uma

    alminha, pelo contrrio, alegro-me com isso. (CT.224) 253. Para uma carmelita, pensar em uma pessoa que ama rezar por ela. (CT.225) 254. ' minha Irm, eu lhe suplico, pea a Jesus que eu tambm o ame e que o faa amado.

    Quisera am-Lo no com um amor ordinrio, mas como os Santos que faziam loucuras por ele. (CT. 225)

    255. Como duvidar de que o bom Deus possa abrir as portas de seu reino a seus filhos, que o

    amaram at sacrificar tudo por Ele, que no somente deixaram suas famlias e suas ptrias para faz-Lo conhecido e amado, mas ainda desejam dar suas vidas por Aquele que amam? Jesus tinha mesmo razo em dizer que no h maior amor do que esse! (CT.226)

    256. Por que o bom Jesus to doce para comigo? Por que Ele nunca me censura? Ah,

    verdadeiramente h o de que morrer de gratido e de amor! CT.230) 257. S conto com o amor, pea ao bom Jesus que todas as oraes, que esto sendo feitas por

    mim, sirvam para aumentar o Fogo que deve me consumir. (CT.242) 258. Que o divino Menino Jesus encontre em sua alma uma morada toda perfumada de rosas do

    Amor. (CT.246) 259. Esquea de tudo que no seja Jesus, esquea-se de si mesmo por Seu amor! (CT.251)

  • 21

    260. O que me atrai para a Ptria dos cus o apelo do Senhor, a esperana de am-Lo enfim como tenho tanto desejado e o pensamento que poderei faz-Lo amado por uma multido de almas, que o bendiro eternamente. (CT.254)

    261. Para aqueles que O amam e que vm, aps cada indelicadeza, pedir-Lhe perdo jogando-se

    nos seus braos, Jesus exulta de alegria. (CT.261) 262. Que sua vida seja toda de humildade e de amor, a fim de que, em breve, voc venha para

    onde eu vou: para os braos de Jesus! (CT.264) 263. Tu o sabes, meu Deus, para te amar nesta terra, Eu s tenho dia de hoje! (PN.5,1) 264. Viver de Amor te guardar Verbo incriado, Palavra de meu Deus! (PN.17,2) 265. Trindade, vs sois prisioneira de meu amor! (PN.17,2) 266. Viver de amor no nesta terra Armar sua tenda no cume do Tabor. com Jesus subir o Calvrio, olhar a cruz como tesouro! (PN.17,4) 267. Viver de amor dar sem medida, Sem reclamar do salrio aqui na terra. (PN.17,5) 268. Eu dei tudo ao Corao divino, Transbordante de ternura Ligeiramente corro... no tenho mais nada Seno minha nica riqueza: viver de amor! (PN.17,5) 269. Viver de amor banir todo temor Toda lembrana das faltas passadas. (PN.17,6) 270. Eis o meu cu... eis o meu destino: Viver de Amor!!! (PN.17,15) 271. Jesus s te peo a paz e tambm o amor, o amor infinito, sem outro limite seno Tu mesmo, o

    amor que no seja mais eu mas tu, meu Jesus! (Or.2) 272. santa Madalena, obtende-me a graa que minha vida seja unicamente um ato de amor.

    (Or.5) 273. Eu vos ofereo todas as batidas do meu corao, como outros tantos atos de amor e de

    reparao e os uno aos vossos mritos infinitos. (Or.7) 274. Amanh, com a ajuda de vossa graa, recomearei uma nova vida, da qual cada instante ser

    um ato de amor e de renncia. (Or.7)

  • 22

    275. De vossa Boca adorada ouvimos uma lamria amorosa; compreendendo que a sede que vos consome uma sede de Amor, queramos, para matar vossa sede, possuir um Amor infinito... Esposo Bem-Amado de nossas almas, se tivssemos o amor de todos os coraes, todo esse amor seria para vs... Pois bem, dai-nos esse amor e vinde matar a sede em vossas esposinhas... (Or.12)

    276. Sou prisioneira de vosso Amor, eu, livremente, fechei a corrente que me une a Vs e me

    separa para sempre do mundo ... (Or.17) 277. meu Jesus, lutarei por vosso amor at noite da minha vida. (Or.17) 278. Se, por impossvel, o bom Deus mesmo no visse minhas boas aes, eu no ficaria de modo

    nenhum aflita. Eu O amo tanto, que quisera lhe dar prazer, mesmo que Ele no soubesse que fora eu. (CA.9.5.3)

    279. Aceito tudo por amor do bom Deus, mesmo todas as espcies de pensamentos

    extravagantes, que me vm ao esprito. (CA.4.6.3) 280. Morrer ser minha felicidade, viver o ser ainda, porque no quero seno o que quer o bom

    Deus, tudo por seu amor. (CTest.6-5.6) 281. Como a senhora quer que eu tenha medo de algum, que amo tanto?! (CA.7.7.1) 282. Pois bem, eu comeava minha Via Sacra e eis que, de repente, fui tomada por um to violento

    amor pelo bom Deus, que no posso explicar seno dizendo que, era como se me tivessem jogado toda inteira no fogo. Oh, que fogo e que doura ao mesmo tempo! Eu ardia de amor e sentia que um minuto, um segundo a mais, no teria podido suportar aquele ardor sem morrer. (CA.7.7.2)

    283. Desde a idade de 14 anos, que tive tambm assaltos de amor. Ah, como eu amava o bom

    Deus! Mas, no como depois do meu oferecimento ao Amor, no era uma verdadeira chama que ardia. (CA.7.7.2)

    284. O amor vale mais do que a admirao. (CA.12.7.2) 285. Esta noite, ouvi bem longe, do lado da estao, uma bela msica e pensei que, em breve,

    ouviria melodias bem mais suaves, mas esse sentimento de alegria foi apenas passageiro. Desde muito tempo, alis, no sei mais o que uma alegria viva e me impossvel fazer festa de alegria. No isso que me fascina, no posso pensar muito na minha felicidade, penso somente no Amor que receberei e que poderei dar" (16.7. - CTest..25)

    (Que, ento, a fascina?) 286. -Oh, o Amor! Amar, ser amada e voltar terra... (18.7.-.CTest.35) Voc tratada com muito amor? 287. -Sim, eu o vejo bem... uma imagem do amor que o bom Deus tem por mim. Eu s lhe dei

    amor, ento Ele me retribui com amor e ainda no terminou, Ele me retribuir mais, em breve. (CA.22.7.1)

  • 23

    288. Inclinando-me um pouco, vi, imediatamente, o sol se pondo e que soltava seus ltimos raios de fogo sobre a natureza e as copas das arvores pareciam todas douradas. Eu disse a mim mesma: Assim minha alma aparece toda brilhante e dourada, porque est exposta aos raios do Amor. (NV.25.7.6)

    289. No sou egosta, ao bom Deus que amo e, no, a mim. (CA.27.7.12) 290. Muitssimas vezes, quando o posso, repito meu oferecimento ao Amor. (CA.29.7.9) bem duro sofrer tanto, isso deve impedir qualquer pensamento. 291. -No, isso no me impede ainda de dizer ao bom Deus que eu O amo. Acho que suficiente.

    (CA.30.7.8) 292. Oh, como o bom Deus pouco amado nesta terra!... mesmo pelos padres e pelos

    religiosos...No, o bom Deus no muito amado... CA.7.8.2) 293. Se mesmo por amor que olho o cu, por amor pelo bom Deus, pois tudo que fao, os

    movimentos, os olhares, tudo, desde meu oferecimento, por amor. (CA.8.8.2) 294. Sim, amo o meu penar... Amo tudo o que o bom Deus me d. (CA.14.8.1) 295. Oh, como teria querido ser enfermeira, no por natureza mas 'por uma atrao da graa'! Eu

    teria gosto por tudo e poria muito amor, pensando na palavra do bom Deus: Estive doente e voc me visitou'. (CA.20.8.3)

    296. No desejo ver o bom Deus nesta terra., contudo, eu o amo! Amo tambm muito a Santssima

    Virgem e os Santos e no desejo v-los tambm. (CA.11.9.7) 297. Eu disse tudo... tudo est consumado!...S amor conta! (NV.29.9.6) 298. E eu no me arrependo de me ter entregado ao Amor... Oh, no, eu no me arrependo, pelo

    contrrio! (CA.30.9) 299. Meu Deus, eu vos amo! (ltimas palavras de Sta.Teresinha). Veja tambm os nn. 8, 18, 23, 27, 28, 40, 49, 51, 52, 53, 59, 60, 66, 79, 83, 84, 87, 110, 302, 304,

    324, 325, 345, 349, 350, 374, 386, 387, 432, 442, 458, 461, 520, 542, 552, 554, 556, 557, 558, 561, 571, 573, 584, 589, 601, 603, 604, 608, 626, 631, 834, 640, 642, 652, 657, 659, 670, 671, 681, 684, 691, 692, 704, 705, 716, 722, 723, 725, 753, 754, 757, 764, 775, 776, 777, 801, 803, 810, 813, 821, 832, 838, 839, 841, 848, 854, 856, 860, 863, 880, 887, 888, 900, 908, 915, 930, 931, 935, 945, 948, 951, 953, 968, 988, 1011, 1029, 1041, 1042, 1046, 1049, 1050, 1051, 1052, 1055, 1058, 1077, 1091, 1092, 1096, 1099, 1102, 1111, 1112, 1113, 1116, 1117, 1118, 1122, 1123, 1127, 1139, 1161, 1162, 1169, 1171, 1189, 1205, 1208, 1224, 1262, 1294, 1299, 1317, 1354, 1359, 1360, 1383, 1409, 1439, 1440, 1442, 1443, 1450, 1453,1461, 1464, 1475, 1476, 1477, 1486, 1503, 1508, 1511, 1514, 1515, 1523, 1526, 1528, 1543, 1545, 1548, 1549, 1550, 1564, 1568, 1574, 1575, 1576, 1580, 1587, 1593, 1595, 1596, 1597, 1600, 1601, 1608, 1612, 1615, 1617, 1650, 1651, 1652, 1659, 1660, 1663, 1664, 1665, 1666, 1667, 1668, 1669, 1684, 1688, 1690, 1691, 1695, 1697, 1698, 1699, 1701, 1715, 1716, 1718, 1`720, 1722, 1729, 1734, 1786, 1791, 1795, 1797, 1798, 1801, 1802, 1806, 1810, 1812, 1814, 1818, 1820, 1850, 1853,

  • 24

    1859, 1863, 1871, 1876, 1887, 1888, 1889, 1891, 1896, 1911, 1925, 1929, 1936, 1939, 1945, 1983, 1991, 1995, 1999, 2013, 2014, 2015, 2016 2043, 2066,2068, 2076, 2078, 2080, 2097, 2098, 2102, 2107, 2111, 2127, 2149, 2159, 2187, 2190, 2194, 2197, 2199, 2200, 2204, 2210, 2221, 2242, 2246, 2248, 2251, 2255, 2260, 2266, 2291, 2296, 2297, 2303, 2312, 2315, 2329, 2331, 2338, 2344, 2345, 2354, 2360, 2367, 2369, 2376, 2385, 2387, 2390, 2393, 2395, 2397, 2398, 2400, 2404, 2406, 2407, 2408, 2410, 2412, 2438, 2447, 2448, 2450, 2454, 2455, 2458, 2460, 2493, 2510, 2514, 2519, 2225, 2527, 2530, 2537, 2538,2549, 2558, 2587, 2595, 2604, 2612, 2613, 2614, 2615, 2617, 2620, 2628, 2685, 2686, 2688, 2696, 2698, 2712,

    ASCENSOR

    300. Quisera encontrar um ascensor para me elevar at Jesus, porque sou pequena demais para

    subir a rude escadaria da perfeio. Ento, procurei nos Livros santos a indicao do ascensor, objeto de meu desejo, e li estas palavras sadas da boca da Sabedoria Eterna: Se algum pequenino, que venha a mim...O ascensor que deve me elevar at o cu, so vossos braos, Jesus! Por isso, no tenho necessidade de crescer, pelo contrrio preciso que fique pequena, que me torne pequena cada vez mais. (MC.3r)

    301. O Anjo que Jesus enviou, antes de mim, para me preparar o caminho que conduz ao cu, o

    ascensor que devia me elevar sem fadiga s regies infinitas do amor. (CT.229) 302. Compreendi, mais do que nunca, a que ponto sua alma irm da minha, pois ela chamada a

    se elevar para Deus pelo ascensor do amor e, no, a subir a dura escadaria do temor. (CT.258) 303. A senhora me dizia que... eu era querida particularmente do bom Deus, que ele no me fizera

    subir, como aos outros, a dura escada da perfeio, mas que ele me pusera em um ascensor, para que chegasse, mais rapidamente, at Ele. (CA 21/26.5.11)

    Veja tambm o n. 2031.

    TOMO

    304. Porque no posso encontrar nenhuma criatura que me contente, quero dar tudo a Jesus, no quero dar s criaturas nem sequer um tomo de meu amor. (CT 76)

    305. Reze, para que sua filhinha no recuse a Jesus um tomo de seu corao. (CT 76)

    306. Teu tomo, Divino Corao Te d sua vida Eis sua paz, sua felicidade Te fascinar, Senhor! (PN 15, r) Veja tambm os nn 548, 1049, 1197, 1384, 1386.

  • 25

    BRINQUEDO

    307. Quando eu queria ver minhas duas filhinhas bem conciliadas uma com a outra, em vez de lhes prometer brinquedos e bombons quela que cedesse seu lugar sua irm, eu lhes falava das

    recompensas eternas, que o Menino Jesus daria no cu s criancinhas bem comportadas... (MA.52v)

    308. Desde algum tempo, eu me oferecera ao Menino Jesus para ser seu brinquedinho, dissera-lhe

    para no se servir de mim como de um brinquedo de valor, que as crianas se contentam em olhar sem ousar toc-lo, mas como de uma bolinha sem nenhum valor que podia jogar no cho, pisar com o p, furar, deixar em um canto ou, ento, apertar sobre seu corao se isso lhe desse prazer... (MA.64r)

    309. Em Roma, Jesus furou seu brinquedinho. Ele queria ver o que havia dentro e, depois que o viu,

    contente com sua descoberta, deixou cair sua bolinha e adormeceu... Que fez ele durante seu doce sono e que aconteceu com a bolinha abandonada?... Jesus sonhou que se divertia ainda com seu brinquedo, ora o deixando, ora o pegando e, depois que o tinha jogado bem longe, ele o apertava sobre seu corao, no permitindo mais que ele se distanciasse de sua mozinha... A senhora compreende quanto a bolinha estava triste em se vendo no cho!... Contudo, eu no cessava de esperar contra a esperana. (MA.64v)

    310. Ele deixou no cho sua bolinha, sem mesmo lanar para ela um olhar... (MA.67v) 311. preciso que seja o Menino Jesus que prepare tudo, para que sua bolinha role para onde ele

    quer. (CT.34) 312. Eu sou a bolinha do Menino Jesus; se ele quiser quebrar seu brinquedo ele livre; sim, quero

    tudo que ele quiser. (CT.36) 313. Pea a Jesus que eu seja bem generosa durante meu retiro, ele me criva de picadas de

    alfinetes, a pobre bolinha no pode mais, de todas as partes ela tem preguinhos, que a fazem sofrer mais do que se ela tivesse um grande!... (CT.74)

    314. Eu lhe dizia que as crianas no sabem o que querem. Jesus age assim com sua bolinha... Eu

    sei bem por que, que s ele fascinante em toda a fora do termo, ele quer mostrar sua bolinha que ela se enganaria se buscasse em outro lugar uma sombra de beleza que tomaria pela prpria beleza!... (CT.76)

    315. O cordeiro se engana crendo que o brinquedo de Jesus no est nas trevas; ele est

    mergulhado nelas. (CT.78) 316. O brinquedo de Jesus a prpria fraqueza, se Jesus no o carrega, ou no joga ele mesmo

    sua bolinha, ela ficar l inerte, no mesmo lugar!... (CT.79) 317. Voc se lembra, talvez, que antigamente eu gostava de me chamar "o brinquedinho de Jesus",

    agora, ainda fico feliz por s-lo, somente que pensei que o divino Menino tinha muitas outras almas, cheias de virtudes sublimes, que se diziam "seus brinquedos", ento pensei que elas eram seus belos brinquedos e que minha pobre alma era apenas um brinquedinho sem valor... para me consolar, disse para mim mesma que, muitas vezes as crianas tm mais prazer com seus

  • 26

    brinquedinhos que eles podem deixar ou pegar, quebrar ou beijar segundo suas fantasias, do que com outros de um valor muito maior, que eles quase no ousam tocar. (CT.176)

    318. Quer ser nesta terra O brinquedo do Menino divino?... Minha irm, deseja agradar-lhe? Fique na sua mozinha. Se o amvel Menino a acaricia Se ele a aproxima do seu corao, E se, por vezes, ele a deixa De tudo faa sua felicidade. Procure sempre seus caprichos Voc encantar os olhos divinos A partir de agora todas suas delcias Sero seus desejos infantis... (RP 5,12)

    CARIDADE

    319. Senti a caridade entrar em meu corao, a necessidade de me esquecer de mim mesma para

    dar prazer e, desde ento, fui feliz! (MA.45v) 320. A caridade me deu a chave de minha vocao. (MB.3v) 321. Este ano, o bom Deus me deu a graa de compreender o que a caridade. Eu a compreendia,

    verdade, mas de uma maneira imperfeita, ainda no aprofundara esta palavra de Jesus: "O segundo mandamento semelhante ao primeiro: amars teu prximo a como a ti mesmo". (MC.11v)

    322. Compreendo, agora, que a caridade perfeita consiste em suportar as faltas dos outros, em

    no se admirar com suas fraquezas, em se edificar com os menores atos de virtude que eles praticam, mas, sobretudo, compreendi que a caridade no deve ficar fechada no fundo do corao: Ningum, disse Jesus, acende uma lmpada para p-la debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, a fim de que ilumine a todos que esto em casa. Parece-me que essa lmpada representa a caridade que deve iluminar, alegrar, no somente os que me so mais caros, mas todos aqueles que esto em casa, sem excetuar ningum. (MC.12r)

    323. Meditando as palavras de Jesus, compreendi quanto meu amor por minhas irms era

    imperfeito, vi que no as amava como o bom Deus as ama. (MC.12r) 324. Sim, eu o sinto, quando sou caridosa, Jesus s quem age em mim; quanto mais estou unida

    a Ele, tanto mais amo todas minhas irms. (MC.12v) 325. Ah, Senhor, sei que no me ordenais nada impossvel, conheceis melhor do que eu a minha

    fraqueza, minha imperfeio, saberei bem que jamais poderia amar minhas irms como vs as

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    amais, se Vs mesmo, meu Jesus, no as amsseis em mim! porque quereis me conceder essa graa, que fizestes um mandamento novo. Oh, como o amo, pois ele me d a segurana de que vossa vontade de amar em mim todos aqueles, que me ordenais amar! (MC.12v)

    326. Digo com S.Paulo: No me importo de ser julgado por nenhum tribunal humano. No me julgo

    a mim mesmo. Quem me julga o Senhor. Assim, para me tornar esse julgamento favorvel ou, antes, a fim de no ser julgada mesmo, quero sempre ter pensamentos caridosos, pois Jesus disse: No julgueis e no sereis julgados. (MC.13v)

    327. A senhora pode pensar que a prtica da caridade no me difcil. verdade, desde alguns

    meses no devo mais lutar, para praticar esta bela virtude; no quero dizer com isso que no me acontece cometer algumas faltas... (MC.13v)

    328. H na comunidade uma irm que tem o talento de me desagradar em todas as coisas, suas

    maneiras, suas palavras, seu carter, parecem-me muito desagradveis. Contudo, uma santa religiosa, que deve ser muito agradvel ao bom Deus. Assim, no querendo ceder antipatia natural que sentia, disse para mim mesma que, a caridade no devia consistir nos sentimentos, mas nas obras, ento me pus a fazer por essa irm o que faria pela pessoa que mais amo. Cada vez que a encontrava, rezava por ela ao bom Deus, oferecendo-lhe todas suas virtudes e seus mritos. (MC.13v-14r)

    329. Naturalmente, a gente fica feliz quando d um presente a um amigo, gosta-se sobretudo de

    fazer surpresas, mas isso no , de modo nenhum, caridade, pois os pecadores o fazem tambm. (MC.15v)

    330. Quando nos pedem gentilmente, no custa dar, mas se, por infelicidade, no usam palavras

    bastante delicadas, logo a gente se revolta, se no est firme na caridade. (MC.15v) 331. S a caridade pode dilatar meu corao. Jesus, desde que essa doce chama o consome,

    corro com alegria no caminho de vosso mandamento novo... (MC.16r) 332. Nem sempre possvel, no Carmelo, praticar letra as palavras do evangelho. s vezes, se

    obrigado, por causa dos trabalhos, a recusar um servio, mas quando a caridade tem profundas razes na alma, ela se mostra no exterior. (MC.18r)

    333. Minha Madre, Jesus concedeu esta graa sua filha, a de lhe fazer penetrar as misteriosas

    profundezas da caridade; se ela pudesse exprimir o que compreende, a senhora ouviria uma melodia do cu. (MC.18v)

    334. Desde quando fiquei doente, os cuidados que a senhora tem me prodigalizado me instruram

    mais ainda sobre a caridade. Nenhum remdio lhe parece caro, se ele no serve, a senhora, sem desanimar, tenta outra coisa. Quando ia ao recreio, que ateno a senhora tinha para que eu ficasse bem alojada e no sofresse com as correntes de ar.... Pensando em todas essas coisas, disse para mim mesma que, deveria ser to compreensiva com as enfermidades espirituais de minhas irms, quanto a senhora o , cuidando de mim com tanto amor. (CA.27v)

    335. Devo procurar no recreio, com licena, a companhia das irms que me so menos agradveis,

    realizar junto a essas almas feridas o ofcio do bom Samaritano. Uma palavra, um sorriso amvel, bastam, muitas vezes, para desanuviar uma pessoa triste; mas no absolutamente para atingir

  • 28

    esse fim que quero praticar a caridade, pois sei que logo ficaria desencorajada: uma palavra que, tivesse dito com a melhor das intenes, seria talvez interpretada totalmente ao contrrio. Assim, para no perder meu tempo, quero ser amvel com todo o mundo (particularmente com as irms menos amveis) para alegrar Jesus... (MC.28r-28v)

    336. Que festim pode oferecer uma carmelita s suas irms a no ser um festim espiritual,

    composto de caridade amvel e alegre? Quanto a mim, no conheo outro... (MC.28v) 337. Lembro-me de uma ato de caridade que o bom Deus me inspirou a fazer, quando era ainda

    novia. Era pouca coisa, contudo, nosso Pai que v no secreto, que olha mais a inteno do que a grandeza da ao, j me recompensou, sem esperar a outra vida. (MC.28v)

    338. Eu no queria perder uma to bela ocasio de praticar a caridade, lembrando-me de que

    Jesus dissera: O que fizerdes ao menor dos meus a mim que tereis feito. (MC.29r) 339. Talvez a senhora se admire que eu lhe escreva sobre esse pequeno ato de caridade, passado

    j h tanto tempo. Ah, se o fao porque sinto que devo cantar, por causa dele, as misericrdias do Senhor. Ele se dignou me deixar sua lembrana como um perfume, que me leva a praticar a caridade. Para gozar durante mil anos das festas mundanas, no teria dado os dez minutos empregados em cumprir meu humilde ofcio de caridade. (MC.30r)

    340. Quando conduzia minha Irm S.Pedro, eu o fazia com tanto amor que me seria impossvel

    faz-lo melhor se devesse conduzir o prprio Jesus. (MC.30r) 341. No foi sempre com esses transportes de alegria que pratiquei a caridade. (MC.30r) 342. A prtica da caridade no me foi sempre doce! (MC.30r) 343. Ele se faz pobre, a fim de que possamos Lhe fazer a caridade, Ele nos estende a mo como um

    esmoler, a fim de que, no dia radioso do juzo, quando aparecer na sua glria, possa nos fazer ouvir estas doces palavras: Vinde, benditos de meu Pai, porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber... (CT.145)

    344. Tudo vai bem, a criancinha um bravo que merece ombreiras de ouro. Mas, que nunca mais

    ela se abaixe para lutar com pedrinhas, indigno dela... Sua arma deve ser a Caridade. (CT.200) 345. Que o divino Menino Jesus encontre em sua alma uma morada toda perfumada dos rosas do

    amor, que ele encontre ainda a lmpada ardente da caridade fraterna, que aquecer seus pequenos membros gelados, que alegrar seu pequeno corao, fazendo-lhe esquecer a ingratido das almas, que no o amam bastante. (CT.246)

    346. Viver de amor navegar sem cessar Semeando a paz, a alegria em todos os coraes Piloto Amado, a caridade me incita Pois te vejo nas almas, minhas irms A caridade, eis minha nica estrela sua luz navego sem rodeio Minha divisa est escrita na minha vela: "Viver de amor!". (PN.17,8)

  • 29

    347. Sou feliz, no ofendo de modo algum o bom Deus durante minha doena. H pouco, escrevia

    sobre a caridade e, muitssimas vezes, vieram me perturbar; ento procurei no me impacientar absolutamente e pr em prtica o que escrevia. (CA.15.6.5)

    348. Praticamos bem mais a caridade com uma pessoa que nos menos simptica. Ah, como

    sabemos arranjar mal nossos pequenos negcios na terra! (UC./MSC.28.7.1) 349. Para passar a vida no amor do bom Deus, no se deve faltar caridade para com o prximo.

    (UC./MSC.28.7.2) Veja tambm os nn. 718, 954, 1235 1333, 1525, 1739, 1777, 1894, 2017, 2474, 2519, 2707.

    CARMELO

    . No seu amor, Jesus quis preservar sua florzinha do sopro envenenado do mundo; apenas sua corola comeara a se entreabrir e logo este divino Salvador a transplantou para a montanha do

    Carmelo. (MA.4v) . Todas as tardes, eu fazia um pequeno passeio com papai; fazamos juntos nossa visita aos

    Santssimo Sacramento, visitando cada dia uma nova igreja. Foi assim que entrei, pela primeira vez, na capela do Carmelo. Papai me mostrou as grades do coro, dizendo-me que, por trs delas, estavam as religiosas. Estava bem longe de pensar que, nove anos mais tarde, estaria entre elas. (MA.14r)

    . A senhora me explicou a vida do Carmelo, que me pareceu muito bela. Repassando no meu

    esprito tudo que a senhora me disse, senti que o Carmelo era o deserto, aonde o bom Deus queria que eu fosse tambm me esconder. Eu o senti com tanta fora, que no houve a menor dvida no meu corao: no era um sonho de criana que se deixa levar, mas a certeza de um chamado divino. Queria ir para o Carmelo s por Jesus! (MA.26r)

    . Foi naquele dia que recebi cumprimentos pela segunda vez. Irm Teresa de Sto. Agostinho, tendo

    vindo me ver, no se cansava de dizer que eu era graciosa. Eu no esperava vir para o Carmelo para receber louvores, por isso, aps a conversa na portaria, no parei de repetir ao bom Deus que, era por Ele somente que queria ser carmelita. (MA.26v)

    . Ah, como sofri no locutrio do Carmelo! (MA.27r) . O bom Deus que queria, sem dvida, purificar-me e, sobretudo, humilhar-me, deixou-me neste

    martrio ntimo at minha entrada no Carmelo, onde o Padre de nossas almas me tirou todas minhas dvidas como se fosse com a mo e, desde ento, estou perfeitamente tranqila. (MA.28v)

    . Meu tio no estava contente, ele dizia que, ao invs de me fazer pensar no Carmelo, seria

    necessrio afast-lo de meu esprito, mas eu sentia o contrrio, isto , que era a esperana de ser um dia carmelita que me fazia viver. (MA.29v)

  • 30

    . Sim, a Florzinha ia renascer para a vida, o Raio luminoso, que a esquentara, no devia parar seus benefcios; ele no agiu de imediato, mas docemente, suavemente levantou sua flor e a fortificou de tal sorte que, cinco anos aps, ela desabrochava sobre a montanha frtil do Carmelo. (MA.30v)

    . Na manh do dia em que eu devia ir ao locutrio, refletindo sozinha no meu leito, eu me

    perguntei que nome teria quando estivesse no Carmelo; sabia que havia uma Irm Teresa de Jesus, contudo meu belo nome de Teresa no podia ser-me tirado. De repente, pensei no Menino Jesus, que amava tanto e me disse: Oh, como seria feliz chamar-me Teresa do Menino Jesus! (MA.31r-31v)

    . ... isso me produzia o efeito contrrio ao do Carmelo, onde tudo me dilatava a alma. (MA.43v) . Quando da entrada de Maria no Carmelo, eu era ainda bem escrupulosa. No podendo mais me

    confiar a ela, dirigi-me para o lado do cu. (MA.44r) . No sei como eu me embalava com o doce pensamento de entrar no Carmelo, estando ainda nos

    cueiros da infncia! (MA.44v) . Como diz So Joo da Cruz, em seu cntico: No tinha nem guia, nem luz, exceto aquela que

    brilhava no meu corao, essa luz me guiava mais seguramente do que a do meio-dia no lugar, onde me esperava Aquele que me conhece perfeitamente. Esse lugar era o Carmelo! (MA.49r)

    . Atravs de minhas lgrimas, eu lhe confiei meu desejo de entrar no Carmelo, ento suas lgrimas

    vieram se juntar s minhas, mas ele no disse nenhuma palavra para me afastar de minha vocao, contentando-se simplesmente em me observar que, era ainda muito jovem parta tomar uma determinao to grave. Mas, defendi to bem minha causa que, com a natureza simples e reta de papai, ele ficou logo convencido que meu desejo era o de Deus mesmo e, na sua f profunda, exclamou que Deus lhe dava uma grande honra ao lhe pedir suas filhas. (MA.50r)

    . Lembro-me perfeitamente da ao simblica, que meu Rei querido fez sem o saber.

    Aproximando-se de um muro pouco elevado, ele me mostrou pequenas flores brancas semelhantes a lrios em miniatura e tomando uma dessas flores, ele ma deu, explicando-me com que cuidado o bom Deus a fizera nascer e a conservara at quele dia. Ouvindo-o falar, pensava escutar minha histria, tanta semelhana havia entre o que Jesus fizera pela florzinha e por Teresinha... Recebi aquela florzinha como uma relquia e vi que, em querendo colh-la, Papai puxara-a com todas suas razes sem quebr-las, ela, pois, parecia destinada a viver ainda em outra terra mais frtil do que o musgo tenro, em que se passaram suas primeiras manhs... Era bem essa mesma ao, que Papai acabara de fazer para mim alguns instantes antes, permitindo-me escaler a montanha do Carmelo e deixar o doce vale, testemunha de meus primeiros passos na vida. (MA.50v)

    . Aps ter obtido o consentimento de Papai, acreditara poder voar, sem medo, para o Carmelo,

    mas bem dolorosas provaes devia ainda provar minha vocao. (MA.50v) . Era contrrio prudncia humana, dizia ele, deixar entrar no Carmelo uma criana de 15 anos,

    sendo essa vida de carmelita, aos olhos do mundo, uma vida de filsofo, seria fazer muito mal religio deixar uma criana, sem experincia, abra-la... Todo o mundo falaria disso. (MA.51r)

  • 31

    . Sa do presbitrio toda em lgrimas, felizmente era protegida pela minha sombrinha, porque

    chovia a cntaros. Papai no sabia como me consolar... ele prometeu levar-me a Bayeux, logo que eu desejasse e, como estava decidida a ir at o fim, disse-lhe que iria at o Santo Padre, se o Bispo no quisesse me permitir entrar no Carmelo, aos quinze anos. (MA.52r)

    . Antes de entrar no Carmelo, tive muitas experincias sobre a vida e as misrias do mundo.

    (MA.53v) . Hoje, quando gozo da solido do Carmelo (repousando-me sombra dAquele que to

    ardentemente desejei), acho que, comprei minha felicidade sem muitos sacrifcios e estaria pronta a suportar bem maiores penas para conquist-la, se no a tivesse ainda! (MA.53v)

    . O Bispo me perguntou, se fazia muito tempo que eu desejava entrar no Carmelo. - Oh, sim,

    sr. Bispo, muito tempo... -Vejamos, disse rindo Mons. Rvrony, voc no pode sempre dizer que h 15 anos tem esse desejo!. - verdade, respondi, sorrindo tambm, mas no h muitos anos a tirar, pois desejei fazer-me religiosa desde o despertar de minha razo e desejei o Carmelo logo que o conheci, porque nesta Ordem achava que, todas as aspiraes de minha alma seriam realizadas. (MA.54v)

    . Logo que cheguei em Lisieux, fui buscar consolao no Carmelo. (MA.55v) . Como bela a vocao, que tem como finalidade conservar o sal destinado s almas! Essa

    vocao a do Carmelo, pois o nico fim de nossas oraes e de nossos sacrifcios ser a apstola dos apstolos, rezando por eles, enquanto evangelizam as almas com suas palavras e, sobretudo, com seus exemplos. (MA.56r)

    . Crescendo, compreendera que era no Carmelo que me seria possvel encontrar, verdadeiramente,

    o manto da Santssima Virgem e era para essa montanha frtil, que tendiam todos meus desejos. (MA.57r)

    . Contemplando todas essas belezas, nascia em minha alma pensamentos bem profundos. Parecia-

    me compreender j a grandeza de Deus e as maravilhas do cu... A vida religiosa me aparecia tal qual ela com suas sujeies, seus pequenos sacrifcios cumpridos em segredo. Compreendia quanto fcil dobrar-se sobre si mesmo, esquecer o objetivo sublime de sua vocao e me dizia: mais tarde, na hora da provao, quando prisioneira no Carmelo, no poderei contemplar seno um pedacinho do cu estrelado, lembrar-me-ei do que vejo hoje; esse pensamento me dar coragem, esquecerei meus pobres pequenos interesses, vendo a grandeza e a potncia do Deus, a quem quero amar unicamente. (MA.58r)

    . Eu no temia, esperava que o reino do Carmelo me pertencesse em breve. (MA. 62v) . Santssimo Padre, em honra de vosso jubileu, permiti-me entrar no Carmelo, aos 15 anos!

    (MA.63v) . Durante todo o curso de nossa viagem, alojamo-nos em hotis principescos, jamais fora cercada

    de tanto luxo, bem o caso de dizer que, a riqueza no d felicidade, pois teria sido mais feliz sob um teto de sap com a esperana do Carmelo, do que ao lado de tetos dourados, escadas de mrmore branco, tapetes de seda, com a amargura no corao. (MA.65r)

  • 32

    . Na manh do grande dia, aps ter lanado um ltimo olhar sobre os Buissonnets, este ninho

    gracioso de minha infncia, que no devia mais rever, parti de braos com meu querido Rei, para escalar a montanha do Carmelo. (MA.69r)

    . O bom Deus me deu a graa de no ter nenhuma iluso ao entrar no Carmelo; encontrei a vida

    religiosa tal qual eu a imaginara. (MA.69v) . Declarei aos ps de Jesus Hstia, no exame que precedeu minha profisso, o que vim fazer no

    Carmelo: Vim para salvar as almas e, sobretudo, a fim de rezar pelos padres. (MA.69v) . A Florinha transplantada para a montanha do Carmelo devia desabrochar sombra da cruz.

    (MA.71r) . Ah, longe de nos separar, as grades do Carmelo uniam mais fortemente nossas almas, tnhamos

    os mesmos pensamentos, os mesmos desejos, o mesmo amor de Jesus e das almas! (MA.73v) . ... havia a regra para ser observada... enfim, eu estava no Carmelo e no mais nos Buissonnets,

    sob o teto paterno!... (MA.75r) . Achava a vida do Carmelo muito bela, mas o demnio me inspirava a certeza de que ela no fora

    feita para mim, que eu enganava os superiores avanando pelo caminho para o qual no fora chamada... (MA.76r)

    . No tendo podido vos convidar para a bno nupcial, que lhes foi dada na montanha do

    Carmelo, aos 8 de setembro de 1890, (s a corte celeste foi admitida), sois, no obstante, rogados a vos fazer presentes ao retorno das Npcias, que acontecer Amanh, Dia da Eternidade, no qual Jesus, Filho de Deus, vir sobre as nuvens do cu no brilho de sua majestade. (MA.77v)

    . A senhora sabe quanto amo as flores, fazendo-me prisioneira aos 15 anos, renunciei para sempre

    felicidade de correr nos campos esmaltados pelos tesouros da primavera; pois bem, jamais possu tantas flores como desde minha entrada no Carmelo! (MA.81v)

    . Havia uma florzinha chamada Nielle dos Trigos, que no a encontrara mais desde quando vim

    morar em Lisieux, desejava muito rever essa flor de minha infncia, que eu colhia nos campos de Alenon. Foi no Carmelo que ela veio me sorrir e me mostrar que, nas menores coisas como nas grandes, o bom Deus d o cntuplo, desde esta vida, s almas, que por seu amor deixaram tudo. (MA.81v)

    . Jamais as austeridades do Carmelo tinham me parecido to deliciosas, a esperana de ir para o

    cu me transportava de alegria. (MC.5r) . No foi para viver com minhas irms, que vim para o Carmelo, foi unicamente para responder ao

    apelo de Jesus. Ah, eu pressentia bem que devia ser um motivo de sofrimento contnuo viver com suas irms, quando no se quer ceder em nada natureza! (MC.8v)

  • 33

    . Se me fosse necessrio, um dia, deixar meu caro Carmelo, ah, no seria sem dor! Jesus no me deu um corao insensvel e justamente porque ele capaz de sofrer, que desejo que ele d a Jesus tudo o que pode dar. (MC.10r)

    . Ah, no era na inteno de prestar servios ao Carmelo que quisesse me receber, que eu deixaria

    tudo que me caro; sem dvida, que faria tudo que dependesse de mim, mas conheo minha incapacidade e sei que, fazendo o que pudesse, no conseguiria fazer bem feito, no tendo, como dizia, nenhum conhecimento das coisas da terra. (MC.10v)

    . Sem dvida, no Carmelo no encontramos inimigos, mas enfim h simpatias, sentimo-nos atradas

    por uma irm, enquanto faramos um grande rodeio para no encontrar outra e, assim, sem mesmo o saber, essa se torna objeto de perseguio. (MC.15v)

    . Eu a divertiria, creio, se lhe contasse todas minhas aventuras nos jardins do Carmelo, pois no sei

    se pude escrever dez linhas sem ser perturbada. (MC.17v) . No sempre possvel, no Carmelo, praticar ao p da letra as palavras do evangelho, somos, s

    vezes, obrigadas, por causa dos deveres, a recusar um servio. (MC.18r) . O bom Deus me fez passar por muitas provaes, antes de me deixar entrar no Carmelo! (CT.36) . Quando Jesus me tiver colocado na praia bendita do Carmelo, quero me dar todinha a ele, s

    quero viver para ele! (CT.43B) . S desejo uma coisa, quando estiver no Carmelo, sofrer sempre por Jesus! (CT.43B) . Quando penso que, dentro de oito dias, completarei quatro meses no Carmelo, no posso

    acreditar, parece-me que sempre estive aqui, mas, por outro lado, parece-me que foi ontem a minha entrada. Como tudo passa!... (CT.58)

    . No, prefervel para mim estar no Carmelo, aqui, pelo menos, posso pedir tanto quando quiser

    quele que, s ele, pode dar a consolao... (CT.59) . Sua Rainha pensa continuamente no senhor e reza, durante todo o dia, pelo seu Rei. Estou muito

    feliz no doce ninho do Carmelo e no desejo mais nada na terra, exceto ver meu Rei querido completamente curado, mas sei por que o bom Deus nos envia essa provao, para ganhar o belo cu... (CT.68)

    . Meu corao sempre o mesmo, creio que, desde minha entrada no Carmelo, ele se tornou

    ainda mais terno e mais amante... (CT.70) . Reze por sua filhinha, a fim de que ela no abuse das graas, que o bom Deus lhe concede no

    frtil vale do Carmelo. (CT.71) . Que felicidade poder lhe enviar, este ano, meus votos de feliz ano novo, do Reino do Carmelo!

    (CT.72) . O Menino Jesus do Carmelo pobre, mas no cu ele nos mostrar suas riquezas... (CT.90)

  • 34

    . A vida do Carmelo to eremtica, que a pobre solitariazinha no sabe nunca em que data ela se encontra... (CT.98)

    . Pela quarta vez, da solido do Carmelo que sua Teresa vem lhe desejar feliz aniversrio...

    (CT.127) . Desde que se encontra sobre a montanha do Carmelo, sua Teresinha sente ainda melhor, se isso

    possvel, a afeio que lhe tem. (CT.133) . Como me sinto feliz, porque voc est usando o santo Escapulrio! um sinal de predestinao;

    ademais, no est voc assim mais intimamente unida s suas irmsinhas do Carmelo? (CT.166) . Jesus disse que, o reino dos cus sofre violncia e que s os violentos o recebem, aconteceu o

    mesmo comigo quanto ao reino do Carmelo. Antes de ser prisioneira, foi-me necessrio viajar bem longe, para conseguir a priso que preferia a todos os palcios da terra. (CT.201)

    . Sua conduta era prudente e no duvido que, em me provando, ele cumpriu a vontade de Deus,

    que queria me fazer conquistar a fortaleza do Carmelo ponta de espada. (CT.201) . No Carmelo mudamos, algumas vezes, os objetos de piedade, um bom meio para impedir que

    nos apeguemos a eles. (CT.263) . Mais tarde, nos dias de minha juventude, De Jesus eu ouvi o apelo!... Na vossa inefvel ternura, Me mostrastes o Carmelo. Vem, minha filha, s generosa, Dizeis a mim com doura, Ao meu lado, sers feliz, Vem te imolar pelo teu Salvador. (PN.7,2) . Ah, muito tempo faz, bem longe da arca santa Meu pobre corao desejava o Carmelo! Eu o achei, agora nada mais de medo Estou gozando aqui das primcias do cu!... (PN.11,1) . Ah, pelo Conquistador das almas Quero me imolar no Carmelo E por Ele espalhar as chamas Que Jesus trouxe do cu. (PN.35,5) . Jesus, nosso Irmozinho, Por ns deixas o belo cu! Mas tu sabes bem, teu viveiro Divino Menino o Carmelo! (PN.43,3) . s em meio a sacrifcios Que se pode amar no Carmelo. Um dia, cercadas de delcias,

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    Nos amaremos l no cu. (PS.7,2) . Por Jesus, o Exilado do cu, Eu no encontrei no mundo Seno uma indiferena profunda Eis por que venho ao Carmelo. (RP.5,1r) . L longe, sob outros horizontes, Malgrado a geada e a neve J se douram as cearas Que o divino Menino protege. Mas, ah, para recolh-las Precisa-se de almas ardentes Ceifeiros desejosos de sofrer Mofando do ferro e das chamas Natal! Natal! Venho ao Carmelo! Sabendo que meus votos so os vossos. Ao doce Salvador, Gerai, minha irm, Um grande nmero de almas apostlicas. (RP.5,2r) . Jesus encontrou suas delcias Neste Carmelo. Mas, para pagar suas sacrifcios Ele tem seu belo cu! (RP.5,4r) . No, eu nunca vi nada que me agrade tanto... As festas do Carmelo tm um encanto especial, o

    esprito de famlia, sobre