santa maria da feira // tradição mantém-se desde 1911 há ... · temos um acontecimento pro- ......

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Correio da Feira 25.MAR.2013 24 Santa Maria da Feira // Tradição mantém-se desde 1911 Há 102 anos a celebrar a Semana Santa A Semana Santa antecede a Pás- coa, a quem os judeus chamam PÉSAH. A esta palavra dá-se o significado de “saltar a pé coxi- nho”, lembrando a passagem do Anjo exterminador que, no Egipto, saltava a casa dos judeus para só ferir as casas dos egípcios; daí o sentido derivado de “golpe”, infligido aos egípcios pelo Anjo exterminador, quando os judeus eram por eles escravizados . Pas- sou depois a designar a festa, que celebrava este acontecimento histórico. O ponto culminante do ano litúr- gico cristão é a Semana Santa, onde celebramos o Mistério da Paixão, Morte e Ressureição de Jesus Cristo. É a ‘semana maior’ para os cristãos: inicia-se com a celebração da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém, que ocorre no Domingo de Ramos, e tem o seu epicentro na Vigília Pascal, na noite de Sábado Santo para Domingo de Páscoa. A semana Santa de Santa Maria da Feira, constitui-se nesta altura numa das referências do chamado Tu- rismo Religioso em Portugal. Tudo terá começado em 1911, logo após a implantação da Re- pública, uma vez que há quinze anos que, na então vila da Feira, não se realizavam as tocantes e soleníssimas cerimónias da Semana Santa. Quando “a mesa da confraria do S.S. Sacramento realizou este ano as cerimónias de quinta-feira Santa com um brilho desusado e uma imponência poucas vezes vista. Os sacrifícios não se pou- param aos irmãos da referida confraria que procuraram por todos os meios realçar e fazer fulgir em todo o esplendor esta solenidade, na quinta-feira e sexta-feira Santa, num período extraordinariamente complicado para a Igreja Católica. Segundo os jornais da época à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira, a concorrência de fiéis foi extraordinária, calculando-se que fosse superior a 4000 pessoas. A Confraria do S.S .Sacramento na pessoa do seu muito digno Juiz e à Santa Casa da Misericórdia na do seu provedor digníssimo firmamos o nosso respeitoso e merecido preito de reconheci- mento pela sua obra de levar a cabo a realização de tão impor- tante festividade”. Todavia A Semana Santa em Santa Maria da Feira nos moldes em que se conhece, foi criada em 1997, por iniciativa do Grupo Gólgota, em colaboração com a Paróquia e a Santa Casa da Misericórdia da cidade e apoiada pelo Município, assim como por outras forças vivas, civis ou reli- giosas.Congrega vários eventos, que valorizam o rico património espiritual e cultural que envol- ve este importantíssimo ciclo litúrgico de todos os cristãos: a ‘Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém – na cidade humana’, a Procissão do Triunfo ou das Endoenças, a ‘Via-Sacra’, Vigília Pascal e Compasso. A cidade preparou-se logo no início da Quaresma, com a co- locação das Cruzes e pendões nas fachadas criando assim um cenário de maior envolvimento da população nestas celebrações. “A cruz é a bandeira do crente. O crente tem orgulho na cruz”. As cruzes são revestidas com panos roxos, seguindo-se na decoração com ramos verdes no Domingo de Ramos, e no, Sá- bado Santo, são decorada com flores, dia em que também são retirados o pendão roxo. No Dia de Ramos, as atenções estiveram viradas para os mais novos. A par de dezenas de ac- tores do grupo Gólgota, centenas de crianças e jovens animam o percurso, desde a Igreja Matriz até ao Seminário dos Passionis- tas, recriando os vários quadros da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém e na Cidade Humana, sempre acompanhados por uma multidão que acena a Jesus. Aqui são encenados cinco quadros, de uma forma muito realista e interventiva em termos culturais, sociais e religiosos. Procissão do Triunfo ou das Endoenças Na Quinta-feira Santa celebra-se a Última Ceia de Jesus e o Lava- pés. Vivendo em clima de Paixão, a Igreja, em vigília ao Santíssimo, recorda os sofrimentos de Jesus, por isso, com a Celebração da Instituição da Eucaristia. A Procissão do Triunfo das En- doenças ou Ecce Homo decorre da Igreja da Misericórdia/Igreja Matriz. Aqui o Coro do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, interpreta como vem sendo habi- tual há dezenas de anos, músicas adequadas à Paixão de Cristo. A Procissão regressa de novo a Igreja da Misericórdia ao som da marcha lenta da banda de música. Esta é uma procissão que vale a pena ser vista, uma vez que cons- titui um dos momentos importan- tes da Semana Santa A Sexta-Feira Santa é marcada pela realização da Via-Sacra ao Vivo, desde o Palácio da Justiça até ao Castelo. Nesta encenação, o povo acompanha os diversos quadros, mostrando-se sensível aos valores e princípios eviden- ciados, sentindo e vivendo os acontecimentos importantíssimos da vida de Jesus, relacionados com a sua condenação injusta, com a sua morte dolorosíssima na cruz e com a sua ressurreição. Vigília Pascal No Sábado Santo, a Igreja ce- lebra em júbilo a Vigília Pascal, ‘a mãe de todas as vigílias’, a noite da Ressurreição de Cristo, abrindo assim as portas da alegria da Páscoa que se prolongará por cinquenta dias, com as Vigílias Pascais na Igreja Paroquial e na Igreja dos Passionistas. Queima do Judas. Em Santa Maria da Feira tam- bém no Sábado de Aleluia, temos um acontecimento pro- fano fortemente enraizado, em que de uma forma burlesca e recreativa de se vingar daquele que foi o traidor. No lugar da Velha, constituía um motivo de descontracção na tarde do Sá- bado de Aleluia, servindo para alegrar o povo e reconstituir a morte trágica do enforcamento de Judas que e claramente o símbolo perpétuo da traição e renegação. A Queima do Judas era, pois, uma maneira absurda e farsante de se vingar do trai- dor de Jesus. Visita Pascal ou Compasso No domingo e segunda-feira de Pascoa decorre a Visita Pascal ou Compasso Aqui temos a recriação de uma tradição que está muito arreigada no Norte de Portugal, mas cujo significado, na prática, ninguém consegue apurar. Todavia, esta tradição está basicamente ligada à celebração da Páscoa. Como afirma Geraldo Coelho Dias “a sua origem, devemos procurá-la na benção das casas, que, na Idade Média, o pároco fazia às casas dos seus paroquia- nos, em recordação das casas dos hebreus ou judeus benzidas no Egipto e defendidas pela pro- tecção do anjo exterminador, que marcou com sangue a soleira ou dintel das suas casas (Ex. 12,21- 23). Daqui nasceu a prática da bênção das casas entre os judeus pela Páscoa, costume que, depois, passou aos cris- tãos, originando o solene rito da Visita Pascal ou Compasso, isto é, a bênção feita pelo páro- co com o acompanhamento da Cruz, em que o Senhor tinha padecido (Crux cum passo Domino). Deriva desta prática a importância do cargo de Juiz da Cruz nas nossas paróquias, que deu origem à Confraria do Subsi- no (a Cruz e não o sino de tocar), aquela que tomava o encargo de velar pela Igreja e pelo enterro dos cristãos. Foi a partir dela que no Liberalismo se formou a Junta de Paróquia e, na República, a Junta de Freguesia, que, com as leis higiénicas dos enterros fora das igrejas, herdou o encargo de zelar pelo cemitério” . Outros aspectos da programação da Semana Santa A Semana Santa trouxe mais um concerto de Gospel à Igreja dos Passionistas, a 23 de março, com o Saint Dominic’s Gospel Choir. Teremos ainda a “Última Ceia”, interpretada pelo grupo de ex- pressão Passionista Gólgota, a 27 de março pelas 21h30, nos claustros do Convento dos Lóios, na Igreja Matriz. Destacamos um aspecto iné- dito na programação, as visitas guiadas à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira , datada do século XVI, onde os visitantes descobrirão os tesouros deste imponente templo . As visitas decorrerão no Sábado Santo, 30 de Março: 10h00; 11h00; 15h00 e 16h0. Marcará ainda a programação a exposição “Cristus”, patente no Salão Nobre da Junta de Fre- guesia da Feira, com trabalhos de escultura do artista feirense Silva Pereira. Roberto Carlos Centenas de pessoas assistiram, no último sábado, ao lançamento do livro “Viagem Medieval em Terra de Santa Maria – A História e as Estórias”, da autoria do feirense Paulo Sérgio Pais. O livro proporciona uma viagem pelas 16 edições do evento (1996 – 2012), durante a qual o autor partilha factos e curiosidades, mas também emoções e vivências, con- tadas na primeira pessoa, que permitem demonstrar a evolução do maior evento de recriação histórica do País – a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. O Café Trovador, em Santa Maria da Feira, foi pequeno para acolher todos quantos participa- ram, na última sexta-feira, ao lançamento do livro, “Política e Coisas Piores”, do fundador do Clube dos Pensadores, Joaquim Jorge. O autor não deixou de comentar a vida actual e falou sobre os políticos e os partidos. “Queremos um país para quem vive em Portugal, e não, para quem nos governa seja que governo for” – disse, salientando: “o país precisa de uma redefini - ção ética, cívica e moral em tudo”, pelo que “sonhar é preciso, o tesouro de todos os sonhos. Porém é preciso pensar o tesouro de todos os pensamentos que nos leva à mudança”. Fotolegenda

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Correio da Feira25.MAR.201324

Santa Maria da Feira // Tradição mantém-se desde 1911

Há 102 anos a celebrar a Semana Santa A Semana Santa antecede a Pás-coa, a quem os judeus chamam PÉSAH. A esta palavra dá-se o significado de “saltar a pé coxi-nho”, lembrando a passagem do Anjo exterminador que, no Egipto, saltava a casa dos judeus para só ferir as casas dos egípcios; daí o sentido derivado de “golpe”, infligido aos egípcios pelo Anjo exterminador, quando os judeus eram por eles escravizados . Pas-sou depois a designar a festa, que celebrava este acontecimento histórico.O ponto culminante do ano litúr-gico cristão é a Semana Santa, onde celebramos o Mistério da Paixão, Morte e Ressureição de Jesus Cristo. É a ‘semana maior’ para os cristãos: inicia-se com a celebração da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém, que ocorre no Domingo de Ramos, e tem o seu epicentro na Vigília Pascal, na noite de Sábado Santo para Domingo de Páscoa. A semana Santa de Santa Maria da Feira, constitui-se nesta altura numa das referências do chamado Tu-rismo Religioso em Portugal. Tudo terá começado em 1911, logo após a implantação da Re-pública, uma vez que há quinze anos que, na então vila da Feira, não se realizavam as tocantes e soleníssimas cerimónias da Semana Santa.Quando “a mesa da confraria do S.S. Sacramento realizou este ano as cerimónias de quinta-feira Santa com um brilho desusado e uma imponência poucas vezes vista. Os sacrifícios não se pou-param aos irmãos da referida confraria que procuraram por todos os meios realçar e fazer fulgir em todo o esplendor esta solenidade, na quinta-feira e sexta-feira Santa, num período extraordinariamente complicado para a Igreja Católica.Segundo os jornais da época à

Igreja Matriz de Santa Maria da Feira, a concorrência de fiéis foi extraordinária, calculando-se que fosse superior a 4000 pessoas. A Confraria do S.S .Sacramento na pessoa do seu muito digno Juiz e à Santa Casa da Misericórdia na do seu provedor digníssimo firmamos o nosso respeitoso e merecido preito de reconheci-mento pela sua obra de levar a cabo a realização de tão impor-tante festividade”. Todavia A Semana Santa em Santa Maria da Feira nos moldes em que se conhece, foi criada em 1997, por iniciativa do Grupo Gólgota, em colaboração com a Paróquia e a Santa Casa da Misericórdia da cidade e apoiada pelo Município, assim como por outras forças vivas, civis ou reli-giosas.Congrega vários eventos, que valorizam o rico património espiritual e cultural que envol-ve este importantíssimo ciclo litúrgico de todos os cristãos: a ‘Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém – na cidade humana’, a Procissão do Triunfo ou das Endoenças, a ‘Via-Sacra’, Vigília Pascal e Compasso. A cidade preparou-se logo no início da Quaresma, com a co-locação das Cruzes e pendões nas fachadas criando assim um cenário de maior envolvimento da população nestas celebrações. “A cruz é a bandeira do crente. O crente tem orgulho na cruz”. As cruzes são revestidas com panos roxos, seguindo-se na decoração com ramos verdes no Domingo de Ramos, e no, Sá-bado Santo, são decorada com flores, dia em que também são retirados o pendão roxo. No Dia de Ramos, as atenções estiveram viradas para os mais novos. A par de dezenas de ac-tores do grupo Gólgota, centenas de crianças e jovens animam o percurso, desde a Igreja Matriz

até ao Seminário dos Passionis-tas, recriando os vários quadros da Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém e na Cidade Humana, sempre acompanhados por uma multidão que acena a Jesus. Aqui são encenados cinco quadros, de uma forma muito realista e interventiva em termos culturais, sociais e religiosos.

Procissão do Triunfo ou das EndoençasNa Quinta-feira Santa celebra-se a Última Ceia de Jesus e o Lava-pés. Vivendo em clima de Paixão, a Igreja, em vigília ao Santíssimo, recorda os sofrimentos de Jesus, por isso, com a Celebração da Instituição da Eucaristia.A Procissão do Triunfo das En-doenças ou Ecce Homo decorre da Igreja da Misericórdia/Igreja Matriz. Aqui o Coro do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, interpreta como vem sendo habi-tual há dezenas de anos, músicas adequadas à Paixão de Cristo. A Procissão regressa de novo a Igreja da Misericórdia ao som da marcha lenta da banda de música.Esta é uma procissão que vale a pena ser vista, uma vez que cons-titui um dos momentos importan-tes da Semana Santa A Sexta-Feira Santa é marcada pela realização da Via-Sacra ao Vivo, desde o Palácio da Justiça até ao Castelo. Nesta encenação, o povo acompanha os diversos quadros, mostrando-se sensível aos valores e princípios eviden-ciados, sentindo e vivendo os acontecimentos importantíssimos da vida de Jesus, relacionados com a sua condenação injusta, com a sua morte dolorosíssima na cruz e com a sua ressurreição.

Vigília PascalNo Sábado Santo, a Igreja ce-

lebra em júbilo a Vigília Pascal, ‘a mãe de todas as vigílias’, a noite da Ressurreição de Cristo, abrindo assim as portas da alegria da Páscoa que se prolongará por cinquenta dias, com as Vigílias Pascais na Igreja Paroquial e na Igreja dos Passionistas.

Queima do Judas. Em Santa Maria da Feira tam-bém no Sábado de Aleluia, temos um acontecimento pro-fano fortemente enraizado, em que de uma forma burlesca e recreativa de se vingar daquele que foi o traidor. No lugar da Velha, constituía um motivo de descontracção na tarde do Sá-bado de Aleluia, servindo para alegrar o povo e reconstituir a morte trágica do enforcamento de Judas que e claramente o símbolo perpétuo da traição e renegação. A Queima do Judas era, pois, uma maneira absurda e farsante de se vingar do trai-dor de Jesus.

Visita Pascal ou CompassoNo domingo e segunda-feira de Pascoa decorre a Visita Pascal ou CompassoAqui temos a recriação de uma tradição que está muito arreigada no Norte de Portugal, mas cujo significado, na prática, ninguém consegue apurar. Todavia, esta tradição está basicamente ligada à celebração da Páscoa. Como afirma Geraldo Coelho Dias “a sua origem, devemos procurá-la na benção das casas, que, na Idade Média, o pároco fazia às casas dos seus paroquia-nos, em recordação das casas dos hebreus ou judeus benzidas no Egipto e defendidas pela pro-tecção do anjo exterminador, que marcou com sangue a soleira ou dintel das suas casas (Ex. 12,21-23). Daqui nasceu a prática da

bênção das casas entre os judeus pela Páscoa, costume que, depois, passou aos cris-tãos, originando o solene rito da Visita Pascal ou Compasso, isto é, a bênção feita pelo páro-co com o acompanhamento da Cruz, em que o Senhor tinha padecido (Crux cum passo Domino). Deriva desta prática a importância do cargo de Juiz da Cruz nas nossas paróquias, que deu origem à Confraria do Subsi-no (a Cruz e não o sino de tocar), aquela que tomava o encargo de velar pela Igreja e pelo enterro dos cristãos. Foi a partir dela que no Liberalismo se formou a Junta de Paróquia e, na República, a Junta de Freguesia, que, com as leis higiénicas dos enterros fora das igrejas, herdou o encargo de zelar pelo cemitério” .

Outros aspectos da programação da Semana Santa A Semana Santa trouxe mais um concerto de Gospel à Igreja dos Passionistas, a 23 de março, com o Saint Dominic’s Gospel Choir.Teremos ainda a “Última Ceia”, interpretada pelo grupo de ex-pressão Passionista Gólgota, a 27 de março pelas 21h30, nos claustros do Convento dos Lóios, na Igreja Matriz.Destacamos um aspecto iné-dito na programação, as visitas guiadas à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira , datada do século XVI, onde os visitantes descobrirão os tesouros deste imponente templo . As visitas decorrerão no Sábado Santo, 30 de Março: 10h00; 11h00; 15h00 e 16h0.Marcará ainda a programação a exposição “Cristus”, patente no Salão Nobre da Junta de Fre-guesia da Feira, com trabalhos de escultura do artista feirense Silva Pereira.

Roberto Carlos

Centenas de pessoas assistiram, no último sábado, ao lançamento do livro “Viagem Medieval em Terra de Santa Maria – A História e as Estórias”, da autoria do feirense Paulo Sérgio Pais.O livro proporciona uma viagem pelas 16 edições do evento (1996 – 2012), durante a qual o autor partilha factos e curiosidades, mas também emoções e vivências, con-tadas na primeira pessoa, que permitem demonstrar a evolução do maior evento de recriação histórica do País – a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria.

O Café Trovador, em Santa Maria da Feira, foi pequeno para acolher todos quantos participa-ram, na última sexta-feira, ao lançamento do livro, “Política e Coisas Piores”, do fundador do Clube dos Pensadores, Joaquim Jorge. O autor não deixou de comentar a vida actual e falou sobre os políticos e os partidos. “Queremos um país para quem vive em Portugal, e não, para quem nos governa seja que governo for” – disse, salientando: “o país precisa de uma redefini-ção ética, cívica e moral em tudo”, pelo que “sonhar é preciso, o tesouro de todos os sonhos. Porém é preciso pensar o tesouro de todos os pensamentos que nos leva à mudança”.

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